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Sociedade
da Informação
   Brasil




                Sociedade
                da Informação
                no Brasil

                Livro Verde




                Brasília
                Setembro 2000




                                   MINISTÉRIO DA            GOVERNO
                                CIÊNCIA E TECNOLOGIA        FEDERAL
                                                       Trabalhando em todo o Brasil
Tadao Takahashi
               organizador




Sociedade da Informação no Brasil
          Livro Verde




                 Brasília
    Ministério da Ciência e Tecnologia

              Setembro 2000
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



© 2000 Programa Sociedade da Informação (SocInfo)
Todos os direitos reservados pelo Programa Sociedade da Informação. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, armazenada, ou transmitida de
qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação, ou outros, sem a prévia autorização, por escrito, do Programa.




Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia
Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg

Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia
Carlos Américo Pacheco

Gerente do PPA - Sociedade da Informação/Ministério da Ciência e Tecnologia
Lúcia Carvalho Pinto de Melo

Coordenador Geral do Programa Sociedade da Informação (SocInfo)
Tadao Takahashi




     Sociedade da informação no Brasil : livro verde / organizado por Tadao Takahashi. – Brasília
         : Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.
         xxv, 195p. : il. ; 26cm.

          Inclui bibliografia
          ISBN 85-88063-01-8

          1. Sociedade da informação. 2. Tecnologias de informação e comunicação. 3. Internet: conteúdos,

          serviços e universalização. 4. Infra-estrutura de informação. 5. Educação para a cidadania. 6. Comércio

          eletrônico. 7. Pesquisa e desenvolvimento. 8. Nova economia. 9. Políticas nacionais.

          I. Takahashi, Tadao. II. Título : Livro verde.



                                                                                                  CDU 316.42(81)




Endereço:
Programa Sociedade da Informação (SocInfo)
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
SAS, Quadra 5, Lote 6, Bloco H, 8º andar
CEP 70070-914, Brasília – DF, Brasil

http://www.socinfo.org.br
info@socinfo.org.br



2000
Impresso no Brasil


ii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




“...nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo,
                    mas sempre verde, incompleto, experimental.”
                                                                                 Gilberto Freire,
                                                               Tempo Morto e Outros Tempos, 1926




                                                                                               iii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




iv
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Apresentação


O conhecimento tornou-se, hoje mais do que no            lançar os alicerces de um projeto estratégico, de
passado, um dos principais fatores de superação          amplitude nacional, para integrar e coordenar o
de desigualdades, de agregação de valor, criação         desenvolvimento e a utilização de serviços avan-
de emprego qualificado e de propagação do                çados de computação, comunicação e informa-
bem-estar. A nova situação tem reflexos no siste-        ção e de suas aplicações na sociedade. Essa inici-
ma econômico e político. A soberania e a auto-           ativa permitirá alavancar a pesquisa e a educação,
nomia dos países passam mundialmente por uma             bem como assegurar que a economia brasileira
nova leitura, e sua manutenção - que é essencial -       tenha condições de competir no mercado
depende nitidamente do conhecimento, da edu-             mundial.
cação e do desenvolvimento científico e
tecnológico.                                             O Ministério da Ciência e Tecnologia entrega à
                                                         sociedade o Livro Verde, que contém as metas
A Sociedade da Informação está sendo gestada             de implementação do Programa Sociedade da
em diversos países. No Brasil, Governo e socie-          Informação e constitui uma súmula consolidada
dade devem andar juntos para assegurar a pers-           de possíveis aplicações de Tecnologias da Infor-
pectiva de que seus benefícios efetivamente al-          mação. O documento que lhe deu origem foi ela-
cancem a todos os brasileiros. O advento da So-          borado pelo Grupo de Implantação do Progra-
ciedade da Informação é o fundamento de no-              ma, composto por representantes do MCT, da
vas formas de organização e de produção em               iniciativa privada e do setor acadêmico, sob a co-
escala mundial, redefinindo a inserção dos países        ordenação de Tadao Takahashi, aos quais agra-
na sociedade internacional e no sistema econômi-         deço vivamente.
co mundial. Tem também, como conseqüência,
o surgimento de novas demandas dirigidas ao              Esse livro contempla um conjunto de ações para
Poder Público no que respeita ao seu próprio             impulsionarmos a Sociedade da Informação no
funcionamento.                                           Brasil em todos os seus aspectos: ampliação do
                                                         acesso, meios de conectividade, formação de re-
Na era da Internet, o Governo deve promover a            cursos humanos, incentivo à pesquisa e desenvol-
universalização do acesso e o uso crescente dos          vimento, comércio eletrônico, desenvolvimento
meios eletrônicos de informação para gerar uma           de novas aplicações. Esta meta é um desafio para
administração eficiente e transparente em todos          o Governo e para a sociedade.
os níveis. A criação e manutenção de serviços
eqüitativos e universais de atendimento ao cida-         O Livro Verde da Sociedade da Informação no
dão contam-se entre as iniciativas prioritárias da       Brasil está agora sendo lançado para ampla di-
ação pública. Ao mesmo tempo, cabe ao sistema            vulgação e debate entre os demais Ministérios, o
político promover políticas de inclusão social,          setor empresarial e a comunidade científica. Nos
para que o salto tecnológico tenha paralelo quan-        próximos meses, as idéias aqui apresentadas de-
titativo e qualitativo nas dimensões humana, ética       verão também ser debatidas com os segmentos
e econômica. A chamada “alfabetização digital”           interessados da sociedade brasileira. Com a con-
é elemento-chave nesse quadro.                           solidação das contribuições resultantes da discus-
                                                         são pública, será possível abrir caminho para a
Alavancar o desenvolvimento da Nova Econo-               definição das linhas políticas e ações estratégicas
mia em nosso País compreende acelerar a intro-           que serão implementadas.
dução dessas tecnologias no ambiente empresa-
rial brasileiro, objetivo de um dos mais ambicio-
sos programas do Avança Brasil: o Programa                       Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg
Sociedade da Informação, que resulta de traba-                Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia
lho iniciado em 1996 pelo Conselho Nacional de
Ciência e Tecnologia. Sua finalidade substantiva é

                                                                                                          v
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




vi
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




Grupo de Implantação do Programa Sociedade da Informação


         Tadao Takahashi (ISOC/Brasil), Coordenador Geral
                Aldo de Albuquerque Barreto (Ancib)
        Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca (ABNAmro Bank)
               Carlos José Pereira de Lucena (PUC-RJ)
                   Erno Ivan Paulinyi (Fucapi/MI)
               Eugenius Kaszkurewicz (Coppe/UFRJ)
                      Flávio Rech Wagner (SBC)
             Hans Kurt Edmund Liesenberg (Unicamp)
     Ivan de Moura Campos (Comitê Gestor da Internet no Brasil)
                    José Alexandre Bicalho (Anatel)
                José Luiz Ribeiro Filho (RNP/MCT)
                  Lélio Fellows Filho (CNPq/MCT)
                    Léo Pini Magalhães (Unicamp)
               Leonardo Humberto Bucher (Assespro)
                Lúcia Carvalho Pinto de Melo (FJN)
                         Marcos Formiga (MI)
          Mário Dias Ripper (F&R Engenheiros Associados)
             Paulo Roberto Tosta da Silva (Finep/MCT)
                    Romildo Monte (INTI/MCT)
                     Rosa Maria Vicari (UFRGS)
                Sílvio Romero Lemos Meira (UFPE)
            Vanda Regina Teijeira Scartezini (Sepin/MCT)
            Virgílio Augusto Fernandes Almeida (UFMG)




                                                                  vii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Grupos Temáticos (GT)

GT de Administração Pública
Solon Lemos Pinto (SLTI/MP), Coordenador


GT de Ações Empresariais
José Carlos De Luca (Assespro), Coordenador


GT de Conteúdos e Identidade Cultural
Antônio Lisboa Carvalho de Miranda (UnB), Coordenador


GT de Cooperação Internacional
Carlos José Pereira de Lucena (PUC-RJ), Coordenador


GT de Divulgação à Sociedade
Silvio Romero Lemos Meira (UFPE), Coordenador


GT de Educação
Nelson de Lucca Pretto (Faced/UFBA), Coordenador


GT de Infra-estrutura de Redes e Backbones
Liane Margarida Rockenbach Tarouco (UFRGS), Coordenadora


GT de Integração e Regionalização
Abraham Benzaquen Sicsu (FJN), Coordenador


GT de Pesquisa e Desenvolvimento
Flavio Rech Wagner (SBC), Coordenador


GT de Planejamento
Mário Dias Ripper (F&R Consultoria), Coordenador


GT de Processamento de Alto Desempenho
Simplício Freitas (Baker-Hughes), Coordenador


GT de Trabalho
Maria de Nazaré Freitas Pereira (DEP/IBICT), Coordenadora




viii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Concepção e Elaboração

Mário Dias Ripper (F&R Engenheiros Associados), Coordenador
Antônio Edison Urban (UFPR)
Dalci Maria dos Santos (IBICT e SocInfo)
Eugênio José Ferreira Neiva (Consultor)
Fernando Queiroz dos Santos Kneese (SocInfo)
Gorgônio Barreto Araújo (Nexos)
Hans Kurt Edmund Liesenberg (Unicamp)
Hélia de Sousa Chaves Ramos (IBICT e SocInfo)
Liz-Rejane Issberner Legey (DEP/IBICT)
Maria Elenita Menezes Nascimento (UnB)
Nicolau Carlos Terebesi Meisel (Consultor)
Patrícia Corrêa Henning (SocInfo)
Paulo Borges Lemos (Consultor)
Paulo Roberto Tosta da Silva (Finep)
Raul César Baptista Martins (4P Consultoria)
Sarita Albagli (DEP/IBICT)
Vera Cristina Rodrigues Feitosa (Consultora)


Apoio Técnico-administrativo

Fernando Queiroz dos Santos Kneese (SocInfo), Coordenador
Maria Elenita Menezes Nascimento (UnB), Coordenadora de Articulação Acadêmica
Adhara Cruz Soares Pinto (IBICT e SocInfo)
Alice Araújo Cunha (SocInfo)
Anderson Lopes de Moraes (SocInfo)
Ariane Cristina Rosa (Projeto Agência Cidadão)
Carlos Eduardo de Oliveira Júnior (SocInfo)
Cátia Silene de Paula Carvalho (IBICT)
Daniel Caetano (SocInfo)
Daniela Zwicker Guzzi (Projeto Agência Cidadão)
Denise de Alencar Chaves de Oliveira (IBICT)
Denise dos Santos Pacheco (SocInfo)
Eustáquio Mendes Guimarães (IBICT)
Francisca Vale Bentes (IBICT)
Jeanine Vianna de Freitas (SocInfo)
José Maria Seixas Fonteles (SocInfo)
Leila Mendonça Raulino (SocInfo)
Luciana Vieira de Araújo (SocInfo)
Mara Regina Montanini (Projeto Agência Cidadão)
Marco Antonio Andrade Dias (IBICT)
Maria Dias Bicalho (IBICT)
Maria Izabel da Costa Fonseca (SocInfo)
Martha Faria de Menezes (SocInfo)
Moema Tavares da Costa (SocInfo)
Nanci da Costa Telheiro do Nascimento (IBICT e SocInfo)
Paula Menna Barreto (SocInfo)
Regina Coeli Silva Fernandes (IBICT)
Robert Antônio Santana Pereira (SocInfo)
Rosa Eliane Rodrigues Silva (SocInfo)
Wânia Maria de Souza Rodrigues (IBICT)




                                                                                   ix
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Contribuições

Cerca de 150 especialistas de todo o País se distribuíram, a convite, em Grupos de Trabalho orientados
por Temas (Grupos Temáticos) e participaram regularmente de suas reuniões. Várias dessas pessoas se
envolveram em diversos Grupos, prestando apoio adicional ao Programa na articulação de trabalhos
entre frentes paralelas de discussão.

Por outro lado, ao longo de 13 meses de trabalho, o Programa se beneficiou de comentários técnicos,
sugestões críticas, apoio técnico-administrativo e, mesmo, de puro estímulo da parte de incontáveis
pessoas no País e no exterior, em reuniões formais e informais, em conversas paralelas e via Internet.

Na tentativa de dar o merecido crédito e registrar agradecimentos ao maior número possível de pesso-
as, optamos por listar todos os nomes de que nos recordamos, sem distinção de papel ou posição, na
relação abaixo:

Abel Laerte Packer (Bireme)                               Boris Groth (GMD, Alemanha)
Abelardo Teixeira Fraga (Sucesu)                          Bruno Ricardo Costa Ayres (Rede de Voluntariado)
Abigail de Oliveira Carvalho (UFMG)                       Carlos Alberto Afonso (RITS)
Abraham Benzaquen Sicsu (FJN)                             Carlos Alberto Schneider (Certi)
Adailton José dos Santos Silva (RNP)                      Carlos Américo Pacheco (MCT)
Adhara Cruz Soares Pinto (IBICT e SocInfo)                Carlos André Guimarães Ferraz (Sectma-PE)
Adriano Batista Dias (FJN)                                Carlos Antônio Brandão (Unicamp)
Alan Dubner (ByNet)                                       Carlos Duarte de Oliveira Júnior (SocInfo)
Aldo de Albuquerque Barreto (Ancib)                       Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca (ABN Amro Bank)
Alejandro Pisanty (Unam, México)                          Carlos Henrique Cabral Duarte (BNDES)
Alice Araújo Cunha (SocInfo)                              Carlos Henrique Cardim (CEE)
Alice Rangel de Paiva Abreu (CNPq)                        Carlos José Pereira de Lucena (PUC-RJ)
Almiro Blumenschein (CNPq)                                Carlos Roberto de Faria e Souza (CNPq)
Aluysio Asti (BNDES)                                      Cássio Jordão Motta Vecchiati (Abranet)
Álvaro Luiz Gayoso de Azeredo Coutinho (Coppe/            Cátia Silene de Paula Carvalho (IBICT)
UFRJ)                                                     Cecília Leite Oliveira (IBICT)
Álvaro Marques (Metrored)                                 Célia Zaher (Biblioteca Nacional)
Álvaro Veiga (PUC-RJ)                                     Celso Deusdeti Costa (CNPq)
Anaíza Caminha Gaspar (IBICT)                             Celso Melo (CNPq)
Anders Wijkman (European Parliament)                      Ceres Alves Prates (MP)
Anderson Lopes de Moraes (SocInfo)                        César Ricardo Siqueira Bolano (UFS)
André Amaral (Finep)                                      Christophe dos Santos (Université Claude-Bernard,
André Urani (Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro)      França)
Andrei Kolesnikov (Russia-on-Line, Rússia)                Claudete Camarano (BID)
Andrew Mclaughlin (Icann)                                 Claudia Canongia (IBICT)
Antônio Cruz Vasques (Secitece/Governo do Ceará)          Claudine G. Oliveira (Netune)
Antônio Edison Urban (UFPR)                               Cláudio José Marinho (Sectma-PE)
Antônio Fábio Ribeiro (CNI)                               Cláudio Menezes (Unesco)
Antônio Harris (Cabase, Argentina)                        Daniel Caetano (SocInfo)
Antônio Lisboa Carvalho de Miranda (UnB)                  Daniela Zwicker Guzzi (Projeto Agência Cidadão)
Antônio Mendes dos Santos (Ministério das Finanças,       Dalci Maria dos Santos (IBICT e SocInfo)
Portugal)                                                 Daniel Pimienta (Funredes, República Dominicana)
Ariane Cristina Rosa (Projeto Agência Cidadão)            Daniel Sigulem (Unifesp)
Armando Roberto Cerchi Nascimento (Interlegis/            Dea Mara Carvalho de Arruda (MS)
Prodasen)                                                 Denise de Alencar Chaves de Oliveira (IBICT)
Arnaldo Machado de Sousa (Datasus)                        Denise dos Santos Pacheco (SocInfo)
Beatriz Azeredo (BNDES)                                   Denise Grune Ewald (Cesup/UFRGS)
Beatriz de Faria Leão (SBIS)                              Dilmar Malheiros Meira (Telemar)
Benny Sterental (Microsoft)                               Djalma Petit (Softex/Tecsoft)

