1. Terra & Cia Maio 2015 1
22ª AGRISHOW
Termômetro
do mercado atrai
160 mil pessoas
8ª AGROBRASÍLIA
Feira dos Cerrados
movimenta
R$ 627 milhões
Ribeirão Preto SP
Maio - 2015
Ano 17 - Nº 195
R$ 10,00
TERRA&CIA
INTEGRA CONTEÚDO
DA REVISTA CANAMIX
Tradicional publicação do setor
sucroenergético agora está aqui
81ª EXPOZEBU
Resultado 3%
superior ao alcançado
em 2014
4. 4 Terra & Cia Maio 2015
Plínio César,
diretor
Diretor: Plínio César
A voz do agronegócio
Edição: Equipe Terra & Cia
Editor Chefe: Doca Pascoal
Reportagem: Marcela Servano
Editor Gráfico: Jonatas Pereira | Creativo ArtWork
Contatos com a Redação:
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Outras publicações da Agrobrasil:
Guia Oficial de Compras do Setor Sucroenergético
Revista CanaMix
Portal CanaMix
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Artigos assinados, mensagens publicitárias e o
caderno Marketing Rural refletem ponto de vista
dos autores e não expressam a opinião da revista.
É permitida a reprodução total ou parcial
dos textos, desde que citada a fonte.
editorial
E
sta edição da Terra&Cia é especial. Além da ampla cobertura dos eventos
Agrishow, AgroBrasília e ExpoZebu 2015, a revista traz uma novidade. A partir
de agora, todo o conteúdo da revista CanaMix, tradicional publicação do Grupo
AgroBrasil voltada para o setor sucroenergético, fará parte da Terra&Cia como um Ca-
derno especial. Nas próximas páginas eu explico detalhadamente em uma entrevista con-
cedida ao jornalista Doca Pascoal, editor da revista.
A Agrishow, uma das maiores feiras internacionais de tecnologia agrícola em ação
da América Latina, se posicionou, mais uma vez, como referência do segmento e como o
principal termômetro do comportamento do mercado. A 22ª edição do evento atraiu cer-
ca de 160 mil visitantes, público qualificado formado, na maioria, por produtores rurais
do Brasil e do exterior. Os visitantes puderam conhecer as principais novidades do agro-
negócio em uma área de 440 mil m².
A AgroBrasília, conhecida como Feira Internacional dos Cerrados, movimentou
R$ 627 milhões em negócios realizados por 420 expositores. A 8ª edição do evento
atraiu 98 mil visitantes e mostra ser, mais uma vez, uma das feiras agropecuárias mais
importantes do Brasil. A feira expôs maquinários com tecnologia de ponta, palestras, ro-
tas tecnológicas, simpósios, espaço de valorização da agricultura familiar e oportunida-
des diferenciadas de acesso ao crédito.
Já a ExpoZebu chegou à sua 81ª edição com faturamento superior a R$ 46 mi-
lhões referentes às vendas de animais ocorridas em 34 leilões. A maior feira de zebuí-
Um por todos!
nos aconteceu em Uberaba, MG, e registrou um valor mé-
dio de R$ 31,3 mil por animal, resultado 3% superior ao
alcançado na edição do ano passado. Ao todo foram comer-
cializados 1.481 animais. O público chegou a quase 200
mil visitantes que puderam conhecer 120 empresas expo-
sitoras. Espero que apreciem as novidades da Terra&Cia.
Boa leitura !
AlfredoRisk/TribunaRibeirão
5. Terra & Cia Maio 2015 5
CAPA
Terra&Cia integra
conteúdo da
revista CanaMix
06
LEIA TAMBÉM
9 CADERNO CANAMIX
OPINIÃO
- O conceito da Indústria 4.0, por
Márcio Venturelli
- Ferrugem alaranjada se combate
com variedades resistentes
- Composto natural é usado na
fermentação alcoólica
- Estudo mostra conceito integrado de
sistema hídrico
PORTAL CANAMIX
- Aralco espera colher 3,8 milhões de
toneladas de cana
- Raízen renova parceria com Instituto
Ayrton Senna
- CTC oferece ferramenta gerencial
grátis para usinas
- Cosan diz que melhora climática
impulsiona produtividade da cana
- Setor sucroenergético reativa Frente
Parlamentar em Brasília
FEIRAS E EVENTOS
20 AGRISHOW
- Agrishow reafirma papel de agente
de estímulo ao agronegócio
- Estande do Grupo AgroBrasil
movimenta o pavilhão coberto
- Volkswagen expõe linha 2015
da Amarok
- Casale amplia linha Feeder SC
- Case IH mostra implementos para
cana, café e biomassa
- FAESP-SENAR/SP é destaque na
Agrishow 2015
- GTS destaca versatilidade da plaina
canavieira Planner 710
- Empresário Assis Strasser aposta em
planejamento
- Iveco expõe linha de transporte
para o agro
- Jacto lança pulverizador costal
a bateria
- Manipulador telescópico é destaque da JCB
- John Deere lança dois modelos de
colhedoras de cana
- Landini destaca tratores montados
no Brasil
- LS Tractor se firma no mercado
brasileiro
- MF 6711R Dyna-4 é eleito Trator
Sumário
do Ano 2015
- New Holland renova time
de colheitadeiras
- Scania destaca opções customizadas
da linha 2015
- Sollus destaca plantadora de cana picada
- Titan mostra protótipo do pneu
de alta flutuação
- Trelleborg apresenta pneu sustentável
- Valtra lança sua primeira
colhedora de cana
- DAF destaca modelo de caminhão
XF105
- Syngenta destaca soluções para
plantio de cana
- Agrale expõe linha de tratores
- ECO Four lança produtos ecológicos
- Jaguar Land Rover testa robustez
da Discovery
- Renault apresenta Duster Oroch
- Mosaic destaca fertilizante
fosfatado premium
- MWM apresenta nova linha de
motores off-road
52 AGROBRASILIA
- Feira Internacional dos Cerrados
movimenta R$ 627 milhões
- Koppert apresenta estande funcional
na Agrobrasília
- Basf oferece tecnologia AgCelence
- Bayer destaca herbicida para milho
- Nutrição vegetal é destaque da Bio Soja
- Calcário agrícola dá mais força ao solo
- Dow destaca novas linhas de inseticidas
- Produtos biológicos são destaques
da IHARA
- Valtra destaca colheitadeira
de soja BC8800
- DuPOnt mostra híbridos e defensivos
- Massey Ferguson mostra alta
tecnologia embarcada
- New Holland Construction lança
escavadeira hidráulica
- Nidera destaca tecnologia Intacta
RR2 PRO™
- Penergetic leva tecnologia
em Bioativação
- Santa Clara lança linha de fertilizantes
minerais líquidos
- Fungicida Elatus é aposta da Syngenta
para soja
64 EXPOZEBU
- ExpoZebu 2015 fatura R$ 46,4 milhões
6. 6 Terra & Cia Maio 2015
Presidente do Grupo AgroBrasil fala sobre mudanças estratégicas
que motivaram a união das publicações especializadas em
cana-de-açúcar e em agronegócios de forma geral
Doca Pascoal
T
radicional publicação do setor
sucroenergético, a revista Cana-
Mix passa a fazer parte do con-
teúdo editorial da revista Terra&Cia.
A mudança faz parte de uma estraté-
gia do Grupo AgroBrasil, responsável
pelas publicações, para concentrar em
um só produto os assuntos ligados ao
agribusiness brasileiro. De acordo com
o presidente do Grupo, Plínio César de
Azevedo Junior, a unificação das duas
revistas foi definida após um ano de
avaliação do mercado.
Para o diretor, as questões do se-
tor de cana-de-açúcar precisam figu-
rar no contexto geral do agronegócio.
“Isso ficou muito evidente após con-
versas constantes, no último ano, com
executivos e gerentes de usinas, empre-
sários da indústria de bens de capital,
fornecedores, produtores rurais, dire-
tores e representantes de cooperativas,
associações, lideranças políticas e sin-
dicatos ligados ao agronegócio brasilei-
ro. Estamos acompanhando as tendên-
cias do mercado”, disse.
Em entrevista, Plínio César de-
talha a mudança destacando que o Ca-
derno CanaMix, agora incorporado à
revista Terra&Cia, terá um conteúdo
qualificado do segmento canavieiro,
com informações relevantes sobre as
áreas agrícola e industrial das usinas,
novidades sobre a indústria fornecedo-
ra, pesquisas, estatísticas, opiniões de
especialistas e demais informações re-
almente capazes de atender às expecta-
tivas dos leitores. “Mudar para melho-
rar”, observa o diretor.
Terra&Cia - A revista CanaMix
nasceu em 2008 e rapidamente con-
quistou os leitores, por conta de sua li-
nha editorial moderna e diferenciada.
Uma publicação que se tornou forte e
conquistou a liderança editorial neste
mercado. Foi difícil a decisão de incor-
porar a CanaMix em outra publicação?
Plínio César de Azevedo Junior -
Não foi difícil, pois a CanaMix conti-
nua. Mudou apenas de endereço. Aliás,
mais forte do que nunca, porque os as-
suntos ligados ao setor sucroenergético
passam a figurar no contexto geral do
agronegócio brasileiro. A cana-de-açú-
car tem um significado absolutamente
especial para a economia brasileira e
os temas ligados a essa cultura preci-
sam ser abordados de forma específica,
no entanto, jamais dissociados ao agri-
business. A CanaMix, agora como ca-
Capa
Terra&Cia integra conteúdo
da revista CanaMix
Presidente do Grupo AgroBrasil, Plínio César de Azevedo Junior
ArquivoT&C
7. Terra & Cia Maio 2015 7
Fonte: Dados obtidos a partir de carta-testemunho cedida à Goodyear.
