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Morte e vida severina,
João Cabral de Melo Neto
Manoel Neves
ENREDO
do interior da paraíba ao recife
01: o retirante explica ao leitor quem é e a que vai: personifica o tipo brasileiro oprimido
socialmente, cuja vida é determinada pelas condições atmosféricas devido ao descaso
à omissão e às desigualdades econômicas que se mantém irreparáveis; só encontra mortes
02: encontra dois homens carregando um defunto numa rede (Severino Lavrador), ajuda-os
alternam-se versos de 7 e de 4 sílabas (irmão das almas: repetição: coro, ladainha);
o lavrador morreu pq tinha um pedaço de terra; ave-bala (impunidade); lábios magros de areia
Severino se oferece para levar o defunto; mais sorte tem o defunto pq não fará a caminhada
03: seca: o Capibaribe cortou: Severino tem medo de se extraviar; metáfora: rosário
rio-guia: identificado com o homem do NE, que tem uma sina a cumprir; pontos brancos na linha
04: o retirante chega a uma casa onde se cantavam excelências para um defunto
05-06: cansado da viagem, o retirante pára sua viagem e pensa em procurar trabalho onde está
cansado da sucessão de mortes, Severino pensa em se estabelecer; só há trabalhos para
quem participa da “indústria da morte”: rezadores, coveiros, médicos, farmacêuticos
ENREDO
busca da vida x sucessão de mortes
07: Severino chega às ricas terras da Zona da Mata: vê apenas um bangüe velho
08: assiste a um enterro de um trabalhador do eito e ouve o que dizem os trabalhadores
a chegada a uma terra fértil enche de esperanças o coração do retirante; denúncia da violência
a luta pela terra gera a morte dos pobres; o pobre só terá terra qdo morrer (esta cova...)
é a parte que te cabe neste latifúndio; mas a terra dada não se abre a boca; estarás mais
ancho que estavas no mundo; é a parte que te cabe neste latifúndio (brim do nordeste)
09: o retirante apressa os passos para chegar ao Recife: conversando com o leitor, Severino
afirma não ter sentido diferença entre o Agreste, a Caatinga e a Mata: morre-se em todo lugar
por isso é que se esforça para chegar ao Recife, última Ave Maria do seu rosário
ENREDO
o retirante na cidade grande
10: já no Recife, Severino, encostado a um muro de cemitério, ouve a conversa de dois coveiros
um de um cemitério de ricos (vez por outra chega um transatlântico, com muita pompa) e
outro de um cemitério de pobres (por dia, mais de cem: parece uma fila de ônibus sem fim)
chega-se à conclusão de que seria melhor trabalhar num cemitério de classe média;
os coveiros falam que os retirantes vêm de longo, mas não têm emprego, comida, casa
e chega à conclusão que seria melhor eles se atirarem no mar;
da gente retirante
que vem do sertão de longe...
Não podem continuar,
pois tem pela frente o mar.
Não tem onde trabalhar
e muito menos onde morar...
essa gente do sertão
que desce para o litoral,
sem razão, fica vivendo no meio da lama,
comendo os siris que apanha;
Pois bem: quando sua morte chega
temos que enterrá-los em terra seca...
ENREDO
o retirante na cidade grande
ENREDO
morte x explosão de vida
após ouvir tais palavras, Severino pensa em jogar-se no mar: apressar sua morte;
11: aproxima-se de um cais do Capibaribe
12: um dos moradores dos mocambos, vê Severino e lhe dá a notícia do nascimento de
uma criança, filha de um carpinteiro
13: uma mulher anuncia o que se verá
14: aproximam-se da casa do homem, vizinhos, amigos e duas ciganas; prognósticos
presentes humildes e prognósticos: a criança será um pescador, será um operário (vida melhor)
menino magro, de muito peso não é; mas é obra de homem, do ventre de uma mulher
é belo como um coqueiro que vence a areia marinha; é belo como um SIM numa sala negativa
é belo como uma porta abrindo-se em mais saídas;
18: a criança é exibida como um fato-exemplo de que a vida deve ser celebrada;
ela própria; sua explosão pode inverter a seqüência de sombras em que mergulhara Severino
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é a explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.
ENREDO
morte x explosão de vida
ASPECTOS TÉCNICOS
morte e vida severina
do título
auto: peça teatral, originária da Idade Média, de caráter religioso [personagens bíblicos]
Natal: encena-se o nascimento de Jesus no interior do NE.
ASPECTOS TÉCNICOS
morte e vida severina
a função do auto
JCMN quer transmitir uma mensagem de esperança e de fé: faz-se necessário acreditar
que a vida pode ser melhor; é preciso ter esperanças; o nascimento de uma criança pobre
em um meio social tão adverso e o fato de ela trazer uma pequena esperança àquele povo
remete para a necessidade de se acreditar que os problemas sociais do NE e do Brasil
podem ser solucionados.