x
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Dóris Faria (UnB)                                        Ibtisam Abdel Jaber (RSS/UNU)
Dulcídio Elias Oliveira Pedrosa (MS)                     Ijalmar M. Nogueira (MCT)
Edith Ackermann (MIT)                                    Ilara Hämmeli Sozzi de Moraes (Fiocruz)
Edmundo Albuquerque de Souza e Silva (UFRJ)              Iran Siqueira Lima (Fipecafi/USP)
Edmundo Carlos Güizolphe Castro (Cenapad-SP/             Isa Assef dos Santos (Fucapi)
Unicamp)                                                 Isidro Fernández Aballí (Unesco)
Edmundo M. O. Ribeiro (FGV Consulting)                   Ismar Kaufman (In Forma)
Edna Rodrigues Rosa (ProMater)                           Ivan Araripe de Paula Freitas (CNPq)
Eduardo Garcia (BB)                                      Ivan de Moura Campos (Comitê Gestor da Internet no Brasil)
Eliana Cardoso Emediato de Azambuja (MCT)                Jacob Palis Junior (Impa)
Eliana da Conceição Rocha (IBICT)                        Jacobus Willibrordus Swart (SBMicro)
Elizabeth Rondelli (UFRJ)                                Jacques Levin (Datasus/MS)
Elza Maria Ferraz Barbosa (IBICT)                        Jacques Salomon Crispim Soares Pinto (MCT)
Emílio Barros de Lucena (UFPE)                           Jairo Panetta (Finep)
Ephrain Guilherme Neitzke (Softex)                       James Mason (JTC1/ISO)
Eratóstenes Edson Ramalho de Araújo (Softex)             Jean-Marie Farines (UFSC)
Erick Edgar Aliaga Sanz (Anpi)                           Jeanine Vianna de Freitas (SocInfo)
Erno Ivan Paulinyi (Fucapi/MI)                           Jesus Cardeñosa (UPM, Espanha)
Evando Mirra de Paula e Silva (CNPq)                     João Marcos Romano (SBTel)
Evandro Prestes Guerreiro (Senac/Nitedi - SP)            Jorge de Paula Ávila (Finep)
Evaristo Eduardo de Miranda (Embrapa)                    Jorge Mantovani (Secretaria C&T/Governo da Argentina)
Eugênio José Ferreira Neiva (Consultor)                  Jorge Werthein (Unesco)
Eugenius Kaszkurewicz (Coppe/UFRJ)                       José Alexandre Bicalho (Anatel)
Eustáquio Mendes Guimarães (IBICT)                       José Armando Valente (Unicamp)
Fábio Gandour (IBM)                                      José Augusto Suruagy Monteiro (Unifacs)
Fábio Marinho (IBPI)                                     José Carlos de Luca (Assespro)
Fernando Aldana (UPM/Espanha)                            José Carlos Maldonado (USP-São Carlos)
Fernando Flávio Pacheco (PUC-PR)                         José Carlos Paim Vieira (Agência de Desenvolvimento
Fernando Nery (Módulo)                                   Econômico do Grande ABC)
Fernando Queiroz dos Santos Kneese (SocInfo)             José Cassiolato (UFRJ)
Flávio Barbosa Toledo (LNCC)                             José de Menezes da Gama Malcher (Comunidade Solidária)
Flávio Grynszpan (Fiesp)                                 José Dias Coelho (MCT, Portugal)
Flávio Rech Wagner (SBC)                                 José Dion de Melo Teles (Innova)
Florencio Utreras (Reuna, Chile)                         José Eduardo Fiates (Anprotec)
Francisca Vale Bentes (IBICT)                            José Fernando Halfeld dos Guaranys (Fórum Informática)
Francisco de Paula e Oliveira Filho (IBICT)              José Henrique Vilhena de Paiva (UFRJ)
Frederico Novaes (SENAC-RJ)                              José Israel Vargas (MRE)
Geraldo Biasoto Junior (MS)                              José Luiz Ribeiro Filho (RNP/MCT)
Geraldo José Correa (Sebrae)                             José Macedo da Silva (MCT)
Geraldo Moreira Prado (DEP/IBICT)                        Jose Maria Figueres Olsen (Fundacion Des. Sostenible, Costa Rica)
Gilda Olinto (DEP/IBICT)                                 José Maria Gomes Martins (MCT)
Gillian Marcelle (Consultant, Trinidad & Tobbago)        José Maria Seixas Fonteles (SocInfo)
Gilson Schwartz (USP e Folha de São Paulo)               José Marques de Melo (USP)
Glaci Zancan (SBPC)                                      José Ricardo Bergmann (SBMO)
Gley Fabiano Cardoso Xavier (Senac-SP)                   José Rincon Ferreira (MDIC)
Gonzalo Enrique Vasquez Enríquez (Anprotec)              José Roberto Boisson de Marca (PUC-RJ)
Gorgônio Barreto Araújo (Nexos)                          José Teixeira Coelho Netto (USP)
Guilherme Euclydes Brandão (MCT)                         Julian Dunayevich (RedEscuelas, Argentina)
Hans Kurt Edmund Liesenberg (Unicamp)                    Julio Guzman Rodriguez (OCT, Governo da Espanha)
Helena Maria Martins Lastres (CNPq)                      Julio Semeghini (Câmara dos Deputados)
Helena Montanini (ProMater)                              Jurandir Fernandes (Denatran/MJ)
Hélia de Sousa Chaves Ramos (IBICT e SocInfo)            Kátia Gilaberte (MCT)
Hélio Kuramoto (IBICT)                                   Kazuhiko Nishi (Sega, Japão)
Hiroshi Uchida (IAS/UNU)                                 Kival Chaves Weber (Softex)
Hulda Oliveira Giesbrecht (ABIPTI)                       Klaus Ulmann (DFN, Alemanha)
Humberto Luiz Ribeiro (CNI)                              Lauro Mohry (UnB)

                                                                                                                    xi
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Lea da Cruz Fagundes (UFRGS)                             Mario Muratorio Not (Microsoft)
Leila Mendonça Raulino (SocInfo)                         Marisa Bräscher (IBICT)
Lélio Fellows Filho (CNPq)                               Markku Talvio (EIM, Finlândia)
Léo Pini Magalhães (Unicamp)                             Marta Prochnik (BNDES)
Leonardo Guimarães Neto (Ceplan)                         Martha Faria de Menezes (SocInfo)
Leonardo Humberto Bucher (Assespro)                      Mattias Klose (Omikron, Alemanha)
Leonardo Lazarte (UnB)                                   Maurício Laval Pina de Sousa Mugnaini (Fenainfo)
Liane Margarida Rockenbach Tarouco (UFRGS)               Maurício Piccinini (BNDES)
Lígia Café (IBICT)                                       Maurizio Mauro (Booz Allen & Hamilton)
                                                                                 -


Lillian Maria Araújo de Rezende Alvares (IBICT)          Mauro Cavalcante Pequeno (UFC)
Lindolpho de Carvalho Dias (MCT)                         Mauro Marcondes (Finep)
Liz-Rejane Issberner Legey (DEP/IBICT)                   Meiying Zhu (IAS/UNU)
Liscio José Monnerat Caparelli (Nortel)                  Michael Krieger (UCLA)
Lúcia Carvalho Pinto de Melo (FJN e MCT)                 Michel F. Bosco (European Commission)
Luciana Vieira de Araújo (SocInfo)                       Miguel Darcy de Oliveira (IDAC)
Luis Carlos Bresser Pereira (FGV)                        Miguel Noronha (Booz Allen & Hamilton)
                                                                                     -


Luis Del Fiorentino (CPqD)                               Mitsuo Shibata (Telefonica)
Luiz Afonso Bermudez (Anprotec)                          Moema Tavares da Costa (SocInfo)
Luiz Blank (INT)                                         Najat Rochdi (Internet Society, Marrocos)
Luiz Cláudio de Pinho Almeida (CNC)                      Nanci da Costa Telheiro do Nascimento (IBICT e SocInfo)
Luiz Fernando Gomes Soares (PUC-RJ)                      Nathalie Frezouls (AcknoSoft, França)
Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque (ABIPTI)               Nelson de Castro Senra (IBGE)
Malde M. Vilas Boas Bernardes (Datasus/MS)               Nelson de Lucca Pretto (Faced/UFBA)
Manoel Adalberto Carlos Montenegro Lopes da Cruz         Nelson Teixeira de Faria (Sepin/MCT)
(MCT)                                                    Ney Gilberto Leal (MP)
Manoel Lemos (PageMe)                                    Nicolau Carlos Terebesi Meisel (Consultor)
Manoel Lousada Soares (MDIC)                             Nii Quaynor (National Computer Systems, Gana)
Manoel Messias Nascimento Melo (Fenadados)               Orlin Kouzov (National Research Network, Bulgária)
Mara Regina Montanini (Projeto Agência Cidadão)          Oscar Alejandro Robles Garay (ITESM, México)
Marcelo Barbieri (Câmara dos Deputados)                  Oscar Lorenzo Fernandes (MDIC)
Marcelo Ferreira Guimarães (Fundação Certi)              Oscar Messano (Cabase, Argentina)
Márcia Fantuzze Dias (SocInfo)                           Osires Silva (Fiesp)
Márcia Maria de Matos (Sebrae)                           Osvaldo Barbosa de Oliveira (Microsoft)
Márcio Bunte de Carvalho (UFMG)                          Osvaldo Castilho (PNUD)
Marcio Pochmann (Unicamp)                                Osvaldo Novaes Oliveira Jr. (USP - SCarlos)
Marco Antônio Andrade Dias (IBICT)                       Otaviano Fiori (MINC)
Marco Antônio Candelot (IBM)                             Othon Jambeiro (UFBA)
Marcos Formiga (MI)                                      Othon Santos Antunes Neto (Finep)
Marcos Wettreich (iBest)                                 Paolo Morawski (RAI, Itália)
Margareth Izumi Watanabe (Inep)                          Pascal Baba Couloubaly (Ministry of Culture, Mali)
Margarida Maria Pion da Rocha Paranhos (Sepin/MCT)       Patrícia Corrêa Henning (SocInfo)
Maria Angela Barreto Campelo (PUC-RJ)                    Paula Menna Barreto (SocInfo)
Maria Carmen Romcy de Carvalho (IBICT)                   Paulo Borges Lemos (Consultor)
Maria de Fátima de Lima Pinel (UERJ)                     Paulo Carneiro da Cunha Filho (UFPE)
Maria de Nazaré Freitas Pereira (DEP/IBICT)              Paulo de Queiroz Rocha Pinto (MCT)
Maria Dias Bicalho (IBICT)                               Paulo Manuel Protásio (Marketing Internacional Con-
Maria Elenita Menezes Nascimento (UnB)                   sultores)
Maria Elisa Tótoli (CEE)                                 Paulo Maurício Castelo Branco (BNDES)
Maria Helena Guimarães de Castro (Inep)                  Paulo Roberto Tosta da Silva (Finep)
Maria Inês Bastos (Unesco)                               Paulo Sérgio Bruno Novaes (Finep)
Maria Izabel da Costa Fonseca (SocInfo)                  Pedro Anísio Figueiredo (IBICT)
Maria Laura da Rocha (MCT)                               Pedro Calmon Pepeu Garcia Vieira Santana (Sudam)
Maria Ligaya Fujita (PNUD)                               Pedro Duncan (BNDES)
Mario Albornoz (Universidade Quilmes, Argentina)         Pedro Paulo Poppovic (SEED/MEC)
Mario Campolargo (European Commission)                   Pedro Urra (Ministerio de la Salud, Cuba)
Mário Dias Ripper (F&R Engenheiros Associados)           Pedro Veiga (MCT, Portugal)

xii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Priscila Koeller Rodrigues Vieira (MP)                        Tereza Maria Barros Campos do Amaral (UFPE)
Ramiro Jordán (Istec)                                         Thereza Lobo (Comunidade Solidária)
Raphael Mandarino Júnior (CGI)                                Toomas-Hendrik Ilves (Ministry of Foreign Affairs,
Raul Antonio Del Fiol (Promon Eletrônica)                     Estônia)
Raul César Baptista Martins (4P Consultoria)                  Ubirajara Vicente da Silva (IBICT)
Regina Célia Peres Borges (Prodasen)                          Uta Wehn (University of Sussex, Inglaterra)
Ricardo de Oliveira Anido (Unicamp)                           Valéria Lúcia Pero (Instituto de Economia/UFRJ)
Ricardo Miranda Barcia (UFSC)                                 Vanda Regina Teijeira Scartezini (Sepin/MCT)
Ricardo Oliveira Maciel (DGI Netc)                            Vanderlei Rainelli Ferreira (Microsoft)
Ricardo Tanscheit (PUC-RJ)                                    Vani Moreira Kenski (USP)
Richard Reilly (Univ. College Dublin, Irlanda)                Vera Cristina Rodrigues Feitosa (Consultora)
Robert Antônio Santana Pereira (SocInfo)                      Vera Valente (MS)
Robert Wilson III (CVC)                                       Vicente Landim (Sepin/MCT)
Roberto Castelo (OMPI)                                        Virgílio Augusto Fernandes Almeida (UFMG)
Roberto Craveiro Rodrigues (Fenadados)                        Virgínia Olga Koeche Müzell Jardim (Secretaria de C&T-
Roberto Hexsel (UFPR)                                         RS)
Roberto Isnard (Abinee)                                       Wagner Meira Jr. (UFMG)
Roberto J. Rodrigues (Opas)                                   Walda Antunes (UnB)
Roberto Pinto Martins (Sepin/MCT)                             Walter Franco (PNUD)
Roberto Souto Maior de Barros (UFPE)                          Wang Quiming (Ministry of Science and Technology,
Robin Mansell (University of Sussex, Inglaterra)              China)
Rodolfo Miguel Baccarelli (PMC)                               Wânia Maria de Souza Rodrigues (IBICT)
Rodrigo Baggio Barreto (CDI)                                  Washington Braga Filho (Rede Rio/SCT-RJ)
Rogério Bellini dos Santos (Sebrae)                           William Sheppard (Intel, EUA)
Rogério dos Santos Bittencourt (SocInfo)                      Xavier Baquero Dirani (Equis, Equador)
Rogério Viana (MDIC)                                          Yone Sepúlveda Chastinet (Prossiga/CNPq)
Romildo Monte (INTI/MCT)                                      Yushi Komachi (National/Panasonic, Japão)
Rômulo Ângelo Zanco Filho (CPqD)
Ronaldo Mota Sardenberg (MCT)
Rony de Oliveira (FGV Consulting)
Rosa Delgado (SITA/ITU)
Rosa Eliane Rodrigues Silva (SocInfo)
Rosa Maria Vicari (UFRGS)
Rubem Cesar Fernandes (Viva Rio)
Rubem Fernandes Monteiro Filho (Sudene)
Rubens Queiróz de Almeida (Unicamp)
Rui Henrique P. Albuquerque (Unicamp)
Ruth Cardoso (Comunidade Solidária)
Ruy Barroso Jr. (Febraban)
Ruy de Araújo Caldas (Embrapa e UCB)
Saqer Abdel-Rahim (RSS, Jordania)
Sarita Albagli (DEP/IBICT)
Sérgio Barcellos (SLTI/MP)
Sérgio Francisco Alves (Finep)
Sérgio Góes de Paula (RITS)
Sérgio Saab (MC)
Simplício Freitas (Baker-Hughes)
Sílvio Romero Lemos Meira (UFPE)
Solon Lemos Pinto (SLTI/MP)
Srinivasan Ramani (Silverline Technologies, Índia)
Stefan Jahnichen (GMD, Alemanha)
Sushil Baguant (National Computer Board, Ilhas Maurício)
Taholo Kami (Small Island Developing States Network, Tonga)
Tarcisio Della Senta (IAS/UNU)
Teresinha Fróes Burnham (UFBA)


                                                                                                                xiii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




xiv
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Prefácio

Em maio do ano passado, por convite do                    Este Livro Verde resulta desse processo, que
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT),                 contou com o envolvimento em variadas formas
principiou a se reunir em Brasília um grupo de            de mais de 300 pessoas no País e no exterior.
discussão sobre os possíveis contornos e diretrizes       Dessas pessoas, cerca de 150 se dividiram, ao
de um programa de ações rumo à Sociedade da               longo de incontáveis reuniões, em 12 Grupos
Informação no Brasil. Tal programa traduziria em          Temáticos, contribuindo com opiniões e sugestões
projetos concretos a iniciativa que fora aprovada         em suas áreas de especialização. A mera citação
pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia,           dessas pessoas, feita nas páginas x a xiii, constitui
em dezembro de 1998, e que fora refletida em              uma solução simplista de edição que não faz jus à
diversas ações propostas pelo MCT no Plano                dedicação e ao entusiasmo desses colaboradores.
Plurianual para o período de 2000-2003.
                                                          O Livro Verde que ora se entrega ao MCT é sem
Já nos debates iniciais, ficou evidente para todos        dúvida motivo de orgulho do Grupo de
a dimensão do desafio que tal programa                    Implantação, por resultar da contribuição de tantas
representaria, não somente em termos de                   pessoas e de tão laborioso esforço de concepção
conteúdo per se, como e (principalmente) quanto           e detalhamento. Vale ressaltar que o documento
à necessidade de envolvimento de toda a                   se reveste de pelo menos duas características
sociedade na própria concepção da iniciativa.             inusitadas, quando comparado com documentos
                                                          similares de outros países: 1ª) a proposta do
Isto posto, o grupo propôs ao MCT que um novo             Grupo tenta cobrir, de forma articulada e
programa fosse concebido, aproveitando e                  abrangente, todos os aspectos considerados
articulando as ações em curso no âmbito do MCT            relevantes para a Sociedade da Informação no
e as ações propostas no PPA, mas adotando um              Brasil, de P&D a aplicações, do setor
modelo de planejamento e decolagem em três                governamental ao setor privado, de tecnologias
estágios: estudos preliminares, conduzindo ao             avançadas a impacto social; 2ª) a proposta do
lançamento formal do Programa; proposta                   Grupo tenta chegar até o nível de ações concretas,
detalhada, a ser sintetizada em um Livro Verde;           visando a enriquecer as discussões subseqüentes
ampla consulta à sociedade, culminando com o              para a consolidação de um plano final no Livro
plano detalhado de execução do Programa, a ser            Branco.
descrito em um Livro Branco.

Aceitando a sugestão, o MCT compôs um Grupo
de Implantação do chamado Programa                                                Brasília, setembro de 2000
Sociedade da Informação no Brasil, que iniciou
atividades em agosto de 1999 com entusiasmo                                         Grupo de Implantação
ímpar. Em 15 de dezembro, o Programa foi                               Programa Sociedade da Informação
oficialmente lançado pela Presidência da                                 Ministério da Ciência e Tecnologia
República. A partir de janeiro deste ano,
principiou-se a trabalhar na proposta preliminar
detalhada do Programa, mediante a criação de
Grupos Temáticos de discussão, contratação de
estudos, análise de experiências no exterior etc.




