SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  30
Télécharger pour lire hors ligne
Cartilha Orientativa




Comercialização
de Pescado Salgado e
Pescado Salgado Seco




              Ministério   Ministério da Agricultura,
              da Saúde     Pecuária e Abastecimento
2
3



SUMÁRIO


Apresentação _____________________________________________________ 2


Requisitos ________________________________________________________ 3
      Seleção do Fornecedor _______________________________________ 3
      Armazenagem ______________________________________________ 4
      Recebimento _______________________________________________ 5
      Organização ________________________________________________ 6
      Preparo ____________________________________________________ 7
      Exposição __________________________________________________ 9
      Sinalização e indicação do preço _____________________________ 10


Anexos __________________________________________________________ 11
      3.1 Fluxo operacional do processamento _____________________ 12
      3.2 Fluxo ilustrativo do processamento _______________________ 13
      3.3 Conhecendo as espécies _________________________________ 14
      3.4 Análise sensorial ________________________________________ 19
      3.5 Dicas ao consumidor ____________________________________ 22
4
5



APRESENTAÇÃO


Para garantir pescados seguros e de qualidade para o consumidor,
uma série de medidas de controle devem ser implementadas desde
a origem até a exposição à venda. O setor supermercadista é um elo
importante nessa cadeia de produção.

Com o propósito de orientar sobre os procedimentos higiênicos a
serem adotados durante a comercialização do pescado salgado e
pescado salgado seco no varejo, a Abras disponibiliza essa cartilha
orientativa. Essa iniciativa conta com o apoio técnico da Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária e do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento.
6



REQUISITOS

2.1 Seleção dos fornecedores

A qualidade do pescado salgado ou pescado salgado seco está in-
trinsecamente vinculada à qualidade da matéria-prima, ao método
de salga, ao controle da temperatura e umidade durante o transpor-
te, dentre outros requisitos do processamento.

Portanto, é fundamental que o estabelecimento:
    • defina os critérios para a seleção de seu fornecedor;
    • acompanhe a qualidade do produto recebido.

Para subsidiar a elaboração dos critérios para seleção dos fornecedo-
res, são apresentados no Anexo o fluxo operacional e ilustrativo do
processamento do pescado salgado.
7




2.2 Armazenagem

Quando o produto for armazenado no centro de distribuição ou ou-
tro local congênere, alguns requisitos devem ser observados:


    • respeitar a temperatura de conservação informada pelo for-
      necedor;
    • seguir as recomendações do fornecedor quanto ao empilha-
      mento ou fazê-lo de forma que não comprometa a qualidade;
    • respeitar as distâncias entre os produtos (entre as pilhas) e o
      afastamento destes com as paredes, a fim de permitir adequa-
      da circulação do frio;
    • efetuar reinspeções para controlar a validade e avaliar as ca-
      racterísticas sensoriais do produto armazenado.
8




2.3 Recebimento

O recebimento do pescado salgado e pescado salgado seco é etapa
crítica para a garantia de um produto seguro ao consumidor. Nessa
fase, devem ser observadas:


    • as condições de higiene do veículo que transporta o produto;
    • a manutenção da temperatura indicada pelo fornecedor du-
      rante o transporte;
    • a integralidade dos utensílios utilizados no transporte e da
      embalagem do produto.

O estabelecimento deve definir um sistema de amostragem a ser uti-
lizado na análise sensorial e na avaliação da temperatura do produto
recebido. Esse procedimento deve ser executado por funcionário
devidamente orientado. Deve ainda ser definida a destinação do pro-
duto rejeitado na etapa de recebimento.
9




2.4 Organização

Considerando que a comercialização do pescado salgado é geral-
mente efetuada em balcão de serviço e que não existe estrutura para
controle da umidade e área de armazenamento no estabelecimento,
a organização ganha grande relevância na fase de comercialização.

O responsável pela seção deve avaliar o Guia de Produção, diaria-
mente, antes do início do preparo. O pedido deve estar de acordo
com a demanda da loja, a fim de evitar longo tempo de acondiciona-
mento, mantendo o abastecimento diário e a rotatividade alta.

A quantidade de produto solicitada deve estar exposta, na sua maio-
ria, na área de vendas, a fim de evitar perdas e quebras.
10




2.5 Preparo

O preparo do pescado salgado deve ser realizado em área específica
e limpa. Para o preparo, devem ser utilizados utensílios e superfí-
cies limpos e em bom estado de conservação. Os procedimentos e
a freqüência da limpeza da área, dos utensílios e superfícies devem
ser previamente estabelecidos, sendo os funcionários responsáveis
orientados sobre os mesmos.

Os funcionários responsáveis pelo preparo devem estar devidamente
uniformizados (dotados de uniforme limpo, protetor de cabelo, luvas
e máscara). O local deve dispor de orientações sobre a higienização
das mãos, incluindo a freqüência e as etapas.

a) Produtos a granel (manta):

Durante o preparo, deve ser realizada análise sensorial de rotina e
conferência do prazo de validade.
11




b) Produtos embalados (bandeja)

As embalagens devem ser de material apropriado e primeiro uso,
estando íntegras e limpas. Essas embalagens devem ser acondiciona-
das em local apropriado, separadas de material de limpeza e outros
produtos contaminantes. Na área de preparo, devem estar presentes
apenas as embalagens a serem utilizadas no dia.

