SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  20
Literatura de cordel é um tipo de poema popular,
originalmente oral, e depois impressa em folhetos
rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para
venda pendurados em cordas ou cordéis.
Os folhetos são escritos em forma
rimada e alguns poemas são
ilustrados com xilogravuras, o
mesmo estilo de gravura usado nas
capas.
As estrofes mais comuns são
as de dez, oito ou seis versos.
Os autores, ou cordelistas, recitam
esses versos de forma melodiosa e
cadenciada, acompanhados de
viola.
Os temas dos poemas de cordel incluem fatos do
cotidiano, episódios históricos, lendas , temas
religiosos, entre muitos outros. Não há limite
para a criação de temas dos folhetos.
Praticamente todo e qualquer assunto pode virar
cordel nas mãos de um poeta competente.
No Brasil, a literatura de cordel
é produção típica do Nordeste,
sobretudo nos estados de
Pernambuco, da Paraíba, do
Rio Grande do Norte e do
Ceará. Costumava ser vendida
em mercados e feiras pelos
próprios autores. Hoje também
se faz presente em outros
Estados, como Rio de Janeiro,
Minas Gerais e São Paulo. O
cordel hoje é vendido em feiras
culturais, casas de cultura,
livrarias e nas apresentações
dos cordelistas.
Carlos Drummond de Andrade, reconhecido como um dos
maiores poetas brasileiros do século XX, assim definiu, a
literatura de cordel:
"A poesia de cordel é uma das manifestações
mais puras do espírito inventivo, do senso
de humor e da capacidade crítica do povo
brasileiro, em suas camadas modestas
do interior. O poeta cordelista exprime
com felicidade aquilo que seus companheiros de vida
e de classe econômica sentem realmente. A espontaneidade e
graça dessas criações fazem com que o leitor urbano, mais
sofisticado, lhes dedique interesse, despertando ainda a
pesquisa e análise de eruditos universitários. É esta, pois, uma
poesia de confraternização social que alcança uma grande área
de sensibilidade".
Organização poética dos cordéis
Quadra
Estrofe de quatro versos. A quadra iniciou o cordel, mas
hoje não é mais utilizada pelos cordelistas. Porém as
estrofes de quatro versos ainda são muito utilizadas em
outros estilos de poesia sertaneja, como a matuta, a
caipira, a embolada, entre outros.
A quadra é mais usada com sete sílabas. Obrigatoriamente
tem que haver rima em dois versos (linhas). Cada poeta
tem seu estilo. Um usa rimar a segunda com a quarta.
Exemplo:
A quadra é mais usada com sete sílabas. Obrigatoriamente
tem que haver rima em dois versos (linhas). Cada poeta
tem seu estilo. Um usa rimar a segunda com a quarta.
Exemplo:
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá (2)
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá (4).
Sextilha
É a mais conhecida. Estrofe ou estância de seis versos. Estrofe de
seis versos de sete sílabas, com o segundo, o quarto e o sexto
rimados; verso de seis pés, colcheia, repente. Estilo muito usado
nas cantorias, onde os cantadores fazem alusão a qualquer tema
ou evento e usando o ritmo de baião. Exemplo:
Quem inventou esse "S"
Com que se escreve saudade
Foi o mesmo que inventou
O "F" da falsidade
E o mesmo que fez o "I"
Da minha infelicidade
Septilha
Estrofe (rara) de sete versos; setena (de sete em sete). Estilo muito usado por
Zé Limeira, o Poeta do Absurdo.
Eu me chamo Zé Limeira
Da Paraiba falada
Cantando nas escrituras
Saudando o pai da coaiada
A lua branca alumia
Jesus, Jose e Maria
Três anjos na farinhada.
Napoleão era um
Bom capitão de navio
Sofria de tosse braba
No tempo que era sadio,
Foi poeta e demagogo
Numa coivara de fogo
Morreu tremendo de frio.
Na septilha usa-se o estilo de rimar os segundo, quarto e sétimo versos e o
quinto com o sexto, podendo deixar livres o primeiro e o terceiro.
Xilogravura é a técnica de gravura na
qual se utiliza madeira como matriz e
possibilita a reprodução da imagem
gravada sobre papel ou outro suporte
adequado. É um processo muito
parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalha na
madeira, com ajuda de instrumento
cortante, a figura ou forma (matriz) que
se pretende imprimir. Em seguida usa-
se um rolo de borracha embebecida
em tinta, tocando só as partes elevadas
do entalhe. O final do processo é a
impressão em alto relevo em papel ou
pano especial, que fica impregnado
com a tinta, revelando a figura.
Vinhetas em xilogravura da novela Cordel Encantado
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja
Literaturadecordel lyedja

