O documento fornece orientações sobre a arte de contar histórias, abordando tópicos como a escolha da história, a estrutura narrativa, a dicção e a impostação da voz.
2. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Leonardo Pereira- Gelp -2012
I N T R O D U Ç Ã O -
Afinal o que é preciso para contar a história?
Antes:
Processo de escolha;
Ler várias vezes para deixar a história entrar - perceber a
emoção da história;
Conversar antes com as crianças para que a história não
seja interrompida;
Esquematizar mentalmente ou em um script (roteiro) a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão da história.
3. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
LITERATURA
A HISTÓRIA faz parte da cultura de todos os povos.
Conhecida como um dos mais eficazes meios de se transmitir
conhecimento, foi largamente utilizada pelo Cristo através de suas Parábolas.
Através dela, chega aos corações dos homens: conhecimentos, condutas
e valores que lhe enriquecem a alma. Ao deparar com situações semelhantes, o
homem relembra, inconscientemente, a atitude/resposta que ouviu na história,
tendendo a repeti-la.
Na Evangelização, o evangelizador tem a responsabilidade de transmitir
à criança o conteúdo Evangélico-Doutrinário.
A história entra como ferramenta riquíssima, como condutora dos
valores morais cristãos e do conhecimento espírita.
Somos responsáveis pelo conteúdo da história que escolhemos.
Saibamos escolher com maturidade e senso crítico aqueles conteúdos que
tocarão tão profundamente os corações infantis.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
4. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Quando alguém se propõe a analisar o papel da literatura
na Escola de Evangelização, não pode fazê-lo separadamente. Ela
é parte de um sistema. O sistema é ensino-aprendizagem e
como tal, não é um fim em si mesma, é apenas um meio, um
recurso.
Em primeiro lugar é preciso colocar-se o objetivo maior
do trabalho, aquele que será alcançado não apenas em um ano
de atividades, mas numa integração de vários anos. Deseja-se
que os frequentadores das Escolas de Evangelização interiorizem
os princípios básicos da Doutrina Espírita e organizem um
sistema de vida à luz desses princípios, com base nos
ensinamentos evangélicos. Em outras palavras, preparem-se
para a vivência Cristã.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
5. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
A LITERATURA NA EVANGELIZAÇÃO
Se atingiremos ou não esse objetivo, só o saberemos
a partir da observação constante e sistemática de tais
evangelizandos, na Escola de Evangelização, no lar, na
comunidade e, mais tarde, por aquilo que sua vida nos
revelar.
Partindo-se desse objetivo justifica-se o papel da
Literatura neste trabalho, sempre de acordo com o
interesse do evangelizando.
Eis porque se considera a Literatura apenas um meio,
que dependerá do objetivo de cada aula, dos interesses
daqueles com quem se trabalha; de suas necessidades; da
adequação ao assunto, ao meio ambiente, às condições do
evangelizador e dos evangelizandos e de suas experiências.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
6. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
A ESCOLHA DA HISTÓRIA
Alguns critérios precisam ser usados a fim de se escolher
apropriadamente a história que melhor se adeque à nossa aula, tais como:
Levar em consideração o objetivo da aula - Qual o tema da aula? Qual seu
objetivo? Apenas com esses dados em mãos escolheremos satisfatoriamente a
história.
A prévia análise nos possibilitará a retirada ou adaptação de
detalhes que fujam do objetivo da aula, ou que possam conduzir o
evangelizando a conceitos errôneos sob o tema em enfoque.
Ser totalmente doutrinária - A pureza doutrinária será preservada se cada um de
nós se predispuser, em seu campo de ação, a utilizar seu senso crítico.
A história, não obstante bela, pode induzir quem a escuta a
conceitos errôneos. A rigidez na análise da história, impedindo-se a divulgação
de conceitos doutrinariamente errôneos deve ser considerada como
imprescindível pelo contador da história. Pontos dúbios, errôneos devem ser
evitados através da adaptação da história.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
7. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
A ESCOLHA DA HISTÓRIA
Se os erros doutrinários não puderem ser retirados sem o
comprometimento da própria História, então esta deve ser abandonada,
escolhendo-se outra em seu lugar.
