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Romantismo
Professor JOSÉ RICARDO LIMA
www.literaturaeshow.com.br
Romantismo: Contexto Histórico
ANTECEDENTES:
Revolução Industrial (+-1750);
Revolução Francesa (1789);
 Outras revoluções burguesas (1770 a 1848).
Romantismo: Contexto Histórico

Máquina de fiar hidráulica Richard Arkwrigt, 1768
Romantismo: Contexto Histórico

Desenho que representa a
Rev. Industrial na Inglaterra.
Romantismo: Contexto Histórico

Cena do filme Tempos modernos, de Charlie Chaplin (1936).
Romantismo: Contexto Histórico
A

Revolução Industrial provocou intensa
urbaniza-ção, crescimento demográfico e
proletarização dos artesãos.
As condições de vida e trabalho da classe
trabalha-dora eram desumanas.



A população mostrava-se cada vez mais
A população mostrava-se cada vez mais
insatisfeita e "egoísta".
insatisfeita e "egoísta".
Romantismo: Contexto Histórico

LIBERDADE

IGUALDADE

FRATERNIDADE
Romantismo: Contexto Histórico
Obra inspirada nos
acontecimentos do
ano em que foi feita: o rei Carlos X
tentou trazer de
volta o Absolutismo. O pintor retratou a reação violenta e imediata da
burguesia.
Liberdade guiando oo povo (1830), Eugéne Delacroix,
Liberdade guiando
povo (1830), Eugéne Delacroix,
Louvre.
Louvre.
Romantismo: Contexto Histórico
(CLASSES SOCIAIS FRANCESAS DO SÉC. XVIII)

CLERO

3º ESTADO

NOBREZA

1º ESTADO

2º ESTADO

BURGUESIA
ARTESÃOS
CAMPONESES
COMERCIANTES
Romantismo: Contexto Histórico
PONTOS IMPORTANTES
O Romantismo se alia às teorias de Jean-Jaques

Rousseau;
 A Literatura e a disseminação dos valores
burgueses;
 O fim do mecenatismo e a Literatura como arte
de mercado;
 O conflito do gênio.
Romantismo: Contexto Histórico
Para aumentar a venda

dos jornais franceses, que
enfrentavam uma crise
por volta de 1830, surgiu
uma nova forma de
narrativa: o folhetim.
folhetim
Romantismo: Contexto Histórico
Publicado

no rodapé
(feuilleton, em francês)
dos jornais, as narrativas
apresentavam muitas peripécias e aventuras, das
quais participavam um
grande número de personagens.
Romantismo: Contexto Histórico
A ascensão da burguesia, em decorrência das revoluções, contribuiu para que surgisse no:
Nível Jurídico - Político

Liberalismo
Político

Nível Econômico

Liberalismo
Econômico

Nível ideológico
A jangada de Medusa (1818–1819 )),Théodore Géricault. Museu do Louvre, Paris
A jangada de Medusa ((1818–1819 , Théodore Géricault. Museu do Louvre, Paris
(
Romantismo: Contexto Histórico
O quadro A Jangada da Medusa, pintado pelo francês Théodore
Géricault entre 1818 e 1819, é um típico representante do
Romantismo. Faz referência a um dos momentos mais dramáticos da
história da marinha de seu país: em 26 de junho de 1816, a fragata
Medusa, que levava soldados e colonos para o Senegal (então colônia
da França), naufragou por incompetência de seu capitão, um
aristocrata que havia chegado ao seu posto graças a influências
políticas e que se salvou num dos poucos botes salva-vidas,
abandonando 149 homens e 1 mulher, por ele considerados
inferiores socialmente. Os passageiros desprezados construíram então
uma jangada, em que ficaram à deriva por 13 dias, nos quais ocorreu
toda sorte de tragédia, até canibalismo. O instante representado por
Géricault é o clímax do episódio, em que os náufragos avistam o
navio Argus, que os resgatou.
Romantismo: Contexto Histórico

