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atividades
Cantor e compositor Pernambucano
13/12/1912, Exu (PE)
02/08/1989, Recife (PE)
Luiz Gonzaga trouxe os ritmos do sertão nordestino para os
meios de comunicação de massa
Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de
Jesus, agricultora e dona de casa. Nasceu na cidade pernambucana de Exu, em 13 de dezembro de 1912.
Desde criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba e
cantando em festas religiosas, feiras e forrós.
Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro.
Viajou pelo Brasil como corneteiro e, de vez em quando se apresentava em festas, tocando sanfona. Deu
baixa em 1939 e foi morar no Rio de Janeiro, levando sua primeira sanfona nova.
Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas
ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro.Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no
auge e tinham artistas contratados. Em 1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro
nordestino. Recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua.
Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé de Serra" (1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e
"Mangaratiba" (1948) e "Paraíba" e "Baião de Dois" (1950).
Casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois
Teixeira cumpria mandato de deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com
"Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz
Gonzaga virou o Rei do Baião.
Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas
vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que
gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.
Luiz Gonzaga morreu em Recife (PE), em 2 de agosto de 1989.
Asa Branca
Luíz Gonzaga
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração.
 Responda de acordo com o poema.
1. O poema ASA BRANCA, se refere aos
problemas da seca. Em que região do nosso
país este problema é comum?
_ _________________________________________
2. O que você sabe sobre este assunto?
_________________________________________
_________________________________________
3. Qual o nome da personagem na música?
_________________________________________
4. Neste texto existem muitas palavras que não
estão escritas de forma culta. Faça uma lista
delas e ao lado escreva-as novamente conforme
a ortografia correta.
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5. Pinte as palavras que fazem rima neste poema.
6. Na nossa região acontecem problemas por
falta de chchuvas, ou por chover demais,
provocando grandes enenchentes? Comente:
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  • 1. atividades Cantor e compositor Pernambucano 13/12/1912, Exu (PE) 02/08/1989, Recife (PE) Luiz Gonzaga trouxe os ritmos do sertão nordestino para os meios de comunicação de massa Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Januário José Santos, lavrador e sanfoneiro, e de Ana Batista de Jesus, agricultora e dona de casa. Nasceu na cidade pernambucana de Exu, em 13 de dezembro de 1912. Desde criança se interessou pela sanfona de oito baixos do pai, a quem ajudava tocando zabumba e cantando em festas religiosas, feiras e forrós. Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário, mas já era conhecido como sanfoneiro. Viajou pelo Brasil como corneteiro e, de vez em quando se apresentava em festas, tocando sanfona. Deu baixa em 1939 e foi morar no Rio de Janeiro, levando sua primeira sanfona nova. Passou a tocar nos mangues, no cais, em bares, nos cabarés da Lapa, além de se apresentar nas ruas, passando o chapéu para recolher dinheiro.Prosseguiu fazendo programas de rádios, que estavam no auge e tinham artistas contratados. Em 1943, já na Rádio Nacional, passou a se vestir como vaqueiro nordestino. Recebeu de Paulo Gracindo o apelido de Lua. Seus sucessos eram quase anuais: "Baião" e "Meu Pé de Serra" (1946), "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" e "Mangaratiba" (1948) e "Paraíba" e "Baião de Dois" (1950). Casou-se com Helena das Neves. Dois anos depois, conheceu Zé Dantas, seu novo parceiro, pois Teixeira cumpria mandato de deputado estadual, afastando-se da música. Já em 1950, fizeram sucesso com "Cintura Fina" e "A Volta da Asa Branca". Nessa década, a música nordestina viveu sua fase áurea e Luiz Gonzaga virou o Rei do Baião. Em 84, recebeu o primeiro disco de ouro com "Danado de Bom". Por esta época apresentou-se duas vezes na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. Luiz Gonzaga morreu em Recife (PE), em 2 de agosto de 1989.
  • 2. Asa Branca Luíz Gonzaga Quando "oiei" a terra ardendo Qual a fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de "prantação" Por farta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Por farta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão "Intonce" eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração "Intonce" eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe, muitas légua Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar pro meu sertão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortar pro meu sertão Quando o verde dos teus "óio" Se "espaiar" na prantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu Meu coração Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu Meu coração.  Responda de acordo com o poema. 1. O poema ASA BRANCA, se refere aos problemas da seca. Em que região do nosso país este problema é comum? _ _________________________________________ 2. O que você sabe sobre este assunto? _________________________________________ _________________________________________ 3. Qual o nome da personagem na música? _________________________________________ 4. Neste texto existem muitas palavras que não estão escritas de forma culta. Faça uma lista delas e ao lado escreva-as novamente conforme a ortografia correta. _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ _________________________________________ 5. Pinte as palavras que fazem rima neste poema. 6. Na nossa região acontecem problemas por falta de chchuvas, ou por chover demais, provocando grandes enenchentes? Comente: ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________