                                                                                                            xv
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




xvi
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Sumário




Apresentação                                                                                 v
Grupo de Implantação do Programa Sociedade da Informação                                   vii
Grupos Temáticos                                                                          viii
Concepção e Elaboração                                                                      ix
Apoio Técnico-Administrativo                                                                ix
Contribuições                                                                                x
Prefácio                                                                                   xv
Sumário                                                                                  xvii
Destaques de Texto                                                                        xxi
Figuras                                                                                  xxii
Gráficos                                                                                xxiii
Quadros                                                                                 xxiii
Tabelas                                                                                 xxiii

Capítulo 1 - A Sociedade da Informação                                                     1
1.1 - Introdução                                                                           3
           A Convergência da Base Tecnológica                                              3
           O Impacto Econômico-social                                                      5
           O Brasil                                                                        5
1.2 - O Programa Sociedade da Informação no Brasil                                         6
           As Oportunidade e os Riscos                                                     6
           O Programa                                                                     10
           A Sociedade em Rede: um Projeto em Parceria                                    11
           Estrutura Organizacional                                                       12

Capítulo 2 - Mercado, Trabalho e Oportunidades                                            15
2.1 - Do que se Trata                                                                     17
          A Nova Economia                                                                 17
          Comércio Eletrônico: a Pedra de Toque da Nova Economia                          17
          Novos Mercados                                                                  18
          Fatores Críticos do Comércio Eletrônico                                         19
          Participação das PME na Nova Economia                                           20
          Oportunidades para Negócios Inovadores                                          21
          Mudanças no Perfil do Trabalho e Emprego                                        21
          Teletrabalho                                                                    21
2.2 - Onde Estamos                                                                        22
          A Indústria das Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil               22
          Pequenas e Médias Empresas                                                      22
          Difusão das Tecnologias de Informação e Comunicação na Indústria Brasileira     23
          A Economia da Informação no Brasil                                              23
          Criação e Desenvolvimento de Negócios Inovadores                                23
          Comércio Eletrônico no Brasil                                                   24
2.3 - Para Onde Vamos                                                                     26
2.4 - O que Fazer                                                                         27
          Quadro Jurídico                                                                 27
          Ações Estruturadoras                                                            28
          Outras Ações                                                                    28




                                                                                           xvii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Capítulo 3 - Universalização de Serviços para a Cidadania                             29
3.1 - Do que se Trata                                                                 31
          Variáveis Críticas para a Universalização de Serviços Internet              31
          Iniciativas Rumo à Universalização                                          33
3.2 - Onde Estamos                                                                    34
          Usuários da Internet no Brasil                                              34
          Infra-estrutura e Preços das Comunicações                                   36
          Dispositivos de Acesso                                                      37
          Acesso Comunitário à Internet                                               37
          Alfabetização Digital                                                       38
          Informações e Serviços para Todos                                           39
          Suporte Tecnológico                                                         40
3.3 - Para Onde Vamos                                                                 40
3.4 - O que Fazer                                                                     41
          Quadro Jurídico                                                             41
          Ações Estruturadoras                                                        41
          Outras Ações                                                                42

Capítulo 4 - Educação na Sociedade da Informação                                      43
4.1 - Do que se Trata                                                                 45
          Educação para a Cidadania                                                   45
          Infra-estrutura de Informática e Redes para Educação                        45
          Novos Meios de Aprendizagem                                                 46
          Educação a Distância                                                        46
          O Desafio da Formação Tecnológica                                           47
          Novos Currículos                                                            49
4.2 - Onde Estamos                                                                    50
          Informatização em Escolas                                                   50
          Educação a Distância                                                        52
          Capacitação Avançada em Tecnologias de Informação e Comunicação             53
4.3 - Para Onde Vamos                                                                 54
4.4 - O que Fazer                                                                     55
          Quadro Jurídico                                                             55
          Ações Estruturadoras                                                        56
          Outras Ações                                                                56

Capítulo 5 - Conteúdos e Identidade Cultural                                          57
5.1 - Do que se Trata                                                                 59
          Conteúdos                                                                   59
          Identidade Cultural                                                         59
          Coleta, Processamento e Disponibilização de Conteúdos                       60
5.2 - Onde Estamos                                                                    61
          Serviços Comerciais                                                         61
          Conteúdos em Ciência e Tecnologia                                           62
          Conteúdos em Arte e História                                                63
          Aspectos de Regionalização                                                  63
          As Bibliotecas Públicas                                                     64
5.3 - Para Onde Vamos                                                                 65
5.4 - O que Fazer                                                                     66
          Quadro Jurídico                                                             66
          Ações Estruturadoras                                                        66
          Outras Ações                                                                66

Capítulo 6 - Governo ao Alcance de Todos                                              67
6.1 - Do que se Trata                                                                 69
          Aplicações Governamentais                                                   69

xviii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



          Informações e Serviços ao Cidadão                                        70
          Infra-estrutura de Redes para Governo                                    70
          Diretrizes Tecnológicas                                                  71
          Legislação Adequada                                                      73
6.2 - Onde Estamos                                                                 73
          Infra-estrutura de Redes                                                 74
          Serviços Genéricos                                                       74
          Informações de Governo                                                   74
          Sistemas Aplicativos                                                     75
          Gestão Estratégica de Tecnologias de Informação e Comunicação            77
6.3 - Para Onde Vamos                                                              77
6.4 - O que Fazer                                                                  79
          Quadro Jurídico                                                          79
          Ações Estruturadoras                                                     80
          Outras Ações                                                             80

Capítulo 7 - P&D, Tecnologias-chave e Aplicações                                   81
7.1 - Do que se Trata                                                              83
          Tecnologias e Aplicações                                                 83
          Identificação de Tecnologias-chave                                       84
          Novos Modelos de P&D                                                     86
7.2 - Onde Estamos                                                                 86
          Prospecção de Tecnologias                                                86
          Capacidade Instalada para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)               86
          Iniciativas Cooperativas em Tecnologias de Informação e Comunicação      87
          Articulação Universidade-Indústria                                       88
          Oportunidades em Tecnologias Capacitadoras                               88
7.3 - Para Onde Vamos                                                              92
7.4 - O que Fazer                                                                  93
          Quadro Jurídico                                                          93
          Ações Estruturadoras                                                     93
          Outras Ações                                                             93

Capítulo 8 - Infra-estrutura Avançada e Novos Serviços                              95
8.1 - Do que se Trata                                                               97
          O Modelo de Referência para Discussão                                     97
          Redes e o Fator Velocidade de Transmissão                                 97
          Outras Características Técnicas                                           98
          Processamento de Alto Desempenho                                          98
          Diretórios                                                                99
          O Papel de Redes para P&D                                                 99
8.2 - Onde Estamos                                                                 101
          Fibras Óticas no Brasil                                                  101
          Backbones Internet em Operação                                           101
          Redes para P&D e Internet de Nova Geração                                101
8.3 - Para Onde Vamos                                                              103
8.4 - O que Fazer                                                                  103
          Quadro Jurídico                                                          103
          Ações Estruturadoras                                                     104
          Outras Ações                                                             104

Anexo I - A Evolução de Iniciativas Rumo à Sociedade da Informação no Mundo        105
1.1 - Histórico                                                                    107
1.2 - Paradigmas de Estruturação de Iniciativas Nacionais                          108
1.3 - Ênfases de Iniciativas Nacionais                                             109
1.4 - Atuação Governamental em Aspectos Críticos                                   110

                                                                                     xix
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Anexo II - Indicadores de Acompanhamento                                             111
2.1 - Introdução                                                                     113
2.2 - A Abordagem INEXSK (INfrastructure, EXperience, Skills, Knowledge)             113
           O Modelo Básico                                                           113
           Efeitos “push” e “pull”                                                   114
           Capacidade Organizacional                                                 114
           O Modelo Detalhado                                                        114
           A “Pegada” TI (IT Footprint)                                              115
2.3 - Indicadores da Iniciativa eEurope 2002                                         116
           Lista Indicativa de Indicadores do eEurope 2002 (abril 2000)              116

Anexo III - Informática e Telecomunicações no Brasil                                 119
3.1 - Introdução                                                                     121
3.2 - Telecomunicações                                                               121
           Resultados da Privatização                                                122
3.3 - Informática                                                                    123
           RNP                                                                       124
           Softex 2000                                                               124
           Protem-CC                                                                 125
           Sinapad                                                                   125
3.4 - Situação Atual e Perspectivas                                                  126
           O Setor de Informática                                                    126
           Tecnologia Local                                                          127
           Balança Comercial em Tecnologias de Informação e Comunicação              127
           Manufatura Local e Exportação                                             128
           Geração e Transferência de Tecnologias                                    128
           Tendências no MCT                                                         129

Anexo IV - A Internet                                                                131
4.1 - Introdução                                                                     133
           O Setor Acadêmico e a Internet                                            133
           A Evolução da Internet no Brasil                                          133
4.2 - Arquitetura e Operação de Serviços Internet                                    134
           Backbone e Acesso                                                         134
           Velocidade e Serviço                                                      134
           Tráfego entre Backbones Distintos                                         134
           Engenharia e Segurança de Redes                                           135
           Endereços IP e Nomes de Domínio                                           136
           Operação da Internet Brasileira                                           136
4.3 - Governança na Internet                                                         136
4.4 - A Internet no Brasil                                                           137
           Número de Domínios no Brasil                                              138
4.5 - Desafios para o Futuro                                                         138
           Backboning                                                                138
           Acesso                                                                    139
           Internet 2 e Internet de Nova Geração                                     139

Referências                                                                          141
Lista de Endereços Web                                                               155
Glossário                                                                            163
Siglas, Acrônimos e Similares                                                        179
Índice Remissivo                                                                     189




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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Destaques de Texto


    2.1    O Projeto Inovar                                                       24
    3.1    A Divisão Digital entre Regiões no Mundo                               31
    3.2    Telecentro                                                             34
    3.3    Internet e o Terceiro Setor no Brasil                                  38
    3.4    Kidlink e o Projeto Kidlink no Brasil (Kbr)                            39
    4.1    Programa “FITness” (Fluency with Information Technology)               49
    4.2    Unirede: Universidade Virtual Pública do Brasil                        53
    5.1    Metadados                                                              59
    5.2    Multilingüismo na Internet                                             61
    5.3    Biblioteca Nacional                                                    64
    6.1    Imposto de Renda no Brasil                                             75
    6.2    Diretório Eletrônico                                                   79
    7.1    A Dinâmica do Desenvolvimento Tecnológico                              85
    7.2    Programa Genoma da Fapesp                                              87
    A1.1   HPCC/NII e o Começo de Tudo                                           107
    A1.2   Global Information Society/G8: Relatório Final de Projetos-Piloto     109
    A3.1   Anatel e a Infra-estrutura Nacional de Informações                    122
    A3.2   A Assespro                                                            123
    A3.3   Sepin/MCT                                                             124




                                                                                   xxi
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Figuras

       1.1    A Convergência de Conteúdos, Computação e Comunicações                             3
       1.2    Conectividade Internacional e Internet (de 1991 a 1997)                            4
       1.3    Estrutura Organizacional                                                          13
       1.4    Modelo de Referência para Discussão                                               14
       1.5    A Abordagem INEXSK para Indicadores Técnicos                                      14
       2.1    Ambiente de Negócios Eletrônicos                                                  18
       3.1    Obstáculos para Penetração e Uso de Internet                                      41
       4.1    Aspectos do Impacto de Computadores                                               46
       4.2    Aspectos de Capacitação Tecnológica                                               47
       4.3    Capacitação de Recursos Humanos em TIC                                            48
       6.1    Relacionamentos entre Atores Institucionais em Uso de Tecnologias de Informação   69
              e Comunicação no Governo
       6.2    Espiral de Boehm                                                                   71
       6.3    Padrões Críticos para Sistemas                                                     79
       7.1    Comunicação Celular 3G                                                             88
       7.2    Mapa de Freqüências e Serviços Associados no Brasil                                89
       7.3    Identificação de Tecnologias-chave                                                 92
       8.1    Um Modelo Estratificado do Uso de TIC                                              97
       8.2    Infra-estrutura de Fibra Ótica em Implantação no País                             101
       8.3    Backbone da RNP (dezembro de 1999)                                                102
       8.4    Backbone de Alta Velocidade da RNP (julho de 2000)                                102
       A1.1   Estágios Rumo à Sociedade da Informação                                           108
       A2.1   Indicador “Ideal”                                                                 113
       A2.2   Processo de Pull/Push no Modelo INEXSK                                            114
       A2.3   A “Pegada” TI (IT Footprint)                                                      115
       A3.1   Evolução da Densidade Telefônica do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC)       122
       A3.2   Evolução da Densidade Telefônica do Serviço Móvel Comutado (SMC)                  123
       A4.1   Um Backbone com Seis Pontos no País                                               134
       A4.2   Um outro Backbone com Três Pontos Próprios                                        135
       A4.3   Ponto de Troca de Tráfego entre Dois Backbones                                    135
       A4.4   Estrutura de Domínios                                                             136
       A4.5   Infra-estrutura de Fibra Ótica em Implantação no País                             139
       A4.6   Ciclos de Evolução da Internet nos EUA                                            140




xxii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Gráficos

     2.1    Comércio Eletrônico na União Européia                                                     19
     2.2    Evolução do Primeiro Acesso ao Uso Intensivo                                              26
     3.1    Penetração da Internet versus Custo de Acesso                                             32
     6.1    Aplicações Abertas para UNIX                                                              72
     8.1    Aplicações e Demanda de Comunicações                                                      98
     8.2    Requisitos de Processamento de Alto Desempenho para Grandes Desafios em P&D               99
     A4.1   Distribuição de Hosts no Mundo                                                           137
     A4.2   Evolução do Número de Provedores no País                                                 137
     A4.3   Distribuição Regional de Provedores no País (1999)                                       138
     A4.4   Serviço Internet no Brasil - Número de Domínios (2000)                                   138


Quadros

     1.1    Grupos Temáticos da Fase de Implantação                                                   13
     2.1    Soluções para Auto-regulamentação em Comércio Eletrônico                                  20
     2.2    Vantagens do Teletrabalho                                                                 22
     3.1    Metas de Universalização das Concessionárias do STFC (dezembro de 2003)                   36
     6.1    Softwares Abertos de Amplo Uso                                                            73
     6.2    Informações ao Cidadão via Internet no Brasil                                             75
     8.1    Contrastes entre Infra-estruturas para P&D e Infra-estruturas para Serviços de Governo    99
     A2.1   Indicadores Adotados                                                                     115
     A4.1   Iniciativas Americanas para a Evolução da Internet                                       140




Tabelas

     2.1    Economia da Informação no Brasil                                                         23
     2.2    Empresas de Software Egressas de Incubadoras do Programa Genesis/Softex                  24
     3.1    Usuários e Hosts Internet em Países Latino-Americanos                                    35
     3.2    Usuários e Hosts Internet nas 10 Maiores Economias (por PIB)                             35
     3.3    Instalação e Densidade de Linhas STFC e SMC                                              36
     3.4    Disseminação da Televisão no Brasil em % (1997)                                          37
     4.1    Número de Cursos de Graduação, Concluintes em 1997 e Matrícula em 30/04, por             51
            Natureza segundo Área de Conhecimento e Curso, em Universidades, Faculdades e
            Estabelecimentos Isolados (1998)
     4.2    Pós-graduação na Área de Computação no Brasil (2000)                                      53
     5.1    50 Sites de Maior Acesso, por Categorias - Brasil (2000)                                  62
     7.1    Posição da Europa diante de 136 Tecnologias (1996)                                        85
     A2.1   Índices para Países Industrializados                                                     115
     A3.1   Economia Global da Informação no Brasil                                                  126
     A3.2   Equipamentos de Comutação Digital - Mercados Domésticos                                  127
     A3.3   Brasil: Balança Comercial - Informática e Telecomunicações 96/99 (em US$ milhões)        128




                                                                                                      xxiii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




xxiv
Capítulo 1

A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde




2            A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



Capítulo 1                                                A Convergência da Base Tecnológica
                                                          Três fenômenos inter-relacionados estão na ori-
1.1– Introdução                                           gem da transformação em curso.