Antes da operação, deve ser realizada análise sensorial de rotina do
produto a ser embalado.

Em observância à legislação nacional, na embalagem devem ser de-
claradas as seguintes informações: denominação de venda do pro-
duto – tipo do pescado, estabelecimento de origem, peso líquido,
data de embalagem, prazo de validade, forma de conservação, infor-
mação nutricional e preço.
12




2.6 Exposição (área de venda):

Para seleção do local de exposição, devem ser consideradas as condi-
ções ambientais (o ambiente deve ser seco e frio). O local seleciona-
do deve ser mantido limpo e organizado.

A quantidade de produto a ser exposta deve ser definida em função
da demanda diária do estabelecimento, minimizando a exposição do
produto à temperatura ambiente. Ainda, para minimizar o tempo de
exposição, recomenda-se estabelecer uma estratégia de reposição do
pescado.

O produto deve ser disposto em observância ao prazo de validade e
data de fabricação.
13




2.6 Exposição (área de venda):

Um funcionário deve ser responsável pela conferência rotineira e ale-
atória da data de validade. Deve-se ainda avaliar as características
sensoriais do pescado salgado exposto à venda, em especial, no caso
do produto a granel (manta). Como o pescado salgado a granel é
exposto sem ser protegido por embalagem deve-se ter atenção ao
controle de pragas e vetores.

2.7 Sinalização e indicação do preço:

A sinalização é um recurso indispensável para a venda do produto,
devendo ser clara para identificar o produto a ser comercializado.

A indicação do preço também é relevante para a correta identifica-
ção do produto.
14



ANEXOS

3.1 Fluxo operacional do processamento




            RECEBIMENTO DA MATÉRIA-PRIMA

                  DESCONGELAMENTO

           ABERTURA DO VENTRE (ESPALMADO)

                       TOALETE

                  1ª SALGA (ÚMIDA)

                    2ª SALGA (SECA)

                  PRODUTO ACABADO

              CALIBRAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

                     EMBALAGEM

                    ARMAZENAGEM

                      EXPEDIÇÃO
15




3.2 Fluxo ilustrativo do processamento
16




3.3 Conhecendo as espécies de pescado salgado

Do ponto de vista técnico, entende-se por peixe salgado e seco o
produto elaborado com peixe limpo, eviscerado, com ou sem cabeça
e convenientemente tratado pelo sal (cloreto de sódio), não devendo
conter mais de 40% de umidade para as espécies consideradas gor-
das, tolerando-se 5% a mais para as espécies consideradas magras.

                               Dentro destas características, exis-
                               tem 5 tipos diferentes de peixes sal-
                               gados secos no mercado brasileiro:
                               Gadus morhua (Cod), Gadus ma-
                               crocephalus, Saithe, Ling e Zarbo.
                               As duas primeiras espécies são co-
                               nhecidas como bacalhau, sendo as
                               demais consideradas peixe salgado
                               seco tipo bacalhau salgado seco.

                               Site para consulta:
                               www.bacalhau.com.br/tipos.htm
17




O Gadus morhua (Cod) é o Legítimo Bacalhau, também conhe-
cido no Brasil como “PORTO“ ou “PORTO MORHUA“. É pescado no
Atlântico Norte e considerado o mais nobre bacalhau.

Normalmente é o maior, o mais largo e com postas mais altas. Tem
coloração palha e uniforme quando salgado e seco; quando cozido,
desfaz-se em lascas claras e tenras, de sabor inconfundível e sublime.
É o bacalhau recomendado em todos os pratos da cozinha interna-
cional.
18




O Gadus macrocephalus, conhecido como “PORTINHO”, “CODI-
NHO” ou Bacalhau do Pacífico, é muito semelhante em aspecto com
o Gadus morhua, e vem sendo comercializado há cerca de 10 anos
no Brasil.

No entanto, é diferente do Legítimo Bacalhau, com diferenças funda-
mentais: não se desmancha em lascas, é fibroso e não tem o mesmo
paladar. Por isso, é um peixe mais barato e tem sido vendido como
sendo Legítimo Porto, devido à semelhança.

Quanto aos aspectos morfológicos, não é fácil diferenciar um do
outro; uma das formas é observando o rabo e as barbatanas: se tiver
uma espécie de bordado branco nas extremidades, é macrocephalus.
Outra forma é pela coloração: essa espécie é bem mais clara (quase
branca) que o Legítimo Porto.
19




O Saithe possui uma musculatura mais escura e sabor mais forte.
Muito mais barato que o bacalhau, é o tipo mais importado atual-
mente e o campeão de vendas no Nordeste brasileiro. É utilizado
para bolinhos, saladas e ensopados, porque quando cozido sua car-
ne desfia com facilidade.
20




O Ling é bem claro e mais estreito que os demais. Tem um bom cor-
te e é muito apreciado no Brasil. Sua carne é clara e bonita, por isso
atrai muitos compradores.