Levar em consideração as características do evangelizando - A
história, para ser bem absorvida, compreendida e explorada deve ser
escolhida com base nas características do evangelizando, seu grau de
escolaridade, idade, maturidade, grau de alfabetização, motivação
pelo tema, além das características socioculturais do meio em que
vive.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
8. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
FAIXA ETÁRIA E INTERESSES
Até 3 anos Histórias de bichinhos, brinquedos, objetos, seres da natureza
3 a 6 anos Histórias de repetição e acumulativos (Dona Baratinha, A Formiguinha e a
7 anos Histórias de crianças, animais e encantamento, aventuras no ambiente
8 anos Histórias de fadas com enredo mais elaborado; histórias humorísticas.
9 anos Histórias de fadas; histórias vinculadas a realidade.
10 anos em
diante
(humanizados); histórias de crianças.
neve); histórias de fadas.
próximo (ambiente familiar comunidade); histórias de fadas.
Aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções. Fábulas, mitos
e lendas.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
9. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Se necessário, adaptemos o vocabulário àquele conhecido pelo
evangelizando, não abrindo mão de enriquecê-lo.
Observar o ambiente em que será contada a história - Quantos
evangelizandos há? Qual o tamanho da sala? Há áreas livres? Está
muito quente ou muito frio? Os evangelizandos estão bem? O
prévio trabalho de análise da história poderá ser desperdiçado se,
ao a contarmos, não propiciarmos ao evangelizando meios de
absorvê-la bem. Se necessário, utilizemos recursos de apoio, tais
como gravuras, slides, “cineminha”, colocar os evangelizandos
sentadas no chão, levar para baixo de uma árvore, arredar móveis,
etc.
OBS: A escolha da história funciona como uma chave mágica e tem importância decisiva no processo narrativo.
Chave, não uma varinha de condão. Chave requer habilidade para ser manejada – habilidade que se conquista com
empenho e estudo.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
10. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
ESTRUTURA DA NARRATIVA
CLÍMAX
ENREDO
INTRODUÇÃO DESFECHO
Leonardo Pereira- Gelp -2012
11. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
INTRODUÇÃO
É a parte inicial, preparatória.
Tem por objetivo localizar o enredo da história no tempo e
no espaço, apresentar os personagens principais e
caracterizá-los.
Deve ser curta, dar as informações necessárias para facilitar
a compreensão do que se vai escutar.
A introdução diz: quando (Era uma vez...), onde (numa
floresta distante), quem (três porquinhos decidiram fazer
uma casa para morar).
Estabelece o contato inicial entre o narrador e o ouvinte,
devendo ser enunciada com voz clara, pausada, uniforme.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
12. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
ENREDO
Diz respeito à sucessão dos episódios, os
conflitos que surgem e a ação dos personagens.
Esses episódios devem ser apresentados numa
sequência bem ordenada, mantendo-se a
expectativa até alcançar o clímax.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
13. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
CLÍMAX
É o ponto culminante da história.
Surge como uma resultante de todos os
acontecimentos que formam o enredo.
As variações da voz do contador, com breves e
oportunas pausas preparam o momento
culminante.
Leonardo Pereira- Gelp -2012
14. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
DESFECHO
É a conclusão da história.
Onde o contador aproveita para rematar os
pontos principais da história.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
15. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
OBSERVAÇÕES SOBRE A ESTRUTURA DA NARRATIVA
É importante ressaltar no enredo o que é essencial e o que são
detalhes. O essencial deve ser contado na íntegra e os detalhes
podem fluir por conta da criatividade do narrador no momento.
Estudar uma história é também inventar as músicas ou adaptar a
letra a músicas conhecidas conforme a sugestão do texto, que são
introduzidas no decorrer do enredo ou no seu final.