Navio Costa Concordia que naufragou na Isola del Giglio, costa
Navio Costa Concordia que naufragou na Isola del Giglio, costa
italiana, em 13/01/2012.
italiana, em 13/01/2012.
Romantismo: Características centrais
A idealização:

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que
tinha os cabelos mais negros que a asa
da graúna e mais longos que seu talhe
de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu
sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado.
José de Alencar
José de Alencar
Romantismo: Características centrais
O predomínio da emoção, do sentimento:

o SUBJETIVISMO:
Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento

Álvares de Azevedo
Álvares de Azevedo
Romantismo: Características centrais
Recuperação da cultura

medieval, no Romantismo
europeu:
Ao som (...) das trombetas que
anunciavam o renovar do combate, o
cavaleiro negro não tardara a
aparecer onde mais acesa andava a
briga.
Alexandre Herculano
Alexandre Herculano
Romantismo: Características centrais
Exaltação da nacionalida-

de, do passado histórico,
com a idealização do povo,
dos heróis nacionais, da
paisagem física:
Ubirajara é o grande chefe da nação
araguaia; (...); a seu gesto curva-se a
fronte dos guerreiros; à sua vontade
obedecem as tabas.

José de Alencar
José de Alencar
Romantismo: Características centrais
Religiosidade, de prefe-

rência aquela derivada do
cristianismo, ou ligada ao
passado.
És tu só meu Deus, meu tudo,
És tu só meu puro amar,
És tu só que o pranto podes
Dos meus olhos enxugar.
Gonçalves Dias
Gonçalves Dias
Romantismo: Características centrais
Saudade e supervaloriza-

ção da infância:
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida,
Que os anos não trazem mais!
Casimiro de Abreu
Casimiro de Abreu
Romantismo: Características centrais
Supervalorização do ho-

mem em estado selvagem:
Mais rápida que a ema selvagem, a
morena virgem corria o sertão e as
matas do Ipu, onde campeava sua
guerreira tribo da grande nação
tabajara.
José de Alencar
José de Alencar
Romantismo: Características centrais
 ENTENDA O PROCESSO DE EVASÃO:

O homem romântico se mostra insatisfeito com o
seu presente e não tem boas perspectivas de futuro
 Tenta resolver seus dilemas pessoais e sociais
 Não consegue  Foge.
Romantismo: Características centrais
 ENTENDA O PROCESSO DE EVASÃO:
PASSADO HISTÓRICO

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INFÂNCIA PESSOAL

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PROVISIÓRI
A

ÁLCOOL, ÓPIO
LUGARES EXÓTICOS

ESPACIAL
MORTE
Três países, três correntes românticas
ALEMANHA: a alma do povo
STURM UND DRANG: ("Tempestade e
impetuosidade") movimento literário surgido por
volta de 1770 que se estendeu a outros setores da
cultura, marcado por um anti-colonialismo francês
da cultura alemã. Não queriam os participantes a
doçura e o lirismo na poesia, mas que ela fosse mais
vigorosa, mais selvagem, primitiva e espontânea,
tivesse impacto emocional imediato e poderoso.
ALEMANHA: a alma do povo
Seus seguidores voltaram-se
para a poesia da Bíblia, de
Homero, do folclore nacional, deixando de lado o
preciosismo da métrica da
elaborada poesia francesa.
Os sofrimentos do jovem Werther
Os sofrimentos do jovem Werther
(Goethe)
(Goethe)
INGLATERRA: exagero e exotismo
Os autores ingleses escreveram longos poemas sobre países desconhecidos e exóticos e
exploraram a mitologia celta e as tradições
irlandesas e escocesas. Quanto mais pitoresco e singular fosse o tema, melhor. A onda
nostálgica desencadeada pelos romances
históricos promoveu o resgate do gótico medieval, que, associado à melancolia romântica, acentuou a expressão de sentimentos e
emoções.
INGLATERRA: exagero e exotismo
O interesse dos escritores ingleses pela morte,
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ruínas, ficou evidente
em uma série de
romances que exploraram temas sobrenaturais.
Frankstein (Mary Shelley)
Frankstein (Mary Shelley)
FRANÇA: consciência social
De todos os países onde o movimento
romântico se manifestou inicialmente, era
natural que na França ele assumisse uma
feição mais voltada para as questões sociais,
já que esse país havia sido o berço da
Revolução que tinha como lema “liberdade,
igualdade e fraternidade”.
FRANÇA: consciência social
Victor Hugo (1802-1885 é
o grande nome do Romantismo francês encarregado de criar cenários
literários para tematizar
as grandes questões sociais do momento.

