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Critérios de validade
Em educação, os investigadores não podem

controlar os acontecimentos e quem age, mas o

processo de investigação permite-nos ter uma base

para lidarmos com estas situações de uma forma

lógica e adequada.
A validade de uma investigação é, normalmente,

dividida em validade interna e externa. A primeira é

relativa à coerência entre as conclusões de um estudo

e a realidade. A segunda está ligada à generalização

dos resultados e à possibilidade de, a partir das

conclusões de um estudo, se poder aplicar a outro

grupo alvo.
Segundo Tuckman (2012), “Um estudo tem

validade interna se o seu resultado se apresenta

mais em função do programa ou da abordagem a

testar do que outras causas sistematicamente

relacionadas com esse estudo” (p.51).
É a validade interna que dá ao investigador a certeza

de que os resultados podem ser aceites com base no

design de investigação.

Para um estudo ter validade externa é necessário que

os seus resultados possam ser aplicados a outros

programas ou ações.
A fiabilidade de um estudo garante-se através da

obtenção dos mesmos resultados quando replicamos

esse estudo. Mas uma das ameaças a essa fiabilidade

é a possibilidade de mudança de comportamentos dos

sujeitos em estudo, o que por vezes acontece em

educação.
No design-based research é dada enfâse à interação

entre os envolvidos nas práticas pedagógicas (alunos,

professores, auxiliares), à flexibilidade relativamente

às alternativas de design e à contextualização ao

considerar o ambiente, as necessidades e os objetivos

de aprendizagem.
Segundo afirma Nieveen (1999, citado por Nunes,

2012) para se assegurar a validade destes estudos e a

qualidade da intervenção é importante considerar

quatro critérios gerais:

i) relevância ou validade do conteúdo, implica

alicerçar os componentes da intervenção no estado da

arte em que o conhecimento se encontra;
ii) consistência ou validade do constructo, a

intervenção é planeada de uma forma lógica, onde

todos os componentes se relacionam uns com os

outros;

iii) praticabilidade, exige que os utilizadores finais

considerem a intervenção útil nos contextos em que

os materiais ou as estratégias foram planeadas e
desenvolvidas, e que seja compatível com as

intenções de quem desenvolveu o estudo;

iv) eficácia, implica que a intervenção seja efetiva e os

resultados desejados sejam alcançados .

Se   a   intervenção   cumprir    estes   requisitos   é

considerada válida.
Graus de importância dos critérios de validade nas

diferentes fases do estudo:
         Fases                     Critérios de Validade                Descrição de atividades

         1ª Fase                   Maior realce na validade do          Revisão da literatura e de projetos
         Investigação preliminar   conteúdo e não tanto na sua          de investigação similares, as quais
                                   consistência e praticabilidade       resultam em orientações para o
                                                                        enquadramento e o planeamento do
                                                                        1º modelo de intervenção



         2ª Fase                   Inicialmente       a  consistência   Desenvolvimento de uma sequência
         Protótipo                 (validade de constructo) e a         de protótipos que vão ser
                                   praticabilidade.                     experimentados e revistos com base
                                   Mais tarde será principalmente a     em avaliações formativas. Os
                                   praticabilidade e gradualmente a     protótipos podem ser apenas ideias
                                   atenção à eficácia                   cuja avaliação formativa acontece
                                                                        através das opiniões de especialistas



         3ª Fase                   Praticabilidade e eficiência         Avaliar se os objetivos dos
         Avaliação                                                      utilizadores    funcionam       na
                                                                        intervenção (praticabilidade) e se
                                                                        pode ser aplicado no seu ensino
                                                                        (relevância e sustentabilidade).
                                                                        Assim como se a intervenção é
                                                                        eficiente.




        (Plomp, 20120, p.26 citado por Nunes, 2012, p.163)
Referências


Nunes, C. (2012). Apoio a pais e docentes de alunos com

  multideficiência: Conceção e desenvolvimento de um

  ambiente virtual de aprendizagem. Manuscrito não

  publicado, Tese de doutoramento. Instituto de Educação da

  Universidade de Lisboa. Disponível em:

  http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7702/1/ulsd064599_t
Ricardo, L. (2011). Validade da investigação ação. Uma

   reflexão sobre a delimitação dos conceitos relacionados.

   Revista eletrónica para professores, formadores e

   educadores. Disponível em:

   http://revistaensinareaprender.blogspot.pt/2011/06/ac-valida
Tuckman, B.W. (2012). Manual de investigação em educação.

