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esquecimento e conveniência
lucas bambozzi

sábado, 13 de outubro de 12
sábado, 13 de outubro de 12
memória . amnésia . apagamento . obsolescência . arte digital . arquivo .
conservação . informação . arte contemporânea . segmentação . estratégia

sábado, 13 de outubro de 12

Vimos nesses dias inúmeros casos de memoria perdida, apagamentos de todo tipo, acidentais, voluntarios, por conta de conjunturas politicas,
ideológicas, conflitos de interesse, por ignorancia das tecnicas, por descaso com relacao às manutencoes necessarias. Varios ja levantaram aqui
(annet Dekker, aspectos muito relevantes com relacao ao que se entende por conservar uma obra. Minha apresentacao no entanto esta mais
ligada a um aspecto relativo ao apagamento, à memoria,a uma amnesia (kujawski). Ou melhor dizendo ao acesso a informacao. Pra que essa
informacao faca parte da historia, de alguma historia.
acontecimento > documentação
informação > história
Text

sábado, 13 de outubro de 12

Vimos nesses dias inúmeros casos de memoria perdida, apagamentos de todo tipo, acidentais, voluntarios, por conta de conjunturas politicas, ideológicas,
conflitos de interesse, por ignorancia das tecnicas, por descaso com relacao às manutencoes necessarias. Varios ja levantaram aqui (annet Dekker,
aspectos muito relevantes com relacao ao que se entende por conservar uma obra. Minha apresentacao no entanto esta mais ligada a um aspecto relativo
ao apagamento, à memoria,a uma amnesia (kujawski). Ou melhor dizendo ao acesso a informacao. Pra que essa informacao faca parte da historia, de
alguma historia.
acontecimento > documentação
informação > história
Text

sábado, 13 de outubro de 12

Vimos nesses dias inúmeros casos de memoria perdida, apagamentos de todo tipo, acidentais, voluntarios, por conta de conjunturas politicas, ideológicas,
conflitos de interesse, por ignorancia das tecnicas, por descaso com relacao às manutencoes necessarias. Varios ja levantaram aqui (annet Dekker,
aspectos muito relevantes com relacao ao que se entende por conservar uma obra. Minha apresentacao no entanto esta mais ligada a um aspecto relativo
ao apagamento, à memoria,a uma amnesia (kujawski). Ou melhor dizendo ao acesso a informacao. Pra que essa informacao faca parte da historia, de
alguma historia.
estudo de casos

caso 1

acervo digital da Casa das Rosas

sábado, 13 de outubro de 12

Vou	
  me	
  ater	
  a	
  dois	
  casos	
  em	
  que	
  tenho	
  um	
  envolvimento	
  mais	
  direto.	
  
O	
  primeiro	
  caso	
  trata	
  da	
  formação	
  de	
  um	
  arquivo	
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  ligados	
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  no	
  Brasi.	
  Nao	
  falo	
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  de	
  obras	
  de	
  arte	
  (net.art,	
  webarte)	
  mas	
  de	
  
um	
  contexto	
  signiCicativo	
  que	
  foi	
  muito	
  importante	
  num	
  determinado	
  momento.	
  Ou	
  seja,	
  mais	
  um	
  exemplo	
  de	
  obra	
  de	
  importância	
  contextual.	
  E	
  que	
  foi	
  apagado	
  
arbitrariamente,	
  por	
  uma	
  soma	
  de	
  razoes,	
  algumas	
  delas	
  de	
  diCicil	
  compreensão.
Entre os anos de 1995 a 2002, a Casa das Rosas desenvolveu uma atividade pioneira, não apenas no que se refere à inclusão dos meios digitais como
prática cultural como foi um dos primeiros espaços que utilizou a Internet como um campo de desenvolvimento de exposições e projetos artísticos, criando
um diálogo até então inédito entre os acontecimentos nos espaços físicos e o ambiente virtual. O legado da Casa das Rosas, constituído em cerca de 7
anos de atividades intensas na Internet (que naquele momento ainda engatinhava), talvez fosse hoje motivo de orgulho das ações do estado na cultura
envolvendo mídias digitais.
Casa das Rosas
1995 - 2000
_aprox. 25 exposições envolvendo práticas de web;
_a primeira conexão dedicada, disponibilizada para artistas;
_webcanal: streaming semanal com entrevistados;
_experiências com a especificidade da web;
_primeira mostra internacional competitiva de net.art [1996-1997]
com Rachel Greene, Sarah Diamond, Maria Ercilia, Aguilar, Lucas
1) Jodi; 2) Celso Reeks 3); Olia Olialina

_Arte Suporte Computador - performance Time Capsule, de Eduardo Kac;
_homenagens: Mario Schenberg, Mario Pedrosa, Waldemar Cordeiro;
_exposições criadas para acontecerem na Internet;

sábado, 13 de outubro de 12

Sob a direção de J. R. Aguilar, e tendo o setor de internet sob minha responabilidade, a CR se tornou um espaço único no país naquele período, respeitado
por instituições como a Rhizome (EUA), Banff Center (Canada), V2 (Holanda) e Telepolis (Alemanha). Ocorreram exposições ícones, fazendo cruzar
gerações, meios e estéticas distintas. Os exemplos são muitos: a performance Time Capsule, de Eduardo Kac ocorreu ali. Falo do da performance em que
o artista implantou um chip em sua perna, em ação transmitida pela TV em rede nacional e em streaming pela internet, durante a exposição Arte Suporte
Computador, de minha curadoria-- algo que funcionava de uma fomra distribuida, não como carreira, mas como pesquisa e experimentacao de fato.
sábado, 13 de outubro de 12

Estiveram nessa exposição trabalhos de Augusto de Campos, radicais como Tecnobomber, uma performance de Tadeu Jungle antecipando questões
ligadas a obsolescência tecnológica hoje muito discutidas, apontando a relação de amor e ódio existente diante dos aparatos que passaram a permear
nossa vida na última década. Houveram atividades na internet em homenagem a Mario Schenberg, Mario Pedrosa, Waldemar Cordeiro, uma exposição
idealizada por Haroldo de Campos (Desexp[l]osignição) em um momento de revisão entre os concretos e neo-concretos.
sábado, 13 de outubro de 12

