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Modernismo em Portugal
Primeira Geração
Geração Orpheu (1915)
-   Período histórico instável
-   Debate sobre o destino de Portugal
-   Vanguardas européias
-   Atualização estética

Principais nomes: Fernando Pessoa; Mario de
  Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Ronald de
  Carvalho
Mário de Sá-Carneiro
          Lisboa, 1890 – Paris, 1916
          -Em Paris troca correspondências
          com Pessoa
          -1914 Liga-se ao grupo que formaria
          Orpheu
          - Profunda crise existencial e
          Financeira
          -1916 se suicida aos 26 anos

          Obra: Poesia: Dispersão (1912);
          Indícios de Oiro (1937); Novelas:
          Princípio (1912); A confissão de Lúcio
          (1914); Céu em fogo (1915); Teatro:
          A amizade (1912); Correspondência:
          Cartas a Fernando Pessoa. (1958-59)
Mário de Sá-Carneiro
          Estilo:
          -Mote central: crise de
          personalidade
          -Inadequação
          -Pessimismo
          -Decadentismo
          -Angustia
          -Crise existencial
Dispersão
Perdi-me dentro de mim       Assim eu choro, da vida,      Álcool dum sono outonal
Porque eu era labirinto,     A morte da minha alma.        Me penetrou vagamente
E hoje, quando me sinto,                                   A difundir-me dormente
É com saudades de mim.       (...)                         Em urna bruma outonal.

Passei pela minha vida       Eu tenho pena de mim,         Perdi a morte e a vida,
Um astro doido a sonhar.     Pobre menino ideal...         E, louco, não enlouqueço...
Na ânsia de ultrapassar,     Que me faltou afinal?         A hora foge vivida,
Nem dei pela minha vida...   Um elo? Um rastro?... Ai de   Eu sigo-a, mas
                             mim!...                       permaneço,...
(...)                                                      ..................................
                          Desceu-me na alma o              Castelos desmantelados,
Regresso dentro de mim    crepúsculo;                      Leões alados sem juba
Mas nada me fala, nada! Eu fui alguém que passou.
Tenho a alma amortalhada, Serei, mas já não me sou;
Sequinha, dentro de mim. Não vivo, durmo o
Não perdi a minha alma,   crepúsculo.
Fiquei com ela, perdida.
Fernando Pessoa

            “Multipliquei-me, para me
            sentir,
            Para me sentir, precisei
            sentir tudo,
            Transbordei-me, não fiz
            senão extravasar-me.”

            (Fernando Pessoa)
Ortônimo
           (“Ele Mesmo”)

Fernando
 Pessoa
           Heterônimos:
           -Alberto Caeiro
           -Ricardo Reis
           -Álvaro de
           Campos
Alberto Caeiro- O mestre bucólico

               “Caeiro era de estatura média, e, embora
               realmente frágil (morreu tuberculoso), não
               parecia tão frágil como era, *…+ Louro sem cor,
               olhos azuis.” (Fernando Pessoa)
Alberto Caeiro- O mestre bucólico
               Caracteristicas:         argumentativo.
               -Simplicidade da vida - Predomínio do
               Campestre                Presente do indicativo
               -Sentir as coisas como – Raro uso de
               de fato são (concreto) metáforas
               -Antifilosofia “pensar é
               estar doente dos
               olhos”
               -Verso livre
               -Linguagem simples e
               familiar
               -Panteísmo naturalista
               - Objetivismo
               - Sensacionismo
               -Antimetafísico
               - Estilo discursivo.
               - Pendor
Ricardo Reis- O filosofo

      “Ricardo Reis é um pouco, mas muito pouco, mais baixo,
      mais forte, mais seco [que Caeiro]. Cara rapada (...) de um
      vago moreno mate.” (Fernando Pessoa)
Ricardo Reis- O filosofo
       -Carpe Diem
       -Não teme a morte (Epicurismo)
       -Razão sobrepõe a emoção
       -Conformismo
       -Alusões a Mitologia
       -Linguagem clássica
       -Uso de imperativo
       -Advérbios
       -Palavras eruditas
       -Influências Clássicas (Ode)
Álvaro de Campos – Poeta do futuro