ASPECTOS TÉCNICOS
morte e vida severina
a linguagem
contida, elíptica, concreta, anti-lírica
Conhecido como o “engenheiro da palavra” por sua poesia precisa, substantiva, elíptica, mais plástica
que musical, João Cabral de Melo Neto surpreendeu alguns críticos ao conseguir conjugar tais
características, que mantêm na obra que lemos, com outros recursos que o tornam mais “legível” e
conseqüentemente menos “hermético”. Tais recursos estão vivos na linguagem concisa mas fluida e
permeada de expressões e musicalidade popular de Morte e vida severina, na sedução de sua leitura pelos
fortes traços orais, pelas rimas e repetições que não enfraquecem, mas, ao contrário, intensificam a
tensão dramática, e principalmente no lirismo que soletra a vida e a celebra, ao mesmo tempo em que
denuncia de forma implacável os fatores que a impedem de expandir-se: a seca e os arbítrios, os
desmandos, os responsáveis por ela e por suas conseqüências.
substratos
social religioso político metafísico
ASPECTOS TÉCNICOS
morte e vida severina
o título
Ao inverter a ordem natural do sintagma vida e morte, o poeta registra com precisão a qualidade da
vida que seu poema visa a descrever: uma vida a que a morte preside. E ambas, morte e vida, têm
por determinante o adjetivo severina. Igualam-se nisso de serem ambas pobres, parcas, anônimas.
O procedimento de adjetivação do substantivo é recorrente na poesia de Cabral, e aqui adquire
especial relevo por estar em posição privilegiada, no título da peça. Morte e Vida Severina, porque é
Severino o protagonista, que, desde a apresentação, insiste no caráter comum de seu nome, antes
um a-nome no contexto em que vive. De substantivo próprio, Severino passa a ser comum; daí a
ser adjetivo é um passo. (...) Será interessante advertir que o uso de severino como adjetivo no auto
cabralino não é senão a reversão da palavra à sua origem. Diminutivo de severo, severino é
originariamente um adjetivo. Daí, passou a ser nome próprio, como ocorreu em tantos outros casos
nas línguas ocidentais: Augusto, Cândido, Cristiano, Pio, Clemente - para citar apenas alguns
exemplos. Ora, o que Cabral realiza é exatamente o retorno do adjetivo ao adjetivo, sendo o novo
enriquecido da carga semântica de que foi alimentado durante o estágio substantivo próprio, que,
no caso específico, é o Severino anônimo do sertão nordestino.
o título também pode indicar o percurso de Severino: sai da morte para encontrar a vida

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Análise de "Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto

  • 1. Morte e vida severina, João Cabral de Melo Neto Manoel Neves
  • 2. ENREDO do interior da paraíba ao recife 01: o retirante explica ao leitor quem é e a que vai: personifica o tipo brasileiro oprimido socialmente, cuja vida é determinada pelas condições atmosféricas devido ao descaso à omissão e às desigualdades econômicas que se mantém irreparáveis; só encontra mortes 02: encontra dois homens carregando um defunto numa rede (Severino Lavrador), ajuda-os alternam-se versos de 7 e de 4 sílabas (irmão das almas: repetição: coro, ladainha); o lavrador morreu pq tinha um pedaço de terra; ave-bala (impunidade); lábios magros de areia Severino se oferece para levar o defunto; mais sorte tem o defunto pq não fará a caminhada 03: seca: o Capibaribe cortou: Severino tem medo de se extraviar; metáfora: rosário rio-guia: identificado com o homem do NE, que tem uma sina a cumprir; pontos brancos na linha 04: o retirante chega a uma casa onde se cantavam excelências para um defunto 05-06: cansado da viagem, o retirante pára sua viagem e pensa em procurar trabalho onde está cansado da sucessão de mortes, Severino pensa em se estabelecer; só há trabalhos para quem participa da “indústria da morte”: rezadores, coveiros, médicos, farmacêuticos
  • 3. ENREDO busca da vida x sucessão de mortes 07: Severino chega às ricas terras da Zona da Mata: vê apenas um bangüe velho 08: assiste a um enterro de um trabalhador do eito e ouve o que dizem os trabalhadores a chegada a uma terra fértil enche de esperanças o coração do retirante; denúncia da violência a luta pela terra gera a morte dos pobres; o pobre só terá terra qdo morrer (esta cova...) é a parte que te cabe neste latifúndio; mas a terra dada não se abre a boca; estarás mais ancho que estavas no mundo; é a parte que te cabe neste latifúndio (brim do nordeste) 09: o retirante apressa os passos para chegar ao Recife: conversando com o leitor, Severino afirma não ter sentido diferença entre o Agreste, a Caatinga e a Mata: morre-se em todo lugar por isso é que se esforça para chegar ao Recife, última Ave Maria do seu rosário