Estiveram nessa exposição trabalhos de Augusto de Campos, radicais como Tecnobomber, uma performance de Tadeu Jungle antecipando questões
ligadas a obsolescência tecnológica hoje muito discutidas, apontando a relação de amor e ódio existente diante dos aparatos que passaram a permear
nossa vida na última década.
Juntavamos analogico e digital, energia eletrica e circuito integrado, interativade técnica e outras formas de interação nem tanto.
sábado, 13 de outubro de 12

Houveram atividades na internet em homenagem a Mario Schenberg, Mario Pedrosa, Waldemar Cordeiro, uma exposição idealizada por Haroldo de
Campos (Desexp[l]osignição) em um momento de revisão entre os concretos e neo-concretos.
UTOPIA
Baravelli,
Carmela Gross,
Duncan Lindsay,
F ernan do Za rif ,
Gabriel Borba, Iole de Freitas,
José Resende,
L eno ra d e Bar r os,
Marcia Grostein,
Siron Franco,
Tomoshigue Kusuno,
Tunga,
Wa l t e r S i l v e i r a .

sábado, 13 de outubro de 12

Houveram exposições temáticas como a Utopia, fazendo reverberar na Internet trabalhos de Baravelli, Carmela Gross,
Duncan Lindsay, Fernando Zarif, Gabriel Borba, Iole de Freitas, José Resende, Lenora de Barros, Marcia Grostein, Siron Franco, Tomoshigue Kusuno,
Tunga e
Walter Silveira. Pra varios desses artistas o primeiro contato coma internet e algumas possibilidades expressivas vislumbradas para o meio, aconteceu
atraves dos projetos da XCasa das Rosas.
sábado, 13 de outubro de 12

Houveram exposições temáticas como a Utopia, fazendo reverberar na Internet trabalhos de Baravelli, Carmela Gross,
Duncan Lindsay, Fernando Zarif, Gabriel Borba, Iole de Freitas, José Resende, Lenora de Barros, Marcia Grostein, Siron Franco, Tomoshigue
Kusuno, Tunga e
Walter Silveira. Pra varios desses artistas o primeiro contato coma internet e algumas possibilidades expressivas vislumbradas para o meio,
aconteceu atraves dos projetos da Casa das Rosas.
LI MI TE D A FOR M A
Caetano de Almeida
Manfredo de Souzanetto
Thom as E mde
Thoma s S c honauer
Mischa Kuball
Arthur Omar
Artur Barrio
Jac Leirner
Marcello Nitsche

sábado, 13 de outubro de 12

Fizemos a Bitfoto, uma exposição que aconteceu exclusivamente online, com fotógrafos como Cassio Vasconcelos, Fernando Lazslo, Marcelo Zochio, Rochelle Costi,
Eli Sudbrack, Adi Leite, Rubens Mano, Everton Ballardin. Realizamos a primeira atividade transmitida durante 24hs, por 30 dias, que se converteu no projeto Imanência
(coordenado por Renato Cohen, acompanhado por Miriam Chnaiderman, por mim discutido nos canais online, antes das mídias sociais), em um formato ainda imune
aos muitos bigbrothers que passaram a se multiplicar pela TV nos anos seguintes. Foram estimulados projetos de muitos artistas que ali estrearam suas experiências
ditas “multimídia”. Seguiu-se na Casa uma lógica de desmitificação da autoridade curatorial, em dinâmicas onde um artista convidava o próximo, em que a perda do
controle era parte de um processo rico e permeado de boas experiências. Toda atividade sempre foi marcada por uma tentativa de tradução de meios e linguagens, em
busca do entendimento do que seria o modo online. Foi na Casa das Rosas que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um
encontro entre John Perry Barlow (EUA), Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
sábado, 13 de outubro de 12
L eda Cat un da c o nvid a Ca r la Zac c agni ni
Nélson Felix convida Cláudio Pedro
Artur Matuck convida Giancarlo Lorenci
Paulo Monteiro convida Juliano de Moraes
José Spaniol convida Leya Mira Brander
Nelson Leirner convida Natalie Nery
Ana Maria Tavares convida Pedro Perez Machado
L u ca s Ba mbo zzi c o nvid a Tia go C a rne ir o da C unha
Daniel Senise convida Valéria Medeiros
Artur Lescher convida Valérie Dantas Mota
H Jackson convida Caustic (performance)

sábado, 13 de outubro de 12

Foram estimulados projetos de muitos artistas que ali estrearam suas experiências ditas “multimídia”. Seguiu-se na Casa uma lógica de desmitificação da
autoridade curatorial, em dinâmicas onde um artista convidava o próximo, em que a perda do controle era parte de um processo rico e permeado de boas
experiências.
F rancis co d e Alm eida > Rob er to Mi col i
Xico Chaves > Alex Hamburger
Mário Cravo Neto > Mário Cravo
Carlos Fajardo > Daniel Seda
Bené Fonteles > Arnaldo Antunes
L u iz He rm ano > Be tty L eir ne r
L ú cia Koc h > Mo n ique Sc he nk el s
Geórgia Kyriakakis > Carmela Gross
Antônio Peticov > Palumbo
Julio Plaza > Martin Grossmann
Nuno Ramos > Iole de Freitas
Amélia Toledo > Moacir Toledo

sábado, 13 de outubro de 12

Foram estimulados projetos de muitos artistas que ali estrearam suas experiências ditas “multimídia”. Seguiu-se na Casa uma lógica de
desmitificação da autoridade curatorial, em dinâmicas onde um artista convidava o próximo, em que a perda do controle era parte de um
processo rico e permeado de boas experiências.
>
sábado, 13 de outubro de 12

Fizemos a Bitfoto, uma exposição que aconteceu exclusivamente online, com fotógrafos como Cassio Vasconcelos, Fernando Lazslo, Marcelo Zochio,
Rochelle Costi, Eli Sudbrack, Adi Leite, Rubens Mano, Everton Ballardin.
sábado, 13 de outubro de 12

