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Terapia Ocupacional:
reflexões em saúde mental
OccupationalTherapy: reflectionsas regards
mental health
Flavia Ishikawa RESUMO
Duarte1 O artigo trata da construção de uma narrativa a partir das experiên-
Solange Aparecida cias de campo possibilitada pelo trabalho interdisciplinar que envol-
Tedesco2 veu as disciplinas de TerapiaOcupacional em Saúde Mental, Terapia
Ocupacional em Reabilitação Psicossocial e Psicologia Social e do
Trabalho. A autora trabalha a partir dos disparadores institucionais
para construir um caminho reflexivo.
"v
UNITERMOS
Terapia Ocupacional; Saúde Mental
ABSTRACT
This paper approaches the elaboration of a narrative on the basis of
1 6 field experiences allowed for by interdisciplinary work that got together
Alunado osemestredo CursodeTerapiaOcupactonal Occupatlonal Therapy 10 Mental Health, Occupatlonal Therapy 10
do CentroUniversItário Psychosocial Rehabilitation and Social and Work psychology. The
SãoCamilo. author works on the basis of the institutional catalysers in arder to
'Professora...Orientadora. create a reflexive palio
TerapeutaOcupaciÕnal.Docente
do CentroUniversitárioSão
Camilo.MestreemSaúdeMental KEYWORDS
pelaUNIFESP Occupational Therapy; Mental Health
)
.'"(Ii 0
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CADERNOS. Centro Universitário S. Camilo,SãoPaulo,v. 8. n. 3,p. 27-31,jul./set. 2002 27
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" ! _c':i !.' !"1~.'I"~~t,!,
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INTRODUÇÃO e uma zona intermediária chamada de 'ideoló-
gico-teórica', que capta as correntes de pensa-
Na busca de um saber que possibilite a mento, as teorias e as ideologias externas ã ins-
obtenção do novo e do criativo, vivemos, como tituição e as transforma em projetos próprios,
alunos, inquietações, muitas das quais provo- Essaleitura nospermite compreender que, para
cadaspelas disciplinas e pelos professores. Algu- o funcionamento institucional, há uma combi-
mas das inquietações abrem espaços para o pen- nação entre o exterior social e um organizador
sar, para o refletir, para a originalidade. psíquico, Podemoslocalizar aqui o procedimento
Dividindo este espaço para compor uma institucional como a forma com a qual uma
id~ia, ainda muito próxima da experiência, te- equipe articula a tarefa e o desejoem lidar com
mos como propósito validar a inquietação, o a tarefa" (Fustier apud Tedesco, 1997).
olhar do aprendiz como elemento importante '~ crise da psiquiatria asilar tem sido alvo
do processo de formação. de denúncias desencadeadas pela constatarão
Desta forma, este artigo originou-se de um da sua não-eficácia, expressano enorme núme-
trabalho interdisciplinar proposto pelas docen- ro de pacientes crônicos gerados ao longo de
tes de Terapia Ocupacional em Saúde Mental, sua existência; (.,.), No sentido de superação
Terapia Ocupacional em Reabilitação Psicossocial do modelo, muitas experiências inovadoras têm
e Psicologia Social e do Trabalho em junho de surgido, visando a efetivar um conjunto de prá-
2001 no curso de Terapia Ocupacional do Cen- ticas quepudessemgradativamente: de um lado,
tro Universitário São Camilo. Foi escrito a partir evitar novas internações e modificar a via de
das experiências vividas e reflexões relaciona- mão única em que se construíram as interna-
das a visitas a três instituições, participação no çõeSjde outro, acenar com possibilidades ca-
Fórum Saúde ~ental 20011(discussões, filme pazes de romper com a hegemonia das inter-
"Bicho de sete cabeças" e debate pós-filme), lei- nações e, por fim, propor alternativas e gerar
turas e aprendizados adquiridos ao longo das práticas de desinstitucionalização e ressocia-
disciplinas. lização para os milhares de crônicos que habi-
tam oshospitais psiquiátricos brasileiros" (Lanc-
AS INSTITUiÇÕES man, 1999).
E SUAS CARACTERiSTlCAS M . 1, da 1.'A .
ulto a em lteratura, asexpenenclas nas
visitas e no contato com a população provocam
~s que~toes mstitucl0nais nos remete a dlS- questões no aluno.
cussoes maiS complexas que o aparente. Por motivos éticos não citaremos os nomes
'Podemos considerar a instituição como d~s insti~ições visitadas. Portanto, as inStitui-
uma estrutura de trêspatamares: a superestru- çoes serao :e?r~se?r:das por .letras. ,
tura, que permite observar o funcionamento co- .Ins~~ulçao X: .Atendlmento em S~ude
tidiano e que se organiza em dois níveis dife- Mental. Utiliza o. manejo de cas?, ~nde ha um
rentes, a infra-estrutura, que é imaginária, com- membro da e~ulpe como referencla; acompa-
posta pelos organizadores psíquicos que resul- nhando o pa~lente em todas as ~asesdo trata-
tam da relação do afeto com a tarefa proposta mento, ou .seJa,o mesmo ~rofissl0_nalacompa-
nha o paciente tanto na mternaçao como no
ambulatório.