           Nasceu em Tavira, teve uma educação vulgar de Liceu;
           depois foi mandado para a Germânia estudar
           engenharia, primeiro enfermaria e depois naval.
           Numas férias fez a viagem ao Oriente de onde resultou
           o Opiário. Agora está aqui em Lisboa em inactividade.
           (Fernando Pessoa)
Álvaro de Campos – O poeta do futuro
               - poeta modernista
               - poeta sensacionista
               - cantor das cidades e do cosmopolitanismo
               - cantor da vida marítima em todas as suas
               dimensões
               - cultor das sensações sem limite
               - Veros livres e, em algumas vezes, longos
               - poeta em que o tema do cansaço se torna
               fulcral
               - poeta da condição humana partilhada entre o
               nada da realidade e o tudo dos sonhos
               - observador do quotidiano da cidade através do
               seu desencanto
               - poeta da angústia existencial e da auto-ironia
               -estrangeirismos
Álvaro de Campos- Fases
       Decadentista (Opiário novas sensações;
       somente)                 -Falta de sentido na vida;
       - exprime tédio, enfado, -evasão
       náusea, necessidade de


       Futurista                 -Exalta o progresso
       -Atração quase erótica    técnico a velocidade
       pelas máquinas            -Recusa verdades
       - celebra a civilização   definitivas
       moderna                   -Sensação é tudo



       Pessimista                -Angustia existencial
       -Dor de pensar            -Solidão
       -Conflito entre a         -Nostalgia da infância
       realidade e o poeta
Fernando Pessoa “Ele mesmo”
          Se depois que eu morrer, quiserem
          escrever minha biografia,
          Não há nada mais simples.
          Tem só duas datas – a da minha
          nascença e a da minha morte
          Entre uma e outra todos os dias são
          meus. (Fernando Pessoa)
Fernando Pessoa “Ele mesmo”
          -Valores e tradições      emoção
          portuguesas               - Estados negativos:
          - sentimento              solidão, cepticismo,
          nacionalista              tédio, angústia, cansaço,
          -Identidade perdida       desespero, frustração
          - Consciência do absurdo - Inquietação metafísica,
          da existência             dor de viver
          - Tensão                  - Auto-análise
          sinceridade/fingimento, -Musicalidade
          consciência/inconsciênci -Pontuação emotiva
          a, sonho/realidade        - Versos curtos
          - Oposição sentir/pensar, - Metáforas e diversas
          pensamento/vontade, outras figuras de estilo
          esperança/desilusão
          - Anti - sentimentalismo:
          intelectualização da
Breve o Dia
Breve o dia, breve o ano, breve tudo.
Não tarda nada sermos.
Isto, pensado, me de a mente absorve
Todos mais pensamentos.
O mesmo breve ser da mágoa pesa-me,
Que, inda que mágoa, é vida.
Ode Triunfal                       querer cantar com um excesso e por estes volantes,
                                   De expressão de todas as          Rugindo, rangendo, ciciando,
                                   minhas sensações,                 estrugindo, ferreando,
                                   Com um excesso                    Fazendo-me um acesso de
À dolorosa luz das grandes
                                   contemporâneo de vós, ó           carícias ao corpo numa só carícia
lâmpadas eléctricas da fábrica
                                   máquinas!                         à alma.
Tenho febre e escrevo.
                                   Em febre e olhando os motores Ah, poder exprimir-me todo
Escrevo rangendo os dentes,
                                   como a uma Natureza tropical - como um motor se exprime!
fera para a beleza disto,
                                   Grandes trópicos humanos de Ser completo como uma
Para a beleza disto totalmente
                                   ferro e fogo e força -            máquina!
desconhecida dos antigos. Ó
                                   Canto, e canto o presente, e      Poder ir na vida triunfante como
rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-
                                   também o passado e o futuro, um automóvel último-modelo!
r eterno!
                                   Porque o presente é todo o        Poder ao menos penetrar-me
Forte espasmo retido dos
                                   passado e todo o futuro           fisicamente de tudo isto,
maquinismos em fúria!
                                   E há Platão e Virgílio dentro das Rasgar-me todo, abrir-me
Em fúria fora e dentro de mim,
                                   máquinas e das luzes eléctricas completamente, tornar-me
Por todos os meus nervos
                                   Só porque houve outrora e         passento
dissecados fora,
                                   foram humanos Virgílio e Platão, A todos os perfumes de óleos e
Por todas as papilas fora de tudo
                                   E pedaços do Alexandre Magno calores e carvões
com que eu sinto!
                                   do século talvez cinquenta,       Desta flora estupenda, negra,
Tenho os lábios secos, ó grandes
                                   Átomos que hão-de ir ter febre artificial e insaciável!
ruídos modernos,
                                   para o cérebro do Ésquilo do      (...)
De vos ouvir demasiadamente
                                   século cem,
de perto,
                                   Andam por estas correias de
E arde-me a cabeça de vos
                                   transmissão e por estes êmbolos
MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
O Guardador de Rebanhos                 E as mãos colhem flores sem ela dar
                                        por isso.
        I                               Como um ruído de chocalhos
Eu nunca guardei rebanhos,              Para além da curva da estrada,
Mas é como se os guardasse.             Os meus pensamentos são contentes.
Minha alma é como um pastor,            Só tenho pena de saber que eles são
Conhece o vento e o sol                 contentes,
E anda pela mão das Estações            Porque, se o não soubesse,
A seguir e a olhar.                     Em vez de serem contentes e tristes,
Toda a paz da Natureza sem gente        Seriam alegres e contentes.
Vem sentar-se a meu lado.               Pensar incomoda como andar à chuva
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
É se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
Intervalo: Florbela Espanca
              -Morte de Sá-Carneiro => Fim de Orpheu
              -Tentativa de continuidade em várias
              revistas: Centauro, Portugal Futurista,
              Lusitânia, Athena, etc.