Realizamos a primeira atividade transmitida durante 24hs, por 30 dias, que se converteu no projeto Imanência (coordenado por Renato Cohen,
acompanhado por Miriam Chnaiderman, por mim discutido nos canais online, antes das mídias sociais), em um formato ainda imune aos muitos
bigbrothers que passaram a se multiplicar pela TV nos anos seguintes.
Toda atividade sempre foi marcada por uma tentativa de tradução de meios e linguagens, em busca do entendimento do que seria o modo
online. Foi na Casa das Rosas que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um encontro entre John Perry
Barlow (EUA), Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
sábado, 13 de outubro de 12

Toda atividade sempre foi marcada por uma tentativa de tradução de meios e linguagens, em busca do entendimento do que seria o modo online.
Foi na Casa das Rosas tbm, anos depois, já num periodo que antecedeu seu fechamento (gerado, é claro, por crises de identidade, com a saida
do Aguilar) que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um encontro entre John Perry Barlow (EUA),
Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
John Perry Barlow
Richard Barbrook
Gilberto Gil
Ricardo Rosas/Mídia Tática
Rizoma
Beá Tibiriçá/Telecentros
Hernani Dimantas
Derek Holzer/N5M.
BADERNA/Rogério de Campos
Peter Pál Pebart
Giuseppe Cocco
José Chrispiniano
José Arbex
Tatiana Roque
Graziela Kunsch
Lucas Bambozzi
Fábio Duarte
Suely Rolnik
Artur Lara
Nomads

Franco Berardi Bifo
Davi Garcia
Rizoma
Marcelo Estraviz
Mark Abene
Arthur Matuck/SEMION.
Fran Ilich
Gilson Schwartz
Miranda/Trama
LS Discos
IDM
Alexandre Matias
Hermano Viana
Rejeitados
Graziela Kunsch,

Memelab/Projeto Metáfora
MetaFora
Museu da Pessoa
Anomia
Nomads
A Cria
A Revolução Não Será
Televisionada
Bijari/Realidade Transversa x
Antipop
Formigueiro
Grupo interdisciplinar
CMI
OCAS Revista.
Telecentros
Ângela Nagai
Bicicletadas
Batukação
Rádio Muda

sábado, 13 de outubro de 12

Foi na Casa das Rosas tbm, anos depois, já num periodo que antecedeu seu fechamento (gerado, é claro, por crises de identidade, com a saida
do Aguilar) que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um encontro entre John Perry Barlow (EUA),
Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
Casa das Rosas: acervo offline em 2003

sábado, 13 de outubro de 12

Esteticas:	
  Webdesign,	
  contato	
  com	
  um	
  novo	
  meio	
  
Há muito o que contar sobre esse período efervescente. Tudo sempre aconteceu em torno da Internet e da conexão dedicada que conseguimos
junto à Fapesp e RNP.
Em 2003 a Casa das Rosas foi o 3º espaço cultural do Estado mais visitado em toda a cidade -- apesar de sua programação nem sempre estar
em sintonia com os interesses dos investidores mais tradicionais.
servidores desligados, material gráfico encaixotado, mudança de perfil, outros futuros

sábado, 13 de outubro de 12

Mas as atividades da Casa das Rosas foram cessadas de forma um tanto abrupta pela Secretaria de Estado da Cultura (gestão Claudia Costin) e seu perfil
mudou. Nada contra à nova aptidão conferida ao espaço. O que questiono é o fim que foi dado ao seu acervo online, justamente quando estas práticas se
faziam relacionar com outras formas mais estáveis e mais amplamente aceitas de arte.
A discussão que proponho com o tema Esquecimento e Conveniência para o seminário Futuros Possíveis envolve uma dimensão da tecnologia
inevitavelmente pontuada por aspectos ideológicos e sociais - direcionados por vetores transitórios e/ou de oportunidade mercadológica.
apagamento do tipo copy & paste

sábado, 13 de outubro de 12

Se uma manifestação cultural não é compreendida dentro dessa amplitude, ela pode ser sequestrada pelos seus meros aspectos estético-fetichistas mais
aparentes – ou reduzidas a uma funcionalidade modernista. Colocar iniciativas artísticas dentro desse baú à deriva, se revela ideológico, de interesse
conservador, ou de fato, uma estratégia de manutenção de poderes no campo da arte.
Interessa identificar os motores de um processo que gera obsolescências reincidentes (institucionais e tecnológicas) e novos anacronismos surgem. Fala-se
em apagamento, perde-se a memória -- não há quem conte a história sequer para o presente o que dirá para um futuro próximo.
não entendimento gera incômodo

sábado, 13 de outubro de 12

As operações de apagamento hoje se dão dentro da lógica do copy & paste. Talvez os processos tecnicistas que regem as práticas do trabalho hoje estejam
migrando para a cultura com rapidez maior do que pensamos, e a memória desses processos se esvai em ritmo similar. O que ontem era considerado uma
atividade “de ponta”, reverte-se inevitavelmente num estado de coisas permeado pelo incômodo e pela conveniência ao esquecimento.
[in]conclusões

esquecimento, inércia
o acontecimento da documentação e a devida inclusão na história
conveniência para além do mero esquecimento

sábado, 13 de outubro de 12

Prefiro acreditar que se trata de esquecimento, de inércia, para explicar o porque dessa história estar tão pouco absorvida pelos
mecanismos mais oficiais. OU que não se tenha dado o devido tempo para a pesquisa, a documentação e a devida inclusão na história.
O difícil é conviver com a possibilidade de que iniciativas como essa não foram de fato importantes. Ou que por detrás do
esquecimento há uma conveniência mais profunda que aquela ligada ao mero esquecimento.
Não é paranoia, é que guardar ocupa espaço, as vezes é melhor esquecer.
estudo de casos

caso 2

mídias locativas, context-based works, realidade aumentada

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O	
  segundo	
  caso	
  é	
  também	
  especíCico	
  da	
  instabilidade	
  determinadas	
  "novas	
  midias".	
  Mas	
  seria	
  de	
  uma	
  zona	
  mais	
  especíCica,	
  onde	
  uma	
  mídia	
  se	
  
mimstura	
  sintomaticamente	
  com	
  outra,	
  onde	
  surge	
  uma	
  região	
  cinza	
  de	
  atencao,	
  pois	
  nao	
  pertencem	
  a	
  um	
  campo	
  de	
  conhecimento	
  preciso.	
  