Quem se propõe a fazê-lo, adquire maior confiança, familiariza-se
com os personagens, vivencia emoções que poderá transmitir,
fazendo adaptações convenientes e trabalhando cada elemento com
a devida técnica.
Adaptar não significa modificar o texto aleatoriamente. As
adaptações devem tornar mais espontânea a linguagem escrita e dar
um tom harmônico à narrativa como um todo.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
16. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Leonardo Pereira- Gelp -2012
I N T R O D U Ç Ã O -
Afinal o que é preciso para contar a história?
Durante:
Controlar a voz (modulações, ritmo, altura):
Pronunciar pausadamente as palavras,
especialmente as que dão a dinâmica da história.
Não esquecer da concordância padrão das palavras.
Se for o caso, aproveitar momentos para a
participação do publico;
Sempre que possível inserir uma música ou
adereços.
17. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
DIICÇÃO E
IIMPOSTAÇÃO
DA VOZ
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
18. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
1. INTRODUÇÃO
O que você diz conta 7% no
efeito geral;
Como você diz cerca de 40%;
Sua voz e sua linguagem
corporal são, depois dos
recursos visuais, os maiores
responsáveis pelo sucesso de
sua apresentação.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
19. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
2. DEFINIÇÃO
Em retórica, maneira de dizer considerada quanto à
conveniência dos termos, quanto à sua disposição
gramatical e quanto à pronúncia.
Dicção
Impostação
Correta emissão, colocação e projeção da
voz, por atores, cantores etc. Tom de voz
com que se pronuncia determinada fala.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
20. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
3. AUTOCONSCIÊNCIA
Você já ouviu a sua própria voz?
Notou alguma estranheza?
É possível identificar e melhorar em quatro
características a voz:
Tom ==> copo ==> faca
Timbre ==> cordas vocais relaxadas.
Volume ==> ar dos pulmões ==> glote
Clareza ==> calma ou nervosismo.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
21. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
4. RESPIRAÇÃO
Na inspiração:
- Encha bem os pulmões de ar;
- Respire através do diafragma.
Na expiração:
- Mantenha relaxados os músculos faciais;
- Abra farta e tranquilamente a boca e a
garganta.
A base da
voz é a
respira-ção.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
22. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Expirar contando em voz alta: 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7 ..... até 60. ==> AUMENTAR
FÔLEGO
Inspirar e expirar várias vezes
lentamente: P B T D G Q (exercício de
domínio da expiração) ==>
CONSOANTES OCLUSIVAS.
Emitir UMA, e depois DUAS vezes o
verso: “O sol da perfeição é que ilumina
os gênios” ==> ECONOMIZAR FÔLEGO.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
23. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
5. PRONÚNCIA, PONTUAÇÃO,
ENTONAÇÃO
Pronúncia
Dizer as palavras inteiras, evitando
“engolir” sílabas.
Pontuação
Dizer o texto em tom conversativo, respirando
nos pontos e vírgula.
Entonação
Treinar a voz de ouro, de prata, de bronze
e de veludo.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
24. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
6. SINAL ENFÁTIVO
Entonar a voz de
acordo com a emoção.
Você abriu a porta?
Dar às palavras a
ênfase que merecem.
Colocar o sinal enfático
no lugar certo.
Se a ênfase for dada a você, a pessoa indagada será
influenciada a responder: “Sim, eu”.
No caso de abriu, ela responderá: “Sim, abri”.
Em porta, ela retrucará: “Sim, foi a porta”.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
25. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Um prato de trigo para um
tigre, dois pratos de trigo para
dois tigres, três pratos de trigo
para três tigres ... dez pratos
de trigo para dez tigres.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
26. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Rififi de piriquiribi viril chincrin e
tiguimirim, inimissíssimos de
pirlimpimpim. Imbiri incio, pirim, quis
distinguir piquiritis de chibis miris,
timbris de dissímil piriquiti.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
27. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
O mameluco melancólico meditava
e a megera megalocéfala, macabra e
maquiavélica mastigava mostarda
na maloca miasmática. Migalhas
minguadas de moagem mitigavam
míseras meninas.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
28. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
7.CONCLUSÃO
Segundo o Espírito Emmanuel,
deveríamos “educar a voz, para que se
faça construtiva e agradável”.
