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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado




    90 RAZÕES PARA GUARDAR O
             SÁBADO
                                  Leandro Bertoldo
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado




                                  Dedicatória


                         Dedico este livro à minha dedicada e esforçada aluna “Miriam
                         dos Santos Basílio Costa”.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado




                         “Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por
                         toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se
                         combinaram para impor a observância do domingo, a recusa
                         persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular,
                         fará com que esta minoria seja objeto de execração universal”
                         (Eventos Finais, 137).

                                                                          Ellen Gould White
                                                        Escritora, conferencista, conselheira,
                                                               e educadora norte-americana.
                                                                                 (1827-1915)
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                             Dados biográficos
                          “O conflito por causa do sábado exporá o assunto ao povo, e será concedida uma
oportunidade para que sejam apresentadas as reivindicações do sábado genuíno”. (III Mensagens Escolhidas,
388).

                                                                                       Ellen Gould White




        Meu nome é Leandro Bertoldo. Sou o primeiro filho do casal José Bertoldo
Sobrinho e Anita Leandro Bezerra. Do relacionamento dos meus pais também nasceu o
meu irmão Francisco Leandro Bertoldo. Quando alcançamos a adolescência, nosso pai
colocou-nos para trabalhar no Cartório do Distribuidor Judicial de Mogi das Cruzes.
        Na minha infância fui estimulado pela leitura da vida de Isaac Newton e passei a
ter um enorme interesse nas áreas das exatas. Aos 17 anos comecei a escrever algumas
teses fundamentais nos campos da Física e da Matemática. Em 1979 matriculei-me na
faculdade de Física e em 2000 na de Direito, ambas na Universidade de Mogi das
Cruzes – UMC.
        Em 1995 publiquei meu primeiro livro de Física, que foi um grande sucesso
entre os professores universitários. Recebi várias cartas e telegramas de congratulações.
O meu comprometimento com o Direito é resultado das minhas atividades trabalhistas
junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
        Em 1986, sob a orientação da professora e colega de trabalho, Célia Regina de
Souza Xavier, passei por um extraordinário e maravilhoso processo de conversão, que
veio a avivar todas as minhas faculdades espirituais, tornando-me um cristão vivo e
praticante da Palavra de Deus. As minhas primeiras orientações doutrinárias vieram dos
cursos bíblicos produzidos pelo professor Valdir Gonçalves Xavier. Posteriormente,
estudei profundamente as Escrituras Sagradas na Classe Bíblica, sob a orientação do
eminente professor Pedro B’ärg. Pouco tempo depois fui bem sucedido em ministrar
estudos bíblicos nos lares de diversos interessados.
        Mais tarde, ao assumir a direção da Classe Bíblica, alcancei grande êxito em
preparar para o santo batismo algumas almas interessadas na verdade. Porém, a minha
obra principal tem sido realizada na Classe Pós-batismal, onde tenho preparado dezenas
de novos lideres para trabalharem nos ministério da igreja e na obra evangelística
voluntária.
        Fui casado por duas vezes e tive uma maravilhosa filha do primeiro matrimônio
chamada Beatriz Maciel Bertoldo, formada em Direito. Minha segunda esposa, Daisy
Menezes Bertoldo, tem sido uma grande companheira e amiga inseparável de todas as
horas.
        Sou dono de quatro lindos cachorros. Todos eles são amorosos, carinhosos,
doces e meigos. Seus maravilhosos nomes são: Fofa, Pitucha, Calma e Mimo. A minha
grande dúvida é a seguinte: Sou dono deles ou eles são meus donos?
        Durante minha carreira como cientista, contabilizei centenas de artigos e dezenas
de livros, todos defendendo teses originais em Física e Matemática. Entre os livros que
cheguei a publicar destacam-se: “Teoria Matemática e Mecânica do Dinamismo”
(2002); “Teses da Física Clássica e Moderna” (2003); “Cálculo Seguimental” (2005);
“Artigos Matemáticos” (2006) e “Geometria Leandroniana” (2007), os quais são objetos
de discussões em vários grupos de pesquisas avançadas nas grandes universidades do
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

país. Em teologia minhas principais obras publicadas são as seguintes: “Estudos
Bíblicos Avançados” (2006); “Exercícios de Estudos Bíblicos” (2008); “Profecias Sobre
o Tempo do Fim” (2009); “A Lei, o Sábado e o Domingo” (2010) e “Perguntas e
Respostas” (2011), os quais estão sendo empregados em pequenos grupos e classes
bíblicas. Muitas igrejas estão realizando seminários bem-sucedidos com o livro
“Profecias Sobre o Tempo do Fim” e “Exercícios de Estudos Bíblicos”.
        No primeiro semestre de 2012, a convite do dedicado e carismático missionário
voluntário “Edson Felix”, tive a grata satisfação de realizar aos domingos, na igreja do
Jardim São Pedro, em César de Souza, durante um período de seis meses, um
enriquecedor seminário intitulado “Profecias Sobre o Tempo do Fim” baseado no meu
livro “Conflito Final”. Esse período foi estendido para mais seis meses. Mas agora com
a apresentação do seminário das doutrinas fundamentais das Escrituras Sagradas,
baseadas no meu livro intitulado “Exercícios de Estudos Bíblicos”.
        Todas as minhas obras científicas e teológicas estão disponíveis a qualquer leitor
nos seguintes endereços eletrônicos:
http://centrodepesquisaleandrobertoldo.blogspot.com/
http://pesquisasbiblicas.blogspot.com/
        No decorrer dos anos, em minha denominação religiosa, fui Secretário do
Ministério Pessoal, Tesoureiro, Professor da Escola Sabatina, Promotor de Literatura,
Professor da Classe de Visitas, Ancião e, atualmente, Coordenador de Classe Bíblica.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                           Prefácio
                           “Na peleja a ser travada nos últimos dias estarão unidos, em oposição ao povo de
Deus, todos os poderes corruptos que apostataram da lealdade à lei de Jeová. Nessa peleja, o sábado do quarto
mandamento será o grande ponto em litígio”. (Eventos Finais, 124).

                                                                                           Ellen Gould White




         As 90 razões para guardar o sábado foram produzidas entre os meses de
setembro a outubro de 2012. Naquele período procurei escrever em média dois textos
por dia. Como resultado dessa produção, o leitor poderá esclarecer suas principais
dúvidas sobre a questão do sábado.
        Os comentários dos versículos estampados neste livro foram elaborados tendo
por base minha experiência como professor de curso bíblico preparatório para
candidatos ao batismo. Procurei desenvolver de forma abreviada algumas explanações
sobre as principais passagens bíblicas referentes ao sábado. Também procurei
apresentar ao leitor algumas outras passagens bíblicas que tem ligação imediata ou
mediata com os versículos bíblicos analisados.
        A partir dos versículos bíblicos destacados no cabeçalho de cada texto do livro,
procurei tecer algumas breves considerações lógicas sobre o conteúdo da passagem
bíblica. Para isso, na medida do possível, empreguei uma linguagem clara e objetiva,
sempre procurando pautar-me pela sistemática da Bíblia Sagrada. Tudo isto com vista à
perfeita compreensão do leitor sobre o tema apresentado em cada versículo.
        Nessa atividade, levei em consideração a rigorosa análise do contexto bíblico do
versículo considerado. Mesmo porque um comentário bíblico lúcido é simplesmente
uma paráfrase do texto bíblico selecionado. Porém, essa paráfrase deve limitar-se aos
parâmetros apresentados pelos próprios textos bíblicos analisados, sem perder de vista o
contexto sistemático das Escrituras Sagradas.
        Portanto, o método de interpretação empregado nesta obra é chamado de
“Interpretação Autêntica Contextual”, no qual a passagem bíblica analisada é
interpretada pela própria Bíblia: “Vedes aqui, isto achei diz o pregador, conferindo uma
cousa com a outra para achar a causa” (Eclesiastes 7:27). “Porque é mandamento, sobre
mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra: um
pouco aqui, um pouco ali” (Isaías 28:10). Destarte, a Bíblia Sagrada explica-se a si
mesma.
        Para alcançar sucesso na empreitada proposta por este livro, foram selecionados
vários versículos bíblicos de grande expressão doutrinária e altamente precisos no
desenvolvimento dos temas apresentados.
        Verdadeiramente, este livro representa um poderoso auxílio aos leitores que
desejam conhecer o que a Bíblia Sagrada tem a dizer sobre o dia do Senhor. Diante
disso, é meu sincero desejo que o leitor possa conhecer mais precisamente uma das
doutrinas fundamentais ensinadas nas Escrituras Sagradas.

                                                                        leandrobertoldo@ig.com.br
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado




                                  1ª Razão
DEUS ORDENOU A GUARDA DO SÁBADO NA CRIAÇÃO DO MUNDO.

       “Assim os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus
acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a
sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele
descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera”. (Gênesis 2:1-3).


        Deus abençoou e santificou o sétimo dia ainda estando na primeira semana da
criação. A santidade desse dia foi estabelecida pessoalmente por Deus, bem antes da
entrada do pecado no mundo, e muitos séculos antes da existência de qualquer judeu
sobre a face da Terra, razão pela qual o sábado foi dado por Deus em benefício de toda
a humanidade.
        O sétimo dia da semana foi o único dia abençoado e santificado por Deus.
Nenhum outro dia, em qualquer outra época ou ocasião, recebeu tamanha distinção da
parte de Deus.
        A palavra “santo” na língua hebraica é qadosh e em grego é hagio que,
etimologicamente, significam “ser separado”; mas, separado para propósito sagrado.
Não faria nenhum sentido Deus ter santificado o sétimo dia da semana caso ninguém
tivesse a obrigação moral de observá-lo.
        O sábado não é preceito cerimonial. Ele não expia o pecado de ninguém, ainda
mais considerando que o sábado foi estabelecido bem antes da entrada do pecado no
mundo, o que demonstra claramente a sua natureza moral, e não cerimonial.
        Como o sábado foi dado na criação do mundo, ele é universal e deve ser
observado por todos fieis filhos de Deus em qualquer época da história da humanidade.




                                  2ª Razão
DEUS CONFIRMOU A GUARDA MORAL DO SÁBADO AO COLOCÁ-LO
COMO MANDAMENTO MORAL ENTRE OS DEZ MANDAMENTOS.

       “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás
toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma
obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
animal nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez
o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou:
portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”. (Êxodo 20:8-11).


        O Senhor Deus ratificou a benção e a santificação colocada sobre o sétimo dia
da semana – por ocasião da criação do mundo – ao incrustá-lo nas duas tábuas de pedra
do concerto, para fazer parte integrante dos Dez Mandamentos.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

       O dia do sábado é um memorial da criação, haja vista que a razão dada por Deus
para sua observância foi que “em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo
que neles há, e ao sétimo dia descansou”.
       O sábado nunca foi um dia qualquer entre sete, mas ele é especificamente o
sétimo dia da semana. Nem todos os dias são iguais, porque Deus fez questão de
distinguir o sétimo dia da semana dos demais ao descansar, abençoar e santificar o dia
do sábado. Destarte, nem todos os dias são santos, porque Deus santificou com
exclusividade absoluta somente o sétimo dia da semana, e nenhum outro dia.
       Como o sábado integra os Dez Mandamentos, ele tem um caráter universal,
tanto quanto os demais. O sábado é um mandamento moral, tanto quanto são os demais
mandamentos do decálogo. Sua obrigação é perpétua e deve ser observada em todas as
épocas pelos sinceros filhos de Deus.




                                  3ª Razão
FOI DEUS QUEM ESCOLHEU O SÉTIMO DIA DA SEMANA COMO DIA DE
DESCANSO.

       “Seis dias farás os teus negócios, mas ao sétimo dia descansarás: para que
descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o
estrangeiro”. (Êxodo 23:12).


        Em sua infinita soberania, Deus escolheu o sétimo dia da semana como um dia
de descanso das atividades seculares. Esse dia foi estabelecido na fundação do mundo
em benefício de toda a humanidade, razão pela qual Jesus disse que “o sábado foi feito
por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27). Como dia de
repouso indicado pelo próprio Deus e ratificado por Jesus Cristo, o sábado deve ser
observado por todos os santos do Altíssimo.
        Em seu ciclo biológico, tanto os homens como os animais necessitam de um
repouso a cada período de atividade cotidiana ordinária de seis dias. Esse repouso do
trabalho secular é necessário para que todos os homens possam descansar e tomar
alento, restaurando as suas energias física, mental e espiritual.
        A benção do sábado não foi colocada sobre nenhum outro dia da semana, razão
pela qual unicamente o descanso no sábado é abençoado pelo Senhor. Não adianta
descansar em qualquer outro dia da semana porque a benção do Senhor não foi colocada
em tal dia.
        “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento tem todos os
que lhe obedecem” (Salmos 111:10). Aqueles que temem ao Senhor repousarão no
sétimo dia da semana, dia em que o Senhor escolheu para sagrado repouso, inclusive o
próprio Senhor descansou, abençoou e santificou o dia do sábado.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  4ª Razão
FOI DEUS QUEM ELEGEU O SÁBADO COMO DIA DE CULTO DIVINO.

        “Seis dias obra se fará, mas ao sétimo dia será o sábado do descanso, santa
convocação; nenhuma obra fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações”.
(Levítico 23:3).


        Foi o Senhor Deus quem estabeleceu o sétimo dia da semana como sábado: “ao
sétimo dia será o sábado”. Destarte, o sábado não pode ser o primeiro dia da semana, ou
o segundo, terceiro, quarto, quinto ou sexto dia. Os judeus, Jesus e os apóstolos jamais
entenderam que o sábado poderia ser qualquer outro dia, a não ser o sétimo dia da
semana.
        O Senhor estabeleceu o sábado como um dia de “santa convocação”. Nesse dia
nenhuma obra secular deve ser realizada. A palavra “convocação” tem o significado de
“chamado”, “convite”. É claro que esse chamado tem uma finalidade especial. Não se
trata de uma convocação qualquer, mas sim de uma “santa convocação” da parte de
Deus. Como a palavra “santo” tem o significado de “ser separado” para propósito
sagrado, então a “santa convocação” no dia do sábado tem o significado especial de
separar uma convocação para propósito sagrado, o que nada mais é do convocar os
filhos de Deus para uma reunião religiosa.
        Está claro que o sábado é o dia em que os filhos de Deus cessam as suas
atividades seculares para cultuar a divindade. Após o encerramento da “santa
convocação”, a reverência pela santidade do sábado deve continuar em todas as
habitações dos fieis. Em suas casas não devem realizar nenhuma atividade profana que
venha comprometer a santidade das horas sagradas do santo sábado do Senhor.




                                  5ª Razão
DEUS ESCREVEU OS DEZ MANDAMENTOS COM SEU PRÓPRIO DEDO
PARA DESTACAR A IMPORTÂNCIA DESSA LEI.

       “E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte de Sinai) as duas
tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”. (Êxodo 31:18).


        Os Dez Mandamentos procederam diretamente das mãos do Senhor Deus.
Porém, as leis civis, criminais e cerimoniais foram escritas diretamente pelas mãos de
Moisés, que se encontrava sob inspiração divina.
       A importância dos Dez Mandamentos é tamanha que a Moisés não foi permitido
escrevê-los. Isto aconteceu para que a observância desses dez preceitos não viesse a ser
questionada pelos pecadores como produto da mente humana, e também para que
autoridade legislativa da divindade não pudesse ser usurpada pelos homens.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

        Foi Deus quem fez questão de escrever pessoalmente os Dez Mandamentos. As
Escrituras Sagradas registram claramente que o Senhor os escreveu com o Seu próprio
dedo em duas tábuas de pedra.
        Os Dez Mandamentos eram tão importantes e necessários na vida dos crentes,
que o Senhor Deus os escreveu pessoalmente por duas vezes, e nas duas vezes os
escreveu em tábuas de pedra. Nessas duas vezes o Senhor não confiou ao homem a
escrituração dos Dez Mandamentos.
        Algum tempo depois, quando Moisés estava registrando as leis civis, criminais e
cerimoniais, bem como os fatos históricos ocorridos entre o povo, é que ele foi
divinamente inspirado a “transcrever” os Dez Mandamentos para o Livro da Lei, onde
se encontram registrados em Êxodo 20:3-17.




                                  6ª Razão
DEUS ESCULPIU OS DEZ MANDAMENTOS EM TÁBUAS DE PEDRA PARA
INDICAR A SUA ETERNIDADE.

“E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de
Deus, esculpida nas tábuas”. (Êxodo 32:16).


        Tanto as duas tábuas de pedra, quanto o conteúdo dos mandamentos, cuja
escritura estava esculpida naquelas tábuas, não eram obras de Moisés, mas “eram obra
de Deus”.
        Esse fato é mais do que suficiente para demonstrar a importância dos Dez
Mandamentos, que se destacam sobre todas as demais leis escritas por Moisés em livros
de pergaminho ou papiro.
        É extremamente significativo destacar que os Dez Mandamentos foram
esculpidos pessoalmente pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra para indicar a sua
tremenda importância e sua eternidade.
        A História Universal mostra que os antigos egípcios procuraram eternizar-se
registrando os seus feitos nas pedras. Com esse propósito, construíram as grandes
pirâmides e escreveram a sua história esculpindo-a nas pedras, a qual permanece
registrada até aos dias de hoje. Por outro lado, os israelitas viveram como escravos nas
terras do Egito por quase cinco séculos. Gerações após geração ficaram conscientizadas
e com as mentes impregnadas com conceito egípcio de que toda escrita em pedra é para
sempre.
        Foi por essa razão que Deus escreveu os Dez Mandamentos em pedra, visando
mostrar ao povo que aqueles mandamentos de origem divina deveriam ser observados
por todos em todas as épocas e para sempre.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  7ª Razão
DEUS ANUNCIOU, PRESCREVEU E ESCREVEU OS DEZ MANDAMENTOS
EM DUAS TÁBUAS DE PEDRA PARA DISTINGUI-LOS DAS DEMAIS LEIS.

     “Então vos anunciou ele o seu concerto que vos prescreveu, os dez
mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”. (Deuteronômio 4:13).


        É a própria Bíblia Sagrada quem intitula o escrito das duas tábuas de pedra
como sendo “Dez Mandamentos”. Ela repete esse título por mais duas vezes (Êxodo
34:28; Deuteronômio 10:4).
       Esses mandamentos são tão importantes que Deus não confiou a sua escrita a
Moisés. Mas fez questão de escrevê-los pessoalmente com o seu próprio dedo em duas
tábuas de pedra, e o fez por duas vezes. Com tal atitude o Senhor procurou distinguir os
Dez Mandamentos de todas as demais leis dadas ao povo por intermédio do ministério
de Moisés.
       Os Dez Mandamentos representam a materialização institucional do amor a
Deus e do amor ao próximo.
       A apresentação dos Dez Mandamentos ao mundo foi tão importante que na sua
tramitação esteve envolvida quatro processos distintos: Primeiro, o Senhor os
“prescreveu”. Segundo, o Senhor os “anunciou” a todos. Terceiro, o Senhor os
“escreveu” em duas tábuas de pedra. Quarto, Moisés copiou os Dez Mandamentos para
o Livro da Lei.
       Entre os vários concertos feitos pelo Senhor Deus, no decorrer da história, com
várias pessoas notáveis, os Dez Mandamentos figura como um dos principais. Esses
mandamentos representam o Concerto do Senhor com todos crentes que desejam servir
a Deus com uma vida santificada na verdade pela fidelidade a Deus.




                                  8ª Razão
A LEI ERA A MESMA TANTO PARA OS JUDEUS COMO PARA OS
GENTIOS CONVERTIDOS.

       “Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o estrangeiro que
entre vós peregrina, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós, assim será o
peregrino perante o Senhor. Uma mesma lei e um mesmo direito haverá para vós e
para o estrangeiro que peregrina convosco”. (Números 15:15-16).


        Deus estabeleceu explicitamente que deveria haver um “mesmo estatuto”, uma
“mesma lei” e um “mesmo direito”, tanto para os judeus quanto para os gentios que
viviam no meio do povo de Deus.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

        Claramente o Senhor disse o seguinte: “Uma mesma lei haja para o natural, e
para o estrangeiro que peregrinar entre vós”. (Êxodo 12:49).
        Diante do exposto está mais do que evidente que os gentios convertidos ou não
nunca foram excluídos de obedecer todas as leis divinas. Eles sempre tiveram as
mesmas obrigações, deveres e direito que tinham os filhos de Israel.
        Portanto, pode-se concluir que nenhuma das leis divinas foi dada exclusivamente
para o povo judeu e ninguém mais. A Bíblia Sagrada não estabelece essa exclusividade,
mas as Escrituras são claras, claríssimas em mostrar que os gentios sempre tiveram a
obrigação de guardar todas as leis divinas que estavam em vigor naquela época,
inclusive observando todos os Dez Mandamentos.
        Nem poderia ser de outra forma, “pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos
deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz
acepção de pessoas, nem aceita recompensas” (Deuteronômio 10:17).