  Metodologia para conceber e realizar o processo de

  investigação científica (4ª edição) Lisboa: Fundação

  Calouste Gulbenkian.

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Critérios Validez Estudos 40

  • 2. Em educação, os investigadores não podem controlar os acontecimentos e quem age, mas o processo de investigação permite-nos ter uma base para lidarmos com estas situações de uma forma lógica e adequada.
  • 3. A validade de uma investigação é, normalmente, dividida em validade interna e externa. A primeira é relativa à coerência entre as conclusões de um estudo e a realidade. A segunda está ligada à generalização dos resultados e à possibilidade de, a partir das conclusões de um estudo, se poder aplicar a outro grupo alvo.
  • 4. Segundo Tuckman (2012), “Um estudo tem validade interna se o seu resultado se apresenta mais em função do programa ou da abordagem a testar do que outras causas sistematicamente relacionadas com esse estudo” (p.51).
  • 5. É a validade interna que dá ao investigador a certeza de que os resultados podem ser aceites com base no design de investigação. Para um estudo ter validade externa é necessário que os seus resultados possam ser aplicados a outros programas ou ações.
  • 6. A fiabilidade de um estudo garante-se através da obtenção dos mesmos resultados quando replicamos esse estudo. Mas uma das ameaças a essa fiabilidade é a possibilidade de mudança de comportamentos dos sujeitos em estudo, o que por vezes acontece em educação.
  • 7. No design-based research é dada enfâse à interação entre os envolvidos nas práticas pedagógicas (alunos, professores, auxiliares), à flexibilidade relativamente às alternativas de design e à contextualização ao considerar o ambiente, as necessidades e os objetivos de aprendizagem.
  • 8. Segundo afirma Nieveen (1999, citado por Nunes, 2012) para se assegurar a validade destes estudos e a qualidade da intervenção é importante considerar quatro critérios gerais: i) relevância ou validade do conteúdo, implica alicerçar os componentes da intervenção no estado da arte em que o conhecimento se encontra;
  • 9. ii) consistência ou validade do constructo, a intervenção é planeada de uma forma lógica, onde todos os componentes se relacionam uns com os outros; iii) praticabilidade, exige que os utilizadores finais considerem a intervenção útil nos contextos em que os materiais ou as estratégias foram planeadas e
  • 10. desenvolvidas, e que seja compatível com as intenções de quem desenvolveu o estudo; iv) eficácia, implica que a intervenção seja efetiva e os resultados desejados sejam alcançados . Se a intervenção cumprir estes requisitos é considerada válida.
  • 11. Graus de importância dos critérios de validade nas diferentes fases do estudo: Fases Critérios de Validade Descrição de atividades 1ª Fase Maior realce na validade do Revisão da literatura e de projetos Investigação preliminar conteúdo e não tanto na sua de investigação similares, as quais consistência e praticabilidade resultam em orientações para o enquadramento e o planeamento do 1º modelo de intervenção 2ª Fase Inicialmente a consistência Desenvolvimento de uma sequência Protótipo (validade de constructo) e a de protótipos que vão ser praticabilidade. experimentados e revistos com base Mais tarde será principalmente a em avaliações formativas. Os praticabilidade e gradualmente a protótipos podem ser apenas ideias atenção à eficácia cuja avaliação formativa acontece através das opiniões de especialistas 3ª Fase Praticabilidade e eficiência Avaliar se os objetivos dos Avaliação utilizadores funcionam na intervenção (praticabilidade) e se pode ser aplicado no seu ensino (relevância e sustentabilidade). Assim como se a intervenção é eficiente. (Plomp, 20120, p.26 citado por Nunes, 2012, p.163)
  • 12. Referências Nunes, C. (2012). Apoio a pais e docentes de alunos com multideficiência: Conceção e desenvolvimento de um ambiente virtual de aprendizagem. Manuscrito não publicado, Tese de doutoramento. Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7702/1/ulsd064599_t
  • 13. Ricardo, L. (2011). Validade da investigação ação. Uma reflexão sobre a delimitação dos conceitos relacionados. Revista eletrónica para professores, formadores e educadores. Disponível em: http://revistaensinareaprender.blogspot.pt/2011/06/ac-valida
  • 14. Tuckman, B.W. (2012). Manual de investigação em educação. Metodologia para conceber e realizar o processo de investigação científica (4ª edição) Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.