Os miseráveis (Victor Hugo)
Os miseráveis (Victor Hugo)
Cena do filme A Bela e a Fera, (Walt DisCena do filme A Bela e a Fera, (Walt DisNey Pictures, EUA, 1991).
Ney Pictures, EUA, 1991).

A Bela, a Fera e o Romantismo
A Bela, a Fera e o Romantismo
... o período romântico cria ou procura revelar
a consciência do discorde no homem e no
próprio universo, justamente o contrário do
Classicismo, que se afaina em captar a
harmonia universal. Por isso, a obra de arte que
a exprime, o drama, deve unir luz e sombra,
corpo e alma, o animalesco e o espiritual, A
Bela e a Fera, plasmando-os com as formas do
grotesco e do sublime, pois “A poesia
verdadeira, a poesia completa está na harmonia
dos contrários”.
A Bela, a Fera e o Romantismo
SUBLIME: Bonito

GROTESCO: Feio

O conceito grego de “belo” que perdurou por
tantos anos na arte de orientação clássica, é
abandonado pelos românticos, que defenderam
a união do grotesco e do sublime. Assim, apesar
de sua tendência idealizante, o Romantismo
procura captar o homem em sua plenitude,
enfocando também o lado feio e obscuro de
cada ser humano...
A Bela, a Fera e o Romantismo
Em francês "La Belle et la Bête", a primeira
versão do conto foi publicado por GabrielleSuzanne Barbot, Dama de Villeneuve em La
Jeune Ameriquaine et les Contes Marins, em 1740.
 Nacionalismo;
 Mal-do-século;
 Supervalorização do amor;
 Ilogismo: negação da lógica;
 Idealização da mulher;
 Liberdade de criação;
 O predomínio da metáfora;
 Aceitação do mistério;
 Ruptura com a disciplina clássica.
REBELDIA

ORIGINALIDADE

O EU:
O INDIVIDUALISMO
E O SUBJETIVISMO

EXALTAÇÃO DO
SENTIMENTO

EVASÃO DO
MUNDO
POLÍTICA:
LIBERALISMO

SOCIAL:
INCONFORMISMO

REBELDIA

O EU:
O INDIVIDUALISMO
E O SUBJETIVISMO

ARTÍSTICA:
REPÚDIO ÀS REGRAS
MUNDO DE SONHOS VAGOS,
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O EU:
O INDIVIDUALISMO
E O SUBJETIVISMO

EVASÃO DO
MUNDO

LUGARES
SOLITÁRIOS,
PRIMITIVOS

ALHEAMENTO NO
TEMPO E NO
ESPAÇO

MORTE
O EU:
O INDIVIDUALISMO
E O SUBJETIVISMO

EXALTAÇÃO DO
SENTIMENTO

NOVOS
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INSATISFAÇÃO

O FANTÁSTICO
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VIOLENTO
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MELANCOLIA
NOSTALGIA