                                  9ª Razão
TANTO JUDEUS QUANTO GENTIOS DE TODAS AS CLASSES SOCIAIS
ENTRARAM NO CONCERTO DO SENHOR.

        “Vós todos estais hoje perante o Senhor vosso Deus: os cabeças de vossas
tribos, vossos anciãos, e os vossos oficiais, todo o homem de Israel. Os vossos meninos,
as vossas mulheres, e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador
da tua lenha até ao tirador da tua água. Para que entres no concerto do Senhor teu
Deus, e no seu juramento que o Senhor teu Deus hoje faz contigo”. (Deuteronômio
29:10-12)


        Todas as classes sociais existentes dentro da jurisdição israelita, tais como
aqueles que eram cabeças das doze tribos, anciãos, oficiais, homens, mulheres, meninos,
rachadores de lenha, tiradores de água e até mesmo os estrangeiros que são os gentios,
foram convocadas para entrar no pacto ou concerto do Senhor Deus.
        Portanto, está claro que o pacto ou concerto do Senhor não foi feito
exclusivamente com povo israelita e ninguém mais. A Bíblia Sagrada não ensina tal
heresia. Mas, as Escrituras ensinam que o concerto do Senhor foi feito com todos os
crentes, posto que até mesmo os gentios jamais foram excluídos do concerto do Senhor
Deus.
        Diante dos versículos bíblicos supramencionados ficou perfeitamente
comprovado que o concerto do Senhor é universal. Sob a perspectiva da Bíblia Sagrada,
esse concerto abrange tanto judeus quanto gentios convertidos às verdades reveladas na
Palavra do Senhor.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  10ª Razão
TANTO OS JUDEUS QUANTO OS GENTIOS ESTAVAM OBRIGADOS A
PRATICAR AS PALAVRAS DA LEI.

       “Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos e os teus estrangeiros que estão
dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e
tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei”. (Deuteronômio 31:12).


        Em    várias ocasiões o povo de Deus era regularmente convocado pelas
autoridades civis e sacerdotais para ouvir, aprender e a temer ao Senhor Deus. Também
lhes era ensinado a serem cuidadosos em praticar todas as palavras do Livro da Lei.
        O importante nesse versículo é mostrar que tanto quanto os filhos de Israel, os
gentios jamais foram excluídos de observar qualquer preceito divino expresso nas
palavras registradas no Livro da Lei.
        Sem uma maior compreensão a respeito dos ensinos das Escrituras Sagradas,
algumas pessoas supõem que os gentios não tinham nenhuma obrigação de observar as
leis dadas ao povo de Deus.
        Porém, a grande verdade é que as Escrituras Sagradas mostram que esses
expositores estão totalmente equivocados. Elas mostram que os gentios convertidos à
verdade tinham sim, a obrigação de praticar todas as palavras registradas no Livro da
Lei, e não somente os judeus.
        Os gentios tanto quanto os judeus eram convocados “para que ouçam, e
aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras
desta lei”.




                                  11ª Razão
O CONCERTO NÃO FOI DADO SOMENTE PARA OS QUE OUVIRAM E
ACEITARAM OS TERMOS DO PACTO NO DIA QUE FOI ANUNCIADO.

       “E não somente convosco faço este concerto e este juramento. Mas com aquele
que hoje está aqui em pé conosco perante o Senhor nosso Deus, e com aquele que hoje
não está aqui conosco”. (Deuteronômio 29:14-15).


        O concerto que Deus fez com o Seu povo não se limitava exclusivamente aos
que ouviram e aceitaram os termos do concerto no dia em que foi pronunciado e depois
escrito no Monte Sinai.
        Segundo o explícito ensino das Escrituras Sagradas o concerto do Senhor nosso
Deus também abrangia todas as gerações futuras do povo de Deus, tanto a dos gentios
quanto à dos filhos de Israel.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

        Isso é muito claro, haja vista que tanto os filhos de Israel quanto os gentios
foram convocados para entrar “no concerto do Senhor teu Deus” (Deuteronômio 29:10-
12). Além disso, esse concerto também estava incluindo “aquele que hoje não está aqui
conosco”. (Deuteronômio 29:15).
        Esse versículo bíblico é significativo porque alguns dizem que o concerto tinha
validade somente para os filhos de Israel que ouviram e aceitaram os termos do pacto.
Nada mais equivocado. Pela Bíblia Sagrada, o concerto também teria validade para
todos que não estiveram presentes e não ouviram os termos do pacto no dia em que foi
anunciado.
        Diante do exposto, conclui-se que concerto divino não foi feito exclusivamente
com aquele que estava presente no dia em que foi anunciado por Deus, mas também foi
feito “com aquele que hoje não está aqui conosco”.




                                  12ª Razão
O SÁBADO OU QUALQUER OUTRO PRECEITO DA LEI JAMAIS FOI DADO
EXCLUSIVAMENTE PARA OS FILHOS DE ISRAEL.

       “E aos filhos dos estrangeiros, que se chegarem ao Senhor, para o servirem, e
para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que
guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu concerto. Também
os levarei ao meu santo monte, e os festejarei na minha casa de oração; os seus
holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será
chamada casa de oração para todos os povos”. (Isaías 56:6-7).


        Os gentios convertidos que “se chegarem ao Senhor, para o servirem, e para
amarem o nome do Senhor”, além de terem a obrigação de guardar o sábado, também
poderiam abraçar o concerto do Senhor.
       Diante do exposto, está claro que o sábado não faz parte de um pacto exclusivo
entre Deus e os filhos de Israel e ninguém mais, haja vista que até mesmo os gentios
convertidos tinham que guardar “o sábado, não o profanando”, bem como abraçando o
concerto do Senhor.
       Antes da cruz os gentios convertidos eram festejados na casa de oração do
Senhor e os holocaustos e sacrifícios oferecidos pelos gentios eram aceitos no altar do
Senhor.
       Antes da cruz a expiação dos pecados estava fundamentada no sangue de
animais. Essa regra tinha validade tanto para os filhos de Israel quanto para os gentios
convertidos. Após a cruz a expiação de pecados passou a ser pelo no sangue de Cristo.
Essa regra tem validade tanto para os filhos de Israel quanto para os gentios
convertidos.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  13ª Razão
O SÁBADO FOI DADO NA FUNDAÇÃO DO MUNDO E CONTINUARÁ PARA
SEMPRE SENDO LEMBRADO NA NOVA TERRA.

       “Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante da
minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será
que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne
a adorar perante mim, diz o Senhor”. (Isaías 66:22-23)


        Os     versículos apresentados por Isaías estão claramente anunciando
acontecimentos vindouros. Nesses versículos Isaías profetiza a futura obra do Senhor
em restaurar os Céus e a Terra: “como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer,
estarão diante da minha face, diz o Senhor”. A profecia do Novo Céu e Nova Terra está
disseminada por toda extensão das Escrituras Sagradas (Isaías 65:17; II Pedro 3:13;
Apocalipse 21:1).
        Em seguida o Senhor faz referência àqueles que serão ressuscitados para a vida
eterna: “assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (diante da minha face).
Sobre a ressurreição declara Isaías: “Os teus mortos viverão, os teus mortos
ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como
o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos” (Isaías 26:19).
        A seguir o Senhor faz alusão à adoração que receberá de toda a carne,
representada por todos os salvos de todas as épocas. Ele será adorado mensalmente:
“desde uma lua nova até à outra” e semanalmente: “desde um sábado até ao outro”.
        Na nova Terra, a semana continuará tendo sete dias. O sábado será lembrado
para sempre, por todos os salvos, como um marco semanal na adoração do nosso
Criador e Redentor.




                                  14ª Razão
CRISTO ENSINOU AOS SEUS OUVINTES SOBRE A NECESSIDADE DO
CRISTÃO OBSERVAR OS MANDAMENTOS.

       “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo
que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu
adultério com ela”. (Mateus 5:27-28).


        Nessa passagem bíblica, Jesus Cristo citou dois mandamentos esculpidos no
Decálogo – “adultério” e “cobiça” – visando ensinar três coisas fundamentais à vida do
cristão:
         Primeira, Jesus mostrou que estava se referindo aos Dez Mandamentos ao
mencionar dois mandamentos do Decálogo.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

       Segunda, o Senhor mostrou que a lei é espiritual, alcançando até mesmo as
intenções do coração do ser humano.
       Terceira, Jesus foi totalmente apreciativo para com a lei, então ela tem a
aprovação divina e deve observada por todos os Seus discípulos.
       Longe de pensar na abolição da lei, Jesus ampliou-lhe o sentido e aplicação,
ensinando aos Seus ouvintes que a lei alcança até mesmo os desejos mais profundos do
coração humano, e não apenas um comportamento exterior.
       Supondo que a lei dos Dez Mandamentos tenha sido abolida, então porque Jesus
preocupou-se em ensinar aos Seus ouvintes a praticar os mandamentos dessa lei de uma
maneira mais profunda e rigorosa do que vinha até então sendo observada?
       A resposta para essa pergunta é muito simples e única: Cristo jamais teve a
intenção de anular a lei ou qualquer um de seus mandamentos morais.




                                  15ª Razão
CRISTO VINCULOU A VIDA ETERNA À GUARDA DOS MANDAMENTOS
DA LEI MORAL.

        “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele:
Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás
falso testemunho. Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
(Mateus 19:17-19).


        Jesus afirmou ao jovem rico que para entrar na vida eterna é necessário guardar
os mandamentos. Para mostrar que estava se referindo aos Dez Mandamentos, o Senhor
citou cinco mandamentos do Decálogo. Esses mandamentos têm relação com a
materialização do nosso amor para com o nosso próximo. Foi por isso que Jesus
acrescentou: “e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Jesus deixou claro que os Seus
seguidores precisam guardar os mandamentos da Lei Moral, mostrando que eles
continuam vigorando.
        Alguns supõem que os cristãos não precisam guardar o sábado porque Jesus não
citou tal mandamento. Então, conforme a referida suposição, os cristãos podem servir
outros deuses, venerar imagens e usar o nome de Deus em vão, simplesmente porque
Jesus também não citou tais mandamentos ao jovem rico. Para um bom entendedor,
meia palavra basta. A lista de Jesus é exemplificativa e não taxativa.
        Os primeiros quatro mandamentos do Decálogo materializam o nosso amor a
Deus e os seis últimos o nosso amor ao próximo. Mas, por que Jesus não apresentou os
demais mandamentos do Decálogo ao jovem? Eis como a Bíblia Sagrada responde a
essa pergunta: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso.
Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”
(I João 4:20).
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  16ª Razão
SABENDO QUE OS CRISTÃOS ESTARIAM GUARDANDO O SÁBADO
QUARENTA ANOS APÓS A SUA RESSURREIÇÃO, CRISTO ORIENTOU-OS
A ORAREM PARA QUE SUA FUGA DE JERUSALÉM NÃO OCORRESSE NO
SÁBADO.

      “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado”.
(Mateus 24:20).


        Sabendo que os cristãos estariam cultuando no sábado, mesmo depois de
decorridas várias décadas de Sua ressurreição, Jesus orientou-os a orarem para que a sua
fuga da destruição da cidade de Jerusalém não acontecesse “no inverno nem no sábado”.
        Caso a fuga dos cristãos ocorresse no inverno muitos morreriam devido o rigor
do frio. Se a fuga de Jerusalém ocorresse no sábado, muitos pereceriam, porque vindo
de todas as localidades da Judéia para adorar em Jerusalém no sábado, seriam cercados
e massacrados pelo exército invasor.
        A suposição de que os cristãos deveriam orar para que a sua fuga não ocorresse
no sábado porque as portas de Jerusalém ficavam fechadas nesse dia não tem o menor
sentido, haja vista que a aproximação do exército invasor em qualquer dia da semana
teria igualmente levado as autoridades judaicas fecharem as portas de Jerusalém.
        A profecia de Cristo cumpriu-se 40 anos após a Sua ressurreição. No ano 70
d.C., a cidade de Jerusalém foi totalmente cercada e destruída pelo exército romano
comandado por Tito Vespasiano. Nenhum cristão pereceu no cerco, haja vista que a
destruição de Jerusalém não ocorreu num sábado e, portanto, os cristãos não estavam
concentrados em Jerusalém para adorar no Templo (Lucas 24:52-53).




                                  17ª Razão
PARA DAR EXEMPLO A TODOS, CRISTO TINHA O COSTUME DE
CULTUAR AOS SÁBADOS.

       “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o
seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler”. (Lucas 4:16).


        Jesus Cristo nasceu em Belém (Mateus 2:1), mas foi criado na cidade de Nazaré
(Mateus 2:22). Longe de ensinar ou insinuar a abolição do sábado, Jesus tinha o
“costume” de cultuar aos sábados.
        O Senhor Jesus frequentava as reuniões religiosas aos sábados em obediência ao
mandamento divino que ordena a santificação do sábado semanal (Êxodo 20:8) com a
realização de uma santa convocação (Levítico 23:3).
18
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

         O culto religioso era realizado na igreja, conhecida pelo nome de sinagoga, que
passaram a proliferar no território judeu após o término do cativeiro babilônico, bem
como nas comunidades judaicas da diáspora.
         O “costume” é definido como uma norma de conduta não escrita caracterizada
pela prática reiterada de um ato com o sentido de sua obrigatoriedade. Dentro dessa
linha de definição, Jesus Cristo observava o sábado reiteradamente, estando
perfeitamente consciente de que era uma atividade obrigatória para todos.
         No sábado Jesus participava das atividades realizadas durante o culto divino.
Realizava a leitura da Palavra de Deus (Lucas 4:16-17), ensinava aos interessados
(Marcos 1:21; 6:2; Lucas 4:31; 6:6; 13:10), aliviava o sofrimento dos enfermos porque é
lícito fazer bem nos sábados (Mateus 12:12).
         Portanto, longe de denegrir o sábado, Jesus o exaltava santificando esse dia nos
cultos religiosos realizados nas sinagogas.




                                  18ª Razão
OS PRIMEIROS CRISTÃOS GUARDAVAM O SÁBADO DO SENHOR.

       “E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e
viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam
especiarias e unguentos, e no sábado repousaram, conforme o mandamento”. (Lucas
23:55-56).


        A Lei Cerimonial de expiação de pecados pelo holocausto de animais cessou
definitivamente com a morte de Cristo. Mas, o Decálogo continuou vigorando. Tanto é
verdade, que os discípulos de Jesus continuaram observando o sábado, conforme manda
o quarto mandamento da Lei Moral.
        As mulheres que seguiram a Jesus desde a Galiléia, testemunharam a
crucificação do Senhor; presenciaram a retirada do corpo de Jesus da cruz e
acompanharam o féretro, conduzido por José de Arimatéia e Nicodemos, até o sepulcro.
Após o funeral aquelas santas mulheres retornaram para o local onde estavam
hospedadas e prepararam especiarias e unguentos com a intenção de ungir o corpo de
Jesus Cristo.
        Ocorre que, com o pôr do sol daquele dia, começou a fluir as horas sagradas do
sábado. Então as santas mulheres cessaram as suas atividades e repousaram, conforme
determina o quarto mandamento do Decálogo.
        Caso Jesus tenha transgredido o sábado e ensinado a outros fazerem o mesmo,
então Ele esqueceu-se de avisar aquelas santas mulheres, pois elas demonstraram nada
saber a respeito de uma suposta abolição do sábado. Muito pelo contrário, elas
demonstraram ter grande respeito pelo dia do sábado. Isto indica claramente que aquelas
mulheres jamais foram ensinadas a menosprezar o santo sábado do Senhor.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                   19ª Razão
TANTO QUANTO OS                   JUDEUS,   O   APÓSTOLO        PAULO      TAMBÉM
GUARDAVA O SÁBADO.

       “E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte
lhes fossem ditas as mesmas coisas. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a
cidade a ouvir a palavra de Deus”. (Atos 13:42 e 44).


        Paulo e Barnabé observaram o sábado juntamente com judeus e gentios na
sinagoga da cidade de Antioquia. Ao final do culto divino os dirigentes da sinagoga
deram oportunidade para Paulo e Barnabé anunciarem alguma palavra de conforto aos
membros daquela sinagoga. Então Paulo aproveitou a oportunidade para anunciar o
evangelho aos judeus e aos gentios que se encontravam congregados.
        Os gentios manifestaram grande interesse pela mensagem pregada pelo apóstolo
Paulo. Ao final da pregação, os judeus retiraram-se da sinagoga, mas os gentios
solicitaram que Paulo pregasse as mesmas mensagens no sábado seguinte. O entusiasmo
gerado pela pregação de Paulo foi tão grande que os gentios daquela sinagoga, durante a
semana, fizeram uma enorme propaganda por toda a cidade. O resultado foi que, no
sábado seguinte, quase todos os gentios de Antioquia estavam reunidos para ouvir a
Palavra de Deus.
        O apóstolo Paulo nada anunciou aos gentios sobre a necessidade do cristão
cultuar no domingo, a não ser cultuar no sábado. Nada ensinou sobre a santificação do
domingo, mesmo porque toda cidade ajuntou-se para ouvir a “Palavra de Deus”. Ora, a
Palavra de Deus ensina claramente a observância do sábado e não a observância do
domingo. No caso de dúvida, a regra é a seguinte: No silêncio das Escrituras Sagradas
compreende-se que prevaleceu a situação consolidada no mandamento do sábado.




                                   20ª Razão
MESMO EM LOCAIS ONDE NÃO HAVIA JUDEUS OU SINAGOGA, PAULO
FAZIA QUESTÃO DE GUARDAR O SÁBADO COM OS GENTIOS.

        “E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é
uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade. E no dia de sábado saímos fora das
portas, para a beira do rio, onde julgávamos ter lugar para oração; e, assentando-nos,
falamos às mulheres que ali se ajuntaram”. (Atos 16:12-13).


        Alguns, inadvertidamente, supõem que o apóstolo Paulo não guardava o
sábado, mas que apenas aproveitava a oportunidade para evangelizar os judeus que
cultuavam nesse dia na sinagoga. Porém, não é esse o ensino bíblico.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

        Em suas viagens missionárias, Paulo chegou numa cidade gentílica chamada
“Filipos”, localizada na Macedônia. Essa cidade estava em fase de colonização. Nela
não havia sinagogas ou judeus, mas somente os colonizadores gentios.
        Supondo que Paulo não guardava o sábado, então ele não teria nenhum motivo
para cultuar nesse dia. Porém, após permanecerem alguns dias naquela cidade,
finalmente chegou o fim de semana com o sábado. Mas, devido às intensas atividades
dos colonizadores, não havia um lugar propício para a “santa convocação” do sábado.
Assim, Paulo e sua equipe missionária, saíram pelas portas do muro da cidade à procura
de um local sossegado para oração e culto religioso com vista à santificação do sábado,
conforme determina o quarto mandamento do Decálogo.
        Essa passagem bíblica é muito clara em mostrar que Paulo e sua equipe
constituída por missionários cristãos guardavam o sábado entre os gentios, mesmo em
locais onde não havia nenhum judeu ou qualquer sinagoga.




                                  21ª Razão
A LEI NÃO FOI DADA AO HOMEM COMO MÉTODO DE SALVAÇÃO.

        “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em
Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de
Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada”. (Gálatas 2:16).


        A justificação do pecador não vem pelas obras da lei porque a lei não foi dada
como método de salvação. A lei não possui a virtude para salvar o homem da morte
eterna. Ela não tem poder para perdoar os pecados. A lei não pode salvar porque ela não
tem sangue para ser vertido em benefício dos pecadores, haja vista que “sem
derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).
        Os homens são justificados unicamente pela “fé em Jesus Cristo”, mas com o
fundamento da “fé de Cristo”. “Porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada”.
        Nenhum homem poderá ser salvo com pelas obras da lei. Porem, ninguém
poderá ser salvo sem obedecer à lei “porque o pecado é a transgressão da lei” e “o
salário do pecado é a morte” (I João 3:4; Romanos 6:23). À mulher adultera Cristo
disse: “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11).
        Aos que seguem a Cristo está escrito: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda
os mandamentos” (Mateus 19:17) porque “os que praticam a lei hão de ser justificados”
(Romanos 2:13).
        A Bíblia Sagrada não contém contradições. As contradições encontram-se nas
interpretações dos homens que, “querendo ser doutores da lei, e não entendendo nem o
que dizem nem o que afirmam”. (I Timóteo 1:7).
21
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  22ª Razão
A LEI NÃO SALVA NINGUÉM PORQUE A SUA FUNÇÃO CONSISTE EM
MOSTRAR AO HOMEM O QUE DEUS CONSIDERA PECADO.

