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1
N° 02JULHO 2009 ANO 1
CIPNews
Coluna da
Indústria
A produtividade dos processos e os
resultados do E&P
Robô Ambiental Híbrido auxiliará
estudos científicos na Amazônia
INOVAÇÃOCOMOCHAVEPARAOSUCESSO
www.labceo.uff.br/cip
2
ÍNDICE
PÁGINAS TEMA TÍTULO
3 COLUNA DA UNIVERSIDADE História da Política de Inovação da Universidade Federal
Fluminense
6 COLUNA DA INDÚSTRIA A produtividade dos processos e os resultados do E&P
8 COLUNA DA INDÚSTRIA Robô Ambiental Híbrido auxiliará estudos científicos na
Amazônia
10 CIP BLOG Enterrar CO2 ganha destaque no G-8
12 CIP BLOG Projeto Cearense Prevê Energia a Partir de Microalgas
REALIZAÇÃO
3
História da Política de Inovação da Universidade Federal
Fluminense
Por Fabiana Rodrigues Leta
Diretora
Agir - Agência Inovadora da UFF
A
partir da década de 1990 iniciativas na área
da inovação começaram a tomar vulto na
UFF, com vistas a torná-la um ator mais par-
ticipativo no desenvolvimento econômico regional
com a criação de empresas juniores, da Incubadora
de Empresas (IEBTUFF), do Escritório de Transfer-
ência de Conhecimento (Etco) e de um programa
integrado de empreendedorismo e inovação. O
Etco responsabiliza-se atualmente por 14 pedidos
de patentes em diferentes áreas do conhecimento.
	
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP)
é o órgão central responsável pela coordenação e
supervisão das atividades de pesquisa e pós-gradu-
ação na UFF. Em 2004, criou-se a Coordenadoria de
Projetos Científicos e Tecnológicos – CPCT, com a fi-
nalidade de articular o sistema de apoio à inovação
e estimular o desenvolvimento de novos projetos
científicos e tecnológicos na universidade. À CPCT
encontravam-se vinculados a IEBTUFF e o Etco.
	
A CPCT busca a articulação dos diversos núcleos
voltados para disseminação da cultura inovadora e
empreendedora,taiscomo:IncubadoradeEmpresas
de Base Tecnológica, Escritório de Transferência de
Conhecimento,oLaboratórioInitiädeInovaçãoeEm-
preendedorismo, Assessoria de Inovação, o Núcleo
de Estudos em Inovação, Conhecimento e Trabalho,
dentre outros. Estes núcleos vêm norteando ao lon-
go dos anos a política de inovação da universidade.
	
A partir de 2006, a CPCT tem seus objetivos e ações
reformulados e ampliados, passando a atuar como
um embrião da Agência de Inovação da Universi-
dade Federal Fluminense. Desde então a CPCT vem
buscando, em conjunto com os diversos agentes
de inovação da universidade, realizar discussões
sobre a política de estímulo à Inovação da UFF.
Em 2007 cria-se a Assessoria de Políticas de Inova-
ção, vinculada ao Gabinete do Reitor com a finali-
dade de ser mais uma instância de apoio à dissemi-
nação da cultura inovadora e empreendedora, que
vem discutindo a política da universidade no que
tange à inovação, empreendedorismo e transferên-
Os primeiros passos na UFF para a regulamentação de atividades de proteção e transferência do conhe-
cimento gerado nas instituições científicas e tecnológicas e o fortalecimento da cultura empreendedora.
“A Agência de Inovação da UFF (Agir)
tem por finalidade coordenar, articular
e propor a política e ações de estímulo à
inovação da Universidade Federal Flu-
minense.”
cia de conhecimento. Esta assessoria passa a fortal-
ecer as ações da universidade sobre o tema inova-
ção, organizando neste mesmo ano o “Seminário
Internacional Universidade, Empreendedorismo e
Inovação”, que contou com a discussão de temas
tais como: Empreendedorismo e Inovação na Uni-
versidade; A Gestão da Inovação na Universidade;
A Universidade Empreendedora na Economia do
Conhecimento; Empreendedorismo Inovador nos
Bancos; Competitividade, capacitação tecnológi-
ca e inovação incremental: o papel da univer-
sidade; Excelência acadêmica & Mercado: Círculo
Virtuoso?; Empreendedorismo e Inovação na UFF.
	
O reconhecimento da importância da inovação
também é notório, quando da inclusão deste
tema no Plano de Desenvolvimento Institucio-
nal da UFF em 2007, sendo que no PDI/2009 al-
gumas das metas a serem desenvolvidas no
âmbito da Agência de Inovação da Universidade Fed-
eral Fluminense já se encontram apoiadas através
do então denominado Núcleo UFF Inovação.
Na CPCT há uma Agência de Inova-
ção da Universidade Federal Fluminense,
além do preconizado pela Lei da Inovação.
	
A Lei da Inovação surge com um propósito bem
mais amplo do que o manifestado pela Lei da Pro-
priedade Industrial. A partir do pressuposto de
quem inova é a empresa e de que a inovação se
dá de forma sistêmica, a Lei da Inovação vem com
a finalidade de (expressa em seu Artigo 1) “estabel-
ecer medidas de incentivo à inovação e à pesquisa
científica e tecnológica no ambiente produtivo, com
4
vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tec-
nológica e ao desenvolvimento industrial do País,
nos termos dos Artigos 218 e 219 da Constituição”
A CPCT, embrião da Agência de Inovação da Univer-
sidade Federal Fluminense é responsável pelo Etco,
que tem por função básica assegurar a proteção
do conhecimento gerado na universidade, que é
estabelecido pela Lei da Inovação. Considerando,
ainda, as premissas acima citadas de incentivar a
inovação buscando o desenvolvimento da socie-
dade, a partir de novas tecnologias e processos, a
reestruturação da CPCT como a Agência de Inova-
ção da UFF passa a ser mais do que uma simples
proposta, mas torna-se uma ação necessária para
uma universidade progressista e inovadora, como
se espera da Universidade Federal Fluminense.
A Agência de Inovação da UFF (Agir) tem
por finalidade coordenar, articular e pro-
por a política e ações de estímulo à inova-
ção da Universidade Federal Fluminense.
AAgirécompostapor:Direção;AssessoriadeInova-
ção; Fórum de Agentes de Inovação; Assistente de
Inovação; Escritório de Transferência de Conheci-
mento(Etco)eIncubadoradeEmpresasdaUFF/Lab-
oratório Initia de Inovação e Empreendedorismo.
As atividades básicas da Agência de Inovação da Uni-
versidade Federal Fluminense consistem em Articula-
ção Acadêmica; Capacitação e Difusão; Transferência
deConhecimentoeArticulaçãocomoSetorProdutivo:
•	 Estimular, assessorar e dar consultoria (in-
terna e externa) ao desenvolvimento de projetos
e produtos para o atendimento das disposições da
Lei de Inovação.
•	 Propor aos órgãos superiores da Universi-
dade uma política de inovação e subsidiar as suas
discussões.
•	 Submeter aos órgãos superiores da Universi-
dade o plano de ação anual.
•	 Apoiar as atividades de ensino, pesquisa e
extensão desenvolvidas por meio de disciplinas,
cursos e eventos realizados pela UFF no âmbito da
inovação.
•	 Cadastrar todas as atividades dedicadas ao
Empreendedorismo e Inovação desenvolvidas pela
UFF, para fins de acompanhamento e fornecimento
de informações a órgãos internos e externos, inclu-
sive para relatórios institucionais e sistemas de cus-
tos.
•	 Promover atividades de sensibilização, ori-
entação e capacitação de docentes, técnico-ad-
ministrativos e demais interessados na proteção do
conhecimento e na apropriação dos benefícios co-
merciais advindos da Lei de Inovação, em comum
acordo com as instâncias envolvidas.
