Simpósio Hanseníase - Tratamento da dor na hanseníase - dra Lia
1. Lia Rachel Chaves do Amaral Pelloso
Área de Atuação em Dor SBA/AMB
Doutorado pela USP/SP
2. “ Dor é uma experiência sensitiva e
emocional desagradável decorrente ou
descrita em termos de lesões teciduais
reais ou potenciais ”
IASP, 1986
3. Doença Infecto-ContagiosaCrônica - M.
leprae
PrincipaisAlterações Patológicas Nervo
Periférico e Pele
Na evolução natural da doença, durante e pós
tratamento ocorre episódios reacionais
4. ReaçãoTipo I (Reação Reversa)
Associada ao aumento abrupto da
resposta imune mediada por células contra
antígenos M. leprae
ReaçãoTipo II (Eritema Nodoso Hansênico)
Caracterizada por reação inflamatória
sistêmica (febre e acometimento do estado
geral)
5. Hiperestesia:
Processo irritativo inflamatório das fibras
nervosas sensitivas
“Formigamento”,“Picadas ”,
“Latejamento”
Terminações nervosas periféricas
7. IASP: “ iniciada ou causada por uma lesão
primária ou disfunção no sistema nervoso”
Dor causada por uma lesão no sistema
nervoso central ou periférico ou ambos
manifestando-se com sinais e sintomas
sensitivos(Dworkin,2003)
9. Mais estudadas NPH / Neuropatia Diabética
Até o momento nenhuma droga foi
desenvolvida exclusivamente para
tratamento da dor neuropática
10. Outros fármacos utilizados para indicações
não dolorosas tem sido utilizados
AntidepressivosTricíclicos (Amitriptilina,
Nortriptilina) e Anticonvulsivantes
(Gabapentina e Carbamazepina, Pregabalina)
13. Tolerabilidade : possibilidade de interações
medicamentosa ( politerapia )
Paciente : perfil de efeitos adversos que
podem ser desencadeados ( idoso )
14. Avanços farmacológicos no tto das dores
Melhor conhecimento dos fármacos
Introdução de novas drogas
15. Interromper sempre que possível
mecanismos etiológicos
Entendimento de mecanismos múltiplos
contribui para associação de fármacos
16. Dores de etiologias idênticas podem ter
manifestações clínicas diferentes
Dores com etiologias diferentes podem ter
manifestações clínicas idênticas
17. Primeira - linha
● Antidepressivos (tricíclicos e inibidores duais da
recaptação da NA / 5HT)
● Inibidores dos canais de cálcio α2-δ
● Lidocaina tópica
18. Usado no tratamento da reação hansênica
Ação antiinflamatória importante
Uso crônico – efeitos indesejáveis (Catarata,
diabetes, osteoporose entre outros)
19. Derivado do ácido glutâmico
Semelhante em estrutura à outros hipnóticos
Apresenta propriedade antiinflamatória,
imunomodulatória e antiangiogênica
21. Inibem a recaptação pré sináptica de
serotonina e noradrenalina, o bloqueio do
receptor pós sináptico e a interação com
canais iônicos
Primeira categoria de medicação com
eficácia no tratamento da dor neuropática
Efeitos adversos:boca seca, constipação,
hipotensão postural, sedação, ganho de peso
22. Primeira opção
Efeitos colaterais: ganho de peso, sonolência,
boca seca, diminuição da memória,
hipotensão postural, diminuição da libido
Contra indicado em indivíduos com com
antecedentes de crise convulsiva, pode
aumentar as crises
Supervisão em pacientes com glaucoma
23. Inibidor seletivo da recaptação da 5-HT
(serotonina) e da NE ( noradrenalina ).
Eficácia : neuropatia diabética periférica,
fibromialgia , dor lombar crônica e
osteoartrite de joelho
24. A semelhança entre os mecanismos
fisiopatológicos e bioquímicos das epilepsias
e das dores neuropáticas, serve de base para
indicação nas DN
Absorção linear
Baixa ligação protéica
Boa distribuição para SNC
Ausência de metabólitos ativos
25. Modula neurotransmissores: aumenta níveis
de ácido gama-aminobutírico e diminue
níveis de glutamato no sistema nervoso
central
Ausência de interações medicamentosas
Efeitos adversos: sonolência,
tontura,alteração cognitiva em idosos
26. Bloqueia os canais de sódio freqüência
dependentes
Interage com outros fármacos
Efeitos adversos: tontura,ataxia,
náuseas,vômitos,sedação
27. É a descompressão do nervo fibrosado e com
perda da função nervosa
Os nervos melhoram quando a compressão é
a causa
Cirurgia: breve intervenção sobre uma
neuropatia progressiva
32. Indicações e critérios para o uso de opióides,
avaliação e acompanhamento no seu uso
regular e o controle de efeitos colaterais são
imprescindíveis
33. EFEITO DOS ANTICONVULSIVANTES
GABAPENTINA E CARBAMAZEPINA
ASSOCIADOS OU NÃO AO ANTIDEPRESSIVO
AMITRIPTILINA NO CONTROLE DA DOR
NEUROPÁTICA EM PACIENTES COM
HANSENÍASE
34. Avaliar a eficácia dos
anticonvulsivantes, gabapentina e
carbamazepina isolados e associados
ao antidepressivo amitriptilina no
controle da dor neuropática em
pacientes com hanseníase.
35. Avaliar a eficácia dos
anticonvulsivantes, gabapentina e
carbamazepina isolados e associados
ao antidepressivo amitriptilina na
redução da dose e no tempo de uso
de prednisona.
36. Avaliar a eficácia dos anticonvulsivantes,
gabapentina e carbamazepina isolados e
associados ao antidepressivo amitriptilina
na alteração da sensibilidade do paciente
hansênico.
37. Houve significante diminuição dos
escores de dor com o tempo, porém não
houve diferença significativa entre os
grupos e nem ocorreu interação entre os
fármacos.
38. Houve significante diminuição do
consumo de prednisona com o tempo
medido em dias. Não houve diferença
significativa entre os grupos e nem
ocorreu interação