A biodiversidade tropical é essencial para o equilíbrio dos ecossistemas florestais. No Brasil, existem experiências que mostram como a biodiversidade pode ser usada como ferramenta nos agroecossistemas, como o plantio de seringueiras em pequenas ilhas cercadas por floresta na Amazônia, que se mostrou produtivo graças à proteção da biodiversidade circundante contra doenças. A conservação e o uso sustentável da biodiversidade tropical são importantes para a sustentabilidade ambiental e econômica.
2. LARGEA - ESALQ / USP
Laboratório Reprodução Genética Espécies Arbóreas
Estudo da Biodiversidade das Florestas Tropicais
com Técnicas de Genética Molecular;
Aplicação desses Conhecimentos em Projetos
SocioAmbientais nos diversos Biomas;
Esses Conhecimentos tomam Importância cada
vez maior no Debate Internacional e Nacional:
– Biodiversidade - Convenção da Biodiversidade*
– Mudanças Climáticas – Convenção do Clima
– Código Florestal - Congr. Nacional; Sociedade
– Rio + 20: Internacional – Economia Verde
3. BIODIVERSIDADE - CONTEXTO MUNDIAL
O BRASIL É O PAÍS DE MAIOR BIODIVERSIDADE
DO PLANETA: E DAÍ? IMPORTÂNCIA SOCIO-
AMBIENTAL, RESPONSABILIDADES E DESAFIOS;
IMPORTÂNCIA: PERPECTIVAS PARA A SUA
CONSERVAÇÃO** E, PRINCIPALMENTE, O USO
SUSTENTÁVEL* E REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS*;
O BRASIL POSSUI 20% DA BIODIVERSIDADE DO
PLANETA, 25 MI AMAZÔNIDAS, 200 ETNIAS DE
ÍNDÍGENAS, BIOMAS DE ALTA BIODIVERSIDADE.
“A AMAZÔNIA É A PRINCIPAL QUESTÃO: POR QUE?”
“MAIOR E 85% AINDA EM PÉ”
4. RANKING MUNDIAL DE BIODIVERSIDADE
DOS PAÍSES DO PLANETA
Mittermeier et al. (1997) (CI)
PAÍSES DIVERSIDADE * ENDEMISMO * TOTAL
------------------------------------------------------------------------------------
BRASIL 30 18 48
INDONÉSIA 18 22 40
COLÔMBIA 26 10 36
AUSTRÁLIA 05 16 21
MÉXICO 08 07 15
MADAGASCAR 02 12 14
-------------------------------------------------------------------------------------
*Diversidade: Organismos escolhidos; Endemismo: só no Brasil
5. BIODIVERSIDADE DAS FLORESTAS TROPICAIS
O QUE TEMOS? O QUE CONHECEMOS?
ORGANISMOS Total Conhecido* Total Estimado
------------------------------------------------------------------------------------
Plantas 250.000 (50%) 500.000
Microrganismos*** 100.000 (1%) 10 Milhões
Animais** 1.100.000 (3%) 40 Milhões
------------------------------------------------------------------------------------
Total Geral 1.450.000 (3%) 50 Milhões
* Só conhecimento taxonômico; ** Grande maioria insetos
*** Microrganismos e insetos são o predomínio no Mundo !!!
6. CONVENÇÕES DE DIVERSIDADE BIOLÓGICA
E DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS/ONU
Principais resultados da Rio 92 - Conferência
da ONU para Meio Ambiente; (RIO +20 !)
Acordo negociado entre Governos dos Países
das Nações Unidas (191); (188) e (143)
Tratado Internacional com Força de Lei*, para
Países que ratificam a Convenção;
Compromisso de cumprir as Decisões aprova-
das nas COPs (Conference of Parties);
“Quem não ratificou nem a Convenção da
Biodiversidade e nem o Protocolo de Kioto
e Por que Não?”
7. OBJETIVOS DA CONVENÇÃO DA
BIODIVERSIDADE (3)
Conservação* da Diversidade Biológica ou
da Biodiversidade - CDB;
Uso Sustentável dos Recursos Genéticos
da Biodiversidade;
Repartição Justa e Eqüitativa dos Recursos
Biodiversidade.
