Este documento contém vários exercícios sobre deíticos, relações hierárquicas entre palavras e métrica. São abordados conceitos como deíticos pessoais, temporais e espaciais; merónimos e holónimos; e versos de diferentes quantidades de sílabas métricas.
3. A deixis pode ser
a) espacial e textual.
b) espacial, temporal, causal, pessoal.
c) espacial e terrena.
d) espacial, pessoal, temporal, textual.
4. Quando um enunciado tem marcas do
processo de enunciação, isso significa
que
a) não tem deíticos.
b) tem apenas elementos cujos
referentes são absolutamente
compreensíveis, mesmo sem apelo ao
contexto.
c) terá decerto algum deítico.
d) tem obrigatoriamente demonstrativos
ou possessivos.
5. O período em que há mais deíticos temporais é
a) Dá-me aí aquele deítico temporal.
b) No dia 3 de Novembro de 2007, às 23 horas
da manhã, durante o lanche, Camões será
eleito futebolista do ano.
c) Há uns minutos estava com acessos de
frases estúpidas, mas, presentemente, as
minhas frases gramaticais revelam-se na sua
habitual pertinência.
d) No espaço, as narinas incham cerca de três
metros na direção dos cangurus que haja por
perto.
6. Não há deíticos em
a) Ó Isaltina, não te exaltes com esta
minha observação.
b) Bocage espancava as anémonas
holandesas.
c) Bean trouxe-me uma recordação de
Cannes.
d) Se pusesse uma pala no meu olho
esquerdo, escreveria como Camões.
7. O período em que não há deíticos espaciais
é
a) A oeste da pequena cidade lituana de
Zpfgrt, as flores crescem viçosíssimas e
tristes.
b) Ontem, cheguei tarde.
c) Vê-me o refogado de chocolate e
almôndegas que está aí à tua esquerda.
d) Aqui estou eu, ali estás tu, acolá está uma
fotografia de um panda gigante.
8. A alínea que não contém deíticos
pessoais é
a) Orlanda estava cada vez mais
inteligente. Ela até já sabia deíticos.
b) Não me digas isso, Sancho.
c) Naquele tempo, Conhé, guarda-redes
da Cuf, era o meu ídolo.
d) Lembro-me que o Benje agarrava a
bola só com uma mão.
9. A relação que há entre «gato» e «rato» é
de
a) merónimo e holónimo.
b) co-hipónimos.
c) holónimo e merónimo.
d) hiperónimo e hipónimo.
11. Não há relação de «hipónimo /
hiperónimo» em
a) limonada / bebida
b) Filosofia / 10.º ano
c) Cinema Paraíso / filme
d) casa de banho / divisão de casa
12. Há um holónimo e o seu merónimo em
a)computador / disco rígido
b)tampa / caixa
c)Anselmo Ralph / cantor
d)país / Portugal
13. Há uma sequência de «hiperónimo,
hipónimo || merónimo, holónimo» em
a) piano, tecla || corda, harpa.
b) flor, rosa || bolso, casaco.
c) Lisboa, Jerónimos || braguilha, calças.
d) país, Portugal || deserto, areia.
14. O verso que não tem dez sílabas
métricas é
a) Esta pergunta é difícil, não é?
b) Estejam sempre atentos, por favor,
c) Ó meus sacaninhas tão faladores,
d) Que ficarão a saber bem a métrica.
20. Confere valor de pequenez o diminutivo
em
a) Fofinho, dá-me um beijão.
b) Pus três gotículas do perfume que
está no frasco bojudo.
c) Esta carninha é do melhor que já comi.
d) O meu pequerrucho tem crescido
tanto que tenho de comprar lhe roupa
nova.
21. O grau diminutivo pode ocorrer em
a)advérbios e nomes.
b)adjetivos e preposições.
c)nomes e preposições.
d)conjunções e pronomes.
22. O período que tem uma preposição é
a)Bebi a aguardente e a cerveja.
b)Totó riu com gosto.
c)Como a película é combustível, houve
fogo.
d)Vejo sempre a fita.
23. As palavras «chama» («Ela chama pelo
gato, miando»; étimo: lat. CLAMAT) e
«chama» («A chama de Talisca está a
apagar-se»; étimo: lat. FLAMMA-) são
a)parónimas.
b)convergentes e homónimas.
c)divergentes e homónimas.
d)homófonas.
24. Em «Tenho-te em boa conta, Nero» e «O
Barbas trouxe-lhe a conta da refeição»,
«conta» e «conta» são
a)evidências de polissemia.
b)palavras monossémicas.
c)palavras homónimas.
d)elementos do campo lexical de
‘Matemática’.
25. As palavras «estufar» e «estofar» são
[u] [u]
a) homónimas.
b) parónimas.
c) homógrafas.
d) homófonas.
26. A 1.ª pessoa do plural do Futuro do
Conjuntivo de «querer» é
a)quiséssemos.
b)quisermos.
c)querermos.
d)quiséramos.
