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PO RTA L MA C HA D O D E A S S I S




A P R E S E NTA
Os dias passam, Maria esta feliz com o
trabalho e com a família, mas uma terrível
pneumonia ataca o pequeno Davi, que é internado
na UTI e corre risco de vida. Maria segue ao
trabalho, sua cabeça esta tomada pela tristeza de
ver seu filho a beira da morte no hospital, ela
segura suas lágrimas na frente de seu chefe, ela
então segue até a rua, onde começo seu ardiloso
trabalho acompanhada de Marina, que tenta
consolá-la
            _Ele irá ficar bem amiga
            _Eu estou aqui somente por
ele, sofrendo estas humilhações apenas para
poder pagar aqueles remédios que custam os
olhos da cara
_Tudo vai passar, acredite – Afirma
Marina
           _Tomara – Torce Maria. O dia passa e o
expediente termina, Maria logo chega a sua
casa, abrindo a porta, ela vê seu marido aos
prantos, ela pergunta o porquê e ele diz que fora
dispensado da metalúrgica
           _E agora Maria? O que iremos fazer?
           _Nós daremos um jeito, confie – Diz
ela, abraçando o marido
           A noite passa e o sol se
põe, Marina, como sempre, se troca e segue rumo
ao trabalho, chegando lá ela tem uma terrível
surpresa
_Como assim, demitida? – Questiona
ela
           _Seus serviços não são mais
necessários, a senhora esta dispensada – Diz
friamente a moça da recepção
           _Mas, como? Eu tenho um filho
morrendo no hospital! Não posso ficar sem este
emprego! Por favor eu suplico, me ajudem pelo
amor de Deus! – Suplica Maria, escandalosamente
           _Tirem esta louca daqui! – ordena a
recepcionista, logo os seguranças chegam e
pegam Maria pelo braço, a arrastando para fora
_Eu preciso, pelo meu filho, meu filho!
– Diz ela, um pouco antes de ser jogada na
calçada, onde permanece chorando até a chegada
de Marina
            _O que há? – Pergunta Marina
            _Eles, eles me demitiram, o que eu
faço, e meu filho! Os remédios dele! – Diz ela, aos
prantos
            _Agente vai dar um
jeito, acredite, agora vamos para a casa – Marina
então acompanha Maria até a comunidade, elas
agora estão na casa de Maria
            _Tome este copo de água – pede
Rodrigo a esposa
_Não, não quero! – Diz ela, angustiada
           _Temos que seguir em frente – Diz ele
           _Ouça seu marido amiga, o que não
podemos fazer agora é ficarmos sentados
aqui, angustiados, olha, eu tenho uma amiga,que
trabalha na cassa de uma ricaça, ela disse que esta
Madame esta precisando de uma empregada, eu
recomendei você a ela – Diz Marina – Eu posso
levar você até a casa dela, com certeza ela lhe
contratará
           O dia seguinte logo chegou, Marina e
Maria se dirigem a casa , logo chegam a um bairro
de classe média alta, a casa onde trabalha a amiga
de Marina é a primeira da rua. Marina e Maria
tocam a campanhinha, a porta da casa é aberta
por Adelaide, a tal amiga de Marina
_Marina! Que surpresa – Diz ela
entusiasmada – Veio tentar um emprego?
          _Não, na verdade vim trazer minha
amiga, esta é Maria, ela esta precisando muito
deste emprego – Responde Marina
          _Oh, claro, entrem, eu chamarei a dona
Rosângela – Diz Adelaide. As duas amigas então
se sentam e logo a dona da casa chega até a sala
acompanhada de Adelaide
_Madame, estas são Marina e Maria, a
segunda é a candidata ao emprego
            _Ah, claro – Diz Rosângela, com certa
apatia em relação à Maria – Por favor, Maria, me
acompanhe até meu escritório – Maria obedece, e
as duas vão até o escritório. Chegando
lá, Rosângela se senta em uma luxuosa cadeira
            _Posso me sentar, senhora? –
Questiona Maria
            _Melhor não – Responde
Rosangela, causando desconforto em Maria
            _Senhora, eu soube que a senhora esta
procurando uma empregada, vim oferecer meus
serviços, olha, eu lavo, passo, cozinho...
