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Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães
Alunas: Lina Oliveira e Ysadora Ferraz
Professora: Cristina Piloto
Série: 2º ano E
Data: 04/05/15
Livro: O navio negreiro de Castro Alves
3ª Geração Romântica ou Geração Condoeira
A história da escravidão no Brasil que
começou com a chegada dos
portugueses ainda prevalece, mesmo
que em situações diferentes.
Os negros trazidos da África pelos
portugueses na mais precária situação,
de forma extremamente desumana,
hoje, após séculos de liberdade ainda
passa por situações de constrangimento,
humilhação e preconceito.
Em se tratando de escravidão o tema
ainda é polêmico se for levado em conta
questões como precariedade no
ambiente de trabalho, trabalho infantil,
vícios e outras situações.
Ainda hoje muitos empregadores são
denunciados por manter trabalhadores
em condição de escravo, anunciando a
escravidão como um fato ainda presente
no país.
A realidade da escravidão no Brasil hoje
O livro Navio Negreiro narra a condição
do negro como escravo trazidos de navios,
em condições precárias, vindo da África
para o Brasil.
Nos poemas o eu – lírico narra seu
cântico com as cenas horrorosas que via de
homens, mulheres e crianças negras
dançando de acordo com o que
determinava o chicote do capitão.
O eu - lírico assim descrevia mais
detalhadamente as pessoas daquela triste
cena: mulheres nuas de seios suspensos
com ar de espanto; crianças magrinhas que
imploravam por comida; homens e velhos
doloridos atendendo o que ordenava o
chicote de seu senhor; e os marinheiros,
que eram capazes de estar em meio à risos
enquanto estendiam aquela cruel evento.
O tráfico de escravos no passado
IV
Negras mulheres, suspendendo às
tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a
manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos
nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
V
Senhor Deus dos
desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor
Deus!
Se é loucura... se é
verdade
Tanto horror perante os
céus?!
Ó mar, por que não
apagas
Co'a esponja de tuas
vagas
De teu manto este
borrão?...
Astros! noites!
tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
VI
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea
plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
Curiosidades
O Navio Negreiro é um dos poemas mais significativos do romantismo brasileiro.
Enquanto outros poetas como Gonçalves Dias, tomam o índio como herói, Castro Alves
tomou o negro, nada estético, tido como de casta inferior na sociedade, sem nenhum
valor mítico.
A temática social abordada por Castro Alves, explicitada na denúncia dos horrores da
escravidão e na luta pela sua abolição, difere por completo dos tópicos recorrentes na
fase do Ultra-Romantismo ou "Mal do Século", representados por poemas que
abordam, num universo de pessimismo e angústia, os seguintes aspectos:
individualismo, solidão, melancolia, frustração e morte.
Um dos mais conhecidos poemas da literatura brasileira, O Navio Negreiro – Tragédia
no Mar foi concluído pelo poeta em São Paulo, em 1868. Quase vinte anos depois,
portanto, da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos,
de 4 de setembro de 1850. A proibição, no entanto, não vingou de todo, o que levou
Castro Alves a se empenhar na denúncia da miséria a que eram submetidos os africanos
na cruel travessia oceânica. É preciso lembrar que, em média, menos da metade dos
escravos embarcados nos navios negreiros completavam a viagem com vida.
Curiosidades
Terceira geração romântica: condoeira
A terceira geração romântica é caracterizada pela poesia libertária
influenciada, principalmente, pela obra político-social do escritor e poeta
francês Victor Hugo, que originou a expressão "geração hugoana". Além disso,
a ave símbolo da geração é o condor, ave que habita o alto das cordilheiras dos
Andes, e que representa a liberdade daí o nome da geração ser condoeira. A
poesia dessa geração é combativa e prima pela denúncia das condições dos
escravos, decorrência do sistema econômico brasileiro, baseado no trabalho
escravo. Os poetas dessa geração também clamam por uma poesia social em
que a humanidade trabalhe por igualdade, justiça e liberdade.