ARREBATAMENTO
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COR
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EXOTISMO
ORIGINALIDADE
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O INDIVIDUALISMO
E O SUBJETIVISMO
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  • 1. Romantismo Professor JOSÉ RICARDO LIMA www.literaturaeshow.com.br
  • 2. Romantismo: Contexto Histórico ANTECEDENTES: Revolução Industrial (+-1750); Revolução Francesa (1789);  Outras revoluções burguesas (1770 a 1848).
  • 3. Romantismo: Contexto Histórico Máquina de fiar hidráulica Richard Arkwrigt, 1768
  • 4. Romantismo: Contexto Histórico Desenho que representa a Rev. Industrial na Inglaterra.
  • 5. Romantismo: Contexto Histórico Cena do filme Tempos modernos, de Charlie Chaplin (1936).
  • 6. Romantismo: Contexto Histórico A Revolução Industrial provocou intensa urbaniza-ção, crescimento demográfico e proletarização dos artesãos. As condições de vida e trabalho da classe trabalha-dora eram desumanas.  A população mostrava-se cada vez mais A população mostrava-se cada vez mais insatisfeita e "egoísta". insatisfeita e "egoísta".
  • 8. Romantismo: Contexto Histórico Obra inspirada nos acontecimentos do ano em que foi feita: o rei Carlos X tentou trazer de volta o Absolutismo. O pintor retratou a reação violenta e imediata da burguesia. Liberdade guiando oo povo (1830), Eugéne Delacroix, Liberdade guiando povo (1830), Eugéne Delacroix, Louvre. Louvre.
  • 9. Romantismo: Contexto Histórico (CLASSES SOCIAIS FRANCESAS DO SÉC. XVIII) CLERO 3º ESTADO NOBREZA 1º ESTADO 2º ESTADO BURGUESIA ARTESÃOS CAMPONESES COMERCIANTES
  • 10. Romantismo: Contexto Histórico PONTOS IMPORTANTES O Romantismo se alia às teorias de Jean-Jaques Rousseau;  A Literatura e a disseminação dos valores burgueses;  O fim do mecenatismo e a Literatura como arte de mercado;  O conflito do gênio.
  • 11. Romantismo: Contexto Histórico Para aumentar a venda dos jornais franceses, que enfrentavam uma crise por volta de 1830, surgiu uma nova forma de narrativa: o folhetim. folhetim
  • 12. Romantismo: Contexto Histórico Publicado no rodapé (feuilleton, em francês) dos jornais, as narrativas apresentavam muitas peripécias e aventuras, das quais participavam um grande número de personagens.
  • 13. Romantismo: Contexto Histórico A ascensão da burguesia, em decorrência das revoluções, contribuiu para que surgisse no: Nível Jurídico - Político Liberalismo Político Nível Econômico Liberalismo Econômico Nível ideológico
  • 14. A jangada de Medusa (1818–1819 )),Théodore Géricault. Museu do Louvre, Paris A jangada de Medusa ((1818–1819 , Théodore Géricault. Museu do Louvre, Paris (
  • 15. Romantismo: Contexto Histórico O quadro A Jangada da Medusa, pintado pelo francês Théodore Géricault entre 1818 e 1819, é um típico representante do Romantismo. Faz referência a um dos momentos mais dramáticos da história da marinha de seu país: em 26 de junho de 1816, a fragata Medusa, que levava soldados e colonos para o Senegal (então colônia da França), naufragou por incompetência de seu capitão, um aristocrata que havia chegado ao seu posto graças a influências políticas e que se salvou num dos poucos botes salva-vidas, abandonando 149 homens e 1 mulher, por ele considerados inferiores socialmente. Os passageiros desprezados construíram então uma jangada, em que ficaram à deriva por 13 dias, nos quais ocorreu toda sorte de tragédia, até canibalismo. O instante representado por Géricault é o clímax do episódio, em que os náufragos avistam o navio Argus, que os resgatou.