O Zarbo é o mais popular e os peixes, geralmente, são menores que
os demais tipos.
21




3.4 Análise Sensorial

O funcionário responsável pela análise sensorial do pescado salgado
e pescado salgado seco deve ser capacitado sobre os aspectos a se-
rem avaliados, dando-se atenção às principais não-conformidades a
serem observadas. No caso da ocorrência de não-conformidades, o
funcionário deve conhecer a destinação do produto e outras ações
corretivas a serem adotadas.

NÃO CONFORMIDADES - BOLOR

Causado pelo excesso de umidade ou calor excessivo.
22




NÃO CONFORMIDADES - VERMELHÃO


     • Indica o desenvolvimento da bactéria: Hallococcus.
     • Resulta da armazenagem incorreta, com conseqüente perda e
       ganho de umidade ou calor excessivo
23




NÃO CONFORMIDADES – DETERIORAÇÃO

Não causa nenhuma alteração visível.

É proveniente de bactérias deteriorantes.

É perceptível por meio do:


    • Tato, apresentando limosidade superficial e amolecimento da
      carne;
    • Olfato, causando odor desagradável (odor pútrido).
24




3.5 Dicas para o consumidor

Como dessalgar o Bacalhau

Veja como é simples dessalgar e aproveitar o melhor do peixe, fazen-
do ele render e ficar com um sabor excepcional:

1. Depois de cortar o bacalhau em postas, coloque-o submerso den-
tro de um vasilhame sob um fio d’água por uns 10 minutos.

2. Coloque o vasilhame com o bacalhau coberto de água dentro da
geladeira (2/3 de água e 1/3 de Bacalhau).

3. Dessalgue o bacalhau dentro da geladeira, pois assim ele irá ficar
tenro e consistente. Com água gelada o bacalhau não exalará cheiro
algum, e se dessalgado fora da geladeira, o bacalhau irá exalar forte
cheiro, podendo até estragar, principalmente em dias mais quentes.
A água deve ser trocada freqüentemente (ver próximo item).
25




4. O tempo médio para dessalgue e a freqüência da troca da água
dependem da altura das postas (ou lombos) do bacalhau:

Postas Normais: 24 Horas




Postas Grossas: 40 Horas




Postas Muito Grossas: 48 Horas




Bacalhau Desfiado: 6 Horas
26




Como conservar o bacalhau em sua casa:

Para conservar as características do bacalhau, é recomendado que
o mesmo seja dessalgado imediatamente após a compra. Deve-se
observar as orientações sobre forma de conservação constantes da
embalagem, mantendo-se atento ao prazo de validade.

Para congelar o bacalhau seco salgado, primeiramente é necessário
dessalgá-lo. Logo após, enxugue o bacalhau com papel absorvente,
apertando-o levemente para secar um pouco. Pincele com um bom
azeite toda a superfície, para impedir o ressecamento provocado
pelo gelo. Guarde no freezer em um vasilhame bem fechado.
27




Dicas de Preparo

1. Para saber a quantidade de bacalhau numa refeição, calcule entre
150g e 250g por pessoa.

2. O melhor momento para retirar a pele do bacalhau é quando ele
ainda está salgado e seco: levante a pele em uma das extremidades
e retire-a com puxadas firmes. Depois do cozimento, também é pos-
sível retirar a pele. Para retirar as espinhas, sugere-se enquanto se
desfia o bacalhau, ainda salgado e seco, ou depois do cozimento.

3. O bacalhau não deve ser fervido, a não ser que a receita ou o pre-
paro indiquem. A fervura prejudica o paladar e resseca o peixe. Deve
ser sempre preparado em água a ferver, ou seja, em fogo brando,
sem borbulhar. Você pode reservar o caldo do bacalhau (a água do
cozimento) para cozinhar as batatas ou o arroz.

4. Em receitas de bacalhau ao forno ou bacalhau na brasa, faça um
pré-cozimento no bacalhau, colocando-o em um tabuleiro imerso
em água em fogo brando, sem ferver, durante 10 minutos.

5. Se quiser apurar o paladar do bacalhau, de acordo com a receita,
deixe-o temperado com azeite e ervas (p.ex. coentro ou salsa) ou
submerso no leite durante pelo menos 2 horas antes do preparo.

