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CHAMAM-ME
                 LÍRICO!
     RESIGNO-ME E DEMONSTRO
                        PORQUÊ




(APETECE-ME ASSINAR       :
                      ASSIM   HANS, ‘The Devoted Friend’)
2




Interacção Universidades/Autarquias para actuar no emprego
3



Uma amiga - que conheci em Mangualde no dia em que se iniciava o projecto
da JOHNSON CONTROLS, dado que se ocupava, ela, Leonor, com a
selecção de quadros para aquela nova unidade, enquanto psicóloga e
consultora de uma empresa de serviços local -, agora a trabalhar na
Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra, ligou-me dizendo que
tinha sido convidada para integrar a Direcção do Centro de Emprego de
Coimbra. Que não sabia se ia aceitar, mas que era bom estar perante um
desafio daqueles. Que já estava a pensar o que é que se poderia fazer…

Com esta chamada telefónica, fui eu que fiquei, de repente, grávido: já não pude,
durante os dias que se seguiram, pensar noutra coisa se não nisto: o que é que se
poderá fazer para criar condições para intervir aumentando o emprego? Estava a
gerar mais um filho… Como seria ele…?

Como não tenho dinheiro, parto sempre da premissa de que não deve ser este o
meio principal para conseguir seja o que for. O trabalho tem que ser um acto de
empenho, generoso, que, por isso, gere permanente motivação e seja benéfico não
apenas para mim mas para aqueles que me cercam e dele venham a beneficiar.

Assim, para gerar emprego, começo por pensar em criar as condições que levem
outro alguém a motivar-se apenas pela ideia, a trazer novas ideias, a ajustar
técnicas e métodos que ajudem ao seu desenvolvimento e exequibilidade, e, só
depois, avaliados os resultados, em remuneração para tal trabalho.

Aconteceu, outra vez.

Nas minhas voltas pelo país, lembro-me de encontrar zonas em que eram
necessários técnicos de especialidades que não se podiam encontrar ali; técnicos
de algumas especialidades, desempregados, porque a oferta, na sua região, era
superior à procura; casas vazias numa região; gente a precisar de uma casa, em
outra.

A ideia, nascida daquela gravidez, foi então a de encontrar um meio de adequação
da oferta e da procura, através de trabalho voluntário.

Já não sei se o facto de a Leonor estar a trabalhar numa Universidade influenciou
o que a seguir me ocorreu, mas, lá no fundo do subconsciente, deve ter operado
alguma ajuda.

Pensei, então, sobre quais seriam as pessoas mais motivadas para trabalhar
voluntariamente.   A    resposta,   que   me   parece   evidente,    foi:   estudantes
universitários.
4



Lembro-me de mim mesmo, enquanto estudante universitário, e dos meus colegas
daquele tempo. Todos queríamos experimentar a vida activa, e, julgo, quase todos,
também, tínhamos receio de, acabados os cursos, não termos emprego.

Por outro lado, é uma fase bonita da vida: somos, maioritariamente, idealistas, e
muito voltados para o outro, estando de posse de uma capacidade de trabalho que
até a nós mesmos surpreende.

Pensemos agora na origem dos estudantes universitários: serão todos da cidade?:
Não!; serão todos das regiões mais ricas e industrializadas?: Não!

Há estudantes universitários provenientes das mais recônditas paragens, e, mesmo
que haja algumas delas que já os não possam fornecer, porque foram sendo
abandonadas, haverá ligações familiares e, quantas vezes, particulares, de
estudantes com elas.

A organização de gestão do território português tem como a sua célula mais
pequena a Junta de Freguesia, onde se representam todas as paragens recônditas
que queiramos imaginar.

Julgo que me estou a fazer seguir com clareza:

ideia = atenuar desequilíbrios entre oferta e procura por região;

apoio à ideia = gente motivada;

gente motivada = estudantes universitários;

estudantes universitários = origens diversificadas;

origens diversificadas = juntas de freguesia.

A ideia, assim formada, é, então, a de convidar os estudantes universitários deste
país a participarem nesta tarefa, nacional, de estudar as necessidades de mão-de-
obra por freguesia, no sentido de promover o emprego, por um lado, e o
desenvolvimento de oportunidades, por outro.

Vejamos tudo o que esta ideia me abre, agora que já tem movimentos próprios, e
um pulsar vital diferente do meu:

Informação a recolher:

   1. Necessidades de mão-de-obra. Inclui-se aqui, a mais pequena necessidade
       sentida por alguém que detenha algo a explorar, como seja ‘uma mãozinha
       para regar e apanhar os legumes, que eu já não posso’;
5



   2. Qualificação de desempregados. Incluiria um questionário que despistasse
       outros interesses do indivíduo: que actividade o interessaria, para lá daquilo
       que são as suas qualificações actuais;

   3. Ideias para a exploração de recursos naturais da zona. Criar uma linha
       aberta à apresentação de ideias, só irrealizáveis em função da escassez, ou
       inexistência, de fundos próprios para a sua exploração;

   4. Serviços em falta na zona. Levantamento de necessidades sentidas no dia-a-
       dia, sem oferta de serviços adequada;

   5. Explorações desactivadas por falta de mão-de-obra. Lembro-me, de
       imediato, de quintas e terrenos de cultivo, mas, ao mesmo tempo, de
       pequenas unidades de serviços técnicos –           carpintaria,   serralharia,
       canalização -, que ‘morrem’ com o seu proprietário, deixando um legado de
       equipamentos abandonados e sem uso produtivo;

   6. Oferta de habitação. Levantamento de situações de desocupação de
       edifícios destinados a habitação;

   7. Necessidades de habitação.

Haverá, estou certo, outras áreas para as quais esta actividade poderia orientar-
se, uma vez começada e encarada de forma empenhada e envolvida.

Basta que uma ideia comece a dar bons resultados, ainda que pequeninos, para se
gerarem mais ideias e novas motivações.

Penso que é disso que o meu país precisa, antes de mais: gerar o gozo por dele se
fazer parte, gerando, este gozo, a motivação para oferecer ainda mais empenho e
motivação.

Acredito que se ganhará muito com ideias congregadoras, que ofereçam a ideia de
que partilhar um país não significa abdicar da nossa individualidade natural, nem da
nossa conta bancária individual, não obrigatoriamente igual à dos outros.

O que é, então, que há que fazer?

   1. Teremos que divulgar a ideia, junto das Universidades, para garantir o
       interesse, antes de mais, dos estudantes;

   2. Teremos que garantir o empenho dos poderes públicos em facultar, através
       das Juntas de Freguesia, os meios para a centralização da informação;
6



   3. Teremos que conquistar o apoio do Ministério da Administração Interna
       para o desenvolvimento de software que faça a gestão da base-de-dados
       nacional que esta actividade vai gerar, eventualmente partindo daquele que
       hoje é utilizado pelos próprios Centros de Emprego;

   4. Teremos que promover a comunicação clara da ideia que baseia a nova
       actividade, para que todos os portugueses se sintam, independentemente da
       sua situação particular, envolvidos com ela;

Acredito que o resultado desta actividade possa proporcionar:

   1. Melhor distribuição da população, de forma activamente mais eficaz,
       através de todo o território nacional;

   2. A noção de que a mobilidade das pessoas e famílias, dentro do território
       nacional, tornada útil, é melhor para cada indivíduo do que a imigração;

   3. Melhor aproveitamento do que a natureza nos oferece;

   4. Um país mais cuidado, porque trabalhado, e, portanto, mais belo;

   5. Pessoas mais informadas quanto à realidade do país em que vivem,
       permitindo, assim, maior nível de geração de ideias úteis;

   6. Maior consciência da necessidade de servir, para estar bem servido, por
       parte, quer dos estudantes – que serão os líderes do futuro próximo -, quer
       dos órgãos autárquicos;

   7. Maior atractividade do país, quer enquanto destino turístico, quer enquanto
       pólo de desenvolvimento industrial (as multinacionais estão atentas a
       factores como o empenho das pessoas que, potencialmente, vão empregar
       nos seus investimentos deslocalizados);

   8. O sentimento de ‘ser Português’ vai passar de ‘somos um povo triste,
       constituído por invejosos, que vive de um passado glorioso’ para ‘somos um
       povo alegre, que gosta de partilhar, construtor de um futuro radioso, na
       sequência de um passado grandioso’.

A tarefa pode parecer gigantesca. Eu não a vejo assim. Vejo, antes, a necessidade
de dar um passo de cada vez, solidamente, para a ir consolidando.

Teremos que apelar à paciência de todos os envolvidos, para que controlem a
expectativa de resultados que, naturalmente, demorarão a chegar.

A Leonor decidiu não aceitar o convite.
7



Está a acabar o Doutoramento e, conhecendo-se, sabe que ou faz uma coisa ou a
outra, e não é mulher para deixar nada a meio.

O filho da gravidez que ela me provocou, ficou comigo. Nem ela sabe que ele existe.

Talvez, um dia…

Não é por isso que vou deixar de cuidar do crescimento da criança.

Se me quiser preparar para defender esta ideia tenho de encontrar os argumentos
com que possa demonstrar a sua validade. Passo, portanto, para esse estádio.

Perguntem-me coisas!

Em que tipo de estudantes universitários está a pensar? Nos de Humanísticas
apenas? Que interesse pode ter uma actividade destas, por exemplo, para um
estudante de Medicina?

Respondo: Todos! Não, não!: Todos! Qualquer que seja a área de estudo está
orientada para uma de duas coisas: as pessoas, ou o que as rodeia.

E argumento: Um estudante de medicina pretende ser rico, ou ser útil na
actividade de melhorar o nível de saúde de outros seres humanos? As duas coisas,
bem sei. Mas será que, dedicando a sua actividade a uma zona mais pobre, não
poderá conseguir os dois objectivos? A descoberta de padrões de doença por
zonas ou faixas etárias, em função de condições climáticas, envolvente geofísica e
tipo de alimentos a basear a alimentação, não podem, sendo estudadas, gerar
teorias e práticas que podem servir toda a humanidade? Não acredito que um
estudo desses não provoque dois tipos de riqueza, a material e a da consciência.

Continuo: Um arquitecto, não encontrará, na freguesia que escolheu, elementos
construtivos em número, diversidade e importância, suficientes para apoiar a sua
própria forma de produzir ideias novas e aumentar a sua capacidade de escolher
materiais, formas e organização de espaços? Claro que pode.

Continuo: Como pode ser útil a proximidade com a vida a um estudante de Biologia,
de Fisica, de Química ou de Psicologia. Todos podem beneficiar, querendo, da
actividade, aberta aos outros, que promovam.

Há mais perguntas?

Os mais ricos – falo de dinheiro, agora – encontrarão, seguramente, novas
oportunidades para, aplicando as suas riquezas, as aumentarem.

Vou ter um argumento positivo para cada questão! Prometo!
8




2007 – Organização Política ‘Por Portugal - Partido Autárquico’
9



Como julgo que já se percebeu, através da leitura dos textos anteriores, eu
não tenho filiação partidária. Melhor, porque em 1975 terei assinado uma
ficha de militância do extinto MRPP, movimento a que deixei de dar o meu
contributo e o meu crédito em 1976, já não tenho filiação partidária.

Creio, no entanto, que, da mesma forma que, estando vivo, sou um animal
económico, tenho, porque vivo em sociedade, um estatuto de animal político,
que é independente daquela eventual filiação.

Vejo-me de acordo com alguns políticos em muitas das suas intervenções,
mas não todas, sejam eles personagens de simples movimentos, do PS, do
PSD, do CDS, do PCP, dos Verdes ou do próprio Bloco de Esquerda.

Muitos serão os que, ao ler o que escrevo, me catalogarão como de direita
ou de esquerda, mas raramente se centrarão no catálogo original, em que se
dizia ser de direita quem estava no partido do governo, e de esquerda todos
aqueles que lhe faziam oposição. Estou a falar da Grécia antiga,
naturalmente. Por esse catálogo, eu quero estar sempre ao lado da direita,
isto é, de quem governa, dado que será esta a força capaz de ajudar os
meus propósitos.

Aquilo que me faz estar de acordo com os políticos, só tem a ver com uma
coisa: gostar de Portugal, acima de tudo, e querer ver o seu desenvolvimento
garantido por bons princípios.

Para que se saiba, tenho de esclarecer que de Portugal continental conheço,
por as ter calcorreado, quase toda as cidades – falta passear, cheirar, ouvir
e ver Castelo Branco e Beja -, não conhecendo, por razões que as minhas
contas bancárias poderiam explicar, mais do que o Funchal, e um perímetro
de cerca de 20 kms à volta desta cidade, da Madeira, se me referir às ilhas.

Não! Não tenho pena de não ter visitado, ainda, o Porto Santo, o Faial, o
Pico, a Terceira, S. Miguel, as Flores, Santa Maria,… : tenho, isso sim, a
vontade e o desejo de o fazer!

Nasci em Miramar, onde só vivi dois anos, mas onde fiz praia até por volta
dos 10; tendo a casa da família próxima no Porto, que foi a minha sede até
aos 29 anos, passei temporadas em Caldas de Arêgos e em Seixas, do Minho,
por ali ter, respectivamente, a minha bisavó paterna e os meus avós
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maternos; vivi cinco meses na Ponte de Sôr, enquanto professor do ensino
secundário; um mês e meio nas Caldas da Rainha, um ano e dois meses em
Lisboa – dormia em Caxias e passeava, preferencialmente, em Cascais -, no
tempo de serviço militar obrigatório; em Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia,
durante três anos; em Algerás, Nelas, durante seis; voltei ao Grande Porto,
primeiro para a freguesia de Pedrouços, Maia, morando, agora, em
Gondomar.

Devo ainda dizer que, enquanto animal político, tive, até hoje, duas
intervenções.

A primeira, enquanto militante do já referido MRPP, em que os resultados
próximos da minha actividade foram a implantação da Livraria Vento de
Leste, ali à Boavista, e o emprestar da minha caligrafia na produção de
cartazes com as comunicações definidas pelo ‘camarada-líder’ Arnaldo
Matos. (Nunca esqueci aquela intervenção de 2 de Agosto de 1975, em que
se dizia: ‘(…) a confraria neo-revisionista do ministro sem pasta, russo
branco, lambe-botas, Barreirinhas Cunhal, volta a modificar a sua política de
social-fascista para fascista-fascista, levantando, assim, as suas saias para
mergulhar, libidinosamente, nas águas da provocação (…)’, dado que se
falava, claramente, para o povo…).

A segunda, que não teve outros efeitos que não uma porção de insultos ao
promotor da ideia, foi um texto de apoio a uma eventual candidatura, como
independente, do Engº Nuno Cardoso à presidência da Câmara Municipal do
Porto, cidade em que eu não vivia, mas que centraliza a atenção de todas as
que cresceram à sua volta, por razões naturais. Defendia, na altura, que ele
me parecia ser a única personagem da vida política da cidade com um
projecto: não só conhecia, enquanto técnico, as várias questões que se
colocavam à gestão do município, como, pela sua actuação enquanto
Presidente, me dera a ideia de ter um projecto com que eu, na base, me
identificava. Estava, isso sim, era preso pela corrente que lhe era imposta
por um partido, o PS, que estava mais interessado na luta contra o PSD do
que na construção de uma nova realidade da cidade.

Já que não encontro nenhum exemplar do que escrevi, deixo apenas a ideia
que defendia:
11



Se fizermos algo em que acreditamos, fá-lo-emos com paixão. Se o fizermos
com paixão, os resultados serão visíveis.

(Amamos o que fazemos; fazemo-lo com paixão; os resultados vêem-se!).

Quero, por uma vez, deixar claro que não escrevi aquele manifesto – chamei-
lhe ‘Manifesto pelo Porto’ – contra nada nem ninguém: fi-lo apenas pelo
Porto e pelas pessoas que, à sua volta, desenvolvem as suas vidas.

Dado que a noção de oposição vai contra os meus pressupostos (afinal estou
contra alguma coisa), desenvolvi alguma atenção para os exemplos que
encontrei, ao longo de vivências e leituras, e que eram ‘Por Portugal’.

Para falar de exemplos antigos, posso nomear Egas Moniz, D. Afonso
Henriques e todos os Reis portugueses (penso que se percebe que estou a
excluir os três Filipes) e D. Nuno Álvares Pereira. Em exemplos mais
contemporâneos, não para fugir a polémicas, que de facto julgo não
interessarem para aqui, mas porque a minha consciência política só se abriu
em 1973, não consigo encontrar outros exemplos que não os de um ou outro
político (salientando apenas dois nomes com cujas opiniões estive mais de
acordo: Adriano Moreira e Manuel Monteiro) e de alguns Presidentes de
Câmaras Municipais que, pelo empenho demonstrado na defesa das suas
convicções para o desenvolvimento dos seus pequenos territórios, me têm
provado a necessidade de fazer entender a cada um dos portugueses, o
objectivo da intervenção política: procurar e estabelecer as regras que
levem à melhoria da vida das populações no território em que coabitam.

Surgiu-me, então, após ter tomado conhecimento da existência de um fórum
de discussão que dá pelo nome de ‘Clube dos Pensadores’ e ter participado
num dos seus debates (em que convidaram Manuel Alegre), a noção de que,
de facto, todos os portugueses querem o mesmo que eu: ajudar a
desenvolver Portugal.

Falta é criar as condições que permitam que esse objectivo seja cumprido
com alguma facilidade.

Sou adepto do conceito de que, para ir seja onde for, não é o tamanho da
viagem que é importante: importante é levantar-me, da cama ou da cadeira,
12



com um objectivo, e dar um passo de cada vez, com segurança, para poder
atingir tal objectivo, seja onde for que eu queira ir.

Traduzindo isto para política nacional: se eu quero um país melhor (a
viagem), tenho que ter melhores autarquias (os passos)!

Tal como nas empresas, um bom líder é, nas autarquias, fundamental.

Falo nas empresas porque estas são normalmente construídas a partir de
ideias, se calhar sonhos, a que alguém com visão e empenho juntou outros, a
quem explicou o que pretendia, e a que, com eles, deu corpo.

Nas autarquias passa-se o mesmo. Sem uma ideia e uma visão, e sem o apoio
de outros empenhos, não há resultados.

Os melhores resultados encontram-se em locais governados por alguém que,
mais do que amar obstinadamente um partido (veja-se a propósito, entre
outros, o caso de Ponte de Lima), ama verdadeiramente o território que
dirige.

Conheço, pessoalmente, outros casos de forte ligação pessoal, comprovada
antes e durante as suas lideranças, como o são o do Presidente da Câmara
de Carregal do Sal, Atílio dos Santos Nunes (do PSD), ou o do Presidente da
Câmara de Resende, Engº António Borges (do PS), terra em que se vota
maioritariamente PSD nas eleições legislativas. Basta visitar os seus
concelhos e verificarão que há amor verdadeiro pela terra, no que se tem
feito.

Há, por esse país fora, de que tenho notícia pelos jornais e televisão, muitos
outros casos como o de Resende: o partido mais votado para a Câmara é um,
e para as legislativas é outro. De que depende isto? Depende do facto de o
líder proposto ter mais ou menos aceitação directa dos seus conterrâneos,
que sabem quem será, no dia-a-dia, o mais empenhado de entre os
candidatos que se lhe apresentam.

Baseado nestes argumentos, surge-me então uma ideia nova: a criação de
uma figura política que, libertando das correntes de pensamento único, que
cada partido encerra, os candidatos naturais a cargos de liderança das
várias organizações autárquicas do país, permita criar as condições
efectivas de integridade e evolução que aqueles candidatos merecem ter.
13



Chamar-lhe-ia ‘Por Portugal – Partido Autárquico’, até para, à nascença, lhe
inibir quaisquer tentações para a governação central.

Aquilo que proponho, tenho agora o cuidado de o sublinhar, não é, na
verdade, mais do que uma figura política: de facto não se pretende
uniformizar a forma de pensar de pessoas que hoje ligam o seu nome ao
CDS, ao PSD, ao PS, ao PCP ou ao BE. Têm convicções (eventualmente
paradigmas) de base que, alicerçados na sua vivência do sítio que governam,
estão, seguramente, adaptados e são os correctos no sentido de orientarem
a sua actuação enquanto líderes do desenvolvimento mais adequado para os
seus territórios.

