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AULA 01 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – COLOCAR EM POWER POINT
I. QUESTÕES OBJETIVAS
As questões 01, 02 e 03 referem-se a um fragmento de determinada entrevista realizada
pela Revista Época ao educador, psicanalista e escritor Rubem Alves, nascido na cidade
de Boa Esperança, município do Estado de Minas Gerais.
Aprender para quê?
Educador diz que a escola não leva em consideração o desejo de aprender e está longe de responder às perguntas
das crianças.
(por Paloma Cotes)
Rubem Alves é um crítico do sistema de ensino brasileiro. Mas suas opiniões não
carregam rancor contra quem quer que seja. Para o educador e professor emérito da Unicamp,
o problema da escola é que ela não leva em consideração o desejo de aprender das crianças e
está respondendo às perguntas que somente os adultos acham importantes. ''Crianças fazem
perguntas incríveis'', avisa. Para Alves, questionamentos como ''quem inventou as palavras?'',
ou ''‗gato‘ podia se chamar ‗cavalo‘ e ‗cavalo‘ se chamar ‗gato‘?'', são a prova viva do interesse
que todo garoto tem por conhecer o mundo.
ÉPOCA – O senhor afirma que a maioria das escolas é chata? Por quê?
Rubem Alves – Não é de hoje que a escola é chata. Ela sempre foi assim e isso
acontece porque as coisas são impostas às crianças. A prova de que uma criança gosta de ir à
escola é se, na hora do recreio, ela está conversando com os amigos sobre as coisas que a
professora ensinou. E não se vê isso. Então fica evidente que elas gostam da escola por causa
da sociabilidade, dos amiguinhos, por causa do recreio. Mas elas não estão interessadas
naquilo que se ensina na escola. Você acha que um adolescente, vivendo na periferia, pode ter
interesse em ‗dígrafos‘ (grupo de duas letras usadas para representar um único fonema)? Não
tem interesse nenhum. Eu diria que na escola tradicional não se leva em consideração o
desejo de aprender da criança. Elas expressam isso através dos questionamentos que fazem.
ÉPOCA – Quais questionamentos?
Alves – Se você reparar, as crianças fazem perguntas incríveis para conhecer melhor o
mundo. Uma delas é: ''Quem inventou as palavras?''. Há outras boas: ''‘Gato‘ podia chamar
‗cavalo‘ e ‗cavalo‘ chamar ‗gato‘? Por que ‗canteiro‘ chama ‗canteiro‘? Devia chamar ‗planteiro‘,
que é onde ficam as plantas! Por que a chuva cai aos pinguinhos e não toda de uma vez? Se
na ‗Arca de Noé‘ havia leões, por que eles não comeram os ‗cabritos‘?'' E por aí vai. Elas estão
fazendo perguntas interessantes, mas as respostas nem sempre se encontram nos programas.
ÉPOCA – Por que o modelo de educação existe há tanto tempo?
Alves – Porque existe certa presunção da nossa parte, da parte dos adultos, de que as
crianças não sabem nada, de que elas são vazias. E de que nós é que temos o saber.Também
achamos que só nós podemos determinar o que elas têm de aprender. Isso é o que Paulo
Freire denominou de ‗educação bancária‘. Você vai sempre fazendo depósitos na criança.
Houve um diretor de um abrigo para crianças e adolescentes em Varsóvia chamado Janusz
Korczak. No abrigo dele, eram os alunos que exerciam a disciplina. E Korczak costumava
dizer: ''Vocês, professores, me dizem que é muito difícil ensinar às crianças. Estou de acordo.
E vocês dizem também que é muito difícil descer às crianças. Estou em desacordo. O que é
muito difícil é subir ao nível de sensibilidade e de curiosidade das crianças, ficar na ponta dos
pés, falar brandamente para não machucá-las''. É por isso que a escola não muda. Porque as
pessoas não estão preparadas para subir ao nível das crianças.
ÉPOCA – Há salvação para esse modelo de ensino?
Alves – Eu passei por esse modelo de escola. Outros amigos meus passaram e acho que não
ficamos tão atrapalhados assim. Aliás, tenho memórias muito interessantes. A escola tinha
muitas coisas boas e, a despeito de tudo, a gente aprende. Mas é uma perda de tempo muito
grande. As escolas estão cheias de pessoas maravilhosas, mas é tanta gente que sofre, é
reprovada e repete de ano que não acredito mais nesse modelo. É preciso esquecer as
maneiras tradicionais de fazer escola. Estamos tão acostumados com a ideia de que a escola
tem corredor, sala, campainha, que podemos até pensar em melhorar isso, mas não pensamos
que a estrutura pode ser diferente.
ÉPOCA - Então, por que as escolas não mudam?
Alves – Por uma porção de fatores. Um deles é a inércia. A sociedade se acostuma a fazer
sempre a mesma coisa porque aí não há trabalho. Se você tiver uma escola mais solta, nunca
sabe direito o que vai acontecer, você não pode preparar a lição porque sempre o aluno pode
fazer uma pergunta que você não sabe. Na escola tradicional, o professor é aquele que sabe a
matéria e vai para a sala de aula acreditando nisso. Mas hoje as matérias estão todas na
internet. Hoje, a função do professor é ensinar o aluno a pensar e a descobrir onde ele pode
encontrar a resposta para as perguntas que ele tem. Essa é uma função nova e
completamente diferente do professor. Os que sempre estão acostumados a preparar a aula
até costumam usar as fichas do ano retrasado. Dificilmente vão mudar.
ÉPOCA – Como convencer um professor a se atualizar?
Alves - Acho que muitos desses profissionais estão acordando para isso simplesmente porque
não estão mais aguentando o tédio.
ÉPOCA –O senhor afirma, como educador, que a escola precisa dar aos alunos ferramentas
para entender o mundo. O que isso quer dizer na prática?
Alves – Simplificando a minha teoria, digo que o corpo carrega duas caixas: uma de
ferramentas e a outra de brinquedos. O que são ferramentas? São todos os objetos usados
para fazer alguma coisa. Então, ferramentas não são fins em si mesmos. E elas são
importantes porque nos dão poder. Um alicate é muito mais poderoso que meu dedo. E a
primeira coisa que a escola tem de perguntar é: isso que eu estou ensinando é ferramenta para
quê? Segundo: o aluno quer fazer isso? Porque não adianta você dar uma ferramenta para a
pessoa, um martelo e um prego, se ela quer ser pintora. A ferramenta só tem sentido se tiver
uma demanda, se eu estou querendo fazer alguma coisa. Se eu estiver interessado em plantar
um jardim, vou aprender sobre as plantas, esterco e fertilizantes. O professor tem de perguntar
a si mesmo isso. Se não for ferramenta, ela não vai ser guardada.
ÉPOCA - Por que não é guardada?
Alves – Se todos os reitores das nossas universidades prestassem vestibular, seriam
reprovados. Porque eles esqueceram. E fizeram isso porque são burros? Não. Eles fizeram
isso porque são inteligentes. Porque a memória não carrega coisas que não têm função.
Também seriam reprovados os professores universitários e os dos cursinhos só passariam na
própria disciplina. Eu seria reprovado. Tudo foi perdido. Já a caixa dos brinquedos está cheia
de objetos que não servem para nada. Não há formas de usá-los como ferramentas. Lá estão a
poesia de Fernando Pessoa, as sonatas de Mozart, as telas de Monet, pores-de-sol, beijos,
perfumes, coisas que apenas nos dão felicidade. Assim se resume a educação.
ÉPOCA – Como educador, o senhor não se dedica apenas a escrever livros voltados para o
tema. Também tem publicações em formato de contos, prosa e versos. Por quê?
Alves - Eu não tenho livros de teoria. Escrevo contos e faço isso brincando. Então, sinto prazer
mesmo quando estou falando sobre coisas teóricas. Mas sempre abordo o tema da educação
por meio de metáforas. Inclusive sob a forma de poesia. Por isso muita gente não me leva a
sério. Dizem que o Rubem Alves não é cientista. Não sou mesmo. E nem quero ser. Cientistas,
já temos em excesso.
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT879723-1666-3,00.html – 1º/12/2009 – adaptado.
QUESTÃO 01 (Descritor: Identificar tópicos e subtópicos em textos argumentativos.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Inferência, efeitos de sentido.
Conforme argumentos da entrevista, a falta do desejo de aprender dos alunos na Educação
ASSOCIA-SE à inércia geral provocada
a) pelas escolas.
b) pelos professores.
c) pelos próprios alunos.
d) pela sociedade.
e) pelos pais.
QUESTÃO 02 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia, seu discurso metafórico.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Inferência, efeitos de sentido.
A metáfora utilizada no termo ferramenta, com objetivo em atingir a forma estratégica
Educacional de cada cidadão, DEVE constituir, segundo Rubem Alves,
a) o que a sociedade quer ensinar aos alunos a respeito da vida.
b) o que o professor quer ensinar aos alunos a respeito da vida.
c) o que cada escola precisa ensinar aos alunos a respeito da vida.
d) o que o aluno quer realmente aprender a respeito de sua vida.
e) o que um aluno quer ensinar a outro aluno a respeito da vida.
QUESTÃO 03 (Descritor: Explicar efeitos de sentido de marcas das relações sociais entre
interlocutores em enunciados apresentados.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Inferência, efeitos de sentido.