                                                          O primeiro, a convergência da base
Assistir à televisão, falar ao telefone, movimentar       tecnológica, conforme ilustrado na Figura 1.1,
a conta no terminal bancário e, pela Internet, ve-        decorre do fato de se poder representar e pro-
rificar multas de trânsito, comprar discos, trocar        cessar qualquer tipo de informação de uma única
mensagens com o outro lado do planeta, pesquisar          forma, a digital. Pela digitalização, a computa-
e estudar são hoje atividades cotidianas, no mun-         ção (a informática e suas aplicações), as comuni-
do inteiro e no Brasil. Rapidamente nos adapta-           cações (transmissão e recepção de dados, voz,
mos a essas novidades e passamos – em geral,              imagens etc.) e os conteúdos (livros, filmes, pin-
sem uma percepção clara nem maiores                       turas, fotografias, música etc.) aproximam-se ver-
questionamentos – a viver na Sociedade da In-             tiginosamente – o computador vira um aparelho
formação, uma nova era em que a informação                de TV, a foto favorita sai do álbum para um
flui a velocidades e em quantidades há apenas             disquete, e pelo telefone entra-se na Internet. Um
poucos anos inimagináveis, assumindo valores              extenso leque de aplicações abre-se com isso,
sociais e econômicos fundamentais.                        função apenas da criatividade, curiosidade e ca-
                                                          pacidade de absorção do novo pelas pessoas.
Como essa revolução vem acontecendo? Que
conseqüências tem trazido para as pessoas, as or-         Figura 1.1
ganizações e o conjunto da sociedade? São per-            A Convergência de Conteúdos, Computação e
guntas cuja importância mal percebemos e que,             Comunicações
na maioria das vezes, não nos preocupamos em
responder.
                                                                                  conteúdos

Subjacente a todas aquelas atividades corriqueiras
está uma imensa malha de meios de comunica-
ção que cobre países inteiros, interliga continentes
e chega às casas e empresas: são fios de telefone,                     computação        comunicações

canais de microondas, linhas de fibra ótica, cabos
submarinos transoceânicos, transmissões via sa-
télite. São computadores, que processam infor-            Fonte: SocInfo
mações, controlam, coordenam e tornam com-
patíveis os diversos meios. Aglutinando e dando
sentido à estrutura física, estão as pessoas que a        O segundo aspecto é a dinâmica da indústria,
operam ou dela se utilizam. Tal é a capacidade de         que tem proporcionado contínua queda dos pre-
transmissão e a qualidade dos serviços ofereci-           ços dos computadores relativamente à potência
dos, que o usuário nem se dá conta de todo o              computacional, permitindo a popularização cres-
complexo aparato que apóia esses serviços, e a            cente do uso dessas máquinas.
maioria das pessoas não tem a menor idéia de
como é feita a comunicação – se pela transmis-            Finalmente, em grande parte como decorrência
são sem fio de um telefone celular, pelo canal de         dos dois primeiros fenômenos, o terceiro aspec-
um satélite em órbita, ou por um cabo no fundo            to na base dessa revolução é o fantástico cresci-
do oceano. O conjunto desses recursos forma               mento da Internet: nos EUA, a Internet atingiu
uma verdadeira “superestrada” de informações              50 milhões de usuários em somente quatro anos,
e serviços freqüentemente chamada de “infovia”            enquanto, para atingir esse número de usuários, o
ou “supervia”.                                            computador pessoal tardou 16 anos, a televisão
                                                          13, e o rádio, 38. Outro dado que confirma a
                                                          rapidez da disseminação da Internet é o da evo-

                                                  Capítulo 1                                              3
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



lução da conectividade internacional no perí-                               Fidonet etc.) mais antigas. Mesmo ainda sendo,
odo de 1991 a 1998, conforme ilustrado na Fi-                               em muitos países, um serviço restrito a poucos, a
gura 1.2.                                                                   velocidade da disseminação da Internet, em com-
                                                                            paração com a de outros serviços, mostra que
No curto período de oito anos, a Internet se dis-                           ela se tornou um padrão de fato, e que se está
seminou por praticamente todo o mundo, pro-                                 diante de um fenômeno singular, a ser considera-
piciando conectividade a países até então fora de                           do como fator estratégico fundamental para o
redes e substituindo outras tecnologias (Bitnet,                            desenvolvimento das nações.


Figura 1.2
Conectividade Internacional e Internet (de 1991 a 1997)




                                       Conectividade Internacional
                                       versão 2 - 9/91                                                                     Copyright 1991
                                                                                                                        Larry Landweber
                                           Internet
                                                                                                                And the Internet Society.
                                                ,
                                           Bitnet mas não Internet                                              Unlimited permission to
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                                          Conectividade Internacional
                                          versão 16 - 15/6/97

                                              Internet                                                                     Copyright 1997
                                                    ,
                                              Bitnet mas não Internet                                                   Larry Landweber
                                              Somente e-mail (UUCP, Fidonet)                                    And the Internet Society.
                                                                                                                Unlimited permission to
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Fonte: http://www.cs.wisc.edu/~lhl/lhl.html



4                                                   A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



O Impacto Econômico-social                               Os países economicamente desenvolvidos, bem
                                                         como boa parte daqueles em vias de desenvolvi-
A sociedade da informação não é um modismo.
                                                         mento, já adotam políticas e iniciativas voltadas
Representa uma profunda mudança na organiza-
                                                         para a sociedade da informação.
ção da sociedade e da economia, havendo quem
a considere um novo paradigma técnico-eco-
                                                         Ao Brasil urge acelerar o processo de articula-
nômico. É um fenômeno global, com elevado
                                                         ção efetiva de um programa nacional para a
potencial transformador das atividades sociais e
                                                         sociedade da informação. Ao longo da déca-
econômicas, uma vez que a estrutura e a dinâmi-
                                                         da de 90, registraram-se sucessos em aspectos
ca dessas atividades inevitavelmente serão, em al-
guma medida, afetadas pela infra-estrutura de in-        críticos para a formulação e implementação de
                                                         tal programa. A Internet brasileira teve grande
formações disponível. É também acentuada sua
                                                         impulso, primeiramente na comunidade científi-
dimensão político-econômica, decorrente da
                                                         ca e, logo após, como plataforma de expansão
contribuição da infra-estrutura de informações
                                                         do setor privado, estando aberta também a ser-
para que as regiões sejam mais ou menos atraen-
tes em relação aos negócios e empreendimentos.           viços de natureza comercial desde 1995. Nas te-
                                                         lecomunicações, houve a privatização de todo o
Sua importância assemelha-se à de uma boa es-
                                                         sistema brasileiro e a criação da Agência Nacio-
trada de rodagem para o sucesso econômico das
                                                         nal de Telecomunicações (Anatel), fatores que es-
localidades. Tem ainda marcante dimensão so-
                                                         tão permitindo maior e mais rápida disponibili-
cial, em virtude do seu elevado potencial de pro-
mover a integração, ao reduzir as distâncias entre       dade de acesso aos meios de comunicação. As
                                                         atividades comerciais no Brasil que se valem da
pessoas e aumentar o seu nível de informação.
                                                         Internet estão ganhando enorme expressão, a
                                                         ponto de perfazerem praticamente metade do
Não é livre de riscos, entretanto. Noventa por
                                                         mercado latino-americano, em número de usuá-
cento da população do planeta jamais teve aces-
so ao telefone. Como evitar, então, que as novas         rios e em volume de transações e negócios. Algu-
                                                         mas aplicações de governo têm tido enorme im-
tecnologias aumentem ainda mais a disparidade
                                                         pacto, tanto na melhoria da eficiência interna
social entre as pessoas, as nações e os blocos de
                                                         de funcionamento como na prestação de ser-
países? Os países e blocos políticos, desde mea-
                                                         viços ao cidadão. E, por último, comparativa-
dos da década de 90, defrontam-se com as opor-
tunidades e os riscos que cercam o futuro e, re-         mente com a América Latina, existe uma so-
                                                         fisticada base tecnológica instalada no País e
conhecendo a importância estratégica da sociedade
                                                         um considerável contingente de recursos hu-
da informação, vêm tomando iniciativas para as-
                                                         manos qualificados, abarcando desde pesquisa
segurar que essa nova era venha em seu benefício.
                                                         e desenvolvimento até fomento a empreendi-
O Brasil                                                 mentos.

Em cada país, a sociedade da informação está             O País dispõe, pois, dos elementos essenciais
sendo construída em meio a diferentes condi-             para a condução de uma iniciativa nacional
ções e projetos de desenvolvimento social, segun-        rumo à sociedade da informação. E a emer-
do estratégias moldadas de acordo com cada con-          gência do novo paradigma constitui, para o
texto. As tecnologias envolvidas vêm transfor-           Brasil, oportunidade sem precedentes de
mando as estruturas e as práticas de produção,           prestar significativa contribuição para res-
comercialização e consumo e de cooperação e              gatar a sua dívida social, alavancar o desenvol-
competição entre os agentes, alterando, enfim, a         vimento e manter uma posição de compe-
própria cadeia de geração de valor. Do mesmo             titividade econômica no cenário internacional.
modo, regiões, segmentos sociais, setores econô-         A inserção favorável nessa nova onda requer,
micos, organizações e indivíduos são afetados            entretanto, além de base tecnológica e de infra-
diferentemente pelo novo paradigma, em fun-              estrutura adequadas, um conjunto de condições
ção das condições de acesso à informação, da             e de inovações nas estruturas produtivas e
base de conhecimentos e, sobretudo, da capaci-           organizacionais, no sistema educacional e nas
dade de aprender e inovar.                               instâncias reguladoras, normativas e de governo

                                                 Capítulo 1                                             5
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



em geral. O impacto positivo que a “nova eco-             porcionar as informações e os meios necessários
nomia” pode gerar para o País depende ainda da            para que pessoas e empresas sejam capazes de
participação do maior número possível de pes-             operar nas novas modalidades de negócios e co-
soas, organizações e regiões como usuárias ativas         mércio.
das redes avançadas de informação.
                                                          PME: oportunidades na nova dinâmica
Todas essas constatações e reflexões sublinham a          As Pequenas e Médias Empresas (PME) têm es-
importância do Programa aqui apresentado. O               pecial importância estratégica pelo seu elevado
Programa busca contribuir, de forma efetiva, para:        potencial gerador de emprego, trabalho e renda.
 • a construção de uma sociedade mais justa, em           No Brasil, entretanto, apesar de empregarem 60%
    que sejam observados princípios e metas rela-         da mão-de-obra, são responsáveis por apenas 6%
    tivos à preservação de nossa identidade cultu-        do valor exportado. Nesse quadro, as tecnologias
    ral, fundada na riqueza da diversidade;               de informação e comunicação – e a Internet, em
 • a sustentabilidade de um padrão de desenvol-           particular – oferecem boas oportunidades para
    vimento que respeite as diferenças e busque o         as PME, em vários aspectos: divulgação de ne-
    equilíbrio regional;                                  gócios, comunicação mais rápida e barata, acesso
 • a efetiva participação social, sustentáculo da         a informações úteis, agilidade na compra e ven-
    democracia política.                                  da, ampliação de mercados e diminuição de cus-
                                                          tos operacionais. O uso dessas tecnologias para
1.2 – O Programa Sociedade da Informa-                    aumentar a competitividade das pequenas e mé-
ção no Brasil                                             dias empresas nacionais, portanto, é uma estraté-
                                                          gia a ser encorajada, principalmente pela concor-
                                                          rência cada vez mais acirrada das similares estran-
As Oportunidades e os Riscos                              geiras, que já exploram os benefícios dessas mes-
O caminho rumo à sociedade da informação é                mas tecnologias e as utilizam para competir no
repleto de desafios em todos os países. Contu-            mercado brasileiro.
do, em cada um, o desafio reflete uma combi-
nação singular de oportunidades e de riscos.              Empreendedorismo: inovação e capital inte-
Todos os países caminham, voluntária ou                   lectual como base dos novos negócios
involuntariamente, rumo à sociedade da infor-             Na sociedade da informação, o cenário econô-
mação. Compete a cada um encontrar sua rota e             mico transforma-se de tal modo que inovar e
suas prioridades.                                         converter conhecimento em vantagem competi-
                                                          tiva passam a constituir importantes diferenciais.
Comércio eletrônico: a pedra de toque da                  Da rapidez na geração e difusão de inovações,
nova economia                                             decorrem a drástica diminuição da vida útil dos
Os negócios eletrônicos (e-business), entre os quais      produtos e a necessidade de modernização con-
o comércio eletrônico (e-commerce), são hoje fun-         tínua da produção e da comercialização de bens
damentais para a modernização do setor produ-             e serviços. O processo inovador supõe, cada vez
tivo, pois permitem ampliar e diversificar merca-         mais, a produção e aplicação de informações e
dos e aperfeiçoar as atividades de negócios. O            conhecimentos e a sua gestão, nos moldes do que
comércio eletrônico apresenta taxas de crescimen-         hoje se denomina inteligência coletiva, empresari-
to sem paralelo, tanto nas transações entre em-           al e organizacional. Nos países economicamente
presas e consumidores, como nos negócios entre            mais desenvolvidos, enfatiza-se o caráter dinâmi-
empresas, que é onde atualmente se realiza o mais         co dos empreendimentos e a importância do ca-
alto nível de geração de receita. Entretanto, atuar       pital intelectual. Como despertar e estimular o
no ambiente dos negócios e comércio eletrônico            empreendedorismo dos brasileiros nesse sentido?
requer que tanto produtores de bens e serviços            O ponto de partida é a adoção, por parte do
quanto consumidores estejam conectados às re-             poder público e da iniciativa privada, de meca-
des digitais e capacitados para operá-las adequa-         nismos de incentivo e financiamento para a in-
damente. Para isso, é preciso ampliar, facilitar e        corporação de novos conhecimentos relaciona-
baratear o acesso às redes de comunicação e pro-          dos com a geração de negócios e para o

6                                        A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



surgimento de idéias e de projetos inovadores,           formação e comunicação é condição necessária,
com apoio efetivo ao seu desenvolvimento.                ainda que não suficiente, para a inserção dos indi-
                                                         víduos como cidadãos. No Brasil, o crescimento
Oportunidades de trabalho para todos:                    recente das telecomunicações tem democratiza-
mais e melhores empregos                                 do o uso do telefone. O acesso à rede Internet,
A nova economia revoluciona as estruturas pro-           contudo, ainda é restrito a poucos. Urge, portan-
dutivas, e o mercado de trabalho se transforma           to, buscar meios e medidas para garantir a todos
radicalmente. Os empregos e atividades tradicio-         os cidadãos o acesso eqüitativo à informação e
nais são transformados, substituídos e até elimi-        aos benefícios que podem advir da inserção do
nados. Para o Brasil, o desafio é tirar partido do       País na sociedade da informação.
avanço tecnológico para gerar mais e melhores
alternativas de trabalho, que possam chegar à            Educação e aprendizado ao longo da vida:
população de baixa renda e às minorias margina-          desenvolvendo competência
lizadas, bem como contribuir para fixar no País          Na nova economia, não basta dispor de uma infra-
os profissionais com maior qualificação. É es-           estrutura moderna de comunicação; é preciso
sencial, portanto, ampliar a empregabilidade dos         competência para transformar informação em
trabalhadores, por meio de aprendizado conti-            conhecimento. É a educação o elemento-chave
nuado e do desenvolvimento de novas habilida-            para a construção de uma sociedade da informa-
des e competências, sobretudo quanto ao conhe-           ção e condição essencial para que pessoas e orga-
cimento das tecnologias de informação e comu-            nizações estejam aptas a lidar com o novo, a criar
nicação. Isso vale tanto para as gerações que in-        e, assim, a garantir seu espaço de liberdade e au-
gressam no mercado de trabalho, quanto para os           tonomia. A dinâmica da sociedade da informa-
que não adquiriram esses conhecimentos e preci-          ção requer educação continuada ao longo da vida,
sam reciclar as habilidades profissionais. A mão-        que permita ao indivíduo não apenas acompa-
de-obra qualificada, capaz de atender às exigên-         nhar as mudanças tecnológicas, mas sobretudo
cias do novo paradigma técnico-econômico, é,             inovar. No Brasil, até mesmo a educação básica
assim, fundamental para assegurar ganhos de pro-         ainda apresenta deficiências marcantes. Particular-
dutividade às empresas brasileiras e melhorias da        mente nos segmentos sociais de baixa renda e em
sua competitividade, permitindo-lhes ampliar a           regiões menos favorecidas, o analfabetismo per-
oferta de empregos e trabalho dignos e adequa-           manece como realidade nacional. O desafio,
damente remunerados.                                     portanto, é duplo: superar antigas deficiências
                                                         e criar as competências requeridas pela nova
Universalização do acesso: combatendo de-                economia. Nesse sentido, as tecnologias de in-
sigualdades e promovendo a cidadania                     formação e comunicação podem prestar enor-
As tecnologias de informação e comunicação ain-          me contribuição para que os programas de
da não chegam à maior parte da população do              educação ganhem maior eficácia e alcancem
planeta, em que pese o ritmo veloz de sua disse-         cada vez maior número de comunidades e re-
minação. Enquanto o mundo economicamente                 giões. Para tanto, contudo, é necessário que a
mais desenvolvido encontra-se envolto em um              capacitação pedagógica e tecnológica de educa-
complexo de redes digitais de alta capacidade,           dores – elemento indispensável para a adequada
utilizando intensamente serviços de última gera-         utilização do potencial didático dos novos meios
ção, uma parcela considerável da população dos           e fator de multiplicação das competências – te-
demais países não tem acesso sequer à telefonia          nha paralelo ao desenvolvimento de conteúdo
básica. O maior acesso à informação poderá con-          local e em português.
duzir a sociedades e relações sociais mais demo-
cráticas, mas também poderá gerar uma nova               Valorização de conteúdos e identidade
lógica de exclusão, acentuando as desigualdades e        cultural
exclusões já existentes, tanto entre sociedades,         Gigantescos acervos de informação sobre os mais
como, no interior de cada uma, entre setores e           variados temas – designados pelo nome genéri-
regiões de maior e menor renda. No novo                  co de conteúdos – circulam hoje, em escala pla-
paradigma, a universalização dos serviços de in-         netária e de forma acelerada, por meio da Internet