Pretende-se é que essa diferença nos paradigmas (ou convicções) deixe de
ser realçada, fazendo-se antes notar o que os une: o amor verdadeiro pela
sua terra e o desejo de verem os seus conterrâneos com uma vida melhor.

Acredito que aquela governação central veria, assim também, facilitada a
sua missão: coordenar e controlar o geral e já não ter que se preocupar em
excesso com o particular.

Organização de um partido ‘Por Portugal – Partido Autárquico’

À semelhança do que acontece com os restantes, caberia a um núcleo
central, nascido do que esta ideia possa provocar, estudar que actuais
Presidentes de Câmara, e de Freguesia, correspondem ao perfil que, julgo,
deixei claro: pessoa da terra, motivada para o desenvolvimento do território
e das suas populações, com forte apoio e concordância por parte dos seus
conterrâneos.

Colocar-lhes a questão: concorda com esta ideia?

Convidá-los, e formalizar o nascimento do ‘partido’.

Depois de demonstrada a sua validade, em eleições, acredito que este
‘partido’ se alargaria, levando a um completo domínio do particular sobre o
geral, isto é, do amor pelo concreto sobre a gestão do teórico, que é, por
oposição, o que vejo fazer aos vários partidos da praça.

De entre as vantagens que entrevejo numa tal figura está, também, a
partilha de ideias e a adopção de boas práticas de uma por uma outra, entre
14



autarquias governadas hoje, antes de mais, por representantes de partidos
opostos, que por isso, e a maior parte das vezes só por isso, não se mostram
de acordo com elas e a elas abertos.

Porque confundo, permanentemente, a governação política com a governação
das empresas, e porque o tema em questão ambas abrange, anexo um texto
que, não falando exactamente desta ideia, para ela aponta.

Foi apresentado ao já referido ‘Clube dos Pensadores’ (tendo sido publicado
no seu blog - http://clubedospensadores.blogspot.com/) e a Manuel Carvalho
da Silva, que considero honesto a pensar mas acorrentado no momento de
apresentar soluções, e que penso que esclarece a minha forma de ver as
relações entre governantes e governados e porque é que, aproximando-nos
das pessoas, em vez de lhes dizer o que pensar ou fazer, podemos ganhar,
TODOS ao mesmo tempo.

A resposta, que obtive, demonstrou que o que eu pressupunha estava certo:
as pessoas concordam comigo, mas as grilhetas (paradigmas partidários) que
lhes impõem são mais fortes do que aquela eventual concordância. Dá muito
trabalho tentar implementar ideias novas. É mais fácil criticar do que fazer.
É mais fácil fazer oposição do que criar soluções.

‘Caro Joaquim Jorge, Caro Sr. Carvalho da Silva, Caros Participantes
na vida do Clube dos Pensadores,

Tratando-se hoje de discernir sobre aquele que tem sido o tema de fundo
da minha carreira profissional, as Relações de Trabalho, não pude deixar de
decidir trazer, pelo menos a este público, a minha forma de ver a questão,
para mais num momento como o actual, para além de deixar uma pergunta ao
convidado, cuja resposta, pública ou privada, muito agradeço, desde já.

   1. Os Meus Pressupostos:

Nascido em 1956, tinha 17 anos (adolescência, irreverência, pôr tudo em
causa) quando se deu o 25 de Abril. Licenciado em Filosofia, em 1980, tenho
trabalhado, desde 1983, na Direcção de Recursos Humanos de Empresas.
Tenho que confessar, desde já, que não gosto desta designação: a minha
empresa pessoal, adopta a designação ‘Desenvolvimento de Pessoas e
Empresas’, porque, aquela outra designação tem por base a ideia, que
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considero errada, de que as Pessoas são, para as empresas, um recurso,
como qualquer ferramenta descartável.

A primeira empresa em que colaborei, nacional, empregava mais de 1000
trabalhadores, que, ao longo dos anos, pela introdução de um clima de
participação e confiança, se foram transformando em colaboradores,
promoveu em mim a noção clara de que TODOS, nas empresas, são, de
facto, donos da empresa – só é preciso dar-lhes as ferramentas certas para
se envolverem positivamente com as coisas do dia-a-dia, para obtermos
enormes    ganhos    de   produtividade,   de   intervenção   positiva   no
desenvolvimento da empresa, que culminam na enorme satisfação pessoal,
todos os dias da semana, a qualquer hora do dia, porque, uma vez sentindo-
se patrões de si próprios, são-no em todas as vertentes da sua vida: no
trabalho, em família, na comunidade em que vivem, nos seus hobbies. E não
carecem da intervenção de nenhuma instituição de defesa que lhes seja
exterior, como o são os sindicatos.

Aquilo que ali fizemos, porque fomos todos a fazê-lo, aconteceu porque
ninguém estava CONTRA nada: estávamos, isso sim, empenhados a favor da
Empresa enquanto empreendimento participado por todos.

O patrão, porque era, de facto, uma empresa de patrão, tinha apenas a 3ª
classe, e, na sua juventude, tinha trabalhado no campo, de onde saía para
distribuir jornais, no fim do que ia apanhar o comboio para o Porto para
trabalhar como encadernador por conta de outrem. Um dia, percebeu que o
gestor da vida dele era ele mesmo, e, por acidente, criou uma Empresa,
primeiro só com um ajudante, 10 anos depois já com 50 empregados, 20 anos
depois com 150, e, a partir dos finais dos anos 60, com cerca de 1000. A
empresa ainda vive, hoje dirigida (e tenho o cuidado de não dizer liderada)
por uma filha daquele patrão.

O que tudo isto serve para ilustrar é a minha convicção de que, na sua
maioria, os patrões de hoje, foram empregados ontem, ou trabalhadores, ou
colaboradores a quem não ouviam.

Na segunda empresa, uma multinacional americana, que actua em quatro
grandes áreas de negócio, e que iniciava os seus investimentos em Portugal,
em Nelas, com uma empresa de componentes para o sector automóvel,
16



constatei rigorosamente o mesmo que na primeira quanto à facilidade de
transformar os trabalhadores em donos de si próprios, ou seja, em
colaboradores, não havendo, aqui, a figura de um patrão que sugerisse
aquela postura, pela sua história pessoal.

Em Maio de 1993, esta empresa recebeu, a partir da sua sede europeia, uma
sentença de morte: ou se produzia, em 1 dia útil, uma quantidade ‘impossível’
de peças, ou a fábrica fechava: nenhum dos colaboradores aceitou tal
sentença, mas, ao contrário de o demonstrar fazendo greve, empenharam-se
na tentativa de atingir o impossível, trabalhando durante 3 noites, o tal dia
útil, um sábado e a manhã de um domingo e conseguiram realizá-lo. No ano
passado, tornaram a dar-me a certeza de que as noções que ajudei a criar
ficaram com eles. A empresa decidiu encerrar a exploração em Portugal e,
ao contrário do que aconteceu, por exemplo, numa outra multinacional do
sector na Azambuja, decidiram não fazer greve, mas, antes, demonstrar a
sua própria dignidade, trabalhando até ao fim. Resultado? Viram aumentado
o valor das suas indemnizações, e chamaram a atenção de outra
multinacional, pela sua atitude, conseguindo novos empregos e minimizar o
efeito do encerramento da unidade que, demonstraram-no, foi um sucesso
devido a eles.

A terceira empresa, também criada de raiz, nasceu de um projecto pessoal,
meu, e, apesar de a minha sociedade com capitalistas não ter corrido como
eu esperava (desta vez, eram capitalistas, não empreendedores), sinto que
aquilo que passei aos meus colaboradores mantém a empresa como líder do
seu sector, viva e fiel aos princípios ‘o que falha são as pessoas, não as
empresas’, e ‘o meu mundo depende da minha intervenção, que tem que ser
positiva’.

Desde aí, tenho colaborado, fundamentalmente, como consultor de
organização e desenvolvimento de pessoas e empresas, e, posso dizê-lo,
todas as empresas por que passei adoptaram atitudes de envolvimento que
inibiu criação de momentos de fricção, de luta, inibindo, assim, a presença
de sindicatos, por desnecessários.
17



   2. A Minha Leitura, do mundo das Relações de Trabalho

De uma análise do que foi a minha vida nas empresas, não pode resultar
outra coisa senão:

    A constatação de que as pessoas, em Portugal, gostam de trabalhar,
      sempre que isso signifique participar no desenvolvimento das
      empresas, sejam ouvidas nas questões práticas, se sintam gente.

    As pessoas só se preocupam com ‘garantias dos trabalhadores’
      quando, por falta de comunicação interna de objectivos e da visão da
      empresa, não estão envolvidos com o projecto a que vendem, ou
      alugam, as suas horas de trabalho, mas não a sua vontade de fazer
      parte.

    Da mesma forma que se comportam os ‘Patrões’, têm-se comportado
      os sindicatos: ignorando o que o outro quer, de facto, mas não soube
      comunicar, criam movimentos CONTRA… Contra seja o que for, desde
      que a sua voz se ouça, por parte daqueles que dizem defender. E o
      que é que isto provoca? Luta! O que significa que, no fim desta, uma
      parte vai GANHAR, e a outra vai PERDER. Perguntaria: pode um País
      ganhar, quando, no seu seio, uma parte dos agentes económicos ganha
      e outra, seguramente significativa em número e importância, perde?
      Respondo eu, como responderá seja quem for de bom senso: Não! E
      repare-se que, quando se cria uma empresa, se diz e se sente que se
      está a formar uma equipa: numa equipa todos ganham ou todos
      perdem, ou, então não houve equipa.

    Acredito, 25 anos depois de ter começado, que é possível fazer com
      que as empresas sejam equipas, não importa por quantas pessoas e de
      que extractos sociais se formem, e os exemplos que vivi comprovam-
      no.

    Da mesma forma olho para o País: Não encontro um único Inteiro ‘Por
      Portugal’. Encontro Partidos, que defendem ideias importadas,
      algumas com mais de um século, que criaram instrumentos com uma
      função específica, muitas vezes louvável à partida, como seja o de
      ajudar a tratar a Regulamentação do Trabalho, mas que acabam como
      factores criadores de lutas, ao defenderem obstinadamente a
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      filosofia política que lhes deu berço, em vez de perceberem a
      necessidade de entender os vários pontos de vista que qualquer
      discussão suscita e procurar pontos de consenso que sejam
      provocadores de desenvolvimento e já não da manutenção de seja o
      que for.

    O resultado disto que exponho, de não haver uma consciência ‘Por
      Portugal’, é aquele que encontramos quando abrimos os olhos para um
      jornal, os ouvidos para qualquer conversa de rua, comboio, autocarro,
      etc., ou ambos (olhos e ouvidos) para qualquer jornal da televisão: um
      País que não tem identidade, não sabe para onde quer ir, o que quer
      SER. Ouvimos e vemos críticas que ajudam a dividir, mas não ouvimos,
      nem vemos, sugestões unificadoras.



   3. A Minha Pergunta

Enquanto líder de uma tão importante organização como a que dirige, que
medidas   entende   deverem    ser   colocadas   em   prática   pelos   seus
representados, ‘Por Portugal’, para que o País em que os meus filhos e os
deles venham a crescer seja fonte de prosperidade e orgulho, e visto como
um bom exemplo pelo mundo: Luta ou cooperação? Expectativa ou
envolvimento? Greve ou soluções? Marchas CONTRA ou formação de um
espírito de cooperação e desenvolvimento? Solidariedade para com quem
sonhou e empreende, ou desprezo pelo resultado económico das empresas?

   4. Nota final

Creiam que, ao contrário do que a muitos possa parecer, nada me move em
antagonismo ao Senhor Carvalho da Silva. Antes, o facto de reconhecer nele
a honestidade de pensamento, o enorme conhecimento, muito mais alto e
com bases bem mais profundas do que as minhas, desta matéria, e a sua
capacidade de análise, em conjunto com o facto de estar no Porto a convite
deste louvável movimento a que se chama Clube dos Pensadores, é que se
tornaram responsáveis pela minha decisão de escrever o texto que, se se
tratasse de alguém a quem não reconhecesse vontade de fazer, não teria
ganho corpo.
19



Agradeço a resposta, qualquer que ela seja, não apenas por mim, mas ‘Por
Portugal’.

Obrigado.

Luís Cochofel

luc956@gmail.com’



Curiosamente, hoje - no dia seguinte, relativamente à junção dos textos aqui
acima -, domingo, dia 19 de Outubro de 2008, comprei o JN (Jornal de
Notícias) para ver se há anúncios de emprego a que me pudesse candidatar,
e dei, na leitura do caderno principal do jornal, com várias notícias relativas
a um Colóquio ‘sobre o sistema de governo das autarquias locais’ realizado
ontem em Oeiras. (alexandra.inacio@jn.pt)

A notícia, que tem como títulos ‘Colóquio – Só alternativas devem censurar
executivos’ e ‘Marcelo classifica de surrealista ideia de Rio de eleições
isoladas’, começa com a informação de que ‘Jorge Sampaio defende a moção
de censura construtiva. Isto é: que uma Oposição só pode derrubar um
executivo camarário se estiver em condições de apresentar alternativa’.

A seguir pode ler-se que o ‘ex-chefe de Estado defendeu o reforço de
poderes das assembleias municipais’ e que ‘o presidente da Câmara do Porto
bateu-se pelos executivos monocolores’ justificando-se com o argumento ‘O
executivo tem de ser uma equipa’ homogénea, não ‘um conjunto de
vereadores com perspectivas diferentes’, e eu comecei a perguntar-me se
não estarão à procura da minha ideia, ambos, apesar de transparecer
antagonismo nas suas palavras: de facto, a figura que proponho está
alinhada com ambos os propósitos, e poderá suscitar, acredito, mais acção
do que discussão, cabendo nela, inclusivamente, a noção que Rui Rio a seguir
defende. Trata-se da possibilidade de, tal como no governo central, alterar
a equipa de gestão da autarquia; da noção de que ‘a Oposição deve estar
dentro dos executivos’; e, de a discussão das acções das autarquias ser
produzida em conjunto com tal ‘Oposição’ por razões de fiscalização e
formalismo.
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Esta última ideia, de Rui Rio, acabaria por levar a que as eleições
autárquicas fossem realizadas cada uma por si, isto é, em momentos
diferentes umas das outras no país. Marcelo Rebelo de Sousa, sempre
definitivo nas suas opiniões, considerou isto ‘surrealista’. Ora, eu até gosto
de Salvador Dali (a cadeira de ‘Estética’, que fiz, ostenta uma boa
classificação dada a qualidade da minha ‘leitura’ da obra ‘Premonición de La
Guerra Civil’), e consigo ver que, embora surrealista, produziu resultados
deliciosos, os quais todos podemos aproveitar.

Tentem ver, agora, o que eu vejo que aconteceria com cada uma destas
questões, se colocada a hipótese de existir, já, um ‘Por Portugal – Partido
Autárquico’:

- O ‘Partido’ que governa a Câmara Municipal, porque objectivamente
concentrado     nas   questões    particulares    do   concelho,    em   clima   de
participação,   apesar   de      composto   por    vereadores      ideologicamente
afastados, está aberto aos contributos de todos os interessados, passaria a
poder adaptar-se a cada momento às necessidades do concelho;

- A tendência de um tal ‘Partido’ seria o de gerar, cada dia, maior apoio e
participação;

- Só o descontentamento das populações relativamente à gestão do
território deveria levar, naturalmente, a uma demonstração tal que
provocasse novas eleições. Só aqui, portanto seriam necessárias eleições;

- As Assembleias Municipais, de que também se fala no texto da notícia,
seriam, antes de mais, um espaço de discussão e fiscalização em que o
suporte efectivo das actividades fosse demonstrado, fornecedoras ainda de
novos pontos de vista e orientações, ou daquela outra demonstração de
descontentamento e a exigência de procura de nova composição de
executivo.

O ‘Sistema ReDE’, de que falo noutra peça, ajudaria, muito, no
desenvolvimento desta nova forma de participação nas coisas que, afinal,
são as que influem directamente na vida de cada português.

E. ao ser levado até às freguesias, justificaria, enumeradas as necessidades
evidenciadas, a sua intervenção na Assembleia Municipal em pleno direito.
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Acredito, portanto, ainda mais depois da leitura desta notícia, que temos
soluções para por todos os interessados a concentrarem-se no que os une.

Noutra peça do mesmo jornal, que li porque gosto de cinema e me tenho
divertido com os filmes em que ele participa, nomeadamente este a que se
refere a entrevista aqui publicada - ‘My Blueberry Nights’, de Wong Kar-wai
-, lê-se que o actor ‘Jude Law termina a conversa confessando o que mais
aprendera com o realizador:

”Algo que estou sempre a dizer aos meus filhos: a paciência é uma grande
virtude”.’…

Fantástico, não é?

A meio da tarde, a ver um filme em que o adorável Walther Mathau encarna
Albert Einstein, ouço esta frase deliciosa que não pude deixar de copiar (da
forma como a recordo, não ‘sic’):

‘Prefiro que me chamem tolo por ser optimista do que me tornar num infeliz
por ser pessimista’.

Desculpem lá: estava alguém a falar comigo…?
22




Última IDEIA - Aproveitamento da Biomassa pelas Autarquias – 2008
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                IDEIAS – Uma solução para tempos difíceis

Entre as poucas alternativas que um pensamento negativo nos deixa ver,
tinha marcado o dia de ontem como bom para o suicídio, mas resolvi dar-me
mais uma hipótese: devo mais dinheiro do que o que confesso a mim próprio
e, apesar de ser herdeiro de bens que ultrapassam algumas vezes o que
devo, parece que não consigo encontrar uma solução para mim, que me
permita pagar amanhã o que é suposto ser pago amanhã. Pedi dinheiro a
alguém de quem sou amigo e que considero ser, também ele, meu amigo, e ele
disse-me que ia tentar saber quem me poderia ajudar e que entretanto me
dirá alguma coisa. Acredito nele. Resolvi esperar.

Enquanto espero, recebi uma chamada telefónica de um sócio de uma
Empresa que criei do nada em 1995 (foi a primeira a produzir aquilo em
Portugal), e que fui forçado a abandonar, fez ontem, exactamente, dez anos.
Tratava-se de me pedir que o ajudasse a obter informação importante para
aumentar a capacidade de ganhar um negócio. Disse-me, também, que, desde
Março, não tem falta de trabalho. Ao contrário, tem carteira de
encomendas que ocupa a fábrica até Dezembro, foram capazes de resolver o
passivo e estão muito bem, com obras em Angola, na Madeira e no Algarve.
Percebem as dificuldades em que o mercado se encontra, mas estão
confiantes. É claro que esta conversa me animou: o meu projecto continua a
provar que é bom e, quando precisam de mim, não hesitam em me contactar,
o que significa que acreditam na minha cooperação eterna.

De seguida, porque não tenho nenhuma tarefa profissional agendada, saí de
casa e estacionei o carro junto a uma zona arborizada, em Gondomar, pondo-
me a ler um livro que, embora comprado há três anos, ainda não tinha
começado a ler: ‘O poder do Pensamento Positivo nos negócios’, de Scott
W. Ventrella.

Numa paragem da leitura (para rever, sem outra ajuda, o que percebi ter
lido), dei por mim a olhar para o que está à minha volta e, por associação de
informações e impulsos diversos, volto a uma ideia que me tem surgido com
frequência, e que, agora, decidi passar a escrito:
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A Ideia

Organizar, por zonas geográficas (concelhos?, distritos?) a limpeza de
baldios e zonas florestais em situação de abandono, produzindo, com os
materiais recolhidos, devidamente secos e triturados, briquettes que
possam ser comercializados quer para a indústria (utilização em caldeiras),
quer para o consumo doméstico (lareiras).

Tal permitirá, quando viável, que a limpeza de matos de particulares deixe,
também, de ser, exclusivamente, um custo, passando a permitir até,
acredito, algum proveito uma vez utilizado o serviço que se preconiza
centralizado num órgão autárquico.

