3. OObbjjeettiivvooss ddaa ddiisscciipplliinnaa
Entender como se dá a natureza do
trabalho escolar;
Refletir acerca do conceito de trabalho
humano e por que este processo o
diferencia do restante da natureza;
Identificar o que é trabalho material e não-material
e como transportar esses conceitos
para o trabalho pedagógico escolar.
4. EEmmeennttaa
A partir da natureza do processo do
trabalho pedagógico discute-se os
fundamentos da organização do
trabalho escolar. Como ocorre o
trabalho humano e a sua diferenciação
do restante da natureza; O que
chamamos de trabalho material e não-material
e como ocorre essa
conceituação no trabalho pedagógico
escolar.
5. MMeettooddoollooggiiaa
• Aulas expositivas com a utilização de
textos, vídeos, dinâmicas e outros
recursos;
• Leitura dirigida, individual e em
grupos;
• Atividades individuais e em grupos.
6. BBiibblliiooggrraaffiiaa
Básica
Apostila da disciplina:
Artigo: A natureza do trabalho
pedagógico. Autor: PARO. Vitor
Henrique. São Paulo. Revista da
Faculdade de Educação. V. 19. n. 1. p.
103 – 109. jan/jun. 1993.
Complementar
Textos complementares, vídeos
documentários, etc.
9. • A educação é um fenômeno próprio dos
seres humanos.
• Os animais irracionais, se adaptam à
realidade natural, enquanto os homens
adaptam a natureza em si, retirando da
natureza os meios para sua
sobrevivência e transformá-la, criando
um mundo humano.
10. • QUAL O CONCEITO DO TRABALHO
HUMANO?
• O que diferencia o homem dos outros
animais é o trabalho.
• Trabalho é uma característica
essencialmente humana – que o
diferencia do restante da natureza.
11. • Trabalho= Ação intencional do homem que
transforma a Natureza.
• Só o homem é capaz de estabelecer
objetivos calcados em valores e busca sua
concretização.
• O trabalho empresta ao homem sua
característica histórica;
• O que é meramente natural não tem
história;
12. Uma espécie animal não muda – ele
será sempre o mesmo - por que está
preso a sua necessidade ou
necessariedade.
Portanto,
O homem é natureza (domínio da
necessidade)
Negação da natureza (domínio da
liberdade)
13. VVííddeeoo
Tempo, Trabalho e Subjetividade -
Crises da Atualidade – 2011
Este vídeo foi apresentado no I Simpósio Internacional Tempo e Subjetividades -
Perspectivas Plurais, na Universidade Federal do Ceará-UFC, em Fortaleza, por sua autora
Profª. Evie Giannini, em 2011. É parte integrante da série audiovisual da Tese de Doutorado:
"Tempo, Trabalho e Subjetividade -- Crises da Atualidade", de autoria da Profª. Evie
Giannini, sob a orientação do Prof. Dr. Jorge Coelho Soares, pelo Programa de Pós-
Graduação em Psicologia Social (PPGPS/UERJ) / 2010-2014
14. Os tempos dedicados ao labor e fora dele destinados à realização
do trabalho na Hipermodernidade, têm atingido graus de
sofrimento e exaustão laboral sem precedentes, instalando na
atualidade impactos psicofisiológicos e sociais diversos.
Qual o sentido disso?
Em que estamos nos tornando?
No que deixamos de nos tornar?
Quais os custos para os indivíduos e a sociedade como um todo
para que se efetivem condições de trabalho que mais fragilizam
que engrandecem?
Este vídeo não responde amplamente a tais perguntas, porém
intenta fazer refletir acerca de meios urgentes que possam,
talvez, transformar o contexto laboral vigente.
15. • Trabalho material: Trabalho que se
separa de quem o produz.
• Trabalho não-material: trabalho que
não se separa de quem o produz,
virando idéias, valores, conceitos.
• Educação como trabalho não-material.
16. Em que tipo ddee ccaatteeggoorriiaa ssee eennccaaiixxaa oo
ttrraabbaallhhoo ppeeddaaggóóggiiccoo??
O trabalho pedagógico é:
não material
um produto
um serviço
17. PPaarraa MMaarrxx,, hháá ddooiiss ttiippooss ddee ttrraabbaallhhooss
nnããoo--mmaatteerriiaall::
1. Separa-se a produção e o consumo
Ex.: Produção de livros
2. A produção e consumo são
simultâneos
Ex.: trabalho do ator no teatro, do
palhaço no circo e do professor na
sala de aula
18. • O ato de dar aula, é inseparável da
produção desse ato e de seu
consumo. (produzida pelo professor
e consumida pelos alunos)
• Trabalho educativo: é o de produzir
direta e direcionalmente, em casa
indivíduo singular, a humanidade que
é produzida histórica.
19. A especificidade ddaa eedduuccaaççããoo eessccoollaarr
Marx afirma que:
Não há separação entre produção e
consumo;
Há impossibilidade de subordinação
real do trabalho ao capital no processo de
produção pedagógico.
20. Alguns autores como Arroyo, Sá,
Mazzotta tentam contestar as ideias de
Marx e de Savianni procurando
demonstrar que o capitalismo está sim
presente na escola.
21. Ressalta-se portanto, que a natureza do
trabalho escolar, da educação escolar
como processo de produção de trabalho
cuja produção e consumo se dá ao
mesmo tempo.
Em suma: a produção e o consumo são
simultâneos.