Contenu connexe

Tendances

Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
luisprista
 
Atividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordelAtividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordel
juditholima
 
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroEugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Rosário Cunha
 

Tendances (19)

Atividades cordel (1)
Atividades cordel (1)Atividades cordel (1)
Atividades cordel (1)
 
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
SLIDES – LITERATURA DE CORDEL.
 
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 
Tipos de poesias
Tipos de poesiasTipos de poesias
Tipos de poesias
 
Tipos de poesias
Tipos de poesiasTipos de poesias
Tipos de poesias
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
Apresentação para décimo segundo ano, aula 4
 
Cordel: das origens à contemporaneidade
Cordel: das origens à contemporaneidade Cordel: das origens à contemporaneidade
Cordel: das origens à contemporaneidade
 
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
 
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudoPoemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
 
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
 
O que é literatura de cordel
O que é literatura de cordelO que é literatura de cordel
O que é literatura de cordel
 
Literatura de Cordel
Literatura de CordelLiteratura de Cordel
Literatura de Cordel
 
Atividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordelAtividade literatura de cordel
Atividade literatura de cordel
 
F.Pessoa
F.PessoaF.Pessoa
F.Pessoa
 
poema bucólica
poema bucólicapoema bucólica
poema bucólica
 
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
 
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá CarneiroEugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
Eugénio de Andrade, Mário de Sá Carneiro
 

En vedette (13)

2º momento modernista poema
2º momento modernista   poema2º momento modernista   poema
2º momento modernista poema
 
CrôNicas
CrôNicasCrôNicas
CrôNicas
 
Oficina 02 – gêneros textuais
Oficina 02 – gêneros textuaisOficina 02 – gêneros textuais
Oficina 02 – gêneros textuais
 
Crónica literária
Crónica literáriaCrónica literária
Crónica literária
 
Análise do poema Nao sei quantas almas tenho
Análise do poema Nao sei quantas almas tenhoAnálise do poema Nao sei quantas almas tenho
Análise do poema Nao sei quantas almas tenho
 
Gênero Cronica
Gênero Cronica Gênero Cronica
Gênero Cronica
 
Sequência didática com gênero textual conto
Sequência didática com gênero textual contoSequência didática com gênero textual conto
Sequência didática com gênero textual conto
 
Cronicas
CronicasCronicas
Cronicas
 
Gênero Textual: Conto
Gênero Textual: ContoGênero Textual: Conto
Gênero Textual: Conto
 
Gênero de texto conto
Gênero de texto contoGênero de texto conto
Gênero de texto conto
 
Slide Genero Textual Poesia
Slide Genero Textual PoesiaSlide Genero Textual Poesia
Slide Genero Textual Poesia
 
1.conto, características
1.conto, características1.conto, características
1.conto, características
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 

Similaire à Literaturadecordel lyedja

Professora Wiliane
Professora WilianeProfessora Wiliane
Professora Wiliane
joaoxxiii
 
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José CraveirinhaQuero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
catiasgs
 
Aula sobre Parnasianismo
Aula sobre ParnasianismoAula sobre Parnasianismo
Aula sobre Parnasianismo
Érika Lúcia
 
Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01
Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01
Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01
Juliana Manczak
 

Similaire à Literaturadecordel lyedja (20)

Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
O que é literatura de cordel
O que é literatura de cordelO que é literatura de cordel
O que é literatura de cordel
 
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XIITROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
 
Professora Wiliane
Professora WilianeProfessora Wiliane
Professora Wiliane
 
cordel - histórico e características.pptx
cordel - histórico e características.pptxcordel - histórico e características.pptx
cordel - histórico e características.pptx
 
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.pptliteratura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José CraveirinhaQuero Ser Tambor, José Craveirinha
Quero Ser Tambor, José Craveirinha
 