6. A qualidade da refeição com bacalhau também depende da qua-
lidade dos complementos, como o o azeite de oliva, as batatas e as
azeitonas.
28



CONTATOS

Mais esclarecimentos podem ser obtidos junto ao Comitê Jurídico
da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados.

nfrederes.secretaria@abrasnet.com.br




                          Janeiro 2007
29
Ministério   Ministério da Agricultura,
da Saúde     Pecuária e Abastecimento

Contenu connexe

Tendances

Cm aula 3 - hortaliças em conservas
Cm   aula 3 - hortaliças em conservasCm   aula 3 - hortaliças em conservas
Cm aula 3 - hortaliças em conservas
Camila Moresco
 
Processamento de produtos de origem vegetal
Processamento de produtos de origem vegetalProcessamento de produtos de origem vegetal
Processamento de produtos de origem vegetal
saraerthal
 
N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.
N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.
N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.
visa343302010
 

Tendances (13)

Efeito das condições de embalagem sobre a qualidade
Efeito das condições de embalagem sobre a qualidadeEfeito das condições de embalagem sobre a qualidade
Efeito das condições de embalagem sobre a qualidade
 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011
 
Curso de boas praticas
Curso de boas praticasCurso de boas praticas
Curso de boas praticas
 
Cm aula 3 - hortaliças em conservas
Cm   aula 3 - hortaliças em conservasCm   aula 3 - hortaliças em conservas
Cm aula 3 - hortaliças em conservas
 
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de solutoAula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
 
Processamento de produtos de origem vegetal
Processamento de produtos de origem vegetalProcessamento de produtos de origem vegetal
Processamento de produtos de origem vegetal
 
Enlatamento atum
Enlatamento atumEnlatamento atum
Enlatamento atum
 
Cozinha módulo 2
Cozinha módulo 2Cozinha módulo 2
Cozinha módulo 2
 
Projeto de um Restaurantes e bebidas
Projeto de um Restaurantes e bebidasProjeto de um Restaurantes e bebidas
Projeto de um Restaurantes e bebidas
 
Apostila anvisa06
Apostila anvisa06Apostila anvisa06
Apostila anvisa06
 
Aula 1-carneos fermentados
Aula 1-carneos fermentadosAula 1-carneos fermentados
Aula 1-carneos fermentados
 
N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.
N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.
N.Alimento-Rdc nº 173 2006 agua mineral.
 
Regulamento técnico para comercialização de atum e bonito
Regulamento técnico para comercialização de atum e bonitoRegulamento técnico para comercialização de atum e bonito
Regulamento técnico para comercialização de atum e bonito
 

Similaire à Cartilha Bacalhau

manual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdf
manual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdfmanual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdf
manual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdf
Luis Sousa Bibi
 
Qualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdf
Qualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdfQualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdf
Qualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdf
RogrioSantiago7
 
N.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle Sanitário
N.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle SanitárioN.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle Sanitário
N.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle Sanitário
visa343302010
 
Qualidade do pescado captura, conservação e contaminação
Qualidade do pescado captura, conservação e contaminaçãoQualidade do pescado captura, conservação e contaminação
Qualidade do pescado captura, conservação e contaminação
Kermedy Pinheiro
 
Utilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdf
Utilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdfUtilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdf
Utilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdf
Alberto Afonso Afonso
 
Treinamento de boas maneiras e praticas de higiene
Treinamento de boas maneiras e praticas de higieneTreinamento de boas maneiras e praticas de higiene
Treinamento de boas maneiras e praticas de higiene
Ubaldo Passos
 
Brochura_SA_43-B23(PDF)
Brochura_SA_43-B23(PDF)Brochura_SA_43-B23(PDF)
Brochura_SA_43-B23(PDF)
Helder Silva
 

Similaire à Cartilha Bacalhau (20)

manual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdf
manual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdfmanual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdf
manual_UFCD_8991_processos_de_transformaao_na_distribuicao.pdf
 
Industria do pescado 1
Industria do pescado 1Industria do pescado 1
Industria do pescado 1
 
apostila embrapa bpf armazenamento.pdf
apostila embrapa bpf armazenamento.pdfapostila embrapa bpf armazenamento.pdf
apostila embrapa bpf armazenamento.pdf
 
Qualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdf
Qualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdfQualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdf
Qualidade dos produtos e armazenagem_compressed.pdf
 
Recepção e armazenamento na industria alimentar
Recepção e armazenamento na industria alimentarRecepção e armazenamento na industria alimentar
Recepção e armazenamento na industria alimentar
 
Papo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E Compreensão
Papo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E CompreensãoPapo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E Compreensão
Papo Vet - Rótulos De Produtos De Origem Animal - Leitura E Compreensão
 
Embrapa agro industria-familiar-peixe-defumado-ed02-2012
Embrapa agro industria-familiar-peixe-defumado-ed02-2012Embrapa agro industria-familiar-peixe-defumado-ed02-2012
Embrapa agro industria-familiar-peixe-defumado-ed02-2012
 
Jackson.teyr
Jackson.teyrJackson.teyr
Jackson.teyr
 
Manual de Pescado Fresco
Manual de Pescado FrescoManual de Pescado Fresco
Manual de Pescado Fresco
 
FAO - CONTROLE QUALIDADE IND. PESCADO.docx
FAO - CONTROLE QUALIDADE IND. PESCADO.docxFAO - CONTROLE QUALIDADE IND. PESCADO.docx
FAO - CONTROLE QUALIDADE IND. PESCADO.docx
 