              Florbela:
              -Impulso Erótico na poesia
              -“donjuanismo” feminino
Eu
                                       Sou a que chora sem saber porquê...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte, Sou talvez a visão que Alguém
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte      sonhou,
Sou a crucificada... a dolorida...      Alguém que veio ao mundo pra me
                                        ver,
Sombra de névoa tênue e esvaecida, E que nunca na vida me encontrou!
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre
incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Presencismo X Neorrealismo

-Revista Presença (1927)               -Socialismo
-Literatura Viva                       -Engajamento
- libertação do academicismo           - Antipresencismo
-Introspecção                          -Objetividade
-Evasão                                -Ausência de heróis “pré-
-Individualismo                        fabricados”
-universalismo                         -luta de classes
-Principais nomes: José Régio e João   -Panfletarismo
Gaspar Simões                          -Influencias : Brasil- Jorge
                                       Amado; Raquel de Queiroz, Jose
                                       Lins do Rego; Erico Verissimo.
                                       Estados Unidos: Hemingay;
                                       Caldwell, John de Passos; Sinclair
                                       Lewis

                                       -Nomes: Alves Redol; Ferreira de
                                       Castro e Virgilio Ferreira.
Modernismo em Portugal

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Modernismo em Portugal

  • 3. Geração Orpheu (1915) - Período histórico instável - Debate sobre o destino de Portugal - Vanguardas européias - Atualização estética Principais nomes: Fernando Pessoa; Mario de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Ronald de Carvalho
  • 4. Mário de Sá-Carneiro Lisboa, 1890 – Paris, 1916 -Em Paris troca correspondências com Pessoa -1914 Liga-se ao grupo que formaria Orpheu - Profunda crise existencial e Financeira -1916 se suicida aos 26 anos Obra: Poesia: Dispersão (1912); Indícios de Oiro (1937); Novelas: Princípio (1912); A confissão de Lúcio (1914); Céu em fogo (1915); Teatro: A amizade (1912); Correspondência: Cartas a Fernando Pessoa. (1958-59)
  • 5. Mário de Sá-Carneiro Estilo: -Mote central: crise de personalidade -Inadequação -Pessimismo -Decadentismo -Angustia -Crise existencial
  • 6. Dispersão Perdi-me dentro de mim Assim eu choro, da vida, Álcool dum sono outonal Porque eu era labirinto, A morte da minha alma. Me penetrou vagamente E hoje, quando me sinto, A difundir-me dormente É com saudades de mim. (...) Em urna bruma outonal. Passei pela minha vida Eu tenho pena de mim, Perdi a morte e a vida, Um astro doido a sonhar. Pobre menino ideal... E, louco, não enlouqueço... Na ânsia de ultrapassar, Que me faltou afinal? A hora foge vivida, Nem dei pela minha vida... Um elo? Um rastro?... Ai de Eu sigo-a, mas mim!... permaneço,... (...) .................................. Desceu-me na alma o Castelos desmantelados, Regresso dentro de mim crepúsculo; Leões alados sem juba Mas nada me fala, nada! Eu fui alguém que passou. Tenho a alma amortalhada, Serei, mas já não me sou; Sequinha, dentro de mim. Não vivo, durmo o Não perdi a minha alma, crepúsculo. Fiquei com ela, perdida.
  • 7. Fernando Pessoa “Multipliquei-me, para me sentir, Para me sentir, precisei sentir tudo, Transbordei-me, não fiz senão extravasar-me.” (Fernando Pessoa)
  • 8. Ortônimo (“Ele Mesmo”) Fernando Pessoa Heterônimos: -Alberto Caeiro -Ricardo Reis -Álvaro de Campos