Conforme contexto e opiniões de Rubem Alves, Educação CONSISTE
a) nos processos de ensinar e aprender ocorridos apenas nas escolas.
b) nos processos de ensinar e aprender ocorridos em toda a vida do aprendiz na socialização.
c) nos processos de ensinar e aprender ocorridos na escola superior determinada por cada
aprendiz.
d) nos processos tecnológicos, conforme instrumentos e ferramentas em uma determinada
comunidade.
e) nos processos de ensinar e aprender, conforme separação espacial entre o professor e o
aprendiz.
As questões 04, 05 e 06 referem-se ao artigo referente à Copa do Mundo 2010, ao grupo
em que o Brasil faz parte, comunicado no Globo Esporte – programa de telejornal
esportivo exibido pela Rede Globo de Televisão.
Brasil cai em grupo difícil na Copa junto com Portugal e Costa do Marfim
Seleção brasileira fica no Grupo G, o preferido da comissão técnica, e também enfrenta a fraca Coreia do Norte na
primeira fase
(Gustavo Poli, Rafael Pirrho e Zé Gonzalez – Direto da Cidade do Cabo, África do Sul)
O Brasil não deu a sorte dos últimos mundiais e caiu em um dos grupos mais difíceis
da Copa do Mundo de 2010. No sorteio, que aconteceu no início de dezembro de 2009, na
Cidade do Cabo, na África do Sul, a seleção vai enfrentar, na primeira fase, Portugal, de
Cristiano Ronaldo, a Costa do Marfim, de Didier Drogba, e a Coreia do Norte.
O sorteio começou bem para o time de Dunga, que caiu como cabeça de chave do
Brasil do Grupo G, justamente o preferido pela comissão técnica. Desta forma, a seleção faria
menos deslocamentos durante a Copa do Mundo e jogaria as duas primeiras partidas na
capital, Joanesburgo. O primeiro país sorteado para o grupo brasileiro também agradou: a
Coreia do Norte. Mas aí os ventos parecem ter mudado de lado. E levaram Costa do Marfim e
Portugal para o lado da seleção.
O Brasil estreia na Copa do Mundo no dia 15 de junho, em Joanesburgo, contra a
Coreia do Norte, no estádio Ellis Park, local em que a seleção conquistou a Copa das
Confederações neste ano. No dia 20 de junho, o Brasil encara a Costa do Marfim, novamente
em Joanesburgo, mas no estádio Soccer City. E encerra a participação na primeira fase no dia
25 de junho, contra Portugal, em Durban.
Dos adversários da primeira fase, a seleção já enfrentou em Copas do Mundo apenas
Portugal. E a lembrança não é boa. Foi em 1966, quando o Brasil foi eliminado na primeira fase
após perder por 3 a 1 para os portugueses. Curiosamente, Portugal conta com jogadores
nascidos em terras brasileiras como o meia Deco, o zagueiro Pepe e o atacante Liedson.
Se ficar em primeiro lugar no Grupo G, o Brasil pode enfrentar Espanha, Itália,
Argentina e Alemanha apenas na final se essas seleções também ficarem na liderança na
primeira fase. E em um caminho mais fácil, o Brasil teria pela frente Chile ou Suíça nas oitavas,
Holanda ou Paraguai nas quartas, França e Inglaterra na semifinal.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1403576-17852,00-html – 5/12/2009 –
adaptado.
QUESTÃO 04 (Descritor: Identificar marcas linguísticas de articulação entre as fases de um
texto argumentativo.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Inferência, efeitos de sentido.
O fato de o Brasil não dar a sorte dos últimos mundiais, caindo em um dos grupos mais difíceis
da Copa do Mundo de 2010, pode ser inferido, segundo o contexto,
a) pela participação pouco efetiva do treinador da seleção brasileira, Dunga.
b) pela estreia no dia 15 de junho, em Joanesburgo, capital da África do Sul, contra a Coreia do
Norte.
c) pela participação de duas fortes seleções muito bem conceituadas: Portugal e Costa do
Marfim.
d) pelo fato de poder enfrentar posteriormente, se ficar em primeiro lugar no grupo, países
como a Itália, a Argentina e a Alemanha.
e) pelo destaque de dois grandes futebolistas de seleções adversárias: Cristiano Ronaldo
(português) e Didier Drogba (costa-marfinense).
QUESTÃO 05 (Descritor: Identificar modos de organização da composição textual –
sequências textuais (tipos textuais narrativo, descritivo, argumentativo, injuntivo, dialogal).)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Tipologia Textual/Tipos Textuais.
Tipologia textual (ou Tipo Textual) é a forma como um texto se apresenta.
Analisando o artigo, conforme o grupo no qual o Brasil passou a fazer parte na Copa do Mundo
de 2010, INFERIMOS que os principais tipos textuais apresentados e utilizados pelos
jornalistas SÃO:
a) Narração e Descrição.
b) Narração e Injunção.
c) Injunção e Argumentação.
d) Descrição e Argumentação.
e) Narração e Argumentação.
QUESTÃO 06 (Descritor: Identificar os recursos linguísticos de coesão nominal (ou coesão por
remissão) disponíveis na língua.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Classes de palavras, coesão, coerência, efeitos de sentido.
...o Brasil teria pela frente Chile ou Suíça nas oitavas, Holanda ou Paraguai nas
quartas, França e Inglaterra na semifinal.
O fragmento do artigo identifica a coerência do enunciado pela utilização do modo e do tempo
verbal no futuro do pretérito, ESTABELECENDO
a) uma situação condicional ao Brasil, conforme o que poderá ser estabelecido nas regras da
Copa do Mundo 2010.
b) uma situação do que realmente acontecerá ao Brasil, por ter sido incluso no Grupo G, com
grandes seleções rivais.
c) uma situação de ordem ao Brasil, conforme regras estabelecidas aos grupos selecionados
na cidade de Cabo, na África do Sul.
d) uma situação do que realmente aconteceu ao Brasil, por ter sido incluso no Grupo G, com
grandes seleções rivais.
e) uma situação de algo que é solicitado ao Brasil, conforme confronto com grandes rivais no
Grupo G e as possibilidades de enfrentar países como Chile ou Suíça nas oitavas.
As questões 07, 08 e 09 referem-se à charge de humor publicada no Jornal Comércio do
Jahu, em uma região do Estado de São Paulo (unidade federativa), no dia 21/11/2009.
Fonte: http://chargesdejornais.blogspot.com/2009_12_06_archive.html– 8/12/2009 – adaptado.
QUESTÃO 07 (Descritor: Identificar o caráter marcadamente ideológico e discriminatório dos
textos humorísticos (piadas, charges, cartuns, tirinhas etc).)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Ironia, linguagem verbal, linguagem não-verbal.
Uma ironia consiste em poder dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma
distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos.
A ironia contida na charge exibe o contrário daquilo que é dito e aquilo que podemos pensar ao
a) compararmos a linguagem verbal de um personagem e a linguagem não-verbal caricatural.
b) observarmos a sarcástica linguagem verbal de um personagem.
c) percebermos a contradição das duas linguagens expostas nos dois personagens: verbal e
não-verbal.
d) observarmos a linguagem não-verbal colocada de forma sarcástica no fato caricatural.
e) identificarmos o tipo textual utilizado na fala de um personagem: argumentação (Boa
notícia!).
QUESTÃO 08 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia, seu discurso irônico.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Ironia, efeitos de sentido.
O discurso presente na fala do primeiro personagem – Boa notícia! –, conforme a imagem da
charge, PODE ser inferido pelo leitor do jornal, de acordo com a ironia das dificuldades
financeiras presentes em toda sociedade,
a) como boa situação, deixar de pagar o IPTU com aumento.
b) como má situação, por ser impossível deixar de pagar o IPTU.
c) como boa situação, por não possuir algo estabelecido para pagar o IPTU.
d) como má situação sempre vivenciada, pagando ou deixando de pagar o IPTU.
e) como boa ou má situação, dependendo da situação vivenciada por um cidadão.
QUESTÃO 09 (Descritor: Explicar efeitos de sentido das marcas das relações sociais e
hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Inferência, contexto.
A charge apresentada pretende, pelo humor, transmitir aos leitores do jornal
a) a crise financeira relacionada ao aumento do IPTU (Imposto sobre a propriedade Predial e
Territorial Urbana).
b) a crise política e financeira relacionada ao imposto brasileiro instituído pela Constituição
Federal, em que a incidência se dá a respeito da propriedade urbana.
c) a crise financeira que envolve, provavelmente, uma das tensões familiares: o fato de ter ou o
fato de não ter uma propriedade predial e territorial.
d) a crise financeira que traz como consequências desemprego generalizado, alterações dos
preços, depreciação de valores, perdas de propriedades etc.
e) a crise econômica de 2008, que atingiu a economia de todo o planeta, sendo a mais forte
crise desde a Crise de 1929.
As questões 10, 11 e 12 referem-se ao poema criado pelo jornalista, tradutor, crítico
literário e poeta brasileiro Mário Faustino (1930-1962), nascido na cidade de Teresina,
capital no Estado do Piauí.
O mundo que venci deu-me um amor
O mundo que venci deu-me um amor,
Um troféu perigoso, este cavalo,
Carregado de infantes couraçados.
O mundo que venci deu-me um amor
Alado galopando em céus irados,
Por cima de qualquer muro de credo,
Por cima de qualquer fosso de sexo.
O mundo que venci deu-me um amor
Amor feito de insulto e pranto e riso,
Amor que força as portas dos infernos,
Amor que galga o cume ao paraíso.
Amor que dorme e treme. Que desperta
E torna contra mim, e me devora
E me rumina em cantos de vitória...
Fonte: http://www.fflch.usp.br/dlcv/vcamilo/M%E1rio%20Faustino%20-%20Antologia.pdf – 8/12/2009 – adaptado.
