4. A Base Nacional Comum Curricular é um
documento normativo para as redes de
ensino e suas instituições públicas e
privadas, referência obrigatória para
elaboração dos currículos escolares e
propostas pedagógicas para o ensino
infantil, ensino fundamental e ensino
médio no Brasil.
7. A POSTURA DO PROFESSOR DIANTE DA BNCC
É preciso adotar a postura do professor 2.0
O professor 2.0 estimula a participação e a
interação dos alunos durante as aulas, utiliza
recursos e linguagens digitais disponíveis
para enriquecer a prática pedagógica e
compreende o aluno como protagonista do
processo de ensino e aprendizagem.
8. Professor tradicional Professor 2.0
Só dá aulas expositivas.
Estimula a participação e a
interação.
Utiliza somente o material
impresso.
Além do material impresso,
também utiliza recursos e
linguagens digitais.
Trata os alunos como
receptores passivos do
conteúdo.
Considera os alunos como
protagonistas do processo de
ensino e aprendizagem.
Se não evoluir, o professor tradicional terá dificuldades para se adaptar às
mudanças educacionais (como as propostas pela BNCC), enquanto
o professor 2.0 vai prosperar muito neste novo cenário.
O professor 2.0 tem um papel essencial na nova BNCC. Ele vai utilizar os
recursos tecnológicos para se conectar às formas de comunicação e
expressão particulares das novas gerações, desenvolvendo competências
e habilidades atuais, que contribuem na criação de uma nova realidade
educacional.
9. Diante disso é preciso rever vários aspectos
que tangem à prática educativa.
• Formação continuada;
• Diagnóstico;
• Organização do trabalho pedagógico;
• Avaliação.
11. SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Sequência didática é um termo em educação para
definir um procedimento encadeado de passos, ou
etapas ligadas entre si para tornar mais eficiente o
processo de aprendizado.
Essa estratégia também conversa com os
princípios da BNCC sobre a progressão do
conhecimento, a partir de proposição de atividades
diversificadas e que tornem-se cada vez mais
desafiadoras e complexas.
12. COMO E ONDE SURGIU O TERMO?
O termo sequência didática surgiu na França, em meados dos anos
1980, nos programas escolares oficiais de todos os níveis e séries. Fazia
parte de uma tentativa do Governo Francês em promover um ensino
“descompartimentalizado” (o temo francês para isso é
“décloisonnement”). Ou seja: no ensino da língua materna, era costume
segmentar os conteúdos, ensinando-os de forma “compartimentalizada”:
ortografia, classes gramaticais, sintaxe, etc. A sequência didática foi uma
tentativa de reverter esse modelo de ensino e planejada para ser um
procedimento que permitiria ensinar todos esses conteúdos de forma
integrada, para atingir um objetivo único (por exemplo, produzir um
texto no gênero receita culinária).
13. Sequência didática: o que é?
Organizado em
passos ou etapas
Viabiliza estudo e
aprofundamento
Planejado pelo
professor
Garante propósito
para escrita
Permite
interdisciplinaridade
Procedimento de
ensino
14. Sequência didática: por quê?
O planejamento da SD permite:
Escolher temáticas relevantes para a vida das
crianças;
Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos;
Estimular a reflexão e a promoção de situações de
interação propícias às aprendizagens;
Favorecer a sistematização dos conhecimentos;
Diversificar estratégias didáticas.
16. Ao planejar a sequência didática é importante conhecer
as etapas pelas quais passa o aluno na construção do
conhecimento a respeito de qualquer objeto de estudo.
TAXONOMIA DE BLOOM
18. • A sequência didática é uma estratégia
educacional que busca ajudar os alunos a
resolverem uma ou mais dificuldades reais
sobre um tema específico. Seu resultado
vem a partir da construção e acumulação
de conhecimento sobre o assunto em
questão, obtido por meio do planejamento e
execução, ao longo de um período de
tempo, de várias atividades que conversam
entre si.
19. O diferencial da sequência didática
enquanto estratégia de melhoria do
aprendizado dos estudantes é que as
atividades são elaboradas e desenvolvidas
seguindo uma lógica sequencial de
compartilhamento e evolução do
conhecimento.
20. Com essa estratégia, os professores esperam
dar mais sentido ao seu processo de ensino e,
ao mesmo tempo, aumentar o engajamento
dos alunos nas atividades pedagógicas, e, com
isso, otimizando o seu aprendizado.
21. Como definir o tema da
sequência didática?
As sequências sempre são parte de um
planejamento didático maior, em que você
coloca o que espera dos estudantes ao
longo do ano. A escolha dos temas de cada
proposta não pode ser aleatória.
22. O que levar em conta na sondagem
inicial?
A sondagem é fundamental a todo o trabalho
por ser o momento em que são levantados os
conhecimentos da turma. Muitas vezes, os
professores acham que perguntar "o que vocês
sabem sobre..." é suficiente para ter respostas,
mas não é bem assim. Essa etapa inicial já
configura uma situação de aprendizagem e
precisa ser bem planejada.
23. Como estabelecer objetos do
conhecimento, habilidades e objetivos
Conteúdo é o que você vai ensinar e objetivo
o que espera que as crianças aprendam. Se,
por exemplo, sua proposta for trabalhar com
a leitura de poemas, precisa parar e pensar
o que especificamente quer que a turma
saiba após terminar a sequência.
24. Que critérios utilizar para
encadear as etapas?
Quando você pensa nas ações de uma
sequência didática, já tem na cabeça uma
primeira ideia de ordem lógica para colocá-
las. Para que essa organização dê resultado,
lembre-se de pensar em quais
conhecimentos a classe precisa para passar
de uma atividade para a seguinte
(considerando sempre que os alunos têm
necessidades de aprendizagem diversas).
25. Como estimar o tempo que
dura uma sequência?
A resposta a essa pergunta não está
relacionada à quantidade de tarefas que
você vai propor, mas à complexidade dos
conteúdos e objetivos que tem em mente.
Para saber a duração de uma sequência,
leve em conta o que determinou que os
alunos aprendam e quanto isso vai
demorar.
26. • No curso de cada sequência se incluem atividades
coletivas, grupais e individuais. Cada uma funciona
melhor para uma intenção específica. Você propõe
uma atividade no coletivo quando quer estabelecer
modelos de comportamentos e procedimentos.
Qual a melhor forma de organizar a
turma?
27. Ao participar de um grupo e trocar com os
colegas, a criança tem aprendizados que são
úteis quando ela for trabalhar sozinha. Já uma
atividade em dupla é interessante quando quiser
que o aluno tenha uma interação mais focada,
apresentando suas hipóteses e confrontando-as
com o outro. As propostas individuais, por sua
vez, permitem à criança pôr em xeque os
conhecimentos que construiu. Essas
organizações são critérios didáticos que
precisam ser pensados com base nos objetivos
da cada etapa e nas características da classe.
28. Como avaliar o que a turma
aprendeu?
A avaliação pode ser feita de diferentes formas. A
pergunta principal que você tem de responder, ao
final de uma sequência, é se os alunos avançaram
de um estado de menor para um de maior
conhecimento sobre o que foi ensinado.
29. Para isso, vale registrar os progressos de
cada estudante, observando como ele se sai
nas atividades, desde a sondagem inicial -
que já é uma situação de aprendizagem - até
a etapa final. Ao analisar esses registros, fica
fácil entender quais foram os avanços dos
alunos.