SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  9
Trabalho realizado pelos acadêmicos de Medicina da UFBA Adriana  Campos, Nivaldo Cardozo Filho, Sabrina Oliveira e Silvana Asfora, sob orientação dos Professores Roberto Meyer, Ivana Nascimento, Robert Schaer  Cláudia Brodskyn, Songelí Freire e Denise Lemaire, do Laboratório de  Imunologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA. Atualizado em setembro de 2003  Aula 10 ELISA (“enzyme-linked immunosorbent assay”)
-O teste é feito em placas plásticas de microtitulação ou em tubos ( suporte sólido ), onde se coloca o Ag ou Ac em concentrações adequadas. -Utiliza-se principalmente placas de poliestireno com 96 poços dispostos em  12  fileiras verticais, cada uma com 8 poços. -O teste identifica e quantifica Ag ou Ac presente na amostra (soro do paciente ou outro líquido  biológico), utilizando  um  dos  dois  mencionados  reagentes,  conjugados  com enzimas. -A reação ocorre em meio líquido. A atividade enzimática é proporcional à concentração de Ag ou Ac da amostra. -A quantidade de Ag ou Ac da amostra é mensurada pela determinação da quantidade de produto final corado, através de leitura em fotocolorímetro. -O produto final corado surge por ação da enzima que converte um substrato incolor em um produto colorido (ou o substrato alterado pela enzima induz mudança de cor de uma substância indicadora).  -Principais tipos de ELISA: indireto, sanduíche, competição e captura.
.Lavagem para retirada de Ag  livre :  .Lavagem para retirada de Ac  não fixado : .Adição do conjugado:  .Incubação   .Incubação   ELISA  indireto .Poços de uma fileira horizontal da placa, revestidos com o mesmo Ag padronizado .Adição de soro-teste: (1)  e (2)
.Lavagem para retirada de conjugado livre .Adição de cromógeno que é ativado pela parte enzimática do conjugado  .Positivo  .Negativo .Placa de ELISA evidenciando o resultado: No diagnóstico sorológico de doenças infecto-contagiosas, onde  a detecção  de anticorpos IgG, IgA ou IgE seja signifi- cativa. A detecção de IgM por esta técnica pode levar a resultado falso-positivo, por ação do fator reumatóide, autoanticorpo que quase sempre é uma IgM anti-IgG. Exemplos onde o seu uso é intenso: diagnós- tico sorológico da Doença de Chagas e da SIDA/AIDS Utilização do ELISA indireto: “ Cut-off”: ponto de corte. Cont. negativo Cut-off Cont. positivo
ELISA sanduíche   1. Placa de Elisa revestida com Ac específico   2.Adição de solução-teste contendo Ag   3. Lavagem para retirada  do Ag não capturado   4. Adição de outro Ac marcado, nova lavagem e revelação Utilização: esta técnica é muito usada para a dosagem de hormônios, marcadores tumorais e outras proteínas séricas, bem como para a detecção de antígenos virais e de outros patógenos, nas fezes, na urina em secreções etc. Pode detectar 10 -12  a 10 -14 g. Para este teste se tornar quantitativo, é necessário  a  construção  de  uma curva com os  valores de densidade ótica obtidos a partir da  reação com quantidades  conhecidas  (padrões)  do antígeno a ser dosado. O valor de D.O. obtido com a amostra (teste),  será então usado para  interpolação na mencionado curva.
ELISA por competição   1. Placa de Elisa revestida com Ac específico 4. Quanto maior a quantidade de Ag-teste, menor a possibilidade de ligação do Ag marcado e assim, menor a intensidade de cor emitida   3. Lavagem para retirada de excesso de Ag Utilização: Na dosagem de  hormônios, marcadores tumorais  e ou- tras  proteínas  séricas.  No diagnóstico  sorológico  de  algumas  doenças  como  SIDA/AIDS  2. Adição de Ag-teste: Adição de Ag-marcado: Competição para ligar Ac
ELISA de Captura Esta técnica  é  muito  utilizada para dosar IgM, para se evitar a ação do fator reumatóide. O fator reumatóide é um autoanticorpo geralmente da classe  IgM,  específico para IgG. Este fator encontra-se  elevado  em  algumas situações,  particularmente  nas  doenças  reumáticas.  Tal anticorpo pode se ligar na IgG específica (contra o antígeno teste), presente no soro do paciente, gerando assim um resultado falso positivo caso se use um conjugado anti-IgM, como no ELISA indireto. Observe agora uma ELISA de captura para pesquisa de IgM humana contra  T.gondii:   -Poço revestido com IgG monoclonal contra IgM  humano  -Adição da amostra (contendo IgM)  -Incubação -Lavagem -Adição de Ag do  T.gondii   marcado com enzima -Incubação -Lavagem
-Incubação  -Adição de reagente bloqueador (solução de parada) -Revelação: leitura em fotocolorímetro. Utilização do ELISA captura: É  principalmente  usado  para  a  detecção de anticorpos da classe IgM contra os mais  diversos antígenos (virais, bacterianos, de protozoários etc.), em todas as doenças em que  seja importante identificar o seu recente aparecimento, como por exemplo na rubéola, to- xoplasmose ou citomegalia da gestante. -Adição de cromógeno (  )/ substrato (  )
Os testes “ELISA” são realizados: de  modo  totalmente manual , no qual até a leitura final no fotocolorímetro é feita poço  a  poço;  parcialmente  manual ,  no qual as lavagens e leitura final são feitas em equipamentos automáticos e, finalmente, de modo  totalmente automatizado ,  no qual todo o procedimento  é  executado  em  “ sistemas automáticos de  imunoensaios”,  equipamentos “robôs”,  com  todas  as  etapas  do teste  guiadas  por computador.  Abaixo é apresentado um desses sistemas, usados no Laboratório de Imunologia do ICS-UFBA:  Equipamento automático  para realização de “ELISA”