        “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque
pela lei vem o conhecimento do pecado”. (Romanos 3:20).


        Nenhum      ser humano obterá perdão dos seus pecados diante do Senhor
simplesmente por obedecer à Lei de Deus. A lei não possui eficácia para salvar qualquer
homem. Ninguém será justificado praticando as obras da lei.
        O que a Bíblia Sagrada revela é que o homem é salvo unicamente pela graça,
mediante a fé e julgado pelas obras. A graça é o favor divino concedido à imerecida
humanidade pelos méritos da morte de Cristo Jesus. A fé é a plena convicção de que a
graça é suficiente para salvar aquele que deseja ter a vida eterna. Finalmente, todos são
julgados pelas obras porque “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).
        Muito embora a Lei de Deus não tenha sido dada aos homens como “método” de
salvação, ainda assim ela possui uma função. Sua função fundamental consiste em
trazer à consciência do homem o conhecimento do pecado. Este conceito da lei é tão
importante que Paulo foi levado a declarar: “Eu não conheci o pecado senão pela lei;
porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”.
(Romanos 7:7). Em outras palavras, Paulo não teria conhecimento do pecado se a lei
não informasse o que o Senhor Deus considera pecado.
        A verdade é que a lei não salva ninguém, mas ninguém que tenha aceitado a
graça poderá ser salvo sem observar a lei, porque o pecado é a transgressão da lei e o
salário do pecado é a morte eterna do pecador, estando ou não debaixo da graça.




                                  23ª Razão
PAULO ENSINA QUE A FÉ NÃO ANULA A LEI, MAS PELO CONTRÁRIO, A
FÉ ESTABELECE A LEI NA VIDA DO CRISTÃO.

        “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a
lei”. (Romanos 3:31).


        Na passagem bíblica em consideração, o apóstolo Paulo faz uma pergunta
retórica: “Anulamos, pois, a lei pela fé?” E, ele mesmo responde: “De maneira
nenhuma”.
        Paulo mostra claramente que a fé não é incompatível com a observância da lei.
Seu ensino salutar é que a fé do cristão não anula a prática dos Dez Mandamentos. O
que é anulado pela fé no sangue remidor de Cristo é o pecado, e não a lei. A lei
simplesmente aponta para o pecado, mas ela mesma e sua observância não são pecado.
22
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

Eis o que diz o apóstolo Paulo: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum
(Romanos 7:7).
        A fé e as obras da lei andam de mãos dadas. A fé sem as obras é morta e as obras
sem a fé é legalismo. Uma fé verdadeiramente viva é aquela acompanhada de obras. Eis
a razão pela qual a fé não anula a lei, mas na realidade a lei é estabelecida na vida de fé
do cristão.
        Antes de sua conversão, o homem vive na transgressão da lei: Ele desonra pai e
mãe, comete adultério, furta, diz falso testemunho, cobiça etc. Porém, quando esse
homem se converte na fé de Cristo, ele passa a andar em novidade de vida. Agora, mais
do que nunca, a lei é estabelecida em sua natureza espiritual. A partir de sua conversão,
mais do que nunca, o homem passará a cumprir os mandamentos da lei: “Não matarás,
não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua
mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 19:18-19).




                                   24ª Razão
TODOS QUE NASCERAM DE NOVO GUARDAM OS ESTATUTOS E JUÍZOS
DIVINOS.

       “E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei
o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de
vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e
os observeis”. (Ezequiel 36:26-27).


        Todos que nascem de novo recebem da parte de Deus um “coração novo” e
passam a andar em novidade de vida. O Senhor Deus também implanta um “espírito
novo” e todos que nasceram de novo manifestam em seu viver uma natureza espiritual,
que até então não possuíam.
       A promessa divina para aquele que nascer de novo é que o Senhor tirará o seu
“coração de pedra”, que caracterizava a sua natureza carnal, que andava em rebelião
contra a vontade do Senhor. No lugar do “coração de pedra” o Senhor dará ao que
nascer de novo um “coração de carne”, que caracterizará a nova natureza do crente,
tornando-o um ser humano mais sensível ao sofrimento do próximo.
       O Senhor Deus também promete que colocará dentro daquele que nascer de
novo o Seu Espírito. Somente nessas condições aquele que nascer de novo passará a
andar observando os estatutos e juízos divinos, “porquanto a inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. (Romanos 8:7-8).
       A lei de Deus é espiritual, e por ser espiritual, ela é escrita no coração do crente.
Eis o que diz a Bíblia Sagrada: “Porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu
coração as escreverei” (Hebreus 8:10). Todo aquele que nasceu de novo tem a lei de
Deus em seu coração.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  25ª Razão
OS CRISTÃOS QUE ESTÃO DEBAIXO DA GRAÇA DIVINA E QUE
PRATICAM A LEI HÃO DE SER JUSTIFICADOS.

        “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus: mas os que praticam
a lei hão de ser justificados”. (Romanos 2:13).


        Paulo afirma que os cristãos que ouvem a lei, mas não a pratica, são injustos
diante de Deus. Porém, os que a praticam, hão de ser justificados. “Todo aquele, pois,
que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelha-lo-ei ao homem prudente, que
edificou a sua casa sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e as não
cumpre, compara-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”
(Mateus 7:24 e 26).
        Em várias passagens bíblicas Paulo ensina que o homem é justificado
unicamente pela graça mediante a fé; então por que agora ele afirma que “os que
praticam a lei hão de ser justificados”? Estaria Paulo sendo incoerente?
        Não, Paulo não está sendo contraditório! O homem realmente é justificado
somente pela fé; todavia, os cristãos que “não” praticam a lei serão condenados “porque
pela lei vem o conhecimento do pecado” e “o salário do pecado é a morte” (Romanos
3:20; 6:23). “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Além disso,
sem santificação na Palavra de Deus (João 17:17) “ninguém verá o Senhor” (Hebreus
12:14). Eis a razão pela qual aqueles que são justificados de seus pecados pelo sangue
de Cristo, mas que procuram evitar o pecado praticando a lei hão de ser justificados em
juízo. De nada adianta viver pela fé, se não existe obediência à lei, especialmente
porque somos salvos pela graça, mediante a fé, mas julgados pelas obras.




                                  26ª Razão
OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI PORQUE ELA CONTINUA EM VIGOR,
HAJA VISTA QUE ONDE NÃO HÁ LEI TAMBÉM NÃO HÁ
TRANSGRESSÃO.

       “Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há
transgressão”. (Romanos 4:15).


        Toda e qualquer lei para ser eficaz necessita estar atrelada a uma penalidade a
ser aplicada aos transgressores. Uma lei sem penalidade é imprestável para o seu
objetivo. Até mesmo no Jardim do Éden havia lei, a qual também tinha uma penalidade
(Gênesis 2:16-17; I Timóteo 2:14). Assim igualmente, a lei divina tem uma penalidade.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

A Bíblia Sagrada afirma que “a lei opera a ira”. Ocorre que a palavra “ira” aplicada
como atributo de Deus ou à lei tem sempre o sentido de “condenação”.
        A lei condena o transgressor à morte eterna “porque o pecado é a transgressão da
lei” (I João 3:4) e “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Esta é a “ira”
operada pela lei de Deus: a morte do pecador.
        No Novo Testamento, o apóstolo Paulo deixa claro que “onde não há lei também
não há transgressão”. Ora, supondo que a lei tenha sido abolida, então não há nenhum
mandamento para ser transgredido “porque onde não há lei também não há
transgressão”.
        Os apóstolos de Jesus foram unânimes em ensinar que “o pecado é a
transgressão da lei” (I João 3:4). Em outras palavras: “Se tu pois não cometeres
adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei” (Tiago 2:11). Como o pecado
continua existindo, então é porque ainda há transgressão da lei. Logo, a lei não foi
abolida, caso contrário não haveria mais pecado no mundo “porque onde não há lei
também não há transgressão”. Nada mais simples, claro é lógico!




                                  27ª Razão
A LEI CONTINUA VIGORANDO PORQUE O PECADO NÃO PODERIA SER
IMPUTADO, NÃO HAVENDO LEI.

      “Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não
havendo lei”. (Romanos 5:13).


        Na passagem bíblica em questão o apóstolo Paulo está afirmando que até o
momento em que a lei foi dada no monte Sinai, havia pecado no mundo. Tanto é
verdade que Adão pecou contra o Senhor (Romanos 5:14); Caim pecou matando seu
irmão Abel (Gênesis 4:8); os antediluvianos pecaram cometendo grandes atrocidades
(Gênesis 6:5; 11-12;); os habitantes de Sodoma e Gomorra eram grandes pecadores
contra o Senhor (Gênesis 13:13) etc.
         Ocorre que os pecados desses indivíduos jamais poderiam ser-lhes imputados,
caso não houvesse lei, porque “o pecado não é imputado, não havendo lei”. Porém,
sabemos que todos esses indivíduos foram considerados culpados pelos seus atos
pecaminosos e sofreram as consequências do juízo divino. Portanto, o seus pecados
foram-lhes imputados. Isto somente seria possível caso a lei estivesse vigorando antes
do Sinai.
         Nos dias de hoje, falsos ministros ensinam que a lei foi abolida. Ora, não
havendo lei, o pecado não poderia ser imputado a ninguém. Todavia, o pecado continua
sendo imputado aos transgressores da lei. Tanto é verdade, que o Espírito Santo
convence o mundo do pecado (João 16:8). Ele jamais poderia realizar essa obra caso a
lei tivesse sido abolida, porque “o pecado não é imputado, não havendo lei”.
         Resumindo. O pecado não poderia ser imputado a ninguém, caso não houvesse
lei. Todavia, a existência do pecado atesta a existência da lei, porque “o pecado não é
imputado, não havendo lei”.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  28ª Razão
OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI DE DEUS PORQUE O SALÁRIO DO
PECADO É A MORTE.

        “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos 6:23).


        Quando Adão e Eva pecaram, transgredindo o mandamento               divino, eles
receberam a remuneração que o seu pecado merecia: a morte. As consequências da
transgressão de Adão e Eva atingiram todas as pessoas porque, muito embora Deus
perdoe os pecados, Ele não elimina suas consequências.
        O homem foi condenado à morte eterna devido aos efeitos do pecado de Adão e
Eva. Porém, Jesus Cristo veio ao mundo e morreu pelos nossos pecados, para que no dia
em que nEle crêssemos, pudéssemos receber o perdão e a vida eterna.      O       pecador
arrependido e justificado pelo sangue do Cordeiro de Deus, tem como galardão a vida
eterna. Todavia, caso venha a cometer pecado do qual não se arrependa pela graça, ele
terá como salário a morte eterna. Nesta situação, a graça não lhe seria de nenhum
proveito.
        Conforme o versículo mencionado, a remuneração pelo pecado é a morte do
pecador, “mas o pecado não é imputado, não havendo lei” (Romanos 5:13) porque “o
pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4). Caso a lei tivesse sido abolida, então não
haveria mais morte porque o pecado não poderia mais ser imputado a quem quer que
seja.
        Paulo afirma categoricamente que “o salário do pecado é a morte” (Romanos
6:23). Porém, “o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4) e “onde não há lei também
não há transgressão” (Romanos 4:15). Caso a lei tivesse sido abolida, então não haveria
mais morte porque não mais haveria transgressão.




                                  29ª Razão
OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI PORQUE, ALÉM DE NÃO SER PECADO, A
LEI TAMBÉM MOSTRA AO HOMEM O QUE É PECADO.

       “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum: mas eu não conheci o
pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não
dissesse: Não cobiçarás”. (Romanos 7:7).


        A lei e sua prática pelos cristãos não constituem em pecado: “Que diremos
pois? É a lei pecado? De modo nenhum”, proclama o doutor dos gentios.
       Paulo enfatiza que o conhecimento do pecado vem pela lei. Num texto paralelo
ele advoga: “Porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Ele
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

testifica: “Eu não conheci o pecado senão pela lei” (Romanos 7:7). Logo, está claro que
uma das funções da lei consiste em trazer ao homem o conhecimento do pecado.
         Ninguém teria como saber que “concupiscência” é pecado, se no décimo
mandamento do decálogo não estivesse escrito: “não cobiçarás”. Portanto, como cobiçar
é pecado, então concluímos que a lei continua vigorando; caso contrário, a cobiça não
poderia ser considerada pecado.
         Para mostrar a qual lei estava se referindo, Paulo fez questão de citar, a título de
exemplo, um dos mandamentos do decálogo: “não cobiçarás”. É evidente que a citação
de um dos mandamentos do decálogo não exclui os demais, posto que a referida citação
não é taxativa, mas exemplificativa. Mesmo porque o mandamento não se resume
somente em “não cobiçarás”, mas em “não cobiçarás a casa do teu próximo, não
cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi,
nem o seu jumento, nem cousa alguma do teu próximo” (Êxodo 20:17).




                                   30ª Razão
AQUELES QUE ESTÃO NA CARNE MANIFESTAM UMA INIMIZADE
CONTRA DEUS PORQUE A CARNE NÃO ESTÁ SUJEITA À LEI DE DEUS.

        “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à
lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus”. (Romanos 8:7-8).


        Paulo afirma que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus”. Todos
descendentes de Adão nascem com uma natureza propensa para a prática do pecado.
Devido a essa natureza carnal, todos vêm ao mundo com um espírito de “inimizade
contra Deus”.
        A inclinação carnal do ser humano não se submete aos mandamentos da lei de
Deus, porque são coisas antagônicas. A natureza carnal está em aberta oposição aos
mandamentos da lei de Deus. Eis a razão pela qual “aquele que não nascer de novo, não
pode ver o reino de Deus” (João 3:3).
        A lei de Deus exige obediência, mas o coração natural do homem está em
rebelião contra Deus. Todos que rejeitam a lei de Deus manifestam em sua atitude que
ainda estão vivendo na carne.
        A inclinação da carne é oposta à inclinação do espírito. Como Paulo diz que “a
inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus”; então,
podemos concluir que “a inclinação do espírito é amizade a Deus, pois é sujeita à lei de
Deus”. Isto mostra que a lei de Deus está vigorando, até mesmo para os que estão
vivendo no espírito.
        Todos que não nascerem de novo jamais se sujeitarão à lei de Deus. É por essa
razão que aqueles “que estão na carne não podem agradar a Deus”.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  31ª Razão
SOMENTE AQUELES QUE NASCERAM DE NOVO PODEM GUARDAR A
LEI DE DEUS.

       “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (João 3:3)


        Jesus ensinou que todos precisam nascer de novo, caso contrário não podem ver
o reino de Deus. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”
(Romanos 3:23). O nascimento natural do ventre materno é chamado nas Escrituras de
nascimento carnal. Foi por isso que Jesus disse: “O que é nascido da carne é carne”
(João 3:6). “Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente” (I Coríntios 2:14).
        A natureza carnal é o estado espiritual decaído do ser humano. Todos nascem
propensos para a prática do pecado: “Eis que em iniquidade fui formado” (Salmos
51:5). “Alienam-se os ímpios desde a madre” (Salmos 58:3). “Que é o homem, para que
seja puro?” (Jó 15:14). “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém”. (Jó 14:4). Em
princípio, o novo nascimento é um avivamento das faculdades espirituais, que passam a
crer na veracidade da Palavra de Deus.
        A Bíblia ensina que o homem em seu estado decaído não consegue guardar a lei
de Deus porque a lei se opõe à sua natureza carnal. Essa é uma das razões pela qual ele
precisa nascer de novo. “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal,
vendido sob o pecado” (Romanos 7:14). “Porquanto a inclinação da carne é inimizade
contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os
que estão na carne não podem agradar a Deus” (Romanos 8:7-8).




                                  32ª Razão
NO NOVO CONCERTO A LEI DE DEUS CONTINUA VIGORANDO, MAS NO
CORAÇÃO DO CRISTÃO E NO SEU ENTENDIMENTO.

      “Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei
as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta”.
(Hebreus 10:16).


        Todos que nascerem de novo participarão do concerto feito pelo Senhor com
Seu povo. Os fieis terão as leis de Deus colocadas “em seus corações” e escritas “em
seus entendimentos”. Nesse contexto, “coração” e “entendimento” são conceitos
diferentes. Ter a lei de Deus colocada no coração significa tê-la na mente, mas
envolvendo as faculdades emocionais. Ter a lei de Deus escrita no entendimento
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

também significa tê-la na mente, mas envolvendo as faculdades racionais. Isso se tornou
possível com o sacrifício do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João
1:29).
        Na vigência do Antigo Concerto de expiação de pecados pelo sangue de animais,
a lei de Deus não era devidamente observada pelos adoradores, porque ela não estava
em seu coração ou em seu entendimento. Eles praticavam a lei no pé da letra, sem a
devida compreensão do seu significado. Porém, no Novo Concerto de expiação de
pecados pelo sangue de Cristo, a lei de Deus é colocada no coração e escrita na
compreensão dos adoradores.
        O Antigo Concerto mudou para o Novo Concerto; a antiga lei do sacerdócio
levítico mudou para a lei do sacerdócio de Cristo. Porém, a lei de Deus vigorou no
Antigo Concerto e continua vigorando no Novo Concerto, posto que seja uma lei moral
e espiritual (Romanos 7:14), à qual deve sujeitar-se todos que nasceram de novo
(Romanos 8:7).




                                  33ª Razão
O CRISTÃO TORNA-SE TRANSGRESSOR DA LEI QUANDO TROPEÇA
NUM ÚNICO PONTO DOS DEZ MANDAMENTOS.

        “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se
culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse:
Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor
da lei”. (Tiago 2:10-11).


        A lei de Deus é constituída por dez mandamentos, que foram escritos em duas
tábuas de pedra (Deuteronômio 4:13). A transgressão de qualquer um dos mandamentos
do decálogo – inclusive do sábado – implica na transgressão da lei. Eis a prova bíblica:
“Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado
de todos”.
        Para mostrar a qual lei estava se referindo Tiago citou dois mandamentos do
decálogo: “Não cometerás adultério” e “Não matarás”. A citação desses dois
mandamentos não excluiu os demais, haja vista que se trata de uma relação
exemplificativa e não taxativa.
        Não adianta guardar nove mandamentos se você estiver quebrando o
mandamento do sábado. Nesse caso, seria como se não tivesse guardado nenhum. “Se tu
pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei”.
        Parafraseando Tiago pode-se escrever: “Porque qualquer que guardar toda a lei,
e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não
farás para ti imagem de escultura, também disse: Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar. Se tu pois não faz para ti imagem de escultura, mas transgrides o sábado,
estás feito transgressor da lei”. O mesmo raciocino vale para os demais mandamentos
do decálogo.
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  34ª Razão
O CRISTÃO GUARDA A LEI DE DEUS PORQUE O PECADO É DEFINIDO
PELA BÍBLIA SAGRADA COMO TRANSGRESSÃO DA LEI.

       “Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei. Porque o pecado é
a transgressão da lei”. (I João 3:4).


        O Novo Testamento define o pecado como sendo transgressão da lei. Não
poderia ser de outro modo, haja vista que “pela lei vem o conhecimento do pecado”
(Romanos 3:20). Com relação a esse assunto, o apóstolo Paulo declarou: “Eu não
conheci o pecado senão pela lei” (Romanos 7:7).
        A transgressão de qualquer mandamento da lei de Deus é pecado: “Porque
qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de
todos... estás feito transgressor da lei” (Tiago 2:10-11). Bem sabemos que “o salário do
pecado é a morte” (Romanos 6:23). Portanto, a transgressão da lei tem como penalidade
a morte eterna do transgressor porque “o pecado, sendo consumado, gera a morte”
(Tiago 1:15). “Ora o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I
Coríntios 15:56).
        Admitindo a absurda suposição de que a lei foi abolida, então a que lei o
evangelista estaria se referindo? Se a lei foi abolida, então porque ainda existe pecado
no mundo? Caso os dez mandamentos tenham sido abolidos, então porque em nenhum
lugar das Escrituras encontramos Jesus ou os apóstolos expondo tal doutrina? A
resposta é muito simples: A lei dos dez mandamentos jamais foi abolida. Muito pelo
contrário, os dez mandamentos foram repetidos por preceito e exemplo por Jesus e pelos
santos apóstolos.




                                  35ª Razão
O CRISTÃO CONSEGUE GUARDAR A LEI PORQUE ELE PODE TODAS AS
COISAS NO SENHOR.

        “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Filipenses 4:13).