•	 Buscar a captação de recursos para desen-
volvimento de atividade de PD&I através da elabo-
ração de projetos a serem submetidos às agências
de fomento e de planos de negócios a serem sub-
metidos aos investidores institucionais.
•	 Atuar em parceria com outras ICTs e empre-
sas, no espírito da Hélice Tríplice de relações entre o
setor gerador de conhecimento, o governo e o setor
produtivo.
•	 Participar de rede de núcleos congêneres.
•	 Apoiar as atividades relacionadas dos agen-
tes de inovação da universidade, em especial do
Etco, das Empresas Juniores e da Incubadora de Em-
presas.
•	 Promover ações que atendam às políticas
definidas pelo Fórum de Agentes de Inovação, bus-
cando articular as diversas áreas do conhecimento
da Universidade.
A Agir promoverá, em 2009, um “Ciclo de Semi-
nários sobre Inovação: Oportunidades e Desa-
fios”, que objetiva articular o sistema de inovação
científica e tecnológica da universidade, visando
à difusão e promoção de parcerias internas e ex-
ternas para atendimento a demandas regionais
e nacionais no âmbito de pesquisas científicas e
tecnológicas de caráter inovador. O evento terá as
seguintes atividades: Mostra de Inovação e Mini-
curso: “Aprenda a proteger seu conhecimento” na
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, Work-
shops de Gestão da Inovação, Seminário Interdis-
ciplinar de Estímulo à Inovação e Seminário Uni-
“Na CPCT há uma Agência de Inovação
da Universidade Federal Fluminense,
além do preconizado pela Lei da Inova-
ção.“
4
5
Marilena Juncá Trindade, Fabiana Rodrigues Leta e Patrícia Dias White
versidade, Inovação e Desenvolvimento Regional.
EQUIPE DA AGIR
Profº Fabiana Rodrigues Leta – Diretora
fabiana@vm.uff.br
2629-5103
Prof. José Manoel Carvalho de Mello - Assessor de
Inovação
Josemello16@yahoo.com.br
Marilena Juncá Trindade – Assistente Técnico de
Inovação
marilena@propp.uff.br 2629.5103
Patrícia Dias White - Assistente Técnico de Inovação
patrícia@propp.uff.br 2629.5103
Prof. Sérgio José Mecena da Silva Filho
Coordenador Acadêmico da Incubadora de Em-
presas da UFF – Laboratório Initiä de Inovação e
Empreendedorismo
smecena@gmail.com
Maria Helena Teixeira da Silva Gomes
Diretora do Etco – Escritório de Transferência do
Conhecimento
helena@vm.uff.br
55
6
O
Brasil vem experimentando
profundas transformações
no setor petróleo desde as
primeiras descobertas. A história
da Petrobras se confunde com a
do setor petróleo no Brasil até o
final da década de 90 e sempre
esteve intimamente ligada aos
grandes desafios que surgiram
ao longo da sua existência. Estes
desafios foram sempre superados
com uma postura arrojada que
teve por base a inovação e o
pioneirismo. Grandes objetivos
foram alcançados, com destaque
para a primeira descoberta no mar,
em 1968, o campo de Guaricema,
no litoral de Sergipe; a descoberta
do campo de Garoupa, na Bacia de
Campos em 1974; as descobertas
de campos gigantes em águas
profundas e ultra profundas, como
Albacora, Marlim e Roncador,
nas décadas de 80 e 90 e, por
profundas em todo o mundo.
As inovações tecnológicas e os
ganhos de produtividade foram os
fatores chave na obtenção destes
resultados que projetaram a
Petrobrasnocenáriointernacional.
A produtividade assume neste
contexto um papel preponderante
contribuindo para melhorar o
entendimento dos processos e os
resultadosdaempresa.Oaumento
da produtividade e a melhoria
contínua dos processos são pilares
do crescimento sustentável de
uma corporação.
Conceitualmente, produtividade
pode ser entendida como a
relação entre o resultado de
um processo (em termos de
quantidade, qualidade e valor) e
o esforço empregado para obtê-
lo (recursos físicos, financeiros,
humanos, tecnológicos, etc). Ela
se baseia na relação entre eficácia
(capacidade de realizar objetivos)
e eficiência (capacidade de utilizar
racionalmente os recursos).
Ao melhorar a produtividade
pretende-se aumentar o volume, o
valor ou a qualidade do resultado
consumindo menos recursos.
Em uma corporação, os gerentes
cuidam de processos e para que
suas ações e decisões sejam bem
sucedidas é primordial que eles
entendam e percebam clara e
corretamente cada um dos fatores
que determinam a qualidade dos
resultados dos processos sob sua
gestão.
A atenção dos gestores deve estar
equilibrada entre os processos sob
sua gestão e os resultados que eles
propiciam. Qualquer desequilíbrio
fim, a descoberta de óleo nos
reservatórios do Pré-Sal ocorrida
recentemente.
Essa busca incessante pela
superação dos desafios resultou
na produção de volumes de óleo
e gás cada vez maiores em águas
cadavezmaisprofundas,tornando
a Petrobras líder absoluta,
respondendo hoje por 23% de
toda a atividade de exploração e
produção de petróleo em águas
A produtividade dos processos e os resultados do E&P
Por Hugo Repsold Júnior
Gerente Geral
PETROBRAS - E&P Corporativo / EGP
“A produtividade assume
neste contexto um
papel preponderante
contribuindo para
melhorar o entendimento
dos processos e os
resultados da empresa.”
P-50 - A plataforma que garantiu a auto-suficência brasileira de Petróleo
7
neste sentido causa impactos que se propagam
por toda a organização levando inevitavelmente a
ineficiências e a perdas de produtividade.
Quando os gestores de uma corporação não
compreendem ou não percebem claramente quanto
custa e quais os recursos adicionais necessários para
produzirumaunidadeadicionaldelucro,elestendem
a buscar uma unidade adicional de produção. Desta
forma,ofocodeatençãosedesviaparaamaximização
da quantidade do produto final e, nem sempre isto é
a melhor alternativa para a empresa, uma vez que, a
partir de determinado ponto, o aumento do volume
de produção, não compensa os aumentos dos custos
ou recursos utilizados, gerando uma diminuição do
resultado global da organização.
A gestão com foco na produtividade explicita a
relação acima. Ela promove, em primeiro lugar, a
identificação, mapeamento e análise dos processos
de modo a dar total transparência a eles. Além disso,
proporciona mecanismos e sistemáticas de medição
e apuração da sua eficiência e eficácia.
A partir daí, se obtém os ganhos de produtividade,
que advêm principalmente do conhecimento, da
transparência e da governança dos processos de uma
empresa e da identificação clara de cada uma de suas
etapas e do seu valor agregado. Em toda organização,
há processos cujo valor agregado é menor, como
também há outros onde há grandes restrições que
determinam o rendimento e o desempenho de toda
a cadeia produtiva.
Neste contexto, a empresa deve ser vista como
um organismo vivo dinâmico e em constante
evolução, inserido num mercado, interagindo com
fornecedores, clientes, governos e sociedade. A
dinâmica corporativa irá levar à melhoria contínua
na medida em que a empresa se transformar interna
e externamente. A melhoria ainda é obtida quando
todos os que direta ou indiretamente suportam
suas operações também evoluírem. Os ganhos
de produtividade se propagam e multiplicam
“ A atenção dos gestores deve estar
equilibrada entre os processos sob
sua gestão e os resultados que eles
propiciam.”
os resultados de todos os envolvidos com a sua
produção.
Considerando as questões conceituais descritas
acima e as especificidades da produção de petróleo
e gás natural, entendemos que o aumento de
produtividade deve ser obtido através da introdução
daculturademelhoriacontínua,quelevaaoaumento
gradativo da produtividade nos processos e da
introdução de inovações, que proporciona grandes
saltos na produtividade.