“A ênfase para os Países Ricos é mais para o
primeiro objetivo: a Conservação”
8. CONFERÊNCIA DAS PARTES DA
CDB - COP 8
A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo
decisório no âmbito da CDB - Convenção sobre a
Diversidade Biológica;
As reuniões da COP são realizadas a cada dois
anos; rodízio entre os continentes:
COP 1:Bahamas 1994; COP 2: Indonésia 1995; COP
3: Argentina 1996; COP 4: Eslováquia 1998; COP 5:
Quênia 2000; COP 6: Holanda 02; COP 7: Malásia 04
COP 8: Brasil 06; COP 9 –Alemanha – 08; COP 10 –
Japão-Nagóia 10; COP 11 – Índia-Hyderabad 12; Coréia Sul
9. QUANTIFICAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
ESPÉCIES DA FLORESTA TROPICAL
DIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA (REIS, 1996)
– NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS = 35%
– NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES: LIANAS/EPÍFITAS = 42%
– NÚMERO TOTAL DE ESPÉCIES: ARBUSTOS/ERVAS = 23%
EM 1 SÓ HECTARE DE MATA ATLÂNTICA
– NÚMERO MÉDIO: 150 ESPÉCIES DE ÁRVORES/HA
– NÚMERO TOTAL DE PLANTAS: 500 ESPÉCIES; E
– 50.000 ESPÉCIES DE ANIMAIS/MICRORGANISMOS
ANTÍTESE: 1 SÓ GENÓTIPO/TRANSGÊNICO EM MILHARES DE
HA NA MONOCULTURA DA AGROPECUÁRIA E FLORESTA ?
10. Biodiversidade Para Quem? (Kricher 97)
O número de spp de insetos e de microrganismos
nesses ecossistemas é cerca de 100 vezes o número
de plantas (500), ou 50.000 espécies por hectare;
Na co-evolução* das florestas tropicais, as plantas
passaram a produzir os compostos secundários
químicos, base para os fármacos e fitoterápicos.
Os Compostos Secundários, ou princípios ativos, vêm
há longo tempo sendo utilizados pelas Comunidades,
utilizando-se do Conhecimento Tradicional;
Essa prospecção pode ser via Moléculas para a Indústria
de Fármacos, ou compostos ativos pela Indústria de
Fitoterápicos, assim como para as Fármacias Vivas;
Uso nas Indústrias de Biotecnologia: Biopirataria*
11. BIOPIRATARIA E BIODIVERSIDADE
(Uso Sustentável e Repartição de Benefícios)
Lei de Acesso aos Recursos Genéticos e
Repartição Justa e Equitativa de Benefícios
dos Recursos Genéticos da Biodiversidade*;
Regime Internacional de Acesso aos
Recursos Genéticos; Proposta feita na COP 8
Curitiba-PR; (COP 10 Protocolo Nagóia)*.
12. Lei de Acesso ao Material Genético e
seus Produtos, aos Conhecimentos
Tradicionais Associados e Repartição de
Benefícios (discutida no CGEN/MMA
por dois anos; na Casa Civil até hoje).
13. Plantas, animais,
fungos e
microorganismos
Variedades Crioulas
Conhecimentos
Tradicionais Associados
Genes
Biomoléculas
Extratos
CARACTERÍSTICAS
E
PROPRIEDADES
FUNCIONAIS
Material Genético e seus Produtos
Produtos
comerciais
Cultivares
Cosméticos
Fármacos
14. Quais os problemas para a Lei de Acesso?
i) A biopirataria corre solta, sem a
repartição justa de benefícios;
ii) Os conhecimentos tradicionais não são
valorizados, e sim explorados: povos
indígenas, comunidades tradicionais, ..
iii) A biodiversidade é um patrimônio
nacional; a quem cabe os benefícios?
Em Contrapartida: Desmatamento !!!
