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As 7 Lições para Sobreviver num Ambiente Competitivo.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS:
Autor: Lauro Jorge Prado
Recentemente num treinamento para gestores florestais eu falava sobre gestão
estratégica de custos e da importância que devemos dar ao planejar antes agir, quando fui
questionado por um dos participantes - Ele me disse que tudo aquilo que eu estava falando
era obvio, básico e todos ali já conheciam. Respondi: - Não tenho dúvida que todos os
gestores presentes, bem como todos os profissionais hoje contratados pelas empresas, são
conhecedores desses assuntos, porém a minha fala é em direção daquilo que ele não
percebeu: Conhecer somente não basta, o que as organizações estão interessadas é como
esse profissional obtém criação de valor usando o conhecimento correto na situação e
momento certo.
Os americanos usam muito bem o jogos de palavras que demonstra bem sobre o que
eu quero dizer. Para eles tem dois tipos de profissionais atuando nas organizações: aquele
que é “Mind Full” e aquele que é “Mindful” embora as palavras se pareçam, diferem-se muito
pelo modo de agir: o primeiro significa que está com a mente
cheia (gerando ação dispersa), o segundo está atento
(gerando ação eficaz). As organizações precisam desse
segundo profissional, que esteja focado e selecione qual
conhecimento e intensidade deve aplicar na gestão de sua
área. Este era o sinal que eu queria transmitir para aquele
grupo de profissionais.
Dentre muitas lições que aprendi ao longo da minha carreira, abaixo listo sete a serem
observadas pelos responsáveis pela gestão estratégica de custos nas organizações, de modo
a ligar o “alerta” para ações de gestão estratégica de custos:
1 – Entenda a sua organização
Comece por entender qual é a principal razão da existência da sua empresa. Lembre-
se que uma entidade organizacional existe para atender as necessidades do seus
consumidores. Então questione quais são e o que querem os consumidores de sua empresa.
O modelo social, estatutário e o regime fiscal podem
definir o modo de gestão formal a ser cumprida. Busque
entender esses aspectos que podem ser conflitantes com a
definição operacional e gerencial.
Saiba profundamente quem é o dono da sua empresa.
Entenda como isso interfere na gestão e passe a atuar como
se fosse o próprio dono.
Lembre-se também que a organização nasce para a perpetuidade e as pessoas são
transitórias. Atue hoje com a percepção clara que deve passar o bastão mais à frente.
2 – Saiba e atue na formação da cultura de gestão estratégica na organização
A cultura de uma organização é formada por ações
formais e informais. O gestor deve compreender como isso
acontece e assim compor a forma de atuar gerencialmente,
visando o sucesso da organização.
O gestor deve se envolver na condução da cultura para
obter um modelo de gestão inovadora (liderança-
conhecimento técnico-método analítico), tendo como base:
método consistente de trabalho, liderança construtiva e uma
comunicação simples.
3 – Tenha ações focadas na definição estratégica
Uma organização de sucesso pode ser definida por quatro
pilares de atuação: Direção, Planejamento, Controle e Realização.
Muitas empresas conseguem sobreviver somente realizando coisas,
porém gastam muito tempo, recurso e energia para terem sucesso.
O ideal é ter a noção clara para onde querem ir, planejar como
chegará lá, realizar rigorosamente o que planejou e essencialmente
controlar (planejado x realizado) mantendo a empresa na direção
estratégica definida. Cabe ao gestor compreender o papel
estratégico da organização e conduzir as ações para atingir essas
metas.
4 – Oriente-se por processos
Todo e qualquer produto e serviço nasce de um processo. A complexidade
organizacional exige vários processos para atender a
necessidade de seus consumidores. A única maneira de
realizar uma boa gestão é mapear a empresa e identificar
quais são os processos requeridos para compor a Operação;
Suporte ou Apoio; Administração; Planejamento; etc.
O gestor deve se ater nos processos críticos isolando-
os para exercer a gestão a partir desses processos. Deve criar,
manter e analisar os indicadores de performance, atuando
sempre nas causas de sucesso e insucesso, recompondo-as no planejamento de maneira
contínua.
Deve entender e compor uma ferramenta de custeio que melhor se adapte ao modelo
de gestão e cultural da empresa.
5 – Faça a captura da subjetividade
Talvez o que está minando a criação de valor na empresa seja
exatamente aquilo que ela não esteja fazendo ou que não esteja sendo
controlado. As vezes controlamos a ponta do iceberg e desconsideramos
o que está abaixo da linha d´água. Cabe ao gestor avaliar e medir
capacidade ociosa, custos de oportunidade não observadas, potencial
humano não utilizado ou subutilizado, custos de não fazer, etc.