A parceria entre a área de exploração e produção
da Petrobras e a UFF, no que diz respeito aos
trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Inovação
e Produtividade (CIP) está fundamentada nestes
conceitos. Entendemos que as metodologias,
ferramentas e soluções desenvolvidas pela
Universidade Federal Fluminense (UFF) em conjunto
com nosso corpo técnico, possibilitarão alcançarmos
os objetivos acima descritos.
Os trabalhos desenvolvidos no CIP visam suportar a
Gestão por Processos que é uma Iniciativa Estratégica
do E&P. As principais questões a serem tratadas
são o aumento da produtividade dos processos do
E&P através da melhoria contínua e inovação nos
processos, a gestão do conhecimento como meio
para manutenção e disseminação do conhecimento
e uma sistemática que possibilite a avaliação do
desempenho do E&P considerando os resultados
estratégicosalinhadosaosprocessosqueosuportam.
A união de esforços e competências existentes
entre a área de E&P da Petrobras e a Universidade
Federal Fluminense refletem a disposição de
buscar continuamente utilizar os melhores recursos
disponíveis para o alcance dos objetivos estratégicos
do E&P através da gestão de processos mais robustos
e em constante melhoria.
“Quando os gestores de uma corporação
não compreendem ou não percebem
claramente quanto custa e quais os
recursos adicionais necessários para
produzir uma unidade adicional de
lucro, eles tendem a buscar uma unidade
adicional de produção”
8
Robô Ambiental Híbrido auxiliará estudos científicos na
Amazônia
Por Ney Robinson Salvi dos Reis
Engenheiro de Equipamentos Senior e Coordenador do laboratório de Robotica
Petrobras
E
m breve, pesquisadores da
Região Amazônica poderão con-
tar com a ajuda de um assistente
feito de materiais compostos, acrílico
e ligas de metal leve. É o Robô Ambi-
ental Híbrido, criado pelo Laboratório
de Robótica do Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento da PETROBRAS –
CENPES, cujo projetos e protótipos
já são considerados exemplos do
desenvolvimento do design nacio-
nal por suas soluções estéticas e de
funcionalidade tanto para atividades
submarinas como, mais recente-
mente para aplicações em regiões
ribeirinhas da Floresta Amazônica.
O Robô Ambiental Híbrido integra uma das linhas
de pesquisa do projeto Cognitus (Ferramentas
Cognitivas para Amazônia), que propõe a criação
de novos conceitos e tecnologias em monitora-
mento ambiental para entender os fenômenos
complexos da região. Adotando uma forma dife-
rente de observação dos processos da natureza,
o Cognitus reúne ainda bioquímicos, biólogos,
físicos, artistas, filósofos, semioticistas e engen-
heiros em um trabalho transdisciplinar que alca-
nça as interfaces entre ciência, arte e tecnologia.
8
Até a concepção do Robô Ambiental Híbrido, ne-
nhum conceito experimentado respondia comple-
ta e adequadamente às condições específicas de
monitoramento ambiental nos ecossistemas da
Amazônia, que exigem capacidade de locomoção
em ambientes como a água, plantas aquáticas,
lama e terreno firme. Boa parte da solução surgiu
através de traços e curvas especiais que buscam a
melhor estética e a melhor adequação ao ambiente.
Com 1,5 m de comprimento e 2 de largura, o robô
dispõe de sensores de obstáculos, sistema de comu-
nicação, um braço mecânico para coletar amostras e
espécieseumacâmeraque,comoumolho,permitevi-
sualizaroambienteenquantoéfeitoodeslocamento.
Todasasfuncionalidadesdorobôsãooperadasremo-
tamente e a partir de Bases de operação que podem
variar dependendo da missão a ser executada. Já ini-
ciada também a versãoTripulada de um modelo, que
tambémpoderáserguiadopeloprópriopesquisador.
Segundo os pesquisadores, o Robô Ambiental Hí-
brido inicialmente dará suporte às diversas linhas
de pesquisas do projeto PIATAM (Potenciais Impac-
tos e Riscos Ambientais da Indústria do Petróleo e
Gás no Amazonas), coordenado pelo Cenpes, pela
área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) na
Região Norte da PETROBRAS e outras Universidades
e centros de Pesquisa Brasileiras. O projeto gera in-
Já iniciada também a versão Tripulada
de um modelo, que também poderá ser
guiado pelo próprio pesquisador.
Equipe de Robótica
99
formações para a gestão ambiental e o desenvolvi-
mento sustentável das comunidades pesquisadas
no trecho de cerca de 400 km do rio Solimões, onde
a companhia desenvolve suas atividades de ex-
ploração, produção e transporte de petróleo e gás.
Com a ajuda do robô, será possível coletar dados,
de forma adequada, em locais onde a presença
do homem é difícil e, às vezes, impossível. Com
isso, o trabalho de pesquisa de projetos como o
PIATAM ganhará grande impulso. Estudos recen-
tes mostraram, por exemplo, que é impossível, com
os métodos de pesquisa convencional, descrever
adequadamente as dinâmicas dos ciclos hidrológi-
cos dos rios do Amazonas, que chegam a subir
até 15 metros entre os períodos da seca e cheia.
Para maiores informações e detalhes:
Contato: Ney Robinson Salvi dos Reis
email: salvireis@petrobras.com.br
Robô Ambiental Híbrido
10
O
s países do G-8, reunidos na Itália no mês passado, fecharam o compromisso de lançar 20 grandes
projetos para enterrar os gases do efeito estufa até 2010. Esse pontapé das nações mais ricas voltará
as atenções de empresas para técnicas de captura e armazenamento de carbono. E, agora, o Brasil
poderá integrar o rol dos países que diminuem suas emissões com a tecnologia - a Petrobrás conseguiu, no
mês passado, guardar grande quantidade de CO2 no subsolo da Bacia do Recôncavo, na Bahia.
Ainda inviável em larga escala, principalmente pelo
alto custo da captura do gás, a tecnologia, conhecida
como CCS (sigla em inglês que significa captura e
estocagem de carbono), vem sendo testada há pelo
menos dez anos, em projetos piloto mundo afora. Na
Europa, a pioneira é a petrolífera norueguesa Statoil,
que vem injetando desde 1996 cerca de 1 milhão de
toneladas de gás carbônico no Mar do Norte por ano.
No Canadá, a EnCana enterra 3 milhões de toneladas
de CO2 no subsolo do país. Gigantes do setor
petrolífero, como Texaco, Shell e British Petroleum,
investem pesado para se livrar do carbono.
Seria a panaceia para as emissões? “É parte da
solução”, afirma o engenheiro australiano David
Hone, consultor da Shell para Mudanças Climáticas.
Ele estará no Brasil na próxima quarta-feira no 3º
Congresso Internacional sobre Desenvolvimento
Sustentável, que acontece em São Paulo. Para o
professor Alexandre Szklo, do Instituto Alberto Luiz
Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
(Coppe), com a CCS será possível a utilização dos
combustíveis fósseis por mais tempo.
Por outro lado, Márcio Santilli, do Instituto
Socioambiental (ISA), é cético sobre o assunto: “É
como enxugar gelo, pois continuamos jogando uma
quantidade estúpida de gás carbônico na atmosfera”.
Sozinha, a CCS não combate os efeitos maléficos das
emissõesdecarbono.Mastrazumavantagemextra:a
produtividade dos poços de petróleo pode aumentar
com a pressão do gás injetado - uma das razões
Enterrar CO2 ganha destaque no G-8
Países ricos prometem mais investimento em projetos de sequestro de carbono; Brasil entra na corrida pela
técnica
Fonte: Agência Estado
“Nenhuma empresa faz uso da CCS
integralmente. Partes da tecnologia
estão em operação em diversos lugares”
“É como enxugar gelo, pois
continuamos jogando uma
quantidade estúpida de gás
carbônico na atmosfera”
pelas quais as empresas continuam investindo no
sequestro geológico de carbono. Nos EUA, desde a
década de 60, a CCS é usada com esse fim.“Nenhuma
empresa faz uso da CCS integralmente. Partes da
tecnologia estão em operação em diversos lugares”,
diz o consultor da Shell.
