O documento discute a importância dos cuidados com a voz, principalmente para professores cuja voz é o principal instrumento de trabalho. Ele explica que a voz é produzida pela laringe através da vibração das cordas vocais e é moldada pelas cavidades de ressonância. Também descreve possíveis problemas vocais como nódulos, pólipos e edema de Reinke que podem afetar professores e a necessidade de cuidados como aquecimento vocal, hidratação e evitar hábitos como fumar.
2. Por ser um valioso instrumento de trabalho,
além de reflexo de nossa saúde física e
mental, a voz merece atenção e cuidados
especiais.
Voz agradável é voz saudável.
3. O que é voz?O que é voz?
A voz é um fenômeno próprio
produzido pelo homem, que
identifica não somente a sua
idade, seu sexo e seu tipo
físico, como também é um dos
meios mais fortes que
identificam nossas
características de
personalidade e estados
emocionais.
6. Como a voz é produzida...Como a voz é produzida...
1. Ar sai dos pulmões
2. Vibração das cordas
vocais
3. Som “moldado”
◦ garganta
◦ boca
◦ língua
◦ lábios
1
2
3
7.
8. A voz é o som básico produzido pela laringe, por meio da
vibração das cordas vocais (tecnicamente chamada de
pregas vocais).
Ao respirarmos as pregas vocais se abrem e o ar entra e sai
dos pulmões.
Ao falarmos, elas se aproximam e o ar que sai dos pulmões,
passa pelas pregas vocais, produzindo uma vibração que é
a voz.
Esse som produzido passa pelas cavidades de ressonância
(faringe, boca e nariz), que são os alto-falantes naturais. Os
sons são articulados na boca, dentes, língua, lábios,
mandíbula e palato. Estas estruturas modificam o som
produzindo a fala.
13. O Professor e a Sua VozO Professor e a Sua Voz
O professor é um
profissional da voz, ou
seja, a voz é seu principal
instrumento de trabalho,
através do qual transmite
ensinamentos.
As conseqüências da falta
de conhecimentos e
cuidados com a voz
podem trazer prejuízos
para a saúde vocal, desde
alterações quase
imperceptíveis
auditivamente, até
alterações vocais severas,
muitas vezes impedindo
que o professor continue
na regência.
14. Uma produção vocal alterada pode
reduzir a integibilidade da fala, além
de criar no ouvinte, um impacto
negativo e certo incômodo,
resultando, então, em problemas na
relação do professor com os alunos,
bem como sociais, emocionais e
econômicos.
15. O professor que, mesmo sentindo
sinais de cansaço vocal, continua
lecionando e forçando a voz,
sem tomar
nenhum cuidado ou tratar o problema,
acaba desgastando ainda
mais a sua voz,
chegando algumas vezes à afonia
(perda da voz), o que pode levar à
finalização precoce da carreira.
16. O QUE É UMA DISFONIA?O QUE É UMA DISFONIA?
Chama-se disfonia às alterações
auditivas ou físicas que podem
resultar num impedimento do uso da
voz.
17. Na maioria dos casos, a origem das
disfonias é funcional – uso
inadequado da voz, respiração
incorreta, má técnica vocal, choque
térmico, hábito de fumar
excessivamente, ingestão de bebidas
alcoólicas, hábitos vocais
inadequados (BOONE &
McFARLANE, 1996).
18. Principais sinais de alteraçõesPrincipais sinais de alterações
na vozna voz
Falhas na voz durante as conversações do dia-a-dia.
Voz rouca por vários dias.
Voz mais rouca na sexta-feira e de boa qualidade após
o descanso no fim de semana.
Muito cansaço (fadiga) vocal.
Diminuição do volume da voz, gerando esforço para
conseguir falar um pouco mais alto ou gritar.
Voz mais grave (grossa) do que no início da profissão.
Dificuldade em cantar.
Pigarro constante (necessidade de raspar a garganta).
Dor ou desconforto na área do pescoço.
Tosse seca persistente.
Ardência na garganta.
Sensação de corpo estranho ("bolo") na garganta.
20. NódulosNódulos
Conhecidos também
como "calos vocais",
os nódulos são
crescimentos benígnos
localizados, quase
sempre, nas duas
pregas vocais. O
tratamento é na
maioria das vezes,
fonoterápico, podendo
em alguns casos ser
cirúrgico, seguido de
fonoterapia. Os
principais sintomas
vocais são: rouquidão
e soprosidade.
