SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  57
Télécharger pour lire hors ligne
Ontologia               Arquitetura da Informação Digital

                                                            Linguagem Lógica
                                                             Lógica Descritiva
                                                              Web Semântica
Paulo Augusto Loncarovich Gomes – Bolsista CAPES
                                                                         RDF
UNESP - Mestrado em Ciência da Informação e Tecnologia                  OWL
                                                                        W3C
Fernando Alves Gama
UNESP - Mestrado em Ciência da Informação e Tecnologia
Ontologia e sua origem
   • Historicamente a palavra Ontologia tem origem no grego
     ontos (ser) e logos (palavra), e apesar do estudo do ontos
     originar-se com Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Platão
     (428/27 a.C. – 347 a.C.), a utilização do termo Ontologia para
     designar um ramo da Filosofia é muito mais recente, tendo
     sido introduzido na transição da Idade Média para a Idade
     Moderna, na escolástica, por volta dos séculos XVII e XVIII, o
     termo foi cunhado na área de Filosofia em 1613 por Rudolf
     Goclenius (1547 - 1628) e aparentemente de forma
     independente por Jacob Lorhard (1561 – 1609).

                                           (WELTY, GUARINO, 2001)



GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Conceitos Iniciais
   •   Para o filosofo Aristóteles “ A Lógica é um instrumento, uma introdução para as ciências e para o
       conhecimento”

   •   Historicamente, a lógica surgiu com o filosofo grego Aristóteles (384-322 A.C.), que fundou a
       disciplina de lógica como um sistema de princípios, nos quais todo o resto do conhecimento se
       apóia.

   •   De acordo com Aristóteles, uma argumentação consiste de uma sequência finita de sentenças,
       chamadas de premissas, juntamente com uma certa sentença chamada conclusão que segue das
       premissas.
   Portanto:
   • A Lógica é uma ciência dedutiva: o conceito que prova rigorosa é fundamental.

   •   Lógica: explica a natureza do rigor matemático.

   •   Lógica: inclui o estudo de fundamentos da matemática.
                                                                           (GALLAIRE, MINKER, 1977)

       No contexto da integração entre bases de dados, bases e conhecimento, as lógicas descritivas vêm
       ocupando um lugar de destaque, sendo uma das áreas de estudo mais promissoras da
       representação do conhecimento em conjunto com as bases de dados.
                                                                                  (FRANCONI, 2000)

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
A natureza da Linguagem Lógica
   •   Lógica são é análise e o criticismo do pensamento. Nós chegamos a conclusões a
       partir de dados.

   •   A argumentação é conduzida a partir de certas normas

   •   Representar o conhecimento.

   •   Provê uma representação uniforme.

   •   Sustenta uma base matemática forte de extrema importância para o
       desenvolvimento de bases de dados.
                                                  (GALLAIRE, MINKER, 1977)



       Criticismo tem origem no alemão Kritizismus, representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo.
       Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do
       conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica.



GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Lógica Descritiva – filosofia e princípios
   • Usar lógica para definir formalmente semântica de
     formalismos de representação de conhecimento.

   • Estudar computabilidade e complexidade
     das linguagens e serviços de inferência
     antes de implementá-los.

   • Limitar expressividade para garantir que esses serviços
     sejam computacionalmente tratáveis.
                               (NARDI et al., 2002; FRANCONI,
       2000)

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Lógica Descritiva
   • Surgiu como uma evolução das redes semânticas e frames. Seu intuito era
     de resolver alguns problemas e limitações que estes encontravam, como,
     por exemplo, a falta de uma semântica formal (significado,
     comportamento) que permitisse a quebra de ambigüidades através de
     raciocinadores.
                                              (BRACHMAN, SCHMOLZE,
     1985)

   • Final dos anos 70, foi chamada de “Linguagens Terminológicas”, que
     buscavam representações com mais engajamento ontológico. Nessa
     época surgiu pela primeira vez a modelagem com o uso de TBox e ABox.

   • Chegou a ser chamada de “Linguagens Conceituais”

   • Começo dos anos 80 surgiu a expressão “Lógica Descritiva”.

                                                (BRACHMAN et al, 1983)
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Lógica Descritiva
   •   As Lógicas Descritivas (DL – Description Logics) são conjuntos de formalismos de
       representação do conhecimento que representam o conhecimento de um domínio.




   •   Primeiramente definem os conceitos relevantes a este domínio, ou seja, sua
       terminologia, e utilizam estes conceitos para especificar as propriedades de
       objetos e indivíduos do domínio, criando uma descrição do domínio.
                                                            (BAADER, NUTT, 2003)


GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Lógica Descritiva
   • Uma lógica descritiva é formada por uma linguagem
     descritiva, que é utilizada para definir como os conceitos
     e como os papéis são formados, por um mecanismo para
     especificar dados sobre os conceitos e papéis (TBox), por
     um mecanismo para especificar as propriedades dos
     indivíduos (ABox) e por maneiras de se inferir sobre uma
     base de conhecimento.
                                          (CALVANESE, 2006, p. 30)



                    TBox                           ABox
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Lógica Descritiva - Construtores




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Lógica Descritiva - Estrutura
                                Base de Conhecimento
                        Conhecimento                    Conhecimento sobre
                     Terminológico - TBox                 Objetos - ABox




                                     Mecanismo de Inferência




                                       Inferência/aplicação

                                                               (CALVANESE, 2003, p.
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
         31)
Ontologia - TBox                               TBox
   • Terminologia
   • Possui um conjunto de declarações e axiomas que
     descrevem a estrutura do domínio
   • Conhecimento intensional
              Mulher ≡ Pessoa ⊓ Fêmea
   • “Mulher”: indivíduo que pertence aos conceitos “Pessoa” e
     “Fêmea”
         Homem ≡ Pessoa ⊓ ¬ Mulher
   • “Homem”: indivíduo que pertence ao conceito “Pessoa”
     mas não ao conceito “Mulher”

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Ontologia - ABox                              ABox

   • Assertivas sobre os indivíduos, ou objetos conhecimento
     extensional sobre o domínio de interesse.
         TBox:
         Mulher ≡ Pessoa ⊓ Fêmea
         ABox:
         Mulher ≡ (Maria)
         Checagem da consistência:
         Mulher(Maria ) ≡ Pessoa (Maria) ⊓ Fêmea (Maria)
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Conceito da Ontologia
     “o termo derivado da palavra grega que significa ‘ser’, mas usado desde o século
     XVII para denominar o ramo da metafísica que diz respeito aquilo que existe”
                                                  (BLACKBURN, MARCONDES, 1997)


     Ontologia é o ramo da Filosofia que tem como objetivo responder às seguintes
     questões: “Quais são as categorias do mundo? E quais são as leis que regulam tais
     categorias?”                                                    (TEIXEIRA, 1999)

     “uma ontologia é uma especificação formal e explícita de uma conceitualização
     compartilhada”
                                                                    (GRUBER, 1993)
     “um termo corresponde a um conceito particular dentro de um campo
     conceitual, designando um conjunto de propriedades e relações com outros
     conceitos em um determinado contexto”

                               (LIMA, 1998)
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Interpretação da Ontologia
   •   1. Ontologia como uma disciplina da Filosofia;

   •   2. Ontologia como um sistema conceitual informal;

   •   3. Ontologia como uma proposta semântica formal;

   •   4. Ontologia como uma especificação de uma conceitualização;

   •   5. Ontologia como uma representação de um sistema conceitual por meio de uma
       teoria lógica:
               •   5.1 Caracterizada por propriedades formais ou
               •   5.2 Caracterizada apenas para propósitos específicos;
   •   6. Ontologia como um vocabulário usado por uma teoria lógica;

   •   7. Ontologia como um meta-nível de especificação de uma teoria lógica.