1. O Fórum SaúdeMental 2001ocorreunos dias 6 e .Instituição "Y": é um Centro de Atenção
7 de abril de 2001,organizado pela Secretariade Estado Psicossocial e também oferece suporte ao paci-
da Saúdede SãoPaulo, Secretariaode Higiene e Saúdedo " .
MunicípiodeSãoPaulo,CentroColaboradordaOMSpara ente em todos os ruvels da doença, conforme o
PesquisaeTreinamentodeEnfermagememSaúdeMental, seu momento. Existe um caráter de ter o proces-
e FórumPaulistado MovimentoAntiManicomial.. so e poder expor os trabalhos.
28 CADERNOS. Centro Universitário s. Camilo,SãoPaulo,v. 8, n. 3,p. 27-31.jul./set. 2002
.Instituição "Z": Enfermaria psiquiátrica "(, ,) para potencializar a clínica e evitar
jentro de Hospital Geral, apenas para internação a cronificação, não basta estarmos fora do
je pacientes em surto, Assim, o tempo que o hospício; também não basta abrirmos suaspor-
paciente permanece no hospital é relativamente tas para que o preconceito diminua e o conví-
baixo, durante o qual podem ser trabalhadas si- vio com a loucura possa ser possível,
tuações de emergência individual e familiar, fa- A substituição do hospital tradicional pode
cilitando o tratamento ambulatorial posterior, sedar por razões humanitárias, epidemiológicas
ou econômicas, mas é necessário verificarmos a
Percorrendo alguns eficácia clínica dessa substituição, Excelentes
caminhos institucionais intenções podem se tornar inócuas pela rigidez
das instituições epelo caráter alienante dospro-
Nas três instituições visitadas, um importante cedimentos por elas propostos" (Diatkine apud
aspecto observado foi a questão relacionada às Stasevskas,Maximino, 1999).
estruturas/ambientes físicos. Notamos semelhan-
ças entre a instituição "X" e a instituição "Y", e Pré-concelto?
muitas diferenças destas em relação à instituição
"Z". " ." -" " Ainda sobre as visitas, algo interessante
.N.o ano de 1998,0 predlo da mstltulçao X ocorreu quando fomos à instituição "Y": não
foI re-maugurado ap~s ter passado por um pro- sabíamos quem era usuário, quem era acompa-
cesso ~e reest~turaçao, no qual houve a ~reo- nhante/familiar ou quem era funcionário, pois
cup~çao em ~ao colocar grades, mas os vldr~s os pacientes não estavam com roupas diferenci-
das Janelas nao abre~ totalmente; as,portas fl- adas ou pijamas (como na instituição "Z"). Isso
cam fechadas, mas n~o trancad~s, e ha s~gu~a~- ajudou a quebrar meu pré-conceito em relação
ç~s ~a~,porta~ que_dao,acesso a rua: Na mstltul- a esta população.
çao Y tambem nao ha grades nas Janelas,nem Lembramo-nos após este fato de uma das
portas trancadas. d.- I. da, I b'
fiU
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lscussoes
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Não ter grades represen~a,determinada li- outra história americana", no qual o protago-
nha de pensamento o que e lffiportante mas ., .
b'
d .. I'" ' rusta, apos convIver com um dos personagens
tam em se eve Ir a em avenguando a propos- ,, alvo de seu preconceIto, reconheceu que pos-
ta de atendimento, a postura dos profissionaJs, e , P , " ' d d t ".SUla um re-concet,o equIvoca o, es a 10rma
verificando se o enfo~ue não é apenas na doen- tata d ,A 'A d '
." , cons n o que a expertencta po e proporclo-
ça, Se o mdlvlduo estiver incluldo somente den-
lhda ..,- -, d .-nar um novo o ar.
tro lnstitulçao nao passara e uma mternaçao ,, Passamosa questIonar sobre qual era a real
sem muros. " nh d ..., .
J' ., ,- "Z" - d lffiagem que tI amos os pacIentes pslqulatn-
a na mstltulçao as portas sao tranca as ..,
..,.' cos antes das VISItaS e tentamos assocIar com
e a terapeuta ocupaclonal entrevIstada Justificou I d d', 'd b'
d. d -" . d h a guns os pontos lSCUtl os tam em urante
que neste tIpO e e1Uermana eve aver um ,
b ' . d íf " as aulas. Um deles aflfmava que os valores so-
am lente protegI o por ser espec lCO para mter--
P , ta t . ti, ,- "X" "Y" clals estao sempre lmersos em um contexto,
naçao. orem, n o a ms tulçao como a
ta b' b ' t ,tu -neste caso, contexto de desconhecimento.