15. USO DAS TERRAS NO BRASIL (850 Mi Ha)
Uso da Terra Área (Ha) Porcentagem
---------------------------------------------------------------------------
Pecuária Total 200 Mi 22%
Agronegócio 80 Mi 10%
Agricult Familiar 100 Mi 12%
Amazônia 450 Mi 50% (17%)*
Pecuária 45 Mi 60%
Pec. Abandonada 20 Mi 30%
Agricultura 10 Mi 10%
---------------------------------------------------------------------------
Pecuária no Brasil tem produtividade de 1,2 cab/ha;
Amazônia menos de 1,0 cab/ha; ideal: 2-3 cab/ha
16. DESMATAMENTO DAAMAZÔNIA
2/3* DAS EMISSÕES DE CARBONO DO BRASIL
COP 15 (2010) Copenhagen: Brasil redução 38% ?
EXPLORAÇÃO MADEIREIRA PREDATÓRIA
PECUÁRIA EXTENSIVA (APÓS MADEIRA)
- AMAZÔNIA: 45 MI HA ( 0,9 CABEÇA/Ha);
- EX-PECUÁRIA: 20 MI HA (ABANDONADOS);
SOJA INTENSIVA: CERRADO DAAMAZÔNIA
« A PECUÁRIA É PARA REFORMAAGRÁRIA E O
AGRONEGÓCIO QUE NOS ENVENENA* »
17.
18.
19. As setas indicam os corredores de expansão. Área cultivada
com soja e gado, na Amazônia Brasileira. Fonte:
IBGE. Pecuária: menos de 1 cab/Ha*
Soja e Gado: Avanço na Amazônia
20. Plano de Ação para Prevenção e Controle
do Desmatamento na Amazônia - CEDAm*
GRUPO PERMANENTE DE TRABALHO INTERMINISTERIAL
SOBRE DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA
Instituído por Decreto de 3 de julho de 2003
Reuniu 13 ministérios coordenados pela Casa Civil
da Presidência da República*
22. CUSTO PARA MANTER A BIODIVERSIDADE*
REDUZIR DESMATAMENTO E MANEJO SUSTENTÁVEL
– PLANO DE COMBATE AO DESMATAMENTO:
A ESTRUTURA PARA AS AÇÕES NA AMAZÔNIA DO GT
INTERMINISTARIAL CUSTOU EM TORNO DE US$ 50 MI / ANO. A
REDUÇÃO DE 500 MI HA CUSTOU CERCA DE US$ 100/HA/ANO;
– RECUPERAÇÃO DA FLORESTA:
O PLANTIO MISTO DE ESPÉCIES NATIVAS PARA A
RESTAURAÇÃO FLORESTAL, OU “REFAZER” A FLORESTA, TEM
FICADO CERCA DE US$ 2.000 / HA;
– MANEJO SUSTENTÁVEL DA FLORESTA:
MANEJO SUSTENTÁVEL DA FLORESTA, COM MANUTENÇÃO DO
RECURSO E A BIODIVERSIDADE. QUAL O CUSTO PARA MANTER
O SERINGUEIRO NA RESEX? US$ 20,00 / HA / ANO.
23.
24. Floresta Tropical: Mata Atlântica
Num hectare de Mata Atlântica temos
cerca de 500 espécies vegetais, sendo
em torno de 150 espécies de árvores e
cerca de 350 espécies de não árvores
(lianas, epífitas, arbustos e herbáceas);
Estima-se existirem cerca de 100 vezes
mais espécies de insetos e microorga-
nismos do que de plantas, ou 50 000
espécies por Ha, na Floresta Tropical.
25. Aplicação: Uso da Biodiversidade*(30 a)
Biodiversidade e o Uso como Ferramenta nos
Agroecossistemas = Equilíbrio Ecológico;
1- Amazônia: Ilhas de Alta Produtividade de
Seringueiras - IAPs, no Acre;
2- Mata Atlântica: Restauração de Áreas
Degradadas com Espécies Nativas;
3- Plantações de Exóticas com APPs e RLs
como Buffer de Biodiversidade;
4- Agricultura Familiar: Construção de Novos
Sistemas de Produção com Biodiversidade;
Considerações Finais: Que lições tirar para o
Uso dessa nossa Biodiversidade?
26.
27. Biodiversidade Tropical
A Biodiversidade é a responsável pelo
delicado equilíbrio nas florestas tropicais,
pois biodiversidade e equilíbrio sempre
estão associados nesses ecossistemas.