27. No trecho «As narrativas têm ação,
personagens, espaço, tempo, narrador (e
este pode ser, quanto à participação na
ação, homodiegético — autodiegético, se
for o herói — ou heterodiegético).
Também há momentos descritivos»,
predomina o tipo textual
a)narrativo.
b)expositivo.
c)instrucional.
d)descritivo.
28. Considerada a pergunta «Como está?» — entre
pessoas que se cruzassem apressadamente
—, a resposta «Estou bem. Mas ontem estive
com uma ligeira dor no fígado. E tenho-me
ressentido da humidade, o que origina uma
impressão desagradável nos ossos da face.
Por outro lado, estou melhor das enxaquecas»
infringiria
a) a máxima de qualidade.
b) o princípio de cortesia.
c) a máxima de correção.
d) a máxima de paciência.
31. Os deíticos remetem para
a) o recetor da mensagem.
b) o espaço.
c) o próprio enunciado.
d) a enunciação.
32. A alínea que não tem deíticos é
a) Traz-me aí a cobra, aquela que está ao
pé das iguanas.
b) Encontrou o Armando. Este estava
furioso.
c) Ainda agora te vi ali atrás.
d) Comprei a caneta na mercearia. Esta
ficava acolá.
33. O período em que não há deíticos
espaciais é
a) Traz-me, Josué, o próximo adversário
político a enforcar.
b) Amanhã vou ser feliz na Lapónia, mas
agora estou aqui.
c) Aquele quadro ali é bué fofo.
d) Na Lapónia, os coelhos são
cozinhados em bonitas caçarolas às
riscas verdes.
34. O período que não contém deíticos pessoais é
a) Estou muito aborrecido por ainda não ter
havido frases com cocó de cão.
b) Setúbal é talvez a cidade portuguesa onde
eu preferia viver.
c) Eça de Queirós é um autor estudado no 11.º
ano e consta que era boa pessoa.
d) A minha felicidade é, neste momento,
enorme: acabei de encontrare um deítico.
35. A alínea em que não há palavras que
costumem ter função deítica é
a) ali, este, amanhã.
b) vir, já, agora.
c) deítico, Lisboa, dezembro.
d) isso, hortaliça, eu.
36. O período em que há menos deíticos
temporais é
a) Durante a Idade Média, a produção de
chocolates Mars foi escassa.
b) Vou agora para a arena.
c) Daqui a pouco seguimos para a venda
ambulante de gomas com sabor a
peixe espada.
d) Dir-me-ás se sempre vais ler as
Páginas Amarelas.
37. A relação que há entre «advérbio» e
«nome» é a de
a) hiperonímia.
b) merónimo e holónimo.
c) co-hipónimos.
d) holónimo e merónimo.
39. A alínea em que não há relação de
«hipónimo / hiperónimo» é
a) Vasco Graça Moura / português
b) Vasco Graça Moura / tradutor
c) Vasco Graça Moura / poeta
d) Vasco Graça Moura / poesia
40. Há um holónimo e o seu merónimo em
a) laranja / gomo
b) casca / laranja (merónimo / holónimo)
c) fruto / laranja (hiperónimo / hipónimo)
d) cor / laranja (hiperónimo / hipónimo)
41. A alínea em que há a sequência «merónimo,
holónimo | hipónimo, hiperónimo» é
a) CRE, ESJGF | ESJGF, estabelecimento de
ensino
b) Madrid, Espanha | Espanha, Europa
merónimo, holónimo | merónimo, holónimo
c) estômago, corpo humano | cantor, Toni Carreira
merónimo, holónimo | hiperónimo, hipónimo
d) cesto, apetrecho de básquete | rede, cesto
hipónimo, hiperónimo | merónimo, holónimo
42. O verso que não tem dez sílabas
métricas é
a) Esta pergunta é difícil, não é?
b) Estejam mais atentos doravante,
c) Meus sacaninhas tão faladores,
d) Que ficarão a saber bem a métrica.
46. O verso que tem seis sílabas métricas é
1 2 3 4
a) Seus energúmenos...
b) Comi as caracoletas.
1 2 3 4 5 6 7
c) Evaristo, tens cá disto?
1 2 3 4 5 6 7
d) Go / lo / de / Por / tu / gal!
1 2 3 4 5 6
47. Confere valor de pequenez o diminutivo
em
a) Queriducha, você está cada vez mais
linda!
b) Comprei uma ilhota ainda grande ao
largo da Grécia.
c) Vamos abrir um vinhinho mesmo bom.
d) O 10.º 13.ª é uma turminha difícil.
48. O grau diminutivo pode ocorrer em
a) adjetivos, nomes, advérbios.
b) preposições e adjetivos.
c) nomes e adjetivos.
d) nomes e pronomes.
49. O período que tem uma preposição é
a) Comi a laranja e a maçã.
b) Scordia ficou sem braço.
c) Como tu sabes, vou-me embora.
d) Diziam sempre a verdade.
50. As palavras «rio» («O rio Tejo desagua
no Porto»; étimo: lat. rivum) e «rio»
(«Rio com todos os dentes, exceto com
os cariados»; étimo: lat. rideo) são
a) parónimas.
b) convergentes e homónimas.
c) divergentes e homónimas.
d) homófonas.