m em rece em paclen es graves e em SI açao
d . t - Ai d I -, rta Uma das terapeutas ocupacionais da insti-
e m ernaçao. n a em re açao as po s, a
Terapia Orupacional explicou que o hospital não tuição "X" relatou que uma das grandes dificul-
tem pessoal suficiente, Sobre asgrades, há pou- da~es encontra?a por ela está na ~ociedade.
cas verbas para o hospital e assuntos como este MUltaSpessoa~te~ c~rto me?o de pacIentes com
acabam não sendo prioridade. Esta foi a primei- prob~emas pslqulat~cos, seja pela falta de co-
ra enfermaria psiquiátrica em hospital geral, o nheclmento a respeIto das ?oenças, ou do q~e
que foi considerado na época uma boa alterna- elas podem c,ausar,e tambem do qu~ ela~ nao
tiva de atendimento, mas pelo menos neste local causa~, ter~ando po~ ge:ar u~ ,sltuaçao ~e
os pacientes continuam excluídos, pois a enfer- ~xc~usa.o socIal, postenor a propna exclusao
maria fica em um canto isolado, com portas de mstltuclonal.
vidros escuros trancadas; e não há ambulatório
para a continuidade do atendimento dentro do A~ão coletiva
hospital, só depois que saem da enfermaria são
encaminhados para outros ambulatórios. No Fórum Saúde Mental 2001 foi bastante
Reforçando essas reflexões: enfatizada a importância de também envolver nas
CADERNOS.CentroUniversitárioS.Camilo,São~ulo,v,8,n.3,p.27-31,jul,/set.2002 29
discussões as empresas, escolas, e até mesmo afirmou que os pais/família muitas vezes tomam m
profissionais de outras áreas, pois a questão da decisões equivocadas em relação ao paciente, n:
Sàúde Mental é bem ampla, Seo fizermos, pode- por não terem conhecimento sobre qual a me- 01
mos "intervir" antes que os problemas ocorram, lhor forma de agir (desespero/falta de estrutura o
Uma transformação social só ocorre quan- + desinformação) , 01
do as pessoas acreditam que pode haver mu- te
dança. Parece simples, mas não é! A inclusão Alta m
social é construída no dia-a-dia, bc
Outra questão que também chamou nossa el
Contexto do paciente atenção nas três instituições visitadas foi a alta di
e inter,,:,en~ão de Terapia dos pacientes, Nas instituições "X" e "Y" ocorre, C(
Ocupaclonal na grançie maioria dos casos,uma alta da inten-
sidade de atendimentos, mas não da institui- ru
A inclusão social também não é exclusiva- ção, Nestes casos há uma "manutenção" em '
, -;. C1
mente ter cond1çoes,mas fazer uso do seufiazer atendimento ambulatorial. Já na institui ção "2" .
rn
cotidiano, há altas mas devido ao fato de atender somen- d' c
Sendo a Terapia Ocupacional uma profis- te pacientes em situação de enfermaria; então,
são que visa à inclusão social, a intervenção deve quando melhoram, vão para ambulatórios de lil
começar a partir do contexto do paciente, Iden- outros hospitais, Com isso, permanece a dúvi- ~
tificar os sintomas por meio do fazer, ajudar a da: caráter protetor x que estrutura se tem na ~(
minimizar as dificuldades ou a encontrar outras sociedade para a alta?Haverá emprego e outras
formas de suprir as necessidades -intervenção condições para os indivíduos com passagens
para a manifestação da saúde, por instituições? R
O diagnóstico médico é importante, mas o
mais importante é como o paciente lida com o CONSIDERAÇÕES FINAIS l..