RDC Nº 17/2010
RDC Nº 17/2010RDC Nº 17/2010
RDC Nº 17/2010
 
168 beneficiamento-novo
168 beneficiamento-novo168 beneficiamento-novo
168 beneficiamento-novo
 
N.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle Sanitário
N.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle SanitárioN.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle Sanitário
N.Alimento-Portaria nº 9.019 26 novembro_1987-Controle Sanitário
 
33422 srh-2015-uerj-tecnico-em-nutricao-e-dietetica-prova
33422 srh-2015-uerj-tecnico-em-nutricao-e-dietetica-prova33422 srh-2015-uerj-tecnico-em-nutricao-e-dietetica-prova
33422 srh-2015-uerj-tecnico-em-nutricao-e-dietetica-prova
 
Qualidade do pescado captura, conservação e contaminação
Qualidade do pescado captura, conservação e contaminaçãoQualidade do pescado captura, conservação e contaminação
Qualidade do pescado captura, conservação e contaminação
 
Utilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdf
Utilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdfUtilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdf
Utilização de MAP 43959150-0-Air-Liquide---eBook-.pdf
 
Peixe seco aula
Peixe seco aulaPeixe seco aula
Peixe seco aula
 
Apostila de conservação de carnes e peixes
Apostila de conservação de carnes e peixesApostila de conservação de carnes e peixes
Apostila de conservação de carnes e peixes
 
Treinamento de boas maneiras e praticas de higiene
Treinamento de boas maneiras e praticas de higieneTreinamento de boas maneiras e praticas de higiene
Treinamento de boas maneiras e praticas de higiene
 
Brochura_SA_43-B23(PDF)
Brochura_SA_43-B23(PDF)Brochura_SA_43-B23(PDF)
Brochura_SA_43-B23(PDF)
 

Plus de Lidiane Martins

Guia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francês
Guia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francêsGuia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francês
Guia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francês
Lidiane Martins
 
Ficha de-inscrição nutry up
Ficha de-inscrição  nutry upFicha de-inscrição  nutry up
Ficha de-inscrição nutry up
Lidiane Martins
 
Ficha de-inscrição nutry up
Ficha de-inscrição  nutry upFicha de-inscrição  nutry up
Ficha de-inscrição nutry up
Lidiane Martins
 
Guia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisaGuia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisa
Lidiane Martins
 

Plus de Lidiane Martins (20)

Guia+para+comprovação+da+segurança+de+alimentos+e+ingredientes
Guia+para+comprovação+da+segurança+de+alimentos+e+ingredientesGuia+para+comprovação+da+segurança+de+alimentos+e+ingredientes
Guia+para+comprovação+da+segurança+de+alimentos+e+ingredientes
 
Cartilha da alimentação saudável e segura
Cartilha da  alimentação  saudável e seguraCartilha da  alimentação  saudável e segura
Cartilha da alimentação saudável e segura
 
1441 -cartilha adulto-final
1441 -cartilha adulto-final1441 -cartilha adulto-final
1441 -cartilha adulto-final
 
Pnan2011
Pnan2011Pnan2011
Pnan2011
 
Vigitel 2011 final_0812
Vigitel 2011 final_0812Vigitel 2011 final_0812
Vigitel 2011 final_0812
 
Manualdascantinasescolaressaudveis
ManualdascantinasescolaressaudveisManualdascantinasescolaressaudveis
Manualdascantinasescolaressaudveis
 
Manual doencas transmitidas_por_alimentos_pdf
Manual doencas transmitidas_por_alimentos_pdfManual doencas transmitidas_por_alimentos_pdf
Manual doencas transmitidas_por_alimentos_pdf
 
Alimento+seguro+e+o+papel+do+consumidor+vol.i+gesea+esalq+usp
Alimento+seguro+e+o+papel+do+consumidor+vol.i+gesea+esalq+uspAlimento+seguro+e+o+papel+do+consumidor+vol.i+gesea+esalq+usp
Alimento+seguro+e+o+papel+do+consumidor+vol.i+gesea+esalq+usp
 
GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Promovendo a Alimentação Saudável
GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Promovendo a Alimentação SaudávelGUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Promovendo a Alimentação Saudável
GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA Promovendo a Alimentação Saudável
 
Abrasco agrotoxico
Abrasco agrotoxicoAbrasco agrotoxico
Abrasco agrotoxico
 
2 documentobaseparaguiasdeboaspraticasnutricionais2
2 documentobaseparaguiasdeboaspraticasnutricionais22 documentobaseparaguiasdeboaspraticasnutricionais2
2 documentobaseparaguiasdeboaspraticasnutricionais2
 
Guia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francês
Guia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francêsGuia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francês
Guia+de+boas+práticas+nutricionais+para+pão+francês
 
Ficha de-inscrição nutry up
Ficha de-inscrição  nutry upFicha de-inscrição  nutry up
Ficha de-inscrição nutry up
 
Ficha de-inscrição nutry up
Ficha de-inscrição  nutry upFicha de-inscrição  nutry up
Ficha de-inscrição nutry up
 
Guia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisaGuia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisa
 
Guia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisaGuia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisa
 