Estou certo de que é possível encontrar desempregados em número
suficiente, nos Centros de Emprego, para empregar em tal actividade.
(Sendo certo que é preciso fazer-lhes saber quais são os objectivos: trata-
se de aproveitar algo que a Natureza nos oferece, para promover todo o
país, e gerar receitas e bem estar; não se trata de ‘Pronto! Lembraram-se
disto e você é que tem que limpar esta porcaria, que até agora, por desleixo,
os donos deixaram crescer’).

Tenho a certeza de que o nosso ambiente, e as nossas paisagens, ganharão
muito com tal actividade de limpeza. (Um sítio limpo, para além de, desde
logo, limitar a projecção de lixo, ajuda as pessoas a sentirem-se melhor;
pessoas que se sentem bem, são mais simpáticas com os outros; locais
agradáveis com pessoas simpáticas são mais apetecíveis para turistas;
turistas agradados com a sua escolha promovem aumento de rendimento
àqueles que vivem nas zonas utilizadas para o turismo; a qualidade da oferta
turística é uma das prioridades portuguesas).

Estou seguro de que o produto obtido, continuamente fornecido, de forma
gratuita, pela Natureza, poderá ajudar as finanças, sempre débeis, das
nossas autarquias.

Acredito que os desempregados envolvidos na actividade, porque se tornam
activos, podem, ao perceber que afinal há dinheiro onde antes só viam
silvados, gerar novas ideias de aproveitamento dos recursos naturais, ou,
para uso da sua própria capacidade de trabalho, agora redescoberta.
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Gostava de ver (Sim! Sou um sonhador…, mas, acordado, cruzei-me esta
manhã com dois anúncios na EuroNews, sobre a energia do futuro, um da
Shell, e outro, que anda à procura de ideias, da Zayed Future Energy Prize)
uma equipa de cientistas a estudar a possibilidade de usar a matéria
orgânica recolhida e procurar uma forma de energia a partir dela. (Como se
forma o petróleo? Será possível provocá-lo fora do seu contexto
geológico?).

Acreditem que eu posso ter falhado na gestão económica da minha conta
particular, enquanto animal económico, mas sei que ajudei, ao longo dos
últimos 30 anos de actividade, pelo menos, centenas de outros portugueses
a descobrir que, com empenho, é possível construir resultados e desenvolver
uma vida melhor do que a que tinham até ali. (Apetece-me dar o exemplo de
um rapaz, sem formação de base, que servia cafés e sandes, a quem abri as
portas para uma carreira como programador informático; o de um servente
da indústria a quem ajudei a dedicar a sua vida a fazer o que desde sempre
o fazia vibrar: pintar, conseguindo viver materialmente bem, fazendo-o em
exclusivo; ou o de uma licenciada em área de que gostava, mas para a qual
não há empregos, e que concorria para empregada de armazém, que hoje
gere actividades logísticas em empresa de grande sucesso; ou, ainda, o de
um super-técnico de informática, com dificuldade de fazer aceitar o seu
feitio, que, antes de uma entrevista de emprego no Canadá, para gestor da
unificação da informação em empresa multinacional da extracção de ouro,
prata e cobre, me ligou dizendo que era eu a única pessoa, de que se
lembrava, capaz de o ajudar a controlar a ansiedade que o desejo de obter
tal posição lhe provocava: ficou com o lugar!, e estou certo de que tanto ele
como a empresa ganharão muito com o seu trabalho).

Se houver publicação deste texto, e caso esteja, de facto, interessado em
ajudar a desenvolver esta ideia, não hesite em contactar o jornal que o
publicou, ou enviar-me um email para ultima.ideia@gmail.com . Saberão como
me encontrar e eu terei muito prazer em participar no projecto.

Se, por outro lado, precisa de fazer gerar ideias no seio da sua empresa,
contacte-me igualmente, porque essa é a área onde me sinto mais à-vontade,
em função dos resultados obtidos nas empresas para quem trabalhei nos
últimos 30 anos.
26



A melhor forma de evitar que a economia afecte negativamente a sua vida, é
evitar que as más notícias afectem a sua atitude. Depende de cada um de
nós, portanto, tentar, ou não, dar a volta a situações menos boas. Ter uma
ideia pode ser um óptimo começo!

Obrigado por ter lido até ao fim!

Nota: uso o anonimato na eventual publicação da presente ideia, porque, aos que não
tiverem interesse na ideia, também não interessará saber quem sou.

1 de Outubro de 2008


Enviei, por email claro!, esta ideia a 22 pessoas de quem sou amigo, e de
quem espero um mínimo de atenção quando me dirijo a eles, e a 8
representantes da imprensa portuguesa, e só recebi três respostas.

Uma, que acabou por dar o título a este livro, foi aquela em que tendo-me
identificado pela escrita, um daqueles meus amigos me chamou lírico.

Outra, a primeira a responder, devo dizer, dirigiu um outro email para a
minha conta conhecida perguntando-me se aquela ‘ideia muito interessante’,
não seria, por acaso minha. A forma de escrever…

Outra, merece ser transcrita, não apenas por demonstrar aquela atenção de
que falo acima, pelo interesse em participar na discussão de ideias, porque
provocou uma resposta que complementa e esclarece os propósitos da ideia
apresentada:




‘Bom dia;

Li tudo com atenção.

PF ver a minha resposta em anexo.

Um abraço,

(assinatura)
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Bom dia;

A mensagem da «última.ideia» faz parte daquele tipo de correio que fica de
quarentena até eu ter a certeza que o «attachment» não vai fazer mal a
coisa nenhuma.

Quando acabei de ler o documento «Word» já tinha identificado o autor da
«última.ideia», acreditando sinceramente que a «última.ideia» é muitas
vezes a do dia, ou da semana, ou da fase mais ou menos conturbada por onde
qualquer um de nós está sujeito a atravessar.

Sobre o tema do suicídio – mesmo que não diga: desta água não beberei –
recordo sempre um caso em linha directa familiar, em que as partes que
ficaram acabaram por encontrar o caminho das pedras e quem se «lixou» foi
quem partiu para a grande viagem. Recuperemos o grande Albuquerque, que
na hora da verdade dizia: Morrer, sim! Mas devagar.

Jardim Gonçalves, Oliveira Costa, Filipe Pinhal, e outros devem ou não
devem milhões? Algum deles trocará a vida por uma cédula fiduciária? Não
creio. Meu caro amigo, não está na moda perder a vida por esta ou aquela
divida.

Vamos à ideia. Esta, aquela e outras que não tardarão a vir.

A sua proposta encaixa nos muitos projectos ditos da «biomassa». Sejamos
francos: Já quase tudo foi proposto aos autarcas. Melhor do que esta ideia,
ou seja, com mais ampla cobertura por parte dos dinheiros da União
Europeia, estão as chamadas Centrais de Biomassa, das quais os melhores
exemplos estão construídos em Mortágua e Miranda do Corvo.

A fonte de combustível é exactamente a que o meu amigo propõe, ou seja,
os materiais retirados da limpeza das matas. Entretanto, estão aprovados
mais 10 ou 20 centrais desse tipo.

O argumento contra, quer face à «última.ideia» quer face às centrais de
biomassa é o período de tempo versus perímetro florestal que garanta
sustentabilidade no fornecimento de material combustível.

Vá lá, vamos a levantar a cabeça.

Se, passar ao alcance da minha mão uma oportunidade para aproveitar a sua
capacidade para gerar ideias, creia que não me esqueço de si.

Um abraço

(assinatura)
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Respondi assim:

‘Li com agrado, atenção e respeito, tudo o que me escreveu.

Devo, antes de mais salientar que, de entre 22 supostos amigos e 8
publicações a quem enviei o mail a que se refere, foi o 2º, de 3 amigos de
facto, a demonstrar que poderei sempre contar com a sua atenção.
Obrigado, por isso!

Quanto às questões que levanta, respondo o seguinte:

O suicídio físico não faz, de facto, parte de nenhuma boa solução para
qualquer problema. Mas, acredite, há momentos em que a razão se sobrepõe
ao optimismo, que me é intrínseco, e a realidade nos aparece como algo
absolutamente desinteressante para querer continuar a fazer parte dela.

Quanto ao facto de haver um enorme projecto na área de que falo na ideia,
o das centrais de Biomassa, respondo de três formas:

1. enviando-lhe em anexo um texto, em inglês, que, nem de propósito, acabo
de receber, sobre a necessidade de, de quando em vez, olharmos para as
coisas de uma perspectiva diferente. Eu sei que é isso que o meu amigo tem
feito ao longo da sua vida, mas, nunca é demais ler o que outros escrevem;

2. já conheço há algum tempo o projecto de aproveitamento de Biomassas,
até porque um bom amigo, com que participei no arranque de uma
multinacional do sector automóvel em Portugal, está ligado a ele e me tem
mantido ao corrente do que se passa;

3. aquilo para que aponto, assim, não sendo a descoberta do processo
alquimista, tem outras perspectivas:

a) utilizar a oferta de Biomassa que a Natureza insiste em nos dar é, de
facto o ponto de partida;

b) dar àqueles que, pobres e desempregados, puderem ser envolvidos de
forma comunicativa (quero dizer: a quem seja explicada a vantagem de
executar aquela tarefa de recolha, quais as aplicações e os resultados que
se vão obter - limpeza de matas, menos incêndios ou maior capacidade de os
debelar, aproveitamento das riquezas naturais, aumento das receitas da
autarquia responsável pelas infraestruturas do local onde aquele 'animal
económico' habita, maior potencial de desenvolvimento turístico...), uma
nova oportunidade de, ao verem o que ali está a acontecer, perceber que
estar activo é muito importante para todos, para os outros, mas, também
para si mesmo;
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c) reduzir a escala do que queremos fazer. O projecto que neste momento
está em curso é, provavelmente, megalómano. O que proponho é uma coisa
completamente diferente, quer em termos de investimento em
equipamentos, quer no produto final. Daria como exemplo comparativo o
seguinte: dou a doze pessoas diferentes a tarefa de irem a pé do Porto a
Lisboa - o projecto actual leva a que todos partam do Porto e todos
cheguem a Lisboa; a minha proposta é que um parta do Porto e vá até
Espinho, outro parta de Espinho e vá até Ovar, outro vá até Aveiro... A
tarefa seria muito mais fácil de acabar, demoraria muito menos, faria com
que cada um ficasse satisfeito com o atingir dos seus objectivos, e o
trabalho que tinhamos proposto inicialmente tinha sido conseguido sem
discussões que sempre surgem quando a tarefa é mais alta do que o
Kilimanjaro. É que, na verdade, hoje, com aquele enorme projecto já em
curso, encontramos uma mata abandonada a cada 5 kms.

d) apesar de perceber que os recursos naturais não são eternos, acredito
que, no decurso de tempo que se iniciou no momento em que comecei a
escrever estas linhas, a Natureza ofereceu a Portugal biomassa suficiente
para eu poder pagar as minhas contas todas!

Agradecendo, uma vez mais, a sua resposta que sinto interessada,

Receba um abraço’

Anexo a que me refiro no texto:

‘Embrace Other Points of View

By Jim Cathcart

Everything you know has come from within the limits of your life up to now.
You might be wrong about how things work. Explore and experiment with
other ways of looking at things. See things from someone else's
perspective. Take a different route to your usual places.

Read something outside your areas of interest. Listen to a radio station or
type of music that is not your usual one. Assume that the other point of
view was more enlightened than yours. What difference would that make in
how you think about others? Try to truly understand and appreciate others.

It is through the understanding of different perspectives that people
often grow. "Walking a mile in another's mocassins" will go a long way
toward understanding why people feel the way they do and are the way
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they are. Their perspectives come from life experiences that you have not
had. That doesn't make them wrong. It just makes them "different". It's
those differences that lead everyone to a deeper understanding of each
other.’

Que agora traduzo:

‘Abrace Outros Pontos de Vista

Por Jim Cathcart

Tudo o que v. conhece veio de dentro dos limites da sua vida até agora. V.
pode estar enganado quanto à forma como as coisas funcionam. Explore e
experimente outras formas de olhar para as coisas. Veja as coisas pela
perspectiva de outra pessoa qualquer. Tome diferentes caminhos para os
sítios que habitualmente frequenta.

Leia algo que esteja fora das suas áreas de interesse. Ouça uma estação de
rádio ou um tipo de música que não seja o habitual. Imagine que o outro
ponto de vista era mais esclarecedor do que o seu. Que diferença faria na
forma como pensa sobre os outros? Tente compreender e apreciar
realmente os outros.

É através da compreensão de perspectivas diferentes que, muitas vezes, as
pessoas crescem. ‘Andar uma milha nos sapatos dos outros (tradução livre)’
fará um longo caminho até à compreensão de porque é que as pessoas
sentem da forma como o fazem e são da forma que são. As suas
perspectivas (deles) vêm de experiências de vida que v. não teve. Isso não
os faz estar errados. Fá-los apenas ‘diferentes’. São essas diferenças que
levam toda a gente a uma mais profunda compreensão de cada um.’



Isto não vai acabar por aqui…
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  Ideias para apoio ao desenvolvimento das pequenas empresas
        Portuguesas, e a recuperação de activos humanos



1. MyStaff, organização de empresa de serviços para pequenas empresas
   e start-ups (leia-se empresas novas, com pouca capacidade financeira
          para criação imediata de empregos indirectos – pessoal
                              administrativo)

2. MyBack-up, organização de base nacional de consultores técnicos, em
                  situação de inactividade involuntária
32



A ideia que agora apresento nasceu de um pedido, de dois jovens
empresários para cuja organização eu prestava os meus serviços, na
expectativa de os ver utilizados no desenvolvimento das pessoas e da
empresa,

Tal pedido, tinha a ver com a vontade de utilizar, com algum proveito, um
escritório que um deles possuía ali para a Maia, pretendendo criar-se uma
pequena organização para apoio a pequenas empresas, em fase de arranque
ou de emagrecimento.

Prestar serviços de contabilidade, processamento de salários e outros de
que eu me lembrasse, seria, assim, o objecto sobre o qual eu deveria partir
para apresentar uma ideia e, quando aprovada, criar.

Dado que, uns anos antes, ainda nos quadros da AMBAR, tinha imaginado
uma organização que, baseada no apoio dos quadros activos daquela empresa
e de ex-quadros com reconhecida capacidade técnica e estratégica, a
convidar, servisse para apoiar a criação de pequenas empresas por parte dos
colaboradores da empresa ou seus familiares, pus-me, de imediato, a
‘desenhar’.

Incluí: serviços legais; agenda (apoio de uma telefonista capaz de ajudar na
elaboração e controlo da agenda dos futuros Clientes) e serviço de
mensagens; serviços técnicos de informática; serviços de apoio à criação de
sites, ao marketing, e ao desenvolvimento de software de gestão; serviços
de aluguer e manutenção de equipamentos informáticos; serviços de limpeza
e manutenção de instalações; serviços de medicina no trabalho; serviços de
apoio à implementação e manutenção de sistemas da qualidade; serviços de
apoio à gestão de relacionamento bancário, contratação de operações de
leasing, factoring e apoio a projectos de investimento; serviços de gestão
de seguros; serviço de consulta de bases de dados de empresas.

Desenvolvi, então, uma folha de cálculo onde previa a distribuição de
necessidades destes serviços por empresa, concluindo que, incluindo uma
margem de 40% para a gestão de todos os serviços, e executando contratos
com especialistas, tipo ‘avença’, com pagamento antecipado, independente da
necessidade efectiva de prestação dos seus serviços, deveria cobrar a cada
um de 45 clientes, não mais do que 600,00 € por mês de calendário. Sendo
este valor inferior ao que corresponde a um salário mínimo, parece-me
possível concluir que esta ideia tem pernas para andar:

Um cliente pode ter, pelo preço de um indiferenciado, todas estas
especialidades, tratadas por especialistas!
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MyStaff e MyBack-up

O desenvolvimento da ideia a que chamo MyStaff, levou-me à concepção
desta outra empresa de serviços, dedicada à consultoria.

Trata-se, de facto, de uma actividade complementar da MyStaff: fornecer
serviços de consultores a pequenas empresas.

Conceito:

Fornecer Consultoria para as Empresas, em situações pontuais e específicas.

Que Consultores?

Técnicos das várias especialidades que, estando desempregados, inactivos
ou reformados, têm a vontade de permanecer activos na sua área de
especialização.

Regime de Contratação:

Uma actividade deste tipo é normalmente baseada num valor/hora. Os
contratos a realizar devem, assim, ser baseados nesse regime. O valor/hora
a definir deve ser competitivo com os valores de mercado e permitir que
haja mais-valias quer para os Clientes, quer para os Consultores, bem como
para a MyBack-up.

Distribuição das Remunerações

Terei como referência um valor/hora de 50,00€ + IVA, por me parecer
compatível com as várias coordenadas da ideia: é um valor que está bastante
abaixo da média praticada pelas multinacionais mais conhecidas, o que é bom
para o Cliente, e permite ao consultor um ‘salário potencial’ razoável –
35,00€/hora equivale a uma remuneração anual de 72.800,00€. Ao valor a
facturar deve ser acrescido o custo com deslocações e eventuais estadias.

A remuneração pela coordenação dos serviços, por parte da MyBack-up, deve
ser de 30% do valor/hora, sendo as restantes verbas pagas ao consultor
envolvido.

Recolha de Candidaturas para Consultor

Um anúncio nas páginas de Emprego do Jornal de Notícias e do Expresso,
pelo menos inicialmente, uma vez por mês.

Neste anúncio deve ser solicitada informação concreta quanto à área de
especialização do potencial consultor e informação detalhada quanto à
experiência profissional nessa área.
34



A análise destas candidaturas permitirá obter uma base de dados de
recursos humanos técnicos que pode vir a servir outros interesses da
MyStaff.

Vantagens do Serviço

I – Para os Clientes

- Consultoria técnica a preços comportáveis;

- Possibilidade de conhecer, em situação de trabalho, eventuais futuros
colaboradores;

- Possibilidade de interromper a recepção de serviços sem custos (o serviço
será sempre pago em função das horas efectivamente utilizadas);

- Possibilidade de ter várias especialidades presentes para um mesmo
projecto, sem custos fixos.

II – Para os Consultores

- Possibilidade de se manterem activos e ‘visíveis’, recebendo uma
compensação equilibrada;

- Possibilidade de desenvolver conhecimento relativamente ao momento do
mercado;

- Possibilidade de encontrar um novo empregador, que já conhecem a partir
da sua participação num dos projectos daquele;

III – Para a MyStaff

- Alargamento da oferta de serviços a Clientes, beneficiando de desconto
(sobre a margem da MyBack-up);

- Aumento do nº de potenciais Clientes próprios (Clientes da MyBack-up, que
não conheciam a empresa).

- Fornecimento de serviço directamente à MyBack-up, empresa que, de
facto, não tem necessidade de quadros próprios.
7 de Novembro de 2007


Usei, como se pode ver nas páginas seguintes, o padrão da E-Myth (www.e-
myth.com) para a descrição dos projectos.
35




         COMEÇAR UM PLANO DE NEGÓCIO -                               MyBack-up

Se o seu PLANO DE NEGÓCIO vier a ter exactamente o impacto que você pretende que ele tenha,
como será esse impacto? Descreva como acha que o seu Cliente o deve ver, e sentir:

A MyBack-up fornece serviços de consultoria para pequenas empresas, permitindo aos seus Clientes
dispor de apoio de técnicos especialistas nas mais variadas áreas técnicas ou de gestão, a custos
controlados.
É um modelo que pode ser implementado em qualquer parte do mundo onde haja pequenas empresas,
ou um movimento crescente de criação de Novas Empresas, do tipo ‘Small Business’.




Qual é a sua VISÃO para o seu negócio?
Permitir aos Clientes a criação de um ambiente de empreendedorismo pelo acesso, a custos
controlados, a técnicos especializados – que podem vir a ser o seu consultor técnico ou de gestão, ou o
seu futuro quadro – num sistema que facilite o desenvolvimento de ideias e projectos para o
desenvolvimento de novos produtos e a evolução dos negócios.
Qual é o PROPÓSITO do negócio que você pretende que este PLANO de NEGÓCIO atinja?