O custo da fase da captura do gás é o maior entrave.
Capturar uma tonelada de CO2 jogado na atmosfera
pelas indústrias que queimam combustível fóssil,
como refinarias, siderúrgicas e termelétricas, chega
a US$ 120 (cerca de R$ 230). “O problema é que as
emissões de gás carbônico no mundo chegam a 25
bilhões de toneladas por ano”, lembra o coordenador
do Centro de Excelência em Pesquisa sobre
Armazenamento de Carbono (Cepac) da PUC-RS,
João Marcelo Ketzer.
Além disso, o CO2 que sai da chaminé da indústria
estámisturadoaoutrosgases,eométodomaisusado
para selecioná-los é a absorção química por meio
de um solvente cuja base é a amina. “Além de ter os
custos elevados, a eficiência da captura é baixa”, diz
o gerente-geral do Centro de Pesquisas da Petrobrás
(Cenpes), Luis Fernando Mendonça, à frente do
projeto da Petrobrás na Bacia do Recôncavo baiano,
no Rio Pojuca.
NA BAHIA
No Recôncavo, a Petrobrás já injetava gás carbônico
desde a década de 80 em alguns poços. O objetivo
era aumentar sua produtividade. Agora, a empresa
aposta em projetos para reduzir o passivo ambiental
10
11
no futuro. No mês passado, depois de seis meses
de injeção diária de 50 toneladas de CO2 em um
aquífero salino, uma das formações geológicas ideais
para armazenar carbono, a empresa concluiu que a
experiência foi bem-sucedida. A ideia era saber como
o gás se comportaria debaixo da terra.
“Funcionou muito bem. Por enquanto, o gás está
paradinho lá”, afirma Mendonça. De acordo com o
gerente do Cenpes, antes de testar a viabilidade de
sua captura e transporte, cujo custo operacional é
elevado, a Petrobrás desejava monitorar se o CO2 se
movimentaria no subsolo ou vazaria.
A Petrobrás já investiu, desde 2006, cerca de R$ 21
milhões na CCS. Mais da metade dessa verba foi
destinada ao Cepac, onde 55 pesquisadores têm se
debruçado para examinar a viabilidade do sequestro
geológico no País, estudando formações geológicas
brasileiras, como os aquíferos salinos, os poços de
petróleo desativados e os campos de gás, alvos
preferidos para enterrar o dióxido de carbono, e
capacitando profissionais para trabalhar na área.
“Para reduzir as emissões de carbono, qualquer
tecnologia desenvolvida hoje tem que pensar
nos combustíveis fósseis”, diz Ketzer. “A energia
do mundo vem do carvão e petróleo.” Diminuir o
passivo ambiental será vital para a Petrobrás, depois
da descoberta da camada de pré-sal. Em especial, em
campos como o de Tupi, na Bacia de Santos, onde foi
comprovado o alto teor de CO2.“A empresa terá que
lidar com isso”, diz Szklo.
Embora não seja possível prever a quantidade de
CO2 emitido na camada pré-sal, a empresa estuda
realizar um projeto de CCS no campo. “Os otimistas
acreditam que todas as equações envolvendo o custo
da captura serão rapidamente solucionadas”, diz
Szklo. Para o professor, não é possível fazer previsões
de quando a técnica será viável em escala comercial.
APetrobrastambémdizsercedoparasaber.“Estamos
no início da escalada”, afirma Mendonça. A empresa
prossegue com outro projeto de CCS, no Campo de
Miranga (BA).
BIOCOMBUSTÍVEL
ContraouafavordaCCS,todosconcordamquelevará
tempo para que sejam desenvolvidos combustíveis
com base em energias renováveis para uma possível
transição no futuro. No Brasil, a pesquisa capitaneada
pela Petrobrás, em parceria com universidades,
é inteiramente voltada ao sequestro geológico.
Essa é apenas uma das maneiras de armazenar o
carbono - as outras são o sequestro por biomassa e
oceânico. No sistema por biomassa, o gás é sugado
da atmosfera por plantas, sendo usado no processo
da fotossíntese. No oceânico, o CO2 é absorvido na
fotossíntese de organismos marinhos. A engenheira
Isabella Vaz Leal da Costa, doutoranda do programa
de Planejamento Energético da Coppe, estuda se
é viável a instalação de CCS em usinas de álcool.
“Durante a fermentação do caldo da cana-de-açúcar
paraaproduçãodobiocombustível,éliberadoCO2.A
ideia é capturá-lo e transportá-lo para uma formação
geológica próxima à usina”, explica Isabella. Seria
como unir o sequestro geológico ao por biomassa,
pois as plantações de cana sequestram carbono. “O
balanço de carbono seria negativo.”
11
12
P
esquisadores brasileiros estão investin-
do num projeto que utiliza as microal-
gas para captura de dióxido de carbono
em termoelétricas e produção de biodiesel,
“com perspectivas de negócios internacionais”.
“As pesquisas estão adiantadas e o teste prático será
feito ainda no fim deste ano na termoelétrica do Por-
to do Pecém”, adiantou à Agência Lusa o professor
José Osvaldo Bezerra Carioca, presidente do Centro
de Energias Alternativas e Meio Ambiente (Cenea),
organização social instalada em Fortaleza, no Ceará.
De acordo com ele, o projeto despertou o in-
teresse de países como Inglaterra e França,
entre outros, dispostos a futuros negócios.
“A maior fornecedora de diesel para táxis e siste-
mas de transporte da Inglaterra já nos pro-
curou com a finalidade de comercializar o
óleo”, adiantou o coordenador do projeto que
envolve uma equipe de dez pesquisadores.
Na prática, o processo consiste em “usar o dióx-
ido de carbono para fazer crescer as microal-
gas numa piscina, separar e extrair o óleo e ai-
nda aproveitar o resíduo, uma proteína de alto
valor agregado que serve para nutrição animal”.
“As microalgas já são as grandes supridoras de
uma série de medicamentos e complementos ali-
mentares e vamos utilizá-las para produzir biodie-
sel, pois são ricas em óleos vegetais”, esclareceu.
Alto rendimento
Carioca acrescentou que a soja cultivada pode
render 400 litros de óleo por hectare/ano, por ex-
emplo, enquanto as microalgas alcançam, no
mínimo, 10 mil litros por hectare/ano, mas po-
dem superar os 20 mil litros por hectare/ano.
“Apenas o dendê e o pinhão manso, alternativas
de produção de biodiesel, chegam próximos desse
volume com 4 mil litros por hectare/ano”, afirmou.
Desenvolvido em parceria com estatal Eletro-
brás e a Termoelétrica Endesa Fortaleza, em-
presa do grupo italiano ENEL, o estudo viabili-
zaria a produção de biodiesel no Nordeste do
Brasil, “um dos melhores lugares do planeta para
o cultivo de microalgas”, segundo o professor.
“Estamos próximos da linha do Equa-
dor, com dez horas de sol por dia”, justificou.
Versatilidade
Segundo o professor, embora cresçam no mesmo
ambiente que as algas, as microalgas são mais versá-
teis, têm produtividade muito superior e podem ser
cultivadas em água do mar, salinas e até em esgotos.
Para já, o Cenea está trabalhando com Laboratório
de Ciencias Marítimas (Labomar), da Universi-
dade Federal do Ceará (UFC), e com o Departa-
mento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs),
“que tem um centro de cultivo de microalgas”.