Guia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisaGuia de saude_do_viajante anvisa
Guia de saude_do_viajante anvisa
 
Livretodietética2006 r
Livretodietética2006 rLivretodietética2006 r
Livretodietética2006 r
 
O olho do_consumidor
O olho do_consumidorO olho do_consumidor
O olho do_consumidor
 
Alimentação escolar go
Alimentação escolar goAlimentação escolar go
Alimentação escolar go
 

Cartilha Bacalhau

  • 1. Cartilha Orientativa Comercialização de Pescado Salgado e Pescado Salgado Seco Ministério Ministério da Agricultura, da Saúde Pecuária e Abastecimento
  • 2. 2
  • 3. 3 SUMÁRIO Apresentação _____________________________________________________ 2 Requisitos ________________________________________________________ 3 Seleção do Fornecedor _______________________________________ 3 Armazenagem ______________________________________________ 4 Recebimento _______________________________________________ 5 Organização ________________________________________________ 6 Preparo ____________________________________________________ 7 Exposição __________________________________________________ 9 Sinalização e indicação do preço _____________________________ 10 Anexos __________________________________________________________ 11 3.1 Fluxo operacional do processamento _____________________ 12 3.2 Fluxo ilustrativo do processamento _______________________ 13 3.3 Conhecendo as espécies _________________________________ 14 3.4 Análise sensorial ________________________________________ 19 3.5 Dicas ao consumidor ____________________________________ 22
  • 4. 4
  • 5. 5 APRESENTAÇÃO Para garantir pescados seguros e de qualidade para o consumidor, uma série de medidas de controle devem ser implementadas desde a origem até a exposição à venda. O setor supermercadista é um elo importante nessa cadeia de produção. Com o propósito de orientar sobre os procedimentos higiênicos a serem adotados durante a comercialização do pescado salgado e pescado salgado seco no varejo, a Abras disponibiliza essa cartilha orientativa. Essa iniciativa conta com o apoio técnico da Agência Na- cional de Vigilância Sanitária e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
  • 6. 6 REQUISITOS 2.1 Seleção dos fornecedores A qualidade do pescado salgado ou pescado salgado seco está in- trinsecamente vinculada à qualidade da matéria-prima, ao método de salga, ao controle da temperatura e umidade durante o transpor- te, dentre outros requisitos do processamento. Portanto, é fundamental que o estabelecimento: • defina os critérios para a seleção de seu fornecedor; • acompanhe a qualidade do produto recebido. Para subsidiar a elaboração dos critérios para seleção dos fornecedo- res, são apresentados no Anexo o fluxo operacional e ilustrativo do processamento do pescado salgado.
  • 7. 7 2.2 Armazenagem Quando o produto for armazenado no centro de distribuição ou ou- tro local congênere, alguns requisitos devem ser observados: • respeitar a temperatura de conservação informada pelo for- necedor; • seguir as recomendações do fornecedor quanto ao empilha- mento ou fazê-lo de forma que não comprometa a qualidade; • respeitar as distâncias entre os produtos (entre as pilhas) e o afastamento destes com as paredes, a fim de permitir adequa- da circulação do frio; • efetuar reinspeções para controlar a validade e avaliar as ca- racterísticas sensoriais do produto armazenado.
  • 8. 8 2.3 Recebimento O recebimento do pescado salgado e pescado salgado seco é etapa crítica para a garantia de um produto seguro ao consumidor. Nessa fase, devem ser observadas: • as condições de higiene do veículo que transporta o produto; • a manutenção da temperatura indicada pelo fornecedor du- rante o transporte; • a integralidade dos utensílios utilizados no transporte e da embalagem do produto. O estabelecimento deve definir um sistema de amostragem a ser uti- lizado na análise sensorial e na avaliação da temperatura do produto recebido. Esse procedimento deve ser executado por funcionário devidamente orientado. Deve ainda ser definida a destinação do pro- duto rejeitado na etapa de recebimento.
  • 9. 9 2.4 Organização Considerando que a comercialização do pescado salgado é geral- mente efetuada em balcão de serviço e que não existe estrutura para controle da umidade e área de armazenamento no estabelecimento, a organização ganha grande relevância na fase de comercialização. O responsável pela seção deve avaliar o Guia de Produção, diaria- mente, antes do início do preparo. O pedido deve estar de acordo com a demanda da loja, a fim de evitar longo tempo de acondiciona- mento, mantendo o abastecimento diário e a rotatividade alta. A quantidade de produto solicitada deve estar exposta, na sua maio- ria, na área de vendas, a fim de evitar perdas e quebras.
