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Natal em casa de Ernesto e Celestina
— O Natal é quando, Ernesto?
— Daqui a seis dias…
— Mas… tu tinhas prometido fazer uma festa para todos os meus amigos!
— Não temos um tostão, Celestina. Vá, vamos para casa.
— Mas não é preciso dinheiro para fazer uma festa!
— Ai não? E as prendas, o pinheiro de Natal, os bolos, a música, as velas, isso tudo, como é?
— Eu sei que não é preciso dinheiro para a nossa festa…
— Pois, pois…
— …íamos ao bosque procurar um grande tronco e um pinheiro. Tu tocavas violino, nós
dançávamos e cantávamos… A comida também não era problema! Uhmm…podias fazer uma tarte,
bolachas, sumo de laranja, chocolate quente e pronto! Para as prendas fazíamos desenhos,
colagens, montagens… E mais uns chapeuzinhos de papel, estrelinhas… serpentinas… E ajudavas-
me a pendurar tudo no tecto… Ia ficar maravilhoso. Oh, diz que sim, Ernesto, diz que sim!
— Não e NÃO! Este ano, não!
— Mas tu tinhas prometido…
Celestina subiu para o quarto, muito, muito triste.
“Ele tinha-me prometido!”
— Pronto, está bem, Celestina. Eu tinha prometido, é
verdade…
Os preparativos para a festa começam imediatamente.
Celestina até consegue convencer Ernesto a ajudá-la com os desenhos!
— Vens ver as prendas que eu estou a fazer?
— Agora não posso, estou a fazer as bolachas, mas já vou! Olha lá, Celestina, ainda temos de ir
procurar a loiça!
Já só falta escrever os convites.
Ernesto dita e Celestina esforça-se por fazer a sua melhor letra.
— Ora escreve, Celestina:
Grande festa de Natal em
casa de Ernesto e Celestina.
Tragam flautas e tambores, velas
e chapéus. Venham todos!
À noite, Celestina está tão cansada que adormece imediatamente e por isso não vê o que
Ernesto está a fazer…
Este meu fato não está a ficar nada mal! A Celestina vai ter uma grande surpresa…
Finalmente chega o grande dia!
Celestina distribui as prendinhas que fez para os amigos, que estão encantados com tudo o
que ela e Ernesto fizeram.
No entanto, há um convidado que parece querer estragar a festinha de Celestina…
— A tua festa é ISTO? E tu chamas a ISTO “pinheiro de Natal”? Bolas falsas, fitas que não são
verdadeiras, não há música…
— Não ligues ao que ele diz, Celestina, não fiques triste. Nós achamos tudo tão bonito! Fizeste
tudo tão bem! — tentam animá-la os amigos.
E a diversão continua.
Mas… quem é que aparece a meio da
festa? Que surpresa!
— Ernesto, anda ver! O Pai Natal está
aqui! Ernesto! Ernesto? Onde é que estás?
A Celestina não reconhece Ernesto
por baixo do fato de Pai Natal.
— Acredita mesmo que é ele! —
dizem, rindo, os amiguinhos.
— Então, Celestina, não vês que o Pai
Natal é o Ernesto?
E a festa continua.
Ernesto toca violino enquanto as
crianças dançam em roda à sua volta.
— Toca outra música! Isso, Ernesto!
— Conta-nos histórias,
Ernesto, conta!
— Era uma vez, num país
longínquo…
O tempo passou muito
depressa e os pais já estão a
chegar para levar as crianças
para casa!
Foi uma noite muito bem
passada!
Todos se despedem de Celestina e de Ernesto. Mas há alguém que tem um pedido de
desculpas a apresentar…
— Oh, Ernesto, nunca me diverti tanto como hoje! E tu, Celestina, ainda estás zangada
comigo? Foi formidável, sabes? Tudo o que fizeste ficou muito mais bonito do que as coisas
compradas, a sério! Gostei imenso da tua festa! Posso… achas que posso vir para o ano outra vez?
— Ouviste, Ernesto? Ele disse “para o ano”! Fazemos outra no próximo ano?
— Vamos com calma, Calestina!
Boa noite, Celestina!
E Feliz Natal!
