2. • Escola Estadual Senador Petrônio Portella
• Alunos: Angelo Coppo Nº 02
João Pedro Nº 15
Lucas Magalhães Nº 17
Kamila Tavares Nº 18
Rayssa Gualberto Nº 27
Edvan Frazão Nº 38
Professora: Pricila
3. • O Caso da Vara é um dos contos mais famosos de
Machado de Assis, publicado inicialmente na Gazeta de
Notícias, no ano de 1891, e republicado no livro Páginas
Recolhidas. O conto, fala sobre a história de Damião, um
fugitivo do seminário, que tem uma difícil escolha a
fazer.
4. • Damião – Jovem medroso que fugira do seminário por não querer seguir a carreira religiosa
imposta pelo pai. Apesar da piedade que tem em relação à Lucrécia, deixa-se levar pelo
egoísmo do interesse próprio.
• Sinhá Rita – Viúva, “quarenta anos com olhos de vinte e sete, apessoada, viva, patusca, mas
quando convinha era brava e firme como o diabo”. Vivia de ensinar bordado para escravas e
mantinha relações com João Carneiro não bem entendidas por Damião. Aceita ajudar o
jovem para provar seu autoritarismo sobre o “amante”. Impunha castigos a suas escravas,
como surras de vara.
• João Carneiro – Padrinho de Damião e suposto amante de Rita. Molenga, sem vontade, por
si só não fazia nada útil. Amigo do falecido marido de Rita e submisso às determinações da
viúva.
• Lucrécia – Escrava de apenas onze anos que bordava na casa de Rita: frágil, magricela,
marcada por uma cicatriz e uma queimadura, tímida ria e tossia para dentro. Vítima da vara
da patroa.
Personagens
5. A história
• Machado de Assis, conta brevemente a história de um
seminarista fugitivo, que tem medo de voltar para casa, pois
sabe que o pai o levará de volta ao seminário. Portanto,
Damião foge e se esconde na casa de Sinhá Rita. A mulher
promete ajudá-lo e por isso Damião permanece.
• Porém, Sinhá Rita, tem uma escrava chamada Lucrécia, uma
garota que é maltratada por Sinhá Rita.
• Damião, vendo a situação, promete a si mesmo que iria
apadrinhar Lucrécia. Mas chega um momento, em que Sinhá
Rita vai castigar Lucrécia e pede a vara a Damião, que fica em
dúvida entre ajudar Lucrécia ou entregar a vara e receber a
ajuda de Sinhá Rita. Por fim, ele decide entregar a vara.
6. Damião e Lucrécia
• No final do conto, Lucrécia chega a implorar por tudo
que é mais sagrado para que Damião a ajudasse. E com
isso, Machado de Assis usa sua ironia para fazer uma
crítica contra a escravidão da época, porém, essa crítica
perpetua até hoje, e nos faz refletir, se todas as pessoas
são cruéis e interesseiras como Damião - justamente
como ocorre nos dias atuais, em que as pessoas
perpetuam suas mentalidades racistas, sexistas e
especistas; sempre entregando a vara.
8. • Narrado em 3º pessoa.
• Não há preocupação em analisar psicologicamente os
personagens, fato que não retira a profundidade abordada no
relato.
• Crítica explícita ao interesse e egoísmo reinante nas posições
sociais. Damião tem consciência que se interceder a favor da
jovem escrava a salvará do desumano castigo imposto por
Rita, contudo, não pode ir contra as convicções da senhora que
estava lhe ajudando a sair do seminário. Por mais que haja
comoção, dó e piedade em relação à Lucrécia, seu objetivo
está acima de qualquer situação, o interesse subjetivo é
somente o que importa. A mesquinhez do jovem é o reflexo de
sua posição, tanto financeira quanto interior.
A submissão do padrinho em relação aos caprichos
da amante, juntamente com a ousadia e
autoritarismo feminino para a época, são fatores
também merecedores de relevante olhar.
9. • Machado foi sensível às crueldades da escravidão, porém,
declarou que o conto em questão não tratou da escravidão
propriamente e sim da falta de princípios da classe social
vigente perante perspectivas que visem apenas instâncias
individuais.
“Não há outro episódio na literatura Pré-
abolicionista brasileira que dê tão bem e de modo
tão flagrante a vida da criança urbana escrava”.
Machado de Assis