seucotidiano. As terapeutasocupacionais dos três C(
lu_garesvisitados tan:bém relatara~,e~ta p,os~ur:, Escrever este trabalho foi muito importante te
nao se pre?dend~ ~o ao nome do d1agnostico, para nosso aprendizado comdâluna, pois refle- P:
mas tambem verif1cando como ,era o. ,fazer da tir sobre estasquestões permitiu"llos maior com- B
pessoa antes da doença, como e a rotma dele, preensão das relações humanas e de como estas
para detectar o qlte é normal nessapessoa ~ o podem influenciar o indivíduo e a sociedade,
que não é, diferenciar o que foi adquirido depois
da quebra de um projeto de vida e o que é do "O processo de reabilitação seria, então,
paciente mesmo, ou seja, de sua personalidade, um processo de reconstrução, um exercício ple-
no da cidadania, e, também, de plena contra-
Aten~ão à família tualidade nos três grandes cenários: habitat,
rede social e trabalho com valor social, Pense
É muito importante também o trabalho de nisso na hora de atender seusp~~ien!es que
orientação à família, Segundo o relato de Vera fazem parte do programa de reabtlttaçao, Por-
de Vita2no Fórum Saúde Mental 2001 "cada que um esquizofrênico teria de, além da desgra-
membro da família pode ter expectati~as dife- ça de ser esquizofr~nico, te~ a des?r~ça de s:r
. A ' d d d )11 - f,- P .ator; tocador de plano, arttsta plasttco, ,, Nao
ren.es, nste a e e eyressao esao resen.es A
f, .. fi 'I ' , - d necessitamos de esquizofrenicos pintores, ne-
cons an.emen.e nos amt lares e tSSOnao eve-, ,A" --
, I " d P I ,Fi' , " cessttamosde esqutzofrentcos ctdadaos, nao ne-
na ser neg tgencta o e os proj tSstonatS,POtSm-, , , ,
fi ' d h ' d ", cessttamos que façam cmzetros, necessttamos
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G ld P . b d L A ' que exerçam a ctdadanta, O que nao quer dtzer
era o elXoto, mem ro a uta ntlma- -
.. 1 d ' d b I' d ' , que uma etapa para a reconstruçao da contra-
rucom1a, 1sse,no e ate rea 1za o apos a eX1- , -,
b.- d f' l "B ' h d S C b " tualtdade passe por teatro, por artes plasttcas,
lçao o 1me tC o e ete a eças no , , -,, . d filh ' por fazer cmzetros, passepor; nao termme em,
mesmo Forum, ter mtema o seu o em um () 71 . h - 2"" .-fi dA '" em gen.e que a j anos es.a azen o
manicomio, por uso de drogas, como o pai de " fi d 'd ( ) O P bl -
.3 ' " cmzetros, azen o comt a, '" ro ema e
Carrano (autor do lIvro que msplfou o f11me), e que a reabilitação não está finalizada, não
está como transição para a plena cidadania,
2. Representantedo ConselhoNacionaldeSaúde. (. ,.) As variáveis que determinam os resultados
3.CARRANO~AustregésiloBueno,Cantodosmalditos, são as que sedistribuem em dois grandes extre-
30 CADERNOS'CentroUniversitárioS;Camilo,SãoPaulo.v,8,n.3,p. 27-31,jul./set,2002 c.
mos: um miGroe um maGro.O miGroestáno SARACENO,B. ReabilitaçãoPsicossocial:uma
nível da afetividade,da continuidade, (...) Por estratégiaparaa passagemdo milênio.In: SARA-
outro lado há o maGro,isto é,a maneira como CENa, B. Reabilitação Psicossocial no Bra-
o serviço está organizado, se está aberto 24h sil. [s. 1.;s. n.; 199-].
ou 12h, se est~aberto à com_u~idade,s~ ele FUSTIER,P.A Infra-estruturaimagináriadas ins-
te~ .a aprovaçao de seus usuanos,se satzsfaz tituições.A respeitoda infânciadesajustada.In:
mmtmamente as pessoasque atende e, tam- A Instituição e asInstituições. SãoPaulo:Casa
bém, aosprofissionais que nele se inserem,se do Psicólogo,1991.
ele seutiliza de recursosvindos da comunida-
de, ou somente recursos institucionais" (Sara- TEDESCO,S. Terapia Ocupacional: produzindo
ceno, 1996). uma clínica de atenção às dependências. Revis-
ta do C.E.T.O.,SãoPaulo,n. 2, 1997.
Confirma-se,com as reflexões abordadas VIEIRAM. C. T.' VICENTINM. C. G.' FERNAN-
n.esteartigo,a importâ.nciado ~iagn~stico.situa- DES,M. I. A. (àrgs.) Tece~do a rede: trajetó-
clonal,que contextuahzaadesmserçaosocialdo riasda saúdementalemSãoPaulo.Taubaté SP:
indivíduo(que pode até sermaisincluídodepois Cabral,1999. '
de umaquebrade projetode vida do que antes).
A clínica em Terapia Ocupacionalpossibi- STASEVSKAS,Y.; MAXIMINO, V. A rede e o
lita aumentaro leque de perguntas,não de res- sentido,In: VIEIRA,M. C. T.; VICENTIN,M. C.
postas onde se trabalha a ampliaçãodo fazer G.; FERNANDES,M. I. A. (Orgs.) Tecendo a
cotidi;no. rede: trajetórias da saúde mental em São
Paulo. [s. 1.1:[s. n.1,1999,p. 155.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FILMES
LANCMAN,S.Loucura e espaço urbano: Fran-
co da Rochae o asylodeJuqueri.Belo Horizon- KAYE, Tony. A outra história americana.
te/Rio de Janeiro:Te Corá, 1999. [s. 1.1,1998.(Vídeo).
PITTA,A. (Org.)Reabilitação psicossocial no BODANZKY,Laís.Bicho de sete cabeças.Bra-
Brasil. SãoPaulo: Hucitec, 1996. sil, 2000.(Vídeo).