Esse	
  telvez	
  seja	
  o	
  motive-­‐chave	
  pelo	
  qual	
  percebemos	
  terminados	
  apagamentos	
  hoje.	
  O	
  não	
  pereencimento	
  a	
  um	
  campo	
  de	
  responsabilidade.
estudo de casos

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O	
  segundo	
  caso	
  é	
  também	
  especíCico	
  da	
  instabilidade	
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se	
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  um	
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  preciso.	
  
Esse	
  telvez	
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  pelo	
  qual	
  percebemos	
  terminados	
  apagamentos	
  hoje.	
  O	
  não	
  pereencimento	
  a	
  um	
  campo	
  de	
  responsabilidade.
A idéia de site-specific locativo atualizaria assim
uma visão do ‘context-specific’, como um uso
da tecnologia que serviria de ‘interface’ para
contextos não-tecnológicos. Essa interface
estudo de casos
preencheria gaps, falhas operando como ponte
e não como instância separadora.

Seria um sistema que se
transparente) em situações
conexões no ambiente social
o fluxo crítico de questões
determinado contexto.

infiltra (de forma
reais, produzindo
público, permitindo
que permeiam um

Não sendo conteúdo, é uma proposta de
mediação mínima, de eliminação de obstáculos.
Funcionariam,como modelos de veículos
intersticiais, ‘fronteiras compartilhadas’.(PLAZA)
sábado, 13 de outubro de 12

O	
  segundo	
  caso	
  é	
  também	
  especíCico	
  da	
  instabilidade	
  de	
  determinadas	
  "novas	
  midias".	
  Mas	
  seria	
  de	
  uma	
  zona	
  mais	
  especíCica,	
  onde	
  uma	
  mídia	
  
se	
  mimstura	
  sintomaticamente	
  com	
  outra,	
  onde	
  surge	
  uma	
  região	
  cinza	
  de	
  atencao,	
  pois	
  nao	
  pertencem	
  a	
  um	
  campo	
  de	
  conhecimento	
  preciso.	
  
Esse	
  telvez	
  seja	
  o	
  motive-­‐chave	
  pelo	
  qual	
  percebemos	
  terminados	
  apagamentos	
  hoje.	
  O	
  não	
  pereencimento	
  a	
  um	
  campo	
  de	
  responsabilidade.
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Falo	
  das	
  chamadas	
  midias	
  locativas,	
  de	
  experiencias	
  onde	
  o	
  meio	
  é	
  um	
  disparador	
  de	
  situacoes	
  ou	
  condicoes	
  especiCicas,	
  em	
  relacao	
  
nao	
  apenas	
  aos	
  meios	
  tecnicos	
  que	
  os	
  viabilizam,	
  mas	
  com	
  relacao	
  ao	
  meio	
  (Cisico)	
  que	
  nos	
  envolve	
  -­‐	
  e	
  o	
  contexto	
  social,	
  politico	
  e	
  
economico	
  que	
  o	
  permeia.

blast theory: criam uma artificialidade, uma embalagem, uma estrategia. a documentação é
parte do contrato. Sao projetos que viraram peças de software, podem ser jogados offline.
sábado, 13 de outubro de 12

NARATIVE	
  NAVIGATION
Nao	
  se	
  trata	
  de	
  pensar	
  na	
  preservacao	
  de	
  um	
  tipo	
  de	
  tecnologia	
  ou	
  de	
  aparato,	
  ou	
  na	
  objetiCicacao	
  de	
  algo	
  imaterial.	
  Mas	
  de	
  
Preservar	
  a	
  experiencia.	
  Preservar	
  o	
  conceito	
  advindo	
  de	
  determinados	
  cruzamentos	
  ou	
  acontecimentos	
  promovidos,	
  
disparados	
  por	
  midias	
  recentes	
  (muitas	
  delas	
  dedicadas	
  a	
  mortes	
  pre-­‐anunciadas).
dead machines, dead media, dead language

sábado, 13 de outubro de 12
no archives, no documents, no histories

sábado, 13 de outubro de 12

Subtlemob
Can	
  you	
  see	
  me	
  now?	
  Apontado	
  por	
  Annet	
  Dekker	
  Narrative	
  Navigation	
  -­‐	
  AR	
  ,	
  	
  
Podem	
  ser	
  experienciados	
  em	
  outras	
  midias.	
  Pois	
  sao	
  narrativos.	
  
no archives, no documents, no histories

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Subtlemob
Can	
  you	
  see	
  me	
  now?	
  Apontado	
  por	
  Annet	
  Dekker	
  Narrative	
  Navigation	
  -­‐	
  AR	
  ,	
  	
  
Podem	
  ser	
  experienciados	
  em	
  outras	
  midias.	
  Pois	
  sao	
  narrativos.	
  
narrative navigation . residência Nimk - Labmovel

sábado, 13 de outubro de 12
Nao	
  se	
  trata	
  de	
  pensar	
  na	
  preservacao	
  de	
  um	
  tipo	
  de	
  tecnologia	
  ou	
  de	
  aparato,	
  ou	
  na	
  objetiCicacao	
  de	
  algo	
  imaterial.	
  Mas	
  de	
  Preservar	
  a	
  experiencia.	
  Preservar	
  o	
  conceito	
  advindo	
  de	
  
determinados	
  cruzamentos	
  ou	
  acontecimentos	
  promovidos,	
  disparados	
  por	
  midias	
  recentes	
  (muitas	
  delas	
  dedicadas	
  a	
  mortes	
  pre-­‐anunciadas).
Subtlemob,	
  Can	
  you	
  see	
  me	
  now?	
  Uncle	
  roy	
  All	
  Around	
  You	
  -­‐-­‐	
  Apontado	
  por	
  Annet	
  Dekker
Narrative	
  Navigation	
  -­‐	
  AR	
  
monumento sonoros . claudio bueno

sábado, 13 de outubro de 12

Beth	
  Saad	
  questiona	
  sobre	
  a	
  possibilidade	
  da	
  net	
  ser	
  algo	
  como	
  é	
  monumento.	
  