Contenu connexe

Tendances

Imunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosasImunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosasSandra Lago Moraes
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosGildo Crispim
 
ICSA17 - Antígenos e anticorpos
ICSA17 - Antígenos e anticorposICSA17 - Antígenos e anticorpos
ICSA17 - Antígenos e anticorposRicardo Portela
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISAICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISARicardo Portela
 
Ap12 Imunoquimioluminescência
Ap12   ImunoquimioluminescênciaAp12   Imunoquimioluminescência
Ap12 ImunoquimioluminescênciaLABIMUNO UFBA
 
FixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complementoFixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complementoLABIMUNO UFBA
 
Automação em imunoensaios Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios
Automação em imunoensaios  Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios Automação em imunoensaios  Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios
Automação em imunoensaios Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios Universidade de Brasília
 
Imunofluorescencia
ImunofluorescenciaImunofluorescencia
ImunofluorescenciaYuli Maia
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - Imunoaglutinação
ICSA17 Imunologia (Prática) - ImunoaglutinaçãoICSA17 Imunologia (Prática) - Imunoaglutinação
ICSA17 Imunologia (Prática) - ImunoaglutinaçãoRicardo Portela
 
Ap6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de PrecipitaçãoAp6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de PrecipitaçãoLABIMUNO UFBA
 
Hipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVHipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVLABIMUNO UFBA
 

Tendances (20)

Anticorpos Função
Anticorpos FunçãoAnticorpos Função
Anticorpos Função
 
Imunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosasImunodiagnóstico de doenças infecciosas
Imunodiagnóstico de doenças infecciosas
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
 
Radioimunoensaio
RadioimunoensaioRadioimunoensaio
Radioimunoensaio
 
ICSA17 - Antígenos e anticorpos
ICSA17 - Antígenos e anticorposICSA17 - Antígenos e anticorpos
ICSA17 - Antígenos e anticorpos
 
Cocos Gram positivos
Cocos Gram positivosCocos Gram positivos
Cocos Gram positivos
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISAICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
 
Ap12 Imunoquimioluminescência
Ap12   ImunoquimioluminescênciaAp12   Imunoquimioluminescência
Ap12 Imunoquimioluminescência
 
Precipitacao
PrecipitacaoPrecipitacao
Precipitacao
 
FixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complementoFixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complemento
 
Anticorpos
AnticorposAnticorpos
Anticorpos
 
Métodos
MétodosMétodos
Métodos
 
Relatório pratica
Relatório praticaRelatório pratica
Relatório pratica
 
Automação em imunoensaios Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios
Automação em imunoensaios  Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios Automação em imunoensaios  Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios
Automação em imunoensaios Parâmetros e controle da qualidade de imunoensaios
 
Imunofluorescencia
ImunofluorescenciaImunofluorescencia
Imunofluorescencia
 
53292193 aula-de-meios-de-cultura
53292193 aula-de-meios-de-cultura53292193 aula-de-meios-de-cultura
53292193 aula-de-meios-de-cultura
 
Imunodiagnóstico
ImunodiagnósticoImunodiagnóstico
Imunodiagnóstico
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - Imunoaglutinação
ICSA17 Imunologia (Prática) - ImunoaglutinaçãoICSA17 Imunologia (Prática) - Imunoaglutinação
ICSA17 Imunologia (Prática) - Imunoaglutinação
 