Atingir o número de Clientes necessários à sua estabilidade (50 Clientes x 9 horas/mês).

Desenvolver uma base de dados de consultores de o maior número possível de áreas de especialização.

Escolha o horizonte temporal para este PLANO de NEGÓCIO.

O objectivo, em termos de nº de Clientes, deve ser atingido num prazo não superior a 6 meses.

O que é que precisa de fazer para poder dizer que está organizado?

Ter uma descrição de cada um dos serviços propostos.
Construir uma base de dados de consultores sólida (com conhecimento pessoal de cada potencial
consultor)
Como é que vai envolver outras pessoas na sua organização?
Identificando-os com a VISÃO (queremos ser a empresa de consultoria de referência para Start-ups
em Portugal), e definindo claramente: cada função e os seus objectivos; sistema de prémios e
incentivos; potencial de desenvolvimento de carreiras.
36




             COMEÇAR UM PLANO DE NEGÓCIO -                             MyStaff

Se o seu PLANO DE NEGÓCIO vier a ter exactamente o impacto que você pretende que ele tenha,
como será esse impacto? Descreva como acha que o seu Cliente o deve ver, e sentir:

A MyStaff fornece todos os tipos de serviço básicos para empresas, libertando os seus Clientes para
a concentração, em exclusivo, no negócio a que se dirigem.
É um modelo que pode ser implementado em qualquer parte do mundo onde haja pequenas empresas,
ou um movimento crescente de criação de Novas Empresas, do tipo 'Small Business'.




Qual é a sua VISÃO para o seu negócio?


Libertar os Clientes para a concentração no objecto do seu negócio, fornecendo serviços de
excelência que a tornem numa referência obrigatória para todas as Novas Empresas.

Qual é o PROPÓSITO do negócio que você pretende que este PLANO de NEGÓCIO atinja?

Atingir o número de Clientes necessários à sua estabilidade (50 Clientes).

Escolha o horizonte temporal para este PLANO de NEGÓCIO.

O objectivo, em termos de nº de Clientes, deve ser atingido num prazo não superior a 6 meses.

O que é que precisa de fazer para poder dizer que está organizado?

Ter uma descrição de cada um dos serviços propostos, e identificar os seus fornecedores.

Como é que vai envolver outras pessoas na sua organização?

Identificando-os com a VISÃO (queremos ser a empresa de serviços de referência para Start-ups
em Portugal), e definindo claramente: cada função e os seus objectivos; sistema de prémios e
incentivos; potencial de desenvolvimento de carreiras.
37



As pessoas que me solicitaram que pensasse sobre o assunto a que chamei
MyStaff, cuja empresa actual se dedica à distribuição de produtos de
informática – o que a tornava, de imediato, fornecedora de uma série, larga,
dos serviços a vender -, não responderam a qualquer dos emails que lhes
enviei sobre o assunto, tendo, no entanto, no momento em que os questionei
sobre a efectividade, ou não, da recepção de tais emails, efectuado a
promessa de que ‘vamos falar nisso num jantar! Mas, esta semana não pode
ser…! Nós marcamos isso, deixe estar…).

Eu deixo estar…

Devo confessar que, para me ajudar a perceber o interesse deste tipo de
organizações para alguns amigos e conhecidos, fiz perguntas nesse sentido a
vários deles e, aproveitando as excelentes iniciativas da ANJE (‘Negócios ao
Pôr-do-Sol’) e da Câmara de Comércio Luso-Britânica (Informal Business
Drink), que apontam para o mesmo conceito de partilha – a formação de
parcerias entre empresas com objectivos complementares – tratei de
recolher o máximo de informação possível quanto à sua viabilidade (ao nível
do conceito – se este é ou não aceite -, que não ao nível dos resultados
económicos e financeiros).

Tenho, vistas as respostas obtidas em todas as iniciativas que tive ou em
que participei, a certeza de que este conceito é aceite!

Há-de dar resultado!
38




  Sistema ReDE – sistema de gestão da actividade corrente das empresas,
desenvolvido a partir da conjugação de boas práticas verificadas nas empresas
em que prestei serviços, directamente ou como Consultor (anexo apresentação)
39



Estou a incluir como ‘ainda não posta em prática’, esta ideia tornada projecto, dado
que, no momento em que decidi avançar com esta compilação de textos a que
podemos chamar livro, ainda não ‘vendi’ nenhuma sessão de trabalho.

Apresentei-a, por email é certo, a cerca de 250 empresas da zona do Grande
Porto, e enviei-a à minha lista de ‘pessoas de quem sou amigo’, para que me
ajudassem a divulgá-la, mas, de facto, não recebi até agora nenhum pedido de
esclarecimento. Apenas recebi uma única demonstração de interesse, de uma
daquelas pessoas da minha lista - minha amiga, portanto -, em o dar a conhecer aos
responsáveis pela formação na empresa com que colabora.

É evidente que espero que, no momento em que esteja a ler estas linhas, já outras
35 empresas de consultoria em Portugal, estejam a fornecer às empresas um
programa similar a este, e que, eu mesmo, tenha conseguido, através da execução
de sessões de trabalho, ajudar várias das nossas empresas e os seus colaboradores
no caminho para a organização e o desenvolvimento.

Nascida da vivência de boas práticas - que levaram a bons resultados -, a
cujos alicerces foi acoplada uma boa base de conceitos e formas de coordenar
ideias, a ReDE está a ser apresentada como a seguir demonstro.

Dado que me parece importante, até para esclarecer que nada do que se vai ver é,
em absoluto, original, passo a referir as fontes que me trouxeram à criação deste
‘produto’,

Antes disso, tenho que esclarecer, agora, que o ‘produto’ que criei é de facto
original, isto é, aproveitando a minha experiência prática, algumas das minhas
leituras e aspectos retirados de programas de formação a que assisti, tenho a
convicção de que estou a produzir algo novo, complementar, e não concorrente,
àquilo que até agora fui conhecendo.

As minhas fontes foram, então, as boas práticas na AMBAR (1983-1992), na
JOHNSON CONTROLS, e na INCLASS, os programas de formação da DYNARGIE
e da CRESTCOM (aqui com o foco em Jim Cathcart, Bob Johnson e em Jim
Hennig), e a leitura regular de livros relacionados com o pensamento positivo nos
negócios e, mais recentemente, newsletters de Jim Cathcart, Jim Clemmer e da
equipa de E-Myth Insider.

Foi, inclusivamente, com base num texto publicado no blog desta última
referenciada (E-Myth Insider), que construí a introdução ao Sistema que agora vai
ler.
40




SISTEMA ReDE – APRESENTAÇÃO

Como transformar empregados em COLABORADORES

Alguma vez deu consigo a alterar-se, irritado, com os seus empregados?
Esperava que fizessem uma coisa e, afinal, fizeram outra bem diferente…

Os problemas com as pessoas constituíam a frustração nº 1 em quase todas
as empresas com que trabalhámos. Ao longo dos anos, trabalhamos com
empresas industriais, nacionais e multinacionais, empresas comerciais, da
distribuição e dos serviços, e, ouvimos quase todos os donos da Empresa, ou
o seu máximo responsável, dizer: ‘Se eu pudesse fazer clones de mim
mesmo…!’

Será, realmente, que querem mesmo um clone seu a trabalhar no seu
negócio?

O que os nossos Clientes normalmente esquecem é que os Empreendedores
não dão bons Técnicos. O resultado mais previsível, se se conseguissem
clonar, seria o de passarem a ter um concorrente, tão talentoso quanto eles
e a operar na mesma zona geográfica!

Conseguir que os seus empregados façam o que você espera deles

A questão central é: como conseguir que os seus empregados se
transformem, efectivamente, em seus colaboradores, e façam o que espera
que eles façam? E, como é que se consegue que o façam à primeira? Não é
isto que qualquer dono de empresa, ou empreendedor, pretende?: Técnicos
que não façam apenas o que lhes é pedido, mas que façam tudo o que se
espera deles, bem à primeira. E que o façam da forma que preconiza que
deve ser feito! Então, como é que consegue isto? Como é que consegue que
os seus empregados façam o que espera deles?

Não consegue?

Há quem diga que não se consegue fazer com que as pessoas façam nada: ‘se
quero isto feito, faço eu!’, ou ‘quem quer, faz; quem não quer, manda fazer!’,
são frases que todos ouvimos, muitas vezes com a audiência a murmurar um
‘sim, pois é…’ acompanhado de um movimento vertical da cabeça…
41



Bom, já é difícil fazermos nós alguma coisa com que nos comprometemos,
quanto mais conseguir que outros o façam por nós. (Se não acredita nisto,
pense em alguma vez que se tenha determinado a seguir uma dieta, ou a
perseguir a consecução de um objectivo auto-definido, no ano novo.
Cumpriu?).

Depender de sistemas, e não de pessoas

Na verdade, tem que se fazer alguma coisa! Então o que é que você faz? Se
não consegue de outra forma que as pessoas façam o que espera delas, como
é que consegue que as coisas apareçam (bem) feitas?

É simples: a actividade da sua empresa deve basear-se em sistemas, não em
pessoas em particular.

Não estamos a dizer que as pessoas não contam: ao contrário, até
porque serão pessoas em concreto que gerirão os sistemas. O que queremos
dizer é que, se não criarmos ferramentas de gestão que as ajudem a
efectuar o seu trabalho, lhes será mais difícil realizá-lo bem e em tempo.

Damos um exemplo: imagine que, a um serralheiro da equipa de manutenção
da ponte D. Luís, é dada ordem para apertar todas as porcas existentes na
estrutura metálica, mas que nem ele nem a empresa dispõe de ferramentas
apropriadas, ou sabe sequer que elas existem. Imagine agora que ele,
percebendo o que tem que fazer, procura encontrar algo que o possa ajudar
e resolve usar quatro pequenas barras quadradas de ferro: provavelmente,
vai conseguir apertar alguma coisa, mas vai-se cansar fisicamente, vai
demorar, vai-se sentir desmoralizado com o tamanho da ponte, vai achar que
não é capaz de fazer aquele trabalho todo, vai começar a afrouxar o ritmo,
vai começar a pensar em abandonar aquele emprego e aquela profissão, e, se
algum dia conseguisse acabar a tarefa, teria demorado muito mais do que o
seu ‘patrão’ esperava.

É! É fundamental ter as melhores ferramentas, para se poder obter os
melhores resultados no tempo mais curto!

Por outro lado, achamos que é fundamental treinar, formar, as pessoas em
concreto. Porquê? Se calhar já pensou, ou ouviu outro empresário dizer:
‘Para que é que eu vou gastar aquele dinheiro todo em formação dos meus
empregados? Se eu lhes der a formação e eles forem embora, eles é que
lucram, não é a empresa!’. Pois é: mas agora pense nas consequências de não
DAR formação e eles ficarem na sua empresa…
42



Os sistemas farão andar a actividade, as pessoas farão andar os
sistemas. Com uma implementação eficiente dos sistemas apropriados, vai
conseguir resultados excelentes através das pessoas que treinar. Sempre!

O ‘truque’ é o de criar no seio da organização um ambiente em que ‘FAZER
BEM’ é o mais importante. Tem que criar um ambiente em que ‘FAZER BEM’
seja a forma de viver dos seus empregados, e, simultaneamente, tem que
criar um ambiente em que a IDEIA que gerou a EMPRESA, cujo objecto
provoca o trabalho de cada dia, seja mais forte do que a ideia do trabalho
que tem que ser feito.

Estou certo de que compreende este conceito simples! Não é o trabalho
que é importante: o que é importante é o conceito que induz a
actividade, em primeiro lugar!

Não se trata de MEIOS, trata-se de RESULTADOS

As pessoas não vão a uma loja de ferramentas porque precisam de um
berbequim: elas vão lá porque precisam de fazer um buraco numa parede.

As pessoas não compram café porque querem beber uma chávena da bebida:
compram café porque querem ter em casa, à mão, um estimulante que lhes
saiba bem.

Ninguém vai a um hospital porque quer ver o médico, mas sim porque quer
curar uma doença que o apoquenta.

Não se trata dos meios, mas sim dos resultados. A IDEIA, que implica o
trabalho que há que realizar, é mais importante do que o trabalho em si
mesmo, e você terá que se assegurar que os seus empregados o
compreendem plenamente e vivem nesse espírito, todos os dias.

Um sistema simples para iniciar o processo

Apresentamos-lhe aqui uma ferramenta simples que poderá usar para iniciar
um processo de desenvolvimento no sentido de criar aquele ambiente.
Chamamos-lhe ‘Sistema de Reuniões de Desenvolvimento da Equipa’.

O Sistema (ReDE, como lhe chamamos), consiste na organização de um
pequena reunião semanal, de pouco mais do que 30 minutos, de cada uma das
equipas da Empresa: cada gestor ou chefe (de departamento, de sector, de
secção ou de equipa) estabelece a agenda, e usa a reunião como um fórum de
discussão organizado (é na forma com se organiza a discussão que o
43



nosso treino incide), do que resultará uma acção de Resolução de
Problemas, Resolução de Conflitos, Planeamento e Acordo e Definição de
Prioridades.

A ReDE, constituirá uma oportunidade para fazer uma revisão do que foi
feito, bem e mal; estabelecer prioridades - quer em termos de objectivos
imediatos, quer para as tarefas de cada elemento da equipa-; encontrar
consensos acerca do que é preciso fazer; discutir situações de excepção;
trocar informação; e esclarecer resultados.

O efeito resultante da adopção do sistema ReDE, será o conhecimento
e a compreensão mais próximas da realidade – o que é que está a
acontecer no seu negócio, e o que é necessário fazer para obter o
reconhecimento positivo, constante, dos seus clientes, actuais e
potenciais -, por parte de cada um dos seus empregados, a quem, em
pouco tempo, se vai habituar a chamar ‘Colaboradores’.

Ao contrário do que parece, trata-se de uma forma extraordinária de
poupar tempo. Se tem empregados que estão sempre a interrompê-lo com
questões como: ‘E o que é que eu faço, agora?’; ou, ‘Acha que está bem,
assim?’, pode passar a perguntar-lhes se o assunto pode esperar pela
próxima ReDE. Nove em cada dez vezes, o assunto pode esperar, e o seu
próprio tempo útil, de que tanto precisa para dar novos horizontes ao seu
negócio, ficará disponível.

O que ainda é mais importante, é que um sistema como a ReDE é um
excelente meio para ajudar cada um dos seus colaboradores a confrontar e
ultrapassar obstáculos, em vez de os colocarem longe da vista, como
sabemos que tantas vezes acontece. A ReDE vai ajudar cada um a estar
sempre ao seu melhor nível, com pouco gasto de energia pessoal!

Não tem que acreditar nisto só porque lho dizemos, e até faz sentido. Meça
o seu actual sistema, primeiro: quantifique o número de problemas com, ou
causados por, pessoas da sua organização, que lhe surgem num mês, numa
semana, ou num dia. Depois, experimente a ReDE durante um mês. Meça de
novo os resultados. Apostamos que vai ficar agradavelmente surpreendido
com o que verificará!

Se decidir implementar a ReDE na sua organização, ela vai tornar-se a
espinha dorsal do seu sistema de gestão, e fará com que todos os outros
sistemas funcionem de modo mais eficaz. A ReDE, implementada
44



eficazmente, vai ajudá-lo a criar um ambiente altamente motivador e
produtivo na sua Empresa.

Faltará pouco para, quando falar das pessoas que trabalham na sua Empresa,
passar a proferir, apenas, os melhores elogios.

Não hesite!

CONSULTE-NOS!




LUÍS COCHOFEL + DPE, Lda
Travª de Monte Crasto, 10 – 8º - 4420-211 GONDOMAR
+351 91 946 25 96
cochofel.rh@gmail.com




Esta nota introdutória, está complementada por uma apresentação em PowerPoint
(MS), que aqui reproduzo, também.




         DESENVOLVIMENTO DOS
            COLABORADORES



                LUÍS COCHOFEL + DESENVOLVIMENTO de PESSOAS e EMPRESAS,
                                     UNIPESSOAL, LDA




    SISTEMA ReDE
    GESTÃO DE EQUIPAS DE TRABALHO
45




    DESENVOLVIMENTO DOS
       COLABORADORES


   DOTAR CADA PARTICIPANTE DE UMA FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DA ACTIVIDADE
   CORRENTE DA SUA ÁREA DE RESPONSABILIDADE, NOMEADAMENTE, QUANTO À GESTÃO DE
   PENDENTES, AO AUXÍLIO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E CONFLITOS, E À DEFINIÇÃO DE
   PRIORIDADES NA SUA ACTIVIDADE E, NA DA EQUIPA QUE GERE.




SISTEMA ReDE
OBJECTIVO




A necessidade de desenvolver os níveis de envolvimento dos Colaboradores, é uma verdade que todas as Empresas
aceitam.

Sabemos que, para o conseguir, é necessário criar um ambiente propiciador da auto-motivação.

Sabemos, também, que para nos auto-motivarmos precisamos de ter confiança na informação de que dispomos,
conhecer, compreender e aceitar como exequíveis os objectivos que nos propõem, e sentir que não nos faltarão os
meios de que necessitamos para atingir tais objectivos.

A Gestão do Desenvolvimento dos Colaboradores, é a resposta das empresas às alterações culturais sentidas nas
últimas duas décadas e está orientada para a criação de tal ambiente.

O SISTEMA ReDE, que agora lhe apresentamos, é uma das ferramentas que consideramos fundamentais para as
pessoas e empresas, dado que estamos certos que lhes permitirá atingir melhorias importantes ao nível do
envolvimento na actividade do dia-a-dia da sua organização, e, porque um facto leva ao outro, uma franca melhoria
nos resultados obtidos.




SISTEMA ReDE
PRESSUPOSTOS
46




      OBJECTIVO                                 METODOLOGIA

     Envolver os Responsáveis pelo                   Envolvem-se, na 1ª sessão de treino:
     desenvolvimento da actividade das
     equipas de trabalho da empresa                   DIRECTORES, OU RESPONSÁVEIS DE ÁREA FUNCIONAIS
     num sistema de gestão do dia-a-                  DA EMPRESA
     dia, que se baseia:                              uma vez que se defende que será a eles que competirá dar vida
                                                      ao Sistema, multiplicando esta sessão de treino, ao replicá-la junto
1.    Na     comunicação     clara    de              das equipas das Áreas Funcionais de que são os responsáveis, e
      problemas;                                      criando, dessa forma, uma verdadeira atmosfera de ReDE de
2.    Na criação de um clima que                      comunicação e envolvimento.
      propicie   a    apresentação    de
      sugestões       para     resolução
      daqueles;                                      Em fases posteriores, obtida a validação do sistema pela Direcção,
3.    Na metodologia para a definição                 envolvida na 1ª Sessão:
      de prioridades por consenso;                    CHEFES DE SECTOR, DE SECÇÃO OU DE EQUIPA
4.    No       acompanhamento         da
      actividade da empresa.



     1
     SISTEMA ReDE
     SESSÃO DE TREINO - QUEM PARTICIPA




     METODOLOGIA

     1.   Apresentação dos pressupostos do Sistema.
     2.   Introdução ao método que baseia a organização das Reuniões de Desenvolvimento da Equipa (ReDE).
     3.   Sessão de Treino: participação dos envolvidos na:
     a)   Identificação de Problemas;
     b)   Definição de Prioridades;
     c)   Apresentação de Sugestões;
     d)   Definição, consensual, de ‘O Dono do Processo’ para cada questão tida como prioritária.
     e)   Preparação da acção. Método e exemplo de forma de comunicação.