        O cristão que diz ser impossível ao homem guardar a lei de Deus está negando
as palavras bíblicas pronunciadas pelo apóstolo Paulo: “Posso todas as coisas naquele
que me fortalece”. Por ter nascido de novo, o cristão não vive mais para satisfazer os
desejos da carne, razão pela qual ele é fortalecido no espírito e pode guardar os dez
mandamentos, inclusive o dia do sábado.
       A recíproca também é verdadeira. Quem não nasceu de novo ainda está vivendo
para satisfazer os desejos da carne. Evidentemente não terá força espiritual para guardar
os dez mandamentos porque a natureza carnal não é sujeita à lei de Deus. Os cristãos
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

seriam incoerentes, caso dissessem que podem todas as coisas naquele que os fortalece,
mas dissessem que é impossível ao crente guardar os dez mandamentos.
        É claro que, separados de Cristo, nenhum ser humano tem poder para vencer o
pecado e guardar a lei de Deus. Foi Jesus quem disse: “porque sem mim nada podeis
fazer” (João 15:5). Aqueles que não nasceram de novo estão em rebelião contra a lei de
Deus, simplesmente porque a natureza carnal do homem está em conflito com a
espiritualidade da lei. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois
não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Romanos 8:7-8).
        Para o cristão nascido de novo a promessa de Deus é a seguinte: “Porei as
minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos” (Hebreus 10:16).
Somente a partir de então, é que o cristão pode guardar a lei de Deus.




                                  36ª Razão
O ANTIGO TESTAMENTO FOI ESCRITO PARA ENSINO DOS CRISTÃOS.
NELE ENCONTRA-SE O ENSINO DO MANDAMENTO DO SÁBADO.

       “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que pela
paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”. (Romanos 15:4).


        Em     seus escritos, o apóstolo Paulo remeteu os cristãos ao estudo das
“Escrituras”. Porém, as Escrituras que ele estava se referindo eram as do Antigo
Testamento; as únicas até então produzidas.
         Paulo diz que “tudo que dantes foi escrito” – uma clara referência ao Antigo
Testamento – “para nosso ensino foi escrito”. Ocorre que no Antigo Testamento
encontra-se o mandamento ordenando a santificação do sábado. Destarte, todos os
cristãos guardavam o sábado, conforme o ensino.
         O Antigo Testamento, além de ensinar o cristão a guardar o sábado, também
ensina sobre os dízimos e as ofertas. Ensina que o cristão a comprovar que Deus é bom
e que abrirá as janelas do céu e derramará uma bênção que trará maior abastança ao que
for fiel na devolução dos dízimos e das ofertas (Malaquias 3:10).
         É no Antigo Testamento que o cristão encontra o mandamento proibindo o
politeísmo, o culto de imagens, o uso indevido do nome de Deus, o adultério, o furto, o
assassinato, o falso testemunho (Êxodo 20:3-17).
         Por meio do Antigo Testamento o cristão passa a conhecer a grandiosa obra da
criação do mundo, a queda do homem, o maravilhoso plano da salvação, as profecias
sobre a vinda do Messias etc.
         As Escrituras, conhecidas como Antigo Testamento, trazem paciência e
consolação à vida do cristão. Isso faz com que todos tenham esperança no porvir.
31
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  37ª Razão
JESUS CRISTO MOSTROU QUE A LEI DEVE SER OBSERVADA, MAS
IMBUIDA DO AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO.

       “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda
a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Mateus
22:35-37).


        Ignorando os claros ensinos das Escrituras Sagradas, alguns afirmam que Jesus
Cristo substituiu os Dez Mandamentos do Antigo Testamento por outros dois novos
mandamentos, mais fáceis de serem guardados.
        Infelizmente essas pobres mentes desconhecem que os dois “novos
mandamentos” também foram dados no Antigo Testamento, tanto quanto foram dados
os Dez Mandamentos (Levítico 19:18; Deuteronômio 6:5).
        A verdade é que os dois grandes mandamentos que Jesus extraiu do Antigo
Testamento são princípios basilares e norteadores da lei de Deus. O amor, por ser um
sentimento subjetivo, está consubstanciado nos preceitos do decálogo.
        Os Dez Mandamentos nada mais são do que uma extensão materializada dos
dois grandes mandamentos: Amor a Deus e amor ao próximo. Os primeiros quatro
mandamentos do decálogo concretizam o nosso amor para com Deus e os seis últimos
concretizam o nosso amor para com o próximo.
        Jesus deixou claro que a correta observância da lei está atrelada aos dois grandes
mandamentos. Eis a prova bíblica: “Destes dois mandamentos depende toda a lei e os
profetas” (Mateus 22:40). Portanto, longe de anular a lei, Jesus
Cristo a complementou com o princípio do amor a Deus e do amor ao próximo.




                                  38ª Razão
OS CRISTÃOS GUARDAM O SÁBADO PORQUE, CONFORME A BÍBLIA
SAGRADA, O SÁBADO É O DIA DO SENHOR.

       “Se desviares o teu pé do sábado, de fazer a tua vontade no meu santo dia, e se
chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não
seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as
tuas próprias palavras”. (Isaías 58:13)


        Biblicamente falando, o “sábado” é conhecido desde tempos imemoriais como
“dia do Senhor”. Nenhuma referência a esse respeito é feita pela Bíblia Sagrada sobre o
domingo, o qual para concorrer com o sábado bíblico, também passou a ser chamado
“pelos homens” de dia do Senhor.
32
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

       O versículo bíblico em análise é muito rico em informações espirituais,
especialmente sobre a maneira como o sábado do Senhor deve ser observado pelos Seus
verdadeiros adoradores. A passagem bíblica em questão deixa claro que pisamos o
sábado quando realizamos a nossa própria vontade nesse santo dia do Senhor. As nossas
próprias vontades são os nossos interesses particulares seculares.
       A mensagem bíblica em questão esclarece que o sábado deve ser visto pelos
adoradores como um dia deleitoso, um dia agradável, aprazível, delicioso e gostoso de
ser observado. Isaías ainda ensina que o sábado deve ser visto como um dia digno de
honra e que deve ser honrado. Para honrar o dia do Senhor devemos evitar a prática de
três coisas durante as horas sagradas do sábado: 1ª) Não devemos seguir nossos
caminhos. 2ª) Nem fazer a nossa própria vontade. 3ª) Nem falar as nossas próprias
palavras. Evitando a prática dessas três coisas estaremos honrando o dia do Senhor.




                                  39ª Razão
O “SANTO DIA DO SENHOR” TAMBÉM É CHAMADO DE “SANTO
SÁBADO DO SENHOR”.

       “E ele disse-lhes: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, o santo
sábado do Senhor: o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em
água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã”.
(Êxodo 16:23).


        Quatro acontecimentos distintos caracterizaram a relação do sábado com a
queda do maná: 1º) O maná guardado de um dia para o outro, durante os seis dias de
atividade secular, apodrecia e criava bichos (Êxodo 16:20). 2º) O maná guardado no
sexto dia para o sábado não apodrecia e nem criava bichos (Êxodo 16:24). 3º) No sexto
dia a porção de maná recolhida pelo povo era dobrada (Êxodo 16:22, 29). 4º) O maná
não caia do céu no sábado, embora caísse nos demais dias da semana (Êxodo 16:25-26).
         Com o fenômeno sobrenatural da queda do maná, o Senhor disciplinou o Seu
povo na observância do sábado. Durante quarenta anos ininterruptamente o povo
presenciou aquele milagroso acontecimento. Testemunhou sua misteriosa cessação no
sábado. O ciclo de interrupção da queda do maná no sábado inculcou no povo a
periodicidade do sábado semanal. Não era um dia qualquer em sete, mas era
precisamente o sétimo dia da semana.
         O incidente da queda do maná ocorrido antes do Monte Sinai, atesta claramente
a existência do sábado antes mesmo da promulgação da lei. Esse dia é conhecido como
“santo dia do Senhor” (Isaías 58:13) porque Moisés, divinamente inspirando, designou
tal dia como “santo sábado do Senhor” (Êxodo 16:23).
33
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  40ª Razão
NAS ESCRITURAS SAGRADAS O “DIA DO SENHOR” É DESIGNADO POR
“SÁBADO DO SENHOR”.

       “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra,
nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal
nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas”. (Êxodo 20:10).


        O sábado também é conhecido nas Escrituras Sagradas como “dia do Senhor”
porque em várias ocasiões Moisés definiu o sétimo dia da semana como sendo o
“sábado do Senhor”.
        O dia do sábado é chamado de “sábado do Senhor” na seguinte passagem:
Êxodo 16:25.
        O sétimo dia da semana é designado como “sábado do Senhor” nas seguintes
passagens: Êxodo 20:10; Levítico 23:3 e Deuteronômio 5:14.
        Com fundamento nessas passagens, o Senhor falando pela boca do profeta
Isaías, chamou o sábado de “meu santo dia” e “santo dia do Senhor” (Isaías 58:13).
        Como criador de todas as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16-17), Jesus Cristo
afirmou que “o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12:8).
        Pautando-se unicamente pelos maciços ensinos das Escrituras Sagradas, o
apóstolo João declarou: “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor” (Apocalipse
1:10).
        As Escrituras Sagradas reconhecem em suas gloriosas páginas apenas um dia
como sendo o “dia do Senhor”. Esse dia não é o domingo, mas trata-se do dia designado
por Deus nas Escrituras Sagradas pelo nome de sábado, o sétimo dia da semana.




                                  41ª Razão
O SÁBADO É O “DIA DO SENHOR” PORQUE O SENHOR DISSE QUE ELE
“ATÉ DO SÁBADO É SENHOR”.

        “Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor”. (Mateus 12:8).


        O sábado é o “dia do Senhor” porque Jesus afirmou que até do sábado Ele é
Senhor. “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou” (João
13:13). Portanto, o sábado não pertence ao judeu, mas a Jesus Cristo: o Senhor do
sábado.
       O título “Senhor” designa aquele que é o proprietário, o dono absoluto da coisa,
o soberano e dominador. Logo, Jesus como “Senhor” do sábado é o proprietário, o dono
absoluto do sábado. Nada mais simples, claro e lógico!
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LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

        O sábado foi criado por Jesus porque “nele foram criadas todas as coisas que há
nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1:16).
Jesus é o Senhor do sábado porque “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada
do que foi feito se fez” (João 1:3). O sábado não teria vindo à existência se Jesus não o
houvesse criado.
        Como Senhor do sábado, Jesus condenou as tradições humanas que os judeus
haviam impingido na observância desse dia. Ele fez questão de afrontar o legalismo que
os fariseus haviam embutido na guarda do sábado. Como Senhor do sábado, Jesus
ensinou aos Seus discípulos a maneira correta de observar esse dia. Destarte, o homem
não possui poder ou autoridade para mudar qualquer coisa do sábado, muito menos
trocar o próprio dia do sábado por outro dia.




                                  42ª Razão
JOÃO FOI ARREBATADO EM ESPÍRIO NO DIA DO SENHOR. PORÉM O
DIA DO SENHOR É O SÁBADO.

      “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma
grande voz, como de trombeta”. (Apocalipse 1:10).


        João diz que ele teve um arrebatamento dos sentidos no “dia do Senhor”. Para
muitas pessoas que leem, mas não estudam as Escrituras Sagradas, o mencionado dia do
Senhor é o domingo. Mas essa débil interpretação é por conta e risco desses leitores
superficiais e mal informados.
       O Universo do cristão gira em torno da Bíblia Sagrada. Porém, desprezando esse
princípio, alguns interpretam muitas passagens bíblicas com base em conceitos
“extrabíblicos”. Assim, eles supõem que o “dia do Senhor” é uma referência ao
domingo, simplesmente porque etimologicamente a palavra “domingo” quer dizer “dia
do Senhor”.
       O problema dessa interpretação secular são vários: 1º) Por ser de origem latina, a
palavra “domingo” jamais constou nas Escrituras Sagradas porque elas foram escritas
em hebraico, aramaico e grego. 2º) A palavra “dia do Senhor” mencionada no
Apocalipse não faz referência explicita a qualquer dia da semana. 3º) As Escrituras
Sagradas sempre designaram o primeiro dia da semana pelo numeral ordinal “primeiro”.
4º) Em nenhum lugar as Escrituras Sagradas empregam a expressão “dia do Senhor”
para designar o primeiro dia da semana. 5º) As Escrituras Sagradas sempre empregam a
expressão “dia do Senhor” para designar o sétimo dia da semana, conhecido como
sábado. Portanto, temos que admitir que o “dia do Senhor”, mencionado no Apocalipse,
é uma clara alusão ao dia do “sábado”.
35
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  43ª Razão
A ARCA DO CONCERTO, CONTENDO A LEI DE DEUS, FOI VISTA NO CÉU.

       “E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu
templo: e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva”.
(Apocalipse 11:19).


        Arrebatado numa de suas extraordinárias visões apocalípticas, o apóstolo João
declara que a arca do concerto foi vista no Santuário Celestial. Sabemos que “na arca
não havia senão somente as duas tábuas” (II Crônicas 5:10).
       O conteúdo registrado nas “duas tábuas”, que foram colocadas no interior da
arca do concerto, não foram escritos por Moisés, mas “aquelas tábuas eram obra de
Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas” (Êxodo
32:16). Diferentemente das demais leis registradas por Moisés num livro, as duas tábuas
de pedra foram “escritas pelo dedo de Deus” (Êxodo 31:18). Portanto, não eram leis de
Moisés, mas de Deus.
       As palavras registradas nas duas tábuas de pedra foram chamadas de “Dez
Mandamentos”: “Então vos anunciou ele o seu concerto que vos prescreveu, os dez
mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”. “Então escreveu nas tábuas,
conforme à primeira escritura, os dez mandamentos” (Deuteronômio 4:13; 10:4).
       O santuário terrestre era dividido em dois compartimentos. O primeiro era
chamado de “santo” e o segundo de “santo dos santos”. A arca do concerto foi colocada
no segundo compartimento do santuário: “Mas depois do segundo véu estava o
tabernáculo que se chama o santo dos santos. Que tinha o incensário de ouro, e a arca do
concerto” (Hebreus 9:3-4).




                                  44ª Razão
A VERDADEIRA IGREJA É AQUELA QUE GUARDA OS MANDAMENTOS
DE DEUS.

      “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente,
os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”.
(Apocalipse 12:17).


        Na simbologia apresentada no livro do Apocalipse, o signo do “dragão” é o
símile de Satanás, e o signo da “mulher” é o símile da Igreja. Portanto, o texto deixa
claro que Satanás irou-se contra a Igreja.
        Em conformidade com as profecias, Satanás esteve irado contra a verdadeira
Igreja durante um período de mil duzentos e sessenta anos (538-1798). Porém, quando
36
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

terminou esse período, sua ira intensificou-se a tal ponto, que foi fazer guerra ao
restante da Igreja de Deus.
        Esse fiel remanescente da Igreja de Cristo está preparado para o conflito final,
que culminará com a segunda vinda de Cristo e com o fim do mundo. Os remanescentes
são identificados por dois requisitos “guardam os mandamentos de Deus e tem o
testemunho de Jesus Cristo”.
        Pelo contexto, em Apocalipse 11:19, os mandamentos de Deus são uma clara
referência aos Dez Mandamentos, que foram escritos pelo dedo de Deus em duas tábuas
de pedra (Êxodo 31:18; 34:28; Deuteronômio 4:13; 9:11: 10:4) e colocados no interior
da arca do concerto (II Crônicas 5:10).
        Os remanescentes são identificados dessa maneira porque nenhuma outra facção
religiosa poderia preencher legitimamente esses dois requisitos. Nos dias de hoje, o
mundo cristão está insurgindo-se contra os mandamentos de Deus, para num futuro
levantar-se contra as pessoas que os guardam, especialmente o sábado.




                                  45ª Razão
OS SANTOS GUARDARM OS MANDAMENTOS DE DEUS.

      “Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos
de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14:12).


        É interessante observar que o livro do Apocalipse chama de “santos” todos
aqueles que possuem a fé de Jesus e guardam os mandamentos de Deus. Conforme
Apocalipse 11:19, os “mandamentos de Deus” é uma clara referência aos Dez
Mandamentos.
        A mensagem de Apocalipse 14:12 está inserida dentro do contexto da
admoestação do terceiro anjo, o qual adverte o mundo sobre a condenação divina contra
o sinal da besta.
        O contraste entre as duas mensagens é evidente! Enquanto a condenação divina
paira sobre aqueles que recebem o sinal da besta; os santos do Altíssimo recusam
perseverantemente receber esse sinal, e permanecem firmes na guarda dos
mandamentos de Deus, santificando o sábado.
        Pelas Escrituras Sagradas o sábado é o sinal de Deus (Ezequiel 20:12; 20),
enquanto que o sinal da besta (Apocalipse 13:17; 14:9; 15:2; 16:2; 20:4) é uma
contrafação do sinal de Deus. Como o sábado é um dia da semana, então a contrafação
do sábado também tem que ser um dia da semana.
        Ora, o único dia da semana que reivindica a santidade do sábado é o domingo.
Porém, como o domingo é observado por tradição e o sábado por mandamento divino,
fica claro que o domingo é o sinal da besta. Agora a mensagem do terceiro anjos está
mais evidente: enquanto que os adoradores da besta e de sua imagem observam o sinal
da besta, conhecido como domingo, os santos fazendo oposição ao sinal da besta,
observam o sinal de Deus conhecido como sábado.
37
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  46ª Razão
OS CRISTÃOS QUE PRATICAM A LEI HÃO DE SER JUSTIFICADOS.

        “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. Porque todos os que sem
lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão
julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus: mas os que
praticam a lei hão de ser justificados”. (Romanos 2:11-13).


        Deus não faz acepção de pessoas por suas classes sociais, raças, culturas,
nações, línguas, povos etc. Na verdade são as pessoas quem escolhem estar ou não com
Deus.
       “Todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão”. As pessoas que
viveram sem o conhecimento da lei e vieram cometer pecados também sem lei
perecerão “porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23).
       “Todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados”. Nesta passagem, a lei
mostra-se como norma de julgamento. Aqueles que viveram com o conhecimento da lei
e mesmo assim cometeram pecados, então pela lei serão julgados em juízo porque “o
aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15:56).
       “Os que ouvem a lei não são justos diante de Deus”. Os que conhecem a lei,
mas não a pratica, não são tidas como justas diante de Deus, e serão condenadas em
juízo porque como transgressoras da lei recebem o salário do pecado.
       “Os que praticam a lei hão de ser justificados”. Os crentes são salvos pela
graça, mediante a fé e julgados pelas obras, porque a fé sem obras é morta e o pecado é
transgressão da lei. Portanto, todos que foram justificados pela fé em Cristo e que
praticam a lei hão de ser justificados em juízo.




                                  47ª Razão
TODOS TÊM O DEVER DE TEMER A DEUS E GUARDAR OS SEUS
MANDAMENTOS.

        “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus
mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a
juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau”.
(Eclesiastes 12:13-14)


        Divinamente inspirado pelo Espírito Santo (II Pedro 1:20-21; II Timóteo 3:16-
17), o sábio rei Salomão afirmou categoricamente que todo homem tem o dever de
temer a Deus e guardar os Seus mandamentos.
38
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado

        Nesse versículo, a expressão “temer” não se refere ao ato do homem ter medo,
pavor, terror ou pânico de Deus. Mas trata-se de um nobre sentimento de respeito
reverencial por Deus. Esse espírito de temor a Deus leva o homem a ser obediente e a
guardar os Seus mandamentos.
        Evidentemente a admoestação de Salomão abrange todos os homens de todas as
épocas e nações, haja vista que ninguém está dispensado de temer a Deus. Diante disso,
fica claro que todos os homens também têm a obrigação de guardar os Mandamentos de
Deus, tanto quanto a de temer a Deus.
        Outra razão dada por Salomão, pela qual os homens de todas as nações e épocas
têm o dever de temer a Deus e guardar os Seus mandamentos, é que Deus trará a juízo
todas as obras. Como nenhum homem está dispensando de passar pelo juízo divino,
então todos têm a obrigação de temer a Deus e guardar os Seus mandamentos. No juízo
divino nenhuma obra praticada pelos homens permanecerá desconhecida, quer sejam
obras boas ou obras más, mesmo que tenham sido realizadas escondidas ou
abertamente.




                                  48ª Razão
PAULO DECLAROU QUE                     JAMAIS       TRANSGREDIU            QUALQUER
MANDAMENTO DA LEI.

       “Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos
judeus, nem contra o templo, nem contra César”. (Atos 25:8).