Ap6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de PrecipitaçãoAp6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de Precipitação
 
Hipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVHipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IV
 

En vedette (13)

Instrumental
InstrumentalInstrumental
Instrumental
 
Fotocolorímetro
 Fotocolorímetro Fotocolorímetro
Fotocolorímetro
 
Curvas de calibracion
Curvas de calibracionCurvas de calibracion
Curvas de calibracion
 
Fotometro de Bunsen
Fotometro de BunsenFotometro de Bunsen
Fotometro de Bunsen
 
TÉCNICAS DE BIOLOGÍA MOLECULAR
TÉCNICAS DE BIOLOGÍA MOLECULAR TÉCNICAS DE BIOLOGÍA MOLECULAR
TÉCNICAS DE BIOLOGÍA MOLECULAR
 
Curvas de calibrado
Curvas de calibradoCurvas de calibrado
Curvas de calibrado
 
Cromatografía
CromatografíaCromatografía
Cromatografía
 
Técnicas básicas de biologia molecular
Técnicas básicas de biologia molecularTécnicas básicas de biologia molecular
Técnicas básicas de biologia molecular
 
Curva calibracion
Curva calibracionCurva calibracion
Curva calibracion
 
Electroforesis
ElectroforesisElectroforesis
Electroforesis
 
FOTOCOLORIMETRIA
FOTOCOLORIMETRIAFOTOCOLORIMETRIA
FOTOCOLORIMETRIA
 
Hemoglobina presentacion
Hemoglobina presentacionHemoglobina presentacion
Hemoglobina presentacion
 
Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 

Similaire à Ap10 - Elisa

Imunodiagnóstico
ImunodiagnósticoImunodiagnóstico
Imunodiagnósticorwportela
 
Diagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepaDiagnóstico anclivepa
Diagnóstico ancliveparwportela
 
Técnicas Sorológicas para o diagnóstico das.ppt
Técnicas Sorológicas para o diagnóstico das.pptTécnicas Sorológicas para o diagnóstico das.ppt
Técnicas Sorológicas para o diagnóstico das.pptsheila37546
 
Ap11 - Western Blotting
Ap11 -  Western BlottingAp11 -  Western Blotting
Ap11 - Western BlottingLABIMUNO UFBA
 
Imunocromatografia e-imunodot
Imunocromatografia e-imunodotImunocromatografia e-imunodot
Imunocromatografia e-imunodotThiago Rodrigues
 
Ap8 - Imunofluorescencia
Ap8 - ImunofluorescenciaAp8 - Imunofluorescencia
Ap8 - ImunofluorescenciaLABIMUNO UFBA
 
Técnicas-de-Imunodiagnóstico-3.ppt
Técnicas-de-Imunodiagnóstico-3.pptTécnicas-de-Imunodiagnóstico-3.ppt
Técnicas-de-Imunodiagnóstico-3.pptPolianaLopesDESiquei
 
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e ParasitáriasDiagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e ParasitáriasMessias Miranda
 
Culturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópioCulturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópioUERGS
 
Apresentação de imuno iii
Apresentação de imuno iiiApresentação de imuno iii
Apresentação de imuno iiiTássio Leiva
 
3bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec9
3bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec93bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec9
3bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec9Taina Silva
 
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosAp5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosLABIMUNO UFBA
 
AvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do Ensaio
AvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do EnsaioAvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do Ensaio
AvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do EnsaioBiblioteca Virtual
 

Similaire à Ap10 - Elisa (20)

Imunodiagnóstico
ImunodiagnósticoImunodiagnóstico
Imunodiagnóstico
 
Diagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepaDiagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepa
 
Técnicas Sorológicas para o diagnóstico das.ppt
Técnicas Sorológicas para o diagnóstico das.pptTécnicas Sorológicas para o diagnóstico das.ppt
Técnicas Sorológicas para o diagnóstico das.ppt
 
Ap11 - Western Blotting
Ap11 -  Western BlottingAp11 -  Western Blotting
Ap11 - Western Blotting
 
Imunocromatografia e-imunodot
Imunocromatografia e-imunodotImunocromatografia e-imunodot
Imunocromatografia e-imunodot
 
Ap8 - Imunofluorescencia
Ap8 - ImunofluorescenciaAp8 - Imunofluorescencia
Ap8 - Imunofluorescencia
 
Apostila de imunologia
Apostila de imunologiaApostila de imunologia
Apostila de imunologia
 
Técnicas-de-Imunodiagnóstico-3.ppt
Técnicas-de-Imunodiagnóstico-3.pptTécnicas-de-Imunodiagnóstico-3.ppt
Técnicas-de-Imunodiagnóstico-3.ppt
 