     4.   Demonstração do princípio: ‘SABER, MAS NÃO TER FEITO, É, AINDA, NÃO SABER’.


     Duração: 2 horas


     2
     SISTEMA ReDE
     SESSÃO DE TREINO - AGENDA
47




 INVESTIMENTO

1ª SESSÃO*                                                                                                       500,00 €
EMPRESAS DE 3 A 10 COLABORADORES:                                                                              1.000,00 €
EMPRESAS DE 11 A 35 COLABORADORES:                                                                             1.500,00 €
EMPRESAS COM MAIS DE 36 COLABORADORES:
* NA MAIORIA DOS CASOS TRATA-SE DA ÚNICA SESSÃO CONDUZIDA PELA LC+DPE

SESSÕES COMPLEMENTARES                                                                                           500,00 €
EMPRESAS DE 11 A 35 COLABORADORES:
                                                                                                               1.000,00 €
EMPRESAS COM MAIS DE 36 COLABORADORES:

APOIO À GESTÃO DO SISTEMA
POR DESLOCAÇÃO AO CLIENTE (MÍNIMO DE 2 HORAS, A FACTURAR)                                                       150,00 €
POR CADA HORA COMPLEMENTAR                                                                                       75,00 €

NOTA: AOS VALORES APRESENTADOS SERÁ APLICADO O I.V.A. À TAXA DEFINIDA NA LEI (ACTUALMENTE = 20 %)




3
SISTEMA ReDE
INVESTIMENTO




     CORREIO                                                                   LUÍS COCHOFEL + DPE, Lda
                                                                                 Travª Monte Crasto, 10 – 8º
                                                                                 4420-211 Gondomar

     TELEFONE                                                                  +351 91 946 25 96

     FAX                                                                       +351 22 464 55 14

     EMAIL                                                                     cochofel.rh@gmail.com




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Chamam me lírico - resigno-me e demonstro porquê - iiiª parte