        Paulo jamais foi contra a lei dos judeus, muito menos contra a lei de Deus. Ele
nunca foi duro e nem severo com a lei, como alguns falsos mestres atualmente
costumam afirmar sem nenhum fundamento lícito nas Escrituras Sagradas.
        Nos dias de hoje Paulo é acusado de ser um ferrenho adversário da lei, mas no
passado ele também foi acusado da mesma coisa. Todavia, tratava-se de “graves
acusações, que não podiam provar” (Atos 25:7). Então porque insistir no mesmo erro do
passado?
        Na verdade, as Escrituras Sagradas mostram que o apóstolo Paulo tinha o maior
zelo pela lei de Deus e fez questão de deixar isso bem claro ao afirmar que a lei é boa (I
Timóteo 1:8); santa (Romanos 7:12) e espiritual (Romanos 7:14). Ele afirmou que pela
lei vem o conhecimento do pecado (Romanos 3:20), e que não conheceu o pecado senão
pela lei (Romanos 7:7). Também disse que o pecado não é imputado, não havendo lei
(Romanos 5:13) e que onde não há lei também não há transgressão (Romanos 4:15).
Afirmou que a inclinação da carne não é sujeita à lei de Deus (Romanos 8:7) e que a fé
estabelece a lei (Romanos 3:31) e que tinha prazer na lei de Deus (Romanos 7:22).
        Diante de tão grande número de afirmações positivas de Paulo exaltando a lei de
Deus entre os cristãos, então como dizer que ele era contra a lei? Ou que ele era inimigo
da lei? Somente sendo muito mal intencionado é que alguém poderia fazer tais
afirmações absurdas!
39
LEANDRO BERTOLDO
90 Razões Para Guardar o Sábado


                                  49ª Razão
AQUELE QUE TRANSGRIDE A LEI DE DEUS ESTÁ DEBAIXO DA LEI.

       “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz,
para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus”.
(Romanos 3:19).


        Tudo que a lei diz, ela o diz para aqueles que estão vivendo debaixo dela e não
para quem está vivendo em harmonia com seus preceitos porque “a lei não é feita para o
justo, mas para os injustos” (I Timóteo 1:9-10).
         Para uma melhor análise do versículo em destaque, considere as seguintes
perguntas: Quem está debaixo da lei? Quem a transgride ou quem a obedece? Quem
está condenado? Quem está debaixo da lei ou quem a obedece?
         A resposta para essas perguntas é bem simples. Evidentemente quem transgride
a lei está debaixo da lei porque “todo aquele que pratica o pecado, também transgride a
lei” (I João 3:4). Quem transgride a lei está debaixo da lei porque comete pecado e “o
salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Por exemplo, quem mata ou adultera está
debaixo da lei porque o salário do pecado é a morte.
         A lei somente tem poder sobre aqueles que estão debaixo dela porque “o
aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15:56).
         O mundo está debaixo da lei, razão pela qual ele é “condenável diante de Deus”
porque “não há homem justo sobre a terra, que faça bem, e nunca peque” (Eclesiastes
7:20).
         Portanto, estar debaixo da lei implica em estar condenado. Eis a razão pela qual
o apóstolo Paulo conclui o seu raciocínio com as palavras: “e todo o mundo seja
condenável diante de Deus” (Romanos 3:19).




                                  50ª Razão
A LEI VEIO ESCRITA PARA MOSTRAR CLARAMENTE A ABUNDÂNCIA
DO PECADO DO HOMEM.

      “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça”. (Romanos 5:20).


        Com a transgressão de Adão o pecado entrou no mundo (Romanos 5:12, 14). É
evidente que até o momento em que a lei foi escrita em duas tábuas de pedras no monte
Sinai o pecado estava no mundo. Porém, se antes do Sinai não houvesse lei também não
haveria pecado porque “o pecado não é imputado, não havendo lei” mesmo porque
“onde não há lei também não há transgressão” (Romanos 4:13, 15).
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90 razoes para guardar o sabado