  • 4. ENREDO o retirante na cidade grande 10: já no Recife, Severino, encostado a um muro de cemitério, ouve a conversa de dois coveiros um de um cemitério de ricos (vez por outra chega um transatlântico, com muita pompa) e outro de um cemitério de pobres (por dia, mais de cem: parece uma fila de ônibus sem fim) chega-se à conclusão de que seria melhor trabalhar num cemitério de classe média; os coveiros falam que os retirantes vêm de longo, mas não têm emprego, comida, casa e chega à conclusão que seria melhor eles se atirarem no mar;
  • 5. da gente retirante que vem do sertão de longe... Não podem continuar, pois tem pela frente o mar. Não tem onde trabalhar e muito menos onde morar... essa gente do sertão que desce para o litoral, sem razão, fica vivendo no meio da lama, comendo os siris que apanha; Pois bem: quando sua morte chega temos que enterrá-los em terra seca... ENREDO o retirante na cidade grande
  • 6. ENREDO morte x explosão de vida após ouvir tais palavras, Severino pensa em jogar-se no mar: apressar sua morte; 11: aproxima-se de um cais do Capibaribe 12: um dos moradores dos mocambos, vê Severino e lhe dá a notícia do nascimento de uma criança, filha de um carpinteiro 13: uma mulher anuncia o que se verá 14: aproximam-se da casa do homem, vizinhos, amigos e duas ciganas; prognósticos presentes humildes e prognósticos: a criança será um pescador, será um operário (vida melhor) menino magro, de muito peso não é; mas é obra de homem, do ventre de uma mulher é belo como um coqueiro que vence a areia marinha; é belo como um SIM numa sala negativa é belo como uma porta abrindo-se em mais saídas; 18: a criança é exibida como um fato-exemplo de que a vida deve ser celebrada; ela própria; sua explosão pode inverter a seqüência de sombras em que mergulhara Severino
  • 7. E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é a explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina. ENREDO morte x explosão de vida
  • 8. ASPECTOS TÉCNICOS morte e vida severina do título auto: peça teatral, originária da Idade Média, de caráter religioso [personagens bíblicos] Natal: encena-se o nascimento de Jesus no interior do NE.
  • 9. ASPECTOS TÉCNICOS morte e vida severina a função do auto JCMN quer transmitir uma mensagem de esperança e de fé: faz-se necessário acreditar que a vida pode ser melhor; é preciso ter esperanças; o nascimento de uma criança pobre em um meio social tão adverso e o fato de ela trazer uma pequena esperança àquele povo remete para a necessidade de se acreditar que os problemas sociais do NE e do Brasil podem ser solucionados.
  • 10. ASPECTOS TÉCNICOS morte e vida severina a linguagem contida, elíptica, concreta, anti-lírica Conhecido como o “engenheiro da palavra” por sua poesia precisa, substantiva, elíptica, mais plástica que musical, João Cabral de Melo Neto surpreendeu alguns críticos ao conseguir conjugar tais características, que mantêm na obra que lemos, com outros recursos que o tornam mais “legível” e conseqüentemente menos “hermético”. Tais recursos estão vivos na linguagem concisa mas fluida e permeada de expressões e musicalidade popular de Morte e vida severina, na sedução de sua leitura pelos fortes traços orais, pelas rimas e repetições que não enfraquecem, mas, ao contrário, intensificam a tensão dramática, e principalmente no lirismo que soletra a vida e a celebra, ao mesmo tempo em que denuncia de forma implacável os fatores que a impedem de expandir-se: a seca e os arbítrios, os desmandos, os responsáveis por ela e por suas conseqüências. substratos social religioso político metafísico
  • 11. ASPECTOS TÉCNICOS morte e vida severina o título Ao inverter a ordem natural do sintagma vida e morte, o poeta registra com precisão a qualidade da vida que seu poema visa a descrever: uma vida a que a morte preside. E ambas, morte e vida, têm por determinante o adjetivo severina. Igualam-se nisso de serem ambas pobres, parcas, anônimas. O procedimento de adjetivação do substantivo é recorrente na poesia de Cabral, e aqui adquire especial relevo por estar em posição privilegiada, no título da peça. Morte e Vida Severina, porque é Severino o protagonista, que, desde a apresentação, insiste no caráter comum de seu nome, antes um a-nome no contexto em que vive. De substantivo próprio, Severino passa a ser comum; daí a ser adjetivo é um passo. (...) Será interessante advertir que o uso de severino como adjetivo no auto cabralino não é senão a reversão da palavra à sua origem. Diminutivo de severo, severino é originariamente um adjetivo. Daí, passou a ser nome próprio, como ocorreu em tantos outros casos nas línguas ocidentais: Augusto, Cândido, Cristiano, Pio, Clemente - para citar apenas alguns exemplos. Ora, o que Cabral realiza é exatamente o retorno do adjetivo ao adjetivo, sendo o novo enriquecido da carga semântica de que foi alimentado durante o estágio substantivo próprio, que, no caso específico, é o Severino anônimo do sertão nordestino. o título também pode indicar o percurso de Severino: sai da morte para encontrar a vida