O que é então essa tal Biodiversidade
Tropical e como a mesma pode ser
referência para os agroecossistemas?
Existem experiências de êxito em como
essa biodiversidade pode ser utilizada
como ferramenta nos Agrossistemas?
Biodiversidade Dentro e Entorno do Talhão
28. ILHAS DE ALTA PRODUTIVIDADE – IAPs
SERINGUEIRAS DO ACRE – AMAZÔNIA
(RESEX CHICO MENDES – 1990/95*)
31. ILHAS DE ALTA PRODUTIVIDADE – IAPs
ACRE - AMAZÔNIA
A SERINGUEIRA É NATIVA DA AMAZÔNIA E POR
ISSO É ATACADA PELO FUNGO MAL DAS FOLHAS
(Mycrociclus ulei), IMPEDINDO PLANTAÇÕES NA
REGIÃO DE ORIGEM, OU NA AMAZÔNIA;
O PLANTIO DE PEQUENAS ILHAS (1 Ha)-IAPs DE
SERINGUEIRA NO MEIO DA FLORESTA (RESEX)
TEVE SUCESSO, SEM DOENÇA, A PLANTA FOI
PROTEGIDA PELA BIODIVERSIDADE AO REDOR;
• A BIODIVERSIDADE NO ENTORNO DA ÁREA
PRODUTIVA (TALHÃO) PODE SER IMPORTANTE
PARA O EQUILÍBRIO DOS CULTIVOS, MESMO QUE
SEJAM MONOCULTIVOS CLONAIS.*(Tomate, Eucal)
32.
33.
34. RESTAURAÇÃO DE MATAS CILIARES COM
ALTA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES NATIVAS
(CESP/ESALQ – 1988/2000)
35. RESTAURAÇÃO DE MATAS CILIARES COM
ALTA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES
A Tecnologia para a Restauração de Áreas
Degradadas no Brasil, a partir dos 80, teve resultados
muito importantes, para a valorização das espécies
nativas e para a restauração de matas ciliares;
O plantio de cerca de 100 ou mais espécies nativas
diferentes juntas por hectare foi tornado possível a
partir da pesquisa desenvolvida por universidades e
instituições de pesquisas nessas duas últimas décadas;
•Os dois conceitos fundamentais utilizados para essa
restauração foram basicamente: i) a diversidade de
espécies (100) e ii) a sucessão ecológica (P,I,T,C).
36. MODELO BÁSICO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE GRUPOS ECOLÓGICOS
(BUDOWSKI, 1966)
RESTAURAÇÃO: BIODIVERSIDADE E SUCESSÃO
37. ALTA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES E
EQUILÍBRIO DO ECOSSISTEMA
Não se tem constatado ataque de pragas e/ou doenças,
em nenhuma dessas 100 espécies, o que parece
surpreendente, comparando-se com outras culturas;
Mesmo as formigas cortadeiras, as mais temíveis e
incontroláveis por meios naturais, não têm necessitado
mais do seu controle, após os dois anos do plantio;
Deve-se creditar o não ataque de pragas e doenças
nessas plantações mistas à alta diversidade de espécies,
à maneira do que ocorre nas florestas naturais.
38.
39.
40. PROJETO (APLICAÇÃO):
RESTAURAÇÃO FLORESTAL E
QUANTIFICAÇÃO DE SEQUESTRO DE
CARBONO NA AES TIETÊ
MDL/ONU – Convenção de Mudanças Climáticas
Cooperação: ESALQ/USP e AES Tietê
2008-2013 – 10 000 Ha
41. Dar suporte técnico-científico às diferentes
etapas do plantio de restauração, visando à
maximização da remoção de carbono
atmosférico e também da restauração da
biodiversidade, por métodos que visam
aprimorar as técnicas existentes.
Objetivo geral
42. Importância da cooperação universidade x empresa: avanço da
pesquisa e contribuição com novas tecnologias;
Implementação da Metodologia ARAM 0010 nas condições de
restauração de áreas degradadas ciliares; CMC/ONU
Consolidação e continuidade de 20 anos de pesquisa da
ESALQ/USP através do Projeto Carbono AES;
O projeto visa contribuir com o meio ambiente, assim como
com comunidades vizinhas (social).