Assim, quem se preocupa com a
palavra, aumenta suas chances como
orador.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
29. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
8.FONTE DE
CONSULTA
SIGNATES, L. Caridade do Verbo - Métodos e Técnicas de
Exposição Doutrinária Espírita. Goiânia, Federação Espírita do
Estado de Goiás, 1991
SANTOS, M. F. dos. Técnica do Discurso Moderno. 4. ed., São
Paulo, Logos, 1959.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
30. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Leonardo Pereira- Gelp -2012
I N T R O D U Ç Ã O -
Afinal o que é preciso para contar a história?
Antes:
Processo de escolha;
Ler várias vezes para deixar a história entrar - perceber a emoção da história;
Conversar antes com as crianças para que a história não seja interrompida;
Esquematizar mentalmente ou em um script (roteiro) a introdução, o desenvolvimento e a
conclusão da história.
Durante:
Controlar a voz (modulações, ritmo, altura):
Pronunciar pausadamente as palavras, especialmente as que dão a dinâmica da história. Não
esquecer da concordância padrão das palavras.
Se for o caso, aproveitar momentos para a participação do publico;
Sempre que possível inserir uma música ou adereços.
Depois:
Ouvir as manifestações do público - Avaliação.
31. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
O CONTADOR DE HISTÓRIAS
Cuidados ao se escolher uma história:
Conhecer o tema da aula
Ter em mente os objetivos que deseja alcançar
Analisar a história em seu aspecto moral,
doutrinário, recreativo.
Conhecer o ambiente, o tempo disponível, a
criança, a cultura local.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
32. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
A preparação do contador:
Saber bem a história
Preparar o material ilustrativo
Adaptá-la, se necessário, modificando palavras,
encurtando-a.
Experimentar contar antes a história
Explicar às crianças, quando necessário, o
significado das palavras chaves à compreensão
Motivá-las para a história
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
33. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Ao contar a História, o evangelizador precisa:
Conhecer o enredo com toda a segurança
Ter confiança em si mesmo
Narrar com naturalidade, sem afetação.
Ser comedido nos gestos
Evitar tiques, cacoetes, estribilhos.
Dispensar atenção a todos
Falar com voz agradável
Sentir a história
Utilizar linguagem adequada, correta.
Seguir a sequência regular da história
Explorar corretamente o membro fantasia, de modo a não criar confusões na
mente infantil, estabelecendo conceitos errôneos.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
34. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
CUIDADOS QUE CONTRIBUEM PARA O ÊXITO DA NARRAÇÃO
No começo é interessante cantar com os evangelizandos. Cantar,
bater palmas, levantar os braços facilita a concentração dos
ouvintes.
A duração da narrativa em si depende da faixa etária e do
interesse que suscita: 5 a 10 minutos para os pequeninos, de 15 a
20 minutos para os maiores.
No que se refere às interrupções, as quais não têm a ver com o
enredo, o contador, em nenhum caso, interrompe a narrativa.
Se foi um adendo, confirma-o com um sorriso, uma palavra, um
gesto de assentimento.
Caso contrário, fixa o olhar na direção de quem o interrompeu,
sorri e com um gesto pede-lhe para aguardar.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
35. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
Se o narrador mantiver sempre uma atitude calma e tranquila, sem
se impacientar ou irritar-se, mesmo os evangelizandos que não
conseguem ficar atentos, breve serão bons ouvintes, pois nada
melhor que uma história para desenvolver a capacidade de atenção.
Conversa depois da história. Comentar, ao que parece, prolonga o
deleite, conduz a novas leituras da trama, dos personagens, a uma
compreensão mais nítida e esclarecedora.