  • 10. 10 2.5 Preparo O preparo do pescado salgado deve ser realizado em área específica e limpa. Para o preparo, devem ser utilizados utensílios e superfí- cies limpos e em bom estado de conservação. Os procedimentos e a freqüência da limpeza da área, dos utensílios e superfícies devem ser previamente estabelecidos, sendo os funcionários responsáveis orientados sobre os mesmos. Os funcionários responsáveis pelo preparo devem estar devidamente uniformizados (dotados de uniforme limpo, protetor de cabelo, luvas e máscara). O local deve dispor de orientações sobre a higienização das mãos, incluindo a freqüência e as etapas. a) Produtos a granel (manta): Durante o preparo, deve ser realizada análise sensorial de rotina e conferência do prazo de validade.
  • 11. 11 b) Produtos embalados (bandeja) As embalagens devem ser de material apropriado e primeiro uso, estando íntegras e limpas. Essas embalagens devem ser acondiciona- das em local apropriado, separadas de material de limpeza e outros produtos contaminantes. Na área de preparo, devem estar presentes apenas as embalagens a serem utilizadas no dia. Antes da operação, deve ser realizada análise sensorial de rotina do produto a ser embalado. Em observância à legislação nacional, na embalagem devem ser de- claradas as seguintes informações: denominação de venda do pro- duto – tipo do pescado, estabelecimento de origem, peso líquido, data de embalagem, prazo de validade, forma de conservação, infor- mação nutricional e preço.
  • 12. 12 2.6 Exposição (área de venda): Para seleção do local de exposição, devem ser consideradas as condi- ções ambientais (o ambiente deve ser seco e frio). O local seleciona- do deve ser mantido limpo e organizado. A quantidade de produto a ser exposta deve ser definida em função da demanda diária do estabelecimento, minimizando a exposição do produto à temperatura ambiente. Ainda, para minimizar o tempo de exposição, recomenda-se estabelecer uma estratégia de reposição do pescado. O produto deve ser disposto em observância ao prazo de validade e data de fabricação.
  • 13. 13 2.6 Exposição (área de venda): Um funcionário deve ser responsável pela conferência rotineira e ale- atória da data de validade. Deve-se ainda avaliar as características sensoriais do pescado salgado exposto à venda, em especial, no caso do produto a granel (manta). Como o pescado salgado a granel é exposto sem ser protegido por embalagem deve-se ter atenção ao controle de pragas e vetores. 2.7 Sinalização e indicação do preço: A sinalização é um recurso indispensável para a venda do produto, devendo ser clara para identificar o produto a ser comercializado. A indicação do preço também é relevante para a correta identifica- ção do produto.
  • 14. 14 ANEXOS 3.1 Fluxo operacional do processamento RECEBIMENTO DA MATÉRIA-PRIMA DESCONGELAMENTO ABERTURA DO VENTRE (ESPALMADO) TOALETE 1ª SALGA (ÚMIDA) 2ª SALGA (SECA) PRODUTO ACABADO CALIBRAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO EMBALAGEM ARMAZENAGEM EXPEDIÇÃO
  • 15. 15 3.2 Fluxo ilustrativo do processamento
  • 16. 16 3.3 Conhecendo as espécies de pescado salgado Do ponto de vista técnico, entende-se por peixe salgado e seco o produto elaborado com peixe limpo, eviscerado, com ou sem cabeça e convenientemente tratado pelo sal (cloreto de sódio), não devendo conter mais de 40% de umidade para as espécies consideradas gor- das, tolerando-se 5% a mais para as espécies consideradas magras. Dentro destas características, exis- tem 5 tipos diferentes de peixes sal- gados secos no mercado brasileiro: Gadus morhua (Cod), Gadus ma- crocephalus, Saithe, Ling e Zarbo. As duas primeiras espécies são co- nhecidas como bacalhau, sendo as demais consideradas peixe salgado seco tipo bacalhau salgado seco. Site para consulta: www.bacalhau.com.br/tipos.htm
  • 17. 17 O Gadus morhua (Cod) é o Legítimo Bacalhau, também conhe- cido no Brasil como “PORTO“ ou “PORTO MORHUA“. É pescado no Atlântico Norte e considerado o mais nobre bacalhau. Normalmente é o maior, o mais largo e com postas mais altas. Tem coloração palha e uniforme quando salgado e seco; quando cozido, desfaz-se em lascas claras e tenras, de sabor inconfundível e sublime. É o bacalhau recomendado em todos os pratos da cozinha interna- cional.
  • 18. 18 O Gadus macrocephalus, conhecido como “PORTINHO”, “CODI- NHO” ou Bacalhau do Pacífico, é muito semelhante em aspecto com o Gadus morhua, e vem sendo comercializado há cerca de 10 anos no Brasil. No entanto, é diferente do Legítimo Bacalhau, com diferenças funda- mentais: não se desmancha em lascas, é fibroso e não tem o mesmo paladar. Por isso, é um peixe mais barato e tem sido vendido como sendo Legítimo Porto, devido à semelhança. Quanto aos aspectos morfológicos, não é fácil diferenciar um do outro; uma das formas é observando o rabo e as barbatanas: se tiver uma espécie de bordado branco nas extremidades, é macrocephalus. Outra forma é pela coloração: essa espécie é bem mais clara (quase branca) que o Legítimo Porto.