                                                                           (GUARINO, GIARETA, 1995)


GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Definições da Ontologia
   • De acordo com tais definições, com exceção da primeira que se refere ao
     sentido filosófico do termo, pode-se identificar duas grandes correntes
     teóricas:

   • A. Que concebem ontologia como uma entidade conceitual semântica,
     formal ou informal, (definições 2 e 3);
   • B. Que concebem como um objeto concreto em nível sintático, que tem
     seu desenvolvimento e sua utilização guiados por um propósito
     específico, (definições de 4 a 7).

                                             (GUARINO, GIARETA, 1995)




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Definições da Ontologia

     A definição mais freqüentemente identificada no âmbito da
     representação do conhecimento é a que define uma
     ontologia como: “uma especificação explícita de uma
     conceitualização”, considerando que o termo “explicita”
     significa que um objeto de nível simbólico deve ser expresso
     formalmente e de maneira clara, e uma “conceitualização”
     será composta por objetos, conceitos e as relações existentes
     em um determinado domínio.
                             (GRUBER, 1993, p.1, tradução nossa)



GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Aplicação da Ontologia
            Recuperação de informações




                                                   ONTOLOGIA
            Sistemas de Integração de Informação


            Gestão de conhecimento


            Processamento da linguagem natural


            Comércio eletrônico


            Sistemas multiagentes

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Ontologias de Domínio e de Aplicação
   • Ontologias de domínio tratam de um domínio mais específico
     de uma área genérica de conhecimento, como direito
     tributário, microbiologia, etc.

   • Ontologias de aplicação procuram solucionar um problema
     específico de um domínio
      – Referenciam termos de uma ontologia de domínio
      – Ex: Ontologia para identificar doenças do coração, a partir
        de uma ontologia de domínio de cardiologia
   • Classificação quanto ao teor: ontologias de tarefas e de
     domínio

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Ontologias de Domínio e de Aplicação
   •    Ontologias de nível alto: descrevem tais conceitos muito gerais: tempo, espaço, evento, ação, etc.

   •    Ontologias de domínio: descrevem o vocabulário com respeito a um domínio genérico (por exemplo
        medicina, arquitetura, etc.)

   •    Ontologias de tarefa: descrevem uma tarefa ou atividade específica, como: venda, diagnóstico.

   •    Ontologias de aplicação: aqui os conceitos dependem em particular de um domínio a partir de uma tarefa
        .
                                                                                  (MIZOGUCHI et al., 1999)

   •    Ontologias terminológico: onde as condições são especificadas para a representação do conhecimento .

   •    Ontologias de informação: na qual a estrutura de armazenamento do banco de dados é detalhada.
                                                                                         (VAN HEIST, 1997)




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Construção de uma Ontologia
                                                    Terra


                               Seres vivos                          Seres Inanimados


          Animais                                Plantas


    Pássaros            Mamíferos            Anfíbios         Invertebrados       Répteis        Peixes


   Irracionais                          Racionais


   Propriedades:
                                        Humanos                      Pessoa
  Peso, altura, etc.
                                                        (LIBRELOTTO, RAMALHO, HENRIQUES, 2005, adaptado)
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Ontologia como Metadados
                                           Ontologia                      Doença



                                            Animal                         Raiva
                                                         Pode Acontecer

                                           Mamífero


            Instância                                               Instância
                                 Pessoa                Cachorro



                              Maria tem um cachorro chamado Toy
                                          Documento
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
Software para definição de Ontologia
       Ferramenta, para manipulação de ontologia
         Protégé
   •   Editor de ontologias, feito em Java. Tem disponível uma grande variedade de plugins, nomeadamente, para realizar querys ou exportar a ontologia em diversas
       linguagens (OWL, RDF, RDFS, e XML Schema). Está disponível em http://protege.stanford.edu
   •   Mais à frente, num outro capítulo, far-se-á uma descrição pormenorizada desta ferramenta.


         OilEd
   •   Editor de ontologias para a linguagem OWL. É bastante simples, ideal para quem se queira iniciar no estudo das ontologias. Está disponível em
       http://img.cs.man.ac.uk/oil/


         Jena
   •   Framework em Java para a construção de aplicações de Web Semântica. Esta API permite a manipulação de ontologias escritas em RDF, RDFS e OWL. Tem também
       um motor de inferência para regras. Está disponível em http://jena.sourceforge.net


         Bossam
   •   Motor de inferência para Web Semântica. É usado para inferir e fazer querys sobre documentos RDF, RDFS, OWL e SWRL. Está disponível em
       http://projects.semwebcentral.org/projects/bossam/


         Jess
   •   Motor de regras e um ambiente de scripting (contém uma linguagem de script) escrito em Java, que permite inferir sobre ontologias. Ao usá-lo podemos construir
       software com a capacidade de inferência, usando conhecimento que é disposto através de regras declarativas. Está disponível em
       http://www.jessrules.com/jess/download.shtml


         Racer
   •   Motor de inferências, baseado em DL (Description Language) que permite descobrir novos relacionamentos e conceitos numa ontologia, e validar e confirmar a sua
       consistência. Para aceder aos serviços deste sistema é necessário utilizá-lo em conjunto com outras ferramentas, como por exemplo o Protégé. Está disponível em
       http://www.racer-systems.com




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Conceito de Web Semântica
   • Uma definição da Web Semântica é: uma extensão da Web
     obtida através da adição de semântica ao atual formato de
     representação de dados”.
                                            (Berners-Lee, 1990)

   • O principal propósito de haver uma Web Semântica é tornar a
     Web compreensível tanto por humanos quanto por agentes
     de software componentes.
                               (Silva et al., 2003) (Szyperski, 1998)




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • A “base” da Web atual é a HyperText Markup Language
     (HTML), que possibilita a comunicação entre humanos já que
     estes conseguem entender o conteúdo de páginas criadas
     com essa linguagem.

   • Web Semântica como um meio de tratar o problema de
     sobrecarga (overload) de informação causado pelo
     crescimento contínuo da Web em tamanho, linguagens e
     formatos.
                                   (Benjamins et al., 2002)



GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Ontologia na Web Semântica
  Linguagens de descrição de ontologias para a Web:

  •    Simple HTML Ontology Extensions (SHOE)
                      (Heflin & Hendler, 2000)

  •    Resource Description Framework (RDF)
                               (W3C, 2004e)

  •    RDF Vocabulary Description Language 1.0 (RDF Schema)
                                                (W3C, 2004f)

  •    DAML+OIL Language (DAML+OIL)
                         (W3C, 2001)

  •    OWL
          (W3C, 2004b)

  Como essas linguagens são baseadas na eXtensible Markup Language (XML), elas são mais ricas
     para a descrição de conteúdo do que HTML.
GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • A "pilha" da Web Semântica
   São necessárias camadas e camadas de
   metadados, lógica e segurança para tornar a
   Web legível por máquina. A maioria das
   representações visuais destas camadas
   envolvem uma pilha - tipo de torre de blocos
   que representam todas as camadas. A pilha
   muda e evolui conforme os conceitos por trás
   da Web Semântica se desenvolvem.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • Histórico
         – Em fins da década de 1990 os desenvolvedores da
           web percebem que a utilização de textos inteligíveis
           somente aos humanos trazia sérios problemas na
           recuperação da informação.
         – Berners-Lee, Handler e Lassila (2001) sugerem a
           elaboração de um ambiente web onde as informações
           possam ser compreendidas também pelas máquinas,
           a fim de automatizar a recuperação.
               • Exemplo:
                      – Consultório Médico.
                          » Usuário pesquisa os especialistas em determinada área,
                            verifica disponibilidade de horário na agenda do médico e
                            marca uma consulta.

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
         – Para os autores:
               • “The Semantic Web is not a separate Web but an
                 extension of the current one, in which information is
                 given well-defined meaning, better enabling computers
                 and people to work in cooperation. ”




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • Arquitetura
         – Distribuída em uma série de camadas sobrepostas
           onde cada camada deverá , obrigatoriamente, ser
           complementar e compatível com as camadas
           inferiores; sendo, ao mesmo tempo,
           independente das camadas superiores. (Ramalho,
           Vidotti e Fujita 2007)




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • Arquitetura
         – Em 2000 Berners-Lee apresenta um dos primeiros
           modelos de arquitetura da web semântica




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • Arquitetura
         – Em 2005 Berners-Lee apresentou
           novas subdivisões nas camadas.




                               Fonte: Berners-Lee, 2005 p 17

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
         – A fim de facilitar a compreensão dentro do
           contexto das ontologias vamos trabalhar com a
           primeira definição de arquitetura da web
           semântica.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • Unicode
         – Esquema padronizado de codificação de
           caracteres acessível a qualquer sistema
           computacional.
               • Utiliza formato texto.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • URI – Uniform Resource Identifier
         – Ponto de referência a pessoas, lugares e
           elementos do mundo físico.
               • Exemplo:
                     – URL: Uniform Resource Locator




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
Web Semântica
   • XML – Extensible Markup Languague
         – Linguagem de marcação que permite flexibilidade
           na estruturação de dados.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
Web Semântica
   • XML – Extensible Markup Languague
         – Ao contrário da linguagem HTML, XML não
           apresenta uma estrutura de tags (etiquetas) pré-
           definidas. Por essa razão permite ao
           desenvolvedor rotular dados da maneira que for
           conveniente.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
Web Semântica
   • XML – Extensible Markup Languague
         – Exemplo




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
         – XML ainda permite a construção de estruturas de
           validação de elementos por meio do uso de
           Document Type Definition (DTD).
               • As DTDs determinam quais elementos um documento
                 XML deverá conter, e quais serão os tipos de dados
                 utilizados nos elementos.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
         – XML configura-se, portanto, em uma linguagem
           universal para a definições de marcações,
           facilitando a troca de informações entre
           diferentes sistemas computacionais. Não
           apresenta, entretanto, meios eficientes de
           empregar significado semântico aos dados.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • RDF – Resource Description Framework
         – Modelagem de dados que permite a
           representação de classes.
         – Possibilita a representação de taxonomias




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • Ontologias na Web Semântica




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
Web Semântica
   • Ontologias na Web Semântica
         – Conforme já mencionado uma ontologia pode ser
           compreendida como uma especificação explícita
           e formal de um conceito, a fim de descrever um
           domínio do discurso.
         – Antoniou e Harmelen (2004, p. 10) afirmam que
               • Typically, an ontology consists of a finite list of terms
                 and the relationships between these terms. The terms
                 denote important concepts (classes of objects) of the
                 domain.

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   • Requisitos das Linguagens Ontológicas
         – Sintaxe bem definida
               • Condição necessária na programação para que as máquinas
                 possam processar as informações.
         – Semântica Formal
               • Descreve o significado do conhecimento, de modo preciso
                 por meio da matemática lógica
                      – Adesão de Classe: Se x é uma instância da classe C, e C é uma
                        subclasse de D, então podemos afirmar que x é uma instância de
                        D.
                      – Equivalência de Classe: Se a classe A é equivalente à classe B, e a
                        classe B é equivalente a Classe C, então A é equivalente a Classe
                        C também.


GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica - RDF
   • Limitações do Poder de Expressão do RDF
     Schema na construção de ontologias
         – Embora a RDFS apresente possibilidades de se
           relacionar taxonomias, apresenta algumas
           deficiências em características que seriam
           imprescindíveis a modelagem de ontologias. A saber:
               •   Escopo local de propriedades
               •   Separação de classes
               •   Combinações booleanas de classes
               •   Restrições Cardinais
               •   Caraacterísticas especiais de propriedades

               Fonte: Antoniou e Harmelen (2004) Tradução nossa.

GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica - OWL

               • Web Ontology Language - OWL
                     – Visando construir uma linguagem rica para a representação
                       de ontologias, grupos de pesquisa europeus e Americanos se
                       uniram na construção da linguagem DAML+OIL, a qual foi o
                       ponto de partida para a W3C definir a linguagem OWL.
                     – A OWL descreve de modo mais eficiente os aspectos
                       semânticos e seus possíveis relacionamentos, possibilitando
                       representações mais abrangentes da linguagem RDF e RDFS,
                       vindo a favorecer sua interoperabilidade.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
Web Semântica - OWL




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica – OWL




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica - OWL




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica - OWL




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
         – Dentro do aspecto das ontologias temos as
           linguagens
               • SparQL: Realiza consultas a partir de estruturas RDF a
                 fim de favorecer a recuperação da informação
               • DLP: Permite intersecção entre lógica descritiva (OWL
                 DL) e Programação Lógica.
               • Rules: Permite a definição de regras lógicas
                 relacionadas aos recursos informacionais.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
               • Às camadas Logic framework, Proof e Trust seriam
                 incumbidas as tarefas de:
                     – tratamento das informações descritas em níveis inferiores,
                     – comprovação de que os elementos informacionais estejam
                       descritos de maneira adequada, e a
                     – confiabilidade que as informações estejam descritos de modo
                       correto.
                         Fonte: Ramalho, Vidotti e Fujita (2007).




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
Web Semântica?
   • Por que Web Semântica?
   • Suponha que você queira comprar o box da "Trilogia Star
     Wars" na internet, e que você tenha alguns critérios
     básicos para a sua compra. Primeiro, você quer DVDs
     widescreen e não full-screen, e você quer o box que
     tenha o disco extra de bônus. Segundo, você quer o
     menor preço disponível, mas você preferiria comprar um
     box novo, não um usado. Por fim, você não quer pagar
     muito pelo envio e manuseio, mas você também não
     quer esperar muito pela entrega.


GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Web Semântica
   •   No atual ponto da evolução da Web, sua melhor aposta seria buscar nos sites de diferentes
       varejistas, comparando preços e tempo de envio e preços. Você poderia também procurar um site
       que compare opções de preço e envio entre vários varejistas de uma vez. De qualquer maneira,
       você tem que fazer a maior parte do "bater perna" virtual, e então tomar sua decisão de compra e
       fazer seu pedido sozinho.

   •   Com a Web Semântica, você teria mais uma opção. Você poderia colocar suas preferências em um
       agente computadorizado, que buscaria na Web, encontraria a melhor opção par você, e faria seu
       pedido. O agente poderia então abrir um programa de finanças pessoais no seu computador e
       registrar o valor que você gastou, e ainda poderia marcar a data em que seus DVDs deveriam
       chegar em seu calendário. Seu agente também aprenderia seus hábitos e preferências, então se
       você tivesse uma experiência ruim ao comprar de um site em particular, ele saberia que não deve
       usar mais aquele site.