  • 1. 1 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 90 RAZÕES PARA GUARDAR O SÁBADO Leandro Bertoldo
  • 2. 2 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Dedicatória Dedico este livro à minha dedicada e esforçada aluna “Miriam dos Santos Basílio Costa”.
  • 3. 3 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado “Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de execração universal” (Eventos Finais, 137). Ellen Gould White Escritora, conferencista, conselheira, e educadora norte-americana. (1827-1915)
  • 4. 4 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Dados biográficos “O conflito por causa do sábado exporá o assunto ao povo, e será concedida uma oportunidade para que sejam apresentadas as reivindicações do sábado genuíno”. (III Mensagens Escolhidas, 388). Ellen Gould White Meu nome é Leandro Bertoldo. Sou o primeiro filho do casal José Bertoldo Sobrinho e Anita Leandro Bezerra. Do relacionamento dos meus pais também nasceu o meu irmão Francisco Leandro Bertoldo. Quando alcançamos a adolescência, nosso pai colocou-nos para trabalhar no Cartório do Distribuidor Judicial de Mogi das Cruzes. Na minha infância fui estimulado pela leitura da vida de Isaac Newton e passei a ter um enorme interesse nas áreas das exatas. Aos 17 anos comecei a escrever algumas teses fundamentais nos campos da Física e da Matemática. Em 1979 matriculei-me na faculdade de Física e em 2000 na de Direito, ambas na Universidade de Mogi das Cruzes – UMC. Em 1995 publiquei meu primeiro livro de Física, que foi um grande sucesso entre os professores universitários. Recebi várias cartas e telegramas de congratulações. O meu comprometimento com o Direito é resultado das minhas atividades trabalhistas junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Em 1986, sob a orientação da professora e colega de trabalho, Célia Regina de Souza Xavier, passei por um extraordinário e maravilhoso processo de conversão, que veio a avivar todas as minhas faculdades espirituais, tornando-me um cristão vivo e praticante da Palavra de Deus. As minhas primeiras orientações doutrinárias vieram dos cursos bíblicos produzidos pelo professor Valdir Gonçalves Xavier. Posteriormente, estudei profundamente as Escrituras Sagradas na Classe Bíblica, sob a orientação do eminente professor Pedro B’ärg. Pouco tempo depois fui bem sucedido em ministrar estudos bíblicos nos lares de diversos interessados. Mais tarde, ao assumir a direção da Classe Bíblica, alcancei grande êxito em preparar para o santo batismo algumas almas interessadas na verdade. Porém, a minha obra principal tem sido realizada na Classe Pós-batismal, onde tenho preparado dezenas de novos lideres para trabalharem nos ministério da igreja e na obra evangelística voluntária. Fui casado por duas vezes e tive uma maravilhosa filha do primeiro matrimônio chamada Beatriz Maciel Bertoldo, formada em Direito. Minha segunda esposa, Daisy Menezes Bertoldo, tem sido uma grande companheira e amiga inseparável de todas as horas. Sou dono de quatro lindos cachorros. Todos eles são amorosos, carinhosos, doces e meigos. Seus maravilhosos nomes são: Fofa, Pitucha, Calma e Mimo. A minha grande dúvida é a seguinte: Sou dono deles ou eles são meus donos? Durante minha carreira como cientista, contabilizei centenas de artigos e dezenas de livros, todos defendendo teses originais em Física e Matemática. Entre os livros que cheguei a publicar destacam-se: “Teoria Matemática e Mecânica do Dinamismo” (2002); “Teses da Física Clássica e Moderna” (2003); “Cálculo Seguimental” (2005); “Artigos Matemáticos” (2006) e “Geometria Leandroniana” (2007), os quais são objetos de discussões em vários grupos de pesquisas avançadas nas grandes universidades do
  • 5. 5 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado país. Em teologia minhas principais obras publicadas são as seguintes: “Estudos Bíblicos Avançados” (2006); “Exercícios de Estudos Bíblicos” (2008); “Profecias Sobre o Tempo do Fim” (2009); “A Lei, o Sábado e o Domingo” (2010) e “Perguntas e Respostas” (2011), os quais estão sendo empregados em pequenos grupos e classes bíblicas. Muitas igrejas estão realizando seminários bem-sucedidos com o livro “Profecias Sobre o Tempo do Fim” e “Exercícios de Estudos Bíblicos”. No primeiro semestre de 2012, a convite do dedicado e carismático missionário voluntário “Edson Felix”, tive a grata satisfação de realizar aos domingos, na igreja do Jardim São Pedro, em César de Souza, durante um período de seis meses, um enriquecedor seminário intitulado “Profecias Sobre o Tempo do Fim” baseado no meu livro “Conflito Final”. Esse período foi estendido para mais seis meses. Mas agora com a apresentação do seminário das doutrinas fundamentais das Escrituras Sagradas, baseadas no meu livro intitulado “Exercícios de Estudos Bíblicos”. Todas as minhas obras científicas e teológicas estão disponíveis a qualquer leitor nos seguintes endereços eletrônicos: http://centrodepesquisaleandrobertoldo.blogspot.com/ http://pesquisasbiblicas.blogspot.com/ No decorrer dos anos, em minha denominação religiosa, fui Secretário do Ministério Pessoal, Tesoureiro, Professor da Escola Sabatina, Promotor de Literatura, Professor da Classe de Visitas, Ancião e, atualmente, Coordenador de Classe Bíblica.
  • 6. 6 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Prefácio “Na peleja a ser travada nos últimos dias estarão unidos, em oposição ao povo de Deus, todos os poderes corruptos que apostataram da lealdade à lei de Jeová. Nessa peleja, o sábado do quarto mandamento será o grande ponto em litígio”. (Eventos Finais, 124). Ellen Gould White As 90 razões para guardar o sábado foram produzidas entre os meses de setembro a outubro de 2012. Naquele período procurei escrever em média dois textos por dia. Como resultado dessa produção, o leitor poderá esclarecer suas principais dúvidas sobre a questão do sábado. Os comentários dos versículos estampados neste livro foram elaborados tendo por base minha experiência como professor de curso bíblico preparatório para candidatos ao batismo. Procurei desenvolver de forma abreviada algumas explanações sobre as principais passagens bíblicas referentes ao sábado. Também procurei apresentar ao leitor algumas outras passagens bíblicas que tem ligação imediata ou mediata com os versículos bíblicos analisados. A partir dos versículos bíblicos destacados no cabeçalho de cada texto do livro, procurei tecer algumas breves considerações lógicas sobre o conteúdo da passagem bíblica. Para isso, na medida do possível, empreguei uma linguagem clara e objetiva, sempre procurando pautar-me pela sistemática da Bíblia Sagrada. Tudo isto com vista à perfeita compreensão do leitor sobre o tema apresentado em cada versículo. Nessa atividade, levei em consideração a rigorosa análise do contexto bíblico do versículo considerado. Mesmo porque um comentário bíblico lúcido é simplesmente uma paráfrase do texto bíblico selecionado. Porém, essa paráfrase deve limitar-se aos parâmetros apresentados pelos próprios textos bíblicos analisados, sem perder de vista o contexto sistemático das Escrituras Sagradas. Portanto, o método de interpretação empregado nesta obra é chamado de “Interpretação Autêntica Contextual”, no qual a passagem bíblica analisada é interpretada pela própria Bíblia: “Vedes aqui, isto achei diz o pregador, conferindo uma cousa com a outra para achar a causa” (Eclesiastes 7:27). “Porque é mandamento, sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra: um pouco aqui, um pouco ali” (Isaías 28:10). Destarte, a Bíblia Sagrada explica-se a si mesma. Para alcançar sucesso na empreitada proposta por este livro, foram selecionados vários versículos bíblicos de grande expressão doutrinária e altamente precisos no desenvolvimento dos temas apresentados. Verdadeiramente, este livro representa um poderoso auxílio aos leitores que desejam conhecer o que a Bíblia Sagrada tem a dizer sobre o dia do Senhor. Diante disso, é meu sincero desejo que o leitor possa conhecer mais precisamente uma das doutrinas fundamentais ensinadas nas Escrituras Sagradas. leandrobertoldo@ig.com.br
  • 7. 7 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 1ª Razão DEUS ORDENOU A GUARDA DO SÁBADO NA CRIAÇÃO DO MUNDO. “Assim os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera”. (Gênesis 2:1-3). Deus abençoou e santificou o sétimo dia ainda estando na primeira semana da criação. A santidade desse dia foi estabelecida pessoalmente por Deus, bem antes da entrada do pecado no mundo, e muitos séculos antes da existência de qualquer judeu sobre a face da Terra, razão pela qual o sábado foi dado por Deus em benefício de toda a humanidade. O sétimo dia da semana foi o único dia abençoado e santificado por Deus. Nenhum outro dia, em qualquer outra época ou ocasião, recebeu tamanha distinção da parte de Deus. A palavra “santo” na língua hebraica é qadosh e em grego é hagio que, etimologicamente, significam “ser separado”; mas, separado para propósito sagrado. Não faria nenhum sentido Deus ter santificado o sétimo dia da semana caso ninguém tivesse a obrigação moral de observá-lo. O sábado não é preceito cerimonial. Ele não expia o pecado de ninguém, ainda mais considerando que o sábado foi estabelecido bem antes da entrada do pecado no mundo, o que demonstra claramente a sua natureza moral, e não cerimonial. Como o sábado foi dado na criação do mundo, ele é universal e deve ser observado por todos fieis filhos de Deus em qualquer época da história da humanidade. 2ª Razão DEUS CONFIRMOU A GUARDA MORAL DO SÁBADO AO COLOCÁ-LO COMO MANDAMENTO MORAL ENTRE OS DEZ MANDAMENTOS. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”. (Êxodo 20:8-11). O Senhor Deus ratificou a benção e a santificação colocada sobre o sétimo dia da semana – por ocasião da criação do mundo – ao incrustá-lo nas duas tábuas de pedra do concerto, para fazer parte integrante dos Dez Mandamentos.
  • 8. 8 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado O dia do sábado é um memorial da criação, haja vista que a razão dada por Deus para sua observância foi que “em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou”. O sábado nunca foi um dia qualquer entre sete, mas ele é especificamente o sétimo dia da semana. Nem todos os dias são iguais, porque Deus fez questão de distinguir o sétimo dia da semana dos demais ao descansar, abençoar e santificar o dia do sábado. Destarte, nem todos os dias são santos, porque Deus santificou com exclusividade absoluta somente o sétimo dia da semana, e nenhum outro dia. Como o sábado integra os Dez Mandamentos, ele tem um caráter universal, tanto quanto os demais. O sábado é um mandamento moral, tanto quanto são os demais mandamentos do decálogo. Sua obrigação é perpétua e deve ser observada em todas as épocas pelos sinceros filhos de Deus. 3ª Razão FOI DEUS QUEM ESCOLHEU O SÉTIMO DIA DA SEMANA COMO DIA DE DESCANSO. “Seis dias farás os teus negócios, mas ao sétimo dia descansarás: para que descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o estrangeiro”. (Êxodo 23:12). Em sua infinita soberania, Deus escolheu o sétimo dia da semana como um dia de descanso das atividades seculares. Esse dia foi estabelecido na fundação do mundo em benefício de toda a humanidade, razão pela qual Jesus disse que “o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27). Como dia de repouso indicado pelo próprio Deus e ratificado por Jesus Cristo, o sábado deve ser observado por todos os santos do Altíssimo. Em seu ciclo biológico, tanto os homens como os animais necessitam de um repouso a cada período de atividade cotidiana ordinária de seis dias. Esse repouso do trabalho secular é necessário para que todos os homens possam descansar e tomar alento, restaurando as suas energias física, mental e espiritual. A benção do sábado não foi colocada sobre nenhum outro dia da semana, razão pela qual unicamente o descanso no sábado é abençoado pelo Senhor. Não adianta descansar em qualquer outro dia da semana porque a benção do Senhor não foi colocada em tal dia. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento tem todos os que lhe obedecem” (Salmos 111:10). Aqueles que temem ao Senhor repousarão no sétimo dia da semana, dia em que o Senhor escolheu para sagrado repouso, inclusive o próprio Senhor descansou, abençoou e santificou o dia do sábado.
  • 9. 9 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 4ª Razão FOI DEUS QUEM ELEGEU O SÁBADO COMO DIA DE CULTO DIVINO. “Seis dias obra se fará, mas ao sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhuma obra fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações”. (Levítico 23:3). Foi o Senhor Deus quem estabeleceu o sétimo dia da semana como sábado: “ao sétimo dia será o sábado”. Destarte, o sábado não pode ser o primeiro dia da semana, ou o segundo, terceiro, quarto, quinto ou sexto dia. Os judeus, Jesus e os apóstolos jamais entenderam que o sábado poderia ser qualquer outro dia, a não ser o sétimo dia da semana. O Senhor estabeleceu o sábado como um dia de “santa convocação”. Nesse dia nenhuma obra secular deve ser realizada. A palavra “convocação” tem o significado de “chamado”, “convite”. É claro que esse chamado tem uma finalidade especial. Não se trata de uma convocação qualquer, mas sim de uma “santa convocação” da parte de Deus. Como a palavra “santo” tem o significado de “ser separado” para propósito sagrado, então a “santa convocação” no dia do sábado tem o significado especial de separar uma convocação para propósito sagrado, o que nada mais é do convocar os filhos de Deus para uma reunião religiosa. Está claro que o sábado é o dia em que os filhos de Deus cessam as suas atividades seculares para cultuar a divindade. Após o encerramento da “santa convocação”, a reverência pela santidade do sábado deve continuar em todas as habitações dos fieis. Em suas casas não devem realizar nenhuma atividade profana que venha comprometer a santidade das horas sagradas do santo sábado do Senhor. 5ª Razão DEUS ESCREVEU OS DEZ MANDAMENTOS COM SEU PRÓPRIO DEDO PARA DESTACAR A IMPORTÂNCIA DESSA LEI. “E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte de Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”. (Êxodo 31:18). Os Dez Mandamentos procederam diretamente das mãos do Senhor Deus. Porém, as leis civis, criminais e cerimoniais foram escritas diretamente pelas mãos de Moisés, que se encontrava sob inspiração divina. A importância dos Dez Mandamentos é tamanha que a Moisés não foi permitido escrevê-los. Isto aconteceu para que a observância desses dez preceitos não viesse a ser questionada pelos pecadores como produto da mente humana, e também para que autoridade legislativa da divindade não pudesse ser usurpada pelos homens.
  • 10. 10 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Foi Deus quem fez questão de escrever pessoalmente os Dez Mandamentos. As Escrituras Sagradas registram claramente que o Senhor os escreveu com o Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra. Os Dez Mandamentos eram tão importantes e necessários na vida dos crentes, que o Senhor Deus os escreveu pessoalmente por duas vezes, e nas duas vezes os escreveu em tábuas de pedra. Nessas duas vezes o Senhor não confiou ao homem a escrituração dos Dez Mandamentos. Algum tempo depois, quando Moisés estava registrando as leis civis, criminais e cerimoniais, bem como os fatos históricos ocorridos entre o povo, é que ele foi divinamente inspirado a “transcrever” os Dez Mandamentos para o Livro da Lei, onde se encontram registrados em Êxodo 20:3-17. 6ª Razão DEUS ESCULPIU OS DEZ MANDAMENTOS EM TÁBUAS DE PEDRA PARA INDICAR A SUA ETERNIDADE. “E aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas”. (Êxodo 32:16). Tanto as duas tábuas de pedra, quanto o conteúdo dos mandamentos, cuja escritura estava esculpida naquelas tábuas, não eram obras de Moisés, mas “eram obra de Deus”. Esse fato é mais do que suficiente para demonstrar a importância dos Dez Mandamentos, que se destacam sobre todas as demais leis escritas por Moisés em livros de pergaminho ou papiro. É extremamente significativo destacar que os Dez Mandamentos foram esculpidos pessoalmente pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra para indicar a sua tremenda importância e sua eternidade. A História Universal mostra que os antigos egípcios procuraram eternizar-se registrando os seus feitos nas pedras. Com esse propósito, construíram as grandes pirâmides e escreveram a sua história esculpindo-a nas pedras, a qual permanece registrada até aos dias de hoje. Por outro lado, os israelitas viveram como escravos nas terras do Egito por quase cinco séculos. Gerações após geração ficaram conscientizadas e com as mentes impregnadas com conceito egípcio de que toda escrita em pedra é para sempre. Foi por essa razão que Deus escreveu os Dez Mandamentos em pedra, visando mostrar ao povo que aqueles mandamentos de origem divina deveriam ser observados por todos em todas as épocas e para sempre.
  • 11. 11 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 7ª Razão DEUS ANUNCIOU, PRESCREVEU E ESCREVEU OS DEZ MANDAMENTOS EM DUAS TÁBUAS DE PEDRA PARA DISTINGUI-LOS DAS DEMAIS LEIS. “Então vos anunciou ele o seu concerto que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”. (Deuteronômio 4:13). É a própria Bíblia Sagrada quem intitula o escrito das duas tábuas de pedra como sendo “Dez Mandamentos”. Ela repete esse título por mais duas vezes (Êxodo 34:28; Deuteronômio 10:4). Esses mandamentos são tão importantes que Deus não confiou a sua escrita a Moisés. Mas fez questão de escrevê-los pessoalmente com o seu próprio dedo em duas tábuas de pedra, e o fez por duas vezes. Com tal atitude o Senhor procurou distinguir os Dez Mandamentos de todas as demais leis dadas ao povo por intermédio do ministério de Moisés. Os Dez Mandamentos representam a materialização institucional do amor a Deus e do amor ao próximo. A apresentação dos Dez Mandamentos ao mundo foi tão importante que na sua tramitação esteve envolvida quatro processos distintos: Primeiro, o Senhor os “prescreveu”. Segundo, o Senhor os “anunciou” a todos. Terceiro, o Senhor os “escreveu” em duas tábuas de pedra. Quarto, Moisés copiou os Dez Mandamentos para o Livro da Lei. Entre os vários concertos feitos pelo Senhor Deus, no decorrer da história, com várias pessoas notáveis, os Dez Mandamentos figura como um dos principais. Esses mandamentos representam o Concerto do Senhor com todos crentes que desejam servir a Deus com uma vida santificada na verdade pela fidelidade a Deus. 8ª Razão A LEI ERA A MESMA TANTO PARA OS JUDEUS COMO PARA OS GENTIOS CONVERTIDOS. “Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o estrangeiro que entre vós peregrina, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós, assim será o peregrino perante o Senhor. Uma mesma lei e um mesmo direito haverá para vós e para o estrangeiro que peregrina convosco”. (Números 15:15-16). Deus estabeleceu explicitamente que deveria haver um “mesmo estatuto”, uma “mesma lei” e um “mesmo direito”, tanto para os judeus quanto para os gentios que viviam no meio do povo de Deus.
  • 12. 12 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Claramente o Senhor disse o seguinte: “Uma mesma lei haja para o natural, e para o estrangeiro que peregrinar entre vós”. (Êxodo 12:49). Diante do exposto está mais do que evidente que os gentios convertidos ou não nunca foram excluídos de obedecer todas as leis divinas. Eles sempre tiveram as mesmas obrigações, deveres e direito que tinham os filhos de Israel. Portanto, pode-se concluir que nenhuma das leis divinas foi dada exclusivamente para o povo judeu e ninguém mais. A Bíblia Sagrada não estabelece essa exclusividade, mas as Escrituras são claras, claríssimas em mostrar que os gentios sempre tiveram a obrigação de guardar todas as leis divinas que estavam em vigor naquela época, inclusive observando todos os Dez Mandamentos. Nem poderia ser de outra forma, “pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas” (Deuteronômio 10:17). 9ª Razão TANTO JUDEUS QUANTO GENTIOS DE TODAS AS CLASSES SOCIAIS ENTRARAM NO CONCERTO DO SENHOR. “Vós todos estais hoje perante o Senhor vosso Deus: os cabeças de vossas tribos, vossos anciãos, e os vossos oficiais, todo o homem de Israel. Os vossos meninos, as vossas mulheres, e o estrangeiro que está no meio do teu arraial; desde o rachador da tua lenha até ao tirador da tua água. Para que entres no concerto do Senhor teu Deus, e no seu juramento que o Senhor teu Deus hoje faz contigo”. (Deuteronômio 29:10-12) Todas as classes sociais existentes dentro da jurisdição israelita, tais como aqueles que eram cabeças das doze tribos, anciãos, oficiais, homens, mulheres, meninos, rachadores de lenha, tiradores de água e até mesmo os estrangeiros que são os gentios, foram convocadas para entrar no pacto ou concerto do Senhor Deus. Portanto, está claro que o pacto ou concerto do Senhor não foi feito exclusivamente com povo israelita e ninguém mais. A Bíblia Sagrada não ensina tal heresia. Mas, as Escrituras ensinam que o concerto do Senhor foi feito com todos os crentes, posto que até mesmo os gentios jamais foram excluídos do concerto do Senhor Deus. Diante dos versículos bíblicos supramencionados ficou perfeitamente comprovado que o concerto do Senhor é universal. Sob a perspectiva da Bíblia Sagrada, esse concerto abrange tanto judeus quanto gentios convertidos às verdades reveladas na Palavra do Senhor.
  • 13. 13 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 10ª Razão TANTO OS JUDEUS QUANTO OS GENTIOS ESTAVAM OBRIGADOS A PRATICAR AS PALAVRAS DA LEI. “Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei”. (Deuteronômio 31:12). Em várias ocasiões o povo de Deus era regularmente convocado pelas autoridades civis e sacerdotais para ouvir, aprender e a temer ao Senhor Deus. Também lhes era ensinado a serem cuidadosos em praticar todas as palavras do Livro da Lei. O importante nesse versículo é mostrar que tanto quanto os filhos de Israel, os gentios jamais foram excluídos de observar qualquer preceito divino expresso nas palavras registradas no Livro da Lei. Sem uma maior compreensão a respeito dos ensinos das Escrituras Sagradas, algumas pessoas supõem que os gentios não tinham nenhuma obrigação de observar as leis dadas ao povo de Deus. Porém, a grande verdade é que as Escrituras Sagradas mostram que esses expositores estão totalmente equivocados. Elas mostram que os gentios convertidos à verdade tinham sim, a obrigação de praticar todas as palavras registradas no Livro da Lei, e não somente os judeus. Os gentios tanto quanto os judeus eram convocados “para que ouçam, e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei”. 11ª Razão O CONCERTO NÃO FOI DADO SOMENTE PARA OS QUE OUVIRAM E ACEITARAM OS TERMOS DO PACTO NO DIA QUE FOI ANUNCIADO. “E não somente convosco faço este concerto e este juramento. Mas com aquele que hoje está aqui em pé conosco perante o Senhor nosso Deus, e com aquele que hoje não está aqui conosco”. (Deuteronômio 29:14-15). O concerto que Deus fez com o Seu povo não se limitava exclusivamente aos que ouviram e aceitaram os termos do concerto no dia em que foi pronunciado e depois escrito no Monte Sinai. Segundo o explícito ensino das Escrituras Sagradas o concerto do Senhor nosso Deus também abrangia todas as gerações futuras do povo de Deus, tanto a dos gentios quanto à dos filhos de Israel.
  • 14. 14 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Isso é muito claro, haja vista que tanto os filhos de Israel quanto os gentios foram convocados para entrar “no concerto do Senhor teu Deus” (Deuteronômio 29:10- 12). Além disso, esse concerto também estava incluindo “aquele que hoje não está aqui conosco”. (Deuteronômio 29:15). Esse versículo bíblico é significativo porque alguns dizem que o concerto tinha validade somente para os filhos de Israel que ouviram e aceitaram os termos do pacto. Nada mais equivocado. Pela Bíblia Sagrada, o concerto também teria validade para todos que não estiveram presentes e não ouviram os termos do pacto no dia em que foi anunciado. Diante do exposto, conclui-se que concerto divino não foi feito exclusivamente com aquele que estava presente no dia em que foi anunciado por Deus, mas também foi feito “com aquele que hoje não está aqui conosco”. 12ª Razão O SÁBADO OU QUALQUER OUTRO PRECEITO DA LEI JAMAIS FOI DADO EXCLUSIVAMENTE PARA OS FILHOS DE ISRAEL. “E aos filhos dos estrangeiros, que se chegarem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu concerto. Também os levarei ao meu santo monte, e os festejarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”. (Isaías 56:6-7). Os gentios convertidos que “se chegarem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor”, além de terem a obrigação de guardar o sábado, também poderiam abraçar o concerto do Senhor. Diante do exposto, está claro que o sábado não faz parte de um pacto exclusivo entre Deus e os filhos de Israel e ninguém mais, haja vista que até mesmo os gentios convertidos tinham que guardar “o sábado, não o profanando”, bem como abraçando o concerto do Senhor. Antes da cruz os gentios convertidos eram festejados na casa de oração do Senhor e os holocaustos e sacrifícios oferecidos pelos gentios eram aceitos no altar do Senhor. Antes da cruz a expiação dos pecados estava fundamentada no sangue de animais. Essa regra tinha validade tanto para os filhos de Israel quanto para os gentios convertidos. Após a cruz a expiação de pecados passou a ser pelo no sangue de Cristo. Essa regra tem validade tanto para os filhos de Israel quanto para os gentios convertidos.
  • 15. 15 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 13ª Razão O SÁBADO FOI DADO NA FUNDAÇÃO DO MUNDO E CONTINUARÁ PARA SEMPRE SENDO LEMBRADO NA NOVA TERRA. “Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor”. (Isaías 66:22-23) Os versículos apresentados por Isaías estão claramente anunciando acontecimentos vindouros. Nesses versículos Isaías profetiza a futura obra do Senhor em restaurar os Céus e a Terra: “como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o Senhor”. A profecia do Novo Céu e Nova Terra está disseminada por toda extensão das Escrituras Sagradas (Isaías 65:17; II Pedro 3:13; Apocalipse 21:1). Em seguida o Senhor faz referência àqueles que serão ressuscitados para a vida eterna: “assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (diante da minha face). Sobre a ressurreição declara Isaías: “Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos” (Isaías 26:19). A seguir o Senhor faz alusão à adoração que receberá de toda a carne, representada por todos os salvos de todas as épocas. Ele será adorado mensalmente: “desde uma lua nova até à outra” e semanalmente: “desde um sábado até ao outro”. Na nova Terra, a semana continuará tendo sete dias. O sábado será lembrado para sempre, por todos os salvos, como um marco semanal na adoração do nosso Criador e Redentor. 14ª Razão CRISTO ENSINOU AOS SEUS OUVINTES SOBRE A NECESSIDADE DO CRISTÃO OBSERVAR OS MANDAMENTOS. “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. (Mateus 5:27-28). Nessa passagem bíblica, Jesus Cristo citou dois mandamentos esculpidos no Decálogo – “adultério” e “cobiça” – visando ensinar três coisas fundamentais à vida do cristão: Primeira, Jesus mostrou que estava se referindo aos Dez Mandamentos ao mencionar dois mandamentos do Decálogo.
