3. Introdução
No dia 08 de Março de 2017 realizou-se uma visita de estudo no âmbito da disciplina
de Biologia e Geologia com o objectivo de analisar as zonas costeiras e os problemas de
ordenamento de território. Estes temas foram abordados no capítulo 1 do tema 4- “Ocupação
antrópica e problemas de ordenamento”.
Esta visita de estudo teve como objectivos principais:
Mobilizar a comunidade educativa no desenvolvimento de atitudes e valores
em torno da leitura e literacia dos oceanos.
Desenvolver a curiosidade geográfica como produtora da educação para a
cidadania.
Compreender a importância da exploração/ uso dos recursos naturais,
integrados numa perspectiva do conceito de desenvolvimento sustentável;
Observar aspectos da dinâmica sedimentar na faixa litoral;
Reconhecer as zonas litorais como zonas muito vulneráveis;
Sensibilizar para a conservação/preservação dos recursos geológicos.
As zonas litorais constituíram desde sempre espaços privilegiados para actividades
culturais, desportivas, económicas, turísticas e de lazer. Atualmente, estes locais são
reconhecidos pela sua importância paisagística, patrimonial e ecológica.
Esta separação entre o domínio continental e o domínio marinho não é, na realidade,
uma simples linha, tal como é representada nas cartas e nos mapas, mas uma faixa complexa,
dinâmica, provida de mutualidades e mobilidade, na qual atuam vários processos geológicos.
Calcula-se que apenas 10% dos sedimentos depositados no mar sejam efectivamente
produzidos pelo próprio mar. Nas regiões costeiras, onde as massas rochosas, estratificadas ou
não, penetram na água com forte inclinação, proporcionam-se as condições para a formação
de escarpados. Com o decorrer dos tempos geológicos, regiões costeiras podem afundar-se
ou, por outro lado, as águas marinhas elevarem-se e inundarem regiões anteriormente
emersas.
Nos dias de hoje a dinâmica da faixa litoral é também condicionada pela intervenção do
Homem, salientando-se os seguintes fenómenos:
O aumento da quantidade de gases provocado pelo agravamento do efeito de estufa
origina o incremento do nível médio das águas do mar;
A construção de barragens leva a uma diminuição da quantidade de sedimentos que
chegam ao litoral;
A destruição das dunas devido ao pisoteio;
O arranque da cobertura vegetal e extracção de inertes para a construção civil.
Toda esta dinâmica será observada na visita de estudo.
4. Desenvolvimento
1ª Etapa- Praia da Fragosa; Praia da Esteiro; Praia do Quião; Praia do Aguçadoura;Praia da
Barranha
Fig.1 – Praia da Fragosa
Fig.2 - Vegetação na transição praia-estrada e ocupação antrópica em zona litoral
5. Fig.3 - Forte ocupação antrópica em zonas muito próximas do areal
Fig.4 - Paliçadas
As paliçadas têm a função de diminuir a velocidade dos grãos de areia
transportados pelo vento, fazendo com que estes fiquem na duna.
Simultaneamente, promove a colonização das dunas pela vegetação.
6. Fig.5 – Passadiços
Os passadiços evitam o pisoteio desordenado e facilitam o acesso à praia,
evitando-se a destruição da vegetação das dunas.
Fig.6 – Corte eólico e pisoteio Fig.7 – Pisoteio
Apesar da existência de passadiços, foram encontradas zonas de pisoteio, que
contribuem para a erosão das dunas.
7. Fig.8 - Riacho Fig.9 - Vegetação na zona litoral
Fig.10 – Praia do Esteiro
A norte da praia do Esteiro, observa-se uma grande acumulação de areia pois os
afloramentos rochosos funcionam como um esporão
9. Fig.14 – Evidência da erosão na zona litoral
Fig.15- Moinho antigo recuperado
10. Fig.20- Seca do sargaço
Figs.16,17,18 e 19- Vegetação nas dunas
A vegetação dunar é crucial para a preservação das dunas, já que as raízes das plantas
“fixam” as areias e reduzem a erosão.
11. Figs.21,22 e 23 – Moinhos antigos
Figs.21, 22 e 23 - Moinhos antigos
Fig.24- Ocupação antrópica numa zona litoral
12. Figs.25, 26 e 27 – Rio na Praia da Aguçadoura
Fig.28 – Placa na Praia de Ofir
13. Figs.29,30 e 31 – Esporão de Ofir
Figs.32 e 33 – Elevada erosão no areal resultante da colocação do esporão
14. Fig.34 - Ocupação antrópica perto do areal
Figs.27 e 28 - Cilindros de areia confinada
15. Conclusão
Nesta visita de estudo foi possível observar e analisar as zonas costeiras e os
problemas de ordenamento de território.
Chegamos à conclusão que as zonas costeiras encontram-se sob um risco elevado de
erosão. Há diversas medidas a ser implantadas como por exemplo: as paliçadas, os passadiços,
os esporões e os cilindros de areia confinada – todos observados na visita.
No entanto, algumas destas medidas estão a trazer mais desvantagens do que
benefícios. Os esporões são um exemplo deste caso. O lado contrário ao movimento das ondas
está a ser fortemente erodido.
Experienciamos diversos momentos de descontracção e convivido tanto com os
professores como os colegas. Achamos esta visita bastante útil no domínio da aprendizagem.