Mark	
  shepard
Claudio	
  bueno	
  (monumento	
  sonoro)
Ha	
  os	
  aspectos	
  da	
  documentacao.	
  Novamente.	
  Porque	
  há	
  algo	
  de	
  performance.	
  Uma	
  teatralidade,	
  com	
  a	
  qual	
  ja	
  estamos	
  historicamente	
  familiarizados.	
  
sábado, 13 de outubro de 12

Já estamos familiarizados com a ideia de obsolescencia tecnologica, industrial. Fala-se
também na obsolescencia de uma pratica, de uma linguagem. de uma fazer artsitico.
lbambozzi@comum.com
www.lucasbambozzi.net

sábado, 13 de outubro de 12
lbambozzi@comum.com
www.lucasbambozzi.net

sábado, 13 de outubro de 12

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Esquecimento e Conveniência

  • 1. esquecimento e conveniência lucas bambozzi sábado, 13 de outubro de 12
  • 2. sábado, 13 de outubro de 12
  • 3. memória . amnésia . apagamento . obsolescência . arte digital . arquivo . conservação . informação . arte contemporânea . segmentação . estratégia sábado, 13 de outubro de 12 Vimos nesses dias inúmeros casos de memoria perdida, apagamentos de todo tipo, acidentais, voluntarios, por conta de conjunturas politicas, ideológicas, conflitos de interesse, por ignorancia das tecnicas, por descaso com relacao às manutencoes necessarias. Varios ja levantaram aqui (annet Dekker, aspectos muito relevantes com relacao ao que se entende por conservar uma obra. Minha apresentacao no entanto esta mais ligada a um aspecto relativo ao apagamento, à memoria,a uma amnesia (kujawski). Ou melhor dizendo ao acesso a informacao. Pra que essa informacao faca parte da historia, de alguma historia.
  • 4. acontecimento > documentação informação > história Text sábado, 13 de outubro de 12 Vimos nesses dias inúmeros casos de memoria perdida, apagamentos de todo tipo, acidentais, voluntarios, por conta de conjunturas politicas, ideológicas, conflitos de interesse, por ignorancia das tecnicas, por descaso com relacao às manutencoes necessarias. Varios ja levantaram aqui (annet Dekker, aspectos muito relevantes com relacao ao que se entende por conservar uma obra. Minha apresentacao no entanto esta mais ligada a um aspecto relativo ao apagamento, à memoria,a uma amnesia (kujawski). Ou melhor dizendo ao acesso a informacao. Pra que essa informacao faca parte da historia, de alguma historia.
  • 5. acontecimento > documentação informação > história Text sábado, 13 de outubro de 12 Vimos nesses dias inúmeros casos de memoria perdida, apagamentos de todo tipo, acidentais, voluntarios, por conta de conjunturas politicas, ideológicas, conflitos de interesse, por ignorancia das tecnicas, por descaso com relacao às manutencoes necessarias. Varios ja levantaram aqui (annet Dekker, aspectos muito relevantes com relacao ao que se entende por conservar uma obra. Minha apresentacao no entanto esta mais ligada a um aspecto relativo ao apagamento, à memoria,a uma amnesia (kujawski). Ou melhor dizendo ao acesso a informacao. Pra que essa informacao faca parte da historia, de alguma historia.
  • 6. estudo de casos caso 1 acervo digital da Casa das Rosas sábado, 13 de outubro de 12 Vou  me  ater  a  dois  casos  em  que  tenho  um  envolvimento  mais  direto.   O  primeiro  caso  trata  da  formação  de  um  arquivo  digital,  ligados  ao  início  da  netarte  no  Brasi.  Nao  falo  necessariamente  de  obras  de  arte  (net.art,  webarte)  mas  de   um  contexto  signiCicativo  que  foi  muito  importante  num  determinado  momento.  Ou  seja,  mais  um  exemplo  de  obra  de  importância  contextual.  E  que  foi  apagado   arbitrariamente,  por  uma  soma  de  razoes,  algumas  delas  de  diCicil  compreensão. Entre os anos de 1995 a 2002, a Casa das Rosas desenvolveu uma atividade pioneira, não apenas no que se refere à inclusão dos meios digitais como prática cultural como foi um dos primeiros espaços que utilizou a Internet como um campo de desenvolvimento de exposições e projetos artísticos, criando um diálogo até então inédito entre os acontecimentos nos espaços físicos e o ambiente virtual. O legado da Casa das Rosas, constituído em cerca de 7 anos de atividades intensas na Internet (que naquele momento ainda engatinhava), talvez fosse hoje motivo de orgulho das ações do estado na cultura envolvendo mídias digitais.
  • 7. Casa das Rosas 1995 - 2000 _aprox. 25 exposições envolvendo práticas de web; _a primeira conexão dedicada, disponibilizada para artistas; _webcanal: streaming semanal com entrevistados; _experiências com a especificidade da web; _primeira mostra internacional competitiva de net.art [1996-1997] com Rachel Greene, Sarah Diamond, Maria Ercilia, Aguilar, Lucas 1) Jodi; 2) Celso Reeks 3); Olia Olialina _Arte Suporte Computador - performance Time Capsule, de Eduardo Kac; _homenagens: Mario Schenberg, Mario Pedrosa, Waldemar Cordeiro; _exposições criadas para acontecerem na Internet; sábado, 13 de outubro de 12 Sob a direção de J. R. Aguilar, e tendo o setor de internet sob minha responabilidade, a CR se tornou um espaço único no país naquele período, respeitado por instituições como a Rhizome (EUA), Banff Center (Canada), V2 (Holanda) e Telepolis (Alemanha). Ocorreram exposições ícones, fazendo cruzar gerações, meios e estéticas distintas. Os exemplos são muitos: a performance Time Capsule, de Eduardo Kac ocorreu ali. Falo do da performance em que o artista implantou um chip em sua perna, em ação transmitida pela TV em rede nacional e em streaming pela internet, durante a exposição Arte Suporte Computador, de minha curadoria-- algo que funcionava de uma fomra distribuida, não como carreira, mas como pesquisa e experimentacao de fato.