Elisa
ElisaElisa
Elisa
 
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e ParasitáriasDiagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
 
Culturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópioCulturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópio
 
Apresentação de imuno iii
Apresentação de imuno iiiApresentação de imuno iii
Apresentação de imuno iii
 
Imunoensaios cap 5
Imunoensaios cap 5Imunoensaios cap 5
Imunoensaios cap 5
 
3bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec9
3bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec93bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec9
3bc4b07dac08a35c8a3870f452b23ec9
 
Método Elisa
Método ElisaMétodo Elisa
Método Elisa
 
Septicemia
SepticemiaSepticemia
Septicemia
 
Exame de hiv
Exame de hivExame de hiv
Exame de hiv
 
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosAp5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
 
AvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do Ensaio
AvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do EnsaioAvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do Ensaio
AvaliaçãO Do Desempenho Do MéTodo Do Ensaio
 
Aula22 05
Aula22 05Aula22 05
Aula22 05
 

Plus de LABIMUNO UFBA

Aspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumoresAspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumoresLABIMUNO UFBA
 
Resposta imune infecções
Resposta imune infecçõesResposta imune infecções
Resposta imune infecçõesLABIMUNO UFBA
 
Hipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo ILABIMUNO UFBA
 
Imunidades das mucosas
Imunidades das mucosasImunidades das mucosas
Imunidades das mucosasLABIMUNO UFBA
 
Critérios de Validação
Critérios de ValidaçãoCritérios de Validação
Critérios de ValidaçãoLABIMUNO UFBA
 
Resposta imune celular
Resposta imune celularResposta imune celular
Resposta imune celularLABIMUNO UFBA
 
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenosProcessamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenosLABIMUNO UFBA
 
Ativação das células T
Ativação das células TAtivação das células T
Ativação das células TLABIMUNO UFBA
 

Plus de LABIMUNO UFBA (20)

Resposta inata
Resposta inataResposta inata
Resposta inata
 
Órgãos linfóides
Órgãos linfóidesÓrgãos linfóides
Órgãos linfóides
 
Aspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumoresAspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumores
 
Vacinas
VacinasVacinas
Vacinas
 
Ri virus helmintos
Ri virus helmintosRi virus helmintos
Ri virus helmintos
 
Resposta imune infecções
Resposta imune infecçõesResposta imune infecções
Resposta imune infecções
 
Hipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo I
 
Tolerância
TolerânciaTolerância
Tolerância
 
Imunidades das mucosas
Imunidades das mucosasImunidades das mucosas
Imunidades das mucosas
 
Imunofluorescencia
ImunofluorescenciaImunofluorescencia
Imunofluorescencia
 
Critérios de Validação
Critérios de ValidaçãoCritérios de Validação
Critérios de Validação
 
Citometria de fluxo
Citometria de fluxoCitometria de fluxo
Citometria de fluxo
 
Autoimunidade
AutoimunidadeAutoimunidade
Autoimunidade
 
Resposta imune celular
Resposta imune celularResposta imune celular
Resposta imune celular
 
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenosProcessamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenos
 
MHC
MHCMHC
MHC
 
Linfócitos B
Linfócitos BLinfócitos B
Linfócitos B
 
Ativação das células T
Ativação das células TAtivação das células T
Ativação das células T
 