QUESTÃO 10 (Descritor: Identificar os mecanismos básicos de coesão.)
Nível de dificuldade: Difícil.
Assunto: Figuras de linguagem.
Um tipo de figura de linguagem que consiste na exposição no aspecto semântico de ideias
opostas, como nos versos do soneto de Mário Faustino a respeito do amor – credo/sexo;
pranto/riso; infernos/paraíso – É classificado como
a) personificação.
b) metáfora.
c) ironia.
d) antítese.
e) paradoxo.
QUESTÃO 11 (Descritor: Identificar tópicos e subtópicos em textos argumentativos.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Inferência.
O amor doado pelo mundo, conforme inferência dos versos citados no poema, PODE estar
associado, principalmente,
a) à dedicação, ao zelo e ao trabalho.
b) à afeição, à liberdade e ao gosto.
c) à situação, à lei natural e à força.
d) à inspiração, à paixão e à arte.
e) ao desejo, à expressão e ao pedido.
QUESTÃO 12 (Descritor: Identificar mecanismos básicos de coesão.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Inferência, conjugação verbal.
Pensando no amor, conforme contexto do poema, constituir uma ação criada durante a vida,
enquanto cada ser humano sobrevive, o título, comparando com o próprio momento em que o
personagem fala, PODE ser substituído por
a) O mundo que eu venceria dar-me-ia um amor.
b) O mundo que eu vença dê-me um amor.
c) O mundo que eu vencera dera-me um amor.
d) O mundo que eu venço dá-me um amor.
e) O mundo que eu vencerei dar-me-á um amor
As questões 13, 14 e 15 referem-se à sátira imagem utilizada num blog, ironizando a
brincadeira de uma suposta dica de outdoor para o refrigerante PEPSI, com determinada
situação interdiscursiva relacionada ao ator Fábio Assunção.
Fonte: http://lh6.ggpht.com/_KqXeOEStktE/StsyWLf-bsI/AAAAAAAAFQU/on5qHgSzB3s/s1600-h/Pepsi[3].jpg –
8/12/2009 – adaptado.
QUESTÃO 13 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia, seu discurso metafórico ou
irônico.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Ironia, ambiguidade, efeitos de sentido.
A suposta frase utilizada pelo ator Fábio Assunção como um personagem, no intuito de ironizar
a propaganda do refrigerante PEPSI – “Eu deixei a coca.‖ – associa a ambiguidade de uma
mensagem de dois sentidos,
a) com o fato de começar a tomar o refrigerante PEPSI, deixando o refrigerante concorrente,
COCA-COLA, um dos mais vendidos e utilizados em todo o mundo.
b) com o fato de deixar de usar cocaína (droga alcalóide derivada do arbusto coca), além de
deixar de usufruir o refrigerante concorrente da PEPSI, a COCA-COLA.
c) com a situação de saúde enfrentada pelo ator, como usuário de cocaína, causando,
provavelmente, vários problemas durante as gravações de uma novela exibida em 2008 pela
Rede Globo de Televisão.
d) pelo grande sucesso do ator associado ao refrigerante PEPSI, o contrário do grande
sucesso da concorrente COCA-COLA, uma das mais vendidas em todo o mundo.
e) pelo fato de um famoso ator de novela brasileira, devendo exibir o conhecido „corpo sarado‟
tomar um refrigerante gaseificado de forma exagerada, questão pouco adequada à saúde.
QUESTÃO 14 (Descritor: Explicar efeitos de sentido de marcas das relações sociais e
hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.)
Nível de dificuldade: Difícil.
Assunto: Humor negro, inferência, efeitos semânticos.
Humor negro designa-se o humor que choca pelo emprego de elementos mórbidos e/ou
macabros em situações cômicas.
Fonte: http://www.scribd.com/doc/9237277/O-SIGNIFICADO-DO-HUMOR – 8/12/2009 – adaptado.
O humor negro identificado na imagem que brinca com uma propaganda “criativa” do
refrigerante PEPSI ESTÁ relacionado ao elemento mordaz (ironia um tanto cruel) originado
pela situação em relação
a) ao fato de o ator destacar o refrigerante PEPSI, dizendo que deixou a concorrente COCA-
COLA mesmo estando impossibilitado, ainda, em virtude da crise de abstinência causada pela
dependência, de abandonar o uso abusivo de cocaína, o que traz graves doenças.
b) ao outro sentido com o vocábulo deixar, demonstrando a nova embalagem e a nova
logomarca exibida pela PEPSI desde 2008, evidenciado a modernidade em deixar determinada
etapa, evoluindo a novos sucessos e facilitar as vendas.
c) à provável opção de o refrigerante PEPSI acusar a concorrente COCA-COLA em trazer os
efeitos colaterais perversos na saúde (refrigerante de noz-de-cola), mesmo sem comprovação
científica ou consenso a respeito do assunto.
d) ao sarcasmo associado ao sucesso do ator como protagonista na última novela em que
participou, exibida pela Rede Globo de Televisão, além da dificuldade causada pelo uso de
cocaína, tornando-o dependente da situação que ocasiona problemas de saúde.
e) ao vício do uso de drogas por algumas pessoas na sociedade, o que causa prejuízos
psicológicos, além de doenças caracterizadas pela dependência incapaz de ser controlada e
abandonada pelo paciente, trazendo síndrome de abstinência.
QUESTÃO 15 (Descritor: Identificar mecanismos básicos de coesão.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Figuras de linguagem.
A frase presente na fala do personagem Fábio Assunção, ―Eu deixei a coca.‖, é caracterizada
por uma figura de linguagem em recurso semântico que consiste no emprego de um termo por
outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles: Deixei de
tomar o refrigerante Coca, não a empresa Coca propriamente dita. Essa figura de linguagem
nos recursos linguísticos É conhecida como
a) Metonímia.
b) Metáfora.
c) Elipse.
d) Eufemismo.
e) Clímax.
As questões 16, 17 e 18 referem-se ao artigo publicado no Jornal Correio Brasiliense, a
respeito da possível eleição da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para a
eleição presidencial no Brasil de 2010.
(DEU NO CORREIO BRAZILIENSE)
O ESPELHO DE DILMA
A gestão da imagem da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), virou o xis
da questão eleitoral para o Palácio do Planalto. Até agora, esteve a cargo do marqueteiro do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, João Santana, responsável pela campanha da reeleição
de Lula em 2006.
Dois bruxos do nosso marketing político, porém, foram chamados a dar pitacos sobre a
imagem de Dilma: Duda Mendonça, o criador do ―Lulinha paz e amor‖ da campanha de 2002, e
Nizan Guanaes, que inventou a mão espalmada do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
em 1994. O estado-maior do projeto Dilma-2010 anda inquieto e pede socorro por causa do
índice de rejeição de Dilma nas pesquisas. A imagem voluntarista de ―Mãe do PAC‖, fruto de
uma tirada de palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi volatilizada pela vida como
ela é.
Primeiro, veio a crise econômica mundial, que deu ao governo o discurso atual —
nacionalista, estatizante, desenvolvimentista —, mas fez o PAC e tudo o mais atrasar um ano.
Depois, a doença de Dilma, que tirou a ministra dos palanques oficiais por um tempo e a
obrigou a andar de peruca. Está chegando a hora de ela mostrar o cabelo Joãozinho.
E buscar o caminho mais curto e seguro para aumentar o grau de conhecimento
(somente 32% a conhecem bem ou mais ou menos) sem aumentar o nível de rejeição (41%
não votariam nela de jeito nenhum), revertendo a tendência sinistra revelada pela última
pesquisa do Ibope/CNI.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=o-espelho-de-dilma&cod_Post=248411&a=111 – 9/12/2009 –
adaptado.
QUESTÃO 16 (Descritor: Identificar os recursos linguísticos de articulação disponíveis na
língua.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Contexto, vocábulo, significado.
A metáfora utilizada pelo vocábulo espelho, associada à imagem, ao fator crítico da ministra-
chefe da Casa Civil, intercala-se a outros termos no contexto do artigo, mantendo o mesmo
sentido, conforme exemplos a seguir, EXCETO:
a) gestão da imagem.
b) xis da questão eleitoral.
c) imagem voluntarista.
d) vida como ela é.
e) cabelo Joãozinho.
QUESTÃO 17 (Descritor: Identificar os mecanismos básicos de coesão.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Contexto, coesão, coerência, efeitos de sentido, inferência.
A imagem voluntarista de ―Mãe do PAC‖, fruto de uma tirada de palanque do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, foi volatilizada pela vida como ela é.
O fragmento do artigo acima especificado pode ser inferido, DE ACORDO com o contexto,
a) pelo destaque do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do
governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o
crescimento econômico do Brasil –, sob responsabilidade da ministra-chefe da Casa Civil.
b) pela queda do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do
governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o
crescimento econômico do Brasil –, sob responsabilidade da ministra-chefe da Casa Civil.
c) pela infraestrutura do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa
do governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de
acelerar o crescimento econômico do Brasil –, sob responsabilidade da ministra-chefe da Casa
Civil.
d) pela crise financeira mundial, desestabilizando o investimento no projeto do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do governo federal que engloba um conjunto de
políticas econômicas com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil –, sob
responsabilidade da ministra-chefe da Casa Civil.
e) pela doença da ministra-chefe da Casa Civil, dificultando o desenvolvimento do projeto de
sua responsabilidade, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do
governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o
crescimento econômico do Brasil.
QUESTÃO 18 (Descritor: Explicar os efeitos de sentido de marcas das relações sociais e
hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Discurso.