  • 8. sábado, 13 de outubro de 12 Estiveram nessa exposição trabalhos de Augusto de Campos, radicais como Tecnobomber, uma performance de Tadeu Jungle antecipando questões ligadas a obsolescência tecnológica hoje muito discutidas, apontando a relação de amor e ódio existente diante dos aparatos que passaram a permear nossa vida na última década. Houveram atividades na internet em homenagem a Mario Schenberg, Mario Pedrosa, Waldemar Cordeiro, uma exposição idealizada por Haroldo de Campos (Desexp[l]osignição) em um momento de revisão entre os concretos e neo-concretos.
  • 9. sábado, 13 de outubro de 12 Estiveram nessa exposição trabalhos de Augusto de Campos, radicais como Tecnobomber, uma performance de Tadeu Jungle antecipando questões ligadas a obsolescência tecnológica hoje muito discutidas, apontando a relação de amor e ódio existente diante dos aparatos que passaram a permear nossa vida na última década. Juntavamos analogico e digital, energia eletrica e circuito integrado, interativade técnica e outras formas de interação nem tanto.
  • 10. sábado, 13 de outubro de 12 Houveram atividades na internet em homenagem a Mario Schenberg, Mario Pedrosa, Waldemar Cordeiro, uma exposição idealizada por Haroldo de Campos (Desexp[l]osignição) em um momento de revisão entre os concretos e neo-concretos.
  • 11. UTOPIA Baravelli, Carmela Gross, Duncan Lindsay, F ernan do Za rif , Gabriel Borba, Iole de Freitas, José Resende, L eno ra d e Bar r os, Marcia Grostein, Siron Franco, Tomoshigue Kusuno, Tunga, Wa l t e r S i l v e i r a . sábado, 13 de outubro de 12 Houveram exposições temáticas como a Utopia, fazendo reverberar na Internet trabalhos de Baravelli, Carmela Gross, Duncan Lindsay, Fernando Zarif, Gabriel Borba, Iole de Freitas, José Resende, Lenora de Barros, Marcia Grostein, Siron Franco, Tomoshigue Kusuno, Tunga e Walter Silveira. Pra varios desses artistas o primeiro contato coma internet e algumas possibilidades expressivas vislumbradas para o meio, aconteceu atraves dos projetos da XCasa das Rosas.
  • 12. sábado, 13 de outubro de 12 Houveram exposições temáticas como a Utopia, fazendo reverberar na Internet trabalhos de Baravelli, Carmela Gross, Duncan Lindsay, Fernando Zarif, Gabriel Borba, Iole de Freitas, José Resende, Lenora de Barros, Marcia Grostein, Siron Franco, Tomoshigue Kusuno, Tunga e Walter Silveira. Pra varios desses artistas o primeiro contato coma internet e algumas possibilidades expressivas vislumbradas para o meio, aconteceu atraves dos projetos da Casa das Rosas.
  • 13. LI MI TE D A FOR M A Caetano de Almeida Manfredo de Souzanetto Thom as E mde Thoma s S c honauer Mischa Kuball Arthur Omar Artur Barrio Jac Leirner Marcello Nitsche sábado, 13 de outubro de 12 Fizemos a Bitfoto, uma exposição que aconteceu exclusivamente online, com fotógrafos como Cassio Vasconcelos, Fernando Lazslo, Marcelo Zochio, Rochelle Costi, Eli Sudbrack, Adi Leite, Rubens Mano, Everton Ballardin. Realizamos a primeira atividade transmitida durante 24hs, por 30 dias, que se converteu no projeto Imanência (coordenado por Renato Cohen, acompanhado por Miriam Chnaiderman, por mim discutido nos canais online, antes das mídias sociais), em um formato ainda imune aos muitos bigbrothers que passaram a se multiplicar pela TV nos anos seguintes. Foram estimulados projetos de muitos artistas que ali estrearam suas experiências ditas “multimídia”. Seguiu-se na Casa uma lógica de desmitificação da autoridade curatorial, em dinâmicas onde um artista convidava o próximo, em que a perda do controle era parte de um processo rico e permeado de boas experiências. Toda atividade sempre foi marcada por uma tentativa de tradução de meios e linguagens, em busca do entendimento do que seria o modo online. Foi na Casa das Rosas que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um encontro entre John Perry Barlow (EUA), Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
  • 14. sábado, 13 de outubro de 12
  • 15. L eda Cat un da c o nvid a Ca r la Zac c agni ni Nélson Felix convida Cláudio Pedro Artur Matuck convida Giancarlo Lorenci Paulo Monteiro convida Juliano de Moraes José Spaniol convida Leya Mira Brander Nelson Leirner convida Natalie Nery Ana Maria Tavares convida Pedro Perez Machado L u ca s Ba mbo zzi c o nvid a Tia go C a rne ir o da C unha Daniel Senise convida Valéria Medeiros Artur Lescher convida Valérie Dantas Mota H Jackson convida Caustic (performance) sábado, 13 de outubro de 12 Foram estimulados projetos de muitos artistas que ali estrearam suas experiências ditas “multimídia”. Seguiu-se na Casa uma lógica de desmitificação da autoridade curatorial, em dinâmicas onde um artista convidava o próximo, em que a perda do controle era parte de um processo rico e permeado de boas experiências.
  • 16. F rancis co d e Alm eida > Rob er to Mi col i Xico Chaves > Alex Hamburger Mário Cravo Neto > Mário Cravo Carlos Fajardo > Daniel Seda Bené Fonteles > Arnaldo Antunes L u iz He rm ano > Be tty L eir ne r L ú cia Koc h > Mo n ique Sc he nk el s Geórgia Kyriakakis > Carmela Gross Antônio Peticov > Palumbo Julio Plaza > Martin Grossmann Nuno Ramos > Iole de Freitas Amélia Toledo > Moacir Toledo sábado, 13 de outubro de 12 Foram estimulados projetos de muitos artistas que ali estrearam suas experiências ditas “multimídia”. Seguiu-se na Casa uma lógica de desmitificação da autoridade curatorial, em dinâmicas onde um artista convidava o próximo, em que a perda do controle era parte de um processo rico e permeado de boas experiências.