  • 19. 19 O Saithe possui uma musculatura mais escura e sabor mais forte. Muito mais barato que o bacalhau, é o tipo mais importado atual- mente e o campeão de vendas no Nordeste brasileiro. É utilizado para bolinhos, saladas e ensopados, porque quando cozido sua car- ne desfia com facilidade.
  • 20. 20 O Ling é bem claro e mais estreito que os demais. Tem um bom cor- te e é muito apreciado no Brasil. Sua carne é clara e bonita, por isso atrai muitos compradores. O Zarbo é o mais popular e os peixes, geralmente, são menores que os demais tipos.
  • 21. 21 3.4 Análise Sensorial O funcionário responsável pela análise sensorial do pescado salgado e pescado salgado seco deve ser capacitado sobre os aspectos a se- rem avaliados, dando-se atenção às principais não-conformidades a serem observadas. No caso da ocorrência de não-conformidades, o funcionário deve conhecer a destinação do produto e outras ações corretivas a serem adotadas. NÃO CONFORMIDADES - BOLOR Causado pelo excesso de umidade ou calor excessivo.
  • 22. 22 NÃO CONFORMIDADES - VERMELHÃO • Indica o desenvolvimento da bactéria: Hallococcus. • Resulta da armazenagem incorreta, com conseqüente perda e ganho de umidade ou calor excessivo
  • 23. 23 NÃO CONFORMIDADES – DETERIORAÇÃO Não causa nenhuma alteração visível. É proveniente de bactérias deteriorantes. É perceptível por meio do: • Tato, apresentando limosidade superficial e amolecimento da carne; • Olfato, causando odor desagradável (odor pútrido).
  • 24. 24 3.5 Dicas para o consumidor Como dessalgar o Bacalhau Veja como é simples dessalgar e aproveitar o melhor do peixe, fazen- do ele render e ficar com um sabor excepcional: 1. Depois de cortar o bacalhau em postas, coloque-o submerso den- tro de um vasilhame sob um fio d’água por uns 10 minutos. 2. Coloque o vasilhame com o bacalhau coberto de água dentro da geladeira (2/3 de água e 1/3 de Bacalhau). 3. Dessalgue o bacalhau dentro da geladeira, pois assim ele irá ficar tenro e consistente. Com água gelada o bacalhau não exalará cheiro algum, e se dessalgado fora da geladeira, o bacalhau irá exalar forte cheiro, podendo até estragar, principalmente em dias mais quentes. A água deve ser trocada freqüentemente (ver próximo item).
  • 25. 25 4. O tempo médio para dessalgue e a freqüência da troca da água dependem da altura das postas (ou lombos) do bacalhau: Postas Normais: 24 Horas Postas Grossas: 40 Horas Postas Muito Grossas: 48 Horas Bacalhau Desfiado: 6 Horas
  • 26. 26 Como conservar o bacalhau em sua casa: Para conservar as características do bacalhau, é recomendado que o mesmo seja dessalgado imediatamente após a compra. Deve-se observar as orientações sobre forma de conservação constantes da embalagem, mantendo-se atento ao prazo de validade. Para congelar o bacalhau seco salgado, primeiramente é necessário dessalgá-lo. Logo após, enxugue o bacalhau com papel absorvente, apertando-o levemente para secar um pouco. Pincele com um bom azeite toda a superfície, para impedir o ressecamento provocado pelo gelo. Guarde no freezer em um vasilhame bem fechado.
  • 27. 27 Dicas de Preparo 1. Para saber a quantidade de bacalhau numa refeição, calcule entre 150g e 250g por pessoa. 2. O melhor momento para retirar a pele do bacalhau é quando ele ainda está salgado e seco: levante a pele em uma das extremidades e retire-a com puxadas firmes. Depois do cozimento, também é pos- sível retirar a pele. Para retirar as espinhas, sugere-se enquanto se desfia o bacalhau, ainda salgado e seco, ou depois do cozimento. 3. O bacalhau não deve ser fervido, a não ser que a receita ou o pre- paro indiquem. A fervura prejudica o paladar e resseca o peixe. Deve ser sempre preparado em água a ferver, ou seja, em fogo brando, sem borbulhar. Você pode reservar o caldo do bacalhau (a água do cozimento) para cozinhar as batatas ou o arroz. 4. Em receitas de bacalhau ao forno ou bacalhau na brasa, faça um pré-cozimento no bacalhau, colocando-o em um tabuleiro imerso em água em fogo brando, sem ferver, durante 10 minutos. 5. Se quiser apurar o paladar do bacalhau, de acordo com a receita, deixe-o temperado com azeite e ervas (p.ex. coentro ou salsa) ou submerso no leite durante pelo menos 2 horas antes do preparo. 6. A qualidade da refeição com bacalhau também depende da qua- lidade dos complementos, como o o azeite de oliva, as batatas e as azeitonas.
  • 28. 28 CONTATOS Mais esclarecimentos podem ser obtidos junto ao Comitê Jurídico da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados. nfrederes.secretaria@abrasnet.com.br Janeiro 2007
  • 29. 29
  • 30. Ministério Ministério da Agricultura, da Saúde Pecuária e Abastecimento