   •   O agente faria isso não olhando imagens e lendo descrições como uma pessoa faz, mas buscando
       metadados que claramente identificam e definem o que o agente precisa saber. Metadados nada
       mais são que dados legíveis por máquina que descrevem outros dados. Na Web Semântica,
       metadados são invisíveis quando as pessoas lêem a página, mas são claramente visíveis para os
       computadores. Metadados também permitem pesquisas na Web mais complexas e focadas, com
       resultados mais precisos. Para Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, estas ferramentas
       farão a Web - atualmente semelhante a um livro gigante - se tornar um banco de dados gigante.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
O W3C e a Web Semântica
   •   O World Wide Web Consortium (W3C) é um consórcio internacional com a
       missão de levar a Web ao seu potencial máximo, através do desenvolvimento
       de protocolos, especificações e sugestões para garantir o crescimento da Web
       no longo prazo.

   •   O consórcio então propôs e recomendou o Resource Description Framework
       (RDF) que é uma linguagem para representação de informação a respeito de
       recursos na Web. A RDF Vocabulary Description Language 1.0 (RDF Schema)

   •   OWL Web Ontology Language foi recomendada como próximo passo com
       objetivo de fornecer algumas outras possibilidades para ontologias como
       escalabilidade, distribuição, compatibilidade com os padrões (standards) Web
       para acessibilidade e internacionalização, openness e extensibilidade.
                                                                     (W3C, 2004e)


GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Considerações Finais
       Dentro do contexto da Arquitetura da Informação as
       ontologias apresentam considerável relevância no que diz
       respeito ao desenvolvimento de mecanismos de buscas na
       web que visem a recuperação da informação a partir da
       representação do conhecimento.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
Bibliografia
   •   BLACKBURN, S. Consultoria da edição brasileira. In: MARCONDES, D. Dicionário oxford de filosofia.
       Tradução D. Murcho et al. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 1997.

   •   CALVANESE, D., DE GIACOMO, G. Descript ion Logics for Conceptual Data Modeling in UML.ESSLLI
       2003, Vienna, August 18–22, 2003.

   •   FRANCONI, E. First Order Logic and ER Schema. Notas de Aula, University of Manchester, 2000.

   •   GUARINO, N.; GIARETTA, P. Ontologies and knowledge bases – towards a terminological
       clarification. In: N. MARS (Ed). Towards very large knowledge bases: knowledge building and
       knowledge sharing. Amsterdam: IOS Press, 1995. p. 25-32.

   •   GRUBER, Thomas R. (1993), “A Translation Approach to Portable Ontology Specification”.
       Disponível em: http://tomgruber.org/writing/ontolingua-kaj-1993.pdf> Último acesso em 20 de
       setembro de 2005.

   •   WELTY, C., GUARINO, N. Supporting Ontological Analysis of Taxonomic Relationships. Data and
       Knowledge Engineering, v.39, n.1, p. 51-74, 2001.




GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.

Contenu connexe

Tendances

Tendances (20)

Francis bacon
Francis baconFrancis bacon
Francis bacon
 
Aula 21 filosofia da ciência
Aula 21   filosofia da ciênciaAula 21   filosofia da ciência
Aula 21 filosofia da ciência
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasAula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
 
Filosofia ciencia
Filosofia   cienciaFilosofia   ciencia
Filosofia ciencia
 
O empirismo de John Locke
O empirismo de John LockeO empirismo de John Locke
O empirismo de John Locke
 
Teoria do conhecimento aristóteles
Teoria do conhecimento aristótelesTeoria do conhecimento aristóteles
Teoria do conhecimento aristóteles
 
1 introdução à reflexão filosofica
1 introdução à reflexão filosofica1 introdução à reflexão filosofica
1 introdução à reflexão filosofica
 
Platão e a teoria das ideias
Platão e a teoria das ideiasPlatão e a teoria das ideias
Platão e a teoria das ideias
 
5 filosofia e ciencia
5 filosofia e ciencia 5 filosofia e ciencia
5 filosofia e ciencia
 
John Locke - Empirismo
John Locke - EmpirismoJohn Locke - Empirismo
John Locke - Empirismo
 
Aula 01 filosofia mito, natureza e razão
Aula 01   filosofia mito, natureza e razãoAula 01   filosofia mito, natureza e razão
Aula 01 filosofia mito, natureza e razão
 
Filosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3anoFilosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3ano
 
O surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaO surgimento da filosofia
O surgimento da filosofia
 
Aula 05 - Aristóteles e o Mundo Sensível
Aula 05 - Aristóteles e o Mundo SensívelAula 05 - Aristóteles e o Mundo Sensível
Aula 05 - Aristóteles e o Mundo Sensível
 
Filosofia analitica
Filosofia analiticaFilosofia analitica
Filosofia analitica
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
2 teoria do conhecimento
2 teoria do conhecimento 2 teoria do conhecimento
2 teoria do conhecimento
 
Aula 04 e 05 - Os Pré-Socráticos
Aula 04 e 05 - Os Pré-SocráticosAula 04 e 05 - Os Pré-Socráticos
Aula 04 e 05 - Os Pré-Socráticos
 
Aula02 - Metafísica
Aula02 - MetafísicaAula02 - Metafísica
Aula02 - Metafísica
 
Filosofia Analítica
Filosofia AnalíticaFilosofia Analítica
Filosofia Analítica
 

En vedette

Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aulaOntologia e metafísica   apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica apresentação e plano de aulaVitor Vieira Vasconcelos
 
Mini Curso Ontologias Erebd 2009
Mini Curso Ontologias Erebd 2009Mini Curso Ontologias Erebd 2009
Mini Curso Ontologias Erebd 2009Gisele Dziekaniak
 
Construção de ontologia com protégé owl
Construção de ontologia com protégé owlConstrução de ontologia com protégé owl
Construção de ontologia com protégé owlAndréa Bordin
 
Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014
Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014
Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014Renan Moreira de Oliveira
 
Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009
Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009
Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009Gisele Dziekaniak
 
Ontología contemporánea
Ontología contemporáneaOntología contemporánea
Ontología contemporánealaura Avila
 
Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)
Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)
Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)Junior Grossi
 
Apresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDA
Apresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDAApresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDA
Apresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDAFrederico Bortolato
 
Construindo sua primeira ontologia
Construindo sua primeira ontologiaConstruindo sua primeira ontologia
Construindo sua primeira ontologiaRômulo Jales
 
Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...
Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...
Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...Adriel Café
 
La ontologia y la etica de filosofia (diaposotivas)
La ontologia y  la etica  de filosofia (diaposotivas)La ontologia y  la etica  de filosofia (diaposotivas)
La ontologia y la etica de filosofia (diaposotivas)Duban Castañeda
 
Exemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PI
Exemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PIExemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PI
Exemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PIAislan Rafael
 
Construindo Sua Primeira Ontologia
Construindo Sua Primeira OntologiaConstruindo Sua Primeira Ontologia
Construindo Sua Primeira OntologiaVictor Pantoja
 
Ontologia y Etica
Ontologia y EticaOntologia y Etica
Ontologia y EticaValenMedina
 

En vedette (20)

Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aulaOntologia e metafísica   apresentação e plano de aula
Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula
 
Ontologia
OntologiaOntologia
Ontologia
 
Mini Curso Ontologias Erebd 2009
Mini Curso Ontologias Erebd 2009Mini Curso Ontologias Erebd 2009
Mini Curso Ontologias Erebd 2009
 
Construção de ontologia com protégé owl
Construção de ontologia com protégé owlConstrução de ontologia com protégé owl
Construção de ontologia com protégé owl
 
Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014
Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014
Ontologias e sua utilização em aplicações semânticas - UFF - CASI - 2014
 
Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009
Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009
Introdução às ontologias por Gisele Dziekaniak EDUTEC FURG 2009
 
Ontología contemporánea
Ontología contemporáneaOntología contemporánea
Ontología contemporánea
 
Ontologia contemporanea
Ontologia contemporaneaOntologia contemporanea
Ontologia contemporanea
 
Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)
Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)
Presentation about Ontologies at my Masters (UFMG, pt_BR)
 
Ontologia ECTS
Ontologia ECTSOntologia ECTS
Ontologia ECTS
 
Apresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDA
Apresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDAApresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDA
Apresentação - Ontologia do Processo Legislativo de SP - 2o. ENDA
 
Construindo sua primeira ontologia
Construindo sua primeira ontologiaConstruindo sua primeira ontologia
Construindo sua primeira ontologia
 
Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...
Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...
Uma Arquitetura com Implementação para Integração Semântica de Ontologias e B...
 
La ontologia y la etica de filosofia (diaposotivas)
La ontologia y  la etica  de filosofia (diaposotivas)La ontologia y  la etica  de filosofia (diaposotivas)
La ontologia y la etica de filosofia (diaposotivas)
 
Exemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PI
Exemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PIExemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PI
Exemplo de Ontologia da Pos-Graduação do CEFET-PI
 
Construindo Sua Primeira Ontologia
Construindo Sua Primeira OntologiaConstruindo Sua Primeira Ontologia
Construindo Sua Primeira Ontologia
 
Ontologia
OntologiaOntologia
Ontologia
 
Ontologia y Etica
Ontologia y EticaOntologia y Etica
Ontologia y Etica
 
Ontologia
 Ontologia Ontologia
Ontologia
 
Gnosiologia
GnosiologiaGnosiologia
Gnosiologia
 

Similaire à Ontologia

Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?
Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?
Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?Patrícia Cunha França
 
Ontolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBR
Ontolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBROntolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBR
Ontolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBRMarcos Teruo Ouchi
 
Representação do Conhecimento em Contextos Escolares
Representação do Conhecimento em Contextos EscolaresRepresentação do Conhecimento em Contextos Escolares
Representação do Conhecimento em Contextos EscolaresJoaquim Silva
 
AULA6IntroduçãoTerminologia.pptx
AULA6IntroduçãoTerminologia.pptxAULA6IntroduçãoTerminologia.pptx
AULA6IntroduçãoTerminologia.pptxGunavingriRodrigues
 
Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013lugracioso
 
Designação de campo ciência e epistemologia [3]
Designação de campo  ciência e epistemologia [3]Designação de campo  ciência e epistemologia [3]
Designação de campo ciência e epistemologia [3]MarliQLeite
 
"Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível...
"Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível..."Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível...
"Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível...Patrícia Cunha França
 
Lexicografia slides
Lexicografia slidesLexicografia slides
Lexicografia slidesReis Miguel
 
Do mito à análise documentária
Do mito à análise documentária  Do mito à análise documentária
Do mito à análise documentária michelleditomaso
 
Mundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos finalMundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos finalSandra Mina
 
Aspectualização espacial claudia sousa antunes
Aspectualização espacial claudia sousa antunesAspectualização espacial claudia sousa antunes
Aspectualização espacial claudia sousa antunesClaudia Sousa
 
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...Raquel Salcedo Gomes
 
BMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdf
BMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdfBMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdf
BMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdfGeraldo Xexéo
 

Similaire à Ontologia (20)

Lógica Descritiva
Lógica DescritivaLógica Descritiva
Lógica Descritiva
 
Lógica Descritiva
Lógica DescritivaLógica Descritiva
Lógica Descritiva
 
Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?
Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?
Conceitos, classes ou universais: com o que é que se constrói uma ontologia?
 
Ontolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBR
Ontolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBROntolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBR
Ontolis: um protótipo de ontologia a partir dos FRBR
 
Representação do Conhecimento em Contextos Escolares
Representação do Conhecimento em Contextos EscolaresRepresentação do Conhecimento em Contextos Escolares
Representação do Conhecimento em Contextos Escolares
 
AULA6IntroduçãoTerminologia.pptx
AULA6IntroduçãoTerminologia.pptxAULA6IntroduçãoTerminologia.pptx
AULA6IntroduçãoTerminologia.pptx
 
Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013Especializacao aula 1 04092013
Especializacao aula 1 04092013
 
Análise do discurso
Análise do discursoAnálise do discurso
Análise do discurso
 
Designação de campo ciência e epistemologia [3]
Designação de campo  ciência e epistemologia [3]Designação de campo  ciência e epistemologia [3]
Designação de campo ciência e epistemologia [3]
 
"Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível...
"Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível..."Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível...
"Conceptualismo e realismo: dois modelos de construção de ontologias de nível...
 
Aula 2 taxonomias gisele
Aula 2 taxonomias giseleAula 2 taxonomias gisele
Aula 2 taxonomias gisele
 
Sintaxe
SintaxeSintaxe
Sintaxe
 
Aula7-Ontologia.ppt
Aula7-Ontologia.pptAula7-Ontologia.ppt
Aula7-Ontologia.ppt
 
Lexicografia slides
Lexicografia slidesLexicografia slides
Lexicografia slides
 
Do mito à análise documentária
Do mito à análise documentária  Do mito à análise documentária
Do mito à análise documentária
 
Análise de domínio
Análise de domínioAnálise de domínio
Análise de domínio
 
Mundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos finalMundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos final
 
Aspectualização espacial claudia sousa antunes
Aspectualização espacial claudia sousa antunesAspectualização espacial claudia sousa antunes
Aspectualização espacial claudia sousa antunes
 
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
 
BMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdf
BMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdfBMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdf
BMT20231 100 100 Textos e Documentos.pdf
 