  • 1. CHAMAM-ME LÍRICO! RESIGNO-ME E DEMONSTRO PORQUÊ (APETECE-ME ASSINAR : ASSIM HANS, ‘The Devoted Friend’)
  • 3. 3 Uma amiga - que conheci em Mangualde no dia em que se iniciava o projecto da JOHNSON CONTROLS, dado que se ocupava, ela, Leonor, com a selecção de quadros para aquela nova unidade, enquanto psicóloga e consultora de uma empresa de serviços local -, agora a trabalhar na Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra, ligou-me dizendo que tinha sido convidada para integrar a Direcção do Centro de Emprego de Coimbra. Que não sabia se ia aceitar, mas que era bom estar perante um desafio daqueles. Que já estava a pensar o que é que se poderia fazer… Com esta chamada telefónica, fui eu que fiquei, de repente, grávido: já não pude, durante os dias que se seguiram, pensar noutra coisa se não nisto: o que é que se poderá fazer para criar condições para intervir aumentando o emprego? Estava a gerar mais um filho… Como seria ele…? Como não tenho dinheiro, parto sempre da premissa de que não deve ser este o meio principal para conseguir seja o que for. O trabalho tem que ser um acto de empenho, generoso, que, por isso, gere permanente motivação e seja benéfico não apenas para mim mas para aqueles que me cercam e dele venham a beneficiar. Assim, para gerar emprego, começo por pensar em criar as condições que levem outro alguém a motivar-se apenas pela ideia, a trazer novas ideias, a ajustar técnicas e métodos que ajudem ao seu desenvolvimento e exequibilidade, e, só depois, avaliados os resultados, em remuneração para tal trabalho. Aconteceu, outra vez. Nas minhas voltas pelo país, lembro-me de encontrar zonas em que eram necessários técnicos de especialidades que não se podiam encontrar ali; técnicos de algumas especialidades, desempregados, porque a oferta, na sua região, era superior à procura; casas vazias numa região; gente a precisar de uma casa, em outra. A ideia, nascida daquela gravidez, foi então a de encontrar um meio de adequação da oferta e da procura, através de trabalho voluntário. Já não sei se o facto de a Leonor estar a trabalhar numa Universidade influenciou o que a seguir me ocorreu, mas, lá no fundo do subconsciente, deve ter operado alguma ajuda. Pensei, então, sobre quais seriam as pessoas mais motivadas para trabalhar voluntariamente. A resposta, que me parece evidente, foi: estudantes universitários.
  • 4. 4 Lembro-me de mim mesmo, enquanto estudante universitário, e dos meus colegas daquele tempo. Todos queríamos experimentar a vida activa, e, julgo, quase todos, também, tínhamos receio de, acabados os cursos, não termos emprego. Por outro lado, é uma fase bonita da vida: somos, maioritariamente, idealistas, e muito voltados para o outro, estando de posse de uma capacidade de trabalho que até a nós mesmos surpreende. Pensemos agora na origem dos estudantes universitários: serão todos da cidade?: Não!; serão todos das regiões mais ricas e industrializadas?: Não! Há estudantes universitários provenientes das mais recônditas paragens, e, mesmo que haja algumas delas que já os não possam fornecer, porque foram sendo abandonadas, haverá ligações familiares e, quantas vezes, particulares, de estudantes com elas. A organização de gestão do território português tem como a sua célula mais pequena a Junta de Freguesia, onde se representam todas as paragens recônditas que queiramos imaginar. Julgo que me estou a fazer seguir com clareza: ideia = atenuar desequilíbrios entre oferta e procura por região; apoio à ideia = gente motivada; gente motivada = estudantes universitários; estudantes universitários = origens diversificadas; origens diversificadas = juntas de freguesia. A ideia, assim formada, é, então, a de convidar os estudantes universitários deste país a participarem nesta tarefa, nacional, de estudar as necessidades de mão-de- obra por freguesia, no sentido de promover o emprego, por um lado, e o desenvolvimento de oportunidades, por outro. Vejamos tudo o que esta ideia me abre, agora que já tem movimentos próprios, e um pulsar vital diferente do meu: Informação a recolher: 1. Necessidades de mão-de-obra. Inclui-se aqui, a mais pequena necessidade sentida por alguém que detenha algo a explorar, como seja ‘uma mãozinha para regar e apanhar os legumes, que eu já não posso’;
  • 5. 5 2. Qualificação de desempregados. Incluiria um questionário que despistasse outros interesses do indivíduo: que actividade o interessaria, para lá daquilo que são as suas qualificações actuais; 3. Ideias para a exploração de recursos naturais da zona. Criar uma linha aberta à apresentação de ideias, só irrealizáveis em função da escassez, ou inexistência, de fundos próprios para a sua exploração; 4. Serviços em falta na zona. Levantamento de necessidades sentidas no dia-a- dia, sem oferta de serviços adequada; 5. Explorações desactivadas por falta de mão-de-obra. Lembro-me, de imediato, de quintas e terrenos de cultivo, mas, ao mesmo tempo, de pequenas unidades de serviços técnicos – carpintaria, serralharia, canalização -, que ‘morrem’ com o seu proprietário, deixando um legado de equipamentos abandonados e sem uso produtivo; 6. Oferta de habitação. Levantamento de situações de desocupação de edifícios destinados a habitação; 7. Necessidades de habitação. Haverá, estou certo, outras áreas para as quais esta actividade poderia orientar- se, uma vez começada e encarada de forma empenhada e envolvida. Basta que uma ideia comece a dar bons resultados, ainda que pequeninos, para se gerarem mais ideias e novas motivações. Penso que é disso que o meu país precisa, antes de mais: gerar o gozo por dele se fazer parte, gerando, este gozo, a motivação para oferecer ainda mais empenho e motivação. Acredito que se ganhará muito com ideias congregadoras, que ofereçam a ideia de que partilhar um país não significa abdicar da nossa individualidade natural, nem da nossa conta bancária individual, não obrigatoriamente igual à dos outros. O que é, então, que há que fazer? 1. Teremos que divulgar a ideia, junto das Universidades, para garantir o interesse, antes de mais, dos estudantes; 2. Teremos que garantir o empenho dos poderes públicos em facultar, através das Juntas de Freguesia, os meios para a centralização da informação;
  • 6. 6 3. Teremos que conquistar o apoio do Ministério da Administração Interna para o desenvolvimento de software que faça a gestão da base-de-dados nacional que esta actividade vai gerar, eventualmente partindo daquele que hoje é utilizado pelos próprios Centros de Emprego; 4. Teremos que promover a comunicação clara da ideia que baseia a nova actividade, para que todos os portugueses se sintam, independentemente da sua situação particular, envolvidos com ela; Acredito que o resultado desta actividade possa proporcionar: 1. Melhor distribuição da população, de forma activamente mais eficaz, através de todo o território nacional; 2. A noção de que a mobilidade das pessoas e famílias, dentro do território nacional, tornada útil, é melhor para cada indivíduo do que a imigração; 3. Melhor aproveitamento do que a natureza nos oferece; 4. Um país mais cuidado, porque trabalhado, e, portanto, mais belo; 5. Pessoas mais informadas quanto à realidade do país em que vivem, permitindo, assim, maior nível de geração de ideias úteis; 6. Maior consciência da necessidade de servir, para estar bem servido, por parte, quer dos estudantes – que serão os líderes do futuro próximo -, quer dos órgãos autárquicos; 7. Maior atractividade do país, quer enquanto destino turístico, quer enquanto pólo de desenvolvimento industrial (as multinacionais estão atentas a factores como o empenho das pessoas que, potencialmente, vão empregar nos seus investimentos deslocalizados); 8. O sentimento de ‘ser Português’ vai passar de ‘somos um povo triste, constituído por invejosos, que vive de um passado glorioso’ para ‘somos um povo alegre, que gosta de partilhar, construtor de um futuro radioso, na sequência de um passado grandioso’. A tarefa pode parecer gigantesca. Eu não a vejo assim. Vejo, antes, a necessidade de dar um passo de cada vez, solidamente, para a ir consolidando. Teremos que apelar à paciência de todos os envolvidos, para que controlem a expectativa de resultados que, naturalmente, demorarão a chegar. A Leonor decidiu não aceitar o convite.
  • 7. 7 Está a acabar o Doutoramento e, conhecendo-se, sabe que ou faz uma coisa ou a outra, e não é mulher para deixar nada a meio. O filho da gravidez que ela me provocou, ficou comigo. Nem ela sabe que ele existe. Talvez, um dia… Não é por isso que vou deixar de cuidar do crescimento da criança. Se me quiser preparar para defender esta ideia tenho de encontrar os argumentos com que possa demonstrar a sua validade. Passo, portanto, para esse estádio. Perguntem-me coisas! Em que tipo de estudantes universitários está a pensar? Nos de Humanísticas apenas? Que interesse pode ter uma actividade destas, por exemplo, para um estudante de Medicina? Respondo: Todos! Não, não!: Todos! Qualquer que seja a área de estudo está orientada para uma de duas coisas: as pessoas, ou o que as rodeia. E argumento: Um estudante de medicina pretende ser rico, ou ser útil na actividade de melhorar o nível de saúde de outros seres humanos? As duas coisas, bem sei. Mas será que, dedicando a sua actividade a uma zona mais pobre, não poderá conseguir os dois objectivos? A descoberta de padrões de doença por zonas ou faixas etárias, em função de condições climáticas, envolvente geofísica e tipo de alimentos a basear a alimentação, não podem, sendo estudadas, gerar teorias e práticas que podem servir toda a humanidade? Não acredito que um estudo desses não provoque dois tipos de riqueza, a material e a da consciência. Continuo: Um arquitecto, não encontrará, na freguesia que escolheu, elementos construtivos em número, diversidade e importância, suficientes para apoiar a sua própria forma de produzir ideias novas e aumentar a sua capacidade de escolher materiais, formas e organização de espaços? Claro que pode. Continuo: Como pode ser útil a proximidade com a vida a um estudante de Biologia, de Fisica, de Química ou de Psicologia. Todos podem beneficiar, querendo, da actividade, aberta aos outros, que promovam. Há mais perguntas? Os mais ricos – falo de dinheiro, agora – encontrarão, seguramente, novas oportunidades para, aplicando as suas riquezas, as aumentarem. Vou ter um argumento positivo para cada questão! Prometo!
  • 8. 8 2007 – Organização Política ‘Por Portugal - Partido Autárquico’
  • 9. 9 Como julgo que já se percebeu, através da leitura dos textos anteriores, eu não tenho filiação partidária. Melhor, porque em 1975 terei assinado uma ficha de militância do extinto MRPP, movimento a que deixei de dar o meu contributo e o meu crédito em 1976, já não tenho filiação partidária. Creio, no entanto, que, da mesma forma que, estando vivo, sou um animal económico, tenho, porque vivo em sociedade, um estatuto de animal político, que é independente daquela eventual filiação. Vejo-me de acordo com alguns políticos em muitas das suas intervenções, mas não todas, sejam eles personagens de simples movimentos, do PS, do PSD, do CDS, do PCP, dos Verdes ou do próprio Bloco de Esquerda. Muitos serão os que, ao ler o que escrevo, me catalogarão como de direita ou de esquerda, mas raramente se centrarão no catálogo original, em que se dizia ser de direita quem estava no partido do governo, e de esquerda todos aqueles que lhe faziam oposição. Estou a falar da Grécia antiga, naturalmente. Por esse catálogo, eu quero estar sempre ao lado da direita, isto é, de quem governa, dado que será esta a força capaz de ajudar os meus propósitos. Aquilo que me faz estar de acordo com os políticos, só tem a ver com uma coisa: gostar de Portugal, acima de tudo, e querer ver o seu desenvolvimento garantido por bons princípios. Para que se saiba, tenho de esclarecer que de Portugal continental conheço, por as ter calcorreado, quase toda as cidades – falta passear, cheirar, ouvir e ver Castelo Branco e Beja -, não conhecendo, por razões que as minhas contas bancárias poderiam explicar, mais do que o Funchal, e um perímetro de cerca de 20 kms à volta desta cidade, da Madeira, se me referir às ilhas. Não! Não tenho pena de não ter visitado, ainda, o Porto Santo, o Faial, o Pico, a Terceira, S. Miguel, as Flores, Santa Maria,… : tenho, isso sim, a vontade e o desejo de o fazer! Nasci em Miramar, onde só vivi dois anos, mas onde fiz praia até por volta dos 10; tendo a casa da família próxima no Porto, que foi a minha sede até aos 29 anos, passei temporadas em Caldas de Arêgos e em Seixas, do Minho, por ali ter, respectivamente, a minha bisavó paterna e os meus avós
  • 10. 10 maternos; vivi cinco meses na Ponte de Sôr, enquanto professor do ensino secundário; um mês e meio nas Caldas da Rainha, um ano e dois meses em Lisboa – dormia em Caxias e passeava, preferencialmente, em Cascais -, no tempo de serviço militar obrigatório; em Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia, durante três anos; em Algerás, Nelas, durante seis; voltei ao Grande Porto, primeiro para a freguesia de Pedrouços, Maia, morando, agora, em Gondomar. Devo ainda dizer que, enquanto animal político, tive, até hoje, duas intervenções. A primeira, enquanto militante do já referido MRPP, em que os resultados próximos da minha actividade foram a implantação da Livraria Vento de Leste, ali à Boavista, e o emprestar da minha caligrafia na produção de cartazes com as comunicações definidas pelo ‘camarada-líder’ Arnaldo Matos. (Nunca esqueci aquela intervenção de 2 de Agosto de 1975, em que se dizia: ‘(…) a confraria neo-revisionista do ministro sem pasta, russo branco, lambe-botas, Barreirinhas Cunhal, volta a modificar a sua política de social-fascista para fascista-fascista, levantando, assim, as suas saias para mergulhar, libidinosamente, nas águas da provocação (…)’, dado que se falava, claramente, para o povo…). A segunda, que não teve outros efeitos que não uma porção de insultos ao promotor da ideia, foi um texto de apoio a uma eventual candidatura, como independente, do Engº Nuno Cardoso à presidência da Câmara Municipal do Porto, cidade em que eu não vivia, mas que centraliza a atenção de todas as que cresceram à sua volta, por razões naturais. Defendia, na altura, que ele me parecia ser a única personagem da vida política da cidade com um projecto: não só conhecia, enquanto técnico, as várias questões que se colocavam à gestão do município, como, pela sua actuação enquanto Presidente, me dera a ideia de ter um projecto com que eu, na base, me identificava. Estava, isso sim, era preso pela corrente que lhe era imposta por um partido, o PS, que estava mais interessado na luta contra o PSD do que na construção de uma nova realidade da cidade. Já que não encontro nenhum exemplar do que escrevi, deixo apenas a ideia que defendia:
  • 11. 11 Se fizermos algo em que acreditamos, fá-lo-emos com paixão. Se o fizermos com paixão, os resultados serão visíveis. (Amamos o que fazemos; fazemo-lo com paixão; os resultados vêem-se!). Quero, por uma vez, deixar claro que não escrevi aquele manifesto – chamei- lhe ‘Manifesto pelo Porto’ – contra nada nem ninguém: fi-lo apenas pelo Porto e pelas pessoas que, à sua volta, desenvolvem as suas vidas. Dado que a noção de oposição vai contra os meus pressupostos (afinal estou contra alguma coisa), desenvolvi alguma atenção para os exemplos que encontrei, ao longo de vivências e leituras, e que eram ‘Por Portugal’. Para falar de exemplos antigos, posso nomear Egas Moniz, D. Afonso Henriques e todos os Reis portugueses (penso que se percebe que estou a excluir os três Filipes) e D. Nuno Álvares Pereira. Em exemplos mais contemporâneos, não para fugir a polémicas, que de facto julgo não interessarem para aqui, mas porque a minha consciência política só se abriu em 1973, não consigo encontrar outros exemplos que não os de um ou outro político (salientando apenas dois nomes com cujas opiniões estive mais de acordo: Adriano Moreira e Manuel Monteiro) e de alguns Presidentes de Câmaras Municipais que, pelo empenho demonstrado na defesa das suas convicções para o desenvolvimento dos seus pequenos territórios, me têm provado a necessidade de fazer entender a cada um dos portugueses, o objectivo da intervenção política: procurar e estabelecer as regras que levem à melhoria da vida das populações no território em que coabitam. Surgiu-me, então, após ter tomado conhecimento da existência de um fórum de discussão que dá pelo nome de ‘Clube dos Pensadores’ e ter participado num dos seus debates (em que convidaram Manuel Alegre), a noção de que, de facto, todos os portugueses querem o mesmo que eu: ajudar a desenvolver Portugal. Falta é criar as condições que permitam que esse objectivo seja cumprido com alguma facilidade. Sou adepto do conceito de que, para ir seja onde for, não é o tamanho da viagem que é importante: importante é levantar-me, da cama ou da cadeira,
  • 12. 12 com um objectivo, e dar um passo de cada vez, com segurança, para poder atingir tal objectivo, seja onde for que eu queira ir. Traduzindo isto para política nacional: se eu quero um país melhor (a viagem), tenho que ter melhores autarquias (os passos)! Tal como nas empresas, um bom líder é, nas autarquias, fundamental. Falo nas empresas porque estas são normalmente construídas a partir de ideias, se calhar sonhos, a que alguém com visão e empenho juntou outros, a quem explicou o que pretendia, e a que, com eles, deu corpo. Nas autarquias passa-se o mesmo. Sem uma ideia e uma visão, e sem o apoio de outros empenhos, não há resultados. Os melhores resultados encontram-se em locais governados por alguém que, mais do que amar obstinadamente um partido (veja-se a propósito, entre outros, o caso de Ponte de Lima), ama verdadeiramente o território que dirige. Conheço, pessoalmente, outros casos de forte ligação pessoal, comprovada antes e durante as suas lideranças, como o são o do Presidente da Câmara de Carregal do Sal, Atílio dos Santos Nunes (do PSD), ou o do Presidente da Câmara de Resende, Engº António Borges (do PS), terra em que se vota maioritariamente PSD nas eleições legislativas. Basta visitar os seus concelhos e verificarão que há amor verdadeiro pela terra, no que se tem feito. Há, por esse país fora, de que tenho notícia pelos jornais e televisão, muitos outros casos como o de Resende: o partido mais votado para a Câmara é um, e para as legislativas é outro. De que depende isto? Depende do facto de o líder proposto ter mais ou menos aceitação directa dos seus conterrâneos, que sabem quem será, no dia-a-dia, o mais empenhado de entre os candidatos que se lhe apresentam. Baseado nestes argumentos, surge-me então uma ideia nova: a criação de uma figura política que, libertando das correntes de pensamento único, que cada partido encerra, os candidatos naturais a cargos de liderança das várias organizações autárquicas do país, permita criar as condições efectivas de integridade e evolução que aqueles candidatos merecem ter.
  • 13. 13 Chamar-lhe-ia ‘Por Portugal – Partido Autárquico’, até para, à nascença, lhe inibir quaisquer tentações para a governação central. Aquilo que proponho, tenho agora o cuidado de o sublinhar, não é, na verdade, mais do que uma figura política: de facto não se pretende uniformizar a forma de pensar de pessoas que hoje ligam o seu nome ao CDS, ao PSD, ao PS, ao PCP ou ao BE. Têm convicções (eventualmente paradigmas) de base que, alicerçados na sua vivência do sítio que governam, estão, seguramente, adaptados e são os correctos no sentido de orientarem a sua actuação enquanto líderes do desenvolvimento mais adequado para os seus territórios. Pretende-se é que essa diferença nos paradigmas (ou convicções) deixe de ser realçada, fazendo-se antes notar o que os une: o amor verdadeiro pela sua terra e o desejo de verem os seus conterrâneos com uma vida melhor. Acredito que aquela governação central veria, assim também, facilitada a sua missão: coordenar e controlar o geral e já não ter que se preocupar em excesso com o particular. Organização de um partido ‘Por Portugal – Partido Autárquico’ À semelhança do que acontece com os restantes, caberia a um núcleo central, nascido do que esta ideia possa provocar, estudar que actuais Presidentes de Câmara, e de Freguesia, correspondem ao perfil que, julgo, deixei claro: pessoa da terra, motivada para o desenvolvimento do território e das suas populações, com forte apoio e concordância por parte dos seus conterrâneos. Colocar-lhes a questão: concorda com esta ideia? Convidá-los, e formalizar o nascimento do ‘partido’. Depois de demonstrada a sua validade, em eleições, acredito que este ‘partido’ se alargaria, levando a um completo domínio do particular sobre o geral, isto é, do amor pelo concreto sobre a gestão do teórico, que é, por oposição, o que vejo fazer aos vários partidos da praça. De entre as vantagens que entrevejo numa tal figura está, também, a partilha de ideias e a adopção de boas práticas de uma por uma outra, entre
  • 14. 14 autarquias governadas hoje, antes de mais, por representantes de partidos opostos, que por isso, e a maior parte das vezes só por isso, não se mostram de acordo com elas e a elas abertos. Porque confundo, permanentemente, a governação política com a governação das empresas, e porque o tema em questão ambas abrange, anexo um texto que, não falando exactamente desta ideia, para ela aponta. Foi apresentado ao já referido ‘Clube dos Pensadores’ (tendo sido publicado no seu blog - http://clubedospensadores.blogspot.com/) e a Manuel Carvalho da Silva, que considero honesto a pensar mas acorrentado no momento de apresentar soluções, e que penso que esclarece a minha forma de ver as relações entre governantes e governados e porque é que, aproximando-nos das pessoas, em vez de lhes dizer o que pensar ou fazer, podemos ganhar, TODOS ao mesmo tempo. A resposta, que obtive, demonstrou que o que eu pressupunha estava certo: as pessoas concordam comigo, mas as grilhetas (paradigmas partidários) que lhes impõem são mais fortes do que aquela eventual concordância. Dá muito trabalho tentar implementar ideias novas. É mais fácil criticar do que fazer. É mais fácil fazer oposição do que criar soluções. ‘Caro Joaquim Jorge, Caro Sr. Carvalho da Silva, Caros Participantes na vida do Clube dos Pensadores, Tratando-se hoje de discernir sobre aquele que tem sido o tema de fundo da minha carreira profissional, as Relações de Trabalho, não pude deixar de decidir trazer, pelo menos a este público, a minha forma de ver a questão, para mais num momento como o actual, para além de deixar uma pergunta ao convidado, cuja resposta, pública ou privada, muito agradeço, desde já. 1. Os Meus Pressupostos: Nascido em 1956, tinha 17 anos (adolescência, irreverência, pôr tudo em causa) quando se deu o 25 de Abril. Licenciado em Filosofia, em 1980, tenho trabalhado, desde 1983, na Direcção de Recursos Humanos de Empresas. Tenho que confessar, desde já, que não gosto desta designação: a minha empresa pessoal, adopta a designação ‘Desenvolvimento de Pessoas e Empresas’, porque, aquela outra designação tem por base a ideia, que
  • 15. 15 considero errada, de que as Pessoas são, para as empresas, um recurso, como qualquer ferramenta descartável. A primeira empresa em que colaborei, nacional, empregava mais de 1000 trabalhadores, que, ao longo dos anos, pela introdução de um clima de participação e confiança, se foram transformando em colaboradores, promoveu em mim a noção clara de que TODOS, nas empresas, são, de facto, donos da empresa – só é preciso dar-lhes as ferramentas certas para se envolverem positivamente com as coisas do dia-a-dia, para obtermos enormes ganhos de produtividade, de intervenção positiva no desenvolvimento da empresa, que culminam na enorme satisfação pessoal, todos os dias da semana, a qualquer hora do dia, porque, uma vez sentindo- se patrões de si próprios, são-no em todas as vertentes da sua vida: no trabalho, em família, na comunidade em que vivem, nos seus hobbies. E não carecem da intervenção de nenhuma instituição de defesa que lhes seja exterior, como o são os sindicatos. Aquilo que ali fizemos, porque fomos todos a fazê-lo, aconteceu porque ninguém estava CONTRA nada: estávamos, isso sim, empenhados a favor da Empresa enquanto empreendimento participado por todos. O patrão, porque era, de facto, uma empresa de patrão, tinha apenas a 3ª classe, e, na sua juventude, tinha trabalhado no campo, de onde saía para distribuir jornais, no fim do que ia apanhar o comboio para o Porto para trabalhar como encadernador por conta de outrem. Um dia, percebeu que o gestor da vida dele era ele mesmo, e, por acidente, criou uma Empresa, primeiro só com um ajudante, 10 anos depois já com 50 empregados, 20 anos depois com 150, e, a partir dos finais dos anos 60, com cerca de 1000. A empresa ainda vive, hoje dirigida (e tenho o cuidado de não dizer liderada) por uma filha daquele patrão. O que tudo isto serve para ilustrar é a minha convicção de que, na sua maioria, os patrões de hoje, foram empregados ontem, ou trabalhadores, ou colaboradores a quem não ouviam. Na segunda empresa, uma multinacional americana, que actua em quatro grandes áreas de negócio, e que iniciava os seus investimentos em Portugal, em Nelas, com uma empresa de componentes para o sector automóvel,