“Ainda precisamos definir o volume de recur-
sos necessários para montar a infraestrutura do
laboratório de quantificação e uma planta-piloto
de produção de biodiesel”, explicou Carioca, adi-
antando que estes projetos “serão financiados pela
Eletrobrás, interessada em dominar essa tecnolo-
gia e tornar o biodiesel economicamente viável”.
Segundo ele, a unidade funcionará nos mol-
des do projeto já desenvolvido por um pes-
quisador da Universidade de Israel, que está
oferecendo apoio técnico aos brasileiros.
Projeto Cearense Prevê Energia a Partir de Microalgas
Fonte: Agência Lusa.
13
Alguns Eventos
Ney Robinson Salvi dos Reis e Maurício Carvalho
Petrobras - CENPES
Dia: 19/08/09
Horário: 9:00h
Local: Faculdade de engenharia
Rua Passo da Pátria, 156 - sala 104 - Bloco D - São
Domingos - Niterói - RJ - 24.240-260
22 a 25 de Agosto
Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - Brasil

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  • 1. 1 N° 02JULHO 2009 ANO 1 CIPNews Coluna da Indústria A produtividade dos processos e os resultados do E&P Robô Ambiental Híbrido auxiliará estudos científicos na Amazônia INOVAÇÃOCOMOCHAVEPARAOSUCESSO www.labceo.uff.br/cip
  • 2. 2 ÍNDICE PÁGINAS TEMA TÍTULO 3 COLUNA DA UNIVERSIDADE História da Política de Inovação da Universidade Federal Fluminense 6 COLUNA DA INDÚSTRIA A produtividade dos processos e os resultados do E&P 8 COLUNA DA INDÚSTRIA Robô Ambiental Híbrido auxiliará estudos científicos na Amazônia 10 CIP BLOG Enterrar CO2 ganha destaque no G-8 12 CIP BLOG Projeto Cearense Prevê Energia a Partir de Microalgas REALIZAÇÃO
  • 3. 3 História da Política de Inovação da Universidade Federal Fluminense Por Fabiana Rodrigues Leta Diretora Agir - Agência Inovadora da UFF A partir da década de 1990 iniciativas na área da inovação começaram a tomar vulto na UFF, com vistas a torná-la um ator mais par- ticipativo no desenvolvimento econômico regional com a criação de empresas juniores, da Incubadora de Empresas (IEBTUFF), do Escritório de Transfer- ência de Conhecimento (Etco) e de um programa integrado de empreendedorismo e inovação. O Etco responsabiliza-se atualmente por 14 pedidos de patentes em diferentes áreas do conhecimento. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP) é o órgão central responsável pela coordenação e supervisão das atividades de pesquisa e pós-gradu- ação na UFF. Em 2004, criou-se a Coordenadoria de Projetos Científicos e Tecnológicos – CPCT, com a fi- nalidade de articular o sistema de apoio à inovação e estimular o desenvolvimento de novos projetos científicos e tecnológicos na universidade. À CPCT encontravam-se vinculados a IEBTUFF e o Etco. A CPCT busca a articulação dos diversos núcleos voltados para disseminação da cultura inovadora e empreendedora,taiscomo:IncubadoradeEmpresas de Base Tecnológica, Escritório de Transferência de Conhecimento,oLaboratórioInitiädeInovaçãoeEm- preendedorismo, Assessoria de Inovação, o Núcleo de Estudos em Inovação, Conhecimento e Trabalho, dentre outros. Estes núcleos vêm norteando ao lon- go dos anos a política de inovação da universidade. A partir de 2006, a CPCT tem seus objetivos e ações reformulados e ampliados, passando a atuar como um embrião da Agência de Inovação da Universi- dade Federal Fluminense. Desde então a CPCT vem buscando, em conjunto com os diversos agentes de inovação da universidade, realizar discussões sobre a política de estímulo à Inovação da UFF. Em 2007 cria-se a Assessoria de Políticas de Inova- ção, vinculada ao Gabinete do Reitor com a finali- dade de ser mais uma instância de apoio à dissemi- nação da cultura inovadora e empreendedora, que vem discutindo a política da universidade no que tange à inovação, empreendedorismo e transferên- Os primeiros passos na UFF para a regulamentação de atividades de proteção e transferência do conhe- cimento gerado nas instituições científicas e tecnológicas e o fortalecimento da cultura empreendedora. “A Agência de Inovação da UFF (Agir) tem por finalidade coordenar, articular e propor a política e ações de estímulo à inovação da Universidade Federal Flu- minense.” cia de conhecimento. Esta assessoria passa a fortal- ecer as ações da universidade sobre o tema inova- ção, organizando neste mesmo ano o “Seminário Internacional Universidade, Empreendedorismo e Inovação”, que contou com a discussão de temas tais como: Empreendedorismo e Inovação na Uni- versidade; A Gestão da Inovação na Universidade; A Universidade Empreendedora na Economia do Conhecimento; Empreendedorismo Inovador nos Bancos; Competitividade, capacitação tecnológi- ca e inovação incremental: o papel da univer- sidade; Excelência acadêmica & Mercado: Círculo Virtuoso?; Empreendedorismo e Inovação na UFF. O reconhecimento da importância da inovação também é notório, quando da inclusão deste tema no Plano de Desenvolvimento Institucio- nal da UFF em 2007, sendo que no PDI/2009 al- gumas das metas a serem desenvolvidas no âmbito da Agência de Inovação da Universidade Fed- eral Fluminense já se encontram apoiadas através do então denominado Núcleo UFF Inovação. Na CPCT há uma Agência de Inova- ção da Universidade Federal Fluminense, além do preconizado pela Lei da Inovação. A Lei da Inovação surge com um propósito bem mais amplo do que o manifestado pela Lei da Pro- priedade Industrial. A partir do pressuposto de quem inova é a empresa e de que a inovação se dá de forma sistêmica, a Lei da Inovação vem com a finalidade de (expressa em seu Artigo 1) “estabel- ecer medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com
  • 4. 4 vistas à capacitação e ao alcance da autonomia tec- nológica e ao desenvolvimento industrial do País, nos termos dos Artigos 218 e 219 da Constituição” A CPCT, embrião da Agência de Inovação da Univer- sidade Federal Fluminense é responsável pelo Etco, que tem por função básica assegurar a proteção do conhecimento gerado na universidade, que é estabelecido pela Lei da Inovação. Considerando, ainda, as premissas acima citadas de incentivar a inovação buscando o desenvolvimento da socie- dade, a partir de novas tecnologias e processos, a reestruturação da CPCT como a Agência de Inova- ção da UFF passa a ser mais do que uma simples proposta, mas torna-se uma ação necessária para uma universidade progressista e inovadora, como se espera da Universidade Federal Fluminense. A Agência de Inovação da UFF (Agir) tem por finalidade coordenar, articular e pro- por a política e ações de estímulo à inova- ção da Universidade Federal Fluminense. AAgirécompostapor:Direção;AssessoriadeInova- ção; Fórum de Agentes de Inovação; Assistente de Inovação; Escritório de Transferência de Conheci- mento(Etco)eIncubadoradeEmpresasdaUFF/Lab- oratório Initia de Inovação e Empreendedorismo. As atividades básicas da Agência de Inovação da Uni- versidade Federal Fluminense consistem em Articula- ção Acadêmica; Capacitação e Difusão; Transferência deConhecimentoeArticulaçãocomoSetorProdutivo: • Estimular, assessorar e dar consultoria (in- terna e externa) ao desenvolvimento de projetos e produtos para o atendimento das disposições da Lei de Inovação. • Propor aos órgãos superiores da Universi- dade uma política de inovação e subsidiar as suas discussões. • Submeter aos órgãos superiores da Universi- dade o plano de ação anual. • Apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas por meio de disciplinas, cursos e eventos realizados pela UFF no âmbito da inovação. • Cadastrar todas as atividades dedicadas ao Empreendedorismo e Inovação desenvolvidas pela UFF, para fins de acompanhamento e fornecimento de informações a órgãos internos e externos, inclu- sive para relatórios institucionais e