Sistema complemento
Sistema complementoSistema complemento
Sistema complemento
 
Antígenos
AntígenosAntígenos
Antígenos
 

Ap10 - Elisa

  • 1. Trabalho realizado pelos acadêmicos de Medicina da UFBA Adriana Campos, Nivaldo Cardozo Filho, Sabrina Oliveira e Silvana Asfora, sob orientação dos Professores Roberto Meyer, Ivana Nascimento, Robert Schaer Cláudia Brodskyn, Songelí Freire e Denise Lemaire, do Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFBA. Atualizado em setembro de 2003 Aula 10 ELISA (“enzyme-linked immunosorbent assay”)
  • 2. -O teste é feito em placas plásticas de microtitulação ou em tubos ( suporte sólido ), onde se coloca o Ag ou Ac em concentrações adequadas. -Utiliza-se principalmente placas de poliestireno com 96 poços dispostos em 12 fileiras verticais, cada uma com 8 poços. -O teste identifica e quantifica Ag ou Ac presente na amostra (soro do paciente ou outro líquido biológico), utilizando um dos dois mencionados reagentes, conjugados com enzimas. -A reação ocorre em meio líquido. A atividade enzimática é proporcional à concentração de Ag ou Ac da amostra. -A quantidade de Ag ou Ac da amostra é mensurada pela determinação da quantidade de produto final corado, através de leitura em fotocolorímetro. -O produto final corado surge por ação da enzima que converte um substrato incolor em um produto colorido (ou o substrato alterado pela enzima induz mudança de cor de uma substância indicadora). -Principais tipos de ELISA: indireto, sanduíche, competição e captura.
  • 3. .Lavagem para retirada de Ag livre : .Lavagem para retirada de Ac não fixado : .Adição do conjugado: .Incubação .Incubação ELISA indireto .Poços de uma fileira horizontal da placa, revestidos com o mesmo Ag padronizado .Adição de soro-teste: (1) e (2)
  • 4. .Lavagem para retirada de conjugado livre .Adição de cromógeno que é ativado pela parte enzimática do conjugado .Positivo .Negativo .Placa de ELISA evidenciando o resultado: No diagnóstico sorológico de doenças infecto-contagiosas, onde a detecção de anticorpos IgG, IgA ou IgE seja signifi- cativa. A detecção de IgM por esta técnica pode levar a resultado falso-positivo, por ação do fator reumatóide, autoanticorpo que quase sempre é uma IgM anti-IgG. Exemplos onde o seu uso é intenso: diagnós- tico sorológico da Doença de Chagas e da SIDA/AIDS Utilização do ELISA indireto: “ Cut-off”: ponto de corte. Cont. negativo Cut-off Cont. positivo
  • 5. ELISA sanduíche 1. Placa de Elisa revestida com Ac específico 2.Adição de solução-teste contendo Ag 3. Lavagem para retirada do Ag não capturado 4. Adição de outro Ac marcado, nova lavagem e revelação Utilização: esta técnica é muito usada para a dosagem de hormônios, marcadores tumorais e outras proteínas séricas, bem como para a detecção de antígenos virais e de outros patógenos, nas fezes, na urina em secreções etc. Pode detectar 10 -12 a 10 -14 g. Para este teste se tornar quantitativo, é necessário a construção de uma curva com os valores de densidade ótica obtidos a partir da reação com quantidades conhecidas (padrões) do antígeno a ser dosado. O valor de D.O. obtido com a amostra (teste), será então usado para interpolação na mencionado curva.
  • 6. ELISA por competição 1. Placa de Elisa revestida com Ac específico 4. Quanto maior a quantidade de Ag-teste, menor a possibilidade de ligação do Ag marcado e assim, menor a intensidade de cor emitida 3. Lavagem para retirada de excesso de Ag Utilização: Na dosagem de hormônios, marcadores tumorais e ou- tras proteínas séricas. No diagnóstico sorológico de algumas doenças como SIDA/AIDS 2. Adição de Ag-teste: Adição de Ag-marcado: Competição para ligar Ac
  • 7. ELISA de Captura Esta técnica é muito utilizada para dosar IgM, para se evitar a ação do fator reumatóide. O fator reumatóide é um autoanticorpo geralmente da classe IgM, específico para IgG. Este fator encontra-se elevado em algumas situações, particularmente nas doenças reumáticas. Tal anticorpo pode se ligar na IgG específica (contra o antígeno teste), presente no soro do paciente, gerando assim um resultado falso positivo caso se use um conjugado anti-IgM, como no ELISA indireto. Observe agora uma ELISA de captura para pesquisa de IgM humana contra T.gondii: -Poço revestido com IgG monoclonal contra IgM humano -Adição da amostra (contendo IgM) -Incubação -Lavagem -Adição de Ag do T.gondii marcado com enzima -Incubação -Lavagem
  • 8. -Incubação -Adição de reagente bloqueador (solução de parada) -Revelação: leitura em fotocolorímetro. Utilização do ELISA captura: É principalmente usado para a detecção de anticorpos da classe IgM contra os mais diversos antígenos (virais, bacterianos, de protozoários etc.), em todas as doenças em que seja importante identificar o seu recente aparecimento, como por exemplo na rubéola, to- xoplasmose ou citomegalia da gestante. -Adição de cromógeno ( )/ substrato ( )
  • 9. Os testes “ELISA” são realizados: de modo totalmente manual , no qual até a leitura final no fotocolorímetro é feita poço a poço; parcialmente manual , no qual as lavagens e leitura final são feitas em equipamentos automáticos e, finalmente, de modo totalmente automatizado , no qual todo o procedimento é executado em “ sistemas automáticos de imunoensaios”, equipamentos “robôs”, com todas as etapas do teste guiadas por computador. Abaixo é apresentado um desses sistemas, usados no Laboratório de Imunologia do ICS-UFBA: Equipamento automático para realização de “ELISA”