  • 16. 16 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Segunda, o Senhor mostrou que a lei é espiritual, alcançando até mesmo as intenções do coração do ser humano. Terceira, Jesus foi totalmente apreciativo para com a lei, então ela tem a aprovação divina e deve observada por todos os Seus discípulos. Longe de pensar na abolição da lei, Jesus ampliou-lhe o sentido e aplicação, ensinando aos Seus ouvintes que a lei alcança até mesmo os desejos mais profundos do coração humano, e não apenas um comportamento exterior. Supondo que a lei dos Dez Mandamentos tenha sido abolida, então porque Jesus preocupou-se em ensinar aos Seus ouvintes a praticar os mandamentos dessa lei de uma maneira mais profunda e rigorosa do que vinha até então sendo observada? A resposta para essa pergunta é muito simples e única: Cristo jamais teve a intenção de anular a lei ou qualquer um de seus mandamentos morais. 15ª Razão CRISTO VINCULOU A VIDA ETERNA À GUARDA DOS MANDAMENTOS DA LEI MORAL. “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho. Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Mateus 19:17-19). Jesus afirmou ao jovem rico que para entrar na vida eterna é necessário guardar os mandamentos. Para mostrar que estava se referindo aos Dez Mandamentos, o Senhor citou cinco mandamentos do Decálogo. Esses mandamentos têm relação com a materialização do nosso amor para com o nosso próximo. Foi por isso que Jesus acrescentou: “e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Jesus deixou claro que os Seus seguidores precisam guardar os mandamentos da Lei Moral, mostrando que eles continuam vigorando. Alguns supõem que os cristãos não precisam guardar o sábado porque Jesus não citou tal mandamento. Então, conforme a referida suposição, os cristãos podem servir outros deuses, venerar imagens e usar o nome de Deus em vão, simplesmente porque Jesus também não citou tais mandamentos ao jovem rico. Para um bom entendedor, meia palavra basta. A lista de Jesus é exemplificativa e não taxativa. Os primeiros quatro mandamentos do Decálogo materializam o nosso amor a Deus e os seis últimos o nosso amor ao próximo. Mas, por que Jesus não apresentou os demais mandamentos do Decálogo ao jovem? Eis como a Bíblia Sagrada responde a essa pergunta: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I João 4:20).
  • 17. 17 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 16ª Razão SABENDO QUE OS CRISTÃOS ESTARIAM GUARDANDO O SÁBADO QUARENTA ANOS APÓS A SUA RESSURREIÇÃO, CRISTO ORIENTOU-OS A ORAREM PARA QUE SUA FUGA DE JERUSALÉM NÃO OCORRESSE NO SÁBADO. “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado”. (Mateus 24:20). Sabendo que os cristãos estariam cultuando no sábado, mesmo depois de decorridas várias décadas de Sua ressurreição, Jesus orientou-os a orarem para que a sua fuga da destruição da cidade de Jerusalém não acontecesse “no inverno nem no sábado”. Caso a fuga dos cristãos ocorresse no inverno muitos morreriam devido o rigor do frio. Se a fuga de Jerusalém ocorresse no sábado, muitos pereceriam, porque vindo de todas as localidades da Judéia para adorar em Jerusalém no sábado, seriam cercados e massacrados pelo exército invasor. A suposição de que os cristãos deveriam orar para que a sua fuga não ocorresse no sábado porque as portas de Jerusalém ficavam fechadas nesse dia não tem o menor sentido, haja vista que a aproximação do exército invasor em qualquer dia da semana teria igualmente levado as autoridades judaicas fecharem as portas de Jerusalém. A profecia de Cristo cumpriu-se 40 anos após a Sua ressurreição. No ano 70 d.C., a cidade de Jerusalém foi totalmente cercada e destruída pelo exército romano comandado por Tito Vespasiano. Nenhum cristão pereceu no cerco, haja vista que a destruição de Jerusalém não ocorreu num sábado e, portanto, os cristãos não estavam concentrados em Jerusalém para adorar no Templo (Lucas 24:52-53). 17ª Razão PARA DAR EXEMPLO A TODOS, CRISTO TINHA O COSTUME DE CULTUAR AOS SÁBADOS. “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler”. (Lucas 4:16). Jesus Cristo nasceu em Belém (Mateus 2:1), mas foi criado na cidade de Nazaré (Mateus 2:22). Longe de ensinar ou insinuar a abolição do sábado, Jesus tinha o “costume” de cultuar aos sábados. O Senhor Jesus frequentava as reuniões religiosas aos sábados em obediência ao mandamento divino que ordena a santificação do sábado semanal (Êxodo 20:8) com a realização de uma santa convocação (Levítico 23:3).
  • 18. 18 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado O culto religioso era realizado na igreja, conhecida pelo nome de sinagoga, que passaram a proliferar no território judeu após o término do cativeiro babilônico, bem como nas comunidades judaicas da diáspora. O “costume” é definido como uma norma de conduta não escrita caracterizada pela prática reiterada de um ato com o sentido de sua obrigatoriedade. Dentro dessa linha de definição, Jesus Cristo observava o sábado reiteradamente, estando perfeitamente consciente de que era uma atividade obrigatória para todos. No sábado Jesus participava das atividades realizadas durante o culto divino. Realizava a leitura da Palavra de Deus (Lucas 4:16-17), ensinava aos interessados (Marcos 1:21; 6:2; Lucas 4:31; 6:6; 13:10), aliviava o sofrimento dos enfermos porque é lícito fazer bem nos sábados (Mateus 12:12). Portanto, longe de denegrir o sábado, Jesus o exaltava santificando esse dia nos cultos religiosos realizados nas sinagogas. 18ª Razão OS PRIMEIROS CRISTÃOS GUARDAVAM O SÁBADO DO SENHOR. “E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos, e no sábado repousaram, conforme o mandamento”. (Lucas 23:55-56). A Lei Cerimonial de expiação de pecados pelo holocausto de animais cessou definitivamente com a morte de Cristo. Mas, o Decálogo continuou vigorando. Tanto é verdade, que os discípulos de Jesus continuaram observando o sábado, conforme manda o quarto mandamento da Lei Moral. As mulheres que seguiram a Jesus desde a Galiléia, testemunharam a crucificação do Senhor; presenciaram a retirada do corpo de Jesus da cruz e acompanharam o féretro, conduzido por José de Arimatéia e Nicodemos, até o sepulcro. Após o funeral aquelas santas mulheres retornaram para o local onde estavam hospedadas e prepararam especiarias e unguentos com a intenção de ungir o corpo de Jesus Cristo. Ocorre que, com o pôr do sol daquele dia, começou a fluir as horas sagradas do sábado. Então as santas mulheres cessaram as suas atividades e repousaram, conforme determina o quarto mandamento do Decálogo. Caso Jesus tenha transgredido o sábado e ensinado a outros fazerem o mesmo, então Ele esqueceu-se de avisar aquelas santas mulheres, pois elas demonstraram nada saber a respeito de uma suposta abolição do sábado. Muito pelo contrário, elas demonstraram ter grande respeito pelo dia do sábado. Isto indica claramente que aquelas mulheres jamais foram ensinadas a menosprezar o santo sábado do Senhor.
  • 19. 19 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 19ª Razão TANTO QUANTO OS JUDEUS, O APÓSTOLO PAULO TAMBÉM GUARDAVA O SÁBADO. “E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus”. (Atos 13:42 e 44). Paulo e Barnabé observaram o sábado juntamente com judeus e gentios na sinagoga da cidade de Antioquia. Ao final do culto divino os dirigentes da sinagoga deram oportunidade para Paulo e Barnabé anunciarem alguma palavra de conforto aos membros daquela sinagoga. Então Paulo aproveitou a oportunidade para anunciar o evangelho aos judeus e aos gentios que se encontravam congregados. Os gentios manifestaram grande interesse pela mensagem pregada pelo apóstolo Paulo. Ao final da pregação, os judeus retiraram-se da sinagoga, mas os gentios solicitaram que Paulo pregasse as mesmas mensagens no sábado seguinte. O entusiasmo gerado pela pregação de Paulo foi tão grande que os gentios daquela sinagoga, durante a semana, fizeram uma enorme propaganda por toda a cidade. O resultado foi que, no sábado seguinte, quase todos os gentios de Antioquia estavam reunidos para ouvir a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo nada anunciou aos gentios sobre a necessidade do cristão cultuar no domingo, a não ser cultuar no sábado. Nada ensinou sobre a santificação do domingo, mesmo porque toda cidade ajuntou-se para ouvir a “Palavra de Deus”. Ora, a Palavra de Deus ensina claramente a observância do sábado e não a observância do domingo. No caso de dúvida, a regra é a seguinte: No silêncio das Escrituras Sagradas compreende-se que prevaleceu a situação consolidada no mandamento do sábado. 20ª Razão MESMO EM LOCAIS ONDE NÃO HAVIA JUDEUS OU SINAGOGA, PAULO FAZIA QUESTÃO DE GUARDAR O SÁBADO COM OS GENTIOS. “E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade. E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde julgávamos ter lugar para oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram”. (Atos 16:12-13). Alguns, inadvertidamente, supõem que o apóstolo Paulo não guardava o sábado, mas que apenas aproveitava a oportunidade para evangelizar os judeus que cultuavam nesse dia na sinagoga. Porém, não é esse o ensino bíblico.
  • 20. 20 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Em suas viagens missionárias, Paulo chegou numa cidade gentílica chamada “Filipos”, localizada na Macedônia. Essa cidade estava em fase de colonização. Nela não havia sinagogas ou judeus, mas somente os colonizadores gentios. Supondo que Paulo não guardava o sábado, então ele não teria nenhum motivo para cultuar nesse dia. Porém, após permanecerem alguns dias naquela cidade, finalmente chegou o fim de semana com o sábado. Mas, devido às intensas atividades dos colonizadores, não havia um lugar propício para a “santa convocação” do sábado. Assim, Paulo e sua equipe missionária, saíram pelas portas do muro da cidade à procura de um local sossegado para oração e culto religioso com vista à santificação do sábado, conforme determina o quarto mandamento do Decálogo. Essa passagem bíblica é muito clara em mostrar que Paulo e sua equipe constituída por missionários cristãos guardavam o sábado entre os gentios, mesmo em locais onde não havia nenhum judeu ou qualquer sinagoga. 21ª Razão A LEI NÃO FOI DADA AO HOMEM COMO MÉTODO DE SALVAÇÃO. “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada”. (Gálatas 2:16). A justificação do pecador não vem pelas obras da lei porque a lei não foi dada como método de salvação. A lei não possui a virtude para salvar o homem da morte eterna. Ela não tem poder para perdoar os pecados. A lei não pode salvar porque ela não tem sangue para ser vertido em benefício dos pecadores, haja vista que “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22). Os homens são justificados unicamente pela “fé em Jesus Cristo”, mas com o fundamento da “fé de Cristo”. “Porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada”. Nenhum homem poderá ser salvo com pelas obras da lei. Porem, ninguém poderá ser salvo sem obedecer à lei “porque o pecado é a transgressão da lei” e “o salário do pecado é a morte” (I João 3:4; Romanos 6:23). À mulher adultera Cristo disse: “Vai-te, e não peques mais” (João 8:11). Aos que seguem a Cristo está escrito: “Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mateus 19:17) porque “os que praticam a lei hão de ser justificados” (Romanos 2:13). A Bíblia Sagrada não contém contradições. As contradições encontram-se nas interpretações dos homens que, “querendo ser doutores da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam”. (I Timóteo 1:7).
  • 21. 21 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 22ª Razão A LEI NÃO SALVA NINGUÉM PORQUE A SUA FUNÇÃO CONSISTE EM MOSTRAR AO HOMEM O QUE DEUS CONSIDERA PECADO. “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”. (Romanos 3:20). Nenhum ser humano obterá perdão dos seus pecados diante do Senhor simplesmente por obedecer à Lei de Deus. A lei não possui eficácia para salvar qualquer homem. Ninguém será justificado praticando as obras da lei. O que a Bíblia Sagrada revela é que o homem é salvo unicamente pela graça, mediante a fé e julgado pelas obras. A graça é o favor divino concedido à imerecida humanidade pelos méritos da morte de Cristo Jesus. A fé é a plena convicção de que a graça é suficiente para salvar aquele que deseja ter a vida eterna. Finalmente, todos são julgados pelas obras porque “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26). Muito embora a Lei de Deus não tenha sido dada aos homens como “método” de salvação, ainda assim ela possui uma função. Sua função fundamental consiste em trazer à consciência do homem o conhecimento do pecado. Este conceito da lei é tão importante que Paulo foi levado a declarar: “Eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”. (Romanos 7:7). Em outras palavras, Paulo não teria conhecimento do pecado se a lei não informasse o que o Senhor Deus considera pecado. A verdade é que a lei não salva ninguém, mas ninguém que tenha aceitado a graça poderá ser salvo sem observar a lei, porque o pecado é a transgressão da lei e o salário do pecado é a morte eterna do pecador, estando ou não debaixo da graça. 23ª Razão PAULO ENSINA QUE A FÉ NÃO ANULA A LEI, MAS PELO CONTRÁRIO, A FÉ ESTABELECE A LEI NA VIDA DO CRISTÃO. “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei”. (Romanos 3:31). Na passagem bíblica em consideração, o apóstolo Paulo faz uma pergunta retórica: “Anulamos, pois, a lei pela fé?” E, ele mesmo responde: “De maneira nenhuma”. Paulo mostra claramente que a fé não é incompatível com a observância da lei. Seu ensino salutar é que a fé do cristão não anula a prática dos Dez Mandamentos. O que é anulado pela fé no sangue remidor de Cristo é o pecado, e não a lei. A lei simplesmente aponta para o pecado, mas ela mesma e sua observância não são pecado.
  • 22. 22 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Eis o que diz o apóstolo Paulo: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum (Romanos 7:7). A fé e as obras da lei andam de mãos dadas. A fé sem as obras é morta e as obras sem a fé é legalismo. Uma fé verdadeiramente viva é aquela acompanhada de obras. Eis a razão pela qual a fé não anula a lei, mas na realidade a lei é estabelecida na vida de fé do cristão. Antes de sua conversão, o homem vive na transgressão da lei: Ele desonra pai e mãe, comete adultério, furta, diz falso testemunho, cobiça etc. Porém, quando esse homem se converte na fé de Cristo, ele passa a andar em novidade de vida. Agora, mais do que nunca, a lei é estabelecida em sua natureza espiritual. A partir de sua conversão, mais do que nunca, o homem passará a cumprir os mandamentos da lei: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 19:18-19). 24ª Razão TODOS QUE NASCERAM DE NOVO GUARDAM OS ESTATUTOS E JUÍZOS DIVINOS. “E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”. (Ezequiel 36:26-27). Todos que nascem de novo recebem da parte de Deus um “coração novo” e passam a andar em novidade de vida. O Senhor Deus também implanta um “espírito novo” e todos que nasceram de novo manifestam em seu viver uma natureza espiritual, que até então não possuíam. A promessa divina para aquele que nascer de novo é que o Senhor tirará o seu “coração de pedra”, que caracterizava a sua natureza carnal, que andava em rebelião contra a vontade do Senhor. No lugar do “coração de pedra” o Senhor dará ao que nascer de novo um “coração de carne”, que caracterizará a nova natureza do crente, tornando-o um ser humano mais sensível ao sofrimento do próximo. O Senhor Deus também promete que colocará dentro daquele que nascer de novo o Seu Espírito. Somente nessas condições aquele que nascer de novo passará a andar observando os estatutos e juízos divinos, “porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. (Romanos 8:7-8). A lei de Deus é espiritual, e por ser espiritual, ela é escrita no coração do crente. Eis o que diz a Bíblia Sagrada: “Porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei” (Hebreus 8:10). Todo aquele que nasceu de novo tem a lei de Deus em seu coração.
  • 23. 23 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 25ª Razão OS CRISTÃOS QUE ESTÃO DEBAIXO DA GRAÇA DIVINA E QUE PRATICAM A LEI HÃO DE SER JUSTIFICADOS. “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus: mas os que praticam a lei hão de ser justificados”. (Romanos 2:13). Paulo afirma que os cristãos que ouvem a lei, mas não a pratica, são injustos diante de Deus. Porém, os que a praticam, hão de ser justificados. “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelha-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e as não cumpre, compara-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia” (Mateus 7:24 e 26). Em várias passagens bíblicas Paulo ensina que o homem é justificado unicamente pela graça mediante a fé; então por que agora ele afirma que “os que praticam a lei hão de ser justificados”? Estaria Paulo sendo incoerente? Não, Paulo não está sendo contraditório! O homem realmente é justificado somente pela fé; todavia, os cristãos que “não” praticam a lei serão condenados “porque pela lei vem o conhecimento do pecado” e “o salário do pecado é a morte” (Romanos 3:20; 6:23). “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Além disso, sem santificação na Palavra de Deus (João 17:17) “ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). Eis a razão pela qual aqueles que são justificados de seus pecados pelo sangue de Cristo, mas que procuram evitar o pecado praticando a lei hão de ser justificados em juízo. De nada adianta viver pela fé, se não existe obediência à lei, especialmente porque somos salvos pela graça, mediante a fé, mas julgados pelas obras. 26ª Razão OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI PORQUE ELA CONTINUA EM VIGOR, HAJA VISTA QUE ONDE NÃO HÁ LEI TAMBÉM NÃO HÁ TRANSGRESSÃO. “Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão”. (Romanos 4:15). Toda e qualquer lei para ser eficaz necessita estar atrelada a uma penalidade a ser aplicada aos transgressores. Uma lei sem penalidade é imprestável para o seu objetivo. Até mesmo no Jardim do Éden havia lei, a qual também tinha uma penalidade (Gênesis 2:16-17; I Timóteo 2:14). Assim igualmente, a lei divina tem uma penalidade.
  • 24. 24 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado A Bíblia Sagrada afirma que “a lei opera a ira”. Ocorre que a palavra “ira” aplicada como atributo de Deus ou à lei tem sempre o sentido de “condenação”. A lei condena o transgressor à morte eterna “porque o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4) e “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Esta é a “ira” operada pela lei de Deus: a morte do pecador. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo deixa claro que “onde não há lei também não há transgressão”. Ora, supondo que a lei tenha sido abolida, então não há nenhum mandamento para ser transgredido “porque onde não há lei também não há transgressão”. Os apóstolos de Jesus foram unânimes em ensinar que “o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4). Em outras palavras: “Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei” (Tiago 2:11). Como o pecado continua existindo, então é porque ainda há transgressão da lei. Logo, a lei não foi abolida, caso contrário não haveria mais pecado no mundo “porque onde não há lei também não há transgressão”. Nada mais simples, claro é lógico! 27ª Razão A LEI CONTINUA VIGORANDO PORQUE O PECADO NÃO PODERIA SER IMPUTADO, NÃO HAVENDO LEI. “Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei”. (Romanos 5:13). Na passagem bíblica em questão o apóstolo Paulo está afirmando que até o momento em que a lei foi dada no monte Sinai, havia pecado no mundo. Tanto é verdade que Adão pecou contra o Senhor (Romanos 5:14); Caim pecou matando seu irmão Abel (Gênesis 4:8); os antediluvianos pecaram cometendo grandes atrocidades (Gênesis 6:5; 11-12;); os habitantes de Sodoma e Gomorra eram grandes pecadores contra o Senhor (Gênesis 13:13) etc. Ocorre que os pecados desses indivíduos jamais poderiam ser-lhes imputados, caso não houvesse lei, porque “o pecado não é imputado, não havendo lei”. Porém, sabemos que todos esses indivíduos foram considerados culpados pelos seus atos pecaminosos e sofreram as consequências do juízo divino. Portanto, o seus pecados foram-lhes imputados. Isto somente seria possível caso a lei estivesse vigorando antes do Sinai. Nos dias de hoje, falsos ministros ensinam que a lei foi abolida. Ora, não havendo lei, o pecado não poderia ser imputado a ninguém. Todavia, o pecado continua sendo imputado aos transgressores da lei. Tanto é verdade, que o Espírito Santo convence o mundo do pecado (João 16:8). Ele jamais poderia realizar essa obra caso a lei tivesse sido abolida, porque “o pecado não é imputado, não havendo lei”. Resumindo. O pecado não poderia ser imputado a ninguém, caso não houvesse lei. Todavia, a existência do pecado atesta a existência da lei, porque “o pecado não é imputado, não havendo lei”.
  • 25. 25 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 28ª Razão OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI DE DEUS PORQUE O SALÁRIO DO PECADO É A MORTE. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos 6:23). Quando Adão e Eva pecaram, transgredindo o mandamento divino, eles receberam a remuneração que o seu pecado merecia: a morte. As consequências da transgressão de Adão e Eva atingiram todas as pessoas porque, muito embora Deus perdoe os pecados, Ele não elimina suas consequências. O homem foi condenado à morte eterna devido aos efeitos do pecado de Adão e Eva. Porém, Jesus Cristo veio ao mundo e morreu pelos nossos pecados, para que no dia em que nEle crêssemos, pudéssemos receber o perdão e a vida eterna. O pecador arrependido e justificado pelo sangue do Cordeiro de Deus, tem como galardão a vida eterna. Todavia, caso venha a cometer pecado do qual não se arrependa pela graça, ele terá como salário a morte eterna. Nesta situação, a graça não lhe seria de nenhum proveito. Conforme o versículo mencionado, a remuneração pelo pecado é a morte do pecador, “mas o pecado não é imputado, não havendo lei” (Romanos 5:13) porque “o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4). Caso a lei tivesse sido abolida, então não haveria mais morte porque o pecado não poderia mais ser imputado a quem quer que seja. Paulo afirma categoricamente que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Porém, “o pecado é a transgressão da lei” (I João 3:4) e “onde não há lei também não há transgressão” (Romanos 4:15). Caso a lei tivesse sido abolida, então não haveria mais morte porque não mais haveria transgressão. 29ª Razão OS CRISTÃOS GUARDAM A LEI PORQUE, ALÉM DE NÃO SER PECADO, A LEI TAMBÉM MOSTRA AO HOMEM O QUE É PECADO. “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum: mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”. (Romanos 7:7). A lei e sua prática pelos cristãos não constituem em pecado: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum”, proclama o doutor dos gentios. Paulo enfatiza que o conhecimento do pecado vem pela lei. Num texto paralelo ele advoga: “Porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Ele
  • 26. 26 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado testifica: “Eu não conheci o pecado senão pela lei” (Romanos 7:7). Logo, está claro que uma das funções da lei consiste em trazer ao homem o conhecimento do pecado. Ninguém teria como saber que “concupiscência” é pecado, se no décimo mandamento do decálogo não estivesse escrito: “não cobiçarás”. Portanto, como cobiçar é pecado, então concluímos que a lei continua vigorando; caso contrário, a cobiça não poderia ser considerada pecado. Para mostrar a qual lei estava se referindo, Paulo fez questão de citar, a título de exemplo, um dos mandamentos do decálogo: “não cobiçarás”. É evidente que a citação de um dos mandamentos do decálogo não exclui os demais, posto que a referida citação não é taxativa, mas exemplificativa. Mesmo porque o mandamento não se resume somente em “não cobiçarás”, mas em “não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem cousa alguma do teu próximo” (Êxodo 20:17). 30ª Razão AQUELES QUE ESTÃO NA CARNE MANIFESTAM UMA INIMIZADE CONTRA DEUS PORQUE A CARNE NÃO ESTÁ SUJEITA À LEI DE DEUS. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. (Romanos 8:7-8). Paulo afirma que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus”. Todos descendentes de Adão nascem com uma natureza propensa para a prática do pecado. Devido a essa natureza carnal, todos vêm ao mundo com um espírito de “inimizade contra Deus”. A inclinação carnal do ser humano não se submete aos mandamentos da lei de Deus, porque são coisas antagônicas. A natureza carnal está em aberta oposição aos mandamentos da lei de Deus. Eis a razão pela qual “aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). A lei de Deus exige obediência, mas o coração natural do homem está em rebelião contra Deus. Todos que rejeitam a lei de Deus manifestam em sua atitude que ainda estão vivendo na carne. A inclinação da carne é oposta à inclinação do espírito. Como Paulo diz que “a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus”; então, podemos concluir que “a inclinação do espírito é amizade a Deus, pois é sujeita à lei de Deus”. Isto mostra que a lei de Deus está vigorando, até mesmo para os que estão vivendo no espírito. Todos que não nascerem de novo jamais se sujeitarão à lei de Deus. É por essa razão que aqueles “que estão na carne não podem agradar a Deus”.
  • 27. 27 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 31ª Razão SOMENTE AQUELES QUE NASCERAM DE NOVO PODEM GUARDAR A LEI DE DEUS. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (João 3:3) Jesus ensinou que todos precisam nascer de novo, caso contrário não podem ver o reino de Deus. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). O nascimento natural do ventre materno é chamado nas Escrituras de nascimento carnal. Foi por isso que Jesus disse: “O que é nascido da carne é carne” (João 3:6). “Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Coríntios 2:14). A natureza carnal é o estado espiritual decaído do ser humano. Todos nascem propensos para a prática do pecado: “Eis que em iniquidade fui formado” (Salmos 51:5). “Alienam-se os ímpios desde a madre” (Salmos 58:3). “Que é o homem, para que seja puro?” (Jó 15:14). “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém”. (Jó 14:4). Em princípio, o novo nascimento é um avivamento das faculdades espirituais, que passam a crer na veracidade da Palavra de Deus. A Bíblia ensina que o homem em seu estado decaído não consegue guardar a lei de Deus porque a lei se opõe à sua natureza carnal. Essa é uma das razões pela qual ele precisa nascer de novo. “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado” (Romanos 7:14). “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Romanos 8:7-8). 32ª Razão NO NOVO CONCERTO A LEI DE DEUS CONTINUA VIGORANDO, MAS NO CORAÇÃO DO CRISTÃO E NO SEU ENTENDIMENTO. “Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta”. (Hebreus 10:16). Todos que nascerem de novo participarão do concerto feito pelo Senhor com Seu povo. Os fieis terão as leis de Deus colocadas “em seus corações” e escritas “em seus entendimentos”. Nesse contexto, “coração” e “entendimento” são conceitos diferentes. Ter a lei de Deus colocada no coração significa tê-la na mente, mas envolvendo as faculdades emocionais. Ter a lei de Deus escrita no entendimento