21. PóliposPólipos
Assim como os nódulos,
são lesões benígnas que
se originam do abuso da
voz. Muitas vezes, são
decorrentes de um único
evento vocal, como gritar
em uma partida de
futebol. Pode também ser
decorrente de agentes
irritantes, alergias,
infecções agudas, etc. O
tratamento, normalmente
é cirúrgico seguido de
fonoterapia. Os principais
sintomas vocais são
rouquidão, aspereza ou
soprosidade.
22. Edema de ReinkeEdema de Reinke
As pregas vocais mostram-
se inchadas ao longo de
toda a sua extensão. A
principal causa é o fumo,
mas o uso abusivo e
excessivo da voz é o mais
importante fator associado.
O principal sintoma vocal é
a rouquidão. Muitas
mulheres podem ter suas
vozes confundidas com as
de homem, principalmente,
ao telefone. Quando
discretos, os edemas
podem ser tratados com
medicamentos e
fonoterapia, assegurando-
se a eliminação de seu
fator causal; quando
volumosos, necessitam de
remoção cirúrgica, seguida
de reabilitação
fonoaudiológica.
23. CistosCistos
São lesões benignas que
se parecem com
pequenas esferas nas
margens das pregas
vocais. Geralmente são
congênitos (nasce com
ele). Podem ser
decorrentes do
bloqueio de um ducto
glandular da mucosa
cordal, no qual há
retenção de muco,
principalmente após
abusos vocais. O
tratamento, geralmente,
é cirúrgico. O principal
sintoma vocal é a
rouquidão.
24. Quem pode tratar dos problemasQuem pode tratar dos problemas
da voz?da voz?
O médico
otorrinolaringologista
é quem pode
diagnosticar possíveis
problemas no
aparelho fonador. A
partir de seu
diagnóstico se
necessário, o
fonoaudiólogo, que
trabalha juntamente
com o
otorrinolaringologista,
fará a correção de
possíveis problemas
através de exercícios.
26. Saúde VocalSaúde Vocal
Envolve os cuidados importantes que o
professor, deve ter com a sua voz
para conservar a qualidade dela,
protegê-la do uso inadequado
freqüente e evitar doenças.
27. Hidratação do organismo é
fundamental. Beba de 7 a 8 copos de
água por dia, em temperatura
ambiente.
Evite ambiente com ar condicionado,
que resseca as mucosas. Neste caso,
intensifique a hidratação.
28. Tossir ou pigarrear excessivamente
provoca um atrito intenso nas pregas
vocais, podendo feri-las. O melhor é
controlar a vontade de pigarrear, aumentar
a hidratação, fazer exercícios de vibração
de língua.
Falar em ambientes ruidosos ou abertos
leva o falante a intensificar a emissão
vocal, pois há competição sonora. Quando
possível deve-se evitar tais ambientes.
29. Falar excessivamente durante quadros gripais
ou crises alérgicas pode causar danos
irreversíveis, pois os tecidos que revestem a
laringe estão inchados e o atrito das pregas
vocais durante a fala passa a ser uma forte
agressão.
Evitar fumar ou falar muito em ambientes de
fumantes. O cigarro é altamente irritante às
mucosas do trato vocal, além de ressecá-las e
dificultar sua vibração.
30. Falar demasiadamente logicamente causa
sobrecarga vocal. As pregas vocais são
músculos como qualquer outro, e também
sofrem fatiga.
Cantar inadequada ou abusivamente e fazer
parte de corais sem preparo vocal. Cantar é
um ótimo exercício laríngeo, mas o indivíduo
precisa ter preparo e técnicas vocais, caso
contrário podem surgir sérios distúrbios
orgânicos.
31. É comum o uso de pastilhas, sprays,
gengibre, gargarejos, própolis etc. O efeito
destes servem, basicamente, para aliviar o
incômodo proveniente da garganta, mas não
solucionam o problema.
Recomenda-se não usar roupas ou
adereços apertados principalmente na região
do pescoço, onde se encontra a laringe e na
cintura onde se encontra o músculo
diafragma.