Ontologia

  • 1. Ontologia Arquitetura da Informação Digital Linguagem Lógica Lógica Descritiva Web Semântica Paulo Augusto Loncarovich Gomes – Bolsista CAPES RDF UNESP - Mestrado em Ciência da Informação e Tecnologia OWL W3C Fernando Alves Gama UNESP - Mestrado em Ciência da Informação e Tecnologia
  • 2. Ontologia e sua origem • Historicamente a palavra Ontologia tem origem no grego ontos (ser) e logos (palavra), e apesar do estudo do ontos originar-se com Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Platão (428/27 a.C. – 347 a.C.), a utilização do termo Ontologia para designar um ramo da Filosofia é muito mais recente, tendo sido introduzido na transição da Idade Média para a Idade Moderna, na escolástica, por volta dos séculos XVII e XVIII, o termo foi cunhado na área de Filosofia em 1613 por Rudolf Goclenius (1547 - 1628) e aparentemente de forma independente por Jacob Lorhard (1561 – 1609). (WELTY, GUARINO, 2001) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 3. Conceitos Iniciais • Para o filosofo Aristóteles “ A Lógica é um instrumento, uma introdução para as ciências e para o conhecimento” • Historicamente, a lógica surgiu com o filosofo grego Aristóteles (384-322 A.C.), que fundou a disciplina de lógica como um sistema de princípios, nos quais todo o resto do conhecimento se apóia. • De acordo com Aristóteles, uma argumentação consiste de uma sequência finita de sentenças, chamadas de premissas, juntamente com uma certa sentença chamada conclusão que segue das premissas. Portanto: • A Lógica é uma ciência dedutiva: o conceito que prova rigorosa é fundamental. • Lógica: explica a natureza do rigor matemático. • Lógica: inclui o estudo de fundamentos da matemática. (GALLAIRE, MINKER, 1977) No contexto da integração entre bases de dados, bases e conhecimento, as lógicas descritivas vêm ocupando um lugar de destaque, sendo uma das áreas de estudo mais promissoras da representação do conhecimento em conjunto com as bases de dados. (FRANCONI, 2000) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 4. A natureza da Linguagem Lógica • Lógica são é análise e o criticismo do pensamento. Nós chegamos a conclusões a partir de dados. • A argumentação é conduzida a partir de certas normas • Representar o conhecimento. • Provê uma representação uniforme. • Sustenta uma base matemática forte de extrema importância para o desenvolvimento de bases de dados. (GALLAIRE, MINKER, 1977) Criticismo tem origem no alemão Kritizismus, representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo. Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 5. Lógica Descritiva – filosofia e princípios • Usar lógica para definir formalmente semântica de formalismos de representação de conhecimento. • Estudar computabilidade e complexidade das linguagens e serviços de inferência antes de implementá-los. • Limitar expressividade para garantir que esses serviços sejam computacionalmente tratáveis. (NARDI et al., 2002; FRANCONI, 2000) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 6. Lógica Descritiva • Surgiu como uma evolução das redes semânticas e frames. Seu intuito era de resolver alguns problemas e limitações que estes encontravam, como, por exemplo, a falta de uma semântica formal (significado, comportamento) que permitisse a quebra de ambigüidades através de raciocinadores. (BRACHMAN, SCHMOLZE, 1985) • Final dos anos 70, foi chamada de “Linguagens Terminológicas”, que buscavam representações com mais engajamento ontológico. Nessa época surgiu pela primeira vez a modelagem com o uso de TBox e ABox. • Chegou a ser chamada de “Linguagens Conceituais” • Começo dos anos 80 surgiu a expressão “Lógica Descritiva”. (BRACHMAN et al, 1983) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 7. Lógica Descritiva • As Lógicas Descritivas (DL – Description Logics) são conjuntos de formalismos de representação do conhecimento que representam o conhecimento de um domínio. • Primeiramente definem os conceitos relevantes a este domínio, ou seja, sua terminologia, e utilizam estes conceitos para especificar as propriedades de objetos e indivíduos do domínio, criando uma descrição do domínio. (BAADER, NUTT, 2003) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 8. Lógica Descritiva • Uma lógica descritiva é formada por uma linguagem descritiva, que é utilizada para definir como os conceitos e como os papéis são formados, por um mecanismo para especificar dados sobre os conceitos e papéis (TBox), por um mecanismo para especificar as propriedades dos indivíduos (ABox) e por maneiras de se inferir sobre uma base de conhecimento. (CALVANESE, 2006, p. 30) TBox ABox GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 9. Lógica Descritiva - Construtores GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 10. Lógica Descritiva - Estrutura Base de Conhecimento Conhecimento Conhecimento sobre Terminológico - TBox Objetos - ABox Mecanismo de Inferência Inferência/aplicação (CALVANESE, 2003, p. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009. 31)
  • 11. Ontologia - TBox TBox • Terminologia • Possui um conjunto de declarações e axiomas que descrevem a estrutura do domínio • Conhecimento intensional Mulher ≡ Pessoa ⊓ Fêmea • “Mulher”: indivíduo que pertence aos conceitos “Pessoa” e “Fêmea” Homem ≡ Pessoa ⊓ ¬ Mulher • “Homem”: indivíduo que pertence ao conceito “Pessoa” mas não ao conceito “Mulher” GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 12. Ontologia - ABox ABox • Assertivas sobre os indivíduos, ou objetos conhecimento extensional sobre o domínio de interesse. TBox: Mulher ≡ Pessoa ⊓ Fêmea ABox: Mulher ≡ (Maria) Checagem da consistência: Mulher(Maria ) ≡ Pessoa (Maria) ⊓ Fêmea (Maria) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 13. Conceito da Ontologia “o termo derivado da palavra grega que significa ‘ser’, mas usado desde o século XVII para denominar o ramo da metafísica que diz respeito aquilo que existe” (BLACKBURN, MARCONDES, 1997) Ontologia é o ramo da Filosofia que tem como objetivo responder às seguintes questões: “Quais são as categorias do mundo? E quais são as leis que regulam tais categorias?” (TEIXEIRA, 1999) “uma ontologia é uma especificação formal e explícita de uma conceitualização compartilhada” (GRUBER, 1993) “um termo corresponde a um conceito particular dentro de um campo conceitual, designando um conjunto de propriedades e relações com outros conceitos em um determinado contexto” (LIMA, 1998) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 14. Interpretação da Ontologia • 1. Ontologia como uma disciplina da Filosofia; • 2. Ontologia como um sistema conceitual informal; • 3. Ontologia como uma proposta semântica formal; • 4. Ontologia como uma especificação de uma conceitualização; • 5. Ontologia como uma representação de um sistema conceitual por meio de uma teoria lógica: • 5.1 Caracterizada por propriedades formais ou • 5.2 Caracterizada apenas para propósitos específicos; • 6. Ontologia como um vocabulário usado por uma teoria lógica; • 7. Ontologia como um meta-nível de especificação de uma teoria lógica. (GUARINO, GIARETA, 1995) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 15. Definições da Ontologia • De acordo com tais definições, com exceção da primeira que se refere ao sentido filosófico do termo, pode-se identificar duas grandes correntes teóricas: • A. Que concebem ontologia como uma entidade conceitual semântica, formal ou informal, (definições 2 e 3); • B. Que concebem como um objeto concreto em nível sintático, que tem seu desenvolvimento e sua utilização guiados por um propósito específico, (definições de 4 a 7). (GUARINO, GIARETA, 1995) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 16. Definições da Ontologia A definição mais freqüentemente identificada no âmbito da representação do conhecimento é a que define uma ontologia como: “uma especificação explícita de uma conceitualização”, considerando que o termo “explicita” significa que um objeto de nível simbólico deve ser expresso formalmente e de maneira clara, e uma “conceitualização” será composta por objetos, conceitos e as relações existentes em um determinado domínio. (GRUBER, 1993, p.1, tradução nossa) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 17. Aplicação da Ontologia Recuperação de informações ONTOLOGIA Sistemas de Integração de Informação Gestão de conhecimento Processamento da linguagem natural Comércio eletrônico Sistemas multiagentes GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 