  • 9. Alberto Caeiro- O mestre bucólico “Caeiro era de estatura média, e, embora realmente frágil (morreu tuberculoso), não parecia tão frágil como era, *…+ Louro sem cor, olhos azuis.” (Fernando Pessoa)
  • 10. Alberto Caeiro- O mestre bucólico Caracteristicas: argumentativo. -Simplicidade da vida - Predomínio do Campestre Presente do indicativo -Sentir as coisas como – Raro uso de de fato são (concreto) metáforas -Antifilosofia “pensar é estar doente dos olhos” -Verso livre -Linguagem simples e familiar -Panteísmo naturalista - Objetivismo - Sensacionismo -Antimetafísico - Estilo discursivo. - Pendor
  • 11. Ricardo Reis- O filosofo “Ricardo Reis é um pouco, mas muito pouco, mais baixo, mais forte, mais seco [que Caeiro]. Cara rapada (...) de um vago moreno mate.” (Fernando Pessoa)
  • 12. Ricardo Reis- O filosofo -Carpe Diem -Não teme a morte (Epicurismo) -Razão sobrepõe a emoção -Conformismo -Alusões a Mitologia -Linguagem clássica -Uso de imperativo -Advérbios -Palavras eruditas -Influências Clássicas (Ode)
  • 13. Álvaro de Campos – Poeta do futuro Nasceu em Tavira, teve uma educação vulgar de Liceu; depois foi mandado para a Germânia estudar engenharia, primeiro enfermaria e depois naval. Numas férias fez a viagem ao Oriente de onde resultou o Opiário. Agora está aqui em Lisboa em inactividade. (Fernando Pessoa)
  • 14. Álvaro de Campos – O poeta do futuro - poeta modernista - poeta sensacionista - cantor das cidades e do cosmopolitanismo - cantor da vida marítima em todas as suas dimensões - cultor das sensações sem limite - Veros livres e, em algumas vezes, longos - poeta em que o tema do cansaço se torna fulcral - poeta da condição humana partilhada entre o nada da realidade e o tudo dos sonhos - observador do quotidiano da cidade através do seu desencanto - poeta da angústia existencial e da auto-ironia -estrangeirismos
  • 15. Álvaro de Campos- Fases Decadentista (Opiário novas sensações; somente) -Falta de sentido na vida; - exprime tédio, enfado, -evasão náusea, necessidade de Futurista -Exalta o progresso -Atração quase erótica técnico a velocidade pelas máquinas -Recusa verdades - celebra a civilização definitivas moderna -Sensação é tudo Pessimista -Angustia existencial -Dor de pensar -Solidão -Conflito entre a -Nostalgia da infância realidade e o poeta
  • 16. Fernando Pessoa “Ele mesmo” Se depois que eu morrer, quiserem escrever minha biografia, Não há nada mais simples. Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte Entre uma e outra todos os dias são meus. (Fernando Pessoa)
  • 17. Fernando Pessoa “Ele mesmo” -Valores e tradições emoção portuguesas - Estados negativos: - sentimento solidão, cepticismo, nacionalista tédio, angústia, cansaço, -Identidade perdida desespero, frustração - Consciência do absurdo - Inquietação metafísica, da existência dor de viver - Tensão - Auto-análise sinceridade/fingimento, -Musicalidade consciência/inconsciênci -Pontuação emotiva a, sonho/realidade - Versos curtos - Oposição sentir/pensar, - Metáforas e diversas pensamento/vontade, outras figuras de estilo esperança/desilusão - Anti - sentimentalismo: intelectualização da
  • 18. Breve o Dia Breve o dia, breve o ano, breve tudo. Não tarda nada sermos. Isto, pensado, me de a mente absorve Todos mais pensamentos. O mesmo breve ser da mágoa pesa-me, Que, inda que mágoa, é vida.