RESTAURAÇÃO E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
43. Sequestro de C em reflorestamentos heterogêneos
com espécies nativas
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Idade (anos)
EstoquedeC(tC/ha)
Melo e Durigan, 2006 CURVA AES Dados AES Suganuma, 2007
44.
45. PLANTIOS DE EUCALIPTOS COM APPs
E RESERVAS LEGAIS
(EMPRESA FLORESTAL – 2008)
CÓDIGO FLORESTAL ??
46. PLANTIOS DE EUCALIPTOS CLONAIS
COM APPs E RESERVAS LEGAIS
Os plantios de florestas no Brasil, basicamente com
espécies exóticas (Eucalyptus e Pinus), teve grande
impulso com os incentivos fiscais e se consolidou,
embora com débitos sociais/ambientais;
O setor de plantações florestais foi o pioneiro em
incorporar as APPs e RLs em suas plantações, por
importante e significativo segmento do setor;
Plantações florestais não têm esquemas de
proteção às pragas e doenças a partir de
agrotóxicos por avião*; as APPs e RLs - ou a
biodiversidade natural - é a única ferramenta.
48. PLANTIOS DE EUCALIPTOS COM APPs
E RESERVAS LEGAIS
Pesquisas têm mostrado que talhões clonais de
Eucaliptos, com baixa diversidade genética, com
áreas de APPs e RLs no entorno* apresentam
muito menor ataque de pragas e doenças;
Dessa forma, a biodiversidade nativa tem sido
uma ferramenta importante para possibilitar o
não uso em grande escala de agrotóxicos nos
empreendimentos de florestas de exóticas*(Ex?).
51. ESTABELECIMENTOS RURAIS E PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS NO BRASIL
Categorias No Estabeleci/ % Área Ha % Financia/
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Patronal 554 mil 11,4 240 mi 67,9 73,8
Familiar 4.139 mil 85,2 107 mi 30,5 25,3
Outros** 164 mil 3,4 5,8 mi 1,7 0,9
-----------------------------------------------------------------------------------------------
FONTE: CNPq (2002) ; ** Governo e Igreja
52. BIODIVERSIDADE EM PEQUENAS
PROPRIEDADES FAMILIARES
Agricultores Familiares vêm usando técnicas
de SAFs-Sistemas Agroflorestais, com espécies
arbóreas e agrícolas na áreas de produção,
com maior equilíbrio nos agroecossistemas;
Espécies de luz e de sombra são associadas
em modelos adequados, usando os nutrientes do
solo com as raízes profundas das árvores e as
raízes rasas das plantas agrícolas*.
NACE/ESALQ: Pesquisas com Assentamentos
Rurais – Sistemas de Produção baseados na
Biodiversidade e Agroecologia (1995-2012)*
56. “PROJ BIOENERGIA COM BIODIVERSIDADE
E SEGURANÇA ALIMENTAR - PONTAL (SP)”
Projeto mais recente, financiado pelo MDA:
Uso de Palmeira Nativa da Região-Macaúba,
que produz 10 vezes mais do que a Soja (sic);
SAF de Macaúba* com plantas alimentares;
Pesquisa Participativa com a Comunidade, com
parcerias Locais: APTA, Embrapa, IAC, INCRA,
ITESP e Empresa Esmagadora, com um forte
componente de Formação, Educação e Extensão;
O desafio, como dito, é: como ampliar essa
forma de produção + sustentável de Agricultura
para a comunidade de 6 Mil Famílias do Pontal !
59. Produtividade da Macaúba*
densidade de plantio
nas APD (ind/ha)
Rendimento óleo (kg/
ha)
Hipótese A Hipótese B
500 8 000 10 500
A produtividade estimada é
de 10 vezes mais que a soja!
Potencial!