  • 17. > sábado, 13 de outubro de 12 Fizemos a Bitfoto, uma exposição que aconteceu exclusivamente online, com fotógrafos como Cassio Vasconcelos, Fernando Lazslo, Marcelo Zochio, Rochelle Costi, Eli Sudbrack, Adi Leite, Rubens Mano, Everton Ballardin.
  • 18. sábado, 13 de outubro de 12 Realizamos a primeira atividade transmitida durante 24hs, por 30 dias, que se converteu no projeto Imanência (coordenado por Renato Cohen, acompanhado por Miriam Chnaiderman, por mim discutido nos canais online, antes das mídias sociais), em um formato ainda imune aos muitos bigbrothers que passaram a se multiplicar pela TV nos anos seguintes. Toda atividade sempre foi marcada por uma tentativa de tradução de meios e linguagens, em busca do entendimento do que seria o modo online. Foi na Casa das Rosas que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um encontro entre John Perry Barlow (EUA), Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
  • 19. sábado, 13 de outubro de 12 Toda atividade sempre foi marcada por uma tentativa de tradução de meios e linguagens, em busca do entendimento do que seria o modo online. Foi na Casa das Rosas tbm, anos depois, já num periodo que antecedeu seu fechamento (gerado, é claro, por crises de identidade, com a saida do Aguilar) que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um encontro entre John Perry Barlow (EUA), Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
  • 20. John Perry Barlow Richard Barbrook Gilberto Gil Ricardo Rosas/Mídia Tática Rizoma Beá Tibiriçá/Telecentros Hernani Dimantas Derek Holzer/N5M. BADERNA/Rogério de Campos Peter Pál Pebart Giuseppe Cocco José Chrispiniano José Arbex Tatiana Roque Graziela Kunsch Lucas Bambozzi Fábio Duarte Suely Rolnik Artur Lara Nomads Franco Berardi Bifo Davi Garcia Rizoma Marcelo Estraviz Mark Abene Arthur Matuck/SEMION. Fran Ilich Gilson Schwartz Miranda/Trama LS Discos IDM Alexandre Matias Hermano Viana Rejeitados Graziela Kunsch, Memelab/Projeto Metáfora MetaFora Museu da Pessoa Anomia Nomads A Cria A Revolução Não Será Televisionada Bijari/Realidade Transversa x Antipop Formigueiro Grupo interdisciplinar CMI OCAS Revista. Telecentros Ângela Nagai Bicicletadas Batukação Rádio Muda sábado, 13 de outubro de 12 Foi na Casa das Rosas tbm, anos depois, já num periodo que antecedeu seu fechamento (gerado, é claro, por crises de identidade, com a saida do Aguilar) que aconteceu o primeiro encontro Mídia Tática Brasil, tendo no debate de abertura um encontro entre John Perry Barlow (EUA), Richard Barbrook (ING) e Gilberto Gil (ocorrido no Sesc).
  • 21. Casa das Rosas: acervo offline em 2003 sábado, 13 de outubro de 12 Esteticas:  Webdesign,  contato  com  um  novo  meio   Há muito o que contar sobre esse período efervescente. Tudo sempre aconteceu em torno da Internet e da conexão dedicada que conseguimos junto à Fapesp e RNP. Em 2003 a Casa das Rosas foi o 3º espaço cultural do Estado mais visitado em toda a cidade -- apesar de sua programação nem sempre estar em sintonia com os interesses dos investidores mais tradicionais.
  • 22. servidores desligados, material gráfico encaixotado, mudança de perfil, outros futuros sábado, 13 de outubro de 12 Mas as atividades da Casa das Rosas foram cessadas de forma um tanto abrupta pela Secretaria de Estado da Cultura (gestão Claudia Costin) e seu perfil mudou. Nada contra à nova aptidão conferida ao espaço. O que questiono é o fim que foi dado ao seu acervo online, justamente quando estas práticas se faziam relacionar com outras formas mais estáveis e mais amplamente aceitas de arte. A discussão que proponho com o tema Esquecimento e Conveniência para o seminário Futuros Possíveis envolve uma dimensão da tecnologia inevitavelmente pontuada por aspectos ideológicos e sociais - direcionados por vetores transitórios e/ou de oportunidade mercadológica.
  • 23. apagamento do tipo copy & paste sábado, 13 de outubro de 12 Se uma manifestação cultural não é compreendida dentro dessa amplitude, ela pode ser sequestrada pelos seus meros aspectos estético-fetichistas mais aparentes – ou reduzidas a uma funcionalidade modernista. Colocar iniciativas artísticas dentro desse baú à deriva, se revela ideológico, de interesse conservador, ou de fato, uma estratégia de manutenção de poderes no campo da arte. Interessa identificar os motores de um processo que gera obsolescências reincidentes (institucionais e tecnológicas) e novos anacronismos surgem. Fala-se em apagamento, perde-se a memória -- não há quem conte a história sequer para o presente o que dirá para um futuro próximo.
  • 24. não entendimento gera incômodo sábado, 13 de outubro de 12 As operações de apagamento hoje se dão dentro da lógica do copy & paste. Talvez os processos tecnicistas que regem as práticas do trabalho hoje estejam migrando para a cultura com rapidez maior do que pensamos, e a memória desses processos se esvai em ritmo similar. O que ontem era considerado uma atividade “de ponta”, reverte-se inevitavelmente num estado de coisas permeado pelo incômodo e pela conveniência ao esquecimento.