Monitore e controle os custos escondidos da mesma maneira que
você controla o custos formais da sua organização.
6 – Compreenda e administre a formação de preço dos produtos e serviços
Embora seja recorrente e obvio falar que alguns produtos são tidos como commodities
e a empresa não consegue fazer o preço dos seus produtos, na maioria das vezes não se
pode estabelecer o preço, porém pode sim a todo momento
controlar um dos principais elementos que formam o preço:
“Custos”
O gestor deve compreender quais são os custos que
contribuem para distorções no preço e que devem ser
monitorados, pois dessa maneira controlará a margem de
lucro. Se hoje as algumas empresas correm riscos de seus
custos baterem no preço de venda, então o papel do gestor,
evidentemente é crucial. O gestor deve constituir um painel onde, além dos custos
operacionais, devem ter os seguintes indicadores controlados:
1. Internos: Capacidade Instalada, Processos, Funcionários e Procedimentos;
2. Capital de Giro: Contas e Pagar e a Receber, Estoques e Prazos
3. Externos: Inflação, Impostos, Câmbio e Marketing;
4. Societários: Sociedade, Participação nos Lucros, Geração de Caixa e Criação de
Valor(EVA).
7 – Educação: Seja um eterno aprendiz!
Uma empresa é um organismo vivo que muda constantemente e requer um modelo
de gestão e profissionais extremamente dinâmicos que
respondam adequadamente a essas mudanças. Os gestores
devem assimilar a capacidade de aprender sempre. Porém a
melhor qualidade será aquela que determine nesse
aprendizado qual tipo de profissional devemos ser: o MIND
FULL ou MINDFUL e quanto de seu conhecimento é
convertido em ação que cria valor para sua organização.
Sobre o Autor:
Lauro Jorge Prado - Contador, Pedagogo, Pós-Graduado em Controladoria e Finanças (FAPEI) e em
Planejamento e Gestão de Negócios (FAE) e especialização em Gestão Empresarial (FGV), em Custos (FGV),
em Educação Virtual (SENAC), em Gestão Agroflorestal (UFPR).
Atuou por mais de 18 anos em empresas do ramo Florestal, Papel e Celulose.
Atua como consultor em Gestão Empresarial desde 2003.
É sócio da Empresa TOPSIS Consultoria Ltda.
Consultor Certificado pela Thompson Management Horizons.
Contato:
www.topsis.com.br
lauroprado@topsis.com.br
(41) 3232-4577
(43) 9111-2752

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  • 1. As 7 Lições para Sobreviver num Ambiente Competitivo. GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS: Autor: Lauro Jorge Prado Recentemente num treinamento para gestores florestais eu falava sobre gestão estratégica de custos e da importância que devemos dar ao planejar antes agir, quando fui questionado por um dos participantes - Ele me disse que tudo aquilo que eu estava falando era obvio, básico e todos ali já conheciam. Respondi: - Não tenho dúvida que todos os gestores presentes, bem como todos os profissionais hoje contratados pelas empresas, são conhecedores desses assuntos, porém a minha fala é em direção daquilo que ele não percebeu: Conhecer somente não basta, o que as organizações estão interessadas é como esse profissional obtém criação de valor usando o conhecimento correto na situação e momento certo. Os americanos usam muito bem o jogos de palavras que demonstra bem sobre o que eu quero dizer. Para eles tem dois tipos de profissionais atuando nas organizações: aquele que é “Mind Full” e aquele que é “Mindful” embora as palavras se pareçam, diferem-se muito pelo modo de agir: o primeiro significa que está com a mente cheia (gerando ação dispersa), o segundo está atento (gerando ação eficaz). As organizações precisam desse segundo profissional, que esteja focado e selecione qual conhecimento e intensidade deve aplicar na gestão de sua área. Este era o sinal que eu queria transmitir para aquele grupo de profissionais. Dentre muitas lições que aprendi ao longo da minha carreira, abaixo listo sete a serem observadas pelos responsáveis pela gestão estratégica de custos nas organizações, de modo a ligar o “alerta” para ações de gestão estratégica de custos: 1 – Entenda a sua organização Comece por entender qual é a principal razão da existência da sua empresa. Lembre- se que uma entidade organizacional existe para atender as necessidades do seus consumidores. Então questione quais são e o que querem os consumidores de sua empresa.