PERFORMANCE COMPROVADAPERFORMANCE COMPROVADA
Para o Gerente de Transporte da Usina Açucareira Furlan,
de Santa Bárbara D'Oeste, pneu tem que ser Goodyear.
O G677 Plus tem ganho total de carcaça de 12% e 7%
a mais em banda original, se comparado com os pneus
utilizados anteriormente pela empresa.
Seja na estrada ou na cidade, asfalto ou terra,
para passageiro ou para carga, pneu Goodyear tem
performance superior comprovada.
JOÃO FURLAN
Gerente de Transporte da Usina Açucareira Furlan
“OS G677 PLUS TÊM UM GANHO TOTAL DE
CARCAÇA DE 12%, SE COMPARADO AOS OUTROS.”
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Goodyear do seu segmento
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Goodyear roda mais.
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Pedestre,usesuafaixa.
8. 8 Terra & Cia Maio 2015
derno especial da revista Terra&Cia, vai
manter um conteúdo qualificado, com
informações relevantes sobre as áreas
agrícola e industrial das usinas, novida-
des sobre a indústria fornecedora, pes-
quisas, estatísticas, opiniões de especia-
listas e demais informações realmente
capazes de atender às expectativas dos
leitores.
T&C - O que muda na prática?
PC - O conteúdo da CanaMix pas-
sa a ser abordado, como um cader-
no especial, dentro da revista mensal
Terra&Cia. Terá uma capa dedicada
e tudo mais. O que muda é a relevân-
cia das matérias. Nossa equipe edito-
rial está orientada a buscar as melhores
informações do setor. Passei o último
ano buscando entender as expectativas
dos leitores e parceiros da revista Ca-
naMix. Ouvi muita gente, lideranças do
setor, empresários, antigos e novos lei-
tores. Concluí que as pessoas estão em
busca de novidades efetivas, temas que
possam realmente agregar conhecimen-
to. Então é fácil entender: a CanaMix,
com um conteúdo revitalizado, está
dentro da revista Terra&Cia. E o leitor
só tem a ganhar, uma vez que terá aces-
so às informações mais importantes do
setor canavieiro e dos demais segmen-
tos agro, como pecuária, grãos, horti-
fruti, citricultura, piscicultura, celulose
e papel, avicultura, entre muitos outros.
T&C - A revista Terra&Cia é um
título novo. Você chegou a pensar em
fazer o contrário, ou seja, colocar o
conteúdo da Terra&Cia dentro da revis-
ta CanaMix, que já está consolidada no
mercado?
PC - Sim, no início foi o que fize-
mos, porem, entendemos que a cana de
açúcar é uma cultura inserida no agrone-
gócio, assim o título Terra&Cia nos soou
mais apropriado para o novo conteúdo
editorial da revista. A intenção é abordar
o agronegócio de forma geral. A revista
Terra&Cia pode ser um título novo, mas
traz em sua linha editorial o DNA da an-
terior revista de agro, a Panorama Ru-
ral, que vinha sendo editada pela equipe
de jornalistas do Grupo AgroBrasil a 5
anos, responsável também pela publica-
ção do Guia de Compras SA. Sendo as-
sim, a Terra&Cia passa a reunir a expe-
riência e credibilidade de publicações que
sempre se destacaram entre os veículos
de comunicação nacionais especializados
no agronegócio do País. O agribusiness
brasileiro é interligado e de importância
estratégica para a economia de um País
de dimensões continentais, considerado
uma nação capaz de alimentar o mundo.
É esse o Brasil que a Terra&Cia pretende
mostrar, com uma agricultura forte, sus-
tentável e unida.
T&C - O setor sucroenergético pas-
sa por dificuldades há alguns anos. Isso,
de certa forma, motivou as mudanças
editorias do Grupo AgroBrasil?
PC - Sem dúvida. O setor de ca-
na-de-açúcar foi bombardeado não ape-
nas pela crise econômica desencadeada
em 2008, mas também pelos desmandos
do atual Governo Federal, que não foi ca-
paz de visualizar a importância estraté-
gica do segmento sucroenergético para o
País. O atual cenário político econômico
do Brasil tem provocado mudanças em
vários setores. A indústria de base, aque-
la que alimenta as usinas de tecnologia e
inovações, mudou de perfil. Fornecedores
que antes eram dedicados apenas ao seg-
mento canavieiro, precisaram se reinven-
tar para atuar em outros mercados. Vá
a Sertãozinho, Piracicaba e outras regi-
ões que concentram indústrias desse tipo.
Há um nítido e necessário movimento de
mudança e adaptação. Não seria diferen-
te em relação à CanaMix. Também sofre-
mos com a crise, mas, assim como o se-
tor, também tivemos que nos adequar. Se
a crise tem algum lado bom é justamen-
te a pressão por mudanças. Nos tira de
uma zona de conforto. Nos faz amadure-
cer e entender melhor o negócio. É por
isso que sou otimista, assim como mui-
tos empresários com quem tenho conta-
to. Estamos de mãos dadas.
T&C - Qual a sua expectativa em
relação à nova etapa pela qual passa o
Grupo AgroBrasil?
PC - Como eu disse, sou um otimis-
ta. Vejo que o País tem passado por uma
reviravolta importante, especialmen-
te por conta de uma pressão da socie-
dade. Empresários de “grosso calibre”
sendo presos, discussões sobre refor-
mas políticas mais acirradas, a corrup-
ção abordada em vários níveis como o
grande mal do Brasil, a cartolagem da
FIFA e CBF sendo desmascarada, en-
fim, parece que o Brasil está vivendo
um processo de amadurecimento. Em
meio a tudo isso, a agricultura sobrevi-
ve. Os segmentos ligados ao campo se
adequam. Com a revista Terra&Cia não
é diferente. Estamos nos adequando
para progredir. Haja a crise que hou-
ver, o mundo vai precisar de alimentos.
A terra tem que produzir e isso é inevi-
tável. Nosso papel é mostrar a impor-
tância da agricultura e da pecuária de-
senvolvidas no Brasil. Todas as culturas
têm sua importância estratégica. E a
Terra&Cia vai mostrar isso. A publica-
ção está estruturada para correspon-
der às expectativas do leitor. Adotamos
uma linha editorial que contempla, aci-
ma de tudo, a clareza e relevância das
informações. Concebemos um veículo
que permite a participação efetiva dos
leitores. Esperamos, com isso, man-
ter a versatilidade necessária para que
a edição se mantenha, continuamente,
na rota do crescimento. Esta edição da
Terra&Cia, que concentrou informa-
ções sobre a cobertura da Agrishow,
Expozebu e da AgroBrasília, um pouco
atípica por conta das adaptações natu-
rais de um novo produto, é o início de
um grande projeto editorial para o se-
tor agro nacional.
Capa
10. 10 Terra & Cia Maio 2015
Caderno CanaMix
Opinião
O conceito da Indústria 4.0
*Márcio Venturelli
E
stamos vivendo a transição
da 3ª Revolução Industrial
para a 4ª Revolução Indus-
trial. A partir da década de 1970, a
implantação de computadores nas li-
nhas de produção, fazendo o controle
dos processos, permitiram ganhos de
escala sem precedentes, além de pa-
dronização e elevada qualidade, re-
duzindo drasticamente os custos de
produção.
A partir da década de 1990, a
massificação da Internet trouxe um
novo conceito de se comunicar, im-
pactando diretamente a vida das pes-
soas. A ideia básica foi que todos es-
tivessem se comunicando através de
uma plataforma única, hoje com re-
des sociais e, usando dispositivos
on-line, os smartphones, permitin-
do troca de informações, pesquisas,
análise de dados, decisões e ações em
tempo real e descentralizada.
O setor sucroenergético também
evoluiu no quesito Automação Indus-
trial. No início da década de 1980,
os painéis de controle pneumático fo-
ram substituídos por eletrônicos, de-
pois por redes industriais na década
de 1990 e, no início do século XXI
vemos as Usinas com Centro de Ope-
rações comandando toda a planta, a
partir de tecnologias de Controlado-
res Programáveis, todos conectados
em redes de informação e controle.
As novas tecnologias que sur-
gem como bandeira desta nova re-
volução já são presentes, porém es-
tamos vivendo uma transição, sem
estabelecer um limite de implanta-
ção, com novos conceitos, tais como
Internet das Coisas (IoT) e Banco de
Dados (Big Data), que permeiam esse
novo cenário.
Na prática, as plantas indus-
triais são reativas quanto aos proces-
sos produtivos, mudanças de cenário
econômico, de consumidores, tendên-
cias de manutenção e operação, so-
mente aparecem para o operador ou
coordenador quanto de fato ocorrem,
na maioria das vezes arrastando pre-
juízos na produção de toda ordem,
custo, segurança e qualidade.
As variáveis do processo são
centralizadas nos controladores, com
o objetivo final de fazer o controle
operacional. Porém elas não são in-
terligadas, não se comunicam umas
com as outras. Por exemplo, quando
há baixa de carga na moenda, os mo-
tores continuam recebendo máxima
carga, diminuindo a eficiência ener-
gética. Quando há contaminação no
mosto, demora-se a chegar no resul-
tado, vindo do laboratório, de quanti-
dade de dosagem química, diminuin-
do o rendimento produtivo. Operações
vazias, flutuantes, com alta variabi-
lidade, exigem consumo contínuo de
água, ar comprimido, vapor, gases e
energia elétrica, impactando em des-
perdício e alta emissão de CO2.