                                                 Capítulo 1                                               7
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde



e das novas mídias eletrônicas. Esse repertório            Quadro regulatório: diminuindo riscos e
permite o compartilhamento de conhecimentos,               incertezas do mundo virtual
informações e dados, bem como enseja o desen-              Há um hiato de legislação nos novos espaços eco-
volvimento humano. Em um contexto                          nômico, social e cultural, criado pela possibilida-
globalizado, o volume de informações disponí-              de, antes inexistente, das mais diversas operações
veis nas redes passa a ser um indicador da capaci-         a serem realizadas por meio das redes digitais.
dade de influenciar e de posicionar as popula-             Em geral, a falta de regras e princípios claros causa
ções no futuro da sociedade. Assim, a preserva-            incertezas que prejudicam a gestão dos negócios
ção da identidade nacional, na sociedade global,           e os investimentos. No campo ainda imaturo das
é decisiva para a capacitação em assuntos cultu-           aplicações das novas tecnologias, esse fato é mais
rais, artísticos, científicos e tecnológicos, com suas     grave e forma uma das maiores barreiras para a
claras dimensões econômicas. Portanto, questão             difusão do uso das redes eletrônicas, em decor-
estratégica nas políticas e programas de inserção          rência do ambiente de indefinições e do adiamento
na sociedade da informação é – além de cuidar              de decisões que gera. Com a lentidão das negoci-
do uso adequado das tecnologias – aumentar a               ações dos acordos internacionais, estarão se for-
quantidade e a qualidade de conteúdos nacionais            mando novas barreiras entre os países, em fun-
que circulam nas redes eletrônicas e nas novas             ção de regulamentações adotadas unilateralmen-
mídias. O amparo às identidades culturais nos              te e do estabelecimento de padrões de fato.
novos meios resultará em benefícios evidentes,             Compatibilização de padrões tecnológicos, leis de
na forma de incremento da atividade econômica              proteção a consumidores e autores, regimes de
em geral e de desenvolvimento da cidadania.                tributação de bens e serviços são alguns dos pontos
                                                           em negociação que ganham complexidade em
Administração transparente e centrada no                   função do caráter transterritorial das transações
cidadão: governo ao alcance de todos                       da Internet. Nesse contexto, é importante ampli-
Uma administração pública mais transparente,               ar o debate interno no Brasil, para definir estraté-
eficaz e voltada para a prestação de informações           gias e interesses próprios e respaldar o encami-
e serviços à população: essa a grande contribui-           nhamento dessas questões nos fóruns interna-
ção que as tecnologias de informação e comuni-             cionais.
cação podem dar ao relacionamento do gover-
no com os cidadãos. Emissão de documentos,                 Pesquisa e desenvolvimento: o conhecimen-
prestação de informações ligadas aos serviços              to é a riqueza das nações
públicos, acompanhamento das ações de gover-               A nova economia requer o contínuo desenvolvi-
no e condução dos negócios públicos, acesso aos            mento e domínio de novos saberes e competên-
governantes e representantes eleitos são exemplos          cias. Particularmente estratégico, nesse contexto, é
das possibilidades do uso das tecnologias de in-           deter conhecimento avançado sobre as tecnologias
formação e comunicação pela máquina adminis-               de informação e comunicação que hoje ocupam
trativa pública. A tecnologia pode ainda ser lar-          o centro da dinâmica de inovações e são fator
gamente aplicada para aperfeiçoar a própria ges-           primordial de competitividade econômica. Con-
tão do governo – coordenação, planejamento,                siderando a acelerada evolução do cenário
execução e controle de ações, contabilidade pú-            tecnológico global, o Brasil deve dotar-se de pro-
blica etc. – e suas transações comerciais com o            gramas, flexíveis e dinâmicos, de fomento à pes-
setor privado. A possibilidade de acesso aos ser-          quisa, com foco no domínio de tecnologias-cha-
viços, de participação nas decisões e acompanha-           ve, para o desenvolvimento da indústria nacional.
mento dos atos governamentais por parte de to-             A agenda brasileira de P&D em tecnologias de
dos os cidadãos, portanto, impõe a adoção de               informação e comunicação deve, sobretudo, re-
meios e métodos digitais por parte do governo,             fletir as necessidades e prioridades nacionais, ori-
em todos os poderes constituídos e níveis gover-           entando-se no sentido da geração de resultados
namentais, do emprego das tecnologias de infor-            inovadores e de produtos e serviços que contri-
mação e comunicação em benefício da eficácia,              buam para a melhoria da qualidade de vida e do
responsividade, transparência e governança.                bem-estar social, assim como para o aumento da
                                                           eficiência e competitividade do setor produtivo.