_Sejamos francas – Interrompe
Rosangela – Você pode até ser uma boa
funcionaria, mas eu não a contratarei
            _Por que senhora? – Pergunta
Maria, com os olhos marejados
            _Olhe para sua pele, ela é
preta, ora, por favor, você é uma suja, da
favela, não aceito gente como você aqui na minha
casa – Diz Rosangela
            _Isto é preconceito, não é justo, eu
estou aqui pelo meu filho...
            _Não importa, por favor, se retire de
minha casa – ordena Rosangela
            _Sim, senhora – Diz Maria, se retirando
do escritório, aos prantos
_O que foi Maria? – Questiona Marina
           _Vamos embora – Pede Maria. As duas
deixam a casa, agora se encontram a caminho da
comunidade
           _O que aconteceu dentro daquela sala
Maria? – Pergunta Marina
           _Ela me negou emprego, me chamou
de Preta, suja, disse que sou uma favelada – Diz
Maria aos prantos
           _Meu Deus... – Diz Marina
espantada, ela é interrompida por Maria, que
avista um cartaz na porta de um bar
_Ei olhe o que diz o cartaz – Diz Maria
          _Estão precisando de ajudantes – Diz
Marina
            _Vamos lá! – Diz Maria
            Elas adentram ao local, o lugar era
sujo, fétido e repleto de homens bêbados e com
más intenções
            _O que querem aqui garotas –
Questiona um homem, que parecia ser o dono do
local
            _Queremos um emprego, eu quero um
emprego – Diz Maria, animada
_Bonita, boa lábia, sim, pode vir
amanhã mesmo – Constata o homem
           _O que terei que fazer? – Questiona
Maria
           _Servir, cozinhar, limpar, de tudo um
pouco – Diz o homem
           _Está ótimo,amanhã mesmo virei bem
cedo – diz ela
As duas se retiram do local, elas agora
seguem rumo até o hospital
          _Tem certeza de que foi uma boa idéia?
– Questiona marina
          _Não, não tenho certeza, mas é o que
tem pra hoje – Diz Maria
          O que será de Maria naquele emprego?
E o pequeno Davi, irá se recuperar? Respostas
apenas nos próximos capítulos.
©2013 Portal Machado de Assis

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Cap 9
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Cap 5

  • 1. PO RTA L MA C HA D O D E A S S I S A P R E S E NTA
  • 2.
  • 3. Os dias passam, Maria esta feliz com o trabalho e com a família, mas uma terrível pneumonia ataca o pequeno Davi, que é internado na UTI e corre risco de vida. Maria segue ao trabalho, sua cabeça esta tomada pela tristeza de ver seu filho a beira da morte no hospital, ela segura suas lágrimas na frente de seu chefe, ela então segue até a rua, onde começo seu ardiloso trabalho acompanhada de Marina, que tenta consolá-la _Ele irá ficar bem amiga _Eu estou aqui somente por ele, sofrendo estas humilhações apenas para poder pagar aqueles remédios que custam os olhos da cara
  • 4. _Tudo vai passar, acredite – Afirma Marina _Tomara – Torce Maria. O dia passa e o expediente termina, Maria logo chega a sua casa, abrindo a porta, ela vê seu marido aos prantos, ela pergunta o porquê e ele diz que fora dispensado da metalúrgica _E agora Maria? O que iremos fazer? _Nós daremos um jeito, confie – Diz ela, abraçando o marido A noite passa e o sol se põe, Marina, como sempre, se troca e segue rumo ao trabalho, chegando lá ela tem uma terrível surpresa
  • 5. _Como assim, demitida? – Questiona ela _Seus serviços não são mais necessários, a senhora esta dispensada – Diz friamente a moça da recepção _Mas, como? Eu tenho um filho morrendo no hospital! Não posso ficar sem este emprego! Por favor eu suplico, me ajudem pelo amor de Deus! – Suplica Maria, escandalosamente _Tirem esta louca daqui! – ordena a recepcionista, logo os seguranças chegam e pegam Maria pelo braço, a arrastando para fora
