O documento discute o uso da tecnologia no ensino, argumentando que as crianças já nascem no mundo digital e usam diversas tecnologias em seu cotidiano. Defende que os educadores devem integrar essas experiências e recursos tecnológicos no aprendizado, desenvolvendo um currículo que dialogue com os alunos e aproveite as potencialidades das novas tecnologias para a produção e disseminação do conhecimento.
1. O uso da tecnologia em sala
de aula
Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação em Educação:
Currículo
bethalmeida@pucsp.br
3. Diferentes modos de lidar com as
mídias e tecnologias
Mudança de época: vivemos “plugados” no mundo, em
frente a uma tela
3 gerações:
• Anos 50 / 60: TV - passividade diante da tela
• Anos 80 / 90: transição para a sociedade midiática
Velho e o novo
Analógico e o digital
• Anos 2000: crianças nascem no mundo digital
5. Que tecnologias estão hoje
nas mãos e mentes de jovens
e crianças?
Tecnologias marcantes:
• TV e o controle remoto
zapear e selecionar imagens
• Telefone celular
teclar, comunicar-se e enviar SMS; uso dos dois polegares
• Computador, netbook, tablet, Ipad, Ipod, Itudo, Itodos…
• Navegar na internet
• Participar de redes de relacionamento
• Fazer escolhas por meio de ícones, sons e movimentos
7. As mídias e as tecnologias estruturam o
pensamento e o modo de ser e estar no
mundo.
O que nós educadores fazemos para
trabalhar com as crianças e jovens que
estão hoje nas salas de aula?
Conseguimos integrar as experiências dos
alunos e os recursos com os quais convivem
no aprendizado de conceitos científicos?
8. Construir o futuro no presente
• Repensar a educação
• Princípio: a cultura é produzida pelo homem
Educação
• ensinar a “ver”, “viver” e “transformar o mundo” com os
instrumentos da cultura
• Desenvolver a cultura digital na escola
Mudança de época Reinventar o futuro no presente
Desafios da educação frente às
tecnologias digitais de informação e
comunicação - TDIC
9. Estabelecer o diálogo com os alunos a fim de entender seu universo de
conhecimentos, valores, crenças e modos de pensar.
• Criar situações que propiciem aos aprendizes:
• aprender a selecionar e organizar informações significativas disponíveis
em distintas fontes
• propiciar a compreensão de problemas e situações para compreender a
vida
• integrar múltiplas linguagens e sistemas de signos veiculados pelas
TDIC na produção de conhecimentos
Papel do professor frente às TDIC
11. Priorizamos a integração das tecnologias
ao trabalho educativo voltado à
atribuição de significado
ou à distribuição e consumo de
informações ?
Conseguimos integrar as tecnologias ao
desenvolvimento do currículo?
Como concebemos o currículo?
12. Intencionalidade pedagógica
Comprometido com a transmissão/produção de conhecimento
Grade de conteúdo prescrito
hierárquico
• Material pedagógico, livro
didático
Planejamento é “aplicado”
Avaliação:
• Pontual, somativa
• Automatizada com o uso
de recursos das TDIC
Professor e aluno
• Instrumentos de regulação
Construção social, política e
histórica: se constitui na ação
Integrado com a vida e as
experiências de alunos e
professores
Multicultural
Dialógico
Democrático
Avaliação processual e
formadora
Currículo: conceito
polissêmico
13. Envolve: escola, família, comunidade
Currículo
Prática social
Reelaborado em função de tempos, espaços e contextos
Faz sentido para alunos e professores
Integra experiências e conhecimentos do cotidiano
Caráter de ordenação da prática e de sistematização
instruir
compreender e agir no contexto e no mundo
Desenvolvimento: cognitivo, social, físico, emocional
Inovação: Educação cultural e
científica
15. Integração de currículo e
tecnologias
Incorporar as características e funcionalidades dos ambientes,
ferramentas e interfaces das TDIC ao desenvolvimento do currículo:
• busca e compartilhamento de informações
• interação multidirecional: todos-todos
• participação de qualquer lugar, a qualquer tempo
• colaboração e produção compartilhada de significados
• expansão das atividades cognitivas: tecnologias da inteligência
• produção de narrativas curriculares com o uso de múltiplas
linguagens, velhas e novas tecnologias
16. Potencializada: exploração das TDIC abertas, móveis, imersivas,
interativas, conectadas à internet
Uso de distintos artefatos tecnológicos
Currículo em rede:
• registrado nos documentos digitais e nas atividades que se
desenvolvem por meio das TDIC
• disponível para análise, recriação e novos registros
• fazer e refazer contínuo: reflexão sobre o erro
Integração de
currículo e
tecnologias
17. Currículo em rede
rede que se liga com outras
redes,
envolve professores,
aprendizes, especialistas
que se conectam.
Currículo aberto, flexível,
com inúmeros percursos e
contextos, diversos pontos
de partida e chegada...
Currículos múltiplos!
18. Das concepções à prática: um
caminho a percorrer...
Dimensões política, social,
organizacional e cultural
Instituições formadoras
de professores
Redes de ensino
Escolas
Sala de aula
Ressignificar o significado do
currículo
Identificação das
características das TDIC que
propiciem criar a inovação na
prática pedagógica
Domínio das principais
funções das TDIC
Conhecimento pedagógico e
do conteúdo específico da
área de estudos
Olhar crítico sobre o currículo
Abertura para trabalhar a
partir das experiências dos
alunos
Professores
Mudanças
19. O que há de novo no contexto
de integração entre as TDIC e
o currículo?
20. Currículo e TDIC: web currículo
Currículo e TDIC:
transformações mútuas
reconstrução
integração
Criação de um
espaço de reflexão:
universidade, escola
e empresa
http://www.pucsp.br/webcurriculo
22. Qual o significado que as TMSF têm em
nossa vida pessoal ?
Qual a relação que nossos alunos
estabelecem com as TMSF?
De que forma as TMSF têm contribuído
para a nossa aprendizagem? E para a
aprendizagem de nossos alunos?
Disseminação de tecnologias móveis
com conexão sem fio à internet-
TMSF
23. Currículo e TMSF em distintas
áreas de conhecimento
Narrativas digitais
• Criação de histórias pelos aprendizes
• Forma de dar sentido à própria vida (Bruner)
• Uso da linguagem para reconstruir a experiência social
• Articulação entre as experiências dos aprendizes e a
compreensão sobre os conceitos envolvidos na experiência
A análise das narrativas permite orientar os aprendizes para que
eles aprendam a se expressar para serem compreendidos.
Como as TMSF podem contribuir para a produção de
narrativas?
24. Uso social da língua e da escrita das próprias histórias com a
aprendizagem de uma língua estrangeira
Reencenação de trechos narrativos de filmes de interesse para os
aprendizes com vistas a identificar os conhecimentos envolvidos e
formalizá-los
Desconstrução de narrativas digitais produzidas (filmes, hipermídias...):
análise das linguagens midiáticas utilizadas, formas de interação social,
uso do vocabulário em contexto
Atividades de exploração da relação entre distintas áreas de
conhecimento
• Usar as TMSF para registrar acontecimentos significativos observados
pelos aprendizes em distintos locais
• Criar ou selecionar, editar e organizar imagens e músicas
• Produzir filmes, narrativas e roteiros
Currículo e TMSF em distintas áreas de
conhecimentos : exemplos
25. O uso da tecnologia em sala
de aula
Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de Pós-Graduação em Educação:
Currículo
bethalmeida@pucsp.br