Comentário do ouvinte evidencia o efeito da história contada e
oferece condições para avaliar sua maior ou menor repercussão. É
nessa fase, inclusive, que o narrador apreende reações dos
evangelizandos, aprimorando-se na prática da arte de contar e
aperfeiçoando um estilo próprio.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
36. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
A ADAPATAÇÃO DE UMA HISTÓRIA INFANTIL
Quanto ao conteúdo:
Eliminar tudo o que não concorra para aumentar o seu valor
Retirar aspectos anti-doutrinários
Incluir diálogos ou acontecimentos que facilitem a compreensão do
tema
Quanto à extensão:
História longa - elimina-se alguns fatos, verificando-se os
indispensáveis. Resumir as explicações preliminares, suprimir
digressões (desvios do assunto), diminuir os personagens,
evidenciando as ações do personagem principal.
História muito curta - amplia-se, obedecendo-se uma sequência
lógica de eventos e eliminando ocorrências que vão de encontro
aos princípios doutrinários, mantendo a sequência lógica dos
assuntos.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
37. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS HISTÓRIAS
Estudar uma história é ainda escolher a melhor forma ou o
recurso mais adequado para apresenta-la. Os recursos
mais utilizados são:
a simples narrativa;
a narrativa com o auxílio do livro;
o uso de gravuras, de flanelógrafos, de desenhos;
narrativa com interferência do narrador e dos ouvintes.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
38. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
1- SIMPLES NARRATIVA
Mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, mais
tradicional e autêntica expressão do contador de histórias.
Não requer nenhum acessório e se processa por meio da voz do
narrador, de sua postura.
Este, por sua vez, com as mãos livres, concentra toda a sua força
na expressão corporal.
Lendas, fábulas e histórias recolhidas da tradição oral são melhor
transmitidas sob a forma de simples narrativa e ainda é a maneira
que mais contribui para estimular a criatividade. A utilização de
material ilustrativo nos exemplos citados, poderia desviar a
atenção do ouvinte, que deve estar fixa no narrador.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
39. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
2 - COM O LIVRO
Há textos que requerem, indispensavelmente, apresentação do livro, pois a
ilustração os complementa. Examinando-se livros onde se destaca a
apresentação gráfica e a imagem é tão rica quanto o texto, verifica-se a
propriedade do recurso.
Essa apresentação, além de incentivar o gosto pela leitura (mesmo no caso dos
ainda não alfabetizados) contribui para resolver a seqüência lógica do
pensamento infantil.
Devemos mostrar o livro para as crianças virando lentamente as páginas com a
mão direita, enquanto a esquerda sustenta a parte inferior do livro.
Narrar com o livro não é propriamente ler a história. O narrador a conhece, já a
estudou e a vai contando com suas próprias palavras, sem titubeios, vacilações
ou consultas ao texto, o que prejudicaria a integridade da narrativa.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
40. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
3 - COM DESENHOS
É um recurso atraente no caso de histórias
de poucos personagens e traços rápidos.
Pode ser desenhado no quadro de giz ou
papel de metro.
Aguça a curiosidade dos ouvintes.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
41. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
4 - COM GRAVURAS
As gravuras favorecem, sobretudo, as crianças pequenas, permitem
que elas observem detalhes e contribuem para a organização do
pensamento. Isso lhes facilitará mais tarde a identificação da ideia
central, fatos principais, fatos secundários, etc.
Antes da narrativa, empilham-se as gravuras em ordem viradas para
baixo.
À medida que vai contando, o narrador as coloca uma a uma no
suporte próprio.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
42. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
5 - COM O FLANELÓGRAFO
Este recurso é ideal para ser usado nas histórias em que a
personagem principal entra e sai de cena, movimenta-se num vai e
vem durante o enredo.
Na gravura reproduz-se a cena. No flanelógrafo, cada personagem é
colocado, individualmente, ocupando seu lugar no quadro, o que dá
a ideia de movimento.