  • 6. _Eu preciso, pelo meu filho, meu filho! – Diz ela, um pouco antes de ser jogada na calçada, onde permanece chorando até a chegada de Marina _O que há? – Pergunta Marina _Eles, eles me demitiram, o que eu faço, e meu filho! Os remédios dele! – Diz ela, aos prantos _Agente vai dar um jeito, acredite, agora vamos para a casa – Marina então acompanha Maria até a comunidade, elas agora estão na casa de Maria _Tome este copo de água – pede Rodrigo a esposa
  • 7. _Não, não quero! – Diz ela, angustiada _Temos que seguir em frente – Diz ele _Ouça seu marido amiga, o que não podemos fazer agora é ficarmos sentados aqui, angustiados, olha, eu tenho uma amiga,que trabalha na cassa de uma ricaça, ela disse que esta Madame esta precisando de uma empregada, eu recomendei você a ela – Diz Marina – Eu posso levar você até a casa dela, com certeza ela lhe contratará O dia seguinte logo chegou, Marina e Maria se dirigem a casa , logo chegam a um bairro de classe média alta, a casa onde trabalha a amiga de Marina é a primeira da rua. Marina e Maria tocam a campanhinha, a porta da casa é aberta por Adelaide, a tal amiga de Marina
  • 8. _Marina! Que surpresa – Diz ela entusiasmada – Veio tentar um emprego? _Não, na verdade vim trazer minha amiga, esta é Maria, ela esta precisando muito deste emprego – Responde Marina _Oh, claro, entrem, eu chamarei a dona Rosângela – Diz Adelaide. As duas amigas então se sentam e logo a dona da casa chega até a sala acompanhada de Adelaide
  • 9. _Madame, estas são Marina e Maria, a segunda é a candidata ao emprego _Ah, claro – Diz Rosângela, com certa apatia em relação à Maria – Por favor, Maria, me acompanhe até meu escritório – Maria obedece, e as duas vão até o escritório. Chegando lá, Rosângela se senta em uma luxuosa cadeira _Posso me sentar, senhora? – Questiona Maria _Melhor não – Responde Rosangela, causando desconforto em Maria _Senhora, eu soube que a senhora esta procurando uma empregada, vim oferecer meus serviços, olha, eu lavo, passo, cozinho...
  • 10. _Sejamos francas – Interrompe Rosangela – Você pode até ser uma boa funcionaria, mas eu não a contratarei _Por que senhora? – Pergunta Maria, com os olhos marejados _Olhe para sua pele, ela é preta, ora, por favor, você é uma suja, da favela, não aceito gente como você aqui na minha casa – Diz Rosangela _Isto é preconceito, não é justo, eu estou aqui pelo meu filho... _Não importa, por favor, se retire de minha casa – ordena Rosangela _Sim, senhora – Diz Maria, se retirando do escritório, aos prantos
  • 11. _O que foi Maria? – Questiona Marina _Vamos embora – Pede Maria. As duas deixam a casa, agora se encontram a caminho da comunidade _O que aconteceu dentro daquela sala Maria? – Pergunta Marina _Ela me negou emprego, me chamou de Preta, suja, disse que sou uma favelada – Diz Maria aos prantos _Meu Deus... – Diz Marina espantada, ela é interrompida por Maria, que avista um cartaz na porta de um bar
  • 12. _Ei olhe o que diz o cartaz – Diz Maria _Estão precisando de ajudantes – Diz Marina _Vamos lá! – Diz Maria Elas adentram ao local, o lugar era sujo, fétido e repleto de homens bêbados e com más intenções _O que querem aqui garotas – Questiona um homem, que parecia ser o dono do local _Queremos um emprego, eu quero um emprego – Diz Maria, animada
  • 13. _Bonita, boa lábia, sim, pode vir amanhã mesmo – Constata o homem _O que terei que fazer? – Questiona Maria _Servir, cozinhar, limpar, de tudo um pouco – Diz o homem _Está ótimo,amanhã mesmo virei bem cedo – diz ela
  • 14. As duas se retiram do local, elas agora seguem rumo até o hospital _Tem certeza de que foi uma boa idéia? – Questiona marina _Não, não tenho certeza, mas é o que tem pra hoje – Diz Maria O que será de Maria naquele emprego? E o pequeno Davi, irá se recuperar? Respostas apenas nos próximos capítulos.