32. O álcool também é irritante às pregas vocais e tem um
efeito anestésico que mascara a dor de garganta,
propiciando abusos vocais.
Alimentação com excesso de condimentos trazem azia,
má digestão e refluxo de secreções gástricas, que
podem banhar as pregas vocais causando irritações nas
mesmas.
33. A maçã é recomendada pois é adstringente,
deixando a saliva mais fininha.
Já os derivados do leite e chocolate
engrossam a saliva e dificultam a articulação
das palavras e a vibração das pregas
vocais.
Resumo do “Manual de Higiene Vocal para Profissionais da
Voz”, de Silvia M. Rebelo Pinho, ed. Pró-Fono, 1997.
34. Procure falar sempre olhando para os
alunos e não de frente para o quadro;
Além da fala, use outros artifícios para
ministrar as aulas, como filmes, slides,
cartazes, etc.
Articule bem as palavras, mas sem
exageros. Não fale muito rápido para que
os alunos o possam entender; e nem fale
devagar demais para que a aula não se
torne monótona e não disperse os
alunos.
35. Teste: Cuida bem da sua voz?
Responda às questões que se seguem como uma forma de
auto avaliação sobre o cuidado que tem com a sua voz.
Percebe se no final de um dia de trabalho a sua voz está
mais fraca?
Quando lecciona ou fala em público, as suas veias ou
músculos do pescoço saltam?
Sente dores na região do pescoço?
Após falar durante algum tempo, sente dores de cabeça?
Fala diariamente durante horas seguidas?
É fumador?
36. Pigarreia muito?
Tem alguma alergia das vias respiratórias?
Tem frequentemente faringites, amigdalites ou laringites?
Costuma auto-medicar-se quando tem problemas na voz?
Tem dificuldades digestivas, tais como azia, úlcera, refluxo
gastroesofágico, etc.?
Se respondeu afirmativamente a mais do que quatro itens,
fique atento e procure tomar alguma providência no sentido
de modificar os seus hábitos.
Se respondeu afirmativamente a mais de seis itens, procure
um especialista para que ele possa avaliar o estado de suas
pregas vocais; com estes sintomas, tem que ficar atento para
que não ocorram problemas maiores.
41. Aquecimento e desaquecimentoAquecimento e desaquecimento
vocalvocal
O aquecimento e desaquecimento vocal
leva a uma maior flexibilidade da voz. As
pregas vocais são músculos e, portanto,
necessitam de aquecimento antes de uma
atividade vocal mais intensa como qualquer
outra atividade muscular, evitando um
quadro de fadiga vocal que pode levar,
muitas vezes, a lesões.
42. Aquecimento e desaquecimento
vocal
O aquecimento e o desaquecimento
podem e devem ser adaptados de
acordo com as exigências vocais
necessárias de cada Professor
Média: 5 minutos
43. Aquecimento VocalAquecimento Vocal
Fazer movimentos de SIM, NÃO e TALVEZ,
bem lentos para relaxar a musculatura da
região cervical (pescoço); (5X de cada)
Truuuu... (5X);
Bruuuu.... (5X);
Fazer movimentos de mastigação com o som
do /m/, bem exagerado (10X);
Papai Noel – HO HO HO HO HO.
Todos os exercícios devem ser realizados
de maneira suave.
46. Exercícios de FlexibilidadeExercícios de Flexibilidade
ArticulatóriaArticulatória
AL EL IL OL UL
LA LE LI LO LU
AS ES IS OS US
SA SE SI SO SU
AR ER IR OR UR
RA RE RI RO RU
47. Trava línguasTrava línguas
Maria Mole é molenga, se não é
molenga,
Não é Maria Mole.
É coisa malemolente,
Nem mala, nem mola, nem Maria,
nem mole.
48. Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro,
O sapo batendo papo
E o papo soltando o vento.
A aranha arranha a rã.
A rã arranha a aranha.
Nem a aranha arranha a rã.
Nem a rã arranha a aranha.
49. Exercícios OrofaciaisExercícios Orofaciais
Levar a língua de um canto a outro da boca
Levar a língua de uma bochecha a outra
Estalar a língua
Vibrar a língua
Protuir e retrair os lábios (bico e sorriso
fechado
50. Profa. e Fga. Kmilla Vallinoto
kfono@hotmail.com
84062719