O conceito da Indústria 4.0, no
qual propomos o tema Usina 4.0, é
a criação de um ambiente industrial
onde as pessoas, equipamentos e in-
formações trafeguem nesta grande
rede. Podemos chamá-la de Internet
Industrial. A usina estará conectada
num ambiente de informações dinâ-
micas, por exemplo, dados meteoro-
lógicos, que influenciam o campo e a
moagem, no tempo real, permitindo
uma tomada de decisões sobre corte
e produção; a conexão do estoque de
insumos, seu consumo em tempo real
e operação com os fornecedores de
produtos e serviços, permitindo a en-
trega e análise do processo no tempo
que ocorre, eliminando desperdícios
de toda ordem.
A Usina 4.0 terá todo o proces-
so produtivo conectado, todos os ins-
trumentos e equipamentos na planta
industrial, no setor agrícola com má-
quinas e equipamentos conectados no
GPS trocando informações com a in-
dústria e os parâmetros dos contro-
ladores. Isso será permitido através
da Internet da Coisas (IoT), a maio-
ria com redes sem fio Wireless. Todo
o processo produtivo será simulado
através de cenários, tanto de mer-
cado, quanto de consumo, fazendo a
Usina produzir sob medida, na me-
lhor relação Insumo x Venda, pois
o Banco de Dados (Big Data) rece-
berá todas as informações da cadeia
produtiva, tanto interna, dos equipa-
AleCarolo/alecarolo.com
11. Terra & Cia Maio 2015 11
Caderno CanaMix
Opinião
mentos e pessoas que vimos, quanto
externa, fornecedores, governos, cli-
ma, mercado, entregando informa-
ções para tomada de decisões.
Será também suportada pela
Computação Cognitiva, onde os siste-
mas “aprenderão” com os cenários.
É a evolução do próprio controle ope-
racional que hoje existe na forma de
controladores programáveis e super-
visórios, ou ainda, os SDCD Sistemas
Digitais de Controle Distribuído, ofe-
recendo aos operadores e coordena-
dores as melhores opções de tomada
de decisões, analisando o ambiente
produtivo com variáveis relaciona-
das, tais como, caso ocorra uma que-
bra de caminhão, o impacto que so-
frerá a moagem e em qual tempo, um
aumento da umidade e o impacto na
cogeração e consumo do insumo na
Unidade Termoelétrica, uma deman-
da pontual para produzir etanol ani-
dro, qual o melhor arranjo produtivo
e em que momento para obter o me-
lhor aproveitamento.
Os pilares da Usina 4.0, que
serão baseados nos conceitos des-
ta Indústria 4.0, terão as seguintes
características:
Interoperabilidade dos siste-
mas, pessoas e informações, tudo se
intercomunica no sistema Ciberfísico
da Usina;
Virtualização da fábrica, uso de
modelos conectados com os sistemas
físicos, podendo simular toda a safra,
antes mesmo de iniciar, com todos os
cenários e pré-setar equipamentos;
Descentralização dos sistemas,
permitindo que os subsistemas tomem
decisões dentro do conjunto, através
de modelos de automação avançados;
Banco de dados em tempo real,
capacidade de coletar, analisar e for-
necer conhecimento da cadeia produ-
tiva no instante que ocorre;
Orientação a serviços, todos os
sistemas, pessoas e informações pu-
blicam e consomem informações de
acordo com a demanda do modelo
produtivo;
Modularidade de todo o siste-
ma, permitindo alta flexibilidade de
mudanças de requisitos, substituição
ou expansão da produção de forma
inteligente.
Podemos apontar os principais
benefícios de uma planta produtiva
com esse novo conceito:
Redução de Custos – o processo é
rastreado
Economia de Energia – equipamen-
tos mais eficientes
Aumento da Segurança – as ações
são antecipadas e não mais reativas
Conservação Ambiental – uso efi-
ciente de energias
Redução de Erros – o processo é in-
terconectado (encaixado)
Fim do Desperdício – produzir na
quantidade certa
Transparência nos Negócios – uma
rede que permite governança
Aumento da Qualidade de Vida –
uma planta com pessoas produzindo
de forma inteligente
Personalização e Escala sem Prece-
dentes – quantidade de acordo com
demanda
A Indústria 4.0 é uma proposta,
que já é uma realidade, ainda que em
fase inicial e experimental em algu-
mas plantas, todavia é um vetor que
aponta para uma nova forma de lidar
com a produção e em nosso caso, ser-
vindo de mais uma ferramenta de efi-
ciência na produção de etanol, açúcar
e energia elétrica.
*Márcio Venturelli é gerente de
Novos Negócios e Tecnologia da DLG
Automação Industrial, diretor presi-
dente da ISA seção Sertãozinho e co-
ordenador do Comitê de Automação
Industrial do CEISE BR
rodapé de pagina
12. 12 Terra & Cia Maio 2015
Revolucione sua produtividade.
Prosugar
Tecnologia inovadora criada para aperfeiçoar o processo
de clarificação do açúcar. Não remove apenas a cor, mas
garante também melhorias no desempenho industrial:
remove a cor de forma irreversível;
promove maior volume na produção de açúcar;
aumenta a eficiência energética;
age na redução da viscosidade das massas.
13. Terra & Cia Maio 2015 13
Potencialize seus resultados.
www.prosugar.com.br
14. 14 Terra & Cia Maio 2015
Caderno CanaMix
Tecnologia Agrícola
Ferrugem alaranjada se combate
com variedades resistentes
Quatro materiais a serem liberados pela Ridesa/UFSCar em 2015
apresentam resistência à doença que pode reduzir a produtividade
dos canaviais em mais de 50% em tipos suscetíveis
A
ferrugem alaranjada da cana-
-de-açúcar é uma doença re-
cente nos canaviais brasileiros,
mas já é vista com grande preocupação
pelo produtor, uma vez que pode derru-
bar o índice de produtividade. Por isso,
é preciso agir rápido.
A melhor maneira de controlar a
incidência desta doença é por meio do
plantio de variedades resistentes. “Este
é considerado o método ideal para con-
trolar a ferrugem alaranjada, por ser
aplicável em áreas extensas e por não
causar impactos ambientais significa-
tivos”, relata Roberto Chapola, pesqui-
sador do Programa de Melhoramento
Genético de Cana-de-açúcar (PMGCA)
da UFSCar (Universidade Federal de
São Carlos), o qual compõe a RIDESA
(Rede Interuniversitária para o Desen-
volvimento do Setor Sucroenergético).
“Assim como ocorreu para a fer-
rugem marrom, detectada no país em
1986 e de ocorrência limitada atual-
mente, as variedades resistentes tam-
bém serão o principal meio para contro-
lar a ferrugem alaranjada no Brasil”,
sublinha Chapola.
O controle da ferrugem alaran-
jada com variedades resistentes é apli-
cável em áreas extensas. Além disso,
aderir a estes materiais não gera cus-
tos adicionais ao produtor, pois a resis-
tência é uma característica genética,
que está incorporada à variedade. “Por
isso, basta ao produtor optar por ma-
teriais varietais que agreguem boas ca-
A serem lançadas em 2015 pela RIDESA/
UFSCar, as variedades RB975201
e RB975242 (foto) apresentaram
resistência à ferrugem alaranjada
racterísticas agronômicas e resistência
à ferrugem alaranjada, além de outras
doenças importantes.”
Segundo ele, muitos produtores
já têm o conhecimento de que as doen-
ças em cana-de-açúcar são controladas,
principalmente, por meio de variedades
resistentes. “O mais importante é que
o produtor visualize que pode contro-
lar a ferrugem alaranjada sem aumen-
tar seus custos de produção e sem cau-
sar impactos significativos ao ambiente,
simplesmente optando pelo plantio de
uma variedade resistente.”
Resistentes e produtivas - O plan-
tio de variedades resistentes à ferrugem
alaranjada é sempre recomendado, pois
a doença já se encontra disseminada em
praticamente todas as regiões produto-
ras de cana-de-açúcar do país.
Em algumas áreas, onde o cli-
ma não favorece a sua ocorrência, po-
de-se optar pelo plantio de variedades
com reação intermediária. Entretanto,
mesmo nessas regiões, podem ocorrer
anos favoráveis à ferrugem alaranjada
e, nesses casos, as variedades interme-
diárias poderão apresentar maiores ní-
veis da doença. “Portanto, para maior
segurança, os produtores devem sempre
priorizar o plantio de variedades resis-
tentes”, afirma Chapola.
Para ele, é inevitável que cada
vez mais o produtor opte por deixar de
cultivar variedades suscetíveis à ferru-
gem alaranjada devido às reduções de
produtividade causadas pelo problema.
“Estudos realizados em outros países
mostram que esta doença pode provo-
car, em variedades suscetíveis, quedas
de mais de 50% na produtividade.”
E não há nenhum impedimento
para a adesão do produtor a materiais
varietais resistentes a doenças, inclusi-
ve do ponto de vista de riqueza e pro-
dutividade. “É que uma variedade re-
sistente tem potencial de produtividade
superior à suscetível, pois o patógeno
não consegue causar infecção na varie-
dade resistente e, dessa forma, não há
doença e suas consequentes quedas de
produtividade.”