Aula 3_Trovadorismo.pptx
Aula 3_Trovadorismo.pptxAula 3_Trovadorismo.pptx
Aula 3_Trovadorismo.pptx
 
Aula sobre Parnasianismo
Aula sobre ParnasianismoAula sobre Parnasianismo
Aula sobre Parnasianismo
 
Gonçalves Dias
Gonçalves DiasGonçalves Dias
Gonçalves Dias
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
Poster projecto galaico português
Poster projecto galaico portuguêsPoster projecto galaico português
Poster projecto galaico português
 
De tarde - Cesário Verde
De tarde - Cesário VerdeDe tarde - Cesário Verde
De tarde - Cesário Verde
 
Antônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentarAntônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentar
 
Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01
Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01
Antniogonalvesdiaspowerpointparaapresentar 130617130214-phpapp01
 

Dernier

ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
LidianeLill2
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 

Dernier (20)

Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 

Literaturadecordel lyedja

  • 1.
  • 2. Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis.
  • 3. Os folhetos são escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola.
  • 4. Os temas dos poemas de cordel incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas , temas religiosos, entre muitos outros. Não há limite para a criação de temas dos folhetos. Praticamente todo e qualquer assunto pode virar cordel nas mãos de um poeta competente.
  • 5. No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do Nordeste, sobretudo nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se faz presente em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O cordel hoje é vendido em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
  • 6. Carlos Drummond de Andrade, reconhecido como um dos maiores poetas brasileiros do século XX, assim definiu, a literatura de cordel: "A poesia de cordel é uma das manifestações mais puras do espírito inventivo, do senso de humor e da capacidade crítica do povo brasileiro, em suas camadas modestas do interior. O poeta cordelista exprime com felicidade aquilo que seus companheiros de vida e de classe econômica sentem realmente. A espontaneidade e graça dessas criações fazem com que o leitor urbano, mais sofisticado, lhes dedique interesse, despertando ainda a pesquisa e análise de eruditos universitários. É esta, pois, uma poesia de confraternização social que alcança uma grande área de sensibilidade".
  • 7. Organização poética dos cordéis Quadra Estrofe de quatro versos. A quadra iniciou o cordel, mas hoje não é mais utilizada pelos cordelistas. Porém as estrofes de quatro versos ainda são muito utilizadas em outros estilos de poesia sertaneja, como a matuta, a caipira, a embolada, entre outros. A quadra é mais usada com sete sílabas. Obrigatoriamente tem que haver rima em dois versos (linhas). Cada poeta tem seu estilo. Um usa rimar a segunda com a quarta. Exemplo: A quadra é mais usada com sete sílabas. Obrigatoriamente tem que haver rima em dois versos (linhas). Cada poeta tem seu estilo. Um usa rimar a segunda com a quarta. Exemplo: Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá (2) As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá (4).
  • 8. Sextilha É a mais conhecida. Estrofe ou estância de seis versos. Estrofe de seis versos de sete sílabas, com o segundo, o quarto e o sexto rimados; verso de seis pés, colcheia, repente. Estilo muito usado nas cantorias, onde os cantadores fazem alusão a qualquer tema ou evento e usando o ritmo de baião. Exemplo: Quem inventou esse "S" Com que se escreve saudade Foi o mesmo que inventou O "F" da falsidade E o mesmo que fez o "I" Da minha infelicidade
  • 9. Septilha Estrofe (rara) de sete versos; setena (de sete em sete). Estilo muito usado por Zé Limeira, o Poeta do Absurdo. Eu me chamo Zé Limeira Da Paraiba falada Cantando nas escrituras Saudando o pai da coaiada A lua branca alumia Jesus, Jose e Maria Três anjos na farinhada. Napoleão era um Bom capitão de navio Sofria de tosse braba No tempo que era sadio, Foi poeta e demagogo Numa coivara de fogo Morreu tremendo de frio. Na septilha usa-se o estilo de rimar os segundo, quarto e sétimo versos e o quinto com o sexto, podendo deixar livres o primeiro e o terceiro.
  • 10. Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo. É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida usa- se um rolo de borracha embebecida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura.
  • 11. Vinhetas em xilogravura da novela Cordel Encantado