O discurso político é, por excelência, o lugar de um jogo de máscaras. Toda palavra
pronunciada no campo político deve ser tomada ao mesmo tempo pelo que ela diz e não diz.
Jamais deve ser entendida ao pé da letra, numa transparência ingênua, mas como resultado
de uma estratégia cujo enunciador nem sempre é soberano. Patrick Charaudeau (professor de
Ciências da Linguagem na Universidade de Paris XII e diretor do Centro de Análise do
Discurso) mostra o que escondem e o que revelam os políticos quando falam e quais os
artifícios que utilizam para persuadir e seduzir os seus interlocutores. Coloca em evidência,
ainda, as condições gerais de emergência e as estratégias que se oferecem a todo ator
político, quaisquer que sejam as ideias e as posições por ele defendidas, e demonstra como
uma mesma estratégia pode ser empregada em lugares diferentes do tabuleiro político.
Fonte: http://www.editoracontexto.com.br/produtos.asp?cod=277 – 9/12/2009 – adaptado.
Segundo as informações acima, o discurso político brasileiro referente à imagem da ministra-
chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), conforme contexto do artigo, VISA ser estruturado
a) pelo grande apoio do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT, procurando
sempre incentivar a candidatura da política e elevar o percentual da pesquisa do Ibope/CNI.
b) pela dica de utilização de uma mão espalmada, já trabalhada pelo ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, como forma de impor sua força, sua autoridade e sua dominação.
c) pelo briefing associado às linguagens verbais e não-verbais de persuasão definidas e
orientadas por experientes marqueteiros políticos, como Duda Mendonça e Nizan Guanaes.
d) pela reestruturação como voluntarista de Mãe do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento), de forma a persuadir o público pelo cuidado com a alavancagem financeira no
país.
e) pelo cuidado em exibir a vida, a situação, como ela é, conforme metáfora estabelecida com
causas da doença, obrigando-a em andar de peruca, o contrário dos cabelos curtos, como o de
Joãozinho.
As questões 19, 20 e 21 referem-se ao anúncio de divulgação pelo Dia Internacional da
Pessoa com Deficiência, associado ao objetivo do trabalho voluntário – atividade
desempenhada no uso e gozo da autonomia do prestador do serviço ou trabalho, sem
recebimento de qualquer contraprestação que importe em remuneração ou obtenção de
lucro.
DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
No dia 14 de outubro de 1992 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU) instituiu o dia 3 de dezembro como o dia internacional do deficiente físico. Esse dia
serve para conscientizar, comprometer e fazer com que os programas de ação conseguissem
modificar as circunstâncias de vida dos deficientes em todo o mundo. As entidades mundiais
da área esperam que com a criação do Dia Internacional todos os países passem a comemorar
a data, gerando conscientização, compromisso e ações que transformem a situação dos
deficientes no mundo. O sucesso da iniciativa vai depender diretamente do envolvimento da
comunidade de portadores de deficiência que devem estabelecer estratégias para manter o
tema em evidência.
Fontes: http://www.voluntariosemacao.org.br/archive/200912 / http://www.cedipod.org.br/Dia3.htm – 10/12/2009 –
adaptado.
QUESTÃO 19 (Descritor: Explicar os efeitos de sentido de marcas das relações sociais e
hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Discurso, linguagem não-verbal, efeitos de sentido.
O impacto trazido aos interlocutores, aos leitores do discurso divulgado pelo anúncio, a
respeito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência Física, PODE ser identificado,
principalmente,
a) pelo interdiscurso relacionado à personagem da novela exibida na Rede Globo de Televisão
– Viver a Vida –, em que a atriz Alline Moraes interpreta Luciana, jovem que por grave acidente
adapta-se à realidade de um deficiente físico.
b) com a utilização do termo Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
cujo objetivo é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança e
desenvolvimento econômico.
c) pelo termo social e atrativo utilizado no próprio título – Pessoa com Deficiência Física –
característica dos problemas que ocorrem no cérebro ou sistema locomotor, e levam a um mau
funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores.
d) com a linguagem não-verbal criada pelo símbolo de deficiente físico, montado com a
atenção e a união de vários indivíduos da sociedade.
e) pela comunicação a respeito do termo Dia Internacional, tendo sempre origem nas
manifestações promovidas pela ONU – Organização das Nações Unidas.
QUESTÃO 20 (Descritor: Identificar modos de organização da composição textual –
sequências textuais (tipos textuais narrativo, descritivo, argumentativo, injuntivo, expositivo,
dialogal).)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Tipologia Textual/Tipo Textual, discurso, linguagem verbal e linguagem não-verbal.
Tipologia textual (ou Tipo Textual) é a forma como um texto se apresenta.
O discurso desenvolvido pelo artigo, padronizado por linguagem verbal e linguagem não-
verbal, ESTABELECE no contexto os tipos textuais sancionados pela forma
a) descritiva, narrativa e injuntiva.
b) dissertativa, argumentativa e expositiva.
c) expositiva, narrativa e argumentativa.
d) descritiva, narrativa e argumentativa.
e) descritiva, narrativa e expositiva.
QUESTÃO 21 (Descritor: Explicar os efeitos de sentido de marcas das relações sociais e
hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Inferência, efeitos de sentido.
O objetivo do artigo, visando comprometer e fazer com que os programas de ação consigam
modificar as circunstâncias de vida dos deficientes de todo mundo, associada ao símbolo
criado na linguagem não-verbal do discurso, pretende alertar os interlocutores que todo ser
humano deve, sempre,
a) observar o símbolo informativo de um deficiente físico: pessoa cujo movimento manual ou
eletrônico realiza-se em uma locomoção de um ocupante montado em uma cadeira de rodas.
b) ficar atento a cada portador de deficiência que faz parte de sua família, do grupo no qual se
encontra inserido e intercalado.
c) valorizar e se envolver como um indivíduo, independente das circunstâncias causadas pelas
diferentes situações e dificuldades de cada pessoa.
d) se conscientizar a respeito de cada Dia Internacional divulgado pela ONU – Organização
das Nações Unidas –, valorizando a situação de cada indivíduo.
e) se lembrar do dia 3 de dezembro – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência Física.
(Universidade Federal de São Carlos – SP – 2003 – adaptado)
QUESTÃO 22 (Descritor: Identificar mecanismos básicos de coesão.)
Nível de dificuldade: Difícil.
Assunto: Regência verbal e pronome relativo que.
Assinale a alternativa CORRETA quanto à regência.
a) A peça que assistimos foi muito boa.
b) Estes são os livros que precisamos.
c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram.
d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.
e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.
(Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM –2009 – adaptado)
QUESTÃO 23 (Descritor: Entender as diferentes variedades do português brasileiro como
elemento de identidade cultural.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Linguagem formal, linguagem informal.
Gerente – Boa tarde. Em que posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que inda tivesse
na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma!
Bortoni-Ricardo. S.M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola,
2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-
se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente DEVIDO
a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.
b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
(Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG –2009 – adaptado)
QUESTÃO 24 (Descritor:
Identificar tópicos e
subtópicos e textos
argumentativos.)
Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Inferência.
Leia este texto:
Violência contra a mulher, Estado “mete a colher”
―A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer.‖ Palavra de ordem
tradicional das passeatas e manifestações do movimento feminista em todo o Brasil, essa frase
mostra que o anseio por construir uma sociedade sem violência doméstica ainda é tema
principal para as mulheres.
Segundo pesquisa Ibope e Instituto Patrícia Galvão, de 2006, 33% dos entrevistados
apontam a violência contra a mulher, dentro e fora de casa, como o problema que mais
preocupa a brasileira na atualidade.
Em 2001, quando a Fundação Perseu Abramo realizou a primeira investigação com
abrangência nacional sobre a vida das mulheres brasileiras, os números já indicavam uma
situação alarmante: a cada 15 segundos, uma mulher era espancada no Brasil. Depois da
pesquisa ―A Mulher Brasileira nos Espaços Públicos e Privados‖, outras foram feitas e os
números mostram que a realidade da violência doméstica não mudou. Pesquisa realizada este
ano pelo ‗DataSenado‘ constata que, em cada cem mulheres brasileiras, quinze vivem ou já
viveram algum tipo de violência doméstica.
Não adianta justificar, como fazem alguns legisladores e chefes do Executivo, que toda
a sociedade está mais violenta no geral ou que as mulheres estão ―entrando‖ cada dia mais no
mundo do crime. As mulheres continuam apanhando, são xingadas, espancadas e mortas, em
sua grande maioria, dentro de casa, e os criminosos são homens da sua confiança:
companheiro, marido, pai ou namorado.
Teoria e Debate, n. 74, nov./dez.
2007. (adaptado)
Com base na leitura desse texto, é CORRETO afirmar que
a) a maioria dos entrevistados pelo Ibope e Instituto Patrícia Galvão, em 2006, apontou a
violência doméstica como o principal problema brasileiro da atualidade.
b) a pesquisa do „DataSenado‘ constatou que quinze, em cada grupo de cem mulheres, já
sofreram algum tipo de violência dentro e fora do lar.
c) a violência contra a mulher, independentemente das explicações de certas autoridades, é
uma realidade no Brasil e que ultrapassa o espaço doméstico.
d) os agressores, segundo as pesquisas feitas, são, num percentual de 33%, homens com os
quais as mulheres agredidas mantêm laços conjugais.
e) após a pesquisa A Mulher Brasileira nos Espaços Públicos e Privados, outros projetos
mostraram alterações na realidade da violência doméstica.
GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS
QUESTÃO 01 D QUESTÃO 13 B
QUESTÃO 02 D QUESTÃO 14 E
QUESTÃO 03 B QUESTÃO 15 A
QUESTÃO 04 C QUESTÃO 16 C
QUESTÃO 05 E QUESTÃO 17 B
QUESTÃO 06 A QUESTÃO 18 C
QUESTÃO 07 A QUESTÃO 19 D
QUESTÃO 08 D QUESTÃO 20 E
QUESTÃO 09 C QUESTÃO 21 C
QUESTÃO 10 D QUESTÃO 22 D
QUESTÃO 11 C QUESTÃO 23 A
QUESTÃO 12 D QUESTÃO 24 C

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  • 1. AULA 01 – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – COLOCAR EM POWER POINT I. QUESTÕES OBJETIVAS As questões 01, 02 e 03 referem-se a um fragmento de determinada entrevista realizada pela Revista Época ao educador, psicanalista e escritor Rubem Alves, nascido na cidade de Boa Esperança, município do Estado de Minas Gerais. Aprender para quê? Educador diz que a escola não leva em consideração o desejo de aprender e está longe de responder às perguntas das crianças. (por Paloma Cotes) Rubem Alves é um crítico do sistema de ensino brasileiro. Mas suas opiniões não carregam rancor contra quem quer que seja. Para o educador e professor emérito da Unicamp, o problema da escola é que ela não leva em consideração o desejo de aprender das crianças e está respondendo às perguntas que somente os adultos acham importantes. ''Crianças fazem perguntas incríveis'', avisa. Para Alves, questionamentos como ''quem inventou as palavras?'', ou ''‗gato‘ podia se chamar ‗cavalo‘ e ‗cavalo‘ se chamar ‗gato‘?'', são a prova viva do interesse que todo garoto tem por conhecer o mundo. ÉPOCA – O senhor afirma que a maioria das escolas é chata? Por quê? Rubem Alves – Não é de hoje que a escola é chata. Ela sempre foi assim e isso acontece porque as coisas são impostas às crianças. A prova de que uma criança gosta de ir à escola é se, na hora do recreio, ela está conversando com os amigos sobre as coisas que a professora ensinou. E não se vê isso. Então fica evidente que elas gostam da escola por causa da sociabilidade, dos amiguinhos, por causa do recreio. Mas elas não estão interessadas naquilo que se ensina na escola. Você acha que um adolescente, vivendo na periferia, pode ter interesse em ‗dígrafos‘ (grupo de duas letras usadas para representar um único fonema)? Não tem interesse nenhum. Eu diria que na escola tradicional não se leva em consideração o desejo de aprender da criança. Elas expressam isso através dos questionamentos que fazem. ÉPOCA – Quais questionamentos? Alves – Se você reparar, as crianças fazem perguntas incríveis para conhecer melhor o mundo. Uma delas é: ''Quem inventou as palavras?''. Há outras boas: ''‘Gato‘ podia chamar ‗cavalo‘ e ‗cavalo‘ chamar ‗gato‘? Por que ‗canteiro‘ chama ‗canteiro‘? Devia chamar ‗planteiro‘, que é onde ficam as plantas! Por que a chuva cai aos pinguinhos e não toda de uma vez? Se na ‗Arca de Noé‘ havia leões, por que eles não comeram os ‗cabritos‘?'' E por aí vai. Elas estão fazendo perguntas interessantes, mas as respostas nem sempre se encontram nos programas. ÉPOCA – Por que o modelo de educação existe há tanto tempo? Alves – Porque existe certa presunção da nossa parte, da parte dos adultos, de que as crianças não sabem nada, de que elas são vazias. E de que nós é que temos o saber.Também achamos que só nós podemos determinar o que elas têm de aprender. Isso é o que Paulo Freire denominou de ‗educação bancária‘. Você vai sempre fazendo depósitos na criança. Houve um diretor de um abrigo para crianças e adolescentes em Varsóvia chamado Janusz Korczak. No abrigo dele, eram os alunos que exerciam a disciplina. E Korczak costumava dizer: ''Vocês, professores, me dizem que é muito difícil ensinar às crianças. Estou de acordo. E vocês dizem também que é muito difícil descer às crianças. Estou em desacordo. O que é muito difícil é subir ao nível de sensibilidade e de curiosidade das crianças, ficar na ponta dos pés, falar brandamente para não machucá-las''. É por isso que a escola não muda. Porque as pessoas não estão preparadas para subir ao nível das crianças. ÉPOCA – Há salvação para esse modelo de ensino? Alves – Eu passei por esse modelo de escola. Outros amigos meus passaram e acho que não ficamos tão atrapalhados assim. Aliás, tenho memórias muito interessantes. A escola tinha muitas coisas boas e, a despeito de tudo, a gente aprende. Mas é uma perda de tempo muito grande. As escolas estão cheias de pessoas maravilhosas, mas é tanta gente que sofre, é reprovada e repete de ano que não acredito mais nesse modelo. É preciso esquecer as maneiras tradicionais de fazer escola. Estamos tão acostumados com a ideia de que a escola tem corredor, sala, campainha, que podemos até pensar em melhorar isso, mas não pensamos que a estrutura pode ser diferente. ÉPOCA - Então, por que as escolas não mudam?
  • 2. Alves – Por uma porção de fatores. Um deles é a inércia. A sociedade se acostuma a fazer sempre a mesma coisa porque aí não há trabalho. Se você tiver uma escola mais solta, nunca sabe direito o que vai acontecer, você não pode preparar a lição porque sempre o aluno pode fazer uma pergunta que você não sabe. Na escola tradicional, o professor é aquele que sabe a matéria e vai para a sala de aula acreditando nisso. Mas hoje as matérias estão todas na internet. Hoje, a função do professor é ensinar o aluno a pensar e a descobrir onde ele pode encontrar a resposta para as perguntas que ele tem. Essa é uma função nova e completamente diferente do professor. Os que sempre estão acostumados a preparar a aula até costumam usar as fichas do ano retrasado. Dificilmente vão mudar. ÉPOCA – Como convencer um professor a se atualizar? Alves - Acho que muitos desses profissionais estão acordando para isso simplesmente porque não estão mais aguentando o tédio. ÉPOCA –O senhor afirma, como educador, que a escola precisa dar aos alunos ferramentas para entender o mundo. O que isso quer dizer na prática? Alves – Simplificando a minha teoria, digo que o corpo carrega duas caixas: uma de ferramentas e a outra de brinquedos. O que são ferramentas? São todos os objetos usados para fazer alguma coisa. Então, ferramentas não são fins em si mesmos. E elas são importantes porque nos dão poder. Um alicate é muito mais poderoso que meu dedo. E a primeira coisa que a escola tem de perguntar é: isso que eu estou ensinando é ferramenta para quê? Segundo: o aluno quer fazer isso? Porque não adianta você dar uma ferramenta para a pessoa, um martelo e um prego, se ela quer ser pintora. A ferramenta só tem sentido se tiver uma demanda, se eu estou querendo fazer alguma coisa. Se eu estiver interessado em plantar um jardim, vou aprender sobre as plantas, esterco e fertilizantes. O professor tem de perguntar a si mesmo isso. Se não for ferramenta, ela não vai ser guardada. ÉPOCA - Por que não é guardada? Alves – Se todos os reitores das nossas universidades prestassem vestibular, seriam reprovados. Porque eles esqueceram. E fizeram isso porque são burros? Não. Eles fizeram isso porque são inteligentes. Porque a memória não carrega coisas que não têm função. Também seriam reprovados os professores universitários e os dos cursinhos só passariam na própria disciplina. Eu seria reprovado. Tudo foi perdido. Já a caixa dos brinquedos está cheia de objetos que não servem para nada. Não há formas de usá-los como ferramentas. Lá estão a poesia de Fernando Pessoa, as sonatas de Mozart, as telas de Monet, pores-de-sol, beijos, perfumes, coisas que apenas nos dão felicidade. Assim se resume a educação. ÉPOCA – Como educador, o senhor não se dedica apenas a escrever livros voltados para o tema. Também tem publicações em formato de contos, prosa e versos. Por quê? Alves - Eu não tenho livros de teoria. Escrevo contos e faço isso brincando. Então, sinto prazer mesmo quando estou falando sobre coisas teóricas. Mas sempre abordo o tema da educação por meio de metáforas. Inclusive sob a forma de poesia. Por isso muita gente não me leva a sério. Dizem que o Rubem Alves não é cientista. Não sou mesmo. E nem quero ser. Cientistas, já temos em excesso. Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT879723-1666-3,00.html – 1º/12/2009 – adaptado. QUESTÃO 01 (Descritor: Identificar tópicos e subtópicos em textos argumentativos.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Inferência, efeitos de sentido. Conforme argumentos da entrevista, a falta do desejo de aprender dos alunos na Educação ASSOCIA-SE à inércia geral provocada a) pelas escolas. b) pelos professores. c) pelos próprios alunos. d) pela sociedade. e) pelos pais.