Gabrielle Vincent
Noël chez Ernest et Célestine
Paris, Éditions Duculot, 1985
(Tradução e adaptação)

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Natal em casa de Ernesto e Celestina

  • 1. Natal em casa de Ernesto e Celestina
  • 2. — O Natal é quando, Ernesto? — Daqui a seis dias… — Mas… tu tinhas prometido fazer uma festa para todos os meus amigos! — Não temos um tostão, Celestina. Vá, vamos para casa. — Mas não é preciso dinheiro para fazer uma festa! — Ai não? E as prendas, o pinheiro de Natal, os bolos, a música, as velas, isso tudo, como é?
  • 3. — Eu sei que não é preciso dinheiro para a nossa festa… — Pois, pois… — …íamos ao bosque procurar um grande tronco e um pinheiro. Tu tocavas violino, nós dançávamos e cantávamos… A comida também não era problema! Uhmm…podias fazer uma tarte, bolachas, sumo de laranja, chocolate quente e pronto! Para as prendas fazíamos desenhos, colagens, montagens… E mais uns chapeuzinhos de papel, estrelinhas… serpentinas… E ajudavas- me a pendurar tudo no tecto… Ia ficar maravilhoso. Oh, diz que sim, Ernesto, diz que sim!
  • 4. — Não e NÃO! Este ano, não! — Mas tu tinhas prometido… Celestina subiu para o quarto, muito, muito triste. “Ele tinha-me prometido!” — Pronto, está bem, Celestina. Eu tinha prometido, é verdade…
  • 5. Os preparativos para a festa começam imediatamente. Celestina até consegue convencer Ernesto a ajudá-la com os desenhos! — Vens ver as prendas que eu estou a fazer? — Agora não posso, estou a fazer as bolachas, mas já vou! Olha lá, Celestina, ainda temos de ir procurar a loiça!
  • 6. Já só falta escrever os convites. Ernesto dita e Celestina esforça-se por fazer a sua melhor letra. — Ora escreve, Celestina: Grande festa de Natal em casa de Ernesto e Celestina. Tragam flautas e tambores, velas e chapéus. Venham todos!
  • 7. À noite, Celestina está tão cansada que adormece imediatamente e por isso não vê o que Ernesto está a fazer… Este meu fato não está a ficar nada mal! A Celestina vai ter uma grande surpresa…
  • 8. Finalmente chega o grande dia! Celestina distribui as prendinhas que fez para os amigos, que estão encantados com tudo o que ela e Ernesto fizeram. No entanto, há um convidado que parece querer estragar a festinha de Celestina…
  • 9. — A tua festa é ISTO? E tu chamas a ISTO “pinheiro de Natal”? Bolas falsas, fitas que não são verdadeiras, não há música… — Não ligues ao que ele diz, Celestina, não fiques triste. Nós achamos tudo tão bonito! Fizeste tudo tão bem! — tentam animá-la os amigos. E a diversão continua.
  • 10.
  • 11. Mas… quem é que aparece a meio da festa? Que surpresa! — Ernesto, anda ver! O Pai Natal está aqui! Ernesto! Ernesto? Onde é que estás? A Celestina não reconhece Ernesto por baixo do fato de Pai Natal. — Acredita mesmo que é ele! — dizem, rindo, os amiguinhos. — Então, Celestina, não vês que o Pai Natal é o Ernesto? E a festa continua. Ernesto toca violino enquanto as crianças dançam em roda à sua volta. — Toca outra música! Isso, Ernesto!
  • 12. — Conta-nos histórias, Ernesto, conta! — Era uma vez, num país longínquo… O tempo passou muito depressa e os pais já estão a chegar para levar as crianças para casa! Foi uma noite muito bem passada!
  • 13. Todos se despedem de Celestina e de Ernesto. Mas há alguém que tem um pedido de desculpas a apresentar… — Oh, Ernesto, nunca me diverti tanto como hoje! E tu, Celestina, ainda estás zangada comigo? Foi formidável, sabes? Tudo o que fizeste ficou muito mais bonito do que as coisas compradas, a sério! Gostei imenso da tua festa! Posso… achas que posso vir para o ano outra vez?
  • 14. — Ouviste, Ernesto? Ele disse “para o ano”! Fazemos outra no próximo ano? — Vamos com calma, Calestina! Boa noite, Celestina! E Feliz Natal! Gabrielle Vincent Noël chez Ernest et Célestine Paris, Éditions Duculot, 1985 (Tradução e adaptação)