18. Ontologias de Domínio e de Aplicação • Ontologias de domínio tratam de um domínio mais específico de uma área genérica de conhecimento, como direito tributário, microbiologia, etc. • Ontologias de aplicação procuram solucionar um problema específico de um domínio – Referenciam termos de uma ontologia de domínio – Ex: Ontologia para identificar doenças do coração, a partir de uma ontologia de domínio de cardiologia • Classificação quanto ao teor: ontologias de tarefas e de domínio GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 19. Ontologias de Domínio e de Aplicação • Ontologias de nível alto: descrevem tais conceitos muito gerais: tempo, espaço, evento, ação, etc. • Ontologias de domínio: descrevem o vocabulário com respeito a um domínio genérico (por exemplo medicina, arquitetura, etc.) • Ontologias de tarefa: descrevem uma tarefa ou atividade específica, como: venda, diagnóstico. • Ontologias de aplicação: aqui os conceitos dependem em particular de um domínio a partir de uma tarefa . (MIZOGUCHI et al., 1999) • Ontologias terminológico: onde as condições são especificadas para a representação do conhecimento . • Ontologias de informação: na qual a estrutura de armazenamento do banco de dados é detalhada. (VAN HEIST, 1997) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 20. Construção de uma Ontologia Terra Seres vivos Seres Inanimados Animais Plantas Pássaros Mamíferos Anfíbios Invertebrados Répteis Peixes Irracionais Racionais Propriedades: Humanos Pessoa Peso, altura, etc. (LIBRELOTTO, RAMALHO, HENRIQUES, 2005, adaptado) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 21. Ontologia como Metadados Ontologia Doença Animal Raiva Pode Acontecer Mamífero Instância Instância Pessoa Cachorro Maria tem um cachorro chamado Toy Documento GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
  • 22. Software para definição de Ontologia Ferramenta, para manipulação de ontologia Protégé • Editor de ontologias, feito em Java. Tem disponível uma grande variedade de plugins, nomeadamente, para realizar querys ou exportar a ontologia em diversas linguagens (OWL, RDF, RDFS, e XML Schema). Está disponível em http://protege.stanford.edu • Mais à frente, num outro capítulo, far-se-á uma descrição pormenorizada desta ferramenta. OilEd • Editor de ontologias para a linguagem OWL. É bastante simples, ideal para quem se queira iniciar no estudo das ontologias. Está disponível em http://img.cs.man.ac.uk/oil/ Jena • Framework em Java para a construção de aplicações de Web Semântica. Esta API permite a manipulação de ontologias escritas em RDF, RDFS e OWL. Tem também um motor de inferência para regras. Está disponível em http://jena.sourceforge.net Bossam • Motor de inferência para Web Semântica. É usado para inferir e fazer querys sobre documentos RDF, RDFS, OWL e SWRL. Está disponível em http://projects.semwebcentral.org/projects/bossam/ Jess • Motor de regras e um ambiente de scripting (contém uma linguagem de script) escrito em Java, que permite inferir sobre ontologias. Ao usá-lo podemos construir software com a capacidade de inferência, usando conhecimento que é disposto através de regras declarativas. Está disponível em http://www.jessrules.com/jess/download.shtml Racer • Motor de inferências, baseado em DL (Description Language) que permite descobrir novos relacionamentos e conceitos numa ontologia, e validar e confirmar a sua consistência. Para aceder aos serviços deste sistema é necessário utilizá-lo em conjunto com outras ferramentas, como por exemplo o Protégé. Está disponível em http://www.racer-systems.com GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 23. Conceito de Web Semântica • Uma definição da Web Semântica é: uma extensão da Web obtida através da adição de semântica ao atual formato de representação de dados”. (Berners-Lee, 1990) • O principal propósito de haver uma Web Semântica é tornar a Web compreensível tanto por humanos quanto por agentes de software componentes. (Silva et al., 2003) (Szyperski, 1998) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 24. Web Semântica • A “base” da Web atual é a HyperText Markup Language (HTML), que possibilita a comunicação entre humanos já que estes conseguem entender o conteúdo de páginas criadas com essa linguagem. • Web Semântica como um meio de tratar o problema de sobrecarga (overload) de informação causado pelo crescimento contínuo da Web em tamanho, linguagens e formatos. (Benjamins et al., 2002) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 25. Ontologia na Web Semântica Linguagens de descrição de ontologias para a Web: • Simple HTML Ontology Extensions (SHOE) (Heflin & Hendler, 2000) • Resource Description Framework (RDF) (W3C, 2004e) • RDF Vocabulary Description Language 1.0 (RDF Schema) (W3C, 2004f) • DAML+OIL Language (DAML+OIL) (W3C, 2001) • OWL (W3C, 2004b) Como essas linguagens são baseadas na eXtensible Markup Language (XML), elas são mais ricas para a descrição de conteúdo do que HTML. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 26. Web Semântica • A "pilha" da Web Semântica São necessárias camadas e camadas de metadados, lógica e segurança para tornar a Web legível por máquina. A maioria das representações visuais destas camadas envolvem uma pilha - tipo de torre de blocos que representam todas as camadas. A pilha muda e evolui conforme os conceitos por trás da Web Semântica se desenvolvem. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 27. Web Semântica • Histórico – Em fins da década de 1990 os desenvolvedores da web percebem que a utilização de textos inteligíveis somente aos humanos trazia sérios problemas na recuperação da informação. – Berners-Lee, Handler e Lassila (2001) sugerem a elaboração de um ambiente web onde as informações possam ser compreendidas também pelas máquinas, a fim de automatizar a recuperação. • Exemplo: – Consultório Médico. » Usuário pesquisa os especialistas em determinada área, verifica disponibilidade de horário na agenda do médico e marca uma consulta. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 28. Web Semântica – Para os autores: • “The Semantic Web is not a separate Web but an extension of the current one, in which information is given well-defined meaning, better enabling computers and people to work in cooperation. ” GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 29. Web Semântica • Arquitetura – Distribuída em uma série de camadas sobrepostas onde cada camada deverá , obrigatoriamente, ser complementar e compatível com as camadas inferiores; sendo, ao mesmo tempo, independente das camadas superiores. (Ramalho, Vidotti e Fujita 2007) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 30. Web Semântica • Arquitetura – Em 2000 Berners-Lee apresenta um dos primeiros modelos de arquitetura da web semântica GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 31. Web Semântica • Arquitetura – Em 2005 Berners-Lee apresentou novas subdivisões nas camadas. Fonte: Berners-Lee, 2005 p 17 GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 32. Web Semântica – A fim de facilitar a compreensão dentro do contexto das ontologias vamos trabalhar com a primeira definição de arquitetura da web semântica. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 33. Web Semântica • Unicode – Esquema padronizado de codificação de caracteres acessível a qualquer sistema computacional. • Utiliza formato texto. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 34. Web Semântica • URI – Uniform Resource Identifier – Ponto de referência a pessoas, lugares e elementos do mundo físico. • Exemplo: – URL: Uniform Resource Locator GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
  • 35. Web Semântica • XML – Extensible Markup Languague – Linguagem de marcação que permite flexibilidade na estruturação de dados. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
  • 36. Web Semântica • XML – Extensible Markup Languague – Ao contrário da linguagem HTML, XML não apresenta uma estrutura de tags (etiquetas) pré- definidas. Por essa razão permite ao desenvolvedor rotular dados da maneira que for conveniente. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