O mais importante nessa técnica é a ação do personagem principal,
num movimento constante.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
43.
44. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
6 - COM INTERFERÊNCIAS DO NARRADOR E DOS OUVINTES
Seja qual for a forma de apresentação, pode-se introduzir
a interferência, se o texto a requer ou sugere.
A interferência resulta da criatividade do narrador, que a
incorpora ao texto para tornar a narrativa mais atraente.
É um excelente recurso quando se trata de público
numeroso, em locais abertos, facilitando a concentração
dos ouvintes. No entanto, é preciso cuidado para não
transforma-la em programa de auditório, pois ela deve
surgir em decorrência do enredo e ser mantida em
equilíbrio sob o controle do narrador.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
45. OFICINA DE CONTAR HISTÓRIAS
ATIVIDADES A PARTIR DA HISTÓRIA
Há vários tipos de atividades que podem ser desenvolvidas,
com base nas sugestões que o enredo oferece.
Dramatização;
Pantomima (mímica, gestos);
Desenho, recortes, modelagem, dobraduras, cartões,
marcadores de livros;
Criação de textos orais e escritos (confecção de livros,
poemas, quadrinhas, etc.);
Brincadeiras e teatro de bonecos e fantoches;
Construção de maquetes.
• Leonardo Pereira- Gelp -2012
48. Trabalho com fantoche – Colher de
pau.
Materiais:
• Colher de pau
• Tecidos
• Cola quente
• Tesoura
• Lã
• Fitas
• Pincel atômico para fazer o rostinho
• Folha para fazer os braços e pernas.
53. Roteiro
• Introdução
• Objetivo
• Forma básica da flor
• Caixa
• Tsuru
• Flor de íris
• Curiosidades
• Conclusão
• Referências
54. Objetivo
• Mostrar que qualquer pessoa pode fazer um
origami, não precisa ser oriental ou possuir
habilidades especiais.
• Basta querer e começar a fazer!
• Isto se aplica a diversas outras coisas na vida.
55. Introdução
• Século VI – Possível surgimento do origami, quando um monge budista
trouxe da China a maneira de se fabricar papel.
• 1797 – Primeira evidência do origami com o livro “Senbazuru Orikata”
(Como dobrar mil ‘pássaros’).
• Século XIX – O termo origami e a maneira como é feita atualmente são
consolidados por meio de uma mescla do origami europeu e do origami
japonês.
58. Tsuru
• A tradução de tsuru é grou, essa ave abaixo.
O tsuru representa a Paz,a Saúde,a Longevidade e a Fortuna,
motivo pelo qual é bastante utilizado em comemorações festivas,
fazendo-se presente nos enfeites e embalagens.
59. Tsuru
• Diz -se que ao dobrarmos mil "tsuru",os nossos desejos serão realizados,
ou ainda que ao oferecê-los a uma pessoa doente, estaremos
transmitindo-lhe o nosso desejo para o seu pronto restabelecimento.
• Certo é que ao dobrarmos cada figura, nela são depositadas a nossa fé,
esperança, carinho e energia, formando uma espécie de corrente com
vibrações positivas
67. Conclusão
• Todo mundo pode fazer origamis, basta
começar a fazer.
• Na vida, sempre que nos esforçamos podemos
alcançar qualquer coisa, mesmo que pareça
algo difícil, com um pouco de empenho a
gente sempre consegue.
68. Referências
• Kanegae, M., Imamura, P., Origami – Arte e técnica da dobradura de papel, Aliança Cultural Brasil-Japão,
São Paulo, 10ª ed., 1999.
• http://www.paperfolding.com/history/
• http://origami.ousaan.com/library/historye.html
• http://www.nihonsite.com/orig/
• http://origami-taresu.blogspot.com/2008/08/folclore-e-origami-unindo-ainda-mais-o.html
• http://www.pjlighthouse.com/2007/02/10/amazing-origami-satoshi-kamiya/