  • 28. 28 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado também significa tê-la na mente, mas envolvendo as faculdades racionais. Isso se tornou possível com o sacrifício do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Na vigência do Antigo Concerto de expiação de pecados pelo sangue de animais, a lei de Deus não era devidamente observada pelos adoradores, porque ela não estava em seu coração ou em seu entendimento. Eles praticavam a lei no pé da letra, sem a devida compreensão do seu significado. Porém, no Novo Concerto de expiação de pecados pelo sangue de Cristo, a lei de Deus é colocada no coração e escrita na compreensão dos adoradores. O Antigo Concerto mudou para o Novo Concerto; a antiga lei do sacerdócio levítico mudou para a lei do sacerdócio de Cristo. Porém, a lei de Deus vigorou no Antigo Concerto e continua vigorando no Novo Concerto, posto que seja uma lei moral e espiritual (Romanos 7:14), à qual deve sujeitar-se todos que nasceram de novo (Romanos 8:7). 33ª Razão O CRISTÃO TORNA-SE TRANSGRESSOR DA LEI QUANDO TROPEÇA NUM ÚNICO PONTO DOS DEZ MANDAMENTOS. “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei”. (Tiago 2:10-11). A lei de Deus é constituída por dez mandamentos, que foram escritos em duas tábuas de pedra (Deuteronômio 4:13). A transgressão de qualquer um dos mandamentos do decálogo – inclusive do sábado – implica na transgressão da lei. Eis a prova bíblica: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”. Para mostrar a qual lei estava se referindo Tiago citou dois mandamentos do decálogo: “Não cometerás adultério” e “Não matarás”. A citação desses dois mandamentos não excluiu os demais, haja vista que se trata de uma relação exemplificativa e não taxativa. Não adianta guardar nove mandamentos se você estiver quebrando o mandamento do sábado. Nesse caso, seria como se não tivesse guardado nenhum. “Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei”. Parafraseando Tiago pode-se escrever: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não farás para ti imagem de escultura, também disse: Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Se tu pois não faz para ti imagem de escultura, mas transgrides o sábado, estás feito transgressor da lei”. O mesmo raciocino vale para os demais mandamentos do decálogo.
  • 29. 29 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 34ª Razão O CRISTÃO GUARDA A LEI DE DEUS PORQUE O PECADO É DEFINIDO PELA BÍBLIA SAGRADA COMO TRANSGRESSÃO DA LEI. “Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei. Porque o pecado é a transgressão da lei”. (I João 3:4). O Novo Testamento define o pecado como sendo transgressão da lei. Não poderia ser de outro modo, haja vista que “pela lei vem o conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Com relação a esse assunto, o apóstolo Paulo declarou: “Eu não conheci o pecado senão pela lei” (Romanos 7:7). A transgressão de qualquer mandamento da lei de Deus é pecado: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos... estás feito transgressor da lei” (Tiago 2:10-11). Bem sabemos que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Portanto, a transgressão da lei tem como penalidade a morte eterna do transgressor porque “o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1:15). “Ora o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15:56). Admitindo a absurda suposição de que a lei foi abolida, então a que lei o evangelista estaria se referindo? Se a lei foi abolida, então porque ainda existe pecado no mundo? Caso os dez mandamentos tenham sido abolidos, então porque em nenhum lugar das Escrituras encontramos Jesus ou os apóstolos expondo tal doutrina? A resposta é muito simples: A lei dos dez mandamentos jamais foi abolida. Muito pelo contrário, os dez mandamentos foram repetidos por preceito e exemplo por Jesus e pelos santos apóstolos. 35ª Razão O CRISTÃO CONSEGUE GUARDAR A LEI PORQUE ELE PODE TODAS AS COISAS NO SENHOR. “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Filipenses 4:13). O cristão que diz ser impossível ao homem guardar a lei de Deus está negando as palavras bíblicas pronunciadas pelo apóstolo Paulo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Por ter nascido de novo, o cristão não vive mais para satisfazer os desejos da carne, razão pela qual ele é fortalecido no espírito e pode guardar os dez mandamentos, inclusive o dia do sábado. A recíproca também é verdadeira. Quem não nasceu de novo ainda está vivendo para satisfazer os desejos da carne. Evidentemente não terá força espiritual para guardar os dez mandamentos porque a natureza carnal não é sujeita à lei de Deus. Os cristãos
  • 30. 30 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado seriam incoerentes, caso dissessem que podem todas as coisas naquele que os fortalece, mas dissessem que é impossível ao crente guardar os dez mandamentos. É claro que, separados de Cristo, nenhum ser humano tem poder para vencer o pecado e guardar a lei de Deus. Foi Jesus quem disse: “porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5). Aqueles que não nasceram de novo estão em rebelião contra a lei de Deus, simplesmente porque a natureza carnal do homem está em conflito com a espiritualidade da lei. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser” (Romanos 8:7-8). Para o cristão nascido de novo a promessa de Deus é a seguinte: “Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos” (Hebreus 10:16). Somente a partir de então, é que o cristão pode guardar a lei de Deus. 36ª Razão O ANTIGO TESTAMENTO FOI ESCRITO PARA ENSINO DOS CRISTÃOS. NELE ENCONTRA-SE O ENSINO DO MANDAMENTO DO SÁBADO. “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”. (Romanos 15:4). Em seus escritos, o apóstolo Paulo remeteu os cristãos ao estudo das “Escrituras”. Porém, as Escrituras que ele estava se referindo eram as do Antigo Testamento; as únicas até então produzidas. Paulo diz que “tudo que dantes foi escrito” – uma clara referência ao Antigo Testamento – “para nosso ensino foi escrito”. Ocorre que no Antigo Testamento encontra-se o mandamento ordenando a santificação do sábado. Destarte, todos os cristãos guardavam o sábado, conforme o ensino. O Antigo Testamento, além de ensinar o cristão a guardar o sábado, também ensina sobre os dízimos e as ofertas. Ensina que o cristão a comprovar que Deus é bom e que abrirá as janelas do céu e derramará uma bênção que trará maior abastança ao que for fiel na devolução dos dízimos e das ofertas (Malaquias 3:10). É no Antigo Testamento que o cristão encontra o mandamento proibindo o politeísmo, o culto de imagens, o uso indevido do nome de Deus, o adultério, o furto, o assassinato, o falso testemunho (Êxodo 20:3-17). Por meio do Antigo Testamento o cristão passa a conhecer a grandiosa obra da criação do mundo, a queda do homem, o maravilhoso plano da salvação, as profecias sobre a vinda do Messias etc. As Escrituras, conhecidas como Antigo Testamento, trazem paciência e consolação à vida do cristão. Isso faz com que todos tenham esperança no porvir.
  • 31. 31 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 37ª Razão JESUS CRISTO MOSTROU QUE A LEI DEVE SER OBSERVADA, MAS IMBUIDA DO AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO. “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Mateus 22:35-37). Ignorando os claros ensinos das Escrituras Sagradas, alguns afirmam que Jesus Cristo substituiu os Dez Mandamentos do Antigo Testamento por outros dois novos mandamentos, mais fáceis de serem guardados. Infelizmente essas pobres mentes desconhecem que os dois “novos mandamentos” também foram dados no Antigo Testamento, tanto quanto foram dados os Dez Mandamentos (Levítico 19:18; Deuteronômio 6:5). A verdade é que os dois grandes mandamentos que Jesus extraiu do Antigo Testamento são princípios basilares e norteadores da lei de Deus. O amor, por ser um sentimento subjetivo, está consubstanciado nos preceitos do decálogo. Os Dez Mandamentos nada mais são do que uma extensão materializada dos dois grandes mandamentos: Amor a Deus e amor ao próximo. Os primeiros quatro mandamentos do decálogo concretizam o nosso amor para com Deus e os seis últimos concretizam o nosso amor para com o próximo. Jesus deixou claro que a correta observância da lei está atrelada aos dois grandes mandamentos. Eis a prova bíblica: “Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mateus 22:40). Portanto, longe de anular a lei, Jesus Cristo a complementou com o princípio do amor a Deus e do amor ao próximo. 38ª Razão OS CRISTÃOS GUARDAM O SÁBADO PORQUE, CONFORME A BÍBLIA SAGRADA, O SÁBADO É O DIA DO SENHOR. “Se desviares o teu pé do sábado, de fazer a tua vontade no meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras”. (Isaías 58:13) Biblicamente falando, o “sábado” é conhecido desde tempos imemoriais como “dia do Senhor”. Nenhuma referência a esse respeito é feita pela Bíblia Sagrada sobre o domingo, o qual para concorrer com o sábado bíblico, também passou a ser chamado “pelos homens” de dia do Senhor.
  • 32. 32 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado O versículo bíblico em análise é muito rico em informações espirituais, especialmente sobre a maneira como o sábado do Senhor deve ser observado pelos Seus verdadeiros adoradores. A passagem bíblica em questão deixa claro que pisamos o sábado quando realizamos a nossa própria vontade nesse santo dia do Senhor. As nossas próprias vontades são os nossos interesses particulares seculares. A mensagem bíblica em questão esclarece que o sábado deve ser visto pelos adoradores como um dia deleitoso, um dia agradável, aprazível, delicioso e gostoso de ser observado. Isaías ainda ensina que o sábado deve ser visto como um dia digno de honra e que deve ser honrado. Para honrar o dia do Senhor devemos evitar a prática de três coisas durante as horas sagradas do sábado: 1ª) Não devemos seguir nossos caminhos. 2ª) Nem fazer a nossa própria vontade. 3ª) Nem falar as nossas próprias palavras. Evitando a prática dessas três coisas estaremos honrando o dia do Senhor. 39ª Razão O “SANTO DIA DO SENHOR” TAMBÉM É CHAMADO DE “SANTO SÁBADO DO SENHOR”. “E ele disse-lhes: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor: o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã”. (Êxodo 16:23). Quatro acontecimentos distintos caracterizaram a relação do sábado com a queda do maná: 1º) O maná guardado de um dia para o outro, durante os seis dias de atividade secular, apodrecia e criava bichos (Êxodo 16:20). 2º) O maná guardado no sexto dia para o sábado não apodrecia e nem criava bichos (Êxodo 16:24). 3º) No sexto dia a porção de maná recolhida pelo povo era dobrada (Êxodo 16:22, 29). 4º) O maná não caia do céu no sábado, embora caísse nos demais dias da semana (Êxodo 16:25-26). Com o fenômeno sobrenatural da queda do maná, o Senhor disciplinou o Seu povo na observância do sábado. Durante quarenta anos ininterruptamente o povo presenciou aquele milagroso acontecimento. Testemunhou sua misteriosa cessação no sábado. O ciclo de interrupção da queda do maná no sábado inculcou no povo a periodicidade do sábado semanal. Não era um dia qualquer em sete, mas era precisamente o sétimo dia da semana. O incidente da queda do maná ocorrido antes do Monte Sinai, atesta claramente a existência do sábado antes mesmo da promulgação da lei. Esse dia é conhecido como “santo dia do Senhor” (Isaías 58:13) porque Moisés, divinamente inspirando, designou tal dia como “santo sábado do Senhor” (Êxodo 16:23).
  • 33. 33 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 40ª Razão NAS ESCRITURAS SAGRADAS O “DIA DO SENHOR” É DESIGNADO POR “SÁBADO DO SENHOR”. “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas”. (Êxodo 20:10). O sábado também é conhecido nas Escrituras Sagradas como “dia do Senhor” porque em várias ocasiões Moisés definiu o sétimo dia da semana como sendo o “sábado do Senhor”. O dia do sábado é chamado de “sábado do Senhor” na seguinte passagem: Êxodo 16:25. O sétimo dia da semana é designado como “sábado do Senhor” nas seguintes passagens: Êxodo 20:10; Levítico 23:3 e Deuteronômio 5:14. Com fundamento nessas passagens, o Senhor falando pela boca do profeta Isaías, chamou o sábado de “meu santo dia” e “santo dia do Senhor” (Isaías 58:13). Como criador de todas as coisas (João 1:3; Colossenses 1:16-17), Jesus Cristo afirmou que “o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12:8). Pautando-se unicamente pelos maciços ensinos das Escrituras Sagradas, o apóstolo João declarou: “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor” (Apocalipse 1:10). As Escrituras Sagradas reconhecem em suas gloriosas páginas apenas um dia como sendo o “dia do Senhor”. Esse dia não é o domingo, mas trata-se do dia designado por Deus nas Escrituras Sagradas pelo nome de sábado, o sétimo dia da semana. 41ª Razão O SÁBADO É O “DIA DO SENHOR” PORQUE O SENHOR DISSE QUE ELE “ATÉ DO SÁBADO É SENHOR”. “Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor”. (Mateus 12:8). O sábado é o “dia do Senhor” porque Jesus afirmou que até do sábado Ele é Senhor. “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou” (João 13:13). Portanto, o sábado não pertence ao judeu, mas a Jesus Cristo: o Senhor do sábado. O título “Senhor” designa aquele que é o proprietário, o dono absoluto da coisa, o soberano e dominador. Logo, Jesus como “Senhor” do sábado é o proprietário, o dono absoluto do sábado. Nada mais simples, claro e lógico!
  • 34. 34 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado O sábado foi criado por Jesus porque “nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1:16). Jesus é o Senhor do sábado porque “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1:3). O sábado não teria vindo à existência se Jesus não o houvesse criado. Como Senhor do sábado, Jesus condenou as tradições humanas que os judeus haviam impingido na observância desse dia. Ele fez questão de afrontar o legalismo que os fariseus haviam embutido na guarda do sábado. Como Senhor do sábado, Jesus ensinou aos Seus discípulos a maneira correta de observar esse dia. Destarte, o homem não possui poder ou autoridade para mudar qualquer coisa do sábado, muito menos trocar o próprio dia do sábado por outro dia. 42ª Razão JOÃO FOI ARREBATADO EM ESPÍRIO NO DIA DO SENHOR. PORÉM O DIA DO SENHOR É O SÁBADO. “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta”. (Apocalipse 1:10). João diz que ele teve um arrebatamento dos sentidos no “dia do Senhor”. Para muitas pessoas que leem, mas não estudam as Escrituras Sagradas, o mencionado dia do Senhor é o domingo. Mas essa débil interpretação é por conta e risco desses leitores superficiais e mal informados. O Universo do cristão gira em torno da Bíblia Sagrada. Porém, desprezando esse princípio, alguns interpretam muitas passagens bíblicas com base em conceitos “extrabíblicos”. Assim, eles supõem que o “dia do Senhor” é uma referência ao domingo, simplesmente porque etimologicamente a palavra “domingo” quer dizer “dia do Senhor”. O problema dessa interpretação secular são vários: 1º) Por ser de origem latina, a palavra “domingo” jamais constou nas Escrituras Sagradas porque elas foram escritas em hebraico, aramaico e grego. 2º) A palavra “dia do Senhor” mencionada no Apocalipse não faz referência explicita a qualquer dia da semana. 3º) As Escrituras Sagradas sempre designaram o primeiro dia da semana pelo numeral ordinal “primeiro”. 4º) Em nenhum lugar as Escrituras Sagradas empregam a expressão “dia do Senhor” para designar o primeiro dia da semana. 5º) As Escrituras Sagradas sempre empregam a expressão “dia do Senhor” para designar o sétimo dia da semana, conhecido como sábado. Portanto, temos que admitir que o “dia do Senhor”, mencionado no Apocalipse, é uma clara alusão ao dia do “sábado”.
  • 35. 35 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 43ª Razão A ARCA DO CONCERTO, CONTENDO A LEI DE DEUS, FOI VISTA NO CÉU. “E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo: e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva”. (Apocalipse 11:19). Arrebatado numa de suas extraordinárias visões apocalípticas, o apóstolo João declara que a arca do concerto foi vista no Santuário Celestial. Sabemos que “na arca não havia senão somente as duas tábuas” (II Crônicas 5:10). O conteúdo registrado nas “duas tábuas”, que foram colocadas no interior da arca do concerto, não foram escritos por Moisés, mas “aquelas tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas” (Êxodo 32:16). Diferentemente das demais leis registradas por Moisés num livro, as duas tábuas de pedra foram “escritas pelo dedo de Deus” (Êxodo 31:18). Portanto, não eram leis de Moisés, mas de Deus. As palavras registradas nas duas tábuas de pedra foram chamadas de “Dez Mandamentos”: “Então vos anunciou ele o seu concerto que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra”. “Então escreveu nas tábuas, conforme à primeira escritura, os dez mandamentos” (Deuteronômio 4:13; 10:4). O santuário terrestre era dividido em dois compartimentos. O primeiro era chamado de “santo” e o segundo de “santo dos santos”. A arca do concerto foi colocada no segundo compartimento do santuário: “Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos. Que tinha o incensário de ouro, e a arca do concerto” (Hebreus 9:3-4). 44ª Razão A VERDADEIRA IGREJA É AQUELA QUE GUARDA OS MANDAMENTOS DE DEUS. “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:17). Na simbologia apresentada no livro do Apocalipse, o signo do “dragão” é o símile de Satanás, e o signo da “mulher” é o símile da Igreja. Portanto, o texto deixa claro que Satanás irou-se contra a Igreja. Em conformidade com as profecias, Satanás esteve irado contra a verdadeira Igreja durante um período de mil duzentos e sessenta anos (538-1798). Porém, quando
  • 36. 36 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado terminou esse período, sua ira intensificou-se a tal ponto, que foi fazer guerra ao restante da Igreja de Deus. Esse fiel remanescente da Igreja de Cristo está preparado para o conflito final, que culminará com a segunda vinda de Cristo e com o fim do mundo. Os remanescentes são identificados por dois requisitos “guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo”. Pelo contexto, em Apocalipse 11:19, os mandamentos de Deus são uma clara referência aos Dez Mandamentos, que foram escritos pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra (Êxodo 31:18; 34:28; Deuteronômio 4:13; 9:11: 10:4) e colocados no interior da arca do concerto (II Crônicas 5:10). Os remanescentes são identificados dessa maneira porque nenhuma outra facção religiosa poderia preencher legitimamente esses dois requisitos. Nos dias de hoje, o mundo cristão está insurgindo-se contra os mandamentos de Deus, para num futuro levantar-se contra as pessoas que os guardam, especialmente o sábado. 45ª Razão OS SANTOS GUARDARM OS MANDAMENTOS DE DEUS. “Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”. (Apocalipse 14:12). É interessante observar que o livro do Apocalipse chama de “santos” todos aqueles que possuem a fé de Jesus e guardam os mandamentos de Deus. Conforme Apocalipse 11:19, os “mandamentos de Deus” é uma clara referência aos Dez Mandamentos. A mensagem de Apocalipse 14:12 está inserida dentro do contexto da admoestação do terceiro anjo, o qual adverte o mundo sobre a condenação divina contra o sinal da besta. O contraste entre as duas mensagens é evidente! Enquanto a condenação divina paira sobre aqueles que recebem o sinal da besta; os santos do Altíssimo recusam perseverantemente receber esse sinal, e permanecem firmes na guarda dos mandamentos de Deus, santificando o sábado. Pelas Escrituras Sagradas o sábado é o sinal de Deus (Ezequiel 20:12; 20), enquanto que o sinal da besta (Apocalipse 13:17; 14:9; 15:2; 16:2; 20:4) é uma contrafação do sinal de Deus. Como o sábado é um dia da semana, então a contrafação do sábado também tem que ser um dia da semana. Ora, o único dia da semana que reivindica a santidade do sábado é o domingo. Porém, como o domingo é observado por tradição e o sábado por mandamento divino, fica claro que o domingo é o sinal da besta. Agora a mensagem do terceiro anjos está mais evidente: enquanto que os adoradores da besta e de sua imagem observam o sinal da besta, conhecido como domingo, os santos fazendo oposição ao sinal da besta, observam o sinal de Deus conhecido como sábado.
  • 37. 37 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 46ª Razão OS CRISTÃOS QUE PRATICAM A LEI HÃO DE SER JUSTIFICADOS. “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus: mas os que praticam a lei hão de ser justificados”. (Romanos 2:11-13). Deus não faz acepção de pessoas por suas classes sociais, raças, culturas, nações, línguas, povos etc. Na verdade são as pessoas quem escolhem estar ou não com Deus. “Todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão”. As pessoas que viveram sem o conhecimento da lei e vieram cometer pecados também sem lei perecerão “porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). “Todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados”. Nesta passagem, a lei mostra-se como norma de julgamento. Aqueles que viveram com o conhecimento da lei e mesmo assim cometeram pecados, então pela lei serão julgados em juízo porque “o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15:56). “Os que ouvem a lei não são justos diante de Deus”. Os que conhecem a lei, mas não a pratica, não são tidas como justas diante de Deus, e serão condenadas em juízo porque como transgressoras da lei recebem o salário do pecado. “Os que praticam a lei hão de ser justificados”. Os crentes são salvos pela graça, mediante a fé e julgados pelas obras, porque a fé sem obras é morta e o pecado é transgressão da lei. Portanto, todos que foram justificados pela fé em Cristo e que praticam a lei hão de ser justificados em juízo. 47ª Razão TODOS TÊM O DEVER DE TEMER A DEUS E GUARDAR OS SEUS MANDAMENTOS. “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau”. (Eclesiastes 12:13-14) Divinamente inspirado pelo Espírito Santo (II Pedro 1:20-21; II Timóteo 3:16- 17), o sábio rei Salomão afirmou categoricamente que todo homem tem o dever de temer a Deus e guardar os Seus mandamentos.
  • 38. 38 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado Nesse versículo, a expressão “temer” não se refere ao ato do homem ter medo, pavor, terror ou pânico de Deus. Mas trata-se de um nobre sentimento de respeito reverencial por Deus. Esse espírito de temor a Deus leva o homem a ser obediente e a guardar os Seus mandamentos. Evidentemente a admoestação de Salomão abrange todos os homens de todas as épocas e nações, haja vista que ninguém está dispensado de temer a Deus. Diante disso, fica claro que todos os homens também têm a obrigação de guardar os Mandamentos de Deus, tanto quanto a de temer a Deus. Outra razão dada por Salomão, pela qual os homens de todas as nações e épocas têm o dever de temer a Deus e guardar os Seus mandamentos, é que Deus trará a juízo todas as obras. Como nenhum homem está dispensando de passar pelo juízo divino, então todos têm a obrigação de temer a Deus e guardar os Seus mandamentos. No juízo divino nenhuma obra praticada pelos homens permanecerá desconhecida, quer sejam obras boas ou obras más, mesmo que tenham sido realizadas escondidas ou abertamente. 48ª Razão PAULO DECLAROU QUE JAMAIS TRANSGREDIU QUALQUER MANDAMENTO DA LEI. “Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César”. (Atos 25:8). Paulo jamais foi contra a lei dos judeus, muito menos contra a lei de Deus. Ele nunca foi duro e nem severo com a lei, como alguns falsos mestres atualmente costumam afirmar sem nenhum fundamento lícito nas Escrituras Sagradas. Nos dias de hoje Paulo é acusado de ser um ferrenho adversário da lei, mas no passado ele também foi acusado da mesma coisa. Todavia, tratava-se de “graves acusações, que não podiam provar” (Atos 25:7). Então porque insistir no mesmo erro do passado? Na verdade, as Escrituras Sagradas mostram que o apóstolo Paulo tinha o maior zelo pela lei de Deus e fez questão de deixar isso bem claro ao afirmar que a lei é boa (I Timóteo 1:8); santa (Romanos 7:12) e espiritual (Romanos 7:14). Ele afirmou que pela lei vem o conhecimento do pecado (Romanos 3:20), e que não conheceu o pecado senão pela lei (Romanos 7:7). Também disse que o pecado não é imputado, não havendo lei (Romanos 5:13) e que onde não há lei também não há transgressão (Romanos 4:15). Afirmou que a inclinação da carne não é sujeita à lei de Deus (Romanos 8:7) e que a fé estabelece a lei (Romanos 3:31) e que tinha prazer na lei de Deus (Romanos 7:22). Diante de tão grande número de afirmações positivas de Paulo exaltando a lei de Deus entre os cristãos, então como dizer que ele era contra a lei? Ou que ele era inimigo da lei? Somente sendo muito mal intencionado é que alguém poderia fazer tais afirmações absurdas!
  • 39. 39 LEANDRO BERTOLDO 90 Razões Para Guardar o Sábado 49ª Razão AQUELE QUE TRANSGRIDE A LEI DE DEUS ESTÁ DEBAIXO DA LEI. “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus”. (Romanos 3:19). Tudo que a lei diz, ela o diz para aqueles que estão vivendo debaixo dela e não para quem está vivendo em harmonia com seus preceitos porque “a lei não é feita para o justo, mas para os injustos” (I Timóteo 1:9-10). Para uma melhor análise do versículo em destaque, considere as seguintes perguntas: Quem está debaixo da lei? Quem a transgride ou quem a obedece? Quem está condenado? Quem está debaixo da lei ou quem a obedece? A resposta para essas perguntas é bem simples. Evidentemente quem transgride a lei está debaixo da lei porque “todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei” (I João 3:4). Quem transgride a lei está debaixo da lei porque comete pecado e “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Por exemplo, quem mata ou adultera está debaixo da lei porque o salário do pecado é a morte. A lei somente tem poder sobre aqueles que estão debaixo dela porque “o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei” (I Coríntios 15:56). O mundo está debaixo da lei, razão pela qual ele é “condenável diante de Deus” porque “não há homem justo sobre a terra, que faça bem, e nunca peque” (Eclesiastes 7:20). Portanto, estar debaixo da lei implica em estar condenado. Eis a razão pela qual o apóstolo Paulo conclui o seu raciocínio com as palavras: “e todo o mundo seja condenável diante de Deus” (Romanos 3:19). 50ª Razão A LEI VEIO ESCRITA PARA MOSTRAR CLARAMENTE A ABUNDÂNCIA DO PECADO DO HOMEM. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”. (Romanos 5:20). Com a transgressão de Adão o pecado entrou no mundo (Romanos 5:12, 14). É evidente que até o momento em que a lei foi escrita em duas tábuas de pedras no monte Sinai o pecado estava no mundo. Porém, se antes do Sinai não houvesse lei também não haveria pecado porque “o pecado não é imputado, não havendo lei” mesmo porque “onde não há lei também não há transgressão” (Romanos 4:13, 15).