[1] O documento discute a ecologia da comunicação e as diferentes capilaridades da comunicação, incluindo comunicação presencial, alfabética, elétrica e eólica. [2] Também aborda as categorias da comunicação humana, incluindo comunicação primária, secundária e terciária. [3] Por fim, analisa o fenômeno da iconofagia e o uso excessivo de imagens nas redes sociais.
2. Ecologia da comunicação
Onipresença dos aparelhos eletrônicos de
comunicação na vida dos seres humanos (ROMANO,
2004).
Ciência da interação entre as diferentes espécies
(comunicação) no interior de um dado domínio (MOLES,
1982).
Capilaridade da comunicação.
3. Ecologia da comunicação
Quatro capilaridades:
Comunicação presencial
Alfabética
Elétrica
Eólica.
4. Ecologia da comunicação
Presencial: designa o
corpo como base de
toda e qualquer
comunicação;
Alfabética: se relaciona
com o mundo da
percepção mediado pela
escrita alfabética,
levando em
consideração o tempo
lento da escrita e da
leitura.
5. Ecologia da comunicação
Elétrica: inclui toda tecnologia para
transmissão de voz e imagem que inaugurou
uma nova relação entre espaço e tempo para
os seres humanos.
Eólica: amplia as anteriores, entendendo que
o universo está repleto de ondas
eletromagnéticas capazes de transmitir
informação 24 horas por dia (“ventos da
mídia”).
6. Categorias da comunicação humana
Comunicação primária:
A mídia primária é a primeira mídia do ser
humano, o corpo.
“A comunicação começa no corpo e nele
termina” (PROSS, 1972).
Haverá sempre uma mensagem para ser lida
por um corpo vivo diante de outro corpo.
A mídia primária, ou seja, o corpo, é o
principal meio de comunicação do ser
humano.
7. Categorias da comunicação humana
Comunicação secundária:
A escrita, a reprodução por imagens e diversas
outras tecnologias
Informação registrada em um suporte por um
corpo e lida, mais tarde, por um outro corpo.
Registros rupestres, toda forma de escrita, toda
variedade de impressões de jornais, revistas
etc..
A mídia secundária é a primária com um
amplificador.
8. Categorias da comunicação humana
Comunicação terciária:
A mídia terciária requer um aparato do
emissor e um aparato do receptor.
Pressupõe que ambos os corpos que
pretendem se comunicar possuam um
aparelho capaz de codificar e decodificar
mensagens, como o telefone, o rádio, a
televisão, o e-mail etc.
A terciária é a primária com dois
amplificadores.
9. Iconofagia e redes sociais
Era das imagens
Do latim imago
Imagem, em sua
origem, é a ausência de
uma presença, a
segunda existência de
um momento.
10. Iconofagia e redes sociais
Baitello Jr. (2005) qualifica os usuários
crônicos de tecnologia da imagem como
zumbis contemporâneos.
As imagens se formam, em primeiro lugar,
na mídia primária, no corpo do espectador,
por mecanismos de percepção que são
enviados do mundo para os sentidos
humanos.
Traduções de nós mesmos para o mundo.
(imagens endógenas).
11. Iconofagia e redes sociais
As imagens vão seguindo o curso da
autorreferência.
Elas representam outras imagens.
Mídia terciária: não há tempo para o
exercício lento da contemplação e da
decifração das imagens.
Iconofagia: devorar e ser devorado por
imagens na contemporaneidade.
12. Iconofagia e redes sociais
Proliferação das redes sociais: Facebook,
Snapchat, Instagram.
Obrigatoriedade de transformar tudo em
imagem.
13. Iconofagia e redes sociais
Os jovens perdem as funcionalidades da mídia
primária (corpo) e existem apenas por meio de telas.
O corpo está perdendo vida própria e passa a existir
em função das representações de si mesmo.