“O MDA aprovou a 1a Fase do projeto Macaúba e renovou
por mais 2 anos(2014), totalizando 80 famílias assentadas”*
60. “PROJ ASSENTAMENTO SUSTENTÁVEL NO
EXTREMO SUL DA BAHIA”
Fomos convidados pela Empresa Fibria* a
fazer com o MST um Projeto de Assentamento
Sustentável, com princípios da Agroecologia,
com Cessão das Terras para Reforma Agrária;
O MST aceitou a proposta propondo que junto
com o Projeto de Assentamento fosse criado um
Centro de Formação e Educação sobre
Agroecologia e SAFs, visando a comunidade;
O Centro de Formação foi inaugurado com a
presença do Governador da Bahia; Pesquisadores
da ESALQ, junto com Técnicos e Agricultores do
MST, iniciaram o Projeto em Junho de 2012.
63. Objetivos e estrutura do Centro de
Formação do Sul da Bahia (Esalq/Mst)
Centro referência regional – Agroecologia
Área demonstrativa de tecnologias adequadas
Centro de educação sócio-ambiental
Modelo de eficiência ambiental
Formação : Agricultores, Técnicos, Comunidade
64. Cadeias Produtivas e Agroindústrias
Fruticultura tropical – em SAFs
Hortifrutigranjeiros – Orgânicos
Medicinais e Fúngicos (Fiocruz)
Leite e derivados - Pequenos Animais
Cacau orgânico – (Cabruca)
Produtos Florestais não madeireiros
– Sementes Florestais, Mel , Ornamentais, ...
Produtos Madeireiros de alto valor agregado
Embasamento técnico e científico para
viabilizar as Cadeias Produtivas !!!
65. CULTIVO ORGÂNICO EM APIAÍ-SP NO
VALE DO RIBEIRA (IAP*)
PLANTIO DE TOMATE RODEADO DE
BIODIVERSIDADE (ORGÂNICO), EM PEQUENAS
CLAREIRAS NA MATA ATLÂNTICA;
POSSIBILIDADE TAMBÉM DO PLANTIO DE
OUTRAS ESPÉCIES NATIVAS, MUITO
ATACADAS POR PRAGAS E/OU DOENÇAS;
É A BIODIVERSIDADE NO ENTORNO DA ÁREA
PRODUTIVA, FAZENDO O PAPEL DE BUFFER,
PROTEGENDO O TALHÃO CARRO-CHEFE.
67. COMPARAÇÃO DE CULTIVO DE TOMATE
CONVENCIONAL E ORGÂNICO EM APIAI-SP
Cultivos Produtividade Custo Retorno
Tipos por 1000 pés Produção Econômico
----------------------------------------------------------------------------
Convencional 200 Cx 5.000,00 1.000,00
Orgânico (Mata) 50 Cx(100 cx) 700,00 800,00*
----------------------------------------------------------------------------
Tomas & Kageyama (2011, Diss Mestrado)
Obs: Preço/Cx: R$ 30; Convencional: 36 aplicações*
68. Cultivo da Banana no Vale do Ribeira:
Convencional X Orgânico (SAF)
Melo, C.V. (2009) – Eldorado-SP
Tipo Cultivo Convencional SAF Orgânico
------------------------------------------------------------------
No Pessoas 7 6
Ha em Uso 6 5
Hs Semana 36 45
M.O Contratada 10 0
M.O Mutirão 0 0,5
------------------------------------------------------------------
69. RESUMO FINAL DO PROJETO DA BANANA
Produtividade Convencional SAF Orgânico
-----------------------------------------------------------------
Kg/Pl Banana 30,6 6,8
Custo Produção 7.812,30 172,30
Renda Liqu/Ha 1.858,60 2.572,10
-----------------------------------------------------------------
Obs. Conceito de Produtividade ?
70. CONSIDERAÇÃO FINAIS
Brasil: País de Maior Biodiversidade: a Convenção da
Biodiversidade atende muito mais a Conservação do
que o Uso Sustentável e Repartição de Benefícios;
A Biodiversidade pode ser Ferramenta de Equilíbrio:
agroecossistemas construídos com alta diversidade
são altamente vantajosos para a Agricultura Familiar;
Tem-se questionado as tecnologias que vêm sendo
adotadas para o meio rural, baseadas no uso cada vez
maior de agrotóxicos* (Saúde Humana);
Áreas mal usadas da Pecuária (200 M Ha): prioritárias
para a Reforma Agrária e a Produção de Alimentos
Saudáveis e Socialmente Justas (Cod Ftal e Rio + 20).