,
CADERNOS' Centro Universitário S. Camilo, SãoPaulo,v. 8, n. 3, p. 27-31,jul./set. 2002 31

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Terapia ocupacional, reflexoes em saude mental

  • 1. f-!~!P.!!..!!!2!~!,!!!~-- ;", , , Terapia Ocupacional: reflexões em saúde mental OccupationalTherapy: reflectionsas regards mental health Flavia Ishikawa RESUMO Duarte1 O artigo trata da construção de uma narrativa a partir das experiên- Solange Aparecida cias de campo possibilitada pelo trabalho interdisciplinar que envol- Tedesco2 veu as disciplinas de TerapiaOcupacional em Saúde Mental, Terapia Ocupacional em Reabilitação Psicossocial e Psicologia Social e do Trabalho. A autora trabalha a partir dos disparadores institucionais para construir um caminho reflexivo. "v UNITERMOS Terapia Ocupacional; Saúde Mental ABSTRACT This paper approaches the elaboration of a narrative on the basis of 1 6 field experiences allowed for by interdisciplinary work that got together Alunado osemestredo CursodeTerapiaOcupactonal Occupatlonal Therapy 10 Mental Health, Occupatlonal Therapy 10 do CentroUniversItário Psychosocial Rehabilitation and Social and Work psychology. The SãoCamilo. author works on the basis of the institutional catalysers in arder to 'Professora...Orientadora. create a reflexive palio TerapeutaOcupaciÕnal.Docente do CentroUniversitárioSão Camilo.MestreemSaúdeMental KEYWORDS pelaUNIFESP Occupational Therapy; Mental Health ) .'"(Ii 0 ," CADERNOS. Centro Universitário S. Camilo,SãoPaulo,v. 8. n. 3,p. 27-31,jul./set. 2002 27 -
  • 2. """'CYC""~~-~!~~'!~-Dí I'VJ',I /I ;)101;/ ,A apUcab~fY r;, f')!1'rl1iU ()j' 1:), t...'~tanleJ1W~' .',,'i~,~...'"t,.-; " ! _c':i !.' !"1~.'I"~~t,!, ),.. .J" INTRODUÇÃO e uma zona intermediária chamada de 'ideoló- gico-teórica', que capta as correntes de pensa- Na busca de um saber que possibilite a mento, as teorias e as ideologias externas ã ins- obtenção do novo e do criativo, vivemos, como tituição e as transforma em projetos próprios, alunos, inquietações, muitas das quais provo- Essaleitura nospermite compreender que, para cadaspelas disciplinas e pelos professores. Algu- o funcionamento institucional, há uma combi- mas das inquietações abrem espaços para o pen- nação entre o exterior social e um organizador sar, para o refletir, para a originalidade. psíquico, Podemoslocalizar aqui o procedimento Dividindo este espaço para compor uma institucional como a forma com a qual uma id~ia, ainda muito próxima da experiência, te- equipe articula a tarefa e o desejoem lidar com mos como propósito validar a inquietação, o a tarefa" (Fustier apud Tedesco, 1997). olhar do aprendiz como elemento importante '~ crise da psiquiatria asilar tem sido alvo do processo de formação. de denúncias desencadeadas pela constatarão Desta forma, este artigo originou-se de um da sua não-eficácia, expressano enorme núme- trabalho interdisciplinar proposto pelas docen- ro de pacientes crônicos gerados ao longo de tes de Terapia Ocupacional em Saúde Mental, sua existência; (.,.), No sentido de superação Terapia Ocupacional em Reabilitação Psicossocial do modelo, muitas experiências inovadoras têm e Psicologia Social e do Trabalho em junho de surgido, visando a efetivar um conjunto de prá- 2001 no curso de Terapia Ocupacional do Cen- ticas quepudessemgradativamente: de um lado, tro Universitário São Camilo. Foi escrito a partir evitar novas internações e modificar a via de das experiências vividas e reflexões relaciona- mão única em que se construíram as interna- das a visitas a três instituições, participação no çõeSjde outro, acenar com possibilidades ca- Fórum Saúde ~ental 20011(discussões, filme pazes de romper com a hegemonia das inter- "Bicho de sete cabeças" e debate pós-filme), lei- nações e, por fim, propor alternativas e gerar turas e aprendizados adquiridos ao longo das práticas de desinstitucionalização e ressocia- disciplinas. lização para os milhares de crônicos que habi- tam oshospitais psiquiátricos brasileiros" (Lanc- AS INSTITUiÇÕES man, 1999). E SUAS CARACTERiSTlCAS M . 