  • 25. [in]conclusões esquecimento, inércia o acontecimento da documentação e a devida inclusão na história conveniência para além do mero esquecimento sábado, 13 de outubro de 12 Prefiro acreditar que se trata de esquecimento, de inércia, para explicar o porque dessa história estar tão pouco absorvida pelos mecanismos mais oficiais. OU que não se tenha dado o devido tempo para a pesquisa, a documentação e a devida inclusão na história. O difícil é conviver com a possibilidade de que iniciativas como essa não foram de fato importantes. Ou que por detrás do esquecimento há uma conveniência mais profunda que aquela ligada ao mero esquecimento. Não é paranoia, é que guardar ocupa espaço, as vezes é melhor esquecer.
  • 26. estudo de casos caso 2 mídias locativas, context-based works, realidade aumentada sábado, 13 de outubro de 12 O  segundo  caso  é  também  especíCico  da  instabilidade  determinadas  "novas  midias".  Mas  seria  de  uma  zona  mais  especíCica,  onde  uma  mídia  se   mimstura  sintomaticamente  com  outra,  onde  surge  uma  região  cinza  de  atencao,  pois  nao  pertencem  a  um  campo  de  conhecimento  preciso.   Esse  telvez  seja  o  motive-­‐chave  pelo  qual  percebemos  terminados  apagamentos  hoje.  O  não  pereencimento  a  um  campo  de  responsabilidade.
  • 27. estudo de casos sábado, 13 de outubro de 12 O  segundo  caso  é  também  especíCico  da  instabilidade  de  determinadas  "novas  midias".  Mas  seria  de  uma  zona  mais  especíCica,  onde  uma  mídia   se  mimstura  sintomaticamente  com  outra,  onde  surge  uma  região  cinza  de  atencao,  pois  nao  pertencem  a  um  campo  de  conhecimento  preciso.   Esse  telvez  seja  o  motive-­‐chave  pelo  qual  percebemos  terminados  apagamentos  hoje.  O  não  pereencimento  a  um  campo  de  responsabilidade.
  • 28. A idéia de site-specific locativo atualizaria assim uma visão do ‘context-specific’, como um uso da tecnologia que serviria de ‘interface’ para contextos não-tecnológicos. Essa interface estudo de casos preencheria gaps, falhas operando como ponte e não como instância separadora. Seria um sistema que se transparente) em situações conexões no ambiente social o fluxo crítico de questões determinado contexto. infiltra (de forma reais, produzindo público, permitindo que permeiam um Não sendo conteúdo, é uma proposta de mediação mínima, de eliminação de obstáculos. Funcionariam,como modelos de veículos intersticiais, ‘fronteiras compartilhadas’.(PLAZA) sábado, 13 de outubro de 12 O  segundo  caso  é  também  especíCico  da  instabilidade  de  determinadas  "novas  midias".  Mas  seria  de  uma  zona  mais  especíCica,  onde  uma  mídia   se  mimstura  sintomaticamente  com  outra,  onde  surge  uma  região  cinza  de  atencao,  pois  nao  pertencem  a  um  campo  de  conhecimento  preciso.   Esse  telvez  seja  o  motive-­‐chave  pelo  qual  percebemos  terminados  apagamentos  hoje.  O  não  pereencimento  a  um  campo  de  responsabilidade.
  • 29. sábado, 13 de outubro de 12 Falo  das  chamadas  midias  locativas,  de  experiencias  onde  o  meio  é  um  disparador  de  situacoes  ou  condicoes  especiCicas,  em  relacao   nao  apenas  aos  meios  tecnicos  que  os  viabilizam,  mas  com  relacao  ao  meio  (Cisico)  que  nos  envolve  -­‐  e  o  contexto  social,  politico  e   economico  que  o  permeia. blast theory: criam uma artificialidade, uma embalagem, uma estrategia. a documentação é parte do contrato. Sao projetos que viraram peças de software, podem ser jogados offline.
  • 30. sábado, 13 de outubro de 12 NARATIVE  NAVIGATION Nao  se  trata  de  pensar  na  preservacao  de  um  tipo  de  tecnologia  ou  de  aparato,  ou  na  objetiCicacao  de  algo  imaterial.  Mas  de   Preservar  a  experiencia.  Preservar  o  conceito  advindo  de  determinados  cruzamentos  ou  acontecimentos  promovidos,   disparados  por  midias  recentes  (muitas  delas  dedicadas  a  mortes  pre-­‐anunciadas).
  • 31. dead machines, dead media, dead language sábado, 13 de outubro de 12
  • 32. no archives, no documents, no histories sábado, 13 de outubro de 12 Subtlemob Can  you  see  me  now?  Apontado  por  Annet  Dekker  Narrative  Navigation  -­‐  AR  ,     Podem  ser  experienciados  em  outras  midias.  Pois  sao  narrativos.  
  • 33. no archives, no documents, no histories sábado, 13 de outubro de 12 Subtlemob Can  you  see  me  now?  Apontado  por  Annet  Dekker  Narrative  Navigation  -­‐  AR  ,     Podem  ser  experienciados  em  outras  midias.  Pois  sao  narrativos.  
  • 34. narrative navigation . residência Nimk - Labmovel sábado, 13 de outubro de 12 Nao  se  trata  de  pensar  na  preservacao  de  um  tipo  de  tecnologia  ou  de  aparato,  ou  na  objetiCicacao  de  algo  imaterial.  Mas  de  Preservar  a  experiencia.  Preservar  o  conceito  advindo  de   determinados  cruzamentos  ou  acontecimentos  promovidos,  disparados  por  midias  recentes  (muitas  delas  dedicadas  a  mortes  pre-­‐anunciadas). Subtlemob,  Can  you  see  me  now?  Uncle  roy  All  Around  You  -­‐-­‐  Apontado  por  Annet  Dekker Narrative  Navigation  -­‐  AR  
  • 35. monumento sonoros . claudio bueno sábado, 13 de outubro de 12 Beth  Saad  questiona  sobre  a  possibilidade  da  net  ser  algo  como  é  monumento.   Mark  shepard Claudio  bueno  (monumento  sonoro) Ha  os  aspectos  da  documentacao.  Novamente.  Porque  há  algo  de  performance.  Uma  teatralidade,  com  a  qual  ja  estamos  historicamente  familiarizados.  
  • 36. sábado, 13 de outubro de 12 Já estamos familiarizados com a ideia de obsolescencia tecnologica, industrial. Fala-se também na obsolescencia de uma pratica, de uma linguagem. de uma fazer artsitico.