O PMGCA/UFSCar/RIDESA tem
obtido, com sucesso, novos materiais
que aliam alta produtividade com re-
sistência à ferrugem alaranjada e ou-
tras doenças importantes. As quatro
futuras liberações do PMGCA/UFS-
Car, a RB975952, a RB985476, a
AssessoriadeImprensaPMGCA/UFSCar
15. Terra & Cia Maio 2015 15
Caderno CanaMix
Tecnologia Agrícola
RB975201 e a RB975242, são exem-
plos disso.
Danos - A ferrugem alaranjada
da cana-de-açúcar é uma doença causa-
da pelo fungo Puccinia kuehnii, respon-
sável por causar lesões que diminuem
a área verde das folhas e, consequen-
temente, reduzem a taxa fotossintética
das plantas. A doença prejudica o de-
senvolvimento das plantas e a concen-
tração de açúcar nos colmos. Em va-
riedades de cana-de-açúcar suscetíveis,
as quedas de produtividade podem ser
muito significativas.
O PMGCA da UFSCar começou
a se preocupar com a ferrugem alaran-
jada antes mesmo de sua detecção no
Brasil. Diante da disseminação da do-
ença em outros países, a Rede enviou
suas principais variedades comerciais e
clones promissores para serem avalia-
dos na Costa Rica, onde a doença já es-
tava presente. Chapola conta que, por
lá, foi possível observar que a maioria
das variedades cultivadas no Brasil pos-
sui resistência à ferrugem alaranjada.
A partir de 2009, após o primei-
ro relato da ferrugem alaranjada em
território brasileiro, o PMGCA/UFS-
Car/RIDESA planejou e instalou diver-
sos ensaios com o objetivo de confirmar
a reação à doença das principais varie-
dades cultivadas no país. Estes ensaios
foram conduzidos em condições favorá-
veis para a ocorrência da ferrugem ala-
ranjada e as avaliações foram realiza-
das a cada 15 dias, durante todo o ciclo
da cultura. “Ao final das avaliações, foi
possível determinar, com muita segu-
rança, a resposta das variedades mais
importantes para o setor sucroenergéti-
co frente à ferrugem alaranjada.”
As avaliações realizadas na Costa
Rica e nos ensaios do PMGCA/UFSCar
mostraram que a resistência à ferrugem
alaranjada é predominante dentre as va-
riedades mais cultivadas no Brasil. Ma-
teriais importantes para o setor, como
RB867515, RB966928, RB855453,
RB855536, RB835054, RB965902,
RB935744, RB965917, RB928064,
SP80-3280, SP80-1842, entre outros,
possuem alta resistência à doença.
De acordo com o pesquisador, de-
vido ao grande potencial de danos que a
ferrugem alaranjada pode causar à cul-
tura, o PMGCA/UFSCar incorporou ao
fluxograma de seleção do seu programa
de melhoramento mais uma etapa, que
consiste em um experimento para de-
terminar a resposta dos clones promis-
sores à ferrugem alaranjada.
“Clones suscetíveis são descar-
tados, priorizando-se, com isso, a libe-
ração de variedades resistentes. Nes-
te contexto, as variedades que serão
liberadas pela instituição em 2015
(RB975952, RB985476, RB975201 e
RB975242) passaram por este experi-
mento e todas apresentaram resistência
à ferrugem alaranjada.”
Controle Químico - Para Chapo-
la, o controle químico da ferrugem ala-
ranjada deve ser considerado em duas
situações:
1 - quando não for possível ao
produtor substituir toda a sua área cul-
tivada com variedades suscetíveis em
apenas um ano;
2 - em anos muito favoráveis à
ocorrência da ferrugem alaranjada,
caso o produtor faça a opção por va-
riedades de reação intermediária à
doença.
Segundo ele, nos dois casos, o
controle químico reduzirá os prejuízos
causados pela ferrugem alaranjada.
“Entretanto, a viabilidade de se
incorporar o controle químico da doen-
ça no manejo da cultura dependerá de
diversos fatores, tais como: escolha do
produto a ser aplicado, época e núme-
ro de pulverizações necessárias, custo
das pulverizações e do produto, preço
do açúcar e do etanol no mercado, en-
tre outros.”
A ferrugem alaranjada é causada pelo fungo
Puccinia kuehnii, que causa lesões e diminui
a área verde das folhas e, consequentemente,
reduz a taxa fotossintética das plantas
Segundo Chapola, as variedades resistentes serão o principal meio
para controlar a ferrugem alaranjada no Brasil
AssessoriadeImprensaPMGCA/UFSCar
Divulgação
16. 16 Terra & Cia Maio 2015
Caderno CanaMix
Natrucan
Composto natural é usado
na fermentação alcoólica
Da Redação
U
m composto natural, com in-
gredientes orgânicos e cer-
tificados, foi lançado pela
Elanco Saúde Animal para auxiliar
o processo de fermentação alcoóli-
ca, o que permite produção de leve-
duras e derivados comercialmente vi-
áveis. Com ação tão eficaz quanto à
de agentes antimicrobianos usados na
fermentação, o Natrucan, desenvol-
vido pela Elanco, em parceria com a
HealthPro Brands, não afeta o meta-
bolismo da levedura e não deixa resí-
duos na fabricação de levedura seca e
de seus derivados.
A novidade é voltada aos pro-
dutores que, além de produzir álcool,
também destinam as leveduras para
a indústria de alimentação. Natrucan
foi lançado no Brasil em maio, apon-
tando resultados de eficácia similares
aos do principal produto da Elanco
para este mercado, o Kamoran, anti-
microbiano com atuação comprova-
da no controle de bactérias oportunis-
tas durante o processo de fermentação
alcoólica. De acordo com Milton Se-
rapião, executivo de Desenvolvimen-
to e Gestão de Negócios de Etanol da
Elanco, o Natrucan não é um agente
antibacteriano.
“Contendo ingredientes natu-
rais e certificados, o produto tem me-
canismo de ação físico, que dissolve
parte da parede celular das bacté-
rias contaminantes dos processos
fermentativos. Desprotegidas, estas
bactérias são imediatamente ‘corro-
ídas’ pelo meio ácido em que se en-
contram. A ação do composto, po-
rém, não interfere na atividade das
leveduras, cuja parede celular é mais
grossa e resistente. Além de eficaz,
trata-se de um produto seguro, que
age no combate às bactérias e ainda
mantém as leveduras viáveis”, afir-
ma Milton.
Atualmente, os processos fer-
mentativos que não contemplam o uso
de agentes antimicrobianos para o
controle bacteriano apresentam resul-
tados menos eficazes que aqueles veri-
ficados com uso de Kamoran, antibac-
teriano já estabelecido e tradicional.
“Assim, os custos do produtor de leve-
duras aumentam, já que fica mais di-
fícil controlar as bactérias oportunis-
tas e, portanto, conduzir o processo de
fermentação de maneira eficaz”, ob-
serva o executivo.
Processo – A fermentação alco-
ólica acontece quando leveduras me-
tabolizam os açúcares presentes na
cana-de-açúcar, produzindo etanol.
Como o processo não é asséptico, há
presença de bactérias que contami-
nam a fermentação. Tais microrga-
nismos metabolizam os mesmos açú-
cares, produzindo ácidos orgânicos.
Desta forma, as bactérias competem
com as leveduras pelos açúcares, fa-
zendo com que haja redução substan-
cial da produtividade. Portanto, para
alcançar pleno potencial de produ-
ção, os produtores de álcool utilizam
recursos para o controle bacteria-
no, que são antimicrobianos e produ-
tos naturais, com objetivo principal
de controlar bactérias prejudiciais à
fermentação.
Segundo Milton Serapião, a novidade é voltada aos produtores que, além de produzir
álcool, também destinam as leveduras para a indústria de alimentação
Elanco/AssessoriadeComunicação
17. Terra & Cia Maio 2015 17
Caderno CanaMix
Reunion
Estudo mostra conceito integrado
de sistema hídrico
A
estiagem foi um dos fatores res-
ponsáveis pela queda da produ-
tividade agrícola nas lavouras
de cana-de-açúcar na safra 2014/15.
Isso, no entanto, não afetou ainda, de
maneira geral, o processo de produção
industrial. Mas caso a situação se pro-
longue, o setor terá que se preocupar e
investir em um plano de contingência.
Uma usina hoje, de mix equi-
librado em açúcar e etanol, deve ter
um consumo de água ao redor de 1,0
m³/t cana processada. Grande parte da
água utilizada no processo industrial
vem da própria cana (cerca de 70% do
peso dos colmos) na forma de conden-
sados vegetais que são reaproveitados
para processos, tais como embebição
da cana, lavagem de torta dos filtros,
limpezas diversas entre outros.
Mas, os grandes vilões des-
ta história são os sistemas de resfria-
mento, cujo consumo de água é sig-
nificativamente elevado. Portanto, a
implantação de novas medidas que re-
duzam ainda mais os resfriamentos e
a captação, deve ser pensada a curto e
médio prazo. O Estudo do Sistema Hí-
drico, desenvolvido pela Reunion Enge-
nharia, busca ter uma visão macro de
todo o sistema atual e auxiliar o clien-
te na adequação às novas normas am-
bientais para torná-lo sustentável e até
mesmo autossuficiente em água, o que
já acontece com a geração de energia.
Segundo Danilo Piccolo, mes-
tre em Engenharia de Processos, PMI-
-PMP® e gestor de projetos na Reu-
nion Engenharia, esse estudo ou
mapeamento detalhado da situação do
sistema hídrico de uma planta possibi-
lita a identificação de possíveis pontos
de melhorias envolvendo custo-benefí-
cio. “Quando a análise é feita, é possí-
vel desenvolver vários cenários de me-
lhorias para estudar o caminho mais
eficiente e atingir o consumo de água
desejado”, comentou.