8                                         A Sociedade da Informação
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  • 3. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde © 2000 Programa Sociedade da Informação (SocInfo) Todos os direitos reservados pelo Programa Sociedade da Informação. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, armazenada, ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação, ou outros, sem a prévia autorização, por escrito, do Programa. Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia Carlos Américo Pacheco Gerente do PPA - Sociedade da Informação/Ministério da Ciência e Tecnologia Lúcia Carvalho Pinto de Melo Coordenador Geral do Programa Sociedade da Informação (SocInfo) Tadao Takahashi Sociedade da informação no Brasil : livro verde / organizado por Tadao Takahashi. – Brasília : Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000. xxv, 195p. : il. ; 26cm. Inclui bibliografia ISBN 85-88063-01-8 1. Sociedade da informação. 2. Tecnologias de informação e comunicação. 3. Internet: conteúdos, serviços e universalização. 4. Infra-estrutura de informação. 5. Educação para a cidadania. 6. Comércio eletrônico. 7. Pesquisa e desenvolvimento. 8. Nova economia. 9. Políticas nacionais. I. Takahashi, Tadao. II. Título : Livro verde. CDU 316.42(81) Endereço: Programa Sociedade da Informação (SocInfo) Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) SAS, Quadra 5, Lote 6, Bloco H, 8º andar CEP 70070-914, Brasília – DF, Brasil http://www.socinfo.org.br info@socinfo.org.br 2000 Impresso no Brasil ii
  • 4. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde “...nunca [...] plenamente maduro, nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.” Gilberto Freire, Tempo Morto e Outros Tempos, 1926 iii
  • 5. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde iv
  • 6. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Apresentação O conhecimento tornou-se, hoje mais do que no lançar os alicerces de um projeto estratégico, de passado, um dos principais fatores de superação amplitude nacional, para integrar e coordenar o de desigualdades, de agregação de valor, criação desenvolvimento e a utilização de serviços avan- de emprego qualificado e de propagação do çados de computação, comunicação e informa- bem-estar. A nova situação tem reflexos no siste- ção e de suas aplicações na sociedade. Essa inici- ma econômico e político. A soberania e a auto- ativa permitirá alavancar a pesquisa e a educação, nomia dos países passam mundialmente por uma bem como assegurar que a economia brasileira nova leitura, e sua manutenção - que é essencial - tenha condições de competir no mercado depende nitidamente do conhecimento, da edu- mundial. cação e do desenvolvimento científico e tecnológico. O Ministério da Ciência e Tecnologia entrega à sociedade o Livro Verde, que contém as metas A Sociedade da Informação está sendo gestada de implementação do Programa Sociedade da em diversos países. No Brasil, Governo e socie- Informação e constitui uma súmula consolidada dade devem andar juntos para assegurar a pers- de possíveis aplicações de Tecnologias da Infor- pectiva de que seus benefícios efetivamente al- mação. O documento que lhe deu origem foi ela- cancem a todos os brasileiros. O advento da So- borado pelo Grupo de Implantação do Progra- ciedade da Informação é o fundamento de no- ma, composto por representantes do MCT, da vas formas de organização e de produção em iniciativa privada e do setor acadêmico, sob a co- escala mundial, redefinindo a inserção dos países ordenação de Tadao Takahashi, aos quais agra- na sociedade internacional e no sistema econômi- deço vivamente. co mundial. Tem também, como conseqüência, o surgimento de novas demandas dirigidas ao Esse livro contempla um conjunto de ações para Poder Público no que respeita ao seu próprio impulsionarmos a Sociedade da Informação no funcionamento. Brasil em todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de conectividade, formação de re- Na era da Internet, o Governo deve promover a cursos humanos, incentivo à pesquisa e desenvol- universalização do acesso e o uso crescente dos vimento, comércio eletrônico, desenvolvimento meios eletrônicos de informação para gerar uma de novas aplicações. Esta meta é um desafio para administração eficiente e transparente em todos o Governo e para a sociedade. os níveis. A criação e manutenção de serviços eqüitativos e universais de atendimento ao cida- O Livro Verde da Sociedade da Informação no dão contam-se entre as iniciativas prioritárias da Brasil está agora sendo lançado para ampla di- ação pública. Ao mesmo tempo, cabe ao sistema vulgação e debate entre os demais Ministérios, o político promover políticas de inclusão social, setor empresarial e a comunidade científica. Nos para que o salto tecnológico tenha paralelo quan- próximos meses, as idéias aqui apresentadas de- titativo e qualitativo nas dimensões humana, ética verão também ser debatidas com os segmentos e econômica. A chamada “alfabetização digital” interessados da sociedade brasileira. Com a con- é elemento-chave nesse quadro. solidação das contribuições resultantes da discus- são pública, será possível abrir caminho para a Alavancar o desenvolvimento da Nova Econo- definição das linhas políticas e ações estratégicas mia em nosso País compreende acelerar a intro- que serão implementadas. dução dessas tecnologias no ambiente empresa- rial brasileiro, objetivo de um dos mais ambicio- sos programas do Avança Brasil: o Programa Embaixador Ronaldo Mota Sardenberg Sociedade da Informação, que resulta de traba- Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia lho iniciado em 1996 pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Sua finalidade substantiva é v
  • 7. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde vi
  • 8. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Grupo de Implantação do Programa Sociedade da Informação Tadao Takahashi (ISOC/Brasil), Coordenador Geral Aldo de Albuquerque Barreto (Ancib) Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca (ABNAmro Bank) Carlos José Pereira de Lucena (PUC-RJ) Erno Ivan Paulinyi (Fucapi/MI) Eugenius Kaszkurewicz (Coppe/UFRJ) Flávio Rech Wagner (SBC) Hans Kurt Edmund Liesenberg (Unicamp) Ivan de Moura Campos (Comitê Gestor da Internet no Brasil) José Alexandre Bicalho (Anatel) José Luiz Ribeiro Filho (RNP/MCT) Lélio Fellows Filho (CNPq/MCT) Léo Pini Magalhães (Unicamp) Leonardo Humberto Bucher (Assespro) Lúcia Carvalho Pinto de Melo (FJN) Marcos Formiga (MI) Mário Dias Ripper (F&R Engenheiros Associados) Paulo Roberto Tosta da Silva (Finep/MCT) Romildo Monte (INTI/MCT) Rosa Maria Vicari (UFRGS) Sílvio Romero Lemos Meira (UFPE) Vanda Regina Teijeira Scartezini (Sepin/MCT) Virgílio Augusto Fernandes Almeida (UFMG) vii
  • 9. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Grupos Temáticos (GT) GT de Administração Pública Solon Lemos Pinto (SLTI/MP), Coordenador GT de Ações Empresariais José Carlos De Luca (Assespro), Coordenador GT de Conteúdos e Identidade Cultural Antônio Lisboa Carvalho de Miranda (UnB), Coordenador GT de Cooperação Internacional Carlos José Pereira de Lucena (PUC-RJ), Coordenador GT de Divulgação à Sociedade Silvio Romero Lemos Meira (UFPE), Coordenador GT de Educação Nelson de Lucca Pretto (Faced/UFBA), Coordenador GT de Infra-estrutura de Redes e Backbones Liane Margarida Rockenbach Tarouco (UFRGS), Coordenadora GT de Integração e Regionalização Abraham Benzaquen Sicsu (FJN), Coordenador GT de Pesquisa e Desenvolvimento Flavio Rech Wagner (SBC), Coordenador GT de Planejamento Mário Dias Ripper (F&R Consultoria), Coordenador GT de Processamento de Alto Desempenho Simplício Freitas (Baker-Hughes), Coordenador GT de Trabalho Maria de Nazaré Freitas Pereira (DEP/IBICT), Coordenadora viii
  • 10. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Concepção e Elaboração Mário Dias Ripper (F&R Engenheiros Associados), Coordenador Antônio Edison Urban (UFPR) Dalci Maria dos Santos (IBICT e SocInfo) Eugênio José Ferreira Neiva (Consultor) Fernando Queiroz dos Santos Kneese (SocInfo) Gorgônio Barreto Araújo (Nexos) Hans Kurt Edmund Liesenberg (Unicamp) Hélia de Sousa Chaves Ramos (IBICT e SocInfo) Liz-Rejane Issberner Legey (DEP/IBICT) Maria Elenita Menezes Nascimento (UnB) Nicolau Carlos Terebesi Meisel (Consultor) Patrícia Corrêa Henning (SocInfo) Paulo Borges Lemos (Consultor) Paulo Roberto Tosta da Silva (Finep) Raul César Baptista Martins (4P Consultoria) Sarita Albagli (DEP/IBICT) Vera Cristina Rodrigues Feitosa (Consultora) Apoio Técnico-administrativo Fernando Queiroz dos Santos Kneese (SocInfo), Coordenador Maria Elenita Menezes Nascimento (UnB), Coordenadora de Articulação Acadêmica Adhara Cruz Soares Pinto (IBICT e SocInfo) Alice Araújo Cunha (SocInfo) Anderson Lopes de Moraes (SocInfo) Ariane Cristina Rosa (Projeto Agência Cidadão) Carlos Eduardo de Oliveira Júnior (SocInfo) Cátia Silene de Paula Carvalho (IBICT) Daniel Caetano (SocInfo) Daniela Zwicker Guzzi (Projeto Agência Cidadão) Denise de Alencar Chaves de Oliveira (IBICT) Denise dos Santos Pacheco (SocInfo) Eustáquio Mendes Guimarães (IBICT) Francisca Vale Bentes (IBICT) Jeanine Vianna de Freitas (SocInfo) José Maria Seixas Fonteles (SocInfo) Leila Mendonça Raulino (SocInfo) Luciana Vieira de Araújo (SocInfo) Mara Regina Montanini (Projeto Agência Cidadão) Marco Antonio Andrade Dias (IBICT) Maria Dias Bicalho (IBICT) Maria Izabel da Costa Fonseca (SocInfo) Martha Faria de Menezes (SocInfo) Moema Tavares da Costa (SocInfo) Nanci da Costa Telheiro do Nascimento (IBICT e SocInfo) Paula Menna Barreto (SocInfo) Regina Coeli Silva Fernandes (IBICT) Robert Antônio Santana Pereira (SocInfo) Rosa Eliane Rodrigues Silva (SocInfo) Wânia Maria de Souza Rodrigues (IBICT) ix
  • 11. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Contribuições Cerca de 150 especialistas de todo o País se distribuíram, a convite, em Grupos de Trabalho orientados por Temas (Grupos Temáticos) e participaram regularmente de suas reuniões. Várias dessas pessoas se envolveram em diversos Grupos, prestando apoio adicional ao Programa na articulação de trabalhos entre frentes paralelas de discussão. Por outro lado, ao longo de 13 meses de trabalho, o Programa se beneficiou de comentários técnicos, sugestões críticas, apoio técnico-administrativo e, mesmo, de puro estímulo da parte de incontáveis pessoas no País e no exterior, em reuniões formais e informais, em conversas paralelas e via Internet. Na tentativa de dar o merecido crédito e registrar agradecimentos ao maior número possível de pesso- as, optamos por listar todos os nomes de que nos recordamos, sem distinção de papel ou posição, na relação abaixo: Abel Laerte Packer (Bireme) Boris Groth (GMD, Alemanha) Abelardo Teixeira Fraga (Sucesu) Bruno Ricardo Costa Ayres (Rede de Voluntariado) Abigail de Oliveira Carvalho (UFMG) Carlos Alberto Afonso (RITS) Abraham Benzaquen Sicsu (FJN) Carlos Alberto Schneider (Certi) Adailton José dos Santos Silva (RNP) Carlos Américo Pacheco (MCT) Adhara Cruz Soares Pinto (IBICT e SocInfo) Carlos André Guimarães Ferraz (Sectma-PE) Adriano Batista Dias (FJN) Carlos Antônio Brandão (Unicamp) Alan Dubner (ByNet) Carlos Duarte de Oliveira Júnior (SocInfo) Aldo de Albuquerque Barreto (Ancib) Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca (ABN Amro Bank) Alejandro Pisanty (Unam, México) Carlos Henrique Cabral Duarte (BNDES) Alice Araújo Cunha (SocInfo) Carlos Henrique Cardim (CEE) Alice Rangel de Paiva Abreu (CNPq) Carlos José Pereira de Lucena (PUC-RJ) Almiro Blumenschein (CNPq) Carlos Roberto de Faria e Souza (CNPq) Aluysio Asti (BNDES) Cássio Jordão Motta Vecchiati (Abranet) Álvaro Luiz Gayoso de Azeredo Coutinho (Coppe/ Cátia Silene de Paula Carvalho (IBICT) UFRJ) Cecília Leite Oliveira (IBICT) Álvaro Marques (Metrored) Célia Zaher (Biblioteca Nacional) Álvaro Veiga (PUC-RJ) Celso Deusdeti Costa (CNPq) Anaíza Caminha Gaspar (IBICT) Celso Melo (CNPq) Anders Wijkman (European Parliament) Ceres Alves Prates (MP) Anderson Lopes de Moraes (SocInfo) César Ricardo Siqueira Bolano (UFS) André Amaral (Finep) Christophe dos Santos (Université Claude-Bernard, André Urani (Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro) França) Andrei Kolesnikov (Russia-on-Line, Rússia) Claudete Camarano (BID) Andrew Mclaughlin (Icann) Claudia Canongia (IBICT) Antônio Cruz Vasques (Secitece/Governo do Ceará) Claudine G. Oliveira (Netune) Antônio Edison Urban (UFPR) Cláudio José Marinho (Sectma-PE) Antônio Fábio Ribeiro (CNI) Cláudio Menezes (Unesco) Antônio Harris (Cabase, Argentina) Daniel Caetano (SocInfo) Antônio Lisboa Carvalho de Miranda (UnB) Daniela Zwicker Guzzi (Projeto Agência Cidadão) Antônio Mendes dos Santos (Ministério das Finanças, Dalci Maria dos Santos (IBICT e SocInfo) Portugal) Daniel Pimienta (Funredes, República Dominicana) Ariane Cristina Rosa (Projeto Agência Cidadão) Daniel Sigulem (Unifesp) Armando Roberto Cerchi Nascimento (Interlegis/ Dea Mara Carvalho de Arruda (MS) Prodasen) Denise de Alencar Chaves de Oliveira (IBICT) Arnaldo Machado de Sousa (Datasus) Denise dos Santos Pacheco (SocInfo) Beatriz Azeredo (BNDES) Denise Grune Ewald (Cesup/UFRGS) Beatriz de Faria Leão (SBIS) Dilmar Malheiros Meira (Telemar) Benny Sterental (Microsoft) Djalma Petit (Softex/Tecsoft) x
  • 12. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Dóris Faria (UnB) Ibtisam Abdel Jaber (RSS/UNU) Dulcídio Elias Oliveira Pedrosa (MS) Ijalmar M. Nogueira (MCT) Edith Ackermann (MIT) Ilara Hämmeli Sozzi de Moraes (Fiocruz) Edmundo Albuquerque de Souza e Silva (UFRJ) Iran Siqueira Lima (Fipecafi/USP) Edmundo Carlos Güizolphe Castro (Cenapad-SP/ Isa Assef dos Santos (Fucapi) Unicamp) Isidro Fernández Aballí (Unesco) Edmundo M. O. Ribeiro (FGV Consulting) Ismar Kaufman (In Forma) Edna Rodrigues Rosa (ProMater) Ivan Araripe de Paula Freitas (CNPq) Eduardo Garcia (BB) Ivan de Moura Campos (Comitê Gestor da Internet no Brasil) Eliana Cardoso Emediato de Azambuja (MCT) Jacob Palis Junior (Impa) Eliana da Conceição Rocha (IBICT) Jacobus Willibrordus Swart (SBMicro) Elizabeth Rondelli (UFRJ) Jacques Levin (Datasus/MS) Elza Maria Ferraz Barbosa (IBICT) Jacques Salomon Crispim Soares Pinto (MCT) Emílio Barros de Lucena (UFPE) Jairo Panetta (Finep) Ephrain Guilherme Neitzke (Softex) James Mason (JTC1/ISO) Eratóstenes Edson Ramalho de Araújo (Softex) Jean-Marie Farines (UFSC) Erick Edgar Aliaga Sanz (Anpi) Jeanine Vianna de Freitas (SocInfo) Erno Ivan Paulinyi (Fucapi/MI) Jesus Cardeñosa (UPM, Espanha) Evando Mirra de Paula e Silva (CNPq) João Marcos Romano (SBTel) Evandro Prestes Guerreiro (Senac/Nitedi - SP) Jorge de Paula Ávila (Finep) Evaristo Eduardo de Miranda (Embrapa) Jorge Mantovani (Secretaria C&T/Governo da Argentina) Eugênio José Ferreira Neiva (Consultor) Jorge Werthein (Unesco) Eugenius Kaszkurewicz (Coppe/UFRJ) José Alexandre Bicalho (Anatel) Eustáquio Mendes Guimarães (IBICT) José Armando Valente (Unicamp) Fábio Gandour (IBM) José Augusto Suruagy Monteiro (Unifacs) Fábio Marinho (IBPI) José Carlos de Luca (Assespro) Fernando Aldana (UPM/Espanha) José Carlos Maldonado (USP-São Carlos) Fernando Flávio Pacheco (PUC-PR) José Carlos Paim Vieira (Agência de Desenvolvimento Fernando Nery (Módulo) Econômico do Grande ABC) Fernando Queiroz dos Santos Kneese (SocInfo) José Cassiolato (UFRJ) Flávio Barbosa Toledo (LNCC) José de Menezes da Gama Malcher (Comunidade Solidária) Flávio Grynszpan (Fiesp) José Dias Coelho (MCT, Portugal) Flávio Rech Wagner (SBC) José Dion de Melo Teles (Innova) Florencio Utreras (Reuna, Chile) José Eduardo Fiates (Anprotec) Francisca Vale Bentes (IBICT) José Fernando Halfeld dos Guaranys (Fórum Informática) Francisco de Paula e Oliveira Filho (IBICT) José Henrique Vilhena de Paiva (UFRJ) Frederico Novaes (SENAC-RJ) José Israel Vargas (MRE) Geraldo Biasoto Junior (MS) José Luiz Ribeiro Filho (RNP/MCT) Geraldo José Correa (Sebrae) José Macedo da Silva (MCT) Geraldo Moreira Prado (DEP/IBICT) Jose Maria Figueres Olsen (Fundacion Des. Sostenible, Costa Rica) Gilda Olinto (DEP/IBICT) José Maria Gomes Martins (MCT) Gillian Marcelle (Consultant, Trinidad & Tobbago) José Maria Seixas Fonteles (SocInfo) Gilson Schwartz (USP e Folha de São Paulo) José Marques de Melo (USP) Glaci Zancan (SBPC) José Ricardo Bergmann (SBMO) Gley Fabiano Cardoso Xavier (Senac-SP) José Rincon Ferreira (MDIC) Gonzalo Enrique Vasquez Enríquez (Anprotec) José Roberto Boisson de Marca (PUC-RJ) Gorgônio Barreto Araújo (Nexos) José Teixeira Coelho Netto (USP) Guilherme Euclydes Brandão (MCT) Julian Dunayevich (RedEscuelas, Argentina) Hans Kurt Edmund Liesenberg (Unicamp) Julio Guzman Rodriguez (OCT, Governo da Espanha) Helena Maria Martins Lastres (CNPq) Julio Semeghini (Câmara dos Deputados) Helena Montanini (ProMater) Jurandir Fernandes (Denatran/MJ) Hélia de Sousa Chaves Ramos (IBICT e SocInfo) Kátia Gilaberte (MCT) Hélio Kuramoto (IBICT) Kazuhiko Nishi (Sega, Japão) Hiroshi Uchida (IAS/UNU) Kival Chaves Weber (Softex) Hulda Oliveira Giesbrecht (ABIPTI) Klaus Ulmann (DFN, Alemanha) Humberto Luiz Ribeiro (CNI) Lauro Mohry (UnB) xi
  • 13. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Lea da Cruz Fagundes (UFRGS) Mario Muratorio Not (Microsoft) Leila Mendonça Raulino (SocInfo) Marisa Bräscher (IBICT) Lélio Fellows Filho (CNPq) Markku Talvio (EIM, Finlândia) Léo Pini Magalhães (Unicamp) Marta Prochnik (BNDES) Leonardo Guimarães Neto (Ceplan) Martha Faria de Menezes (SocInfo) Leonardo Humberto Bucher (Assespro) Mattias Klose (Omikron, Alemanha) Leonardo Lazarte (UnB) Maurício Laval Pina de Sousa Mugnaini (Fenainfo) Liane Margarida Rockenbach Tarouco (UFRGS) Maurício Piccinini (BNDES) Lígia Café (IBICT) Maurizio Mauro (Booz Allen & Hamilton) - Lillian Maria Araújo de Rezende Alvares (IBICT) Mauro Cavalcante Pequeno (UFC) Lindolpho de Carvalho Dias (MCT) Mauro Marcondes (Finep) Liz-Rejane Issberner Legey (DEP/IBICT) Meiying Zhu (IAS/UNU) Liscio José Monnerat Caparelli (Nortel) Michael Krieger (UCLA) Lúcia Carvalho Pinto de Melo (FJN e MCT) Michel F. Bosco (European Commission) Luciana Vieira de Araújo (SocInfo) Miguel Darcy de Oliveira (IDAC) Luis Carlos Bresser Pereira (FGV) Miguel Noronha (Booz Allen & Hamilton) - Luis Del Fiorentino (CPqD) Mitsuo Shibata (Telefonica) Luiz Afonso Bermudez (Anprotec) Moema Tavares da Costa (SocInfo) Luiz Blank (INT) Najat Rochdi (Internet Society, Marrocos) Luiz Cláudio de Pinho Almeida (CNC) Nanci da Costa Telheiro do Nascimento (IBICT e SocInfo) Luiz Fernando Gomes Soares (PUC-RJ) Nathalie Frezouls (AcknoSoft, França) Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque (ABIPTI) Nelson de Castro Senra (IBGE) Malde M. Vilas Boas Bernardes (Datasus/MS) Nelson de Lucca Pretto (Faced/UFBA) Manoel Adalberto Carlos Montenegro Lopes da Cruz Nelson Teixeira de Faria (Sepin/MCT) (MCT) Ney Gilberto Leal (MP) Manoel Lemos (PageMe) Nicolau Carlos Terebesi Meisel (Consultor) Manoel Lousada Soares (MDIC) Nii Quaynor (National Computer Systems, Gana) Manoel Messias Nascimento Melo (Fenadados) Orlin Kouzov (National Research Network, Bulgária) Mara Regina Montanini (Projeto Agência Cidadão) Oscar Alejandro Robles Garay (ITESM, México) Marcelo Barbieri (Câmara dos Deputados) Oscar Lorenzo Fernandes (MDIC) Marcelo Ferreira Guimarães (Fundação Certi) Oscar Messano (Cabase, Argentina) Márcia Fantuzze Dias (SocInfo) Osires Silva (Fiesp) Márcia Maria de Matos (Sebrae) Osvaldo Barbosa de Oliveira (Microsoft) Márcio Bunte de Carvalho (UFMG) Osvaldo Castilho (PNUD) Marcio Pochmann (Unicamp) Osvaldo Novaes Oliveira Jr. (USP - SCarlos) Marco Antônio Andrade Dias (IBICT) Otaviano Fiori (MINC) Marco Antônio Candelot (IBM) Othon Jambeiro (UFBA) Marcos Formiga (MI) Othon Santos Antunes Neto (Finep) Marcos Wettreich (iBest) Paolo Morawski (RAI, Itália) Margareth Izumi Watanabe (Inep) Pascal Baba Couloubaly (Ministry of Culture, Mali) Margarida Maria Pion da Rocha Paranhos (Sepin/MCT) Patrícia Corrêa Henning (SocInfo) Maria Angela Barreto Campelo (PUC-RJ) Paula Menna Barreto (SocInfo) Maria Carmen Romcy de Carvalho (IBICT) Paulo Borges Lemos (Consultor) Maria de Fátima de Lima Pinel (UERJ) Paulo Carneiro da Cunha Filho (UFPE) Maria de Nazaré Freitas Pereira (DEP/IBICT) Paulo de Queiroz Rocha Pinto (MCT) Maria Dias Bicalho (IBICT) Paulo Manuel Protásio (Marketing Internacional Con- Maria Elenita Menezes Nascimento (UnB) sultores) Maria Elisa Tótoli (CEE) Paulo Maurício Castelo Branco (BNDES) Maria Helena Guimarães de Castro (Inep) Paulo Roberto Tosta da Silva (Finep) Maria Inês Bastos (Unesco) Paulo Sérgio Bruno Novaes (Finep) Maria Izabel da Costa Fonseca (SocInfo) Pedro Anísio Figueiredo (IBICT) Maria Laura da Rocha (MCT) Pedro Calmon Pepeu Garcia Vieira Santana (Sudam) Maria Ligaya Fujita (PNUD) Pedro Duncan (BNDES) Mario Albornoz (Universidade Quilmes, Argentina) Pedro Paulo Poppovic (SEED/MEC) Mario Campolargo (European Commission) Pedro Urra (Ministerio de la Salud, Cuba) Mário Dias Ripper (F&R Engenheiros Associados) Pedro Veiga (MCT, Portugal) xii