sistemas de cus- tos. • Promover atividades de sensibilização, ori- entação e capacitação de docentes, técnico-ad- ministrativos e demais interessados na proteção do conhecimento e na apropriação dos benefícios co- merciais advindos da Lei de Inovação, em comum acordo com as instâncias envolvidas. • Buscar a captação de recursos para desen- volvimento de atividade de PD&I através da elabo- ração de projetos a serem submetidos às agências de fomento e de planos de negócios a serem sub- metidos aos investidores institucionais. • Atuar em parceria com outras ICTs e empre- sas, no espírito da Hélice Tríplice de relações entre o setor gerador de conhecimento, o governo e o setor produtivo. • Participar de rede de núcleos congêneres. • Apoiar as atividades relacionadas dos agen- tes de inovação da universidade, em especial do Etco, das Empresas Juniores e da Incubadora de Em- presas. • Promover ações que atendam às políticas definidas pelo Fórum de Agentes de Inovação, bus- cando articular as diversas áreas do conhecimento da Universidade. A Agir promoverá, em 2009, um “Ciclo de Semi- nários sobre Inovação: Oportunidades e Desa- fios”, que objetiva articular o sistema de inovação científica e tecnológica da universidade, visando à difusão e promoção de parcerias internas e ex- ternas para atendimento a demandas regionais e nacionais no âmbito de pesquisas científicas e tecnológicas de caráter inovador. O evento terá as seguintes atividades: Mostra de Inovação e Mini- curso: “Aprenda a proteger seu conhecimento” na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, Work- shops de Gestão da Inovação, Seminário Interdis- ciplinar de Estímulo à Inovação e Seminário Uni- “Na CPCT há uma Agência de Inovação da Universidade Federal Fluminense, além do preconizado pela Lei da Inova- ção.“ 4
  • 5. 5 Marilena Juncá Trindade, Fabiana Rodrigues Leta e Patrícia Dias White versidade, Inovação e Desenvolvimento Regional. EQUIPE DA AGIR Profº Fabiana Rodrigues Leta – Diretora fabiana@vm.uff.br 2629-5103 Prof. José Manoel Carvalho de Mello - Assessor de Inovação Josemello16@yahoo.com.br Marilena Juncá Trindade – Assistente Técnico de Inovação marilena@propp.uff.br 2629.5103 Patrícia Dias White - Assistente Técnico de Inovação patrícia@propp.uff.br 2629.5103 Prof. Sérgio José Mecena da Silva Filho Coordenador Acadêmico da Incubadora de Em- presas da UFF – Laboratório Initiä de Inovação e Empreendedorismo smecena@gmail.com Maria Helena Teixeira da Silva Gomes Diretora do Etco – Escritório de Transferência do Conhecimento helena@vm.uff.br 55
  • 6. 6 O Brasil vem experimentando profundas transformações no setor petróleo desde as primeiras descobertas. A história da Petrobras se confunde com a do setor petróleo no Brasil até o final da década de 90 e sempre esteve intimamente ligada aos grandes desafios que surgiram ao longo da sua existência. Estes desafios foram sempre superados com uma postura arrojada que teve por base a inovação e o pioneirismo. Grandes objetivos foram alcançados, com destaque para a primeira descoberta no mar, em 1968, o campo de Guaricema, no litoral de Sergipe; a descoberta do campo de Garoupa, na Bacia de Campos em 1974; as descobertas de campos gigantes em águas profundas e ultra profundas, como Albacora, Marlim e Roncador, nas décadas de 80 e 90 e, por profundas em todo o mundo. As inovações tecnológicas e os ganhos de produtividade foram os fatores chave na obtenção destes resultados que projetaram a Petrobrasnocenáriointernacional. A produtividade assume neste contexto um papel preponderante contribuindo para melhorar o entendimento dos processos e os resultadosdaempresa.Oaumento da produtividade e a melhoria contínua dos processos são pilares do crescimento sustentável de uma corporação. Conceitualmente, produtividade pode ser entendida como a relação entre o resultado de um processo (em termos de quantidade, qualidade e valor) e o esforço empregado para obtê- lo (recursos físicos, financeiros, humanos, tecnológicos, etc). Ela se baseia na relação entre eficácia (capacidade de realizar objetivos) e eficiência (capacidade de utilizar racionalmente os recursos). Ao melhorar a produtividade pretende-se aumentar o volume, o valor ou a qualidade do resultado consumindo menos recursos. Em uma corporação, os gerentes cuidam de processos e para que suas ações e decisões sejam bem sucedidas é primordial que eles entendam e percebam clara e corretamente cada um dos fatores que determinam a qualidade dos resultados dos processos sob sua gestão. A atenção dos gestores deve estar equilibrada entre os processos sob sua gestão e os resultados que eles propiciam. Qualquer desequilíbrio fim, a descoberta de óleo nos reservatórios do Pré-Sal ocorrida recentemente. Essa busca incessante pela superação dos desafios resultou na produção de volumes de óleo e gás cada vez maiores em águas cadavezmaisprofundas,tornando a Petrobras líder absoluta, respondendo hoje por 23% de toda a atividade de exploração e produção de petróleo em águas A produtividade dos processos e os resultados do E&P Por Hugo Repsold Júnior Gerente Geral PETROBRAS - E&P Corporativo / EGP “A produtividade assume neste contexto um papel preponderante contribuindo para melhorar o entendimento dos processos e os resultados da empresa.” P-50 - A plataforma que garantiu a auto-suficência brasileira de Petróleo
  • 7. 7 neste sentido causa impactos que se propagam por toda a organização levando inevitavelmente a ineficiências e a perdas de produtividade. Quando os gestores de uma corporação não compreendem ou não percebem claramente quanto custa e quais os recursos adicionais necessários para produzirumaunidadeadicionaldelucro,elestendem a buscar uma unidade adicional de produção. Desta forma,ofocodeatençãosedesviaparaamaximização da quantidade do produto final e, nem sempre isto é a melhor alternativa para a empresa, uma vez que, a partir de determinado ponto, o aumento do volume de produção, não compensa os aumentos dos custos ou recursos utilizados, gerando uma diminuição do resultado global da organização. A gestão com foco na produtividade explicita a relação acima. Ela promove, em primeiro lugar, a identificação, mapeamento e análise dos processos de modo a dar total transparência a eles. Além disso, proporciona mecanismos e sistemáticas de medição e apuração da sua eficiência e eficácia. A partir daí, se obtém os ganhos de produtividade, que advêm principalmente do conhecimento, da transparência e da governança dos processos de uma empresa e da identificação clara de cada uma de suas etapas e do seu valor agregado. Em toda organização, há processos cujo valor agregado é menor, como também há outros onde há grandes restrições que determinam o rendimento e o desempenho de toda a cadeia produtiva. Neste contexto, a empresa deve ser vista como um organismo vivo dinâmico e em constante evolução, inserido num mercado, interagindo com fornecedores, clientes, governos e sociedade. A dinâmica corporativa irá levar à melhoria contínua na medida em que a empresa se transformar interna e externamente. A melhoria ainda é obtida quando todos os que direta ou indiretamente suportam suas operações também evoluírem. Os ganhos de produtividade se propagam e multiplicam “ A atenção dos gestores deve estar equilibrada entre os processos sob sua gestão e os resultados que eles propiciam.” os resultados de todos os envolvidos com a sua produção. Considerando as questões conceituais descritas acima e as especificidades da produção de petróleo e gás natural, entendemos que o aumento de produtividade deve ser obtido através da introdução daculturademelhoriacontínua,quelevaaoaumento gradativo da produtividade