  • 3. QUESTÃO 02 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia, seu discurso metafórico.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Inferência, efeitos de sentido. A metáfora utilizada no termo ferramenta, com objetivo em atingir a forma estratégica Educacional de cada cidadão, DEVE constituir, segundo Rubem Alves, a) o que a sociedade quer ensinar aos alunos a respeito da vida. b) o que o professor quer ensinar aos alunos a respeito da vida. c) o que cada escola precisa ensinar aos alunos a respeito da vida. d) o que o aluno quer realmente aprender a respeito de sua vida. e) o que um aluno quer ensinar a outro aluno a respeito da vida. QUESTÃO 03 (Descritor: Explicar efeitos de sentido de marcas das relações sociais entre interlocutores em enunciados apresentados.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Inferência, efeitos de sentido. Conforme contexto e opiniões de Rubem Alves, Educação CONSISTE a) nos processos de ensinar e aprender ocorridos apenas nas escolas. b) nos processos de ensinar e aprender ocorridos em toda a vida do aprendiz na socialização. c) nos processos de ensinar e aprender ocorridos na escola superior determinada por cada aprendiz. d) nos processos tecnológicos, conforme instrumentos e ferramentas em uma determinada comunidade. e) nos processos de ensinar e aprender, conforme separação espacial entre o professor e o aprendiz. As questões 04, 05 e 06 referem-se ao artigo referente à Copa do Mundo 2010, ao grupo em que o Brasil faz parte, comunicado no Globo Esporte – programa de telejornal esportivo exibido pela Rede Globo de Televisão. Brasil cai em grupo difícil na Copa junto com Portugal e Costa do Marfim Seleção brasileira fica no Grupo G, o preferido da comissão técnica, e também enfrenta a fraca Coreia do Norte na primeira fase (Gustavo Poli, Rafael Pirrho e Zé Gonzalez – Direto da Cidade do Cabo, África do Sul) O Brasil não deu a sorte dos últimos mundiais e caiu em um dos grupos mais difíceis da Copa do Mundo de 2010. No sorteio, que aconteceu no início de dezembro de 2009, na Cidade do Cabo, na África do Sul, a seleção vai enfrentar, na primeira fase, Portugal, de Cristiano Ronaldo, a Costa do Marfim, de Didier Drogba, e a Coreia do Norte. O sorteio começou bem para o time de Dunga, que caiu como cabeça de chave do Brasil do Grupo G, justamente o preferido pela comissão técnica. Desta forma, a seleção faria menos deslocamentos durante a Copa do Mundo e jogaria as duas primeiras partidas na capital, Joanesburgo. O primeiro país sorteado para o grupo brasileiro também agradou: a Coreia do Norte. Mas aí os ventos parecem ter mudado de lado. E levaram Costa do Marfim e Portugal para o lado da seleção. O Brasil estreia na Copa do Mundo no dia 15 de junho, em Joanesburgo, contra a Coreia do Norte, no estádio Ellis Park, local em que a seleção conquistou a Copa das Confederações neste ano. No dia 20 de junho, o Brasil encara a Costa do Marfim, novamente em Joanesburgo, mas no estádio Soccer City. E encerra a participação na primeira fase no dia 25 de junho, contra Portugal, em Durban. Dos adversários da primeira fase, a seleção já enfrentou em Copas do Mundo apenas Portugal. E a lembrança não é boa. Foi em 1966, quando o Brasil foi eliminado na primeira fase
  • 4. após perder por 3 a 1 para os portugueses. Curiosamente, Portugal conta com jogadores nascidos em terras brasileiras como o meia Deco, o zagueiro Pepe e o atacante Liedson. Se ficar em primeiro lugar no Grupo G, o Brasil pode enfrentar Espanha, Itália, Argentina e Alemanha apenas na final se essas seleções também ficarem na liderança na primeira fase. E em um caminho mais fácil, o Brasil teria pela frente Chile ou Suíça nas oitavas, Holanda ou Paraguai nas quartas, França e Inglaterra na semifinal. Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1403576-17852,00-html – 5/12/2009 – adaptado.
  • 5. QUESTÃO 04 (Descritor: Identificar marcas linguísticas de articulação entre as fases de um texto argumentativo.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Inferência, efeitos de sentido. O fato de o Brasil não dar a sorte dos últimos mundiais, caindo em um dos grupos mais difíceis da Copa do Mundo de 2010, pode ser inferido, segundo o contexto, a) pela participação pouco efetiva do treinador da seleção brasileira, Dunga. b) pela estreia no dia 15 de junho, em Joanesburgo, capital da África do Sul, contra a Coreia do Norte. c) pela participação de duas fortes seleções muito bem conceituadas: Portugal e Costa do Marfim. d) pelo fato de poder enfrentar posteriormente, se ficar em primeiro lugar no grupo, países como a Itália, a Argentina e a Alemanha. e) pelo destaque de dois grandes futebolistas de seleções adversárias: Cristiano Ronaldo (português) e Didier Drogba (costa-marfinense). QUESTÃO 05 (Descritor: Identificar modos de organização da composição textual – sequências textuais (tipos textuais narrativo, descritivo, argumentativo, injuntivo, dialogal).) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Tipologia Textual/Tipos Textuais. Tipologia textual (ou Tipo Textual) é a forma como um texto se apresenta. Analisando o artigo, conforme o grupo no qual o Brasil passou a fazer parte na Copa do Mundo de 2010, INFERIMOS que os principais tipos textuais apresentados e utilizados pelos jornalistas SÃO: a) Narração e Descrição. b) Narração e Injunção. c) Injunção e Argumentação. d) Descrição e Argumentação. e) Narração e Argumentação. QUESTÃO 06 (Descritor: Identificar os recursos linguísticos de coesão nominal (ou coesão por remissão) disponíveis na língua.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Classes de palavras, coesão, coerência, efeitos de sentido. ...o Brasil teria pela frente Chile ou Suíça nas oitavas, Holanda ou Paraguai nas quartas, França e Inglaterra na semifinal. O fragmento do artigo identifica a coerência do enunciado pela utilização do modo e do tempo verbal no futuro do pretérito, ESTABELECENDO a) uma situação condicional ao Brasil, conforme o que poderá ser estabelecido nas regras da Copa do Mundo 2010. b) uma situação do que realmente acontecerá ao Brasil, por ter sido incluso no Grupo G, com grandes seleções rivais. c) uma situação de ordem ao Brasil, conforme regras estabelecidas aos grupos selecionados na cidade de Cabo, na África do Sul.
  • 6. d) uma situação do que realmente aconteceu ao Brasil, por ter sido incluso no Grupo G, com grandes seleções rivais. e) uma situação de algo que é solicitado ao Brasil, conforme confronto com grandes rivais no Grupo G e as possibilidades de enfrentar países como Chile ou Suíça nas oitavas. As questões 07, 08 e 09 referem-se à charge de humor publicada no Jornal Comércio do Jahu, em uma região do Estado de São Paulo (unidade federativa), no dia 21/11/2009. Fonte: http://chargesdejornais.blogspot.com/2009_12_06_archive.html– 8/12/2009 – adaptado. QUESTÃO 07 (Descritor: Identificar o caráter marcadamente ideológico e discriminatório dos textos humorísticos (piadas, charges, cartuns, tirinhas etc).) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Ironia, linguagem verbal, linguagem não-verbal. Uma ironia consiste em poder dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. A ironia contida na charge exibe o contrário daquilo que é dito e aquilo que podemos pensar ao a) compararmos a linguagem verbal de um personagem e a linguagem não-verbal caricatural. b) observarmos a sarcástica linguagem verbal de um personagem. c) percebermos a contradição das duas linguagens expostas nos dois personagens: verbal e não-verbal. d) observarmos a linguagem não-verbal colocada de forma sarcástica no fato caricatural. e) identificarmos o tipo textual utilizado na fala de um personagem: argumentação (Boa notícia!). QUESTÃO 08 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia, seu discurso irônico.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Ironia, efeitos de sentido. O discurso presente na fala do primeiro personagem – Boa notícia! –, conforme a imagem da charge, PODE ser inferido pelo leitor do jornal, de acordo com a ironia das dificuldades financeiras presentes em toda sociedade, a) como boa situação, deixar de pagar o IPTU com aumento. b) como má situação, por ser impossível deixar de pagar o IPTU. c) como boa situação, por não possuir algo estabelecido para pagar o IPTU. d) como má situação sempre vivenciada, pagando ou deixando de pagar o IPTU. e) como boa ou má situação, dependendo da situação vivenciada por um cidadão.
  • 7. QUESTÃO 09 (Descritor: Explicar efeitos de sentido das marcas das relações sociais e hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Inferência, contexto. A charge apresentada pretende, pelo humor, transmitir aos leitores do jornal a) a crise financeira relacionada ao aumento do IPTU (Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana). b) a crise política e financeira relacionada ao imposto brasileiro instituído pela Constituição Federal, em que a incidência se dá a respeito da propriedade urbana. c) a crise financeira que envolve, provavelmente, uma das tensões familiares: o fato de ter ou o fato de não ter uma propriedade predial e territorial. d) a crise financeira que traz como consequências desemprego generalizado, alterações dos preços, depreciação de valores, perdas de propriedades etc. e) a crise econômica de 2008, que atingiu a economia de todo o planeta, sendo a mais forte crise desde a Crise de 1929. As questões 10, 11 e 12 referem-se ao poema criado pelo jornalista, tradutor, crítico literário e poeta brasileiro Mário Faustino (1930-1962), nascido na cidade de Teresina, capital no Estado do Piauí. O mundo que venci deu-me um amor O mundo que venci deu-me um amor, Um troféu perigoso, este cavalo, Carregado de infantes couraçados. O mundo que venci deu-me um amor Alado galopando em céus irados, Por cima de qualquer muro de credo, Por cima de qualquer fosso de sexo. O mundo que venci deu-me um amor Amor feito de insulto e pranto e riso, Amor que força as portas dos infernos, Amor que galga o cume ao paraíso. Amor que dorme e treme. Que desperta E torna contra mim, e me devora E me rumina em cantos de vitória... Fonte: http://www.fflch.usp.br/dlcv/vcamilo/M%E1rio%20Faustino%20-%20Antologia.pdf – 8/12/2009 – adaptado. QUESTÃO 10 (Descritor: Identificar os mecanismos básicos de coesão.) Nível de dificuldade: Difícil. Assunto: Figuras de linguagem. Um tipo de figura de linguagem que consiste na exposição no aspecto semântico de ideias opostas, como nos versos do soneto de Mário Faustino a respeito do amor – credo/sexo; pranto/riso; infernos/paraíso – É classificado como a) personificação. b) metáfora. c) ironia. d) antítese.