  • 14. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Priscila Koeller Rodrigues Vieira (MP) Tereza Maria Barros Campos do Amaral (UFPE) Ramiro Jordán (Istec) Thereza Lobo (Comunidade Solidária) Raphael Mandarino Júnior (CGI) Toomas-Hendrik Ilves (Ministry of Foreign Affairs, Raul Antonio Del Fiol (Promon Eletrônica) Estônia) Raul César Baptista Martins (4P Consultoria) Ubirajara Vicente da Silva (IBICT) Regina Célia Peres Borges (Prodasen) Uta Wehn (University of Sussex, Inglaterra) Ricardo de Oliveira Anido (Unicamp) Valéria Lúcia Pero (Instituto de Economia/UFRJ) Ricardo Miranda Barcia (UFSC) Vanda Regina Teijeira Scartezini (Sepin/MCT) Ricardo Oliveira Maciel (DGI Netc) Vanderlei Rainelli Ferreira (Microsoft) Ricardo Tanscheit (PUC-RJ) Vani Moreira Kenski (USP) Richard Reilly (Univ. College Dublin, Irlanda) Vera Cristina Rodrigues Feitosa (Consultora) Robert Antônio Santana Pereira (SocInfo) Vera Valente (MS) Robert Wilson III (CVC) Vicente Landim (Sepin/MCT) Roberto Castelo (OMPI) Virgílio Augusto Fernandes Almeida (UFMG) Roberto Craveiro Rodrigues (Fenadados) Virgínia Olga Koeche Müzell Jardim (Secretaria de C&T- Roberto Hexsel (UFPR) RS) Roberto Isnard (Abinee) Wagner Meira Jr. (UFMG) Roberto J. Rodrigues (Opas) Walda Antunes (UnB) Roberto Pinto Martins (Sepin/MCT) Walter Franco (PNUD) Roberto Souto Maior de Barros (UFPE) Wang Quiming (Ministry of Science and Technology, Robin Mansell (University of Sussex, Inglaterra) China) Rodolfo Miguel Baccarelli (PMC) Wânia Maria de Souza Rodrigues (IBICT) Rodrigo Baggio Barreto (CDI) Washington Braga Filho (Rede Rio/SCT-RJ) Rogério Bellini dos Santos (Sebrae) William Sheppard (Intel, EUA) Rogério dos Santos Bittencourt (SocInfo) Xavier Baquero Dirani (Equis, Equador) Rogério Viana (MDIC) Yone Sepúlveda Chastinet (Prossiga/CNPq) Romildo Monte (INTI/MCT) Yushi Komachi (National/Panasonic, Japão) Rômulo Ângelo Zanco Filho (CPqD) Ronaldo Mota Sardenberg (MCT) Rony de Oliveira (FGV Consulting) Rosa Delgado (SITA/ITU) Rosa Eliane Rodrigues Silva (SocInfo) Rosa Maria Vicari (UFRGS) Rubem Cesar Fernandes (Viva Rio) Rubem Fernandes Monteiro Filho (Sudene) Rubens Queiróz de Almeida (Unicamp) Rui Henrique P. Albuquerque (Unicamp) Ruth Cardoso (Comunidade Solidária) Ruy Barroso Jr. (Febraban) Ruy de Araújo Caldas (Embrapa e UCB) Saqer Abdel-Rahim (RSS, Jordania) Sarita Albagli (DEP/IBICT) Sérgio Barcellos (SLTI/MP) Sérgio Francisco Alves (Finep) Sérgio Góes de Paula (RITS) Sérgio Saab (MC) Simplício Freitas (Baker-Hughes) Sílvio Romero Lemos Meira (UFPE) Solon Lemos Pinto (SLTI/MP) Srinivasan Ramani (Silverline Technologies, Índia) Stefan Jahnichen (GMD, Alemanha) Sushil Baguant (National Computer Board, Ilhas Maurício) Taholo Kami (Small Island Developing States Network, Tonga) Tarcisio Della Senta (IAS/UNU) Teresinha Fróes Burnham (UFBA) xiii
  • 15. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde xiv
  • 16. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Prefácio Em maio do ano passado, por convite do Este Livro Verde resulta desse processo, que Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), contou com o envolvimento em variadas formas principiou a se reunir em Brasília um grupo de de mais de 300 pessoas no País e no exterior. discussão sobre os possíveis contornos e diretrizes Dessas pessoas, cerca de 150 se dividiram, ao de um programa de ações rumo à Sociedade da longo de incontáveis reuniões, em 12 Grupos Informação no Brasil. Tal programa traduziria em Temáticos, contribuindo com opiniões e sugestões projetos concretos a iniciativa que fora aprovada em suas áreas de especialização. A mera citação pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, dessas pessoas, feita nas páginas x a xiii, constitui em dezembro de 1998, e que fora refletida em uma solução simplista de edição que não faz jus à diversas ações propostas pelo MCT no Plano dedicação e ao entusiasmo desses colaboradores. Plurianual para o período de 2000-2003. O Livro Verde que ora se entrega ao MCT é sem Já nos debates iniciais, ficou evidente para todos dúvida motivo de orgulho do Grupo de a dimensão do desafio que tal programa Implantação, por resultar da contribuição de tantas representaria, não somente em termos de pessoas e de tão laborioso esforço de concepção conteúdo per se, como e (principalmente) quanto e detalhamento. Vale ressaltar que o documento à necessidade de envolvimento de toda a se reveste de pelo menos duas características sociedade na própria concepção da iniciativa. inusitadas, quando comparado com documentos similares de outros países: 1ª) a proposta do Isto posto, o grupo propôs ao MCT que um novo Grupo tenta cobrir, de forma articulada e programa fosse concebido, aproveitando e abrangente, todos os aspectos considerados articulando as ações em curso no âmbito do MCT relevantes para a Sociedade da Informação no e as ações propostas no PPA, mas adotando um Brasil, de P&D a aplicações, do setor modelo de planejamento e decolagem em três governamental ao setor privado, de tecnologias estágios: estudos preliminares, conduzindo ao avançadas a impacto social; 2ª) a proposta do lançamento formal do Programa; proposta Grupo tenta chegar até o nível de ações concretas, detalhada, a ser sintetizada em um Livro Verde; visando a enriquecer as discussões subseqüentes ampla consulta à sociedade, culminando com o para a consolidação de um plano final no Livro plano detalhado de execução do Programa, a ser Branco. descrito em um Livro Branco. Aceitando a sugestão, o MCT compôs um Grupo de Implantação do chamado Programa Brasília, setembro de 2000 Sociedade da Informação no Brasil, que iniciou atividades em agosto de 1999 com entusiasmo Grupo de Implantação ímpar. Em 15 de dezembro, o Programa foi Programa Sociedade da Informação oficialmente lançado pela Presidência da Ministério da Ciência e Tecnologia República. A partir de janeiro deste ano, principiou-se a trabalhar na proposta preliminar detalhada do Programa, mediante a criação de Grupos Temáticos de discussão, contratação de estudos, análise de experiências no exterior etc. xv
  • 17. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde xvi
  • 18. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Sumário Apresentação v Grupo de Implantação do Programa Sociedade da Informação vii Grupos Temáticos viii Concepção e Elaboração ix Apoio Técnico-Administrativo ix Contribuições x Prefácio xv Sumário xvii Destaques de Texto xxi Figuras xxii Gráficos xxiii Quadros xxiii Tabelas xxiii Capítulo 1 - A Sociedade da Informação 1 1.1 - Introdução 3 A Convergência da Base Tecnológica 3 O Impacto Econômico-social 5 O Brasil 5 1.2 - O Programa Sociedade da Informação no Brasil 6 As Oportunidade e os Riscos 6 O Programa 10 A Sociedade em Rede: um Projeto em Parceria 11 Estrutura Organizacional 12 Capítulo 2 - Mercado, Trabalho e Oportunidades 15 2.1 - Do que se Trata 17 A Nova Economia 17 Comércio Eletrônico: a Pedra de Toque da Nova Economia 17 Novos Mercados 18 Fatores Críticos do Comércio Eletrônico 19 Participação das PME na Nova Economia 20 Oportunidades para Negócios Inovadores 21 Mudanças no Perfil do Trabalho e Emprego 21 Teletrabalho 21 2.2 - Onde Estamos 22 A Indústria das Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil 22 Pequenas e Médias Empresas 22 Difusão das Tecnologias de Informação e Comunicação na Indústria Brasileira 23 A Economia da Informação no Brasil 23 Criação e Desenvolvimento de Negócios Inovadores 23 Comércio Eletrônico no Brasil 24 2.3 - Para Onde Vamos 26 2.4 - O que Fazer 27 Quadro Jurídico 27 Ações Estruturadoras 28 Outras Ações 28 xvii
  • 19. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Capítulo 3 - Universalização de Serviços para a Cidadania 29 3.1 - Do que se Trata 31 Variáveis Críticas para a Universalização de Serviços Internet 31 Iniciativas Rumo à Universalização 33 3.2 - Onde Estamos 34 Usuários da Internet no Brasil 34 Infra-estrutura e Preços das Comunicações 36 Dispositivos de Acesso 37 Acesso Comunitário à Internet 37 Alfabetização Digital 38 Informações e Serviços para Todos 39 Suporte Tecnológico 40 3.3 - Para Onde Vamos 40 3.4 - O que Fazer 41 Quadro Jurídico 41 Ações Estruturadoras 41 Outras Ações 42 Capítulo 4 - Educação na Sociedade da Informação 43 4.1 - Do que se Trata 45 Educação para a Cidadania 45 Infra-estrutura de Informática e Redes para Educação 45 Novos Meios de Aprendizagem 46 Educação a Distância 46 O Desafio da Formação Tecnológica 47 Novos Currículos 49 4.2 - Onde Estamos 50 Informatização em Escolas 50 Educação a Distância 52 Capacitação Avançada em Tecnologias de Informação e Comunicação 53 4.3 - Para Onde Vamos 54 4.4 - O que Fazer 55 Quadro Jurídico 55 Ações Estruturadoras 56 Outras Ações 56 Capítulo 5 - Conteúdos e Identidade Cultural 57 5.1 - Do que se Trata 59 Conteúdos 59 Identidade Cultural 59 Coleta, Processamento e Disponibilização de Conteúdos 60 5.2 - Onde Estamos 61 Serviços Comerciais 61 Conteúdos em Ciência e Tecnologia 62 Conteúdos em Arte e História 63 Aspectos de Regionalização 63 As Bibliotecas Públicas 64 5.3 - Para Onde Vamos 65 5.4 - O que Fazer 66 Quadro Jurídico 66 Ações Estruturadoras 66 Outras Ações 66 Capítulo 6 - Governo ao Alcance de Todos 67 6.1 - Do que se Trata 69 Aplicações Governamentais 69 xviii
  • 20. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Informações e Serviços ao Cidadão 70 Infra-estrutura de Redes para Governo 70 Diretrizes Tecnológicas 71 Legislação Adequada 73 6.2 - Onde Estamos 73 Infra-estrutura de Redes 74 Serviços Genéricos 74 Informações de Governo 74 Sistemas Aplicativos 75 Gestão Estratégica de Tecnologias de Informação e Comunicação 77 6.3 - Para Onde Vamos 77 6.4 - O que Fazer 79 Quadro Jurídico 79 Ações Estruturadoras 80 Outras Ações 80 Capítulo 7 - P&D, Tecnologias-chave e Aplicações 81 7.1 - Do que se Trata 83 Tecnologias e Aplicações 83 Identificação de Tecnologias-chave 84 Novos Modelos de P&D 86 7.2 - Onde Estamos 86 Prospecção de Tecnologias 86 Capacidade Instalada para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 86 Iniciativas Cooperativas em Tecnologias de Informação e Comunicação 87 Articulação Universidade-Indústria 88 Oportunidades em Tecnologias Capacitadoras 88 7.3 - Para Onde Vamos 92 7.4 - O que Fazer 93 Quadro Jurídico 93 Ações Estruturadoras 93 Outras Ações 93 Capítulo 8 - Infra-estrutura Avançada e Novos Serviços 95 8.1 - Do que se Trata 97 O Modelo de Referência para Discussão 97 Redes e o Fator Velocidade de Transmissão 97 Outras Características Técnicas 98 Processamento de Alto Desempenho 98 Diretórios 99 O Papel de Redes para P&D 99 8.2 - Onde Estamos 101 Fibras Óticas no Brasil 101 Backbones Internet em Operação 101 Redes para P&D e Internet de Nova Geração 101 8.3 - Para Onde Vamos 103 8.4 - O que Fazer 103 Quadro Jurídico 103 Ações Estruturadoras 104 Outras Ações 104 Anexo I - A Evolução de Iniciativas Rumo à Sociedade da Informação no Mundo 105 1.1 - Histórico 107 1.2 - Paradigmas de Estruturação de Iniciativas Nacionais 108 1.3 - Ênfases de Iniciativas Nacionais 109 1.4 - Atuação Governamental em Aspectos Críticos 110 xix
  • 21. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Anexo II - Indicadores de Acompanhamento 111 2.1 - Introdução 113 2.2 - A Abordagem INEXSK (INfrastructure, EXperience, Skills, Knowledge) 113 O Modelo Básico 113 Efeitos “push” e “pull” 114 Capacidade Organizacional 114 O Modelo Detalhado 114 A “Pegada” TI (IT Footprint) 115 2.3 - Indicadores da Iniciativa eEurope 2002 116 Lista Indicativa de Indicadores do eEurope 2002 (abril 2000) 116 Anexo III - Informática e Telecomunicações no Brasil 119 3.1 - Introdução 121 3.2 - Telecomunicações 121 Resultados da Privatização 122 3.3 - Informática 123 RNP 124 Softex 2000 124 Protem-CC 125 Sinapad 125 3.4 - Situação Atual e Perspectivas 126 O Setor de Informática 126 Tecnologia Local 127 Balança Comercial em Tecnologias de Informação e Comunicação 127 Manufatura Local e Exportação 128 Geração e Transferência de Tecnologias 128 Tendências no MCT 129 Anexo IV - A Internet 131 4.1 - Introdução 133 O Setor Acadêmico e a Internet 133 A Evolução da Internet no Brasil 133 4.2 - Arquitetura e Operação de Serviços Internet 134 Backbone e Acesso 134 Velocidade e Serviço 134 Tráfego entre Backbones Distintos 134 Engenharia e Segurança de Redes 135 Endereços IP e Nomes de Domínio 136 Operação da Internet Brasileira 136 4.3 - Governança na Internet 136 4.4 - A Internet no Brasil 137 Número de Domínios no Brasil 138 4.5 - Desafios para o Futuro 138 Backboning 138 Acesso 139 Internet 2 e Internet de Nova Geração 139 Referências 141 Lista de Endereços Web 155 Glossário 163 Siglas, Acrônimos e Similares 179 Índice Remissivo 189 xx
  • 22. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Destaques de Texto 2.1 O Projeto Inovar 24 3.1 A Divisão Digital entre Regiões no Mundo 31 3.2 Telecentro 34 3.3 Internet e o Terceiro Setor no Brasil 38 3.4 Kidlink e o Projeto Kidlink no Brasil (Kbr) 39 4.1 Programa “FITness” (Fluency with Information Technology) 49 4.2 Unirede: Universidade Virtual Pública do Brasil 53 5.1 Metadados 59 5.2 Multilingüismo na Internet 61 5.3 Biblioteca Nacional 64 6.1 Imposto de Renda no Brasil 75 6.2 Diretório Eletrônico 79 7.1 A Dinâmica do Desenvolvimento Tecnológico 85 7.2 Programa Genoma da Fapesp 87 A1.1 HPCC/NII e o Começo de Tudo 107 A1.2 Global Information Society/G8: Relatório Final de Projetos-Piloto 109 A3.1 Anatel e a Infra-estrutura Nacional de Informações 122 A3.2 A Assespro 123 A3.3 Sepin/MCT 124 xxi
  • 23. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Figuras 1.1 A Convergência de Conteúdos, Computação e Comunicações 3 1.2 Conectividade Internacional e Internet (de 1991 a 1997) 4 1.3 Estrutura Organizacional 13 1.4 Modelo de Referência para Discussão 14 1.5 A Abordagem INEXSK para Indicadores Técnicos 14 2.1 Ambiente de Negócios Eletrônicos 18 3.1 Obstáculos para Penetração e Uso de Internet 41 4.1 Aspectos do Impacto de Computadores 46 4.2 Aspectos de Capacitação Tecnológica 47 4.3 Capacitação de Recursos Humanos em TIC 48 6.1 Relacionamentos entre Atores Institucionais em Uso de Tecnologias de Informação 69 e Comunicação no Governo 6.2 Espiral de Boehm 71 6.3 Padrões Críticos para Sistemas 79 7.1 Comunicação Celular 3G 88 7.2 Mapa de Freqüências e Serviços Associados no Brasil 89 7.3 Identificação de Tecnologias-chave 92 8.1 Um Modelo Estratificado do Uso de TIC 97 8.2 Infra-estrutura de Fibra Ótica em Implantação no País 101 8.3 Backbone da RNP (dezembro de 1999) 102 8.4 Backbone de Alta Velocidade da RNP (julho de 2000) 102 A1.1 Estágios Rumo à Sociedade da Informação 108 A2.1 Indicador “Ideal” 113 A2.2 Processo de Pull/Push no Modelo INEXSK 114 A2.3 A “Pegada” TI (IT Footprint) 115 A3.1 Evolução da Densidade Telefônica do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) 122 A3.2 Evolução da Densidade Telefônica do Serviço Móvel Comutado (SMC) 123 A4.1 Um Backbone com Seis Pontos no País 134 A4.2 Um outro Backbone com Três Pontos Próprios 135 A4.3 Ponto de Troca de Tráfego entre Dois Backbones 135 A4.4 Estrutura de Domínios 136 A4.5 Infra-estrutura de Fibra Ótica em Implantação no País 139 A4.6 Ciclos de Evolução da Internet nos EUA 140 xxii
  • 24. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Gráficos 2.1 Comércio Eletrônico na União Européia 19 2.2 Evolução do Primeiro Acesso ao Uso Intensivo 26 3.1 Penetração da Internet versus Custo de Acesso 32 6.1 Aplicações Abertas para UNIX 72 8.1 Aplicações e Demanda de Comunicações 98 8.2 Requisitos de Processamento de Alto Desempenho para Grandes Desafios em P&D 99 A4.1 Distribuição de Hosts no Mundo 137 A4.2 Evolução do Número de Provedores no País 137 A4.3 Distribuição Regional de Provedores no País (1999) 138 A4.4 Serviço Internet no Brasil - Número de Domínios (2000) 138 Quadros 1.1 Grupos Temáticos da Fase de Implantação 13 2.1 Soluções para Auto-regulamentação em Comércio Eletrônico 20 2.2 Vantagens do Teletrabalho 22 3.1 Metas de Universalização das Concessionárias do STFC (dezembro de 2003) 36 6.1 Softwares Abertos de Amplo Uso 73 6.2 Informações ao Cidadão via Internet no Brasil 75 8.1 Contrastes entre Infra-estruturas para P&D e Infra-estruturas para Serviços de Governo 99 A2.1 Indicadores Adotados 115 A4.1 Iniciativas Americanas para a Evolução da Internet 140 Tabelas 2.1 Economia da Informação no Brasil 23 2.2 Empresas de Software Egressas de Incubadoras do Programa Genesis/Softex 24 3.1 Usuários e Hosts Internet em Países Latino-Americanos 35 3.2 Usuários e Hosts Internet nas 10 Maiores Economias (por PIB) 35 3.3 Instalação e Densidade de Linhas STFC e SMC 36 3.4 Disseminação da Televisão no Brasil em % (1997) 37 4.1 Número de Cursos de Graduação, Concluintes em 1997 e Matrícula em 30/04, por 51 Natureza segundo Área de Conhecimento e Curso, em Universidades, Faculdades e Estabelecimentos Isolados (1998) 4.2 Pós-graduação na Área de Computação no Brasil (2000) 53 5.1 50 Sites de Maior Acesso, por Categorias - Brasil (2000) 62 7.1 Posição da Europa diante de 136 Tecnologias (1996) 85 A2.1 Índices para Países Industrializados 115 A3.1 Economia Global da Informação no Brasil 126 A3.2 Equipamentos de Comutação Digital - Mercados Domésticos 127 A3.3 Brasil: Balança Comercial - Informática e Telecomunicações 96/99 (em US$ milhões) 128 xxiii
  • 25. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde xxiv
  • 26. Capítulo 1 A Sociedade da Informação
  • 27. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde 2 A Sociedade da Informação
  • 28. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde Capítulo 1 A Convergência da Base Tecnológica Três fenômenos inter-relacionados estão na ori- 1.1– Introdução gem da transformação em curso. O primeiro, a convergência da base Assistir à televisão, falar ao telefone, movimentar tecnológica, conforme ilustrado na Figura 1.1, a conta no terminal bancário e, pela Internet, ve- decorre do fato de se poder representar e pro- rificar multas de trânsito, comprar discos, trocar cessar qualquer tipo de informação de uma única mensagens com o outro lado do planeta, pesquisar forma, a digital. Pela digitalização, a computa- e estudar são hoje atividades cotidianas, no mun- ção (a informática e suas aplicações), as comuni- do inteiro e no Brasil. Rapidamente nos adapta- cações (transmissão e recepção de dados, voz, mos a essas novidades e passamos – em geral, imagens etc.) e os conteúdos (livros, filmes, pin- sem uma percepção clara nem maiores turas, fotografias, música etc.) aproximam-se ver- questionamentos – a viver na Sociedade da In- tiginosamente – o computador vira um aparelho formação, uma nova era em que a informação de TV, a foto favorita sai do álbum para um flui a velocidades e em quantidades há apenas disquete, e pelo telefone entra-se na Internet. Um poucos anos inimagináveis, assumindo valores extenso leque de aplicações abre-se com isso, sociais e econômicos fundamentais. função apenas da criatividade, curiosidade e ca- pacidade de absorção do novo pelas pessoas. Como essa revolução vem acontecendo? Que conseqüências tem trazido para as pessoas, as or- Figura 1.1 ganizações e o conjunto da sociedade? São per- A Convergência de Conteúdos, Computação e guntas cuja importância mal percebemos e que, Comunicações na maioria das vezes, não nos preocupamos em responder. conteúdos Subjacente a todas aquelas atividades corriqueiras está uma imensa malha de meios de comunica- ção que cobre países inteiros, interliga continentes e chega às casas e empresas: são fios de telefone, computação comunicações canais de microondas, linhas de fibra ótica, cabos submarinos transoceânicos, transmissões via sa- télite. São computadores, que processam infor- Fonte: SocInfo mações, controlam, coordenam e tornam com- patíveis os diversos meios. Aglutinando e dando sentido à estrutura física, estão as pessoas que a O segundo aspecto é a dinâmica da indústria, operam ou dela se utilizam. Tal é a capacidade de que tem proporcionado contínua queda dos pre- transmissão e a qualidade dos serviços ofereci- ços dos computadores relativamente à potência dos, que o usuário nem se dá conta de todo o computacional, permitindo a popularização cres- complexo aparato que apóia esses serviços, e a cente do uso dessas máquinas. maioria das pessoas não tem a menor idéia de como é feita a comunicação – se pela transmis- Finalmente, em grande parte como decorrência são sem fio de um telefone celular, pelo canal de dos dois primeiros fenômenos, o terceiro aspec- um satélite em órbita, ou por um cabo no fundo to na base dessa revolução é o fantástico cresci- do oceano. O conjunto desses recursos forma mento da Internet: nos EUA, a Internet atingiu uma verdadeira “superestrada” de informações 50 milhões de usuários em somente quatro anos, e serviços freqüentemente chamada de “infovia” enquanto, para atingir esse número de usuários, o ou “supervia”. computador pessoal tardou 16 anos, a televisão 13, e o rádio, 38. Outro dado que confirma a rapidez da disseminação da Internet é o da evo- Capítulo 1 3