O trabalho é fundamentado no
seguinte tripé: redução da captação
de água, reutilização de águas e con-
densados e minimização do descar-
te de efluentes industriais. Para isso,
a Reunion desenvolve o balanço hídri-
co da planta, integrando-o ao balanço
de massa e energia de modo a simular
os efeitos de variáveis como mix, quali-
dade da cana e sistema energético, so-
bre o sistema hídrico.
“O novo conceito integrado de
sistema hídrico que a Reunion está tra-
balhando vai trazer importantes avan-
ços na redução do consumo específico
de água das usinas. Nossa intenção é
chegar abaixo de 0,5 m³/t cana depen-
dendo da necessidade (e da capacida-
de de investimento) da planta”, alertou
Piccolo.
Como economizar água nas usi-
nas - Existem diversas formas das usi-
nas economizarem água, entre elas:
Não desperdiçar água condensada,
mesmo que seja necessário resfriá-la
antes da utilização; Utilizar fluidos
como flegmaça para limpezas de tan-
ques e equipamentos; Limitar limpe-
zas de pisos e lavagem de equipamen-
tos; Trabalhar com concentrações de
vinho maiores para reduzir o volume
de vinhaça e medir as águas residuá-
rias da planta para que se possa geren-
ciar quanto da água captada está sen-
do perdida.
O que muitos, talvez, não saibam
é a existência de tecnologias para redu-
zir a captação de água, tais como: Cir-
cuitos fechados com torres de resfria-
mento ou condensadores evaporativos
para fermentação, destilação, turbinas
de condensação e fábrica de açúcar;
Sistemas de regeneração para minimi-
zar a utilização de água de resfriamen-
to; Sistema de resfriamento de conden-
sado para reuso; Sistemas de limpeza
de cana a seco e Sistema de concentra-
ção de vinhaça.
De acordo com o gestor de proje-
tos, o custo de implantação destas tec-
nologias pode variar muito de acordo
com a opção desejada e o nível de uso
de água ao qual se precisa chegar. “Po-
demos falar de R$ 5-10 MM para um
sistema de circuito fechado de resfria-
mento de torres de fermentação, a R$
30-40 MM para sistemas de concen-
tração de vinhaça”, disse.
Case de sucesso – Um exemplo é
o Estudo feito na Usina Barra Gran-
de, do Grupo Zilor, para a adequação
do consumo específico de água da plan-
ta. Neste estudo, a Reunion conseguiu
atingir a meta do projeto que era redu-
zir o consumo específico de água para
0,81 m³ por tonelada de cana com al-
gumas adequações no processo, tais
como o fechamento dos circuitos da
destilaria, fermentação, entre outras.
Estudo aconselha trabalhar com concentrações
de vinho maiores para reduzir o volume
de vinhaça que será usada no campo
Esalq/USP
18. 18 Terra & Cia Maio 2015
Aralco espera colher 3,8 milhões
de toneladas de cana
AAralco, localizada na cidade de Santo Antônio do Ara-
canguá, interior do Estado de São Paulo, investiu em
2014 aproximadamente R$ 40 milhões em locação e com-
pra de novos equipamentos, entre eles, tratores, colhedoras,
caminhões, pulverizadores e em agricultura de precisão. Ago-
ra, depois de um ano, o retorno já começa a aparecer e a ex-
pectativa é colher algo em torno de 3,8 milhões de tonela-
das. A estimativa é do gerente agrícola do Grupo Aralco, Luiz
Romeu Voss.
Além do investimento em maquinário, a Aralco aposta
em tecnologia para otimizar os resultados e ter mais eficiência
da gestão. “Os sistemas de gestão inteligente da Compusoft-
ware ERP auxiliam na informação desde a entrada de ma-
teriais até a geração de notas, fluxo de caixa, ajudando na
unificação das informações, gerando segurança e ganho de
tempo”, disse Voss.
A ferramenta da CS Compusoftware consiste numa
solução inteligente inteiramente integrado on-line, um siste-
ma avançado de gestão de negócios que busca atender todas
as áreas funcionais das Empresas. Dado ao seu volume de pro-
cessos configuráveis, o sistema garante sua adaptação e dire-
cionamento para cada tipo de negócio, assegurando suas car-
acterísticas e necessidades.
Voss conta que antes do investimento a empresa não
conseguia ter total controle da produção. “Utilizávamos um
sistema que não acompanhava as nossas necessidades, por
isso perdemos 24 anos de dados e tivemos que começar do
zero. Mas agora conseguimos, inclusive, reduzir custos, ver
onde estávamos ganhando e onde precisávamos ter mais aten-
ção”, disse o gerente.
Com todos os investimentos realizados no último ano, a
empresa economizou em torno de R$ 70 milhões e já vê uma
recuperação mesmo num cenário econômico pouco favoráv-
el no setor. “Investimos e inovamos a empresa como um todo,
aumentamos em 100% a capacidade produtiva e estamos bas-
tante otimistas com próximos resultados”, finaliza Voss.
Raízen renova parceria com Instituto Ayrton Senna
Segundo Luiz Romeu Voss, a Aralco investiu em 2014
aproximadamente R$ 40 milhões em locação e compra de
novos equipamentos e em tecnologia da informação
Por meio da plataforma Litros por Letras, a Raízen – li-
cenciada da marca Shell no país – direcionou parte da
renda dos postos de combustíveis no mês de maio para o In-
stituto Ayrton Senna, instituição que trabalha para qualificar
o ensino público em todas as regiões do Brasil. Este é o ter-
ceiro ano de parceria de marketing de causa entre a Raízen e
o Instituto.
Diferentemente dos anos anteriores, pela primeira vez
a campanha englobou todo o complexo dos postos Shell. A
cada abastecimento com produtos da família V-Power (Shell
V-Power Nitro+ ou Shell V-Power Etanol), compra de lubrifi-
cantes (Shell Helix HX7, HX8 ou Ultra) ou aquisição do com-
bo de hot dog nas lojas Shell Select, ao longo do mês de maio,
a Raízen destinou parte da renda ao Instituto Ayrton Senna.
Cerca de 3370 postos Shell, distribuídos em 902 ci-
dades de 26 estados, participaram da campanha, que vem cre-
scendo significativamente. Com os resultados conseguidos em
2013 e 2014, a parceria já ajudou mais de 400 mil crianças
e jovens, com educação pública de qualidade.
“A Raízen, através da marca Shell, acredita na educa-
ção e convida seus consumidores a apoiarem essa causa. Te-
mos metas crescentes do número de crianças e jovens favore-
cidos com a parceria, e neste ano planejamos superar todas as
expectativas”, diz Luciane
Matiello, diretora executiva de Marketing da Raízen.
Aralco/Divulgação
19. Terra & Cia Maio 2015 19
CTC oferece ferramenta gerencial grátis para usinas
Cosan diz que melhora climática
impulsiona produtividade da cana
Setor sucroenergético reativa
Frente Parlamentar em Brasília
Sugestões através do e-mail redacao@canamix.com.br
Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix
CTC/Divulgação
De acordo com Alan Pavani, o CTC conta com
o Programa Benchmarking que gera dados
relevantes e confiáveis aos clientes e ao setor
OCTC (Centro de Tecnologia Cana-
vieira) desenvolveu uma ferramen-
ta gerencial para auxiliar na tomada
de decisão para a escolha de varieda-
des, um dos principais insumos da área
agrícola. A solução é oferecida gratui-
tamente às empresas. “O módulo Va-
riedades faz parte de nosso Programa
Benchmarking que, desde sua criação,
em 1991, gera dados relevantes e con-
fiáveis aos nossos clientes e ao setor.
Agora podemos agregar informações
detalhadas de cada cultivar a este pro-
cesso”, afirma Alan Pavani, líder de
produto da área de Marketing do CTC.
Como funciona - O participante
que realizar o cadastro terá acesso às
informações de performance das prin-
cipais variedades de cana de açúcar do
Brasil, separadas por estágio de corte,
época de colheita e ambiente de produ-
ção, por meio de relatórios personali-
zados. “Para incluir os dados, basta o
usuário ter um link com o PINS (sis-
tema de gestão comumente utilizado
nas usinas)”, completa Pavani. Os in-
teressados devem procurar um repre-
sentante do CTC regional ou entrar em
contato diretamente pelo e-mail bench-
marking@ctc.com.br.
ACosan estima que a moagem de cana 2015/16 da Ra-
ízen, sua divisão de açúcar e etanol, deverá ficar mais
perto do topo do intervalo previsto no guidance da com-
panhia, de 60 milhões de toneladas de cana, devido a um
tempo mais favorável para as lavouras. “Nós estamos sim
iniciando uma safra melhor do a que a gente iniciou na sa-
fra passada, em função das condições climáticas (melhores)
nos últimos meses”, afirmou o presidente-executivo da Co-
san, Nelson Gomes.
Na safra passada, a moagem da Cosan caiu cerca de
7 %, afetada pela seca histórica de 2014, enquanto os pri-
meiros meses do ano, especialmente fevereiro e março, re-
gistraram boas chuvas. A Cosan indicou que a Raízen de-
verá moer entre 57 milhões e 60 milhões de toneladas de
cana na temporada 2015/16. Isso significaria um cresci-
mento de cerca de 3 milhões de toneladas ante 14/15, na
melhor das hipóteses.