nos processos e da introdução de inovações, que proporciona grandes saltos na produtividade. A parceria entre a área de exploração e produção da Petrobras e a UFF, no que diz respeito aos trabalhos desenvolvidos pelo Centro de Inovação e Produtividade (CIP) está fundamentada nestes conceitos. Entendemos que as metodologias, ferramentas e soluções desenvolvidas pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em conjunto com nosso corpo técnico, possibilitarão alcançarmos os objetivos acima descritos. Os trabalhos desenvolvidos no CIP visam suportar a Gestão por Processos que é uma Iniciativa Estratégica do E&P. As principais questões a serem tratadas são o aumento da produtividade dos processos do E&P através da melhoria contínua e inovação nos processos, a gestão do conhecimento como meio para manutenção e disseminação do conhecimento e uma sistemática que possibilite a avaliação do desempenho do E&P considerando os resultados estratégicosalinhadosaosprocessosqueosuportam. A união de esforços e competências existentes entre a área de E&P da Petrobras e a Universidade Federal Fluminense refletem a disposição de buscar continuamente utilizar os melhores recursos disponíveis para o alcance dos objetivos estratégicos do E&P através da gestão de processos mais robustos e em constante melhoria. “Quando os gestores de uma corporação não compreendem ou não percebem claramente quanto custa e quais os recursos adicionais necessários para produzir uma unidade adicional de lucro, eles tendem a buscar uma unidade adicional de produção”
  • 8. 8 Robô Ambiental Híbrido auxiliará estudos científicos na Amazônia Por Ney Robinson Salvi dos Reis Engenheiro de Equipamentos Senior e Coordenador do laboratório de Robotica Petrobras E m breve, pesquisadores da Região Amazônica poderão con- tar com a ajuda de um assistente feito de materiais compostos, acrílico e ligas de metal leve. É o Robô Ambi- ental Híbrido, criado pelo Laboratório de Robótica do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da PETROBRAS – CENPES, cujo projetos e protótipos já são considerados exemplos do desenvolvimento do design nacio- nal por suas soluções estéticas e de funcionalidade tanto para atividades submarinas como, mais recente- mente para aplicações em regiões ribeirinhas da Floresta Amazônica. O Robô Ambiental Híbrido integra uma das linhas de pesquisa do projeto Cognitus (Ferramentas Cognitivas para Amazônia), que propõe a criação de novos conceitos e tecnologias em monitora- mento ambiental para entender os fenômenos complexos da região. Adotando uma forma dife- rente de observação dos processos da natureza, o Cognitus reúne ainda bioquímicos, biólogos, físicos, artistas, filósofos, semioticistas e engen- heiros em um trabalho transdisciplinar que alca- nça as interfaces entre ciência, arte e tecnologia. 8 Até a concepção do Robô Ambiental Híbrido, ne- nhum conceito experimentado respondia comple- ta e adequadamente às condições específicas de monitoramento ambiental nos ecossistemas da Amazônia, que exigem capacidade de locomoção em ambientes como a água, plantas aquáticas, lama e terreno firme. Boa parte da solução surgiu através de traços e curvas especiais que buscam a melhor estética e a melhor adequação ao ambiente. Com 1,5 m de comprimento e 2 de largura, o robô dispõe de sensores de obstáculos, sistema de comu- nicação, um braço mecânico para coletar amostras e espécieseumacâmeraque,comoumolho,permitevi- sualizaroambienteenquantoéfeitoodeslocamento. Todasasfuncionalidadesdorobôsãooperadasremo- tamente e a partir de Bases de operação que podem variar dependendo da missão a ser executada. Já ini- ciada também a versãoTripulada de um modelo, que tambémpoderáserguiadopeloprópriopesquisador. Segundo os pesquisadores, o Robô Ambiental Hí- brido inicialmente dará suporte às diversas linhas de pesquisas do projeto PIATAM (Potenciais Impac- tos e Riscos Ambientais da Indústria do Petróleo e Gás no Amazonas), coordenado pelo Cenpes, pela área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) na Região Norte da PETROBRAS e outras Universidades e centros de Pesquisa Brasileiras. O projeto gera in- Já iniciada também a versão Tripulada de um modelo, que também poderá ser guiado pelo próprio pesquisador. Equipe de Robótica
  • 9. 99 formações para a gestão ambiental e o desenvolvi- mento sustentável das comunidades pesquisadas no trecho de cerca de 400 km do rio Solimões, onde a companhia desenvolve suas atividades de ex- ploração, produção e transporte de petróleo e gás. Com a ajuda do robô, será possível coletar dados, de forma adequada, em locais onde a presença do homem é difícil e, às vezes, impossível. Com isso, o trabalho de pesquisa de projetos como o PIATAM ganhará grande impulso. Estudos recen- tes mostraram, por exemplo, que é impossível, com os métodos de pesquisa convencional, descrever adequadamente as dinâmicas dos ciclos hidrológi- cos dos rios do Amazonas, que chegam a subir até 15 metros entre os períodos da seca e cheia. Para maiores informações e detalhes: Contato: Ney Robinson Salvi dos Reis email: salvireis@petrobras.com.br Robô Ambiental Híbrido
  • 10. 10 O s países do G-8, reunidos na Itália no mês passado, fecharam o compromisso de lançar 20 grandes projetos para enterrar os gases do efeito estufa até 2010. Esse pontapé das nações mais ricas voltará as atenções de empresas para técnicas de captura e armazenamento de carbono. E, agora, o Brasil poderá integrar o rol dos países que diminuem suas emissões com a tecnologia - a Petrobrás conseguiu, no mês passado, guardar grande quantidade de CO2 no subsolo da Bacia do Recôncavo, na Bahia. Ainda inviável em larga escala, principalmente pelo alto custo da captura do gás, a tecnologia, conhecida como CCS (sigla em inglês que significa captura e estocagem de carbono), vem sendo testada há pelo menos dez anos, em projetos piloto mundo afora. Na Europa, a pioneira é a petrolífera norueguesa Statoil, que vem injetando desde 1996 cerca de 1 milhão de toneladas de gás carbônico no Mar do Norte por ano. No Canadá, a EnCana enterra 3 milhões de toneladas de CO2 no subsolo do país. Gigantes do setor petrolífero, como Texaco, Shell e British Petroleum, investem pesado para se livrar do carbono. Seria a panaceia para as emissões? “É parte da solução”, afirma o engenheiro australiano David Hone, consultor da Shell para Mudanças Climáticas. Ele estará no Brasil na próxima quarta-feira no 3º Congresso Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece em São Paulo. Para o professor Alexandre Szklo, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), com a CCS será possível a utilização dos combustíveis fósseis por mais tempo. Por outro lado, Márcio Santilli, do Instituto Socioambiental (ISA), é cético sobre o assunto: “É como enxugar gelo, pois continuamos jogando uma quantidade estúpida de gás carbônico na atmosfera”. Sozinha, a CCS não combate os efeitos maléficos das emissõesdecarbono.Mastrazumavantagemextra:a produtividade dos poços de petróleo pode aumentar com a pressão do gás injetado - uma das razões Enterrar CO2 ganha destaque no G-8 Países ricos prometem mais investimento em projetos de sequestro de carbono; Brasil entra na corrida pela técnica Fonte: Agência Estado “Nenhuma empresa faz uso da CCS integralmente. Partes da tecnologia estão em operação em diversos lugares” “É como enxugar gelo, pois continuamos jogando uma quantidade estúpida de gás carbônico na atmosfera” pelas quais as empresas continuam investindo no sequestro geológico de carbono. Nos EUA, desde a década de 60, a CCS é usada com esse fim.