51. Em «Dona Noémia, não me arranja um
rato?» e «Vi um rato enorme no
parapeito das janela da sala D9»,
«rato» e «rato» são
a) evidências de polissemia.
b) palavras monossémicas.
c) palavras homónimas.
d) elementos do campo lexical de
«queijo».
52. As palavras do meio em «Vou à praia» e
«Hoje há peixe» são exemplos de
a) homografia.
b) homonímia.
c) polissemia.
d) homofonia.
53. A 1.ª pessoa do plural do Pretérito
Imperfeito do Conjuntivo de «ficar» é
a) ficássemos.
b) ficáramos. (Pret. Mais-que-perfeito)
c) ficava-mos. (Pretérito Asneirento)
d) ficávamos. (Pret. Imperf. do Indicativo)
54. No trecho «Responde a esta pergunta,
circundando a alínea que seja a mais a
correta. Para isso, deves fazer um
círculo em torno da letra respectiva, de
modo claro», predomina o tipo textual
a) expositivo.
b) explicativo.
c) instrucional.
d) preditivo.
55. Se um aluno não tiver trazido livro a
Português e se justificar com «Julgava
que não se usava livro nesta
disciplina», estará a
a) infringir a máxima de quantidade.
b) infringir a máxima de modo.
c) infringir a máxima de qualidade.
d) infringir a máxima de relevância.
56.
57. TPC — Vou pôr no blogue — entre
final das aulas e começo das férias —
indicação de como proceder em termos
de leituras de livros mais ou menos
combinadas (o chamado «contrato de
leitura»).
58. TPC — Vou pôr no blogue — entre
final das aulas e começo das férias —
indicação de como proceder em termos
de leituras de livros mais ou menos
combinadas (o chamado «contrato de
leitura»).
(Quem quiser, pode tentar fazer em férias
trabalhos que não tenha conseguido entregar
durante o período. Isso será tido em conta no
futuro.)
59. Não entrego ainda redação com
carta(s) de Scordia a Renato.
e
adaptação de carta à atualidade
60. viram os meus comentários aos
trabalhos de gravação?
61.
62. Avaliação
• Não há «pontos» («testes sumativos»)
• Serão avaliados por tudo o que se for
fazendo (em aula e em casa)
63. Escrita
• «redações» (de extensão e géneros variados)
• respostas a perguntas abertas, 'à exame'
64. Leitura
• questionários de compreensão
fechados
• em geral, as fichas que vão sendo feitas
em aula (mesmo que não as leve)
• leituras combinadas de
65. Compreensão oral & Expressão oral
• questionários de compreensão (de
gravações áudio ou vídeo)
• leitura em voz alta, recitação,
dramatização, exposição (em geral,
preparadas em casa)
• trabalhos que impliquem gravação da
fala (microfilmes, gravações áudio)
73. O que lhes vier a dizer como provável
classificação do período está sempre
sujeito a alterações.
Legalmente, é o conselho que atribui
as notas. Mas não é só isso. É que gosto
de, à medida que vou classificando todos
os alunos que tenho, poder ir verificando
se também estou a ser justo em termos
relativos.
74. Ainda me podem enviar o que queiram
enviar em termos de gravação, mas nada
posso prometer em termos de avaliação.
75.
76.
77. No primeiro nível narrativo, o adulto
a quem, em criança, chamavam Totó
sabe que Alfredo morreu e, enquanto
decide ir ao funeral, começa a recordar o
amigo. Talvez a meio do que vamos ver
hoje, teremos o fecho dessa longa
analepse (uma narrativa encaixada que
abrangeu toda a infância, adolescência e
juventude de Salvatore, até à saída de
Giancaldo).
78. O truque fílmico da justaposição de
um comboio a sair de Giancaldo e um
avião a chegar ao aeroporto na Sicília
funciona como uma elipse, cortando uns
vinte e cinco anos da vida do
protagonista, e delimita o ponto em que
retomámos a ação «contemporânea» da
narração (ou seja, quando regressámos
ao primeiro nível narrativo).
79. Salvatore viveu em Roma durante
décadas, que são elididas no filme, passa
os limites da Península Itálica (Giancaldo
é na Sicília) mas é ao regressar a Roma
que redescobrirá os filmes que eram a sua
companhia.
Salvatore depara-se com o antigo
patrão, mais velho, e vemos o louco da
praça, também já diferente mas com as
mesmas manias.
80. A infância de Totó morreu com o
enterro de Alfredo e a destruição do
cinema, mas Salvatore resgatou parte
desse passado, os fotogramas dos
filmes cortados / beijos.
Salvatore vê agora as imagens que
antes tinham sido cortadas e que,
quando muito, vira às escondidas nas
sessões de visionamento para censura
pelo padre.
81. A linha de ação da paixão pelo
cinema e a da memória da infância
ficaram concluídas, mas haverá alguma
indefinição ainda no que se refere à
paixão Salvatore-Elena.