  • 29. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde lução da conectividade internacional no perí- Fidonet etc.) mais antigas. Mesmo ainda sendo, odo de 1991 a 1998, conforme ilustrado na Fi- em muitos países, um serviço restrito a poucos, a gura 1.2. velocidade da disseminação da Internet, em com- paração com a de outros serviços, mostra que No curto período de oito anos, a Internet se dis- ela se tornou um padrão de fato, e que se está seminou por praticamente todo o mundo, pro- diante de um fenômeno singular, a ser considera- piciando conectividade a países até então fora de do como fator estratégico fundamental para o redes e substituindo outras tecnologias (Bitnet, desenvolvimento das nações. Figura 1.2 Conectividade Internacional e Internet (de 1991 a 1997) Conectividade Internacional versão 2 - 9/91 Copyright 1991 Larry Landweber Internet And the Internet Society. , Bitnet mas não Internet Unlimited permission to Somente e-mail (UUCP, Fidonet) copy or use is hereby granted Sem conectividade Subject to inclusion of this copyright notice. Conectividade Internacional versão 16 - 15/6/97 Internet Copyright 1997 , Bitnet mas não Internet Larry Landweber Somente e-mail (UUCP, Fidonet) And the Internet Society. Unlimited permission to Sem conectividade copy or use is hereby granted Subject to inclusion of this copyright notice. Fonte: http://www.cs.wisc.edu/~lhl/lhl.html 4 A Sociedade da Informação
  • 30. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde O Impacto Econômico-social Os países economicamente desenvolvidos, bem como boa parte daqueles em vias de desenvolvi- A sociedade da informação não é um modismo. mento, já adotam políticas e iniciativas voltadas Representa uma profunda mudança na organiza- para a sociedade da informação. ção da sociedade e da economia, havendo quem a considere um novo paradigma técnico-eco- Ao Brasil urge acelerar o processo de articula- nômico. É um fenômeno global, com elevado ção efetiva de um programa nacional para a potencial transformador das atividades sociais e sociedade da informação. Ao longo da déca- econômicas, uma vez que a estrutura e a dinâmi- da de 90, registraram-se sucessos em aspectos ca dessas atividades inevitavelmente serão, em al- guma medida, afetadas pela infra-estrutura de in- críticos para a formulação e implementação de tal programa. A Internet brasileira teve grande formações disponível. É também acentuada sua impulso, primeiramente na comunidade científi- dimensão político-econômica, decorrente da ca e, logo após, como plataforma de expansão contribuição da infra-estrutura de informações do setor privado, estando aberta também a ser- para que as regiões sejam mais ou menos atraen- tes em relação aos negócios e empreendimentos. viços de natureza comercial desde 1995. Nas te- lecomunicações, houve a privatização de todo o Sua importância assemelha-se à de uma boa es- sistema brasileiro e a criação da Agência Nacio- trada de rodagem para o sucesso econômico das nal de Telecomunicações (Anatel), fatores que es- localidades. Tem ainda marcante dimensão so- tão permitindo maior e mais rápida disponibili- cial, em virtude do seu elevado potencial de pro- mover a integração, ao reduzir as distâncias entre dade de acesso aos meios de comunicação. As atividades comerciais no Brasil que se valem da pessoas e aumentar o seu nível de informação. Internet estão ganhando enorme expressão, a ponto de perfazerem praticamente metade do Não é livre de riscos, entretanto. Noventa por mercado latino-americano, em número de usuá- cento da população do planeta jamais teve aces- so ao telefone. Como evitar, então, que as novas rios e em volume de transações e negócios. Algu- mas aplicações de governo têm tido enorme im- tecnologias aumentem ainda mais a disparidade pacto, tanto na melhoria da eficiência interna social entre as pessoas, as nações e os blocos de de funcionamento como na prestação de ser- países? Os países e blocos políticos, desde mea- viços ao cidadão. E, por último, comparativa- dos da década de 90, defrontam-se com as opor- tunidades e os riscos que cercam o futuro e, re- mente com a América Latina, existe uma so- fisticada base tecnológica instalada no País e conhecendo a importância estratégica da sociedade um considerável contingente de recursos hu- da informação, vêm tomando iniciativas para as- manos qualificados, abarcando desde pesquisa segurar que essa nova era venha em seu benefício. e desenvolvimento até fomento a empreendi- O Brasil mentos. Em cada país, a sociedade da informação está O País dispõe, pois, dos elementos essenciais sendo construída em meio a diferentes condi- para a condução de uma iniciativa nacional ções e projetos de desenvolvimento social, segun- rumo à sociedade da informação. E a emer- do estratégias moldadas de acordo com cada con- gência do novo paradigma constitui, para o texto. As tecnologias envolvidas vêm transfor- Brasil, oportunidade sem precedentes de mando as estruturas e as práticas de produção, prestar significativa contribuição para res- comercialização e consumo e de cooperação e gatar a sua dívida social, alavancar o desenvol- competição entre os agentes, alterando, enfim, a vimento e manter uma posição de compe- própria cadeia de geração de valor. Do mesmo titividade econômica no cenário internacional. modo, regiões, segmentos sociais, setores econô- A inserção favorável nessa nova onda requer, micos, organizações e indivíduos são afetados entretanto, além de base tecnológica e de infra- diferentemente pelo novo paradigma, em fun- estrutura adequadas, um conjunto de condições ção das condições de acesso à informação, da e de inovações nas estruturas produtivas e base de conhecimentos e, sobretudo, da capaci- organizacionais, no sistema educacional e nas dade de aprender e inovar. instâncias reguladoras, normativas e de governo Capítulo 1 5
  • 31. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde em geral. O impacto positivo que a “nova eco- porcionar as informações e os meios necessários nomia” pode gerar para o País depende ainda da para que pessoas e empresas sejam capazes de participação do maior número possível de pes- operar nas novas modalidades de negócios e co- soas, organizações e regiões como usuárias ativas mércio. das redes avançadas de informação. PME: oportunidades na nova dinâmica Todas essas constatações e reflexões sublinham a As Pequenas e Médias Empresas (PME) têm es- importância do Programa aqui apresentado. O pecial importância estratégica pelo seu elevado Programa busca contribuir, de forma efetiva, para: potencial gerador de emprego, trabalho e renda. • a construção de uma sociedade mais justa, em No Brasil, entretanto, apesar de empregarem 60% que sejam observados princípios e metas rela- da mão-de-obra, são responsáveis por apenas 6% tivos à preservação de nossa identidade cultu- do valor exportado. Nesse quadro, as tecnologias ral, fundada na riqueza da diversidade; de informação e comunicação – e a Internet, em • a sustentabilidade de um padrão de desenvol- particular – oferecem boas oportunidades para vimento que respeite as diferenças e busque o as PME, em vários aspectos: divulgação de ne- equilíbrio regional; gócios, comunicação mais rápida e barata, acesso • a efetiva participação social, sustentáculo da a informações úteis, agilidade na compra e ven- democracia política. da, ampliação de mercados e diminuição de cus- tos operacionais. O uso dessas tecnologias para 1.2 – O Programa Sociedade da Informa- aumentar a competitividade das pequenas e mé- ção no Brasil dias empresas nacionais, portanto, é uma estraté- gia a ser encorajada, principalmente pela concor- rência cada vez mais acirrada das similares estran- As Oportunidades e os Riscos geiras, que já exploram os benefícios dessas mes- O caminho rumo à sociedade da informação é mas tecnologias e as utilizam para competir no repleto de desafios em todos os países. Contu- mercado brasileiro. do, em cada um, o desafio reflete uma combi- nação singular de oportunidades e de riscos. Empreendedorismo: inovação e capital inte- Todos os países caminham, voluntária ou lectual como base dos novos negócios involuntariamente, rumo à sociedade da infor- Na sociedade da informação, o cenário econô- mação. Compete a cada um encontrar sua rota e mico transforma-se de tal modo que inovar e suas prioridades. converter conhecimento em vantagem competi- tiva passam a constituir importantes diferenciais. Comércio eletrônico: a pedra de toque da Da rapidez na geração e difusão de inovações, nova economia decorrem a drástica diminuição da vida útil dos Os negócios eletrônicos (e-business), entre os quais produtos e a necessidade de modernização con- o comércio eletrônico (e-commerce), são hoje fun- tínua da produção e da comercialização de bens damentais para a modernização do setor produ- e serviços. O processo inovador supõe, cada vez tivo, pois permitem ampliar e diversificar merca- mais, a produção e aplicação de informações e dos e aperfeiçoar as atividades de negócios. O conhecimentos e a sua gestão, nos moldes do que comércio eletrônico apresenta taxas de crescimen- hoje se denomina inteligência coletiva, empresari- to sem paralelo, tanto nas transações entre em- al e organizacional. Nos países economicamente presas e consumidores, como nos negócios entre mais desenvolvidos, enfatiza-se o caráter dinâmi- empresas, que é onde atualmente se realiza o mais co dos empreendimentos e a importância do ca- alto nível de geração de receita. Entretanto, atuar pital intelectual. Como despertar e estimular o no ambiente dos negócios e comércio eletrônico empreendedorismo dos brasileiros nesse sentido? requer que tanto produtores de bens e serviços O ponto de partida é a adoção, por parte do quanto consumidores estejam conectados às re- poder público e da iniciativa privada, de meca- des digitais e capacitados para operá-las adequa- nismos de incentivo e financiamento para a in- damente. Para isso, é preciso ampliar, facilitar e corporação de novos conhecimentos relaciona- baratear o acesso às redes de comunicação e pro- dos com a geração de negócios e para o 6 A Sociedade da Informação
  • 32. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde surgimento de idéias e de projetos inovadores, formação e comunicação é condição necessária, com apoio efetivo ao seu desenvolvimento. ainda que não suficiente, para a inserção dos indi- víduos como cidadãos. No Brasil, o crescimento Oportunidades de trabalho para todos: recente das telecomunicações tem democratiza- mais e melhores empregos do o uso do telefone. O acesso à rede Internet, A nova economia revoluciona as estruturas pro- contudo, ainda é restrito a poucos. Urge, portan- dutivas, e o mercado de trabalho se transforma to, buscar meios e medidas para garantir a todos radicalmente. Os empregos e atividades tradicio- os cidadãos o acesso eqüitativo à informação e nais são transformados, substituídos e até elimi- aos benefícios que podem advir da inserção do nados. Para o Brasil, o desafio é tirar partido do País na sociedade da informação. avanço tecnológico para gerar mais e melhores alternativas de trabalho, que possam chegar à Educação e aprendizado ao longo da vida: população de baixa renda e às minorias margina- desenvolvendo competência lizadas, bem como contribuir para fixar no País Na nova economia, não basta dispor de uma infra- os profissionais com maior qualificação. É es- estrutura moderna de comunicação; é preciso sencial, portanto, ampliar a empregabilidade dos competência para transformar informação em trabalhadores, por meio de aprendizado conti- conhecimento. É a educação o elemento-chave nuado e do desenvolvimento de novas habilida- para a construção de uma sociedade da informa- des e competências, sobretudo quanto ao conhe- ção e condição essencial para que pessoas e orga- cimento das tecnologias de informação e comu- nizações estejam aptas a lidar com o novo, a criar nicação. Isso vale tanto para as gerações que in- e, assim, a garantir seu espaço de liberdade e au- gressam no mercado de trabalho, quanto para os tonomia. A dinâmica da sociedade da informa- que não adquiriram esses conhecimentos e preci- ção requer educação continuada ao longo da vida, sam reciclar as habilidades profissionais. A mão- que permita ao indivíduo não apenas acompa- de-obra qualificada, capaz de atender às exigên- nhar as mudanças tecnológicas, mas sobretudo cias do novo paradigma técnico-econômico, é, inovar. No Brasil, até mesmo a educação básica assim, fundamental para assegurar ganhos de pro- ainda apresenta deficiências marcantes. Particular- dutividade às empresas brasileiras e melhorias da mente nos segmentos sociais de baixa renda e em sua competitividade, permitindo-lhes ampliar a regiões menos favorecidas, o analfabetismo per- oferta de empregos e trabalho dignos e adequa- manece como realidade nacional. O desafio, damente remunerados. portanto, é duplo: superar antigas deficiências e criar as competências requeridas pela nova Universalização do acesso: combatendo de- economia. Nesse sentido, as tecnologias de in- sigualdades e promovendo a cidadania formação e comunicação podem prestar enor- As tecnologias de informação e comunicação ain- me contribuição para que os programas de da não chegam à maior parte da população do educação ganhem maior eficácia e alcancem planeta, em que pese o ritmo veloz de sua disse- cada vez maior número de comunidades e re- minação. Enquanto o mundo economicamente giões. Para tanto, contudo, é necessário que a mais desenvolvido encontra-se envolto em um capacitação pedagógica e tecnológica de educa- complexo de redes digitais de alta capacidade, dores – elemento indispensável para a adequada utilizando intensamente serviços de última gera- utilização do potencial didático dos novos meios ção, uma parcela considerável da população dos e fator de multiplicação das competências – te- demais países não tem acesso sequer à telefonia nha paralelo ao desenvolvimento de conteúdo básica. O maior acesso à informação poderá con- local e em português. duzir a sociedades e relações sociais mais demo- cráticas, mas também poderá gerar uma nova Valorização de conteúdos e identidade lógica de exclusão, acentuando as desigualdades e cultural exclusões já existentes, tanto entre sociedades, Gigantescos acervos de informação sobre os mais como, no interior de cada uma, entre setores e variados temas – designados pelo nome genéri- regiões de maior e menor renda. No novo co de conteúdos – circulam hoje, em escala pla- paradigma, a universalização dos serviços de in- netária e de forma acelerada, por meio da Internet Capítulo 1 7
  • 33. Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde e das novas mídias eletrônicas. Esse repertório Quadro regulatório: diminuindo riscos e permite o compartilhamento de conhecimentos, incertezas do mundo virtual informações e dados, bem como enseja o desen- Há um hiato de legislação nos novos espaços eco- volvimento humano. Em um contexto nômico, social e cultural, criado pela possibilida- globalizado, o volume de informações disponí- de, antes inexistente, das mais diversas operações veis nas redes passa a ser um indicador da capaci- a serem realizadas por meio das redes digitais. dade de influenciar e de posicionar as popula- Em geral, a falta de regras e princípios claros causa ções no futuro da sociedade. Assim, a preserva- incertezas que prejudicam a gestão dos negócios ção da identidade nacional, na sociedade global, e os investimentos. No campo ainda imaturo das é decisiva para a capacitação em assuntos cultu- aplicações das novas tecnologias, esse fato é mais rais, artísticos, científicos e tecnológicos, com suas grave e forma uma das maiores barreiras para a claras dimensões econômicas. Portanto, questão difusão do uso das redes eletrônicas, em decor- estratégica nas políticas e programas de inserção rência do ambiente de indefinições e do adiamento na sociedade da informação é – além de cuidar de decisões que gera. Com a lentidão das negoci- do uso adequado das tecnologias – aumentar a ações dos acordos internacionais, estarão se for- quantidade e a qualidade de conteúdos nacionais mando novas barreiras entre os países, em fun- que circulam nas redes eletrônicas e nas novas ção de regulamentações adotadas unilateralmen- mídias. O amparo às identidades culturais nos te e do estabelecimento de padrões de fato. novos meios resultará em benefícios evidentes, Compatibilização de padrões tecnológicos, leis de na forma de incremento da atividade econômica proteção a consumidores e autores, regimes de em geral e de desenvolvimento da cidadania. tributação de bens e serviços são alguns dos pontos em negociação que ganham complexidade em Administração transparente e centrada no função do caráter transterritorial das transações cidadão: governo ao alcance de todos da Internet. Nesse contexto, é importante ampli- Uma administração pública mais transparente, ar o debate interno no Brasil, para definir estraté- eficaz e voltada para a prestação de informações gias e interesses próprios e respaldar o encami- e serviços à população: essa a grande contribui- nhamento dessas questões nos fóruns interna- ção que as tecnologias de informação e comuni- cionais. cação podem dar ao relacionamento do gover- no com os cidadãos. Emissão de documentos, Pesquisa e desenvolvimento: o conhecimen- prestação de informações ligadas aos serviços to é a riqueza das nações públicos, acompanhamento das ações de gover- A nova economia requer o contínuo desenvolvi- no e condução dos negócios públicos, acesso aos mento e domínio de novos saberes e competên- governantes e representantes eleitos são exemplos cias. Particularmente estratégico, nesse contexto, é das possibilidades do uso das tecnologias de in- deter conhecimento avançado sobre as tecnologias formação e comunicação pela máquina adminis- de informação e comunicação que hoje ocupam trativa pública. A tecnologia pode ainda ser lar- o centro da dinâmica de inovações e são fator gamente aplicada para aperfeiçoar a própria ges- primordial de competitividade econômica. Con- tão do governo – coordenação, planejamento, siderando a acelerada evolução do cenário execução e controle de ações, contabilidade pú- tecnológico global, o Brasil deve dotar-se de pro- blica etc. – e suas transações comerciais com o gramas, flexíveis e dinâmicos, de fomento à pes- setor privado. A possibilidade de acesso aos ser- quisa, com foco no domínio de tecnologias-cha- viços, de participação nas decisões e acompanha- ve, para o desenvolvimento da indústria nacional. mento dos atos governamentais por parte de to- A agenda brasileira de P&D em tecnologias de dos os cidadãos, portanto, impõe a adoção de informação e comunicação deve, sobretudo, re- meios e métodos digitais por parte do governo, fletir as necessidades e prioridades nacionais, ori- em todos os poderes constituídos e níveis gover- entando-se no sentido da geração de resultados namentais, do emprego das tecnologias de infor- inovadores e de produtos e serviços que contri- mação e comunicação em benefício da eficácia, buam para a melhoria da qualidade de vida e do responsividade, transparência e governança. bem-estar social, assim como para o aumento da eficiência e competitividade do setor produtivo. 8 A Sociedade da Informação