  • 16. 16 constatei rigorosamente o mesmo que na primeira quanto à facilidade de transformar os trabalhadores em donos de si próprios, ou seja, em colaboradores, não havendo, aqui, a figura de um patrão que sugerisse aquela postura, pela sua história pessoal. Em Maio de 1993, esta empresa recebeu, a partir da sua sede europeia, uma sentença de morte: ou se produzia, em 1 dia útil, uma quantidade ‘impossível’ de peças, ou a fábrica fechava: nenhum dos colaboradores aceitou tal sentença, mas, ao contrário de o demonstrar fazendo greve, empenharam-se na tentativa de atingir o impossível, trabalhando durante 3 noites, o tal dia útil, um sábado e a manhã de um domingo e conseguiram realizá-lo. No ano passado, tornaram a dar-me a certeza de que as noções que ajudei a criar ficaram com eles. A empresa decidiu encerrar a exploração em Portugal e, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, numa outra multinacional do sector na Azambuja, decidiram não fazer greve, mas, antes, demonstrar a sua própria dignidade, trabalhando até ao fim. Resultado? Viram aumentado o valor das suas indemnizações, e chamaram a atenção de outra multinacional, pela sua atitude, conseguindo novos empregos e minimizar o efeito do encerramento da unidade que, demonstraram-no, foi um sucesso devido a eles. A terceira empresa, também criada de raiz, nasceu de um projecto pessoal, meu, e, apesar de a minha sociedade com capitalistas não ter corrido como eu esperava (desta vez, eram capitalistas, não empreendedores), sinto que aquilo que passei aos meus colaboradores mantém a empresa como líder do seu sector, viva e fiel aos princípios ‘o que falha são as pessoas, não as empresas’, e ‘o meu mundo depende da minha intervenção, que tem que ser positiva’. Desde aí, tenho colaborado, fundamentalmente, como consultor de organização e desenvolvimento de pessoas e empresas, e, posso dizê-lo, todas as empresas por que passei adoptaram atitudes de envolvimento que inibiu criação de momentos de fricção, de luta, inibindo, assim, a presença de sindicatos, por desnecessários.
  • 17. 17 2. A Minha Leitura, do mundo das Relações de Trabalho De uma análise do que foi a minha vida nas empresas, não pode resultar outra coisa senão:  A constatação de que as pessoas, em Portugal, gostam de trabalhar, sempre que isso signifique participar no desenvolvimento das empresas, sejam ouvidas nas questões práticas, se sintam gente.  As pessoas só se preocupam com ‘garantias dos trabalhadores’ quando, por falta de comunicação interna de objectivos e da visão da empresa, não estão envolvidos com o projecto a que vendem, ou alugam, as suas horas de trabalho, mas não a sua vontade de fazer parte.  Da mesma forma que se comportam os ‘Patrões’, têm-se comportado os sindicatos: ignorando o que o outro quer, de facto, mas não soube comunicar, criam movimentos CONTRA… Contra seja o que for, desde que a sua voz se ouça, por parte daqueles que dizem defender. E o que é que isto provoca? Luta! O que significa que, no fim desta, uma parte vai GANHAR, e a outra vai PERDER. Perguntaria: pode um País ganhar, quando, no seu seio, uma parte dos agentes económicos ganha e outra, seguramente significativa em número e importância, perde? Respondo eu, como responderá seja quem for de bom senso: Não! E repare-se que, quando se cria uma empresa, se diz e se sente que se está a formar uma equipa: numa equipa todos ganham ou todos perdem, ou, então não houve equipa.  Acredito, 25 anos depois de ter começado, que é possível fazer com que as empresas sejam equipas, não importa por quantas pessoas e de que extractos sociais se formem, e os exemplos que vivi comprovam- no.  Da mesma forma olho para o País: Não encontro um único Inteiro ‘Por Portugal’. Encontro Partidos, que defendem ideias importadas, algumas com mais de um século, que criaram instrumentos com uma função específica, muitas vezes louvável à partida, como seja o de ajudar a tratar a Regulamentação do Trabalho, mas que acabam como factores criadores de lutas, ao defenderem obstinadamente a
  • 18. 18 filosofia política que lhes deu berço, em vez de perceberem a necessidade de entender os vários pontos de vista que qualquer discussão suscita e procurar pontos de consenso que sejam provocadores de desenvolvimento e já não da manutenção de seja o que for.  O resultado disto que exponho, de não haver uma consciência ‘Por Portugal’, é aquele que encontramos quando abrimos os olhos para um jornal, os ouvidos para qualquer conversa de rua, comboio, autocarro, etc., ou ambos (olhos e ouvidos) para qualquer jornal da televisão: um País que não tem identidade, não sabe para onde quer ir, o que quer SER. Ouvimos e vemos críticas que ajudam a dividir, mas não ouvimos, nem vemos, sugestões unificadoras. 3. A Minha Pergunta Enquanto líder de uma tão importante organização como a que dirige, que medidas entende deverem ser colocadas em prática pelos seus representados, ‘Por Portugal’, para que o País em que os meus filhos e os deles venham a crescer seja fonte de prosperidade e orgulho, e visto como um bom exemplo pelo mundo: Luta ou cooperação? Expectativa ou envolvimento? Greve ou soluções? Marchas CONTRA ou formação de um espírito de cooperação e desenvolvimento? Solidariedade para com quem sonhou e empreende, ou desprezo pelo resultado económico das empresas? 4. Nota final Creiam que, ao contrário do que a muitos possa parecer, nada me move em antagonismo ao Senhor Carvalho da Silva. Antes, o facto de reconhecer nele a honestidade de pensamento, o enorme conhecimento, muito mais alto e com bases bem mais profundas do que as minhas, desta matéria, e a sua capacidade de análise, em conjunto com o facto de estar no Porto a convite deste louvável movimento a que se chama Clube dos Pensadores, é que se tornaram responsáveis pela minha decisão de escrever o texto que, se se tratasse de alguém a quem não reconhecesse vontade de fazer, não teria ganho corpo.
  • 19. 19 Agradeço a resposta, qualquer que ela seja, não apenas por mim, mas ‘Por Portugal’. Obrigado. Luís Cochofel luc956@gmail.com’ Curiosamente, hoje - no dia seguinte, relativamente à junção dos textos aqui acima -, domingo, dia 19 de Outubro de 2008, comprei o JN (Jornal de Notícias) para ver se há anúncios de emprego a que me pudesse candidatar, e dei, na leitura do caderno principal do jornal, com várias notícias relativas a um Colóquio ‘sobre o sistema de governo das autarquias locais’ realizado ontem em Oeiras. (alexandra.inacio@jn.pt) A notícia, que tem como títulos ‘Colóquio – Só alternativas devem censurar executivos’ e ‘Marcelo classifica de surrealista ideia de Rio de eleições isoladas’, começa com a informação de que ‘Jorge Sampaio defende a moção de censura construtiva. Isto é: que uma Oposição só pode derrubar um executivo camarário se estiver em condições de apresentar alternativa’. A seguir pode ler-se que o ‘ex-chefe de Estado defendeu o reforço de poderes das assembleias municipais’ e que ‘o presidente da Câmara do Porto bateu-se pelos executivos monocolores’ justificando-se com o argumento ‘O executivo tem de ser uma equipa’ homogénea, não ‘um conjunto de vereadores com perspectivas diferentes’, e eu comecei a perguntar-me se não estarão à procura da minha ideia, ambos, apesar de transparecer antagonismo nas suas palavras: de facto, a figura que proponho está alinhada com ambos os propósitos, e poderá suscitar, acredito, mais acção do que discussão, cabendo nela, inclusivamente, a noção que Rui Rio a seguir defende. Trata-se da possibilidade de, tal como no governo central, alterar a equipa de gestão da autarquia; da noção de que ‘a Oposição deve estar dentro dos executivos’; e, de a discussão das acções das autarquias ser produzida em conjunto com tal ‘Oposição’ por razões de fiscalização e formalismo.
  • 20. 20 Esta última ideia, de Rui Rio, acabaria por levar a que as eleições autárquicas fossem realizadas cada uma por si, isto é, em momentos diferentes umas das outras no país. Marcelo Rebelo de Sousa, sempre definitivo nas suas opiniões, considerou isto ‘surrealista’. Ora, eu até gosto de Salvador Dali (a cadeira de ‘Estética’, que fiz, ostenta uma boa classificação dada a qualidade da minha ‘leitura’ da obra ‘Premonición de La Guerra Civil’), e consigo ver que, embora surrealista, produziu resultados deliciosos, os quais todos podemos aproveitar. Tentem ver, agora, o que eu vejo que aconteceria com cada uma destas questões, se colocada a hipótese de existir, já, um ‘Por Portugal – Partido Autárquico’: - O ‘Partido’ que governa a Câmara Municipal, porque objectivamente concentrado nas questões particulares do concelho, em clima de participação, apesar de composto por vereadores ideologicamente afastados, está aberto aos contributos de todos os interessados, passaria a poder adaptar-se a cada momento às necessidades do concelho; - A tendência de um tal ‘Partido’ seria o de gerar, cada dia, maior apoio e participação; - Só o descontentamento das populações relativamente à gestão do território deveria levar, naturalmente, a uma demonstração tal que provocasse novas eleições. Só aqui, portanto seriam necessárias eleições; - As Assembleias Municipais, de que também se fala no texto da notícia, seriam, antes de mais, um espaço de discussão e fiscalização em que o suporte efectivo das actividades fosse demonstrado, fornecedoras ainda de novos pontos de vista e orientações, ou daquela outra demonstração de descontentamento e a exigência de procura de nova composição de executivo. O ‘Sistema ReDE’, de que falo noutra peça, ajudaria, muito, no desenvolvimento desta nova forma de participação nas coisas que, afinal, são as que influem directamente na vida de cada português. E. ao ser levado até às freguesias, justificaria, enumeradas as necessidades evidenciadas, a sua intervenção na Assembleia Municipal em pleno direito.
  • 21. 21 Acredito, portanto, ainda mais depois da leitura desta notícia, que temos soluções para por todos os interessados a concentrarem-se no que os une. Noutra peça do mesmo jornal, que li porque gosto de cinema e me tenho divertido com os filmes em que ele participa, nomeadamente este a que se refere a entrevista aqui publicada - ‘My Blueberry Nights’, de Wong Kar-wai -, lê-se que o actor ‘Jude Law termina a conversa confessando o que mais aprendera com o realizador: ”Algo que estou sempre a dizer aos meus filhos: a paciência é uma grande virtude”.’… Fantástico, não é? A meio da tarde, a ver um filme em que o adorável Walther Mathau encarna Albert Einstein, ouço esta frase deliciosa que não pude deixar de copiar (da forma como a recordo, não ‘sic’): ‘Prefiro que me chamem tolo por ser optimista do que me tornar num infeliz por ser pessimista’. Desculpem lá: estava alguém a falar comigo…?
  • 22. 22 Última IDEIA - Aproveitamento da Biomassa pelas Autarquias – 2008
  • 23. 23 IDEIAS – Uma solução para tempos difíceis Entre as poucas alternativas que um pensamento negativo nos deixa ver, tinha marcado o dia de ontem como bom para o suicídio, mas resolvi dar-me mais uma hipótese: devo mais dinheiro do que o que confesso a mim próprio e, apesar de ser herdeiro de bens que ultrapassam algumas vezes o que devo, parece que não consigo encontrar uma solução para mim, que me permita pagar amanhã o que é suposto ser pago amanhã. Pedi dinheiro a alguém de quem sou amigo e que considero ser, também ele, meu amigo, e ele disse-me que ia tentar saber quem me poderia ajudar e que entretanto me dirá alguma coisa. Acredito nele. Resolvi esperar. Enquanto espero, recebi uma chamada telefónica de um sócio de uma Empresa que criei do nada em 1995 (foi a primeira a produzir aquilo em Portugal), e que fui forçado a abandonar, fez ontem, exactamente, dez anos. Tratava-se de me pedir que o ajudasse a obter informação importante para aumentar a capacidade de ganhar um negócio. Disse-me, também, que, desde Março, não tem falta de trabalho. Ao contrário, tem carteira de encomendas que ocupa a fábrica até Dezembro, foram capazes de resolver o passivo e estão muito bem, com obras em Angola, na Madeira e no Algarve. Percebem as dificuldades em que o mercado se encontra, mas estão confiantes. É claro que esta conversa me animou: o meu projecto continua a provar que é bom e, quando precisam de mim, não hesitam em me contactar, o que significa que acreditam na minha cooperação eterna. De seguida, porque não tenho nenhuma tarefa profissional agendada, saí de casa e estacionei o carro junto a uma zona arborizada, em Gondomar, pondo- me a ler um livro que, embora comprado há três anos, ainda não tinha começado a ler: ‘O poder do Pensamento Positivo nos negócios’, de Scott W. Ventrella. Numa paragem da leitura (para rever, sem outra ajuda, o que percebi ter lido), dei por mim a olhar para o que está à minha volta e, por associação de informações e impulsos diversos, volto a uma ideia que me tem surgido com frequência, e que, agora, decidi passar a escrito:
  • 24. 24 A Ideia Organizar, por zonas geográficas (concelhos?, distritos?) a limpeza de baldios e zonas florestais em situação de abandono, produzindo, com os materiais recolhidos, devidamente secos e triturados, briquettes que possam ser comercializados quer para a indústria (utilização em caldeiras), quer para o consumo doméstico (lareiras). Tal permitirá, quando viável, que a limpeza de matos de particulares deixe, também, de ser, exclusivamente, um custo, passando a permitir até, acredito, algum proveito uma vez utilizado o serviço que se preconiza centralizado num órgão autárquico. Estou certo de que é possível encontrar desempregados em número suficiente, nos Centros de Emprego, para empregar em tal actividade. (Sendo certo que é preciso fazer-lhes saber quais são os objectivos: trata- se de aproveitar algo que a Natureza nos oferece, para promover todo o país, e gerar receitas e bem estar; não se trata de ‘Pronto! Lembraram-se disto e você é que tem que limpar esta porcaria, que até agora, por desleixo, os donos deixaram crescer’). Tenho a certeza de que o nosso ambiente, e as nossas paisagens, ganharão muito com tal actividade de limpeza. (Um sítio limpo, para além de, desde logo, limitar a projecção de lixo, ajuda as pessoas a sentirem-se melhor; pessoas que se sentem bem, são mais simpáticas com os outros; locais agradáveis com pessoas simpáticas são mais apetecíveis para turistas; turistas agradados com a sua escolha promovem aumento de rendimento àqueles que vivem nas zonas utilizadas para o turismo; a qualidade da oferta turística é uma das prioridades portuguesas). Estou seguro de que o produto obtido, continuamente fornecido, de forma gratuita, pela Natureza, poderá ajudar as finanças, sempre débeis, das nossas autarquias. Acredito que os desempregados envolvidos na actividade, porque se tornam activos, podem, ao perceber que afinal há dinheiro onde antes só viam silvados, gerar novas ideias de aproveitamento dos recursos naturais, ou, para uso da sua própria capacidade de trabalho, agora redescoberta.
  • 25. 25 Gostava de ver (Sim! Sou um sonhador…, mas, acordado, cruzei-me esta manhã com dois anúncios na EuroNews, sobre a energia do futuro, um da Shell, e outro, que anda à procura de ideias, da Zayed Future Energy Prize) uma equipa de cientistas a estudar a possibilidade de usar a matéria orgânica recolhida e procurar uma forma de energia a partir dela. (Como se forma o petróleo? Será possível provocá-lo fora do seu contexto geológico?). Acreditem que eu posso ter falhado na gestão económica da minha conta particular, enquanto animal económico, mas sei que ajudei, ao longo dos últimos 30 anos de actividade, pelo menos, centenas de outros portugueses a descobrir que, com empenho, é possível construir resultados e desenvolver uma vida melhor do que a que tinham até ali. (Apetece-me dar o exemplo de um rapaz, sem formação de base, que servia cafés e sandes, a quem abri as portas para uma carreira como programador informático; o de um servente da indústria a quem ajudei a dedicar a sua vida a fazer o que desde sempre o fazia vibrar: pintar, conseguindo viver materialmente bem, fazendo-o em exclusivo; ou o de uma licenciada em área de que gostava, mas para a qual não há empregos, e que concorria para empregada de armazém, que hoje gere actividades logísticas em empresa de grande sucesso; ou, ainda, o de um super-técnico de informática, com dificuldade de fazer aceitar o seu feitio, que, antes de uma entrevista de emprego no Canadá, para gestor da unificação da informação em empresa multinacional da extracção de ouro, prata e cobre, me ligou dizendo que era eu a única pessoa, de que se lembrava, capaz de o ajudar a controlar a ansiedade que o desejo de obter tal posição lhe provocava: ficou com o lugar!, e estou certo de que tanto ele como a empresa ganharão muito com o seu trabalho). Se houver publicação deste texto, e caso esteja, de facto, interessado em ajudar a desenvolver esta ideia, não hesite em contactar o jornal que o publicou, ou enviar-me um email para ultima.ideia@gmail.com . Saberão como me encontrar e eu terei muito prazer em participar no projecto. Se, por outro lado, precisa de fazer gerar ideias no seio da sua empresa, contacte-me igualmente, porque essa é a área onde me sinto mais à-vontade, em função dos resultados obtidos nas empresas para quem trabalhei nos últimos 30 anos.
  • 26. 26 A melhor forma de evitar que a economia afecte negativamente a sua vida, é evitar que as más notícias afectem a sua atitude. Depende de cada um de nós, portanto, tentar, ou não, dar a volta a situações menos boas. Ter uma ideia pode ser um óptimo começo! Obrigado por ter lido até ao fim! Nota: uso o anonimato na eventual publicação da presente ideia, porque, aos que não tiverem interesse na ideia, também não interessará saber quem sou. 1 de Outubro de 2008 Enviei, por email claro!, esta ideia a 22 pessoas de quem sou amigo, e de quem espero um mínimo de atenção quando me dirijo a eles, e a 8 representantes da imprensa portuguesa, e só recebi três respostas. Uma, que acabou por dar o título a este livro, foi aquela em que tendo-me identificado pela escrita, um daqueles meus amigos me chamou lírico. Outra, a primeira a responder, devo dizer, dirigiu um outro email para a minha conta conhecida perguntando-me se aquela ‘ideia muito interessante’, não seria, por acaso minha. A forma de escrever… Outra, merece ser transcrita, não apenas por demonstrar aquela atenção de que falo acima, pelo interesse em participar na discussão de ideias, porque provocou uma resposta que complementa e esclarece os propósitos da ideia apresentada: ‘Bom dia; Li tudo com atenção. PF ver a minha resposta em anexo. Um abraço, (assinatura)
  • 27. 27 Bom dia; A mensagem da «última.ideia» faz parte daquele tipo de correio que fica de quarentena até eu ter a certeza que o «attachment» não vai fazer mal a coisa nenhuma. Quando acabei de ler o documento «Word» já tinha identificado o autor da «última.ideia», acreditando sinceramente que a «última.ideia» é muitas vezes a do dia, ou da semana, ou da fase mais ou menos conturbada por onde qualquer um de nós está sujeito a atravessar. Sobre o tema do suicídio – mesmo que não diga: desta água não beberei – recordo sempre um caso em linha directa familiar, em que as partes que ficaram acabaram por encontrar o caminho das pedras e quem se «lixou» foi quem partiu para a grande viagem. Recuperemos o grande Albuquerque, que na hora da verdade dizia: Morrer, sim! Mas devagar. Jardim Gonçalves, Oliveira Costa, Filipe Pinhal, e outros devem ou não devem milhões? Algum deles trocará a vida por uma cédula fiduciária? Não creio. Meu caro amigo, não está na moda perder a vida por esta ou aquela divida. Vamos à ideia. Esta, aquela e outras que não tardarão a vir. A sua proposta encaixa nos muitos projectos ditos da «biomassa». Sejamos francos: Já quase tudo foi proposto aos autarcas. Melhor do que esta ideia, ou seja, com mais ampla cobertura por parte dos dinheiros da União Europeia, estão as chamadas Centrais de Biomassa, das quais os melhores exemplos estão construídos em Mortágua e Miranda do Corvo. A fonte de combustível é exactamente a que o meu amigo propõe, ou seja, os materiais retirados da limpeza das matas. Entretanto, estão aprovados mais 10 ou 20 centrais desse tipo. O argumento contra, quer face à «última.ideia» quer face às centrais de biomassa é o período de tempo versus perímetro florestal que garanta sustentabilidade no fornecimento de material combustível. Vá lá, vamos a levantar a cabeça. Se, passar ao alcance da minha mão uma oportunidade para aproveitar a sua capacidade para gerar ideias, creia que não me esqueço de si. Um abraço (assinatura)
  • 28. 28 Respondi assim: ‘Li com agrado, atenção e respeito, tudo o que me escreveu. Devo, antes de mais salientar que, de entre 22 supostos amigos e 8 publicações a quem enviei o mail a que se refere, foi o 2º, de 3 amigos de facto, a demonstrar que poderei sempre contar com a sua atenção. Obrigado, por isso! Quanto às questões que levanta, respondo o seguinte: O suicídio físico não faz, de facto, parte de nenhuma boa solução para qualquer problema. Mas, acredite, há momentos em que a razão se sobrepõe ao optimismo, que me é intrínseco, e a realidade nos aparece como algo absolutamente desinteressante para querer continuar a fazer parte dela. Quanto ao facto de haver um enorme projecto na área de que falo na ideia, o das centrais de Biomassa, respondo de três formas: 1. enviando-lhe em anexo um texto, em inglês, que, nem de propósito, acabo de receber, sobre a necessidade de, de quando em vez, olharmos para as coisas de uma perspectiva diferente. Eu sei que é isso que o meu amigo tem feito ao longo da sua vida, mas, nunca é demais ler o que outros escrevem; 2. já conheço há algum tempo o projecto de aproveitamento de Biomassas, até porque um bom amigo, com que participei no arranque de uma multinacional do sector automóvel em Portugal, está ligado a ele e me tem mantido ao corrente do que se passa; 3. aquilo para que aponto, assim, não sendo a descoberta do processo alquimista, tem outras perspectivas: a) utilizar a oferta de Biomassa que a Natureza insiste em nos dar é, de facto o ponto de partida; b) dar àqueles que, pobres e desempregados, puderem ser envolvidos de forma comunicativa (quero dizer: a quem seja explicada a vantagem de executar aquela tarefa de recolha, quais as aplicações e os resultados que se vão obter - limpeza de matas, menos incêndios ou maior capacidade de os debelar, aproveitamento das riquezas naturais, aumento das receitas da autarquia responsável pelas infraestruturas do local onde aquele 'animal económico' habita, maior potencial de desenvolvimento turístico...), uma nova oportunidade de, ao verem o que ali está a acontecer, perceber que estar activo é muito importante para todos, para os outros, mas, também para si mesmo;
  • 29. 29 c) reduzir a escala do que queremos fazer. O projecto que neste momento está em curso é, provavelmente, megalómano. O que proponho é uma coisa completamente diferente, quer em termos de investimento em equipamentos, quer no produto final. Daria como exemplo comparativo o seguinte: dou a doze pessoas diferentes a tarefa de irem a pé do Porto a Lisboa - o projecto actual leva a que todos partam do Porto e todos cheguem a Lisboa; a minha proposta é que um parta do Porto e vá até Espinho, outro parta de Espinho e vá até Ovar, outro vá até Aveiro... A tarefa seria muito mais fácil de acabar, demoraria muito menos, faria com que cada um ficasse satisfeito com o atingir dos seus objectivos, e o trabalho que tinhamos proposto inicialmente tinha sido conseguido sem discussões que sempre surgem quando a tarefa é mais alta do que o Kilimanjaro. É que, na verdade, hoje, com aquele enorme projecto já em curso, encontramos uma mata abandonada a cada 5 kms. d) apesar de perceber que os recursos naturais não são eternos, acredito que, no decurso de tempo que se iniciou no momento em que comecei a escrever estas linhas, a Natureza ofereceu a Portugal biomassa suficiente para eu poder pagar as minhas contas todas! Agradecendo, uma vez mais, a sua resposta que sinto interessada, Receba um abraço’ Anexo a que me refiro no texto: ‘Embrace Other Points of View By Jim Cathcart Everything you know has come from within the limits of your life up to now. You might be wrong about how things work. Explore and experiment with other ways of looking at things. See things from someone else's perspective. Take a different route to your usual places. Read something outside your areas of interest. Listen to a radio station or type of music that is not your usual one. Assume that the other point of view was more enlightened than yours. What difference would that make in how you think about others? Try to truly understand and appreciate others. It is through the understanding of different perspectives that people often grow. "Walking a mile in another's mocassins" will go a long way toward understanding why people feel the way they do and are the way
  • 30. 30 they are. Their perspectives come from life experiences that you have not had. That doesn't make them wrong. It just makes them "different". It's those differences that lead everyone to a deeper understanding of each other.’ Que agora traduzo: ‘Abrace Outros Pontos de Vista Por Jim Cathcart Tudo o que v. conhece veio de dentro dos limites da sua vida até agora. V. pode estar enganado quanto à forma como as coisas funcionam. Explore e experimente outras formas de olhar para as coisas. Veja as coisas pela perspectiva de outra pessoa qualquer. Tome diferentes caminhos para os sítios que habitualmente frequenta. Leia algo que esteja fora das suas áreas de interesse. Ouça uma estação de rádio ou um tipo de música que não seja o habitual. Imagine que o outro ponto de vista era mais esclarecedor do que o seu. Que diferença faria na forma como pensa sobre os outros? Tente compreender e apreciar realmente os outros. É através da compreensão de perspectivas diferentes que, muitas vezes, as pessoas crescem. ‘Andar uma milha nos sapatos dos outros (tradução livre)’ fará um longo caminho até à compreensão de porque é que as pessoas sentem da forma como o fazem e são da forma que são. As suas perspectivas (deles) vêm de experiências de vida que v. não teve. Isso não os faz estar errados. Fá-los apenas ‘diferentes’. São essas diferenças que levam toda a gente a uma mais profunda compreensão de cada um.’ Isto não vai acabar por aqui…
  • 31. 31 Ideias para apoio ao desenvolvimento das pequenas empresas Portuguesas, e a recuperação de activos humanos 1. MyStaff, organização de empresa de serviços para pequenas empresas e start-ups (leia-se empresas novas, com pouca capacidade financeira para criação imediata de empregos indirectos – pessoal administrativo) 2. MyBack-up, organização de base nacional de consultores técnicos, em situação de inactividade involuntária
