O poema descreve como a simplicidade pode trazer felicidade, comparando as pessoas simples com elementos naturais como rosas, céu, árvores e rios que trazem alegria sem esforço ou pretensão. A simplicidade é retratada como um sonho distante, mas aqueles que conseguem viver de forma simples sem se vangloriar do bem que fazem podem alcançar a felicidade.

1. SIMPLICIDADE,
FELICIDADE
(Guilherme de Almeida,
Meus Poemas Preferidos)

2. “Simplicidade...
simplicidade...
Ser como as rosas,
o céu sem fim,
a árvore, o rio...
Por que não há de ser
toda gente assim?

3. Ser como as rosas:
bocas vermelhas
que não disseram nunca a ninguém
que têm perfumes...

4. Mas as abelhas
e os homens sabem o que elas têm!

5. Ser como o espaço, que
é azul de longe,
de perto é nada...

6. Mas quem o vê
árvores,
aves,
olhos de monge... –
busca-o sem mesmo saber porque.

7. Ser como o rio cheio de graça,
que move o moinho, dá vida ao lar,

8. fecunda as terras... E, rindo, passa
despretensioso, sempre a cantar.

9. Ou ser como a árvore: aos lavradores
dá lenha e fruto, dá sombra e paz;

10. Dá ninho às aves; ao inseto, flores...
Mas nada sabe do bem que faz.

11. Felicidade – sonho
arredio!

12. Feliz é o simples
que sabe ser,

13. Como o ar, as rosas,

14. a árvore, o rio:

15. Simples,

16. mas simples sem o saber.”

17. Que a Simplicidade seja nossa companheira diária...
Com carinho,
Arlete Caetano de Jesus
Créditos:
Poema: “Simplicidade, Felicidade” – autor: Guilherme de
Almeida
Imagens: www.google.com.br
Música Instrumental: “Ao Único” (Domínio Público)