O volume de açúcar a ser produzido em 15/16, sa-
fra que começou em abril, foi estimado entre 4,2 milhões e
4,4 milhões de toneladas, ante 4,081 milhões da tempora-
da passada. Já a produção de etanol foi vista entre 1,9 bi-
lhão de litros e 2,1 bilhões de litros, ante 2,063 bilhões na
safra passada (com Reuters).
ACâmara dos Deputados reativou, no início de maio, em Bra-
sília, DF, a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor
Sucroenergético, entidade que tem o objetivo de discutir as de-
mandas da cadeia produtiva de açúcar e etanol no Congresso Na-
cional. Presidida pelo deputado federal Sérgio Souza, a Frente
pretende levar as principais demandas do setor sucroenergético
para o debate político do País e somar esforços para propor po-
líticas públicas que garantam a retomada do crescimento deste
segmento estratégico para o Brasil. A cerimônia de relançamen-
to contou com a presença dos principais representantes do setor
sucroenergético no Brasil, como Elizabeth Farina, presidente da
União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA); André Rocha,
presidente do Fórum Nacional Sucroenergético; Paulo Leal, pre-
sidente da Federação dos Plantaodres de Cana do Brasil (Fer-
plana); Manoel Ortolan, presidente da Orplana (Organização dos
Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil); Alexandre
Lima, presidente da União dos Produtores de Cana Nordestinos
(Unida); e outras lideranças da cadeia produtiva.
Além da posse de Souza no cargo de presidente da Frente
e nova diretoria, também foi lançado um manifesto em defesa do
setor e uma agenda legislativa contendo os projetos prioritários
para este ano no Congresso. Souza ocupa o posto antes sob res-
ponsabilidade de Arnaldo Jardim, atualmente secretário de Agri-
cultura do Estado de São Paulo.
20. 20 Terra & Cia Maio 2015
Feiras e Eventos
Agrishow
Agrishow reafirma papel de age
Feira tem contribuído há mais de duas décadas para o aprimoramento
de técnicas de manejo no campo, para adoção de novas
tecnologias e, consequentemente, para a evolução do setor
21. Terra & Cia Maio 2015 21
nte de estímulo ao agronegócio
Feiras e Eventos
Agrishow
RenatoLopes/A2img
A
22ª Feira Internacional de Tec-
nologia Agrícola em Ação, a
Agrishow 2015, foi palco cen-
tral do agronegócio brasileiro, nos dias
27 de abril a 1º de maio, em Ribeirão
Preto, SP. O evento se posicionou, mais
uma vez, como referência do segmen-
to e como o principal termômetro do
comportamento do mercado. As mais
importantes lideranças empresariais
e setoriais, bem como os fabricantes e
empresas e toda a cadeia produtiva, es-
tiveram presentes. No total, passaram
pela área de 440 mil m², cerca de 160
mil visitantes, um público altamente
qualificado, formado, em sua maioria,
por produtores rurais de todo o territó-
rio nacional e do exterior.
Entre as autoridades que marca-
ram presença no evento, estiveram: o vi-
ce-presidente do Brasil, Michel Temer;
o governador do Estado de São Pau-
lo, Geraldo Alckmin; os ministros Katia
Abreu (Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento), Aldo Rebelo (Ciência e Tec-
nologia), Edinho Araújo (Portos) e Gil-
berto Kassab (Cidades); o secretário
da Agricultura do Estado de São Pau-
lo, Arnaldo Jardim; o secretário de Lo-
gística e Transporte, Duarte Nogueira;
além de deputados e senadores. Tam-
bém foram recebidos milhares de visi-
tantes especialmente convidados para a
tradicional caravana de produtores ru-
rais promovidas por importantes entida-
des do segmento, como a FAESP – Fe-
deração da Agricultura e da Pecuária
do Estado de São Paulo, que este ano
envolveu um grupo de mais de 15 mil
agricultores.
Considerada uma das três prin-
cipais feiras de tecnologia agrícola do
mundo e a maior e mais importante na
América Latina, a Agrishow 2015 foi
vitrine das mais avançadas tendências
e inovações tecnológicas para o agrone-
gócio, com a participação de 800 mar-
cas, que levaram inúmeras novidades
em termos de máquinas, implementos
agrícolas, sistemas de irrigação, acessó-
rios, peças, entre outros produtos neces-
sários ao aumento da produtividade do
cultivo dos produtores rurais, necessá-
rio à redução dos custos e aumento da
rentabilidade do agronegócio brasileiro.
Além da contribuição para adoção
de inovações e novas tecnologias e para
o aprimoramento de técnicas de mane-
jo do campo, a Agrishow também tem
desempenhado uma função importan-
te para o desenvolvimento do setor, ao
propiciar um ambiente favorável para
negócios e, principalmente, ao estimu-
lar a divulgação de ações e reinvindi-
cações que impulsionem a evolução do
agronegócio no País. O segmento é hoje
um dos mais importantes na composi-
ção do PIB brasileiro, respondendo por
22,8%, segundo dados do Centro de Es-
tudos Avançados em Economia Aplica-
da (Cepea).
Nesta edição, apesar dos inúme-
ros desafios pelos quais vem passando
a economia nacional, a Agrishow 2015
obteve um volume de negócios expressi-
vos, na ordem de R$ 1,9 bilhão. As en-
tidades realizadoras da Agrishow: Abag
– Associação Brasileira do Agronegó-
cio; Abimaq – Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamen-
tos; Anda – Associação Nacional para
Difusão de Adubos; Faesp – Federação
da Agricultura e Pecuária do Estado
de São Paulo; e SRB - Sociedade Rural
Brasileira, reafirmaram a importância
do agronegócio para o País e que uma
das esperanças para o reequilíbrio da si-
tuação do agronegócio poderá vir a ser
o próximo Plano Safra.
Esse posicionamento mostra que a
22. 22 Terra & Cia Maio 2015
Feiras e Eventos
Agrishow
RenatoLopes/A2img
Agrishow está sempre ao lado do produ-
tor rural, trabalhando de maneira cons-
tante para que a agricultura e a pecu-
ária possam evoluir incessantemente.
Em seus mais de 20 anos de realização,
a feira acompanhou os produtores nos
momentos de crescimento da economia
brasileira bem como nas situações mais
desafiadoras, como nesta edição. Mas,
por sua importância, ela sempre pro-
piciou um ambiente favorável para de-
monstrar a pujança do setor.
Eventos paralelos - Organizada
pela BTS Informa, a Agrishow 2015
foi um show de tecnologia. O Núcleo
de Tecnologia e Demonstração de Cam-
po deram ao visitante uma oportuni-
dade de conhecer, na prática, as mais
inovadoras experiências tecnológicas
direcionadas à Agricultura de Preci-
são, que têm como principal objetivo a
utilização correta e adequada dos re-
cursos e trazem uma série de benefícios
como produtividade, economia de re-
cursos, entre outros.
As demonstrações, organizadas
pela Coopercitrus, exibiram novidades
como um sistema de precisão voltado ao
plantio de sementes que, utilizando as
coordenadas programadas previamen-
te, impede a sobreposição de sementes.
Outra tecnologia que chamou a aten-
ção é um sistema de monitoramento de
solo com GPS, que possibilita uma aná-
lise completa de todas as necessidades
do solo, indicando os pontos nas lavou-
ras que estão deficientes em determina-
dos nutrientes.
Durante a solenidade de abertu-
ra, foi entregue o Prêmio Brasil Agro-
ciência, criado para estimular a pesqui-
sa em diversas áreas do agronegócio.
O homenageado foi Alfredo Scheid Lo-
pes, professor emérito da Universidade
Federal de Lavras, por sua contribui-
ção para a construção e o desenvolvi-
mento do agronegócio. O prêmio foi
entregue pelo vice-presidente Michel
Temer e pelo governador de São Pau-
lo, Geraldo Alckmin. A premiação
visa incentivar cientistas e pesquisado-
res, profissionais que já demonstraram
competência para a construção de uma
inovadora base científica e tecnológi-
ca de produção agropecuária no mun-
do tropical e subtropical.
O Programa Brazil Machinery So-
lutions (BMS), parceria entre a Abimaq
e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investi-
mentos), promoveu a 16ª Rodada Inter-
nacional de Negócios, cujos resultados
confirmaram a vocação exportadora
dos fabricantes brasileiros de máquinas,
implementos agrícolas e equipamentos
de irrigação. Foram US$ 17,2 milhões
entre negócios fechados e futuros, o que
representa 43% a mais do que na edição
passada do evento. No total, foram rea-
lizadas cerca de 300 reuniões entre em-
presários brasileiros e estrangeiros, vin-
dos da Argélia, Bélgica, Canadá, Egito,
EUA, Filipinas e Tailândia.
Outra atração que chamou bas-
tante a atenção de quem foi à Agrishow
2015 foi o Caminho do Boi, iniciativa
presente pela primeira vez na feira que
convidou o público a se colocar no lugar
no animal e percorrer as diversas etapas
da fazenda até o frigorífico para produ-
zir uma carne de qualidade. O projeto
mostrou a importância da integração da
cadeia produtiva da carne, levando em
conta o respeito ao bem-estar animal e
a aplicação de tecnologia para fortale-
cer ainda mais a posição do Brasil de lí-
der na produção de carne bovina.