1, da 1.'A . ulto a em lteratura, asexpenenclas nas visitas e no contato com a população provocam ~s que~toes mstitucl0nais nos remete a dlS- questões no aluno. cussoes maiS complexas que o aparente. Por motivos éticos não citaremos os nomes 'Podemos considerar a instituição como d~s insti~ições visitadas. Portanto, as inStitui- uma estrutura de trêspatamares: a superestru- çoes serao :e?r~se?r:das por .letras. , tura, que permite observar o funcionamento co- .Ins~~ulçao X: .Atendlmento em S~ude tidiano e que se organiza em dois níveis dife- Mental. Utiliza o. manejo de cas?, ~nde ha um rentes, a infra-estrutura, que é imaginária, com- membro da e~ulpe como referencla; acompa- posta pelos organizadores psíquicos que resul- nhando o pa~lente em todas as ~asesdo trata- tam da relação do afeto com a tarefa proposta mento, ou .seJa,o mesmo ~rofissl0_nalacompa- nha o paciente tanto na mternaçao como no ambulatório. 1. O Fórum SaúdeMental 2001ocorreunos dias 6 e .Instituição "Y": é um Centro de Atenção 7 de abril de 2001,organizado pela Secretariade Estado Psicossocial e também oferece suporte ao paci- da Saúdede SãoPaulo, Secretariaode Higiene e Saúdedo " . MunicípiodeSãoPaulo,CentroColaboradordaOMSpara ente em todos os ruvels da doença, conforme o PesquisaeTreinamentodeEnfermagememSaúdeMental, seu momento. Existe um caráter de ter o proces- e FórumPaulistado MovimentoAntiManicomial.. so e poder expor os trabalhos. 28 CADERNOS. Centro Universitário s. Camilo,SãoPaulo,v. 8, n. 3,p. 27-31.jul./set. 2002
  • 3. .Instituição "Z": Enfermaria psiquiátrica "(, ,) para potencializar a clínica e evitar jentro de Hospital Geral, apenas para internação a cronificação, não basta estarmos fora do je pacientes em surto, Assim, o tempo que o hospício; também não basta abrirmos suaspor- paciente permanece no hospital é relativamente tas para que o preconceito diminua e o conví- baixo, durante o qual podem ser trabalhadas si- vio com a loucura possa ser possível, tuações de emergência individual e familiar, fa- A substituição do hospital tradicional pode cilitando o tratamento ambulatorial posterior, sedar por razões humanitárias, epidemiológicas ou econômicas, mas é necessário verificarmos a Percorrendo alguns eficácia clínica dessa substituição, Excelentes caminhos institucionais intenções podem se tornar inócuas pela rigidez das instituições epelo caráter alienante dospro- Nas três instituições visitadas, um importante cedimentos por elas propostos" (Diatkine apud aspecto observado foi a questão relacionada às Stasevskas,Maximino, 1999). estruturas/ambientes físicos. Notamos semelhan- ças entre a instituição "X" e a instituição "Y", e Pré-concelto? muitas diferenças destas em relação à instituição "Z". " ." -" " Ainda sobre as visitas, algo interessante .N.o ano de 1998,0 predlo da mstltulçao X ocorreu quando fomos à instituição "Y": não foI re-maugurado ap~s ter passado por um pro- sabíamos quem era usuário, quem era acompa- cesso ~e reest~turaçao, no qual houve a ~reo- nhante/familiar ou quem era funcionário, pois cup~çao em ~ao colocar grades, mas os vldr~s os pacientes não estavam com roupas diferenci- das Janelas nao abre~ totalmente; as,portas fl- adas ou pijamas (como na instituição "Z"). Isso cam fechadas, mas n~o trancad~s, e ha s~gu~a~- ajudou a quebrar meu pré-conceito em relação ç~s ~a~,porta~ que_dao,acesso a rua: Na mstltul- a esta população. çao Y tambem nao ha grades nas Janelas,nem Lembramo-nos após este fato de uma das portas trancadas. d.- I. da, I b' fiU " A lscussoes rea lza s em au a so re o me Não ter grades represen~a,determinada li- outra história americana", no qual o protago- nha de pensamento o que e lffiportante mas ., . b' d .. I'" ' rusta, apos convIver com um dos personagens tam em se eve Ir a em avenguando a propos- ,, alvo de seu preconceIto, reconheceu que pos- ta de atendimento, a postura dos profissionaJs, e , P , " ' d d t ".SUla um re-concet,o equIvoca o, es a 10rma verificando se o enfo~ue não é apenas na doen- tata d ,A 'A d ' ." , cons n o que a expertencta po e proporclo- ça, Se o mdlvlduo estiver incluldo somente den- lhda ..,- -, d .