O documento discute três pontos principais: 1) Vivemos em um mundo com excesso de informações que desafia nossa capacidade de memória; 2) Uma boa memória é essencial para nossas vidas, mas ela é seletiva; 3) Existem debates sobre o uso de técnicas mnemônicas para memorizar informações na escola.
6. SOLUÇÃO COMENTADA
Redação, UFMG-2004
o gênero textual
trata-se de uma paragrafação – texto expositivo-argumentativo de pequena extensão
levantando argumentos
a) no mundo contemporâneo, precisa-se lidar com uma grande quantidade de informações;
b) essa “avalanche de informações” atinge a habilidade humana de recordar;
c) os dados que precisamos recordar são maiores que nossa habilidade de recordar;
d) boa memória é fundamental para nossa vida;
e) as pessoas gravam informações desde o nascimento;
f) a memória é seletiva – não se pode lembrar de tudo;
g) as regras mnemônicas favorecem a associação de ideias e imagens;
h) essa associação é condenada por muitos educadores;
i) para esses educadores, os recursos mnemônicos soam à velha “decoreba”.
8. OS SABERES DE CADA UM
Redação, UFMG-2004
O galinheiro estava em polvorosa. Cocorocós de galos, cacarejos de galinhas, tofracos de
angolinhas, pios de pintinhos – tudo se misturava num barulho infernal. Todos haviam sido
convocados a uma assembleia pelo Chantecler, o galo prefeito do galinheiro, para tratar de um
assunto de grande importância: o fato de vários ovos chocados pela Cocota terem sido comidos
por um ladrão num breve momento em que ela abandonara o ninho para comer milho e beber
água.
As pegadas eram inconfundíveis: o ladrão era uma raposa. Raposas são animais muito perigosos.
Comem não somente ovos como também pintinhos e mesmo galinhas mais crescidas. Com um
sonoro cocoricó, Chantecler pediu silêncio, expôs o problema e franqueou a palavra.
Mundico, um galinho garnizé que adorava discursar, começou: “Companheiros, peço a atenção de
vocês para as ponderações que vou fazer acerca da crise conjuntural em que nos encontramos. A
história dos bichos é marcada pela luta em que os mais fortes devoram os mais fracos. Os mais
aptos sobrevivem, os outros morrem.”
9. OS SABERES DE CADA UM
Redação, UFMG-2004
“ Assim, a crise conjuntural em que nos encontramos nada mais é do que uma manifestação da
realidade estrutural que rege a história dos bichos. E o que é que faz com que as raposas sejam
mais aptas do que nós? As raposas são mais aptas e nos devoram porque elas detêm um
monopólio do saber que nós não temos. Somente nos libertaremos do jugo das raposas quando
nos apropriarmos dos saberes que elas têm.”
“ Como se transmitem os saberes? Por meio da educação. Sugiro então que empreendamos uma
reforma em nossos currículos e programas. Se, até hoje, nossos currículos e programas
ensinavam a nossos filhos saberes galináceos, de hoje em diante, eles ensinarão saberes de
raposa.”
ALVES, Rubem. Folha S. Paulo , 28 jan. 2003. Sinapse. (Adaptado)
11. SOLUÇÃO COMENTADA
Redação, UFMG-2004
tipo e gênero
esperava-se que o aluno escrevesse uma conclusão para o texto narrativo
estrutura
1) o aluno teria que levar em consideração a estrutura do texto lido;
2) dever-se-ia introduzir nova personagem na narrativa a fim de introduzir ideia nova;
3) ideia oposta à de que se deveriam ensinar “saberes de raposa” e não “saberes de galinha”;
hipóteses para a narrativa
a) em que consistem “saberes de raposa” e “saberes de galinha”;
b) haveria ou não aceitação pela comunidade das ideias de Mundico;
c) o que aconteceria ao galinheiro se se começasse a aprender “saberes de raposa”;
d) o que poderia acontecer após a apresentação da proposta de Mundico.
13. A surrada frase “rir é o melhor remédio” parece ter cada vez mais sentido para a ciência. O
cardiologista Michael Miller, da Universidade de Maryland, Estados Unidos, liderou uma pesquisa
sobre os benefícios do riso para a saúde do coração. Chegou a resultados surpreendentes.
Comparando as atitudes diante da vida de 150 pessoas com histórico de enfarto com o mesmo
número de pessoas sadias, descobriu que aquelas que nunca tinham sofrido com problemas no
coração eram as que demonstravam bom humor constante. Para evitar problemas cardíacos,
Miller recomenda combinar a velha receita de saúde (exercícios físicos regulares e dieta
balanceada) com algumas gargalhadas durante o dia.
Revista Superinteressante, n.173, fev. 2002. (Adaptado)
TEXTO
Redação, UFMG-2004
14. SOLUÇÃO COMENTADA
Redação, UFMG-2004
tipo e gênero
esperava-se que o aluno escrevesse um texto expositivo-argumentativo [dissertativo]
tema
o candidato deveria explicitar a ideia desenvolvida no texto fornecido
o riso [bom humor] traz benefícios para a saúde do coração
levantando argumentos
a) maior capacidade para encarar problemas diários;
b) maior capacidade de seduzir/encantar as pessoas;
c) maior descontração e despreocupação, sem, contudo, se tornar irresponsável;
d) conseguir ter mais pessoas ao seu redor;
e) viver com mais prazer, entre outros.