  • 19. Ode Triunfal querer cantar com um excesso e por estes volantes, De expressão de todas as Rugindo, rangendo, ciciando, minhas sensações, estrugindo, ferreando, Com um excesso Fazendo-me um acesso de À dolorosa luz das grandes contemporâneo de vós, ó carícias ao corpo numa só carícia lâmpadas eléctricas da fábrica máquinas! à alma. Tenho febre e escrevo. Em febre e olhando os motores Ah, poder exprimir-me todo Escrevo rangendo os dentes, como a uma Natureza tropical - como um motor se exprime! fera para a beleza disto, Grandes trópicos humanos de Ser completo como uma Para a beleza disto totalmente ferro e fogo e força - máquina! desconhecida dos antigos. Ó Canto, e canto o presente, e Poder ir na vida triunfante como rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r- também o passado e o futuro, um automóvel último-modelo! r eterno! Porque o presente é todo o Poder ao menos penetrar-me Forte espasmo retido dos passado e todo o futuro fisicamente de tudo isto, maquinismos em fúria! E há Platão e Virgílio dentro das Rasgar-me todo, abrir-me Em fúria fora e dentro de mim, máquinas e das luzes eléctricas completamente, tornar-me Por todos os meus nervos Só porque houve outrora e passento dissecados fora, foram humanos Virgílio e Platão, A todos os perfumes de óleos e Por todas as papilas fora de tudo E pedaços do Alexandre Magno calores e carvões com que eu sinto! do século talvez cinquenta, Desta flora estupenda, negra, Tenho os lábios secos, ó grandes Átomos que hão-de ir ter febre artificial e insaciável! ruídos modernos, para o cérebro do Ésquilo do (...) De vos ouvir demasiadamente século cem, de perto, Andam por estas correias de E arde-me a cabeça de vos transmissão e por estes êmbolos
  • 20. MAR PORTUGUÊS Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quere passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.
  • 21. O Guardador de Rebanhos E as mãos colhem flores sem ela dar por isso. I Como um ruído de chocalhos Eu nunca guardei rebanhos, Para além da curva da estrada, Mas é como se os guardasse. Os meus pensamentos são contentes. Minha alma é como um pastor, Só tenho pena de saber que eles são Conhece o vento e o sol contentes, E anda pela mão das Estações Porque, se o não soubesse, A seguir e a olhar. Em vez de serem contentes e tristes, Toda a paz da Natureza sem gente Seriam alegres e contentes. Vem sentar-se a meu lado. Pensar incomoda como andar à chuva Mas eu fico triste como um pôr do Sol Para a nossa imaginação, Quando esfria no fundo da planície É se sente a noite entrada Como uma borboleta pela janela. Mas a minha tristeza é sossego Porque é natural e justa E é o que deve estar na alma Quando já pensa que existe
  • 22. Intervalo: Florbela Espanca -Morte de Sá-Carneiro => Fim de Orpheu -Tentativa de continuidade em várias revistas: Centauro, Portugal Futurista, Lusitânia, Athena, etc. Florbela: -Impulso Erótico na poesia -“donjuanismo” feminino
  • 23. Eu Sou a que chora sem saber porquê... Eu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida não tem norte, Sou talvez a visão que Alguém Sou a irmã do Sonho, e desta sorte sonhou, Sou a crucificada... a dolorida... Alguém que veio ao mundo pra me ver, Sombra de névoa tênue e esvaecida, E que nunca na vida me encontrou! E que o destino amargo, triste e forte, Impele brutalmente para a morte! Alma de luto sempre incompreendida!... Sou aquela que passa e ninguém vê... Sou a que chamam triste sem o ser...
  • 24. Presencismo X Neorrealismo -Revista Presença (1927) -Socialismo -Literatura Viva -Engajamento - libertação do academicismo - Antipresencismo -Introspecção -Objetividade -Evasão -Ausência de heróis “pré- -Individualismo fabricados” -universalismo -luta de classes -Principais nomes: José Régio e João -Panfletarismo Gaspar Simões -Influencias : Brasil- Jorge Amado; Raquel de Queiroz, Jose Lins do Rego; Erico Verissimo. Estados Unidos: Hemingay; Caldwell, John de Passos; Sinclair Lewis -Nomes: Alves Redol; Ferreira de Castro e Virgilio Ferreira.