No total, passaram pela área
de 440 mil m², cerca de 160
mil visitantes, um público
altamente qualificado, formado,
em sua maioria, por produtores
rurais de todo o território
nacional e do exterior
23. Terra & Cia Maio 2015 23
Feiras e Eventos
Agrishow
Vencedor do Prêmio Trator
do Ano foi o Massey
Ferguson 6711R Dyna-4
Divulgação
A Agrishow 2015 também foi
palco da solenidade de entrega do
Prêmio Trator do Ano, cujo vencedor
foi o Massey Ferguson 6711R Dyna-
4. Na Categoria Tratores Especiais, o
prêmio ficou com o trator R60 da LS
Tractor. O Design do Ano foi para a
Valtra com o Challenger MT775E e a
Marca Mais Votada pelos agricultores
do Brasil foi para a New Holland. O
prêmio contou com 10 empresas parti-
cipantes, somando 31 modelos de tra-
tores inscritos, que foram avaliados
por seis professores da área de me-
canização agrícola, que percorreram
mais de 24 mil Km pelo Brasil de nor-
te a sul, leste a oeste.
Infraestrutura - Atenta às ques-
tões de sustentabilidade, a Agrishow
2015 foi marcada pela classificação
do site oficial da feira, agrishow.com.
br, com o selo de Site Sustentável, or-
ganização pioneira na neutralização
do CO2 emitido por websites, que tem
o objetivo de levar a sustentabilidade
para todos os portais e consumidores
brasileiros. A página foi neutralizada,
ao compensar a emissão de aproxima-
damente 50 kg de CO2, por meio da
plantação de árvores nativas da Mata
Atlântica.
Uma novidade que fez suces-
so foi o APP para dispositivos móveis
com sistema Android e iOS nas lojas
Apple Store e Google Play, que tinha
uma série de funcionalidades para fa-
cilitar e otimizar a visitação, incluin-
do a seleção dos estandes, traçando
rotas, a visualização dos expositores
em destaque, a marcação dos exposi-
tores como favoritos e/ou visitados, a
navegação na relação completa de em-
presas participantes e a busca por ex-
positor via categoria de produtos, e a
marcação de sua vaga no estaciona-
mento, tirando uma foto da localiza-
ção exata, facilitando sua entrada e
sua saída da feira.
Para atender ao elevado núme-
ro de visitantes, a Agrishow 2015 in-
veste constantemente em melhorias
em sua infraestrutura, a fim de le-
var mais conforto para o produtor ru-
ral. Nesta edição, foram intensifica-
das as melhorias de infraestrutura
iniciadas na edição de 2014, amplia-
ção e mudança do layout do estaciona-
mento, bem como calçamento, coloca-
ção de bancos e ampliação das áreas
de descanso na feira. Também, foram
implantadas praças de alimentação
mais modernas. Para a próxima edi-
ção, novas melhorias serão implanta-
das. A Agrishow 2016 será promovi-
da em Ribeirão Preto, de 25 a 29 de
abril de 2016.
24. 24 Terra & Cia Maio 2015
Estande do Grupo AgroBrasil movimenta
o pavilhão coberto
O
Grupo AgroBrasil marcou
presença, com sua equipe edi-
torial e comercial, na 22ª edi-
ção da Agrishow, realizada em Ri-
beirão Preto, SP, de 27 de abril a 1º
de maio de 2015. No estande da em-
presa foram divulgadas as revistas
Terra&Cia e CanaMix, veículos de
destaque nacional no setor agro bra-
sileiro, além do tradicional Guia de
Compras S.A.
Durante os cinco dias de evento
o estande da AgroBrasil recebeu inú-
meras visitas de leitores, parceiros,
representantes de empresas e autori-
dades, entre elas o secretário de Turis-
mo de Ribeirão Preto, Tanielson Cam-
pos. Ele destacou a importância do
evento para a cidade e parabenizou a
equipe da revista.
Visitantes tiveram a oportunidade de conhecer os produtos do Grupo
AgroBrasil, no estande da empresa, na Agrishow 2015
Secretário de Turismo de Ribeirão Preto, Tanielson Campos, vista
o estande do Grupo AgroBrasil na Agrishow 2015
“A Agrishow continua sendo
uma feira muito importante para
Ribeirão Preto e região. Além de
ter uma grande movimentação de
negócios no setor agro, também
gera um grande volume de turismo
de negócios nos hotéis, restauran-
tes, postos de gasolina, etc. A ci-
dade ganha em todos os setores”,
disse Tanielson.
O diretor da AgroBrasil, Plínio
Cesár Azevedo Junior, destacou que
a Agrishow é uma das principais par-
ceiras do grupo. “O período em que
acontece o evento é uma grande opor-
tunidade de rever amigos e parcei-
ros, fazer contatos e negócios. Espe-
ramos ansiosamente pela edição de
2016, pois nossa parceria com a fei-
ra é longa e duradoura, além de mui-
to produtiva”.
Feiras e Eventos
Agrishow
AleCarolo/alecarolo.com
AleCarolo/alecarolo.com
25. Terra & Cia Maio 2015 25Terra & Cia Maio 2015 25
26. 26 Terra & Cia Maio 2015
Feiras e Eventos
Agrishow
Volkswagen expõe
linha 2015 da Amarok
AleCarolo/alecarolo.com
A
Volkswagen exibiu na 22ª
Agrishow toda a linha 2015
da picape Amarok, incluin-
do a série especial Dark Label. Foram
expostas as versões Highline, Trendli-
ne, SE, S – em carrocerias de cabi-
ne simples e dupla. A Amarok foi co-
locada à prova em uma pista off-road
com aproximadamente 3,3 mil m². No
circuito, os clientes puderam testar to-
dos os recursos de tecnologia do mode-
lo Highline, como controle de partida
em rampa (HSA) e controle de desci-
da (HDC), entre outros.
De acordo com o gerente de ven-
das e marketing da Volkswagen Bra-
sil, Carlos Leite, a Amarok é uma das
picapes médias mais avançadas tecno-
logicamente disponíveis no mercado
brasileiro. A linha 2015 conta com re-
cursos inéditos em sua categoria, com
versões ainda mais equipadas. A ver-
são topo de linha Highline, por exem-
plo, que já conta com exclusividades
no segmento como a tração perma-
nente 4MOTION e a transmissão au-
tomática de oito velocidades, pode
ainda ser equipada com faróis bixenô-
nio com luzes de condução diurna em
LED.
A Amarok 2015 passa a ser tam-
bém a única picape média à venda no
mercado nacional equipada com faróis
de neblina com luz estática para con-
versão, recurso que amplia a área ilu-
minada em curvas feitas em velocida-
A Amarok foi colocada à prova
em uma pista off-road com
aproximadamente 3,3 mil m²
27. Terra & Cia Maio 2015 27
de igual ou inferior a 40 km/h. Sempre
que os faróis estiverem ligados (fachos
alto ou baixo) e a seta for acionada
ou o motorista girar o volante, o farol
de neblina do lado correspondente ao
que o veículo estiver virando é aciona-
do. As configurações Highline e Tren-
dline 2015 contam com essa tecnolo-
gia de série.
Outro item de conforto e con-
veniência da picape Volkswagen é a
câmera traseira de estacionamento,
recurso que facilita o motorista du-
rante manobras de estacionamento.
Essa tecnologia está disponível para
a Amarok Highline em conjunto com
os sensores de estacionamento dian-
teiro e traseiro. A linha 2015 do mo-
delo passa a contar também com ajus-
te lombar para os assentos dianteiros,
sempre que a picape for equipada com
airbags laterais.
As demais configurações (Tren-
dline, SE e S) também passam a ser
mais equipadas na linha 2015. Contro-
le Eletrônico de Estabilidade (ESC),
Assistente de Partida em Subida
(HSA), Controle Automático de Desci-
da (HDC) e lanterna traseira de neblina
agora são itens de série para todas as
versões. A regulagem elétrica de altura
do facho dos faróis também passa a ser
equipamento “standard” na Amarok
Trendline. Entre os opcionais disponí-
veis para todas as versões, destaque
para o engate removível para reboque.
Com a chegada da série espe-
cial Dark Label, a Amarok é oferecida
A Amarok conta com controle
eletrônico de estabilidade (ESC) com
controle automático de descida (HDC)
e assistente para partida em subida
em sete opções de configuração, entre
carroceria cabine simples e cabine du-
pla, tração 4×4 selecionável ou per-
manente, transmissão manual de seis
marchas ou automática de oito mar-
chas. Na versão S da picape – ofereci-
da em configurações de cabine simples
(com tração 4×4) e de cabine dupla
(tração 4×4) – o motor TDI conta
com um turbocompressor e tem po-
tência de 140 cv, que surgem a 3.500
rpm. O torque é de 34,7 kgfm, dispo-
nível a partir de 1.600 rpm.
Já nas versões SE, Trendline,
Dark Label e Highline, o motor TDI
tem dois turbos, o que eleva sua potên-
cia para 180 cv. O torque máximo é de
40,8 kgfm a 1.500 rpm, com o câm-
bio manual de 6 marchas. Com o câm-
bio automático de 8 marchas (recurso
opcional para a versão Trendline e de
série nas configurações Dark Label e
Highline), o torque máximo é de 42,8
kgfm a 1.750 rpm.
Carlos Leite,
gerente de
vendas e
marketing da
Volkswagen
Brasil, com
a edição da
Terra&Cia
em mãos
AleCarolo/alecarolo.com
AleCarolo/alecarolo.com
28. 28 Terra & Cia Maio 2015
Iveco expõe linha de transporte para o agro
Jacto lança pulverizador costal a bateria
Feiras e Eventos
Agrishow
A
Iveco participou, pela primei-
ra vez, com estande próprio
na 22ª Agrishow e apresen-
tou uma linha completa de produtos
para transporte, do leve ao pesado.