  • 8. e) paradoxo. QUESTÃO 11 (Descritor: Identificar tópicos e subtópicos em textos argumentativos.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Inferência. O amor doado pelo mundo, conforme inferência dos versos citados no poema, PODE estar associado, principalmente, a) à dedicação, ao zelo e ao trabalho. b) à afeição, à liberdade e ao gosto. c) à situação, à lei natural e à força. d) à inspiração, à paixão e à arte. e) ao desejo, à expressão e ao pedido. QUESTÃO 12 (Descritor: Identificar mecanismos básicos de coesão.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Inferência, conjugação verbal. Pensando no amor, conforme contexto do poema, constituir uma ação criada durante a vida, enquanto cada ser humano sobrevive, o título, comparando com o próprio momento em que o personagem fala, PODE ser substituído por a) O mundo que eu venceria dar-me-ia um amor. b) O mundo que eu vença dê-me um amor. c) O mundo que eu vencera dera-me um amor. d) O mundo que eu venço dá-me um amor. e) O mundo que eu vencerei dar-me-á um amor As questões 13, 14 e 15 referem-se à sátira imagem utilizada num blog, ironizando a brincadeira de uma suposta dica de outdoor para o refrigerante PEPSI, com determinada situação interdiscursiva relacionada ao ator Fábio Assunção. Fonte: http://lh6.ggpht.com/_KqXeOEStktE/StsyWLf-bsI/AAAAAAAAFQU/on5qHgSzB3s/s1600-h/Pepsi[3].jpg – 8/12/2009 – adaptado.
  • 9. QUESTÃO 13 (Descritor: Distinguir, em um texto, sua ideologia, seu discurso metafórico ou irônico.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Ironia, ambiguidade, efeitos de sentido. A suposta frase utilizada pelo ator Fábio Assunção como um personagem, no intuito de ironizar a propaganda do refrigerante PEPSI – “Eu deixei a coca.‖ – associa a ambiguidade de uma mensagem de dois sentidos, a) com o fato de começar a tomar o refrigerante PEPSI, deixando o refrigerante concorrente, COCA-COLA, um dos mais vendidos e utilizados em todo o mundo. b) com o fato de deixar de usar cocaína (droga alcalóide derivada do arbusto coca), além de deixar de usufruir o refrigerante concorrente da PEPSI, a COCA-COLA. c) com a situação de saúde enfrentada pelo ator, como usuário de cocaína, causando, provavelmente, vários problemas durante as gravações de uma novela exibida em 2008 pela Rede Globo de Televisão. d) pelo grande sucesso do ator associado ao refrigerante PEPSI, o contrário do grande sucesso da concorrente COCA-COLA, uma das mais vendidas em todo o mundo. e) pelo fato de um famoso ator de novela brasileira, devendo exibir o conhecido „corpo sarado‟ tomar um refrigerante gaseificado de forma exagerada, questão pouco adequada à saúde. QUESTÃO 14 (Descritor: Explicar efeitos de sentido de marcas das relações sociais e hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.) Nível de dificuldade: Difícil. Assunto: Humor negro, inferência, efeitos semânticos. Humor negro designa-se o humor que choca pelo emprego de elementos mórbidos e/ou macabros em situações cômicas. Fonte: http://www.scribd.com/doc/9237277/O-SIGNIFICADO-DO-HUMOR – 8/12/2009 – adaptado. O humor negro identificado na imagem que brinca com uma propaganda “criativa” do refrigerante PEPSI ESTÁ relacionado ao elemento mordaz (ironia um tanto cruel) originado pela situação em relação a) ao fato de o ator destacar o refrigerante PEPSI, dizendo que deixou a concorrente COCA- COLA mesmo estando impossibilitado, ainda, em virtude da crise de abstinência causada pela dependência, de abandonar o uso abusivo de cocaína, o que traz graves doenças. b) ao outro sentido com o vocábulo deixar, demonstrando a nova embalagem e a nova logomarca exibida pela PEPSI desde 2008, evidenciado a modernidade em deixar determinada etapa, evoluindo a novos sucessos e facilitar as vendas. c) à provável opção de o refrigerante PEPSI acusar a concorrente COCA-COLA em trazer os efeitos colaterais perversos na saúde (refrigerante de noz-de-cola), mesmo sem comprovação científica ou consenso a respeito do assunto. d) ao sarcasmo associado ao sucesso do ator como protagonista na última novela em que participou, exibida pela Rede Globo de Televisão, além da dificuldade causada pelo uso de cocaína, tornando-o dependente da situação que ocasiona problemas de saúde. e) ao vício do uso de drogas por algumas pessoas na sociedade, o que causa prejuízos psicológicos, além de doenças caracterizadas pela dependência incapaz de ser controlada e abandonada pelo paciente, trazendo síndrome de abstinência.
  • 10. QUESTÃO 15 (Descritor: Identificar mecanismos básicos de coesão.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Figuras de linguagem. A frase presente na fala do personagem Fábio Assunção, ―Eu deixei a coca.‖, é caracterizada por uma figura de linguagem em recurso semântico que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles: Deixei de tomar o refrigerante Coca, não a empresa Coca propriamente dita. Essa figura de linguagem nos recursos linguísticos É conhecida como a) Metonímia. b) Metáfora. c) Elipse. d) Eufemismo. e) Clímax. As questões 16, 17 e 18 referem-se ao artigo publicado no Jornal Correio Brasiliense, a respeito da possível eleição da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para a eleição presidencial no Brasil de 2010. (DEU NO CORREIO BRAZILIENSE) O ESPELHO DE DILMA A gestão da imagem da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), virou o xis da questão eleitoral para o Palácio do Planalto. Até agora, esteve a cargo do marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, João Santana, responsável pela campanha da reeleição de Lula em 2006. Dois bruxos do nosso marketing político, porém, foram chamados a dar pitacos sobre a imagem de Dilma: Duda Mendonça, o criador do ―Lulinha paz e amor‖ da campanha de 2002, e Nizan Guanaes, que inventou a mão espalmada do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 1994. O estado-maior do projeto Dilma-2010 anda inquieto e pede socorro por causa do índice de rejeição de Dilma nas pesquisas. A imagem voluntarista de ―Mãe do PAC‖, fruto de uma tirada de palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi volatilizada pela vida como ela é. Primeiro, veio a crise econômica mundial, que deu ao governo o discurso atual — nacionalista, estatizante, desenvolvimentista —, mas fez o PAC e tudo o mais atrasar um ano. Depois, a doença de Dilma, que tirou a ministra dos palanques oficiais por um tempo e a obrigou a andar de peruca. Está chegando a hora de ela mostrar o cabelo Joãozinho. E buscar o caminho mais curto e seguro para aumentar o grau de conhecimento (somente 32% a conhecem bem ou mais ou menos) sem aumentar o nível de rejeição (41% não votariam nela de jeito nenhum), revertendo a tendência sinistra revelada pela última pesquisa do Ibope/CNI. Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=o-espelho-de-dilma&cod_Post=248411&a=111 – 9/12/2009 – adaptado.
  • 11. QUESTÃO 16 (Descritor: Identificar os recursos linguísticos de articulação disponíveis na língua.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Contexto, vocábulo, significado. A metáfora utilizada pelo vocábulo espelho, associada à imagem, ao fator crítico da ministra- chefe da Casa Civil, intercala-se a outros termos no contexto do artigo, mantendo o mesmo sentido, conforme exemplos a seguir, EXCETO: a) gestão da imagem. b) xis da questão eleitoral. c) imagem voluntarista. d) vida como ela é. e) cabelo Joãozinho. QUESTÃO 17 (Descritor: Identificar os mecanismos básicos de coesão.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Contexto, coesão, coerência, efeitos de sentido, inferência. A imagem voluntarista de ―Mãe do PAC‖, fruto de uma tirada de palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi volatilizada pela vida como ela é. O fragmento do artigo acima especificado pode ser inferido, DE ACORDO com o contexto, a) pelo destaque do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil –, sob responsabilidade da ministra-chefe da Casa Civil. b) pela queda do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil –, sob responsabilidade da ministra-chefe da Casa Civil. c) pela infraestrutura do projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil –, sob responsabilidade da ministra-chefe da Casa Civil. d) pela crise financeira mundial, desestabilizando o investimento no projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil –, sob responsabilidade da ministra-chefe da Casa Civil. e) pela doença da ministra-chefe da Casa Civil, dificultando o desenvolvimento do projeto de sua responsabilidade, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – programa do governo federal que engloba um conjunto de políticas econômicas com o objetivo de acelerar o crescimento econômico do Brasil.