  • 32. 32 A ideia que agora apresento nasceu de um pedido, de dois jovens empresários para cuja organização eu prestava os meus serviços, na expectativa de os ver utilizados no desenvolvimento das pessoas e da empresa, Tal pedido, tinha a ver com a vontade de utilizar, com algum proveito, um escritório que um deles possuía ali para a Maia, pretendendo criar-se uma pequena organização para apoio a pequenas empresas, em fase de arranque ou de emagrecimento. Prestar serviços de contabilidade, processamento de salários e outros de que eu me lembrasse, seria, assim, o objecto sobre o qual eu deveria partir para apresentar uma ideia e, quando aprovada, criar. Dado que, uns anos antes, ainda nos quadros da AMBAR, tinha imaginado uma organização que, baseada no apoio dos quadros activos daquela empresa e de ex-quadros com reconhecida capacidade técnica e estratégica, a convidar, servisse para apoiar a criação de pequenas empresas por parte dos colaboradores da empresa ou seus familiares, pus-me, de imediato, a ‘desenhar’. Incluí: serviços legais; agenda (apoio de uma telefonista capaz de ajudar na elaboração e controlo da agenda dos futuros Clientes) e serviço de mensagens; serviços técnicos de informática; serviços de apoio à criação de sites, ao marketing, e ao desenvolvimento de software de gestão; serviços de aluguer e manutenção de equipamentos informáticos; serviços de limpeza e manutenção de instalações; serviços de medicina no trabalho; serviços de apoio à implementação e manutenção de sistemas da qualidade; serviços de apoio à gestão de relacionamento bancário, contratação de operações de leasing, factoring e apoio a projectos de investimento; serviços de gestão de seguros; serviço de consulta de bases de dados de empresas. Desenvolvi, então, uma folha de cálculo onde previa a distribuição de necessidades destes serviços por empresa, concluindo que, incluindo uma margem de 40% para a gestão de todos os serviços, e executando contratos com especialistas, tipo ‘avença’, com pagamento antecipado, independente da necessidade efectiva de prestação dos seus serviços, deveria cobrar a cada um de 45 clientes, não mais do que 600,00 € por mês de calendário. Sendo este valor inferior ao que corresponde a um salário mínimo, parece-me possível concluir que esta ideia tem pernas para andar: Um cliente pode ter, pelo preço de um indiferenciado, todas estas especialidades, tratadas por especialistas!
  • 33. 33 MyStaff e MyBack-up O desenvolvimento da ideia a que chamo MyStaff, levou-me à concepção desta outra empresa de serviços, dedicada à consultoria. Trata-se, de facto, de uma actividade complementar da MyStaff: fornecer serviços de consultores a pequenas empresas. Conceito: Fornecer Consultoria para as Empresas, em situações pontuais e específicas. Que Consultores? Técnicos das várias especialidades que, estando desempregados, inactivos ou reformados, têm a vontade de permanecer activos na sua área de especialização. Regime de Contratação: Uma actividade deste tipo é normalmente baseada num valor/hora. Os contratos a realizar devem, assim, ser baseados nesse regime. O valor/hora a definir deve ser competitivo com os valores de mercado e permitir que haja mais-valias quer para os Clientes, quer para os Consultores, bem como para a MyBack-up. Distribuição das Remunerações Terei como referência um valor/hora de 50,00€ + IVA, por me parecer compatível com as várias coordenadas da ideia: é um valor que está bastante abaixo da média praticada pelas multinacionais mais conhecidas, o que é bom para o Cliente, e permite ao consultor um ‘salário potencial’ razoável – 35,00€/hora equivale a uma remuneração anual de 72.800,00€. Ao valor a facturar deve ser acrescido o custo com deslocações e eventuais estadias. A remuneração pela coordenação dos serviços, por parte da MyBack-up, deve ser de 30% do valor/hora, sendo as restantes verbas pagas ao consultor envolvido. Recolha de Candidaturas para Consultor Um anúncio nas páginas de Emprego do Jornal de Notícias e do Expresso, pelo menos inicialmente, uma vez por mês. Neste anúncio deve ser solicitada informação concreta quanto à área de especialização do potencial consultor e informação detalhada quanto à experiência profissional nessa área.
  • 34. 34 A análise destas candidaturas permitirá obter uma base de dados de recursos humanos técnicos que pode vir a servir outros interesses da MyStaff. Vantagens do Serviço I – Para os Clientes - Consultoria técnica a preços comportáveis; - Possibilidade de conhecer, em situação de trabalho, eventuais futuros colaboradores; - Possibilidade de interromper a recepção de serviços sem custos (o serviço será sempre pago em função das horas efectivamente utilizadas); - Possibilidade de ter várias especialidades presentes para um mesmo projecto, sem custos fixos. II – Para os Consultores - Possibilidade de se manterem activos e ‘visíveis’, recebendo uma compensação equilibrada; - Possibilidade de desenvolver conhecimento relativamente ao momento do mercado; - Possibilidade de encontrar um novo empregador, que já conhecem a partir da sua participação num dos projectos daquele; III – Para a MyStaff - Alargamento da oferta de serviços a Clientes, beneficiando de desconto (sobre a margem da MyBack-up); - Aumento do nº de potenciais Clientes próprios (Clientes da MyBack-up, que não conheciam a empresa). - Fornecimento de serviço directamente à MyBack-up, empresa que, de facto, não tem necessidade de quadros próprios. 7 de Novembro de 2007 Usei, como se pode ver nas páginas seguintes, o padrão da E-Myth (www.e- myth.com) para a descrição dos projectos.
  • 35. 35 COMEÇAR UM PLANO DE NEGÓCIO - MyBack-up Se o seu PLANO DE NEGÓCIO vier a ter exactamente o impacto que você pretende que ele tenha, como será esse impacto? Descreva como acha que o seu Cliente o deve ver, e sentir: A MyBack-up fornece serviços de consultoria para pequenas empresas, permitindo aos seus Clientes dispor de apoio de técnicos especialistas nas mais variadas áreas técnicas ou de gestão, a custos controlados. É um modelo que pode ser implementado em qualquer parte do mundo onde haja pequenas empresas, ou um movimento crescente de criação de Novas Empresas, do tipo ‘Small Business’. Qual é a sua VISÃO para o seu negócio? Permitir aos Clientes a criação de um ambiente de empreendedorismo pelo acesso, a custos controlados, a técnicos especializados – que podem vir a ser o seu consultor técnico ou de gestão, ou o seu futuro quadro – num sistema que facilite o desenvolvimento de ideias e projectos para o desenvolvimento de novos produtos e a evolução dos negócios. Qual é o PROPÓSITO do negócio que você pretende que este PLANO de NEGÓCIO atinja? Atingir o número de Clientes necessários à sua estabilidade (50 Clientes x 9 horas/mês). Desenvolver uma base de dados de consultores de o maior número possível de áreas de especialização. Escolha o horizonte temporal para este PLANO de NEGÓCIO. O objectivo, em termos de nº de Clientes, deve ser atingido num prazo não superior a 6 meses. O que é que precisa de fazer para poder dizer que está organizado? Ter uma descrição de cada um dos serviços propostos. Construir uma base de dados de consultores sólida (com conhecimento pessoal de cada potencial consultor) Como é que vai envolver outras pessoas na sua organização? Identificando-os com a VISÃO (queremos ser a empresa de consultoria de referência para Start-ups em Portugal), e definindo claramente: cada função e os seus objectivos; sistema de prémios e incentivos; potencial de desenvolvimento de carreiras.
  • 36. 36 COMEÇAR UM PLANO DE NEGÓCIO - MyStaff Se o seu PLANO DE NEGÓCIO vier a ter exactamente o impacto que você pretende que ele tenha, como será esse impacto? Descreva como acha que o seu Cliente o deve ver, e sentir: A MyStaff fornece todos os tipos de serviço básicos para empresas, libertando os seus Clientes para a concentração, em exclusivo, no negócio a que se dirigem. É um modelo que pode ser implementado em qualquer parte do mundo onde haja pequenas empresas, ou um movimento crescente de criação de Novas Empresas, do tipo 'Small Business'. Qual é a sua VISÃO para o seu negócio? Libertar os Clientes para a concentração no objecto do seu negócio, fornecendo serviços de excelência que a tornem numa referência obrigatória para todas as Novas Empresas. Qual é o PROPÓSITO do negócio que você pretende que este PLANO de NEGÓCIO atinja? Atingir o número de Clientes necessários à sua estabilidade (50 Clientes). Escolha o horizonte temporal para este PLANO de NEGÓCIO. O objectivo, em termos de nº de Clientes, deve ser atingido num prazo não superior a 6 meses. O que é que precisa de fazer para poder dizer que está organizado? Ter uma descrição de cada um dos serviços propostos, e identificar os seus fornecedores. Como é que vai envolver outras pessoas na sua organização? Identificando-os com a VISÃO (queremos ser a empresa de serviços de referência para Start-ups em Portugal), e definindo claramente: cada função e os seus objectivos; sistema de prémios e incentivos; potencial de desenvolvimento de carreiras.
  • 37. 37 As pessoas que me solicitaram que pensasse sobre o assunto a que chamei MyStaff, cuja empresa actual se dedica à distribuição de produtos de informática – o que a tornava, de imediato, fornecedora de uma série, larga, dos serviços a vender -, não responderam a qualquer dos emails que lhes enviei sobre o assunto, tendo, no entanto, no momento em que os questionei sobre a efectividade, ou não, da recepção de tais emails, efectuado a promessa de que ‘vamos falar nisso num jantar! Mas, esta semana não pode ser…! Nós marcamos isso, deixe estar…). Eu deixo estar… Devo confessar que, para me ajudar a perceber o interesse deste tipo de organizações para alguns amigos e conhecidos, fiz perguntas nesse sentido a vários deles e, aproveitando as excelentes iniciativas da ANJE (‘Negócios ao Pôr-do-Sol’) e da Câmara de Comércio Luso-Britânica (Informal Business Drink), que apontam para o mesmo conceito de partilha – a formação de parcerias entre empresas com objectivos complementares – tratei de recolher o máximo de informação possível quanto à sua viabilidade (ao nível do conceito – se este é ou não aceite -, que não ao nível dos resultados económicos e financeiros). Tenho, vistas as respostas obtidas em todas as iniciativas que tive ou em que participei, a certeza de que este conceito é aceite! Há-de dar resultado!
  • 38. 38 Sistema ReDE – sistema de gestão da actividade corrente das empresas, desenvolvido a partir da conjugação de boas práticas verificadas nas empresas em que prestei serviços, directamente ou como Consultor (anexo apresentação)
  • 39. 39 Estou a incluir como ‘ainda não posta em prática’, esta ideia tornada projecto, dado que, no momento em que decidi avançar com esta compilação de textos a que podemos chamar livro, ainda não ‘vendi’ nenhuma sessão de trabalho. Apresentei-a, por email é certo, a cerca de 250 empresas da zona do Grande Porto, e enviei-a à minha lista de ‘pessoas de quem sou amigo’, para que me ajudassem a divulgá-la, mas, de facto, não recebi até agora nenhum pedido de esclarecimento. Apenas recebi uma única demonstração de interesse, de uma daquelas pessoas da minha lista - minha amiga, portanto -, em o dar a conhecer aos responsáveis pela formação na empresa com que colabora. É evidente que espero que, no momento em que esteja a ler estas linhas, já outras 35 empresas de consultoria em Portugal, estejam a fornecer às empresas um programa similar a este, e que, eu mesmo, tenha conseguido, através da execução de sessões de trabalho, ajudar várias das nossas empresas e os seus colaboradores no caminho para a organização e o desenvolvimento. Nascida da vivência de boas práticas - que levaram a bons resultados -, a cujos alicerces foi acoplada uma boa base de conceitos e formas de coordenar ideias, a ReDE está a ser apresentada como a seguir demonstro. Dado que me parece importante, até para esclarecer que nada do que se vai ver é, em absoluto, original, passo a referir as fontes que me trouxeram à criação deste ‘produto’, Antes disso, tenho que esclarecer, agora, que o ‘produto’ que criei é de facto original, isto é, aproveitando a minha experiência prática, algumas das minhas leituras e aspectos retirados de programas de formação a que assisti, tenho a convicção de que estou a produzir algo novo, complementar, e não concorrente, àquilo que até agora fui conhecendo. As minhas fontes foram, então, as boas práticas na AMBAR (1983-1992), na JOHNSON CONTROLS, e na INCLASS, os programas de formação da DYNARGIE e da CRESTCOM (aqui com o foco em Jim Cathcart, Bob Johnson e em Jim Hennig), e a leitura regular de livros relacionados com o pensamento positivo nos negócios e, mais recentemente, newsletters de Jim Cathcart, Jim Clemmer e da equipa de E-Myth Insider. Foi, inclusivamente, com base num texto publicado no blog desta última referenciada (E-Myth Insider), que construí a introdução ao Sistema que agora vai ler.
  • 40. 40 SISTEMA ReDE – APRESENTAÇÃO Como transformar empregados em COLABORADORES Alguma vez deu consigo a alterar-se, irritado, com os seus empregados? Esperava que fizessem uma coisa e, afinal, fizeram outra bem diferente… Os problemas com as pessoas constituíam a frustração nº 1 em quase todas as empresas com que trabalhámos. Ao longo dos anos, trabalhamos com empresas industriais, nacionais e multinacionais, empresas comerciais, da distribuição e dos serviços, e, ouvimos quase todos os donos da Empresa, ou o seu máximo responsável, dizer: ‘Se eu pudesse fazer clones de mim mesmo…!’ Será, realmente, que querem mesmo um clone seu a trabalhar no seu negócio? O que os nossos Clientes normalmente esquecem é que os Empreendedores não dão bons Técnicos. O resultado mais previsível, se se conseguissem clonar, seria o de passarem a ter um concorrente, tão talentoso quanto eles e a operar na mesma zona geográfica! Conseguir que os seus empregados façam o que você espera deles A questão central é: como conseguir que os seus empregados se transformem, efectivamente, em seus colaboradores, e façam o que espera que eles façam? E, como é que se consegue que o façam à primeira? Não é isto que qualquer dono de empresa, ou empreendedor, pretende?: Técnicos que não façam apenas o que lhes é pedido, mas que façam tudo o que se espera deles, bem à primeira. E que o façam da forma que preconiza que deve ser feito! Então, como é que consegue isto? Como é que consegue que os seus empregados façam o que espera deles? Não consegue? Há quem diga que não se consegue fazer com que as pessoas façam nada: ‘se quero isto feito, faço eu!’, ou ‘quem quer, faz; quem não quer, manda fazer!’, são frases que todos ouvimos, muitas vezes com a audiência a murmurar um ‘sim, pois é…’ acompanhado de um movimento vertical da cabeça…
  • 41. 41 Bom, já é difícil fazermos nós alguma coisa com que nos comprometemos, quanto mais conseguir que outros o façam por nós. (Se não acredita nisto, pense em alguma vez que se tenha determinado a seguir uma dieta, ou a perseguir a consecução de um objectivo auto-definido, no ano novo. Cumpriu?). Depender de sistemas, e não de pessoas Na verdade, tem que se fazer alguma coisa! Então o que é que você faz? Se não consegue de outra forma que as pessoas façam o que espera delas, como é que consegue que as coisas apareçam (bem) feitas? É simples: a actividade da sua empresa deve basear-se em sistemas, não em pessoas em particular. Não estamos a dizer que as pessoas não contam: ao contrário, até porque serão pessoas em concreto que gerirão os sistemas. O que queremos dizer é que, se não criarmos ferramentas de gestão que as ajudem a efectuar o seu trabalho, lhes será mais difícil realizá-lo bem e em tempo. Damos um exemplo: imagine que, a um serralheiro da equipa de manutenção da ponte D. Luís, é dada ordem para apertar todas as porcas existentes na estrutura metálica, mas que nem ele nem a empresa dispõe de ferramentas apropriadas, ou sabe sequer que elas existem. Imagine agora que ele, percebendo o que tem que fazer, procura encontrar algo que o possa ajudar e resolve usar quatro pequenas barras quadradas de ferro: provavelmente, vai conseguir apertar alguma coisa, mas vai-se cansar fisicamente, vai demorar, vai-se sentir desmoralizado com o tamanho da ponte, vai achar que não é capaz de fazer aquele trabalho todo, vai começar a afrouxar o ritmo, vai começar a pensar em abandonar aquele emprego e aquela profissão, e, se algum dia conseguisse acabar a tarefa, teria demorado muito mais do que o seu ‘patrão’ esperava. É! É fundamental ter as melhores ferramentas, para se poder obter os melhores resultados no tempo mais curto! Por outro lado, achamos que é fundamental treinar, formar, as pessoas em concreto. Porquê? Se calhar já pensou, ou ouviu outro empresário dizer: ‘Para que é que eu vou gastar aquele dinheiro todo em formação dos meus empregados? Se eu lhes der a formação e eles forem embora, eles é que lucram, não é a empresa!’. Pois é: mas agora pense nas consequências de não DAR formação e eles ficarem na sua empresa…
  • 42. 42 Os sistemas farão andar a actividade, as pessoas farão andar os sistemas. Com uma implementação eficiente dos sistemas apropriados, vai conseguir resultados excelentes através das pessoas que treinar. Sempre! O ‘truque’ é o de criar no seio da organização um ambiente em que ‘FAZER BEM’ é o mais importante. Tem que criar um ambiente em que ‘FAZER BEM’ seja a forma de viver dos seus empregados, e, simultaneamente, tem que criar um ambiente em que a IDEIA que gerou a EMPRESA, cujo objecto provoca o trabalho de cada dia, seja mais forte do que a ideia do trabalho que tem que ser feito. Estou certo de que compreende este conceito simples! Não é o trabalho que é importante: o que é importante é o conceito que induz a actividade, em primeiro lugar! Não se trata de MEIOS, trata-se de RESULTADOS As pessoas não vão a uma loja de ferramentas porque precisam de um berbequim: elas vão lá porque precisam de fazer um buraco numa parede. As pessoas não compram café porque querem beber uma chávena da bebida: compram café porque querem ter em casa, à mão, um estimulante que lhes saiba bem. Ninguém vai a um hospital porque quer ver o médico, mas sim porque quer curar uma doença que o apoquenta. Não se trata dos meios, mas sim dos resultados. A IDEIA, que implica o trabalho que há que realizar, é mais importante do que o trabalho em si mesmo, e você terá que se assegurar que os seus empregados o compreendem plenamente e vivem nesse espírito, todos os dias. Um sistema simples para iniciar o processo Apresentamos-lhe aqui uma ferramenta simples que poderá usar para iniciar um processo de desenvolvimento no sentido de criar aquele ambiente. Chamamos-lhe ‘Sistema de Reuniões de Desenvolvimento da Equipa’. O Sistema (ReDE, como lhe chamamos), consiste na organização de um pequena reunião semanal, de pouco mais do que 30 minutos, de cada uma das equipas da Empresa: cada gestor ou chefe (de departamento, de sector, de secção ou de equipa) estabelece a agenda, e usa a reunião como um fórum de discussão organizado (é na forma com se organiza a discussão que o
  • 43. 43 nosso treino incide), do que resultará uma acção de Resolução de Problemas, Resolução de Conflitos, Planeamento e Acordo e Definição de Prioridades. A ReDE, constituirá uma oportunidade para fazer uma revisão do que foi feito, bem e mal; estabelecer prioridades - quer em termos de objectivos imediatos, quer para as tarefas de cada elemento da equipa-; encontrar consensos acerca do que é preciso fazer; discutir situações de excepção; trocar informação; e esclarecer resultados. O efeito resultante da adopção do sistema ReDE, será o conhecimento e a compreensão mais próximas da realidade – o que é que está a acontecer no seu negócio, e o que é necessário fazer para obter o reconhecimento positivo, constante, dos seus clientes, actuais e potenciais -, por parte de cada um dos seus empregados, a quem, em pouco tempo, se vai habituar a chamar ‘Colaboradores’. Ao contrário do que parece, trata-se de uma forma extraordinária de poupar tempo. Se tem empregados que estão sempre a interrompê-lo com questões como: ‘E o que é que eu faço, agora?’; ou, ‘Acha que está bem, assim?’, pode passar a perguntar-lhes se o assunto pode esperar pela próxima ReDE. Nove em cada dez vezes, o assunto pode esperar, e o seu próprio tempo útil, de que tanto precisa para dar novos horizontes ao seu negócio, ficará disponível. O que ainda é mais importante, é que um sistema como a ReDE é um excelente meio para ajudar cada um dos seus colaboradores a confrontar e ultrapassar obstáculos, em vez de os colocarem longe da vista, como sabemos que tantas vezes acontece. A ReDE vai ajudar cada um a estar sempre ao seu melhor nível, com pouco gasto de energia pessoal! Não tem que acreditar nisto só porque lho dizemos, e até faz sentido. Meça o seu actual sistema, primeiro: quantifique o número de problemas com, ou causados por, pessoas da sua organização, que lhe surgem num mês, numa semana, ou num dia. Depois, experimente a ReDE durante um mês. Meça de novo os resultados. Apostamos que vai ficar agradavelmente surpreendido com o que verificará! Se decidir implementar a ReDE na sua organização, ela vai tornar-se a espinha dorsal do seu sistema de gestão, e fará com que todos os outros sistemas funcionem de modo mais eficaz. A ReDE, implementada
  • 44. 44 eficazmente, vai ajudá-lo a criar um ambiente altamente motivador e produtivo na sua Empresa. Faltará pouco para, quando falar das pessoas que trabalham na sua Empresa, passar a proferir, apenas, os melhores elogios. Não hesite! CONSULTE-NOS! LUÍS COCHOFEL + DPE, Lda Travª de Monte Crasto, 10 – 8º - 4420-211 GONDOMAR +351 91 946 25 96 cochofel.rh@gmail.com Esta nota introdutória, está complementada por uma apresentação em PowerPoint (MS), que aqui reproduzo, também. DESENVOLVIMENTO DOS COLABORADORES LUÍS COCHOFEL + DESENVOLVIMENTO de PESSOAS e EMPRESAS, UNIPESSOAL, LDA SISTEMA ReDE GESTÃO DE EQUIPAS DE TRABALHO
  • 45. 45 DESENVOLVIMENTO DOS COLABORADORES DOTAR CADA PARTICIPANTE DE UMA FERRAMENTA DE APOIO À GESTÃO DA ACTIVIDADE CORRENTE DA SUA ÁREA DE RESPONSABILIDADE, NOMEADAMENTE, QUANTO À GESTÃO DE PENDENTES, AO AUXÍLIO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E CONFLITOS, E À DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES NA SUA ACTIVIDADE E, NA DA EQUIPA QUE GERE. SISTEMA ReDE OBJECTIVO A necessidade de desenvolver os níveis de envolvimento dos Colaboradores, é uma verdade que todas as Empresas aceitam. Sabemos que, para o conseguir, é necessário criar um ambiente propiciador da auto-motivação. Sabemos, também, que para nos auto-motivarmos precisamos de ter confiança na informação de que dispomos, conhecer, compreender e aceitar como exequíveis os objectivos que nos propõem, e sentir que não nos faltarão os meios de que necessitamos para atingir tais objectivos. A Gestão do Desenvolvimento dos Colaboradores, é a resposta das empresas às alterações culturais sentidas nas últimas duas décadas e está orientada para a criação de tal ambiente. O SISTEMA ReDE, que agora lhe apresentamos, é uma das ferramentas que consideramos fundamentais para as pessoas e empresas, dado que estamos certos que lhes permitirá atingir melhorias importantes ao nível do envolvimento na actividade do dia-a-dia da sua organização, e, porque um facto leva ao outro, uma franca melhoria nos resultados obtidos. SISTEMA ReDE PRESSUPOSTOS
  • 46. 46 OBJECTIVO METODOLOGIA Envolver os Responsáveis pelo  Envolvem-se, na 1ª sessão de treino: desenvolvimento da actividade das equipas de trabalho da empresa DIRECTORES, OU RESPONSÁVEIS DE ÁREA FUNCIONAIS num sistema de gestão do dia-a- DA EMPRESA dia, que se baseia: uma vez que se defende que será a eles que competirá dar vida ao Sistema, multiplicando esta sessão de treino, ao replicá-la junto 1. Na comunicação clara de das equipas das Áreas Funcionais de que são os responsáveis, e problemas; criando, dessa forma, uma verdadeira atmosfera de ReDE de 2. Na criação de um clima que comunicação e envolvimento. propicie a apresentação de sugestões para resolução daqueles;  Em fases posteriores, obtida a validação do sistema pela Direcção, 3. Na metodologia para a definição envolvida na 1ª Sessão: de prioridades por consenso; CHEFES DE SECTOR, DE SECÇÃO OU DE EQUIPA 4. No acompanhamento da actividade da empresa. 1 SISTEMA ReDE SESSÃO DE TREINO - QUEM PARTICIPA METODOLOGIA 1. Apresentação dos pressupostos do Sistema. 2. Introdução ao método que baseia a organização das Reuniões de Desenvolvimento da Equipa (ReDE). 3. Sessão de Treino: participação dos envolvidos na: a) Identificação de Problemas; b) Definição de Prioridades; c) Apresentação de Sugestões; d) Definição, consensual, de ‘O Dono do Processo’ para cada questão tida como prioritária. e) Preparação da acção. Método e exemplo de forma de comunicação. 4. Demonstração do princípio: ‘SABER, MAS NÃO TER FEITO, É, AINDA, NÃO SABER’. Duração: 2 horas 2 SISTEMA ReDE SESSÃO DE TREINO - AGENDA
  • 47. 47 INVESTIMENTO 1ª SESSÃO* 500,00 € EMPRESAS DE 3 A 10 COLABORADORES: 1.000,00 € EMPRESAS DE 11 A 35 COLABORADORES: 1.500,00 € EMPRESAS COM MAIS DE 36 COLABORADORES: * NA MAIORIA DOS CASOS TRATA-SE DA ÚNICA SESSÃO CONDUZIDA PELA LC+DPE SESSÕES COMPLEMENTARES 500,00 € EMPRESAS DE 11 A 35 COLABORADORES: 1.000,00 € EMPRESAS COM MAIS DE 36 COLABORADORES: APOIO À GESTÃO DO SISTEMA POR DESLOCAÇÃO AO CLIENTE (MÍNIMO DE 2 HORAS, A FACTURAR) 150,00 € POR CADA HORA COMPLEMENTAR 75,00 € NOTA: AOS VALORES APRESENTADOS SERÁ APLICADO O I.V.A. À TAXA DEFINIDA NA LEI (ACTUALMENTE = 20 %) 3 SISTEMA ReDE INVESTIMENTO  CORREIO  LUÍS COCHOFEL + DPE, Lda Travª Monte Crasto, 10 – 8º 4420-211 Gondomar  TELEFONE  +351 91 946 25 96  FAX  +351 22 464 55 14  EMAIL  cochofel.rh@gmail.com CONSULTE-NOS ! APOIAREMOS OS SEUS OBJECTIVOS