  • 37. Web Semântica • XML – Extensible Markup Languague – Exemplo GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 38. Web Semântica – XML ainda permite a construção de estruturas de validação de elementos por meio do uso de Document Type Definition (DTD). • As DTDs determinam quais elementos um documento XML deverá conter, e quais serão os tipos de dados utilizados nos elementos. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 39. Web Semântica – XML configura-se, portanto, em uma linguagem universal para a definições de marcações, facilitando a troca de informações entre diferentes sistemas computacionais. Não apresenta, entretanto, meios eficientes de empregar significado semântico aos dados. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 40. Web Semântica • RDF – Resource Description Framework – Modelagem de dados que permite a representação de classes. – Possibilita a representação de taxonomias GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 41. Web Semântica • Ontologias na Web Semântica GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
  • 42. Web Semântica • Ontologias na Web Semântica – Conforme já mencionado uma ontologia pode ser compreendida como uma especificação explícita e formal de um conceito, a fim de descrever um domínio do discurso. – Antoniou e Harmelen (2004, p. 10) afirmam que • Typically, an ontology consists of a finite list of terms and the relationships between these terms. The terms denote important concepts (classes of objects) of the domain. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 43. Web Semântica • Requisitos das Linguagens Ontológicas – Sintaxe bem definida • Condição necessária na programação para que as máquinas possam processar as informações. – Semântica Formal • Descreve o significado do conhecimento, de modo preciso por meio da matemática lógica – Adesão de Classe: Se x é uma instância da classe C, e C é uma subclasse de D, então podemos afirmar que x é uma instância de D. – Equivalência de Classe: Se a classe A é equivalente à classe B, e a classe B é equivalente a Classe C, então A é equivalente a Classe C também. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 44. Web Semântica - RDF • Limitações do Poder de Expressão do RDF Schema na construção de ontologias – Embora a RDFS apresente possibilidades de se relacionar taxonomias, apresenta algumas deficiências em características que seriam imprescindíveis a modelagem de ontologias. A saber: • Escopo local de propriedades • Separação de classes • Combinações booleanas de classes • Restrições Cardinais • Caraacterísticas especiais de propriedades Fonte: Antoniou e Harmelen (2004) Tradução nossa. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 45. Web Semântica - OWL • Web Ontology Language - OWL – Visando construir uma linguagem rica para a representação de ontologias, grupos de pesquisa europeus e Americanos se uniram na construção da linguagem DAML+OIL, a qual foi o ponto de partida para a W3C definir a linguagem OWL. – A OWL descreve de modo mais eficiente os aspectos semânticos e seus possíveis relacionamentos, possibilitando representações mais abrangentes da linguagem RDF e RDFS, vindo a favorecer sua interoperabilidade. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
  • 46. Web Semântica - OWL GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 47. Web Semântica – OWL GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 48. Web Semântica - OWL GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 49. Web Semântica - OWL GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 50. Web Semântica – Dentro do aspecto das ontologias temos as linguagens • SparQL: Realiza consultas a partir de estruturas RDF a fim de favorecer a recuperação da informação • DLP: Permite intersecção entre lógica descritiva (OWL DL) e Programação Lógica. • Rules: Permite a definição de regras lógicas relacionadas aos recursos informacionais. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 51. Web Semântica • Às camadas Logic framework, Proof e Trust seriam incumbidas as tarefas de: – tratamento das informações descritas em níveis inferiores, – comprovação de que os elementos informacionais estejam descritos de maneira adequada, e a – confiabilidade que as informações estejam descritos de modo correto. Fonte: Ramalho, Vidotti e Fujita (2007). GOMES,GAMA. Ontologia, 2009
  • 52. Web Semântica? • Por que Web Semântica? • Suponha que você queira comprar o box da "Trilogia Star Wars" na internet, e que você tenha alguns critérios básicos para a sua compra. Primeiro, você quer DVDs widescreen e não full-screen, e você quer o box que tenha o disco extra de bônus. Segundo, você quer o menor preço disponível, mas você preferiria comprar um box novo, não um usado. Por fim, você não quer pagar muito pelo envio e manuseio, mas você também não quer esperar muito pela entrega. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 54. Web Semântica • No atual ponto da evolução da Web, sua melhor aposta seria buscar nos sites de diferentes varejistas, comparando preços e tempo de envio e preços. Você poderia também procurar um site que compare opções de preço e envio entre vários varejistas de uma vez. De qualquer maneira, você tem que fazer a maior parte do "bater perna" virtual, e então tomar sua decisão de compra e fazer seu pedido sozinho. • Com a Web Semântica, você teria mais uma opção. Você poderia colocar suas preferências em um agente computadorizado, que buscaria na Web, encontraria a melhor opção par você, e faria seu pedido. O agente poderia então abrir um programa de finanças pessoais no seu computador e registrar o valor que você gastou, e ainda poderia marcar a data em que seus DVDs deveriam chegar em seu calendário. Seu agente também aprenderia seus hábitos e preferências, então se você tivesse uma experiência ruim ao comprar de um site em particular, ele saberia que não deve usar mais aquele site. • O agente faria isso não olhando imagens e lendo descrições como uma pessoa faz, mas buscando metadados que claramente identificam e definem o que o agente precisa saber. Metadados nada mais são que dados legíveis por máquina que descrevem outros dados. Na Web Semântica, metadados são invisíveis quando as pessoas lêem a página, mas são claramente visíveis para os computadores. Metadados também permitem pesquisas na Web mais complexas e focadas, com resultados mais precisos. Para Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, estas ferramentas farão a Web - atualmente semelhante a um livro gigante - se tornar um banco de dados gigante. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 55. O W3C e a Web Semântica • O World Wide Web Consortium (W3C) é um consórcio internacional com a missão de levar a Web ao seu potencial máximo, através do desenvolvimento de protocolos, especificações e sugestões para garantir o crescimento da Web no longo prazo. • O consórcio então propôs e recomendou o Resource Description Framework (RDF) que é uma linguagem para representação de informação a respeito de recursos na Web. A RDF Vocabulary Description Language 1.0 (RDF Schema) • OWL Web Ontology Language foi recomendada como próximo passo com objetivo de fornecer algumas outras possibilidades para ontologias como escalabilidade, distribuição, compatibilidade com os padrões (standards) Web para acessibilidade e internacionalização, openness e extensibilidade. (W3C, 2004e) GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 56. Considerações Finais Dentro do contexto da Arquitetura da Informação as ontologias apresentam considerável relevância no que diz respeito ao desenvolvimento de mecanismos de buscas na web que visem a recuperação da informação a partir da representação do conhecimento. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.
  • 57. Bibliografia • BLACKBURN, S. Consultoria da edição brasileira. In: MARCONDES, D. Dicionário oxford de filosofia. Tradução D. Murcho et al. Rio de Janeiro : Jorge Zahar, 1997. • CALVANESE, D., DE GIACOMO, G. Descript ion Logics for Conceptual Data Modeling in UML.ESSLLI 2003, Vienna, August 18–22, 2003. • FRANCONI, E. First Order Logic and ER Schema. Notas de Aula, University of Manchester, 2000. • GUARINO, N.; GIARETTA, P. Ontologies and knowledge bases – towards a terminological clarification. In: N. MARS (Ed). Towards very large knowledge bases: knowledge building and knowledge sharing. Amsterdam: IOS Press, 1995. p. 25-32. • GRUBER, Thomas R. (1993), “A Translation Approach to Portable Ontology Specification”. Disponível em: http://tomgruber.org/writing/ontolingua-kaj-1993.pdf> Último acesso em 20 de setembro de 2005. • WELTY, C., GUARINO, N. Supporting Ontological Analysis of Taxonomic Relationships. Data and Knowledge Engineering, v.39, n.1, p. 51-74, 2001. GOMES,GAMA. Ontologia, 2009.