  • 12. QUESTÃO 18 (Descritor: Explicar os efeitos de sentido de marcas das relações sociais e hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Discurso. O discurso político é, por excelência, o lugar de um jogo de máscaras. Toda palavra pronunciada no campo político deve ser tomada ao mesmo tempo pelo que ela diz e não diz. Jamais deve ser entendida ao pé da letra, numa transparência ingênua, mas como resultado de uma estratégia cujo enunciador nem sempre é soberano. Patrick Charaudeau (professor de Ciências da Linguagem na Universidade de Paris XII e diretor do Centro de Análise do Discurso) mostra o que escondem e o que revelam os políticos quando falam e quais os artifícios que utilizam para persuadir e seduzir os seus interlocutores. Coloca em evidência, ainda, as condições gerais de emergência e as estratégias que se oferecem a todo ator político, quaisquer que sejam as ideias e as posições por ele defendidas, e demonstra como uma mesma estratégia pode ser empregada em lugares diferentes do tabuleiro político. Fonte: http://www.editoracontexto.com.br/produtos.asp?cod=277 – 9/12/2009 – adaptado. Segundo as informações acima, o discurso político brasileiro referente à imagem da ministra- chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), conforme contexto do artigo, VISA ser estruturado a) pelo grande apoio do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT, procurando sempre incentivar a candidatura da política e elevar o percentual da pesquisa do Ibope/CNI. b) pela dica de utilização de uma mão espalmada, já trabalhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como forma de impor sua força, sua autoridade e sua dominação. c) pelo briefing associado às linguagens verbais e não-verbais de persuasão definidas e orientadas por experientes marqueteiros políticos, como Duda Mendonça e Nizan Guanaes. d) pela reestruturação como voluntarista de Mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), de forma a persuadir o público pelo cuidado com a alavancagem financeira no país. e) pelo cuidado em exibir a vida, a situação, como ela é, conforme metáfora estabelecida com causas da doença, obrigando-a em andar de peruca, o contrário dos cabelos curtos, como o de Joãozinho. As questões 19, 20 e 21 referem-se ao anúncio de divulgação pelo Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, associado ao objetivo do trabalho voluntário – atividade desempenhada no uso e gozo da autonomia do prestador do serviço ou trabalho, sem recebimento de qualquer contraprestação que importe em remuneração ou obtenção de lucro. DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA No dia 14 de outubro de 1992 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 3 de dezembro como o dia internacional do deficiente físico. Esse dia
  • 13. serve para conscientizar, comprometer e fazer com que os programas de ação conseguissem modificar as circunstâncias de vida dos deficientes em todo o mundo. As entidades mundiais da área esperam que com a criação do Dia Internacional todos os países passem a comemorar a data, gerando conscientização, compromisso e ações que transformem a situação dos deficientes no mundo. O sucesso da iniciativa vai depender diretamente do envolvimento da comunidade de portadores de deficiência que devem estabelecer estratégias para manter o tema em evidência. Fontes: http://www.voluntariosemacao.org.br/archive/200912 / http://www.cedipod.org.br/Dia3.htm – 10/12/2009 – adaptado. QUESTÃO 19 (Descritor: Explicar os efeitos de sentido de marcas das relações sociais e hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Discurso, linguagem não-verbal, efeitos de sentido. O impacto trazido aos interlocutores, aos leitores do discurso divulgado pelo anúncio, a respeito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência Física, PODE ser identificado, principalmente, a) pelo interdiscurso relacionado à personagem da novela exibida na Rede Globo de Televisão – Viver a Vida –, em que a atriz Alline Moraes interpreta Luciana, jovem que por grave acidente adapta-se à realidade de um deficiente físico. b) com a utilização do termo Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança e desenvolvimento econômico. c) pelo termo social e atrativo utilizado no próprio título – Pessoa com Deficiência Física – característica dos problemas que ocorrem no cérebro ou sistema locomotor, e levam a um mau funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores. d) com a linguagem não-verbal criada pelo símbolo de deficiente físico, montado com a atenção e a união de vários indivíduos da sociedade. e) pela comunicação a respeito do termo Dia Internacional, tendo sempre origem nas manifestações promovidas pela ONU – Organização das Nações Unidas. QUESTÃO 20 (Descritor: Identificar modos de organização da composição textual – sequências textuais (tipos textuais narrativo, descritivo, argumentativo, injuntivo, expositivo, dialogal).) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Tipologia Textual/Tipo Textual, discurso, linguagem verbal e linguagem não-verbal. Tipologia textual (ou Tipo Textual) é a forma como um texto se apresenta. O discurso desenvolvido pelo artigo, padronizado por linguagem verbal e linguagem não- verbal, ESTABELECE no contexto os tipos textuais sancionados pela forma a) descritiva, narrativa e injuntiva. b) dissertativa, argumentativa e expositiva. c) expositiva, narrativa e argumentativa. d) descritiva, narrativa e argumentativa. e) descritiva, narrativa e expositiva.
  • 14. QUESTÃO 21 (Descritor: Explicar os efeitos de sentido de marcas das relações sociais e hierárquicas entre interlocutores em enunciados apresentados.) Nível de dificuldade: Médio. Assunto: Inferência, efeitos de sentido. O objetivo do artigo, visando comprometer e fazer com que os programas de ação consigam modificar as circunstâncias de vida dos deficientes de todo mundo, associada ao símbolo criado na linguagem não-verbal do discurso, pretende alertar os interlocutores que todo ser humano deve, sempre, a) observar o símbolo informativo de um deficiente físico: pessoa cujo movimento manual ou eletrônico realiza-se em uma locomoção de um ocupante montado em uma cadeira de rodas. b) ficar atento a cada portador de deficiência que faz parte de sua família, do grupo no qual se encontra inserido e intercalado. c) valorizar e se envolver como um indivíduo, independente das circunstâncias causadas pelas diferentes situações e dificuldades de cada pessoa. d) se conscientizar a respeito de cada Dia Internacional divulgado pela ONU – Organização das Nações Unidas –, valorizando a situação de cada indivíduo. e) se lembrar do dia 3 de dezembro – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência Física. (Universidade Federal de São Carlos – SP – 2003 – adaptado) QUESTÃO 22 (Descritor: Identificar mecanismos básicos de coesão.) Nível de dificuldade: Difícil. Assunto: Regência verbal e pronome relativo que. Assinale a alternativa CORRETA quanto à regência. a) A peça que assistimos foi muito boa. b) Estes são os livros que precisamos. c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram. d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio. e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.
  • 15. (Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM –2009 – adaptado) QUESTÃO 23 (Descritor: Entender as diferentes variedades do português brasileiro como elemento de identidade cultural.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Linguagem formal, linguagem informal. Gerente – Boa tarde. Em que posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma! Bortoni-Ricardo. S.M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado). Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa- se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente DEVIDO a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
  • 16. (Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG –2009 – adaptado) QUESTÃO 24 (Descritor: Identificar tópicos e subtópicos e textos argumentativos.) Nível de dificuldade: Fácil. Assunto: Inferência. Leia este texto: Violência contra a mulher, Estado “mete a colher” ―A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer.‖ Palavra de ordem tradicional das passeatas e manifestações do movimento feminista em todo o Brasil, essa frase mostra que o anseio por construir uma sociedade sem violência doméstica ainda é tema principal para as mulheres. Segundo pesquisa Ibope e Instituto Patrícia Galvão, de 2006, 33% dos entrevistados apontam a violência contra a mulher, dentro e fora de casa, como o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade. Em 2001, quando a Fundação Perseu Abramo realizou a primeira investigação com abrangência nacional sobre a vida das mulheres brasileiras, os números já indicavam uma situação alarmante: a cada 15 segundos, uma mulher era espancada no Brasil. Depois da pesquisa ―A Mulher Brasileira nos Espaços Públicos e Privados‖, outras foram feitas e os números mostram que a realidade da violência doméstica não mudou. Pesquisa realizada este ano pelo ‗DataSenado‘ constata que, em cada cem mulheres brasileiras, quinze vivem ou já viveram algum tipo de violência doméstica. Não adianta justificar, como fazem alguns legisladores e chefes do Executivo, que toda a sociedade está mais violenta no geral ou que as mulheres estão ―entrando‖ cada dia mais no mundo do crime. As mulheres continuam apanhando, são xingadas, espancadas e mortas, em sua grande maioria, dentro de casa, e os criminosos são homens da sua confiança: companheiro, marido, pai ou namorado. Teoria e Debate, n. 74, nov./dez. 2007. (adaptado) Com base na leitura desse texto, é CORRETO afirmar que a) a maioria dos entrevistados pelo Ibope e Instituto Patrícia Galvão, em 2006, apontou a violência doméstica como o principal problema brasileiro da atualidade. b) a pesquisa do „DataSenado‘ constatou que quinze, em cada grupo de cem mulheres, já sofreram algum tipo de violência dentro e fora do lar. c) a violência contra a mulher, independentemente das explicações de certas autoridades, é uma realidade no Brasil e que ultrapassa o espaço doméstico. d) os agressores, segundo as pesquisas feitas, são, num percentual de 33%, homens com os quais as mulheres agredidas mantêm laços conjugais. e) após a pesquisa A Mulher Brasileira nos Espaços Públicos e Privados, outros projetos mostraram alterações na realidade da violência doméstica. GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS QUESTÃO 01 D QUESTÃO 13 B
  • 17. QUESTÃO 02 D QUESTÃO 14 E QUESTÃO 03 B QUESTÃO 15 A QUESTÃO 04 C QUESTÃO 16 C QUESTÃO 05 E QUESTÃO 17 B QUESTÃO 06 A QUESTÃO 18 C QUESTÃO 07 A QUESTÃO 19 D QUESTÃO 08 D QUESTÃO 20 E QUESTÃO 09 C QUESTÃO 21 C QUESTÃO 10 D QUESTÃO 22 D QUESTÃO 11 C QUESTÃO 23 A QUESTÃO 12 D QUESTÃO 24 C