“Nenhuma empresa faz uso da CCS integralmente. Partes da tecnologia estão em operação em diversos lugares”, diz o consultor da Shell. O custo da fase da captura do gás é o maior entrave. Capturar uma tonelada de CO2 jogado na atmosfera pelas indústrias que queimam combustível fóssil, como refinarias, siderúrgicas e termelétricas, chega a US$ 120 (cerca de R$ 230). “O problema é que as emissões de gás carbônico no mundo chegam a 25 bilhões de toneladas por ano”, lembra o coordenador do Centro de Excelência em Pesquisa sobre Armazenamento de Carbono (Cepac) da PUC-RS, João Marcelo Ketzer. Além disso, o CO2 que sai da chaminé da indústria estámisturadoaoutrosgases,eométodomaisusado para selecioná-los é a absorção química por meio de um solvente cuja base é a amina. “Além de ter os custos elevados, a eficiência da captura é baixa”, diz o gerente-geral do Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), Luis Fernando Mendonça, à frente do projeto da Petrobrás na Bacia do Recôncavo baiano, no Rio Pojuca. NA BAHIA No Recôncavo, a Petrobrás já injetava gás carbônico desde a década de 80 em alguns poços. O objetivo era aumentar sua produtividade. Agora, a empresa aposta em projetos para reduzir o passivo ambiental 10
  • 11. 11 no futuro. No mês passado, depois de seis meses de injeção diária de 50 toneladas de CO2 em um aquífero salino, uma das formações geológicas ideais para armazenar carbono, a empresa concluiu que a experiência foi bem-sucedida. A ideia era saber como o gás se comportaria debaixo da terra. “Funcionou muito bem. Por enquanto, o gás está paradinho lá”, afirma Mendonça. De acordo com o gerente do Cenpes, antes de testar a viabilidade de sua captura e transporte, cujo custo operacional é elevado, a Petrobrás desejava monitorar se o CO2 se movimentaria no subsolo ou vazaria. A Petrobrás já investiu, desde 2006, cerca de R$ 21 milhões na CCS. Mais da metade dessa verba foi destinada ao Cepac, onde 55 pesquisadores têm se debruçado para examinar a viabilidade do sequestro geológico no País, estudando formações geológicas brasileiras, como os aquíferos salinos, os poços de petróleo desativados e os campos de gás, alvos preferidos para enterrar o dióxido de carbono, e capacitando profissionais para trabalhar na área. “Para reduzir as emissões de carbono, qualquer tecnologia desenvolvida hoje tem que pensar nos combustíveis fósseis”, diz Ketzer. “A energia do mundo vem do carvão e petróleo.” Diminuir o passivo ambiental será vital para a Petrobrás, depois da descoberta da camada de pré-sal. Em especial, em campos como o de Tupi, na Bacia de Santos, onde foi comprovado o alto teor de CO2.“A empresa terá que lidar com isso”, diz Szklo. Embora não seja possível prever a quantidade de CO2 emitido na camada pré-sal, a empresa estuda realizar um projeto de CCS no campo. “Os otimistas acreditam que todas as equações envolvendo o custo da captura serão rapidamente solucionadas”, diz Szklo. Para o professor, não é possível fazer previsões de quando a técnica será viável em escala comercial. APetrobrastambémdizsercedoparasaber.“Estamos no início da escalada”, afirma Mendonça. A empresa prossegue com outro projeto de CCS, no Campo de Miranga (BA). BIOCOMBUSTÍVEL ContraouafavordaCCS,todosconcordamquelevará tempo para que sejam desenvolvidos combustíveis com base em energias renováveis para uma possível transição no futuro. No Brasil, a pesquisa capitaneada pela Petrobrás, em parceria com universidades, é inteiramente voltada ao sequestro geológico. Essa é apenas uma das maneiras de armazenar o carbono - as outras são o sequestro por biomassa e oceânico. No sistema por biomassa, o gás é sugado da atmosfera por plantas, sendo usado no processo da fotossíntese. No oceânico, o CO2 é absorvido na fotossíntese de organismos marinhos. A engenheira Isabella Vaz Leal da Costa, doutoranda do programa de Planejamento Energético da Coppe, estuda se é viável a instalação de CCS em usinas de álcool. “Durante a fermentação do caldo da cana-de-açúcar paraaproduçãodobiocombustível,éliberadoCO2.A ideia é capturá-lo e transportá-lo para uma formação geológica próxima à usina”, explica Isabella. Seria como unir o sequestro geológico ao por biomassa, pois as plantações de cana sequestram carbono. “O balanço de carbono seria negativo.” 11
  • 12. 12 P esquisadores brasileiros estão investin- do num projeto que utiliza as microal- gas para captura de dióxido de carbono em termoelétricas e produção de biodiesel, “com perspectivas de negócios internacionais”. “As pesquisas estão adiantadas e o teste prático será feito ainda no fim deste ano na termoelétrica do Por- to do Pecém”, adiantou à Agência Lusa o professor José Osvaldo Bezerra Carioca, presidente do Centro de Energias Alternativas e Meio Ambiente (Cenea), organização social instalada em Fortaleza, no Ceará. De acordo com ele, o projeto despertou o in- teresse de países como Inglaterra e França, entre outros, dispostos a futuros negócios. “A maior fornecedora de diesel para táxis e siste- mas de transporte da Inglaterra já nos pro- curou com a finalidade de comercializar o óleo”, adiantou o coordenador do projeto que envolve uma equipe de dez pesquisadores. Na prática, o processo consiste em “usar o dióx- ido de carbono para fazer crescer as microal- gas numa piscina, separar e extrair o óleo e ai- nda aproveitar o resíduo, uma proteína de alto valor agregado que serve para nutrição animal”. “As microalgas já são as grandes supridoras de uma série de medicamentos e complementos ali- mentares e vamos utilizá-las para produzir biodie- sel, pois são ricas em óleos vegetais”, esclareceu. Alto rendimento Carioca acrescentou que a soja cultivada pode render 400 litros de óleo por hectare/ano, por ex- emplo, enquanto as microalgas alcançam, no mínimo, 10 mil litros por hectare/ano, mas po- dem superar os 20 mil litros por hectare/ano. “Apenas o dendê e o pinhão manso, alternativas de produção de biodiesel, chegam próximos desse volume com 4 mil litros por hectare/ano”, afirmou. Desenvolvido em parceria com estatal Eletro- brás e a Termoelétrica Endesa Fortaleza, em- presa do grupo italiano ENEL, o estudo viabili- zaria a produção de biodiesel no Nordeste do Brasil, “um dos melhores lugares do planeta para o cultivo de microalgas”, segundo o professor. “Estamos próximos da linha do Equa- dor, com dez horas de sol por dia”, justificou. Versatilidade Segundo o professor, embora cresçam no mesmo ambiente que as algas, as microalgas são mais versá- teis, têm produtividade muito superior e podem ser cultivadas em água do mar, salinas e até em esgotos. Para já, o Cenea está trabalhando com Laboratório de Ciencias Marítimas (Labomar), da Universi- dade Federal do Ceará (UFC), e com o Departa- mento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), “que tem um centro de cultivo de microalgas”. “Ainda precisamos definir o volume de recur- sos necessários para montar a infraestrutura do laboratório de quantificação e uma planta-piloto de produção de biodiesel”, explicou Carioca, adi- antando que estes projetos “serão financiados pela Eletrobrás, interessada em dominar essa tecnolo- gia e tornar o biodiesel economicamente viável”. Segundo ele, a unidade funcionará nos mol- des do projeto já desenvolvido por um pes- quisador da Universidade de Israel, que está oferecendo apoio técnico aos brasileiros. Projeto Cearense Prevê Energia a Partir de Microalgas Fonte: Agência Lusa.
  • 13. 13 Alguns Eventos Ney Robinson Salvi dos Reis e Maurício Carvalho Petrobras - CENPES Dia: 19/08/09 Horário: 9:00h Local: Faculdade de engenharia Rua Passo da Pátria, 156 - sala 104 - Bloco D - São Domingos - Niterói - RJ - 24.240-260 22 a 25 de Agosto Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - Brasil