  • 16. Romantismo: Contexto Histórico Navio Costa Concordia que naufragou na Isola del Giglio, costa Navio Costa Concordia que naufragou na Isola del Giglio, costa italiana, em 13/01/2012. italiana, em 13/01/2012.
  • 17. Romantismo: Características centrais A idealização: Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. José de Alencar José de Alencar
  • 18. Romantismo: Características centrais O predomínio da emoção, do sentimento: o SUBJETIVISMO: Quando em meu peito rebentar-se a fibra Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento Álvares de Azevedo Álvares de Azevedo
  • 19. Romantismo: Características centrais Recuperação da cultura medieval, no Romantismo europeu: Ao som (...) das trombetas que anunciavam o renovar do combate, o cavaleiro negro não tardara a aparecer onde mais acesa andava a briga. Alexandre Herculano Alexandre Herculano
  • 20. Romantismo: Características centrais Exaltação da nacionalida- de, do passado histórico, com a idealização do povo, dos heróis nacionais, da paisagem física: Ubirajara é o grande chefe da nação araguaia; (...); a seu gesto curva-se a fronte dos guerreiros; à sua vontade obedecem as tabas. José de Alencar José de Alencar
  • 21. Romantismo: Características centrais Religiosidade, de prefe- rência aquela derivada do cristianismo, ou ligada ao passado. És tu só meu Deus, meu tudo, És tu só meu puro amar, És tu só que o pranto podes Dos meus olhos enxugar. Gonçalves Dias Gonçalves Dias
  • 22. Romantismo: Características centrais Saudade e supervaloriza- ção da infância: Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida, Que os anos não trazem mais! Casimiro de Abreu Casimiro de Abreu
  • 23. Romantismo: Características centrais Supervalorização do ho- mem em estado selvagem: Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara. José de Alencar José de Alencar
  • 24. Romantismo: Características centrais  ENTENDA O PROCESSO DE EVASÃO: O homem romântico se mostra insatisfeito com o seu presente e não tem boas perspectivas de futuro  Tenta resolver seus dilemas pessoais e sociais  Não consegue  Foge.
  • 25. Romantismo: Características centrais  ENTENDA O PROCESSO DE EVASÃO: PASSADO HISTÓRICO TEMPORAL INFÂNCIA PESSOAL FUGA PROVISIÓRI A ÁLCOOL, ÓPIO LUGARES EXÓTICOS ESPACIAL MORTE
  • 26. Três países, três correntes românticas
  • 27. ALEMANHA: a alma do povo STURM UND DRANG: ("Tempestade e impetuosidade") movimento literário surgido por volta de 1770 que se estendeu a outros setores da cultura, marcado por um anti-colonialismo francês da cultura alemã. Não queriam os participantes a doçura e o lirismo na poesia, mas que ela fosse mais vigorosa, mais selvagem, primitiva e espontânea, tivesse impacto emocional imediato e poderoso.
  • 28. ALEMANHA: a alma do povo Seus seguidores voltaram-se para a poesia da Bíblia, de Homero, do folclore nacional, deixando de lado o preciosismo da métrica da elaborada poesia francesa. Os sofrimentos do jovem Werther Os sofrimentos do jovem Werther (Goethe) (Goethe)
  • 29. INGLATERRA: exagero e exotismo Os autores ingleses escreveram longos poemas sobre países desconhecidos e exóticos e exploraram a mitologia celta e as tradições irlandesas e escocesas. Quanto mais pitoresco e singular fosse o tema, melhor. A onda nostálgica desencadeada pelos romances históricos promoveu o resgate do gótico medieval, que, associado à melancolia romântica, acentuou a expressão de sentimentos e emoções.
