Este documento discute a ilha do Canto IX na obra de Camões e como ela representa a recompensa merecida para heróis. Também analisa como a obra de Pessoa, Mensagem, aborda figuras históricas portuguesas de uma perspetiva messiânica, enfatizando a força interior dos heróis ao invés de feitos concretos. Além disso, discute como a ideia de predestinação dos heróis e da nação é central para a visão de Pessoa de um ressurgimento espiritual de Portugal.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 142
1.
2. 1.1 Segundo Camões, a ilha do Canto IX
constitui a recompensa em vida dos feitos
grandiosos levados a cabo por heróis
merecedores e que, «longe das terras
habitadas pelos homens», recebem o
prémio que lhes é devido.
3. 1.2 Na última fala, o poeta faz a apologia
do conhecimento sensorial; através dele,
o homem toma contacto com as
realidades que o circundam e aprofunda o
seu saber. Deste modo, conforme
preconizado pelo Humanismo, torna-se o
centro da sua própria formação. A
convivência com a realidade permite-lhe,
ainda assim, aceitar a existência de Deus
enquanto criador, de acordo com a
mentalidade cristã da época.
4.
5. Segunda parte / Mar Português
• O Infante
• Horizonte
• Padrão
• O Mostrengo
• Epitáfio de Bartolomeu Dias
• Os Colombos
• Ocidente
• Fernão de Magalhães
• Ascensão de Vasco da Gama
• Mar Português
• A Última Nau
• Prece
6.
7.
8. Com efeito, ao lermos Mensagem, só
uma primeira impressão desatenta nos pode
fazer pensar que as figuras e os
acontecimentos a que cada poema alude
visam constituir uma galeria de heróis ou
uma revisão de momentos emblemáticos da
história de Portugal, para efeitos de
homenagem ou de síntese. Se é verdade que
este texto épico lírico parte de um núcleo‑
histórico, é preciso também ter em conta que
o aborda segundo uma perspetiva
messiânica. Os feitos concretos perdem
dimensão face à força interior dos heróis.
9. No único livro em português que
Pessoa publicou em vida, a ideia de
predestinação dos heróis e da nação é
determinante para se aceitar um novo
ressurgimento espiritual do país e a
fundação do Quinto Império.