-nar um novo o ar. tro lnstitulçao nao passara e uma mternaçao ,, Passamosa questIonar sobre qual era a real sem muros. " nh d ..., . J' ., ,- "Z" - d lffiagem que tI amos os pacIentes pslqulatn- a na mstltulçao as portas sao tranca as .., ..,.' cos antes das VISItaS e tentamos assocIar com e a terapeuta ocupaclonal entrevIstada Justificou I d d', 'd b' d. d -" . d h a guns os pontos lSCUtl os tam em urante que neste tIpO e e1Uermana eve aver um , b ' . d íf " as aulas. Um deles aflfmava que os valores so- am lente protegI o por ser espec lCO para mter-- P , ta t . ti, ,- "X" "Y" clals estao sempre lmersos em um contexto, naçao. orem, n o a ms tulçao como a ta b' b ' t ,tu -neste caso, contexto de desconhecimento. m em rece em paclen es graves e em SI açao d . t - Ai d I -, rta Uma das terapeutas ocupacionais da insti- e m ernaçao. n a em re açao as po s, a Terapia Orupacional explicou que o hospital não tuição "X" relatou que uma das grandes dificul- tem pessoal suficiente, Sobre asgrades, há pou- da~es encontra?a por ela está na ~ociedade. cas verbas para o hospital e assuntos como este MUltaSpessoa~te~ c~rto me?o de pacIentes com acabam não sendo prioridade. Esta foi a primei- prob~emas pslqulat~cos, seja pela falta de co- ra enfermaria psiquiátrica em hospital geral, o nheclmento a respeIto das ?oenças, ou do q~e que foi considerado na época uma boa alterna- elas podem c,ausar,e tambem do qu~ ela~ nao tiva de atendimento, mas pelo menos neste local causa~, ter~ando po~ ge:ar u~ ,sltuaçao ~e os pacientes continuam excluídos, pois a enfer- ~xc~usa.o socIal, postenor a propna exclusao maria fica em um canto isolado, com portas de mstltuclonal. vidros escuros trancadas; e não há ambulatório para a continuidade do atendimento dentro do A~ão coletiva hospital, só depois que saem da enfermaria são encaminhados para outros ambulatórios. No Fórum Saúde Mental 2001 foi bastante Reforçando essas reflexões: enfatizada a importância de também envolver nas CADERNOS.CentroUniversitárioS.Camilo,São~ulo,v,8,n.3,p.27-31,jul,/set.2002 29
  • 4. discussões as empresas, escolas, e até mesmo afirmou que os pais/família muitas vezes tomam m profissionais de outras áreas, pois a questão da decisões equivocadas em relação ao paciente, n: Sàúde Mental é bem ampla, Seo fizermos, pode- por não terem conhecimento sobre qual a me- 01 mos "intervir" antes que os problemas ocorram, lhor forma de agir (desespero/falta de estrutura o Uma transformação social só ocorre quan- + desinformação) , 01 do as pessoas acreditam que pode haver mu- te dança. Parece simples, mas não é! A inclusão Alta m social é construída no dia-a-dia, bc Outra questão que também chamou nossa el Contexto do paciente atenção nas três instituições visitadas foi a alta di e inter,,:,en~ão de Terapia dos pacientes, Nas instituições "X" e "Y" ocorre, C( Ocupaclonal na grançie maioria dos casos,uma alta da inten- sidade de atendimentos, mas não da institui- ru A inclusão social também não é exclusiva- ção, Nestes casos há uma "manutenção" em ' , -;. C1 mente ter cond1çoes,mas fazer uso do seufiazer atendimento ambulatorial. Já na institui ção "2" . rn cotidiano, há altas mas devido ao fato de atender somen- d' c Sendo a Terapia Ocupacional uma profis- te pacientes em situação de enfermaria; então, são que visa à inclusão social, a intervenção deve quando melhoram, vão para ambulatórios de lil começar a partir do contexto do paciente, Iden- outros hospitais, Com isso, permanece a dúvi- ~ tificar os sintomas por meio do fazer, ajudar a da: caráter protetor x que estrutura se tem na ~( minimizar as dificuldades ou a encontrar outras sociedade para a alta?Haverá emprego e outras formas de suprir as necessidades -intervenção condições para os indivíduos com passagens para a manifestação da saúde, por instituições? R O diagnóstico médico é importante, mas o mais importante é como o paciente lida com o CONSIDERAÇÕES FINAIS l.. seucotidiano. As terapeutasocupacionais dos três C( lu_garesvisitados tan:bém relatara~,e~ta p,os~ur:, Escrever este trabalho foi muito importante te nao se pre?dend~ ~o ao nome do d1agnostico, para nosso aprendizado comdâluna, pois refle- P: mas tambem verif1cando como ,era o. ,fazer da tir sobre estasquestões permitiu"llos maior com- B pessoa antes da doença, como e a rotma dele, preensão das relações humanas e de como estas para detectar o qlte é normal nessapessoa ~ o podem influenciar o indivíduo e a sociedade, que não é, diferenciar o que foi adquirido depois da quebra