Portanto, Saviani afirma que: ”a
atividade de ensino, a aula, é um
produto da educação escolar que não se
separa de seu consumo pelos alunos”
22. A AULA NA SSOOCCIIEEDDAADDEE CCAAPPIITTAALLIISSTTAA
Considerada o produto do processo de
educação escolar;
É a aula, enquanto mercadoria que se
paga no ensino privado;
É a aula que se tem como serviço
prestado pela escola (pública e privada) e
que se avalia como boa ou ruim.
23. Todavia, a aula é uma atividade que
dá origem ao produto do ensino. Assim
sendo, ela não é o produto do
trabalho, mas o próprio trabalho
pedagógico.
24. VVííddeeoo
Vinicius O. Santos - Lançamento de
TRABALHO IMATERIAL E TEORIA DO
VALOR EM MARX
25. CCOONNCCEEPPÇÇÃÃOO DDAA EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO EENNQQUUAANNTTOO
RREELLAAÇÇÃÃOO SSOOCCIIAALL
Gramsci revela que “o produto de tal
processo é algo mais complexo”, que
não é apenas a apropriação de um saber
(conhecimentos, valores, atitudes,
comportamentos) historicamente
produzido e a escola como uma das
instâncias que provém a educação, a
consideração do seu produto não pode
se restringir a ao ato de aprender, como
destaca Saviani.
26. Portanto, o educando não se apresenta
apenas como consumidor, é também
objeto do trabalho.
Tendo em vista que ele é o verdadeiro
objeto “sobre o qual” se processa o
trabalho pedagógico e que se
“transforma” nesse processo
permanecendo pra além dele.
27. Qual o papel ddoo eedduuccaaddoorr nnoo pprroocceessssoo
ddee pprroodduuççããoo ppeeddaaggóóggiiccoo??
Se dá não apenas na condição de
consumidor e de objeto de trabalho
mas também na de sujeito, portanto
de “produtor” ou “co-produtor” em tal
atividade.
28. Processo material de produção –
modificações no objeto de trabalho – são
de natureza material;
Transformação no processo pedagógico
– diz respeito à personalidade viva do
educando – pela apropriação do
conhecimento, atitudes, valores,
habilidades, técnicas, etc.
29. Qual sseerráá oo pprroodduuttoo ddaa eedduuccaaççããoo
eessccoollaarr??
Se o processo do trabalho pedagógico se
realizou a contento, o educando “sai” do
processo diferente daquele que ali
entrou.
Com base nessa afirmativa responda:
O produto se separa ou não da
produção? Leia na pág. 106 da apostila,
o primeiro parágrafo o que diz Paro.
30. A sociedade capitalista tende a reduzir
todas as relações sociais a relações
comerciais de compra e venda.
Até que ponto a utilização “fetichizada”
da aula tem a ver com a escamoteação
da qualidade do ensino público?
Consulte pág. 106, segundo
parágrafo....
Fetiche – fantasia, objeto...
Escamotear – burlar, furtar, iludir, fazer desaparecer...
31. O objeto da educação
É a identificação dos elementos
culturais e a descoberta das formas
mais adequadas para atingir seu
objetivo;
32. • O clássico não se confunde com o
tradicional.
• A escola é uma instituição cujo
papel consiste na socialização do
saber sistematizado.
• Saber sistematizado não se trata
de qualquer tipo de saber.
33. • Ciência é exatamente o saber
metódico, sistematizado.
• Em grego há três palavras
referentes ao fenômeno do
conhecimento: doxa, sofia,
episteme.
34. Doxa é uma palavra grega que significa
crença comum ou opinião popular e de
onde se originaram as palavras modernas
ortodoxo e heterodoxo.
Exemplo do uso da palavra Doxa:
Utilizada pelos retóricos gregos como
ferramenta para formação de
argumentos através de opiniões comuns,
a doxa (em oposição ao saber
verdadeiro, episteme).
35. Sofia vem da palavra FILO- SOFIA
SOFIA significa sabedoria, saber,
sábio. Ligado ao conhecimento
humano.
36. episteme
(grego epistéme, es, entendimento, conhecimento
científico)
Conjunto dos diversos saberes científicos
pertencentes a uma época;
Por oposição à opinião sem fundamento ou sem
reflexão.
37. • O conhecimento que produz
palpites, não justifica a existência
da escola;
• O conteúdo fundamental da escola
elementar: ler, escrever, contar, os
rudimentos das ciências naturais e
das ciências sociais;
38. • No ano letivo é reservado muito
tempo para todo tipo de
comemoração, e muito pouco para
transmissão-assimilação de
conhecimentos sistematizados;
• A escola tornou-se um mercado de
trabalho disputado pelos diferentes
tipos de profissionais;
40. A escola nnããoo ddeevvee ssee ssuubbmmeetteerr aaoo
mmeerrccaaddoo ddee ttrraabbaallhhoo
Ela não deve se submeter ao mercado
de trabalho, mas sim, ela deve levar
em conta um mercado de trabalho
numa região e ajudar que a formação
escolar prepare para aquilo.
Sem submissão
Mas deve ter o mercado de trabalho
como referência.
42. AAttiivviiddaaddee
Com base no que foi discutido até
aqui, nos seus conhecimentos, nas
discursões, redija um texto de no
mínimo meia lauda expondo o seu
posicionamento acerca da natureza do
trabalho pedagógico escolar.
ÕPÇÃO: