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ABC 
da Agricultura Familiar 
Criação de 
bovinos de leite 
no Semi-Árido
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
Embrapa Informação Tecnológica 
Embrapa Semi-Árido 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
Criação de 
bovinos de leite 
no Semi-Árido 
Embrapa Informação Tecnológica 
Brasília, DF 
2007
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: 
Embrapa Informação Tecnológica 
Parque Estação Biológica (PqEB), Av. W3 Norte (final) 
CEP 70770-901 Brasília, DF 
Fone: (61) 3340-9999 
Fax: (61) 3340-2753 
vendas@sct.embrapa.br 
www.sct.embrapa.br/liv 
Embrapa Semi-Árido 
Elaboração da cartilha: Cristiane Otto de Sá 
José Luiz de Sá. 
Produção editorial: Embrapa Informação Tecnológica 
Coordenação editorial: Fernando do Amaral Pereira 
Mayara Rosa Carneiro 
Lucilene Maria de Andrade 
Compilação: Guido Heleno Dutra 
Revisão técnica: Juliana Meireles Fortaleza 
Revisão de texto: Ana Lúcia Maciel Weinmann 
Projeto gráfico da coleção: Carlos Eduardo Felice Barbeiro 
Editoração eletrônica: Grazielle Tinassi Oliveira 
Ilustração da capa: CW Produções Ltda. 
(Adriano Mendes) 
1a edição 
1a impressão (2007): 1.000 exemplares 
Todos os direitos reservados 
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em 
parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n° 9.610). 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Embrapa Informação Tecnológica 
Criação de bovinos de leite no Semi-Árido / Embrapa Informação Tecnológica; 
Embrapa Semi-Árido. – Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2007. 
60 p. : il. – (ABC da Agricultura Familiar, 17) 
ISBN 978-85-7383-398-0 
1. Bovinocultura. 2. Gado leiteiro. 3. Manejo. 4. Nutrição animal. 6. Reprodução. 
I. Embrapa Informação Tecnológica. II Embrapa Semi-Árido. III. Coleção. 
CDD 636.2142 
© Embrapa 2007
Apresentação 
Empenhada em auxiliar o pequeno produtor, a 
Embrapa lança o ABC da Agricultura Familiar, que 
oferece valiosas instruções sobre o trabalho no 
campo. 
Elaboradas em linguagem simples e objetiva, 
as publicações abordam temas relacionados à 
agropecuária e mostram como otimizar a atividade 
rural. A criação de animais, técnicas de plantio, 
práticas de controle de pragas e doenças, adubação 
alternativa e fabricação de conservas de frutas são 
alguns dos assuntos tratados. 
De forma independente ou reunidas em 
associações, as famílias poderão beneficiar-se 
dessas informações e, com isso, diminuir custos, 
aumentar a produção de alimentos, criar outras 
fontes de renda e agregar valor a seus produtos. 
Assim, a Embrapa cumpre o propósito adicional 
de ajudar a fixar o homem no campo, pois coloca a 
pesquisa a seu alcance e oferece alternativas de 
melhoria na qualidade de vida. 
Fernando do Amaral Pereira 
Gerente-Geral 
Embrapa Informação Tecnológica
Sumário 
Introdução ............................................... 7 
Melhorando a produção de leite na 
pequena propriedade .............................. 9 
Qual a raça mais apropriada? ............... 10 
Instalações simples para a 
produção leiteira .................................... 13 
A melhor alimentação para 
seu gado de leite ................................... 20 
Banco de proteína ................................. 21 
Como utilizar a palma 
forrageira na alimentação do 
seu gado de leite? ................................. 25 
Como fazer silagem? ............................ 27 
Amoniação de palhadas ........................ 30 
Um plano de alimentação 
dos animais ........................................... 33
A reprodução do rebanho...................... 36 
Com que idade a vaca deve 
ter a primeira cria? ................................ 37 
Cio ......................................................... 38 
Quando fazer as coberturas? ................ 40 
O touro e as vacas ................................ 41 
Inseminação artificial ............................. 42 
Cuidados com a vaca gestante ............. 42 
Cuidados com o parto e 
com os bezerros .................................... 43 
A saúde do rebanho .............................. 48 
Parasitas do gado ................................. 49 
Vacinação .............................................. 53 
Higiene da ordenha ............................... 54 
Faça da produção de leite 
um bom negócio.................................... 58 
6
7 
Introdução 
A criação de gado é uma prática comum 
nas pequenas propriedades brasileiras, não 
só para a produção de leite para o consumo 
familiar, como também para a fabricação ca-seira 
de alguns produtos derivados do leite, 
como queijo, manteiga e doces. 
No entanto, por falta de informação e 
iniciativas, estas práticas continuam sendo 
feitas sem muita técnica e cuidados e, con-seqüentemente 
não trazem lucros nem bene-fícios 
à saúde do produtor e de sua família. 
Na verdade, a criação de gado de leite 
no Semi-Árido é uma alternativa viável de 
sustento, desde que o produtor encare isso 
como uma atividade ou um negócio que 
traga renda. 
Em relação ao Semi-Árido nordestino, 
existe uma longa tradição de criação de 
gado bovino em pequenas propriedades, 
onde muitas famílias criam seus bois de
carne e suas vaquinhas de leite, porém sem 
grandes preocupações de ter um gado sadio 
e produtivo, nem mesmo de fazer o manu-seio 
correto dos animais no momento da 
qualidade e que possam gerar uma boa 
renda para os pequenos produtores, é 
necessário mudar algumas técnicas na 
criação do gado. Além disso, é preciso 
adotar medidas de higiene na ordenha e no Foto: Orlando Carvalho Filho 
8 
ordenha. 
Para garantir produtos saudáveis, de
trato do leite e de seus subprodutos, como 
queijos, manteiga, compotas, entre outros. 
Nesta publicação você encontrará 
algumas orientações básicas para melhorar 
a produção de leite nas pequenas proprie-dades 
e fazer disso um negócio lucrativo e 
próspero. 
Melhorando a 
produção de leite na 
pequena propriedade 
Antes de tudo é preciso decisão. Decidir 
aumentar a produção de leite, melhorar a 
sanidade do rebanho para que se torne mais 
produtivo e, principalmente, oferecer leite 
de melhor qualidade. Para que isso aconteça, 
são exigidas certas práticas e que algumas 
providências sejam tomadas. 
A seguir, você conhecerá as principais 
questões referentes à melhoria do gado e 
da produção de leite. 
9
Qual a raça 
mais apropriada? 
Tudo começa por se ter animais que 
realmente sejam adequados para a finalida-de 
desejada. Se você quer ser produtor de 
leite, entrar em um negócio para obter lucros, 
tem que criar animais de raças mais reco-mendadas 
para isso. 
As raças de vacas que mais produzem 
leite são as raças de origem européia, como 
a Holandesa, a Jersey e a Parda-suíça. 
10 
Holandesa. Foto: José Luiz de Sá
O problema é que essas raças não se 
adaptam bem ao clima do Nordeste, em 
decorrência do calor e da pouca chuva. 
Além disso, essas raças são também muito 
exigentes em sua alimentação, necessitando 
de pastagens que devem ser complemen-tadas 
com rações balanceadas. Outro 
problema é que o gado dessas raças é muito 
mais sensível às pragas, tais como carra-patos. 
Já as raças do tipo zebu, como Gir, 
Guzerá e Sindi, adaptam-se melhor às con-dições 
do Nordeste, mas produzem menos 
leite que as européias. 
11 
Gir. 
Foto: José Luiz de Sá
12 
Guzerá. 
Sindi. 
Foto: Cristiane Otto de Sá Foto: Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto
Sendo assim, surge a seguinte dúvida: 
se as raças européias produzem mais leite, 
mas não se adaptam ao clima do Nordeste 
e as raças do tipo zebu, que se desenvol-vem 
bem no Semi-Árido, não produzem tanto 
leite, qual a solução? 
Nesse caso, sugere-se a criação de 
vacas mestiças de gado europeu com zebu. 
Essas vacas produzem mais leite do que 
as do tipo zebu e são mais resistentes do 
que as européias. 
Quanto mais sangue da raça européia 
tiver a vaca, mais leite produzirá, porém exigirá 
maiores cuidados, mais pastagens e rações. 
Instalações simples 
para a produção leiteira 
Mesmo estando no pasto, o gado tem 
que estar cercado. As áreas onde as vacas 
pastam ou as instalações onde o gado é 
confinado – estábulos – e principalmente a 
13
sala de ordenha devem ser planejadas 
visando à comodidade do animal, facilidade 
da ordenha e higiene na produção de leite. 
As instalações devem ser as mais 
adequadas e feitas, de preferência, com 
material de baixo custo, encontrado na pró-pria 
região. As cercas e a sala de ordenha 
são essenciais. 
Cercas vivas forrageiras 
Uma das possibilidades para cercar 
seu gado é o uso de estacas vivas de gliricí-dia. 
Essa é uma solução de baixo custo e 
possibilita a construção de cercas perma-nentes 
que oferecem sombra e forragem de 
alta qualidade para os animais, além de 
contribuir para a melhoria do solo. 
As cercas vivas forrageiras podem ser 
construídas com estacas de madeira branca, 
intercaladas com estacas de gliricídia de 
4 centímetros de diâmetro e 2 metros de 
comprimento, enterradas em covas de 30 cen- 
14
tímetros de profundidade, amarradas em 
arame, ficando assim por dois anos. 
Após esse tempo, se ocorrido um bom 
enraizamento e uma boa formação de copa, 
o arame poderá ser grampeado às estacas 
de forma definitiva. Uma vantagem é que 
isso evita que o arame seja atacado pela 
ferrugem, o que levaria à perda da cerca, já 
que a casca da gliricídia não envolve o 
arame, a exemplo de outras espécies muito 
usadas para esse fim. 
Veja, a seguir, fotos que mostram as 
principais etapas e o resultado positivo 
dessa prática. 
15 
Estacas de gliricídia enterra-das 
30 cm. 
Fotos: Cristiane Otto de Sá
Grampo da cerca fixado no tronco da gliricídia. 
Cerca viva de gliricídia formada. 
16 
Fotos: Cristiane Otto de Sá
Sala higiênica de ordenha 
Na melhoria das instalações para o 
gado leiteiro, depois da cerca, vamos tratar 
do local recomendado para a ordenha. 
Construir uma sala higiênica para a 
coleta do leite é uma ação importante, pois 
facilita a ordenha e reduz a incidência de 
mastite na propriedade. 
Na construção de uma sala de ordenha 
higiênica você vai ter que fazer alguns inves-timentos 
em obras como: 
• Construção ou adaptação de um 
curral de ordenha, com piso calce-tado 
e coberto, com capacidade para 
pelos menos três animais por vez. 
• Construção de um canzil para con-tenção 
das vacas, associado ao 
cocho, para fornecer concentrados 
durante a ordenha. 
• Construção ou adaptação de um 
pequeno curral de espera para os 
bezerros, anexo à sala de ordenha. 
17
• Instalação de sistema hidráulico para 
lavagem de mãos e tetas dos ani-mais: 
tanque de 500 litros + 12 metros 
de canos de PVC (1/2") e manguei-ras 
de jardim, dotadas de pistolas 
nas extremidades. 
Além disso, é recomendável substituir 
alguns materiais utilizados na ordenha. São 
medidas simples e baratas que fazem parte 
dos procedimentos do sistema higiênico de 
ordenha: 
• As cordas de contenção da vaca 
(peias) e do bezerro, usadas normal-mente, 
são feitas de sisal ou seda sin-tética, 
favorecendo o desenvolvimento 
de micróbios. Por isso, devem ser 
substituídas por correntes metálicas 
leves, de fácil limpeza e que permitem 
a contenção mais eficiente e rápida 
dos animais, sem machucá-los. 
• O banco usado pelo ordenhador, nor-malmente 
de madeira, pode ser 
substituído por bancos de plástico 
disponíveis no mercado. 
18
19 
Curral de espera para 
bezerros. 
Materiais suspensos, banco 
de plástico e porta papel. 
Vista geral da sala de 
ordenha. 
Canzil na sala de ordenha 
e mangueiras para lavar 
o úbere. 
Fotos: José Luiz de Sá
A melhor alimentação 
para seu gado de leite 
Para produzir mais leite é necessário 
melhorar a alimentação das vacas. Por isso, 
é preciso investir nas pastagens, no armaze-namento 
e na conservação de alimentos 
para o período seco. 
A principal fonte de alimento do gado 
brasileiro continua sendo a pastagem. 
A escolha do melhor pasto para sua região 
é uma decisão importante, e você terá que 
tomá-la. Atualmente, recomenda-se plantar 
o capim-búfel, o capim-urocloa e a grama 
aridus. Para dar suporte na alimentação do 
gado no período seco, quando diminui a 
disponibilidade de pasto, é interessante ter 
a tradicional palma-forrageira. 
Os capins búfel e urocloa são plantados 
com sementes. A grama aridus é plantada 
com mudas (chamadas estolões), em solo 
arado. 
20
Pastejo no capim-urocloa na época das chuvas. 
Ao mesmo tempo em que se semeiam 
os capins, pode-se semear milho, para redu-zir 
o custo de implantação da pastagem. 
Banco de proteína 
O banco de proteína é uma área 
plantada com determinadas espécies que 
reforçam a alimentação do gado. São plan-tas 
que fornecem proteína para os animais. 
Para saber mais sobre esse assunto, 
além das orientações aqui fornecidas, reco-mendamos 
consultar o título Alimentação 
das criações na seca, do ABC da Agricultura 
Familiar. 
21 
Foto: José Luiz de Sá
Por que ter um 
banco de proteínas? 
As proteínas são partes importantes 
da alimentação, tanto dos animais quanto 
das pessoas. Uma alimentação equilibrada 
requer açúcares, proteínas, vitaminas e sais 
minerais, além de outros componentes 
menores. 
Os bancos de proteínas são planta-ções 
de algumas plantas mais ricas em 
proteínas, para complementar a falta desse 
componente em outros alimentos. 
Como estabelecer 
um banco de proteínas 
Leucena em consórcio 
com milho ou sorgo 
A leucena é uma árvore conhecida por 
ser importante fonte de proteína para os 
animais (bovinos, caprinos, ovinos e gali- 
22
nhas) e pela sua boa adaptação ao clima 
do Semi-Árido. 
A leucena deve ser plantada em linhas, 
com distância de 50 centímetros na linha e 
de 2,5 a 3 metros entre as linhas. No espaço 
entre as fileiras de leucena, plantam-se três 
linhas de milho ou sorgo. 
É possível iniciar o pastejo direto da 
leucena pelo gado a partir do segundo ano, 
ou cortar os ramos da planta, no início da 
estação chuvosa, usando-os para ensilagem 
e/ou fenação. 
Ramoneio da leucena. 
23 
Foto: Orlando Carvalho Filho
Silagem de leucena. 
Gliricídia em consórcio 
com milho ou sorgo 
A gliricídia pode ser plantada solteira 
ou em consórcio com milho ou sorgo. 
O plantio solteiro deve ser feito em 
linhas afastadas de 2 metros com 1 metro 
de distância entre as plantas na linha. 
Em consórcio, a gliricídia será plantada 
em espaçamento de 4 metros entre as linhas 
e 1 metro entre plantas na linha, com os grãos 
(milho ou sorgo) plantados entre essas linhas. 
A gliricídia pode ser semeada direta-mente 
em solo bem preparado, nos lugares 
onde as chuvas são normais. 
24 
Foto: Orlando Carvalho Filho
Nos lugares onde as chuvas não são 
regulares é mais seguro plantar com mudas 
ou estacas. 
Nos dois casos (mudas ou estacas), o 
material deve ser plantado em sacos plásti-cos 
em viveiro, onde ficarão por dois meses. 
Quando as mudas alcançarem um palmo de 
altura, devem ser transferidas para o campo. 
Gliricídia consorciada com milho. 
Como utilizar a palma 
forrageira na alimentação 
do seu gado de leite? 
Como a palma forrageira é uma alter-nativa 
de alimentação do gado no Semi- 
25 
Foto: Orlando Carvalho Filho
Árido, vejamos como proceder no plantio 
da mesma. 
A primeira recomendação é quanto ao 
espaçamento. As espécies gigante e miúda 
são plantadas com espaçamento de 2 metros 
entre as linhas, por 25 centímetros entre 
plantas. 
A espécie redonda é plantada com espa-çamento 
de 2 metros por 50 centímetros. 
É preciso adubar o terreno com um 
caminhão de esterco, aplicado em faixa de 
1 metro na linha de plantio, e adubo mineral 
(fósforo, potássio e calcário) em dose calcu-lada 
por um técnico, conforme o resultado 
26 
da análise de solo. 
Logo após sua plantação, o palmal 
deve ser mantido livre de plantas daninhas. 
Depois que as palmas estiverem bem 
pegadas, faça um roçado completo, para 
manter a área plantada sempre limpa. 
Um palmal assim plantado permite que 
o primeiro corte seja feito dois anos após o 
plantio.
Palma adensada. Foto: José Luiz de Sá 
Como fazer silagem? 
Outra maneira de garantir a alimen-tação 
do rebanho na época da seca é por 
27 
meio da silagem. 
O milho e o sorgo são muito bons para 
fazer silagem, sós ou em combinação com 
a leucena e a gliricídia. O sorgo é mais 
resistente à seca do que o milho. 
Pelas fotos a seguir você terá uma 
noção do processo de preparo de silagem 
de gliricídia.
Etapa 1: gliricídia no campo. 
Etapa 3: transporte. Fotos: José Luiz de Sá 
28 
Etapa 2: ramas cortadas.
29 
Etapa 4: picagem dos ramos. 
Etapa 5: colocação no silo cavado no solo. 
Etapa 6: cobertura do silo com plástico. 
Fotos: José Luiz de Sá
Outra forma de armazenar a gliricídia 
e a leucena, na forma de silagem, é cortar 
as ramas e compactar em um tambor fe-chando 
bem a boca com um plástico. 
A compactação é realizada por um homem 
que deve pisar e socar as folhas dentro do 
tambor. Após 30 dias, a silagem está pronta 
para ser utilizada. 
Silagem de gliricídia em tambor. 
30 
Foto: Cristiane Otto de Sá 
Amoniação de palhadas 
Este é o processo de tratamento, com 
amônia, de material de baixo valor nutritivo
(sobras de pasto, restos de cultura, entre 
outros), obtendo-se, assim, um produto 
mais nutritivo. O processo mais simples para 
fazer a amoniação é com a utilização da 
uréia, devendo seguir os passos abaixo: 
• Escolha um local plano, bem dre-nado 
e ventilado. 
• Forre o local com plástico. 
• Dilua em um tonel 8 a 10 quilos de 
uréia para cada 100 litros de água. 
• Deposite a palhada em camadas, 
sobre o chão forrado, formando um 
monte (meda) e regue com a mistura 
de água e uréia. São necessários 
10 litros dessa mistura para cada 
20 quilos de palha. Para melhor 
eficiência, recomenda-se adicionar 
200 a 400 gramas de farelo de soja 
ou de outra leguminosa disponível 
para cada 20 quilos de palha. Não 
31
compactar o material durante o pro-cesso. 
• Completada a arrumação da meda, 
coloca-se outro plástico por cima da 
mesma, de maneira a deixar folgas 
nas laterais, fechando-as bem, colo-cando 
areia ou terra sobre elas para 
manter o fechamento. 
• Quatro semanas após o tratamento, 
o material está em condições de ser 
consumido. 
• Por medida de segurança, o material 
a ser fornecido aos animais deve ser 
retirado da meda dois dias antes e 
deixado ao relento, para sair o ex-cesso 
de amônia. Aumentar aos pou-cos 
o fornecimento dessa palhada 
para não intoxicar os animais. Reco-menda- 
se dar 4 a 6 quilos de palhada 
amoniada por animal adulto, ao dia. 
32
Um plano de alimentação 
dos animais 
Suas vacas têm que produzir leite o 
tempo todo. Para que isso aconteça, você 
precisa ter um plano para manter seus ani-mais 
bem alimentados durante todo o ano. 
Apresentamos aqui recomendações 
para a alimentação do rebanho nos diferen-tes 
estágios de desenvolvimento dos 
animais e de acordo com a estação do ano. 
Vacas em produção de leite 
Período chuvoso 
Pastagens cultivadas. 
33 
Foto: José Luiz de Sá
Filho 
Carvalho Orlando Foto: Pastagem suplementar (2 horas por dia 
na leucena ou gliricídia). 
Pastejo suplementar de 
leucena + gliricídia. 34 
Período seco 
Auto-alimentação no 
silo de superfície (tipo 
bunker), com consumo 
limitado a 30 quilos de 
silagem mista de milho 
+ leucena + gliricídia 
por animal por dia. 
Fotos: Orlando Carvalho Filho
Quando acabar a silagem mista e o pastejo na leucena/ 
gliricídia, o criador deve dar palma (30 quilos), rolão de milho 
(5 quilos) e silagem de leucena e/ou gliricídia (6 quilos) por 
animal por dia. 
Vacas secas e novilhas 
Fotos: Cristiane Otto de Sá 
Estas são mantidas, exclusivamente, 
35 
em pastagens. 
No período seco, ficam no pasto e 
recebem restos de cultura tratados com 
amônia. As novilhas em crescimento rece-bem, 
além disto, silagem de leucena e 
gliricídia. 
Bezerros e bezerras 
Nos primeiros 90 dias de idade, deixa-se 
uma das tetas sem ordenhar, para o
bezerro (em rodízio, alternando a cada dia 
o quarto que fica para o bezerro). 
Após a ordenha, os bezerros permane-cem 
1 hora com a mãe para mamar o leite 
residual e o do quarto não ordenhado. Depois 
separe os bezerros da mãe até a ordenha 
do dia seguinte. 
Após os 90 dias e até o desmame, 
mamam apenas o que sobra da ordenha. 
Durante o aleitamento, recebem forragem 
(pastagem ou silagem). 
Na época seca, recebem folhas frescas 
de gliricídia ou leucena como suplemento, 
na base de 2 a 3 quilos por cabeça, ao dia. 
A reprodução do rebanho 
Na criação de bovinos de leite, a ques-tão 
da reprodução do rebanho tem que ser 
tratada com seriedade. Sem um bom plantel, 
cuidadosamente tratado e com saúde, não 
se consegue a produção ideal desejada. 
36
Estes cuidados devem ser tomados já 
com as bezerras, afinal serão as reprodu-toras 
quando adultas. 
Bezerra em aleitamento. 
Com que idade a vaca 
deve ter a primeira cria? 
A primeira cria deve acontecer entre 
dois e dois anos e meio. Isto quer dizer que 
o ideal é que ela seja coberta dos 16 aos 
22 meses de vida. 
37 
Foto: Cristiane Otto de Sá
Novilha com sua primeira cria. 
Cio 
Qual o intervalo 
entre um cio e outro? 
Nas vacas, o intervalo entre um cio e 
outro é de 21 dias, quando não há cobertura. 
Normalmente, cada cio dura entre 18 e 24 
horas. 
38 
Foto: Cristiane Otto de Sá
Como detectar o cio? 
39 
Observar 2 vezes por 
dia, por aproximada-mente 
30 minutos, o 
rebanho de fêmeas, 
para detectar as vacas 
ou novilhas que estão 
no cio. 
O sinal mais caracte-rístico 
do cio é o de 
deixar-se montar. As 
que estão montando 
provavelmente estão 
entrando no cio. 
Fotos: Cristiane Otto de Sá 
Outros sinais do cio 
são corrimento de muco 
cristalino pela vagina, 
nervosismo, agitação e 
urinas mais freqüentes.
Quando fazer as 
coberturas? 
• Quando o cio acontece de manhã, a 
cobertura (ou inseminação) deve ser 
feita à tarde. 
• Quando o cio acontece à tarde, a co-bertura 
(ou inseminação) deve ser 
feita na manhã seguinte. 
• Se após duas coberturas (ou inse-minações) 
a vaca não pegar cria, 
deve ser examinada por um vete-rinário 
(ou técnico) para ver se está 
doente ou se deve ser descartada. 
• Se o cio não voltar depois de três 
semanas, é sinal de que a vaca pe-gou 
cria. Para confirmar, o veterinário 
(ou técnico) deve fazer uma pal-pação 
no reto da vaca, dois meses 
depois da cobertura. 
40
O touro e as vacas 
No sistema de monta natural, o touro 
permanece durante o ano todo com as 
vacas e novilhas em condições de repro-dução. 
É necessário mudar de touro de dois 
em dois anos, para evitar que o mesmo 
acasale com as próprias filhas, o que enfra-queceria 
a linhagem dos animais. 
Quem possui várias vacas de leite 
deve distribuir as coberturas (ou as insemi-nações) 
ao longo do ano para ter uma 
produção constante de leite. 
O touro permanece ao longo do ano com 
as vacas e novilhas aptas à reprodução. 
41 
Foto: José Luiz de Sá
Inseminação artificial 
A inseminação é uma prática segura 
para melhorar a linhagem do rebanho e ter 
os animais mais apropriados à produção de 
leite, de acordo com as condições de cada 
região e propriedade. 
Para cruzar vacas do tipo zebu com 
touro holandês, o melhor é usar a inseminação 
artificial, porque um bom touro holandês é 
muito caro e de difícil manutenção no rebanho. 
Como também o processo de insemi-nação 
não é barato, uma das alternativas 
para contar com a inseminação artificial é 
formar uma associação de pequenos produ-tores 
ou associar-se a alguma cooperativa, 
para dividir os custos. 
Cuidados com 
a vaca gestante 
Um cuidado muito importante é a ali-mentação 
da vaca gestante, principalmente 
42
no final da gestação. A melhor maneira de 
conseguir alimentar bem uma vaca gestante 
é dar a ela o mesmo alimento dado às vacas 
em produção. 
No período próximo ao parto, a vaca 
deve ficar em pasto perto da casa do criador, 
para que possa ser observada. 
Vacas gestantes recebendo palma. 
Cuidados com o 
parto e com os bezerros 
O parto e o bezerro recém-nascido 
O melhor parto é aquele que acontece 
de maneira natural. Deve-se ajudar a vaca 
43 
Foto: Cristiane Otto de Sá
somente se ela mesma não conseguir com-pletar 
o parto. 
Se a vaca não limpar o focinho e a boca 
do bezerro, o criador deve fazer isso. 
Depois que o bezerro mamar pela pri-meira 
vez, o criador deve cortar e desinfetar 
o umbigo com uma solução de iodo a 10 %, 
solução esta que deve estar sempre à mão 
em uma propriedade. 
Entre as primeiras 24 e 48 horas depois 
do parto, o bezerro não deve ser separado 
da mãe. 
Depois de um parto, deve-se esperar 
60 dias para uma nova cobertura. 
Recomenda-se que 60 dias antes do 
próximo parto deve-se secar as vacas. As 
vacas azebuadas costumam secar natural-mente 
antes desse prazo. 
Alimentação do bezerro 
Quanto à alimentação do bezerro, 
fique atento às recomendações a seguir: 
44
• Colostro é o leite especial que a vaca 
produz para os bezerros nos primei-ros 
dias de vida. Ser alimentado por 
esse leite especial dará ao bezerro 
melhores condições de saúde. 
Colostro saindo da teta da vaca após o 
parto. 
• Do 3º ao 14º dia de vida, os bezerros 
devem ficar apartados num bezer-reiro, 
de preferência de piso calçado. 
• Nesse período, o bezerro deve mamar 
duas vezes por dia, mamando assim 
o ideal, aproximadamente dois litros 
e meio de colostro. 
45 
Foto: Cristiane Otto de Sá
• Após o 14º dia, o bezerro deve conti-nuar 
mamando dois litros e meio de 
leite. Para isso, o ordenhador deve 
deixar um dos quartos sem ordenhar 
até que o bezerro chegue aos 90 dias 
de idade. 
Bezerreiro de piso calçado. 
Atenção 
É importante que o bezerro mame o colostro 
nas primeiras horas de vida. Por isso, ele deve 
permanecer com a mãe nos primeiros 2 dias 
de vida. 
• Dos 90 dias até o desmame, os be-zerros 
mamam o que sobra da or-denha. 
46 
Foto: José Luiz de Sá
Bezerro mamando após a ordenha. 
• Na fase de aleitamento, os bezerros 
devem receber forragem de boa qua-lidade, 
como folhas ou silagem de 
leucena ou gliricídia. 
Bezerro em piquete com sombreamento. 
47 
Foto: José Luiz de Sá Foto: José Luiz de Sá
Descorna do bezerro 
O bezerro deve ser descornado no 
primeiro mês de vida. 
A descorna é importante para evitar 
acidentes entre os animais e as pessoas. 
Para fazer a descorna, usa-se o ferro 
de descorna. 
A saúde do rebanho 
No Semi-Árido, os animais têm menos 
problemas de saúde do que em outras 
regiões, em virtude do clima seco. Mesmo 
assim há muitas questões importantes a se-rem 
observadas quanto à saúde do rebanho. 
De maneira geral, os principais proble-mas 
de saúde ocorrem em conseqüência 
da alimentação deficiente ou do trato inade-quado. 
48
Parasitas do gado 
Carrapato 
É muito importante controlar os carra-patos 
porque eles enfraquecem os animais 
diminuindo, assim, a produção de leite. 
Como controlar? 
• Mudar os animais para outro pasto, 
por dois meses, se o pasto atual 
estiver infestado de carrapatos; quan-do 
não há animais no pasto, os carra-patos 
morrem com o tempo. 
• Usar a área de pasto para lavoura 
durante um ano. 
• Vários inimigos naturais dos carra-patos 
ajudam a controlar esta praga, 
entre eles a garça vaqueira e as 
galinhas (principalmente a galinha 
d´Angola). 
49
• Pulverizar os animais com um forte 
chá de capim-santo. 
Pulverização com chá de capim-santo para 
reduzir a infestação por carrapatos. 
Foto: Humberto Nicolini 
• Catar os carrapatos no corpo do ani-mal 
(principalmente as fêmeas que 
são maiores). Enterrar ou queimar é 
uma boa alternativa quando o criador 
possui poucos animais. 
Fêmea do carrapato. 
50 
Foto: Cristiane Otto de Sá
• Usar o carrapaticida químico, em pul-verização, 
quando forem criações 
grandes, com maior número de ani-mais 
e com infestações fortes de 
51 
carrapatos. 
Mosca-do-chifre 
• A mosca-do-chifre é uma praga que 
afeta muito o gado, sugando os ani-mais 
e diminuindo a produção de leite. 
• Alho picado, misturado na ração dos 
animais, ajuda a controlar o ataque 
da mosca-do-chifre, pois funciona 
como repelente. 
• Outra forma de controlar a mosca-do- 
chifre é a utilização de mosqui-cidas, 
com recomendação técnica. 
Vermes 
• A verminose é um problema cons-tante 
nos animais.
• A melhor época para dar vermífugo 
aos animais é na seca. 
• Alho na ração ajuda a controlar os 
vermes e a mosca-do-chifre. 
• As folhas de Nim é outro método 
natural para controlar vermes. 
• A mudança de pastagem, deixando 
o pasto descansar por dois meses, 
é o principal meio de controle dos 
vermes e dos carrapatos. 
Nim: as folhas secas utilizadas na alimentação 
reduzem a carga parasitária. 
52 
Foto: Cristiane Otto de Sá
53 
Vacinação 
• Vacinar os animais é uma prática 
recomendável porque evita muitos 
prejuízos e mortes de animais por 
doenças. 
• Quando os produtores formam asso-ciações 
ou pertencem a cooperativas, 
isto fica muito mais fácil, porque, 
para fazer uma boa vacinação, é 
necessário ter a assistência de um 
veterinário ou de um técnico. 
• A compra das vacinas também é 
facilitada quando feita em conjunto. 
• As principais doenças que requerem 
vacinação são: 
Brucelose – Entre três e oito meses 
de idade. 
Febre aftosa – Vacina obrigatória 
por lei. 
Carbúnculo-sintomático – A partir dos 
três meses, repetindo a cada seis, 
até os dois anos de idade.
Raiva – Vacinação anual, principal-mente 
onde há surtos da doença 
que é transmitida por morcegos. 
Atenção 
A pessoa mais indicada para dar a orientação 
correta sobre a vacinação do rebanho é o 
médico veterinário ou o técnico agropecuário. 
Higiene da ordenha 
É muito importante adotar alguns pro-cedimentos 
básicos de higiene na hora de 
tirar o leite das vacas. 
Quando não adequadamente adota-dos, 
sérios problemas de saúde podem 
ocorrer nas vacas, ocasionando a rejeição 
do leite pelos compradores. 
A mamite é uma doença das tetas da 
vaca, sendo muito conhecida por todos os 
criadores. É o principal problema e ocorre 
por causa da falta de higiene na ordenha. 
54
Quais as providências que o 
criador deve tomar? 
• Manter limpo o local de ordenha. 
• Lavar as tetas das vacas e secar com 
toalha de papel descartável antes de 
cada ordenha. 
Lavar e secar as tetas com toalhas descartáveis antes 
da ordenha. 
55 
Foto: José Luiz de Sá 
• Fazer o teste da caneca com os 
primeiros jatos antes da primeira 
ordenha do dia.
Teste da caneca 
Usar uma caneca com uma peneira ou uma 
caneca de fundo escuro. Dirigir os primeiros 
jatos para a caneca. 
Se alguns grãos ficarem depositados no fundo 
ou na peneira, a vaca está com mamite. 
Ordenhar as vacas na seguinte se-qüência: 
Primeiro – Vacas sadias. 
Segundo – Vacas que já tiveram 
mamite, mas estão curadas. 
56 
Foto: Cristiane Otto de Sá 
Teste da caneca.
Terceiro – Vacas em tratamento de 
mamite. 
A vaca com mamite deve ser separada 
e ordenhada quatro vezes por dia. Se a 
doença persistir, deve ser aplicado o medi-camento 
apropriado. 
• Soltar as vacas em um ambiente 
limpo, porque a contaminação é mais 
fácil logo depois da ordenha. 
57 
Foto: Cristiane Otto de Sá 
• Lavar e desinfetar a sala de ordenha 
e os equipamentos e utensílios de-
Faça da produção 
de leite um bom negócio 
Quem cria gado de leite pode ter nessa 
atividade a oportunidade de um negócio lu-crativo. 
Para que se tenha maior produtividade 
e produtos com maior qualidade e higiene, 
é preciso adotar novas técnicas e fazer 
algum tipo de investimento. 
58 
Foto: Cristiane Otto de Sá 
vem ser lavados e desinfetados diari-amente.
Fazendo a coisa certa, o leite produzido 
em sua propriedade será bem aceito no 
mercado e poderá exigir o preço mais justo. 
Além disso, procure agregar valor ao 
que produz. A comercialização de derivados 
do leite, como doces, queijos, iogurtes e 
outros é uma boa alternativa. 
59
Forme uma associação 
com seus vizinhos 
Quando você se associa com outros 
membros de sua comunidade, as vantagens 
são muitas, pois: 
• Fica mais fácil procurar as auto-ridades 
e pedir apoio para os 
projetos. 
• Os associados podem comprar 
máquinas e aparelhos em conjunto. 
• Fica mais fácil obter crédito. 
• Juntos, os associados podem vender 
melhor sua produção. 
• Os associados podem organizar 
mutirões. 
A união faz a força! 
Atenção! 
Para mais informações e esclarecimentos, 
procure um técnico da extensão rural, da 
Embrapa, da prefeitura ou de alguma 
organização de assistência aos agricultores. 
60
Títulos lançados 
• Como organizar uma associação 
• Como plantar abacaxi 
• Como plantar hortaliças 
• Controle alternativo de pragas e 
doenças das plantas 
• Caupi: o feijão do Sertão 
• Como cultivar a bananeira 
• Adubação alternativa 
• Cultivo de peixes 
• Como produzir melancia 
• Alimentação das criações na seca 
• Conservas caseiras de frutas 
• Como plantar caju 
• Formas de garantir água na seca 
• Guandu Petrolina: uma boa opção 
para sua alimentação 
61
• Umbuzeiro: valorize o que é seu 
• Preservação e uso da Caatinga 
• Criação de abelhas (apicultura) 
• Criação de caprinos e ovinos 
• Criação de galinhas caipiras 
• Criação de bovinos de leite no Semi-Árido
Impressão e acabamento 
Embrapa Informação Tecnológica
Informação Tecnológica 
Semi-Árido 
Com o lançamento do ABC da Agricultura Familiar 
, 
a Embrapa coloca à disposição do pequeno produtor 
valiosas instruções sobre as atividades do campo. 
Numa linguagem simples e objetiva, os títulos abordam 
a criação de animais, técnicas de plantio, práticas 
de controle de pragas e doenças, adubação alternativa 
e fabricação de conservas de frutas, dentre outros 
assuntos que exemplificam como otimizar o trabalho rural. 
Inicialmente produzidas para atender demandas por 
informação do Semi-Árido nordestino, as recomendações 
apresentadas são de aplicabilidade prática também 
CGPE: 6441 
em outras regiões do País. 
Com o a Embrapa 
ABC da Agricultura Familiar, 
demonstra o compromisso assumido com 
o sucesso da agricultura familiar. 
ISBN 978-85-7383-398-0 
9 788573 833980

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ABC Criação de bovinos de leite no semiarido

  • 1. ABC da Agricultura Familiar Criação de bovinos de leite no Semi-Árido
  • 2. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Informação Tecnológica Embrapa Semi-Árido Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Criação de bovinos de leite no Semi-Árido Embrapa Informação Tecnológica Brasília, DF 2007
  • 3. Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Embrapa Informação Tecnológica Parque Estação Biológica (PqEB), Av. W3 Norte (final) CEP 70770-901 Brasília, DF Fone: (61) 3340-9999 Fax: (61) 3340-2753 vendas@sct.embrapa.br www.sct.embrapa.br/liv Embrapa Semi-Árido Elaboração da cartilha: Cristiane Otto de Sá José Luiz de Sá. Produção editorial: Embrapa Informação Tecnológica Coordenação editorial: Fernando do Amaral Pereira Mayara Rosa Carneiro Lucilene Maria de Andrade Compilação: Guido Heleno Dutra Revisão técnica: Juliana Meireles Fortaleza Revisão de texto: Ana Lúcia Maciel Weinmann Projeto gráfico da coleção: Carlos Eduardo Felice Barbeiro Editoração eletrônica: Grazielle Tinassi Oliveira Ilustração da capa: CW Produções Ltda. (Adriano Mendes) 1a edição 1a impressão (2007): 1.000 exemplares Todos os direitos reservados A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n° 9.610). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Informação Tecnológica Criação de bovinos de leite no Semi-Árido / Embrapa Informação Tecnológica; Embrapa Semi-Árido. – Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2007. 60 p. : il. – (ABC da Agricultura Familiar, 17) ISBN 978-85-7383-398-0 1. Bovinocultura. 2. Gado leiteiro. 3. Manejo. 4. Nutrição animal. 6. Reprodução. I. Embrapa Informação Tecnológica. II Embrapa Semi-Árido. III. Coleção. CDD 636.2142 © Embrapa 2007
  • 4. Apresentação Empenhada em auxiliar o pequeno produtor, a Embrapa lança o ABC da Agricultura Familiar, que oferece valiosas instruções sobre o trabalho no campo. Elaboradas em linguagem simples e objetiva, as publicações abordam temas relacionados à agropecuária e mostram como otimizar a atividade rural. A criação de animais, técnicas de plantio, práticas de controle de pragas e doenças, adubação alternativa e fabricação de conservas de frutas são alguns dos assuntos tratados. De forma independente ou reunidas em associações, as famílias poderão beneficiar-se dessas informações e, com isso, diminuir custos, aumentar a produção de alimentos, criar outras fontes de renda e agregar valor a seus produtos. Assim, a Embrapa cumpre o propósito adicional de ajudar a fixar o homem no campo, pois coloca a pesquisa a seu alcance e oferece alternativas de melhoria na qualidade de vida. Fernando do Amaral Pereira Gerente-Geral Embrapa Informação Tecnológica
  • 5.
  • 6. Sumário Introdução ............................................... 7 Melhorando a produção de leite na pequena propriedade .............................. 9 Qual a raça mais apropriada? ............... 10 Instalações simples para a produção leiteira .................................... 13 A melhor alimentação para seu gado de leite ................................... 20 Banco de proteína ................................. 21 Como utilizar a palma forrageira na alimentação do seu gado de leite? ................................. 25 Como fazer silagem? ............................ 27 Amoniação de palhadas ........................ 30 Um plano de alimentação dos animais ........................................... 33
  • 7. A reprodução do rebanho...................... 36 Com que idade a vaca deve ter a primeira cria? ................................ 37 Cio ......................................................... 38 Quando fazer as coberturas? ................ 40 O touro e as vacas ................................ 41 Inseminação artificial ............................. 42 Cuidados com a vaca gestante ............. 42 Cuidados com o parto e com os bezerros .................................... 43 A saúde do rebanho .............................. 48 Parasitas do gado ................................. 49 Vacinação .............................................. 53 Higiene da ordenha ............................... 54 Faça da produção de leite um bom negócio.................................... 58 6
  • 8. 7 Introdução A criação de gado é uma prática comum nas pequenas propriedades brasileiras, não só para a produção de leite para o consumo familiar, como também para a fabricação ca-seira de alguns produtos derivados do leite, como queijo, manteiga e doces. No entanto, por falta de informação e iniciativas, estas práticas continuam sendo feitas sem muita técnica e cuidados e, con-seqüentemente não trazem lucros nem bene-fícios à saúde do produtor e de sua família. Na verdade, a criação de gado de leite no Semi-Árido é uma alternativa viável de sustento, desde que o produtor encare isso como uma atividade ou um negócio que traga renda. Em relação ao Semi-Árido nordestino, existe uma longa tradição de criação de gado bovino em pequenas propriedades, onde muitas famílias criam seus bois de
  • 9. carne e suas vaquinhas de leite, porém sem grandes preocupações de ter um gado sadio e produtivo, nem mesmo de fazer o manu-seio correto dos animais no momento da qualidade e que possam gerar uma boa renda para os pequenos produtores, é necessário mudar algumas técnicas na criação do gado. Além disso, é preciso adotar medidas de higiene na ordenha e no Foto: Orlando Carvalho Filho 8 ordenha. Para garantir produtos saudáveis, de
  • 10. trato do leite e de seus subprodutos, como queijos, manteiga, compotas, entre outros. Nesta publicação você encontrará algumas orientações básicas para melhorar a produção de leite nas pequenas proprie-dades e fazer disso um negócio lucrativo e próspero. Melhorando a produção de leite na pequena propriedade Antes de tudo é preciso decisão. Decidir aumentar a produção de leite, melhorar a sanidade do rebanho para que se torne mais produtivo e, principalmente, oferecer leite de melhor qualidade. Para que isso aconteça, são exigidas certas práticas e que algumas providências sejam tomadas. A seguir, você conhecerá as principais questões referentes à melhoria do gado e da produção de leite. 9
  • 11. Qual a raça mais apropriada? Tudo começa por se ter animais que realmente sejam adequados para a finalida-de desejada. Se você quer ser produtor de leite, entrar em um negócio para obter lucros, tem que criar animais de raças mais reco-mendadas para isso. As raças de vacas que mais produzem leite são as raças de origem européia, como a Holandesa, a Jersey e a Parda-suíça. 10 Holandesa. Foto: José Luiz de Sá
  • 12. O problema é que essas raças não se adaptam bem ao clima do Nordeste, em decorrência do calor e da pouca chuva. Além disso, essas raças são também muito exigentes em sua alimentação, necessitando de pastagens que devem ser complemen-tadas com rações balanceadas. Outro problema é que o gado dessas raças é muito mais sensível às pragas, tais como carra-patos. Já as raças do tipo zebu, como Gir, Guzerá e Sindi, adaptam-se melhor às con-dições do Nordeste, mas produzem menos leite que as européias. 11 Gir. Foto: José Luiz de Sá
  • 13. 12 Guzerá. Sindi. Foto: Cristiane Otto de Sá Foto: Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto
  • 14. Sendo assim, surge a seguinte dúvida: se as raças européias produzem mais leite, mas não se adaptam ao clima do Nordeste e as raças do tipo zebu, que se desenvol-vem bem no Semi-Árido, não produzem tanto leite, qual a solução? Nesse caso, sugere-se a criação de vacas mestiças de gado europeu com zebu. Essas vacas produzem mais leite do que as do tipo zebu e são mais resistentes do que as européias. Quanto mais sangue da raça européia tiver a vaca, mais leite produzirá, porém exigirá maiores cuidados, mais pastagens e rações. Instalações simples para a produção leiteira Mesmo estando no pasto, o gado tem que estar cercado. As áreas onde as vacas pastam ou as instalações onde o gado é confinado – estábulos – e principalmente a 13
  • 15. sala de ordenha devem ser planejadas visando à comodidade do animal, facilidade da ordenha e higiene na produção de leite. As instalações devem ser as mais adequadas e feitas, de preferência, com material de baixo custo, encontrado na pró-pria região. As cercas e a sala de ordenha são essenciais. Cercas vivas forrageiras Uma das possibilidades para cercar seu gado é o uso de estacas vivas de gliricí-dia. Essa é uma solução de baixo custo e possibilita a construção de cercas perma-nentes que oferecem sombra e forragem de alta qualidade para os animais, além de contribuir para a melhoria do solo. As cercas vivas forrageiras podem ser construídas com estacas de madeira branca, intercaladas com estacas de gliricídia de 4 centímetros de diâmetro e 2 metros de comprimento, enterradas em covas de 30 cen- 14
  • 16. tímetros de profundidade, amarradas em arame, ficando assim por dois anos. Após esse tempo, se ocorrido um bom enraizamento e uma boa formação de copa, o arame poderá ser grampeado às estacas de forma definitiva. Uma vantagem é que isso evita que o arame seja atacado pela ferrugem, o que levaria à perda da cerca, já que a casca da gliricídia não envolve o arame, a exemplo de outras espécies muito usadas para esse fim. Veja, a seguir, fotos que mostram as principais etapas e o resultado positivo dessa prática. 15 Estacas de gliricídia enterra-das 30 cm. Fotos: Cristiane Otto de Sá
  • 17. Grampo da cerca fixado no tronco da gliricídia. Cerca viva de gliricídia formada. 16 Fotos: Cristiane Otto de Sá
  • 18. Sala higiênica de ordenha Na melhoria das instalações para o gado leiteiro, depois da cerca, vamos tratar do local recomendado para a ordenha. Construir uma sala higiênica para a coleta do leite é uma ação importante, pois facilita a ordenha e reduz a incidência de mastite na propriedade. Na construção de uma sala de ordenha higiênica você vai ter que fazer alguns inves-timentos em obras como: • Construção ou adaptação de um curral de ordenha, com piso calce-tado e coberto, com capacidade para pelos menos três animais por vez. • Construção de um canzil para con-tenção das vacas, associado ao cocho, para fornecer concentrados durante a ordenha. • Construção ou adaptação de um pequeno curral de espera para os bezerros, anexo à sala de ordenha. 17
  • 19. • Instalação de sistema hidráulico para lavagem de mãos e tetas dos ani-mais: tanque de 500 litros + 12 metros de canos de PVC (1/2") e manguei-ras de jardim, dotadas de pistolas nas extremidades. Além disso, é recomendável substituir alguns materiais utilizados na ordenha. São medidas simples e baratas que fazem parte dos procedimentos do sistema higiênico de ordenha: • As cordas de contenção da vaca (peias) e do bezerro, usadas normal-mente, são feitas de sisal ou seda sin-tética, favorecendo o desenvolvimento de micróbios. Por isso, devem ser substituídas por correntes metálicas leves, de fácil limpeza e que permitem a contenção mais eficiente e rápida dos animais, sem machucá-los. • O banco usado pelo ordenhador, nor-malmente de madeira, pode ser substituído por bancos de plástico disponíveis no mercado. 18
  • 20. 19 Curral de espera para bezerros. Materiais suspensos, banco de plástico e porta papel. Vista geral da sala de ordenha. Canzil na sala de ordenha e mangueiras para lavar o úbere. Fotos: José Luiz de Sá
  • 21. A melhor alimentação para seu gado de leite Para produzir mais leite é necessário melhorar a alimentação das vacas. Por isso, é preciso investir nas pastagens, no armaze-namento e na conservação de alimentos para o período seco. A principal fonte de alimento do gado brasileiro continua sendo a pastagem. A escolha do melhor pasto para sua região é uma decisão importante, e você terá que tomá-la. Atualmente, recomenda-se plantar o capim-búfel, o capim-urocloa e a grama aridus. Para dar suporte na alimentação do gado no período seco, quando diminui a disponibilidade de pasto, é interessante ter a tradicional palma-forrageira. Os capins búfel e urocloa são plantados com sementes. A grama aridus é plantada com mudas (chamadas estolões), em solo arado. 20
  • 22. Pastejo no capim-urocloa na época das chuvas. Ao mesmo tempo em que se semeiam os capins, pode-se semear milho, para redu-zir o custo de implantação da pastagem. Banco de proteína O banco de proteína é uma área plantada com determinadas espécies que reforçam a alimentação do gado. São plan-tas que fornecem proteína para os animais. Para saber mais sobre esse assunto, além das orientações aqui fornecidas, reco-mendamos consultar o título Alimentação das criações na seca, do ABC da Agricultura Familiar. 21 Foto: José Luiz de Sá
  • 23. Por que ter um banco de proteínas? As proteínas são partes importantes da alimentação, tanto dos animais quanto das pessoas. Uma alimentação equilibrada requer açúcares, proteínas, vitaminas e sais minerais, além de outros componentes menores. Os bancos de proteínas são planta-ções de algumas plantas mais ricas em proteínas, para complementar a falta desse componente em outros alimentos. Como estabelecer um banco de proteínas Leucena em consórcio com milho ou sorgo A leucena é uma árvore conhecida por ser importante fonte de proteína para os animais (bovinos, caprinos, ovinos e gali- 22
  • 24. nhas) e pela sua boa adaptação ao clima do Semi-Árido. A leucena deve ser plantada em linhas, com distância de 50 centímetros na linha e de 2,5 a 3 metros entre as linhas. No espaço entre as fileiras de leucena, plantam-se três linhas de milho ou sorgo. É possível iniciar o pastejo direto da leucena pelo gado a partir do segundo ano, ou cortar os ramos da planta, no início da estação chuvosa, usando-os para ensilagem e/ou fenação. Ramoneio da leucena. 23 Foto: Orlando Carvalho Filho
  • 25. Silagem de leucena. Gliricídia em consórcio com milho ou sorgo A gliricídia pode ser plantada solteira ou em consórcio com milho ou sorgo. O plantio solteiro deve ser feito em linhas afastadas de 2 metros com 1 metro de distância entre as plantas na linha. Em consórcio, a gliricídia será plantada em espaçamento de 4 metros entre as linhas e 1 metro entre plantas na linha, com os grãos (milho ou sorgo) plantados entre essas linhas. A gliricídia pode ser semeada direta-mente em solo bem preparado, nos lugares onde as chuvas são normais. 24 Foto: Orlando Carvalho Filho
  • 26. Nos lugares onde as chuvas não são regulares é mais seguro plantar com mudas ou estacas. Nos dois casos (mudas ou estacas), o material deve ser plantado em sacos plásti-cos em viveiro, onde ficarão por dois meses. Quando as mudas alcançarem um palmo de altura, devem ser transferidas para o campo. Gliricídia consorciada com milho. Como utilizar a palma forrageira na alimentação do seu gado de leite? Como a palma forrageira é uma alter-nativa de alimentação do gado no Semi- 25 Foto: Orlando Carvalho Filho
  • 27. Árido, vejamos como proceder no plantio da mesma. A primeira recomendação é quanto ao espaçamento. As espécies gigante e miúda são plantadas com espaçamento de 2 metros entre as linhas, por 25 centímetros entre plantas. A espécie redonda é plantada com espa-çamento de 2 metros por 50 centímetros. É preciso adubar o terreno com um caminhão de esterco, aplicado em faixa de 1 metro na linha de plantio, e adubo mineral (fósforo, potássio e calcário) em dose calcu-lada por um técnico, conforme o resultado 26 da análise de solo. Logo após sua plantação, o palmal deve ser mantido livre de plantas daninhas. Depois que as palmas estiverem bem pegadas, faça um roçado completo, para manter a área plantada sempre limpa. Um palmal assim plantado permite que o primeiro corte seja feito dois anos após o plantio.
  • 28. Palma adensada. Foto: José Luiz de Sá Como fazer silagem? Outra maneira de garantir a alimen-tação do rebanho na época da seca é por 27 meio da silagem. O milho e o sorgo são muito bons para fazer silagem, sós ou em combinação com a leucena e a gliricídia. O sorgo é mais resistente à seca do que o milho. Pelas fotos a seguir você terá uma noção do processo de preparo de silagem de gliricídia.
  • 29. Etapa 1: gliricídia no campo. Etapa 3: transporte. Fotos: José Luiz de Sá 28 Etapa 2: ramas cortadas.
  • 30. 29 Etapa 4: picagem dos ramos. Etapa 5: colocação no silo cavado no solo. Etapa 6: cobertura do silo com plástico. Fotos: José Luiz de Sá
  • 31. Outra forma de armazenar a gliricídia e a leucena, na forma de silagem, é cortar as ramas e compactar em um tambor fe-chando bem a boca com um plástico. A compactação é realizada por um homem que deve pisar e socar as folhas dentro do tambor. Após 30 dias, a silagem está pronta para ser utilizada. Silagem de gliricídia em tambor. 30 Foto: Cristiane Otto de Sá Amoniação de palhadas Este é o processo de tratamento, com amônia, de material de baixo valor nutritivo
  • 32. (sobras de pasto, restos de cultura, entre outros), obtendo-se, assim, um produto mais nutritivo. O processo mais simples para fazer a amoniação é com a utilização da uréia, devendo seguir os passos abaixo: • Escolha um local plano, bem dre-nado e ventilado. • Forre o local com plástico. • Dilua em um tonel 8 a 10 quilos de uréia para cada 100 litros de água. • Deposite a palhada em camadas, sobre o chão forrado, formando um monte (meda) e regue com a mistura de água e uréia. São necessários 10 litros dessa mistura para cada 20 quilos de palha. Para melhor eficiência, recomenda-se adicionar 200 a 400 gramas de farelo de soja ou de outra leguminosa disponível para cada 20 quilos de palha. Não 31
  • 33. compactar o material durante o pro-cesso. • Completada a arrumação da meda, coloca-se outro plástico por cima da mesma, de maneira a deixar folgas nas laterais, fechando-as bem, colo-cando areia ou terra sobre elas para manter o fechamento. • Quatro semanas após o tratamento, o material está em condições de ser consumido. • Por medida de segurança, o material a ser fornecido aos animais deve ser retirado da meda dois dias antes e deixado ao relento, para sair o ex-cesso de amônia. Aumentar aos pou-cos o fornecimento dessa palhada para não intoxicar os animais. Reco-menda- se dar 4 a 6 quilos de palhada amoniada por animal adulto, ao dia. 32
  • 34. Um plano de alimentação dos animais Suas vacas têm que produzir leite o tempo todo. Para que isso aconteça, você precisa ter um plano para manter seus ani-mais bem alimentados durante todo o ano. Apresentamos aqui recomendações para a alimentação do rebanho nos diferen-tes estágios de desenvolvimento dos animais e de acordo com a estação do ano. Vacas em produção de leite Período chuvoso Pastagens cultivadas. 33 Foto: José Luiz de Sá
  • 35. Filho Carvalho Orlando Foto: Pastagem suplementar (2 horas por dia na leucena ou gliricídia). Pastejo suplementar de leucena + gliricídia. 34 Período seco Auto-alimentação no silo de superfície (tipo bunker), com consumo limitado a 30 quilos de silagem mista de milho + leucena + gliricídia por animal por dia. Fotos: Orlando Carvalho Filho
  • 36. Quando acabar a silagem mista e o pastejo na leucena/ gliricídia, o criador deve dar palma (30 quilos), rolão de milho (5 quilos) e silagem de leucena e/ou gliricídia (6 quilos) por animal por dia. Vacas secas e novilhas Fotos: Cristiane Otto de Sá Estas são mantidas, exclusivamente, 35 em pastagens. No período seco, ficam no pasto e recebem restos de cultura tratados com amônia. As novilhas em crescimento rece-bem, além disto, silagem de leucena e gliricídia. Bezerros e bezerras Nos primeiros 90 dias de idade, deixa-se uma das tetas sem ordenhar, para o
  • 37. bezerro (em rodízio, alternando a cada dia o quarto que fica para o bezerro). Após a ordenha, os bezerros permane-cem 1 hora com a mãe para mamar o leite residual e o do quarto não ordenhado. Depois separe os bezerros da mãe até a ordenha do dia seguinte. Após os 90 dias e até o desmame, mamam apenas o que sobra da ordenha. Durante o aleitamento, recebem forragem (pastagem ou silagem). Na época seca, recebem folhas frescas de gliricídia ou leucena como suplemento, na base de 2 a 3 quilos por cabeça, ao dia. A reprodução do rebanho Na criação de bovinos de leite, a ques-tão da reprodução do rebanho tem que ser tratada com seriedade. Sem um bom plantel, cuidadosamente tratado e com saúde, não se consegue a produção ideal desejada. 36
  • 38. Estes cuidados devem ser tomados já com as bezerras, afinal serão as reprodu-toras quando adultas. Bezerra em aleitamento. Com que idade a vaca deve ter a primeira cria? A primeira cria deve acontecer entre dois e dois anos e meio. Isto quer dizer que o ideal é que ela seja coberta dos 16 aos 22 meses de vida. 37 Foto: Cristiane Otto de Sá
  • 39. Novilha com sua primeira cria. Cio Qual o intervalo entre um cio e outro? Nas vacas, o intervalo entre um cio e outro é de 21 dias, quando não há cobertura. Normalmente, cada cio dura entre 18 e 24 horas. 38 Foto: Cristiane Otto de Sá
  • 40. Como detectar o cio? 39 Observar 2 vezes por dia, por aproximada-mente 30 minutos, o rebanho de fêmeas, para detectar as vacas ou novilhas que estão no cio. O sinal mais caracte-rístico do cio é o de deixar-se montar. As que estão montando provavelmente estão entrando no cio. Fotos: Cristiane Otto de Sá Outros sinais do cio são corrimento de muco cristalino pela vagina, nervosismo, agitação e urinas mais freqüentes.
  • 41. Quando fazer as coberturas? • Quando o cio acontece de manhã, a cobertura (ou inseminação) deve ser feita à tarde. • Quando o cio acontece à tarde, a co-bertura (ou inseminação) deve ser feita na manhã seguinte. • Se após duas coberturas (ou inse-minações) a vaca não pegar cria, deve ser examinada por um vete-rinário (ou técnico) para ver se está doente ou se deve ser descartada. • Se o cio não voltar depois de três semanas, é sinal de que a vaca pe-gou cria. Para confirmar, o veterinário (ou técnico) deve fazer uma pal-pação no reto da vaca, dois meses depois da cobertura. 40
  • 42. O touro e as vacas No sistema de monta natural, o touro permanece durante o ano todo com as vacas e novilhas em condições de repro-dução. É necessário mudar de touro de dois em dois anos, para evitar que o mesmo acasale com as próprias filhas, o que enfra-queceria a linhagem dos animais. Quem possui várias vacas de leite deve distribuir as coberturas (ou as insemi-nações) ao longo do ano para ter uma produção constante de leite. O touro permanece ao longo do ano com as vacas e novilhas aptas à reprodução. 41 Foto: José Luiz de Sá
  • 43. Inseminação artificial A inseminação é uma prática segura para melhorar a linhagem do rebanho e ter os animais mais apropriados à produção de leite, de acordo com as condições de cada região e propriedade. Para cruzar vacas do tipo zebu com touro holandês, o melhor é usar a inseminação artificial, porque um bom touro holandês é muito caro e de difícil manutenção no rebanho. Como também o processo de insemi-nação não é barato, uma das alternativas para contar com a inseminação artificial é formar uma associação de pequenos produ-tores ou associar-se a alguma cooperativa, para dividir os custos. Cuidados com a vaca gestante Um cuidado muito importante é a ali-mentação da vaca gestante, principalmente 42
  • 44. no final da gestação. A melhor maneira de conseguir alimentar bem uma vaca gestante é dar a ela o mesmo alimento dado às vacas em produção. No período próximo ao parto, a vaca deve ficar em pasto perto da casa do criador, para que possa ser observada. Vacas gestantes recebendo palma. Cuidados com o parto e com os bezerros O parto e o bezerro recém-nascido O melhor parto é aquele que acontece de maneira natural. Deve-se ajudar a vaca 43 Foto: Cristiane Otto de Sá
  • 45. somente se ela mesma não conseguir com-pletar o parto. Se a vaca não limpar o focinho e a boca do bezerro, o criador deve fazer isso. Depois que o bezerro mamar pela pri-meira vez, o criador deve cortar e desinfetar o umbigo com uma solução de iodo a 10 %, solução esta que deve estar sempre à mão em uma propriedade. Entre as primeiras 24 e 48 horas depois do parto, o bezerro não deve ser separado da mãe. Depois de um parto, deve-se esperar 60 dias para uma nova cobertura. Recomenda-se que 60 dias antes do próximo parto deve-se secar as vacas. As vacas azebuadas costumam secar natural-mente antes desse prazo. Alimentação do bezerro Quanto à alimentação do bezerro, fique atento às recomendações a seguir: 44
  • 46. • Colostro é o leite especial que a vaca produz para os bezerros nos primei-ros dias de vida. Ser alimentado por esse leite especial dará ao bezerro melhores condições de saúde. Colostro saindo da teta da vaca após o parto. • Do 3º ao 14º dia de vida, os bezerros devem ficar apartados num bezer-reiro, de preferência de piso calçado. • Nesse período, o bezerro deve mamar duas vezes por dia, mamando assim o ideal, aproximadamente dois litros e meio de colostro. 45 Foto: Cristiane Otto de Sá
  • 47. • Após o 14º dia, o bezerro deve conti-nuar mamando dois litros e meio de leite. Para isso, o ordenhador deve deixar um dos quartos sem ordenhar até que o bezerro chegue aos 90 dias de idade. Bezerreiro de piso calçado. Atenção É importante que o bezerro mame o colostro nas primeiras horas de vida. Por isso, ele deve permanecer com a mãe nos primeiros 2 dias de vida. • Dos 90 dias até o desmame, os be-zerros mamam o que sobra da or-denha. 46 Foto: José Luiz de Sá
  • 48. Bezerro mamando após a ordenha. • Na fase de aleitamento, os bezerros devem receber forragem de boa qua-lidade, como folhas ou silagem de leucena ou gliricídia. Bezerro em piquete com sombreamento. 47 Foto: José Luiz de Sá Foto: José Luiz de Sá
  • 49. Descorna do bezerro O bezerro deve ser descornado no primeiro mês de vida. A descorna é importante para evitar acidentes entre os animais e as pessoas. Para fazer a descorna, usa-se o ferro de descorna. A saúde do rebanho No Semi-Árido, os animais têm menos problemas de saúde do que em outras regiões, em virtude do clima seco. Mesmo assim há muitas questões importantes a se-rem observadas quanto à saúde do rebanho. De maneira geral, os principais proble-mas de saúde ocorrem em conseqüência da alimentação deficiente ou do trato inade-quado. 48
  • 50. Parasitas do gado Carrapato É muito importante controlar os carra-patos porque eles enfraquecem os animais diminuindo, assim, a produção de leite. Como controlar? • Mudar os animais para outro pasto, por dois meses, se o pasto atual estiver infestado de carrapatos; quan-do não há animais no pasto, os carra-patos morrem com o tempo. • Usar a área de pasto para lavoura durante um ano. • Vários inimigos naturais dos carra-patos ajudam a controlar esta praga, entre eles a garça vaqueira e as galinhas (principalmente a galinha d´Angola). 49
  • 51. • Pulverizar os animais com um forte chá de capim-santo. Pulverização com chá de capim-santo para reduzir a infestação por carrapatos. Foto: Humberto Nicolini • Catar os carrapatos no corpo do ani-mal (principalmente as fêmeas que são maiores). Enterrar ou queimar é uma boa alternativa quando o criador possui poucos animais. Fêmea do carrapato. 50 Foto: Cristiane Otto de Sá
  • 52. • Usar o carrapaticida químico, em pul-verização, quando forem criações grandes, com maior número de ani-mais e com infestações fortes de 51 carrapatos. Mosca-do-chifre • A mosca-do-chifre é uma praga que afeta muito o gado, sugando os ani-mais e diminuindo a produção de leite. • Alho picado, misturado na ração dos animais, ajuda a controlar o ataque da mosca-do-chifre, pois funciona como repelente. • Outra forma de controlar a mosca-do- chifre é a utilização de mosqui-cidas, com recomendação técnica. Vermes • A verminose é um problema cons-tante nos animais.
  • 53. • A melhor época para dar vermífugo aos animais é na seca. • Alho na ração ajuda a controlar os vermes e a mosca-do-chifre. • As folhas de Nim é outro método natural para controlar vermes. • A mudança de pastagem, deixando o pasto descansar por dois meses, é o principal meio de controle dos vermes e dos carrapatos. Nim: as folhas secas utilizadas na alimentação reduzem a carga parasitária. 52 Foto: Cristiane Otto de Sá
  • 54. 53 Vacinação • Vacinar os animais é uma prática recomendável porque evita muitos prejuízos e mortes de animais por doenças. • Quando os produtores formam asso-ciações ou pertencem a cooperativas, isto fica muito mais fácil, porque, para fazer uma boa vacinação, é necessário ter a assistência de um veterinário ou de um técnico. • A compra das vacinas também é facilitada quando feita em conjunto. • As principais doenças que requerem vacinação são: Brucelose – Entre três e oito meses de idade. Febre aftosa – Vacina obrigatória por lei. Carbúnculo-sintomático – A partir dos três meses, repetindo a cada seis, até os dois anos de idade.
  • 55. Raiva – Vacinação anual, principal-mente onde há surtos da doença que é transmitida por morcegos. Atenção A pessoa mais indicada para dar a orientação correta sobre a vacinação do rebanho é o médico veterinário ou o técnico agropecuário. Higiene da ordenha É muito importante adotar alguns pro-cedimentos básicos de higiene na hora de tirar o leite das vacas. Quando não adequadamente adota-dos, sérios problemas de saúde podem ocorrer nas vacas, ocasionando a rejeição do leite pelos compradores. A mamite é uma doença das tetas da vaca, sendo muito conhecida por todos os criadores. É o principal problema e ocorre por causa da falta de higiene na ordenha. 54
  • 56. Quais as providências que o criador deve tomar? • Manter limpo o local de ordenha. • Lavar as tetas das vacas e secar com toalha de papel descartável antes de cada ordenha. Lavar e secar as tetas com toalhas descartáveis antes da ordenha. 55 Foto: José Luiz de Sá • Fazer o teste da caneca com os primeiros jatos antes da primeira ordenha do dia.
  • 57. Teste da caneca Usar uma caneca com uma peneira ou uma caneca de fundo escuro. Dirigir os primeiros jatos para a caneca. Se alguns grãos ficarem depositados no fundo ou na peneira, a vaca está com mamite. Ordenhar as vacas na seguinte se-qüência: Primeiro – Vacas sadias. Segundo – Vacas que já tiveram mamite, mas estão curadas. 56 Foto: Cristiane Otto de Sá Teste da caneca.
  • 58. Terceiro – Vacas em tratamento de mamite. A vaca com mamite deve ser separada e ordenhada quatro vezes por dia. Se a doença persistir, deve ser aplicado o medi-camento apropriado. • Soltar as vacas em um ambiente limpo, porque a contaminação é mais fácil logo depois da ordenha. 57 Foto: Cristiane Otto de Sá • Lavar e desinfetar a sala de ordenha e os equipamentos e utensílios de-
  • 59. Faça da produção de leite um bom negócio Quem cria gado de leite pode ter nessa atividade a oportunidade de um negócio lu-crativo. Para que se tenha maior produtividade e produtos com maior qualidade e higiene, é preciso adotar novas técnicas e fazer algum tipo de investimento. 58 Foto: Cristiane Otto de Sá vem ser lavados e desinfetados diari-amente.
  • 60. Fazendo a coisa certa, o leite produzido em sua propriedade será bem aceito no mercado e poderá exigir o preço mais justo. Além disso, procure agregar valor ao que produz. A comercialização de derivados do leite, como doces, queijos, iogurtes e outros é uma boa alternativa. 59
  • 61. Forme uma associação com seus vizinhos Quando você se associa com outros membros de sua comunidade, as vantagens são muitas, pois: • Fica mais fácil procurar as auto-ridades e pedir apoio para os projetos. • Os associados podem comprar máquinas e aparelhos em conjunto. • Fica mais fácil obter crédito. • Juntos, os associados podem vender melhor sua produção. • Os associados podem organizar mutirões. A união faz a força! Atenção! Para mais informações e esclarecimentos, procure um técnico da extensão rural, da Embrapa, da prefeitura ou de alguma organização de assistência aos agricultores. 60
  • 62. Títulos lançados • Como organizar uma associação • Como plantar abacaxi • Como plantar hortaliças • Controle alternativo de pragas e doenças das plantas • Caupi: o feijão do Sertão • Como cultivar a bananeira • Adubação alternativa • Cultivo de peixes • Como produzir melancia • Alimentação das criações na seca • Conservas caseiras de frutas • Como plantar caju • Formas de garantir água na seca • Guandu Petrolina: uma boa opção para sua alimentação 61
  • 63. • Umbuzeiro: valorize o que é seu • Preservação e uso da Caatinga • Criação de abelhas (apicultura) • Criação de caprinos e ovinos • Criação de galinhas caipiras • Criação de bovinos de leite no Semi-Árido
  • 64.
  • 65. Impressão e acabamento Embrapa Informação Tecnológica
  • 66. Informação Tecnológica Semi-Árido Com o lançamento do ABC da Agricultura Familiar , a Embrapa coloca à disposição do pequeno produtor valiosas instruções sobre as atividades do campo. Numa linguagem simples e objetiva, os títulos abordam a criação de animais, técnicas de plantio, práticas de controle de pragas e doenças, adubação alternativa e fabricação de conservas de frutas, dentre outros assuntos que exemplificam como otimizar o trabalho rural. Inicialmente produzidas para atender demandas por informação do Semi-Árido nordestino, as recomendações apresentadas são de aplicabilidade prática também CGPE: 6441 em outras regiões do País. Com o a Embrapa ABC da Agricultura Familiar, demonstra o compromisso assumido com o sucesso da agricultura familiar. ISBN 978-85-7383-398-0 9 788573 833980