  • 30. INGLATERRA: exagero e exotismo O interesse dos escritores ingleses pela morte, pelos cemitérios, pelas ruínas, ficou evidente em uma série de romances que exploraram temas sobrenaturais. Frankstein (Mary Shelley) Frankstein (Mary Shelley)
  • 31. FRANÇA: consciência social De todos os países onde o movimento romântico se manifestou inicialmente, era natural que na França ele assumisse uma feição mais voltada para as questões sociais, já que esse país havia sido o berço da Revolução que tinha como lema “liberdade, igualdade e fraternidade”.
  • 32. FRANÇA: consciência social Victor Hugo (1802-1885 é o grande nome do Romantismo francês encarregado de criar cenários literários para tematizar as grandes questões sociais do momento. Os miseráveis (Victor Hugo) Os miseráveis (Victor Hugo)
  • 33. Cena do filme A Bela e a Fera, (Walt DisCena do filme A Bela e a Fera, (Walt DisNey Pictures, EUA, 1991). Ney Pictures, EUA, 1991). A Bela, a Fera e o Romantismo
  • 34. A Bela, a Fera e o Romantismo ... o período romântico cria ou procura revelar a consciência do discorde no homem e no próprio universo, justamente o contrário do Classicismo, que se afaina em captar a harmonia universal. Por isso, a obra de arte que a exprime, o drama, deve unir luz e sombra, corpo e alma, o animalesco e o espiritual, A Bela e a Fera, plasmando-os com as formas do grotesco e do sublime, pois “A poesia verdadeira, a poesia completa está na harmonia dos contrários”.
  • 35. A Bela, a Fera e o Romantismo SUBLIME: Bonito GROTESCO: Feio O conceito grego de “belo” que perdurou por tantos anos na arte de orientação clássica, é abandonado pelos românticos, que defenderam a união do grotesco e do sublime. Assim, apesar de sua tendência idealizante, o Romantismo procura captar o homem em sua plenitude, enfocando também o lado feio e obscuro de cada ser humano...
  • 36. A Bela, a Fera e o Romantismo Em francês "La Belle et la Bête", a primeira versão do conto foi publicado por GabrielleSuzanne Barbot, Dama de Villeneuve em La Jeune Ameriquaine et les Contes Marins, em 1740.
  • 37.  Nacionalismo;  Mal-do-século;  Supervalorização do amor;  Ilogismo: negação da lógica;  Idealização da mulher;  Liberdade de criação;  O predomínio da metáfora;  Aceitação do mistério;  Ruptura com a disciplina clássica.
  • 38. REBELDIA ORIGINALIDADE O EU: O INDIVIDUALISMO E O SUBJETIVISMO EXALTAÇÃO DO SENTIMENTO EVASÃO DO MUNDO
  • 40. MUNDO DE SONHOS VAGOS, INDEFINIDOS O EU: O INDIVIDUALISMO E O SUBJETIVISMO EVASÃO DO MUNDO LUGARES SOLITÁRIOS, PRIMITIVOS ALHEAMENTO NO TEMPO E NO ESPAÇO MORTE
  • 41. O EU: O INDIVIDUALISMO E O SUBJETIVISMO EXALTAÇÃO DO SENTIMENTO NOVOS TEMAS SENTIMENTOS PREDOMINANTES INSATISFAÇÃO O FANTÁSTICO E O DIFERENTE O TERROR VIOLENTO E MACABRO MELANCOLIA NOSTALGIA ARREBATAMENTO (irreflexão)
  • 43. ARCADISMO ROMANTISMO A razão, a inteligência O coração, a sensibilidade Objetivismo - ciência Subjetivismo - fantasia Temas pagãos e greco-latina Temas cristãos e nacionais Imitação de imitações Originalidade
  • 44. ARCADISMO ROMANTISMO Retorno à cultura greco- Retorno à cultura medieval latina A arte é aristocrática A democratização da arte Arte feita para a elite Arte feita para o povo Rigor formal Liberdade criadora
  • 45. ARCADISMO ROMANTISMO O geral, o universal O particular, o individual O heroísmo Melancolia Mitologia Cristianismo O universo é "ele" O universo sou "eu" Expressão do perfeito e Expressão do irracional e sereno exuberante
  • 46.
  • 47. Moonrise over the Sea, 1822