Seus principais autores são Castro Alves e Sousândrade.
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O navio negreiro

  • 1.
  • 2. Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães Alunas: Lina Oliveira e Ysadora Ferraz Professora: Cristina Piloto Série: 2º ano E Data: 04/05/15 Livro: O navio negreiro de Castro Alves 3ª Geração Romântica ou Geração Condoeira
  • 3. A história da escravidão no Brasil que começou com a chegada dos portugueses ainda prevalece, mesmo que em situações diferentes. Os negros trazidos da África pelos portugueses na mais precária situação, de forma extremamente desumana, hoje, após séculos de liberdade ainda passa por situações de constrangimento, humilhação e preconceito. Em se tratando de escravidão o tema ainda é polêmico se for levado em conta questões como precariedade no ambiente de trabalho, trabalho infantil, vícios e outras situações. Ainda hoje muitos empregadores são denunciados por manter trabalhadores em condição de escravo, anunciando a escravidão como um fato ainda presente no país. A realidade da escravidão no Brasil hoje O livro Navio Negreiro narra a condição do negro como escravo trazidos de navios, em condições precárias, vindo da África para o Brasil. Nos poemas o eu – lírico narra seu cântico com as cenas horrorosas que via de homens, mulheres e crianças negras dançando de acordo com o que determinava o chicote do capitão. O eu - lírico assim descrevia mais detalhadamente as pessoas daquela triste cena: mulheres nuas de seios suspensos com ar de espanto; crianças magrinhas que imploravam por comida; homens e velhos doloridos atendendo o que ordenava o chicote de seu senhor; e os marinheiros, que eram capazes de estar em meio à risos enquanto estendiam aquela cruel evento. O tráfico de escravos no passado
  • 4. IV Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs! E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais ... Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais... Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri! No entanto o capitão manda a manobra, E após fitando o céu que se desdobra, Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..." V Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus?! Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! VI Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu nas vagas, Como um íris no pélago profundo! Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares!
  • 5. Curiosidades O Navio Negreiro é um dos poemas mais significativos do romantismo brasileiro. Enquanto outros poetas como Gonçalves Dias, tomam o índio como herói, Castro Alves tomou o negro, nada estético, tido como de casta inferior na sociedade, sem nenhum valor mítico. A temática social abordada por Castro Alves, explicitada na denúncia dos horrores da escravidão e na luta pela sua abolição, difere por completo dos tópicos recorrentes na fase do Ultra-Romantismo ou "Mal do Século", representados por poemas que abordam, num universo de pessimismo e angústia, os seguintes aspectos: individualismo, solidão, melancolia, frustração e morte. Um dos mais conhecidos poemas da literatura brasileira, O Navio Negreiro – Tragédia no Mar foi concluído pelo poeta em São Paulo, em 1868. Quase vinte anos depois, portanto, da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos, de 4 de setembro de 1850. A proibição, no entanto, não vingou de todo, o que levou Castro Alves a se empenhar na denúncia da miséria a que eram submetidos os africanos na cruel travessia oceânica. É preciso lembrar que, em média, menos da metade dos escravos embarcados nos navios negreiros completavam a viagem com vida.
  • 6. Curiosidades Terceira geração romântica: condoeira A terceira geração romântica é caracterizada pela poesia libertária influenciada, principalmente, pela obra político-social do escritor e poeta francês Victor Hugo, que originou a expressão "geração hugoana". Além disso, a ave símbolo da geração é o condor, ave que habita o alto das cordilheiras dos Andes, e que representa a liberdade daí o nome da geração ser condoeira. A poesia dessa geração é combativa e prima pela denúncia das condições dos escravos, decorrência do sistema econômico brasileiro, baseado no trabalho escravo. Os poetas dessa geração também clamam por uma poesia social em que a humanidade trabalhe por igualdade, justiça e liberdade. Seus principais autores são Castro Alves e Sousândrade.