de um projeto de vida e o que é do "O processo de reabilitação seria, então, paciente mesmo, ou seja, de sua personalidade, um processo de reconstrução, um exercício ple- no da cidadania, e, também, de plena contra- Aten~ão à família tualidade nos três grandes cenários: habitat, rede social e trabalho com valor social, Pense É muito importante também o trabalho de nisso na hora de atender seusp~~ien!es que orientação à família, Segundo o relato de Vera fazem parte do programa de reabtlttaçao, Por- de Vita2no Fórum Saúde Mental 2001 "cada que um esquizofrênico teria de, além da desgra- membro da família pode ter expectati~as dife- ça de ser esquizofr~nico, te~ a des?r~ça de s:r . A ' d d d )11 - f,- P .ator; tocador de plano, arttsta plasttco, ,, Nao ren.es, nste a e e eyressao esao resen.es A f, .. fi 'I ' , - d necessitamos de esquizofrenicos pintores, ne- cons an.emen.e nos amt lares e tSSOnao eve-, ,A" -- , I " d P I ,Fi' , " cessttamosde esqutzofrentcos ctdadaos, nao ne- na ser neg tgencta o e os proj tSstonatS,POtSm-, , , , fi ' d h ' d ", cessttamos que façam cmzetros, necessttamos uencta no esempen o em aJu ar o pactente , ,,-, G ld P . b d L A ' que exerçam a ctdadanta, O que nao quer dtzer era o elXoto, mem ro a uta ntlma- - .. 1 d ' d b I' d ' , que uma etapa para a reconstruçao da contra- rucom1a, 1sse,no e ate rea 1za o apos a eX1- , -, b.- d f' l "B ' h d S C b " tualtdade passe por teatro, por artes plasttcas, lçao o 1me tC o e ete a eças no , , -,, . d filh ' por fazer cmzetros, passepor; nao termme em, mesmo Forum, ter mtema o seu o em um () 71 . h - 2"" .-fi dA '" em gen.e que a j anos es.a azen o manicomio, por uso de drogas, como o pai de " fi d 'd ( ) O P bl - .3 ' " cmzetros, azen o comt a, '" ro ema e Carrano (autor do lIvro que msplfou o f11me), e que a reabilitação não está finalizada, não está como transição para a plena cidadania, 2. Representantedo ConselhoNacionaldeSaúde. (. ,.) As variáveis que determinam os resultados 3.CARRANO~AustregésiloBueno,Cantodosmalditos, são as que sedistribuem em dois grandes extre- 30 CADERNOS'CentroUniversitárioS;Camilo,SãoPaulo.v,8,n.3,p. 27-31,jul./set,2002 c.
  • 5. mos: um miGroe um maGro.O miGroestáno SARACENO,B. ReabilitaçãoPsicossocial:uma nível da afetividade,da continuidade, (...) Por estratégiaparaa passagemdo milênio.In: SARA- outro lado há o maGro,isto é,a maneira como CENa, B. Reabilitação Psicossocial no Bra- o serviço está organizado, se está aberto 24h sil. [s. 1.;s. n.; 199-]. ou 12h, se est~aberto à com_u~idade,s~ ele FUSTIER,P.A Infra-estruturaimagináriadas ins- te~ .a aprovaçao de seus usuanos,se satzsfaz tituições.A respeitoda infânciadesajustada.In: mmtmamente as pessoasque atende e, tam- A Instituição e asInstituições. SãoPaulo:Casa bém, aosprofissionais que nele se inserem,se do Psicólogo,1991. ele seutiliza de recursosvindos da comunida- de, ou somente recursos institucionais" (Sara- TEDESCO,S. Terapia Ocupacional: produzindo ceno, 1996). uma clínica de atenção às dependências. Revis- ta do C.E.T.O.,SãoPaulo,n. 2, 1997. Confirma-se,com as reflexões abordadas VIEIRAM. C. T.' VICENTINM. C. G.' FERNAN- n.esteartigo,a importâ.nciado ~iagn~stico.situa- DES,M. I. A. (àrgs.) Tece~do a rede: trajetó- clonal,que contextuahzaadesmserçaosocialdo riasda saúdementalemSãoPaulo.Taubaté SP: indivíduo(que pode até sermaisincluídodepois Cabral,1999. ' de umaquebrade projetode vida do que antes). A clínica em Terapia Ocupacionalpossibi- STASEVSKAS,Y.; MAXIMINO, V. A rede e o lita aumentaro leque de perguntas,não de res- sentido,In: VIEIRA,M. C. T.; VICENTIN,M. C. postas onde se trabalha a ampliaçãodo fazer G.; FERNANDES,M. I. A. (Orgs.) Tecendo a cotidi;no. rede: trajetórias da saúde mental em São Paulo. [s. 1.1:[s. n.1,1999,p. 155. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FILMES LANCMAN,S.Loucura e espaço urbano: Fran- co da Rochae o asylodeJuqueri.Belo Horizon- KAYE, Tony. A outra história americana. te/Rio de Janeiro:Te Corá, 1999. [s. 1.1,1998.(Vídeo). PITTA,A. (Org.)Reabilitação psicossocial no BODANZKY,Laís.Bicho de sete cabeças.Bra- Brasil. SãoPaulo: Hucitec, 1996. sil, 2000.(Vídeo). , CADERNOS' Centro Universitário S. Camilo, SãoPaulo,v. 8, n. 3, p. 27-31,jul./set. 2002 31