  • 2. O modelo social, estatutário e o regime fiscal podem definir o modo de gestão formal a ser cumprida. Busque entender esses aspectos que podem ser conflitantes com a definição operacional e gerencial. Saiba profundamente quem é o dono da sua empresa. Entenda como isso interfere na gestão e passe a atuar como se fosse o próprio dono. Lembre-se também que a organização nasce para a perpetuidade e as pessoas são transitórias. Atue hoje com a percepção clara que deve passar o bastão mais à frente. 2 – Saiba e atue na formação da cultura de gestão estratégica na organização A cultura de uma organização é formada por ações formais e informais. O gestor deve compreender como isso acontece e assim compor a forma de atuar gerencialmente, visando o sucesso da organização. O gestor deve se envolver na condução da cultura para obter um modelo de gestão inovadora (liderança- conhecimento técnico-método analítico), tendo como base: método consistente de trabalho, liderança construtiva e uma comunicação simples. 3 – Tenha ações focadas na definição estratégica Uma organização de sucesso pode ser definida por quatro pilares de atuação: Direção, Planejamento, Controle e Realização. Muitas empresas conseguem sobreviver somente realizando coisas, porém gastam muito tempo, recurso e energia para terem sucesso. O ideal é ter a noção clara para onde querem ir, planejar como chegará lá, realizar rigorosamente o que planejou e essencialmente controlar (planejado x realizado) mantendo a empresa na direção estratégica definida. Cabe ao gestor compreender o papel estratégico da organização e conduzir as ações para atingir essas metas. 4 – Oriente-se por processos Todo e qualquer produto e serviço nasce de um processo. A complexidade organizacional exige vários processos para atender a necessidade de seus consumidores. A única maneira de realizar uma boa gestão é mapear a empresa e identificar quais são os processos requeridos para compor a Operação; Suporte ou Apoio; Administração; Planejamento; etc. O gestor deve se ater nos processos críticos isolando- os para exercer a gestão a partir desses processos. Deve criar, manter e analisar os indicadores de performance, atuando
  • 3. sempre nas causas de sucesso e insucesso, recompondo-as no planejamento de maneira contínua. Deve entender e compor uma ferramenta de custeio que melhor se adapte ao modelo de gestão e cultural da empresa. 5 – Faça a captura da subjetividade Talvez o que está minando a criação de valor na empresa seja exatamente aquilo que ela não esteja fazendo ou que não esteja sendo controlado. As vezes controlamos a ponta do iceberg e desconsideramos o que está abaixo da linha d´água. Cabe ao gestor avaliar e medir capacidade ociosa, custos de oportunidade não observadas, potencial humano não utilizado ou subutilizado, custos de não fazer, etc. Monitore e controle os custos escondidos da mesma maneira que você controla o custos formais da sua organização. 6 – Compreenda e administre a formação de preço dos produtos e serviços Embora seja recorrente e obvio falar que alguns produtos são tidos como commodities e a empresa não consegue fazer o preço dos seus produtos, na maioria das vezes não se pode estabelecer o preço, porém pode sim a todo momento controlar um dos principais elementos que formam o preço: “Custos” O gestor deve compreender quais são os custos que contribuem para distorções no preço e que devem ser monitorados, pois dessa maneira controlará a margem de lucro. Se hoje as algumas empresas correm riscos de seus custos baterem no preço de venda, então o papel do gestor, evidentemente é crucial. O gestor deve constituir um painel onde, além dos custos operacionais, devem ter os seguintes indicadores controlados: 1. Internos: Capacidade Instalada, Processos, Funcionários e Procedimentos; 2. Capital de Giro: Contas e Pagar e a Receber, Estoques e Prazos 3. Externos: Inflação, Impostos, Câmbio e Marketing; 4. Societários: Sociedade, Participação nos Lucros, Geração de Caixa e Criação de Valor(EVA). 7 – Educação: Seja um eterno aprendiz! Uma empresa é um organismo vivo que muda constantemente e requer um modelo de gestão e profissionais extremamente dinâmicos que respondam adequadamente a essas mudanças. Os gestores devem assimilar a capacidade de aprender sempre. Porém a melhor qualidade será aquela que determine nesse aprendizado qual tipo de profissional devemos ser: o MIND FULL ou MINDFUL e quanto de seu conhecimento é convertido em ação que cria valor para sua organização.
  • 4. Sobre o Autor: Lauro Jorge Prado - Contador, Pedagogo, Pós-Graduado em Controladoria e Finanças (FAPEI) e em Planejamento e Gestão de Negócios (FAE) e especialização em Gestão Empresarial (FGV), em Custos (FGV), em Educação Virtual (SENAC), em Gestão Agroflorestal (UFPR). Atuou por mais de 18 anos em empresas do ramo Florestal, Papel e Celulose. Atua como consultor em Gestão Empresarial desde 2003. É sócio da Empresa TOPSIS Consultoria Ltda. Consultor Certificado pela Thompson Management Horizons. Contato: www.topsis.com.br lauroprado@topsis.com.br (41) 3232-4577 (43) 9111-2752