O modelo Hi-Way possui ar digital, geladeira,
cortina frontal elétrica, basculamento
elétrico da cabine e cama de 2 m x 80
cm com colchão de dupla espuma
AlexandreAndrade
Os veículos comerciais da marca aten-
dem a demanda do mercado agríco-
la com tecnologia, robustez, versatili-
dade e baixo custo operacional. Cinco
modelos foram expostos no estande da
Iveco e das fabricantes de equipamen-
tos agrícolas New Holland e Case IH,
também marcas da CNH Industrial.
A companhia apresentou os mo-
delos Daily 35S14, 70 CD e Minibus,
Tector 260E28, Stralis 400 6X2, Hi-
-Way 480 6x2 e 480 6x4 e Trakker
740T48. De acordo com o diretor de
Marketing da Iveco, Ricardo Barion,
os veículos estão aptos a cumprir vá-
rias tarefas, como transporte de grãos,
transporte urbano de cargas e traba-
lhos em condições especiais, como em
usinas de cana. “Como fabricante de
uma linha completa de veículos co-
merciais, podemos atender qualquer
tipo de demanda no agronegócio”.
Um dos destaques da Iveco é o
extrapesado Hi-Way. Projetado para
percorrer longas distâncias, ofere-
ce economia na manutenção, na ope-
ração e no consumo de combustível.
O veículo vêm equipado com o Frota
Fácil, uma ferramenta de gestão com
acesso aos dados completos de teleme-
tria, performance, dados de viagem e
informações sobre sua condução. O
modelo tem ar digital, geladeira, cor-
tina frontal elétrica, basculamento
elétrico da cabine e cama de 2 m x 80
cm com colchão de dupla espuma.
A
Jacto Small Farm Solutions,
unidade de negócios da Jacto
que tem como foco servir aos
pequenos produtores, apresentou du-
rante a 22ª Agrishow seus novos mo-
delos de pulverizadores costais com
funcionamento a bateria. De acor-
do com Anderson Michael, responsá-
vel pela área de marketing da unida-
de, os novos pulverizadores PJB-16
e PJB-20 entram no mercado ofere-
cendo a tradição e a durabilidade que
marcam a história mundial da Jacto
desde 1948.
Com capacidades de armazena-
gem do tanque de 16 litros ou 20 li-
tros, o pulverizador funciona com ba-
teria removível de longa duração, com
fácil e rápida remoção e instalação e
recarga completa em apenas 4 horas.
São cinco níveis de pressão de traba-
lho e pressão constante, garantindo
qualidade de aplicação até o final da
carga da bateria. O produto tem três
anos de garantia. O agitador hidráuli-
co interno é acionado com chave ex-
terna, o que propicia o movimento
correto para uma calda perfeita.
Segundo Anderson, o equi-
pamento conta com um marcador
de passos, temporizador ajustável
com quatro velocidades e sinaliza-
ção sonora, auxiliando o operador
a manter uma velocidade constante
na aplicação. Após 10 minutos sem
operação, o equipamento desliga au-
tomaticamente. Uma cinta almofa-
dada permite ajuste rápido e garan-
te conforto durante a aplicação. Um
painel de controle inteligente per-
mite monitoramento do equipamen-
to com apenas um toque, mostrando
nível de carga da bateria, pressão de
trabalho e alertas.
Anderdon Michael mostra pulverizador
PJB-20, que funciona com bateria
removível de longa duração
AleCarolo/alecarolo.com
30. 30 Terra & Cia Maio 2015
Feiras e Eventos
Agrishow
Casale amplia linha Feeder SC
Case IH mostra implementos para cana,
café e biomassa
A
Casale apresentou toda sua li-
nha de produtos durante a
Agrishow, mas o destaque ficou
por conta da ampliação da linha Feeder
SC, desenvolvida para atender a neces-
sidade de suplementação de animais no
pasto. O Feeder tem um sistema exclu-
sivo GEO-PEC Control com GPS de sé-
rie, um software desenvolvido para mo-
nitorar o abastecimento e o consumo em
todos os locais de distribuição de ração
a pasto, ou seja, mais conhecido como
processo de pecuária de precisão.
Para atender este mercado emer-
gente, a Casale dispõe de três modelos
Feeder 45 e 75 tracionados e o 200
montado em caminhão. O Feeder SC
tem capacidade de transporte e distri-
buição para até 14 toneladas por car-
ga. Para realizar o transporte no pas-
to, os modelos tracionados utilizam
um chassi robusto com eixo tipo Tan-
dem de quatro rodas, ideal para en-
frentar qualquer tipo de terreno, por
se adequar perfeitamente ao solo, sem
solavancos ou trancos para proteção
do conjunto e do sistema de pesagem.
A Agrishow sempre foi um even-
to de muita importância e de grande
proximidade com o pecuarista. A opi-
nião é do presidente da empresa, Celso
Casale. “É uma excelente oportunida-
Celso Casale e Jaqueline Casale, em frente
ao modelo 75 da linha Feeder SC
de para ouvirmos o pecuarista sobre
suas necessidades e satisfações. Esta
troca de informações faz com que a
cadeia produtiva seja mais eficiente e
objetiva para atender às expectativas
do criador e do produtor rural”, disse.
E
ntre os destaques da Case IH
na Agrishow estiveram os im-
plementos para os segmentos
de cana, café, grãos e biomassa, capazes
de tornar as máquinas ainda mais pro-
dutivas e dinâmicas, possibilitando aos
produtores potencializarem os seus lu-
cros. Isso foi possível graças à parceria
da Case IH com a TMA e DRIA, mar-
cas tradicionais no desenvolvimento e na
produção de implementos para máquinas
agrícolas.
No segmento canavieiro, a Case IH
possui a premiada colhedora de cana, da
série A8800 Multi Row, com um exclusivo
e patenteado sistema de divisores de linha,
que tem como característica a flexibili-
dade de atender à colheita em diferen-
tes espaçamentos. Agora, a marca lança
plantadora automatizada PTX7010, cujo
controle de fertilizante e fungicida é feito
em um único painel na cabine.
Além da plantadora, foram lança-
dos os transbordos VTX 21000 e VTX
10000, o cultivador dupla ação hard 6x4
e o sulcador de duas linhas, que pode ser
usado pelo produtor que ainda não possui
plantio mecanizado de cana. Ele abre o
solo e distribui o fertilizante, deixando o
sulco pronto para receber a cana.
A Case IH também levou à
Agrishow, sistemas integrados café, com
as colhedoras Coffee Express 100 e 200;
o novo Reboke Coffee 5000 com função
multiuso; a Driaton 1600, implemento
mais conhecido como trincha, que serve
tanto para capina quanto para incorporar
restos de cultura ao solo e que também
pode ser usada na fruticultura; e a Fert-
max Coffee 2500 com esteira de 80cm.
Outro destaque na Feira foi o lan-
çamento do transbordo de grãos VTG
20000, implemento multifuncional usa-
do no plantio para distribuir adubo, e
na colheita para receber os grãos. Tem
a opção da bica direcional para semen-
tes e fertilizantes. Além da grande capa-
cidade, de 20.000 a 26.000 kg, a ope-
ração em conjunto com a colhedora de
grãos permite menor tempo de ciclo do
carregamento dos caminhões - cerca de
1,5 minuto.
Para biomassa, a Case IH destacou
o aleirador de palhas DAL e a carreta
acumuladora de fardos CAF, a única car-
reta 100% nacional. O implemento tem
capacidade de transportar até 40 fardos
por hora, o equivalente a cerca de 20 to-
neladas. As etapas completas de recolhi-
mento de palha se iniciam com o aleira-
dor, no qual o equipamento faz a junção
do material no solo, passam pelas enfar-
dadeiras que produzem fardos de alta
densidade e, em seguida, pela carreta
acumuladora, que realiza a tarefa do re-
colhimento da matéria prima para o pro-
cessamento final na usina.
A colhedora Coffee
Express 200 faz parte
dos sistemas integrados
de café da Case IH
AleCarolo/alecarolo.com
Divulgação
31. Terra & Cia Maio 2015 31
Feiras e Eventos
Agrishow
FAESP-SENAR/SP é destaque na Agrishow 2015
O
estande do Sistema FAESP-
-SENAR/SP na Agrishow
2015 certamente foi o mais
movimentado da maior feira de tec-
nologia agrícola em ação da América
Latina, que aconteceu de 27 de abril a
1º de maio de 2015, em Ribeirão Pre-
to, SP. Cerca de 17 mil produtores e
trabalhadores rurais de mais de 150
sindicatos agrícolas do Estado de São
Paulo visitaram o estande, superando
a estimativa inicial de 15 mil pessoas.
O número de jovens participan-
tes do “Programa Jovem Agricultor
do Futuro” chegou a cinco mil, su-
perando os três mil estimados inicial-
mente. Os jovens vieram de várias re-
giões do Estado e, durante a 22ª
edição da feira, tiveram a oportunida-
de de conhecer as mais modernas tec-
nologias para o incremento das ativi-
dades no campo.
Caravanas de vários municípios
paulistas, como Araraquara, Bebe-
douro, Franca, Jundiaí, São José do
Rio Pardo, Santa Fé do Sul, Piras-
sununga, Limeira, Ibitinga, Cardoso,
Mogi Mirim, Trabiju, Nova Granada,
Lençóis Paulista, Brotas, Ipuã, Gua-
raci, Auriflama, Lucélia, Santa Rosa
do Viterbo, Paulo de Faria, Lorena,
Cedral, entre outras, também passa-
ram pelo estande do Sistema FAESP-
-SENAR/SP nos cinco dias de feira.
Dezenas de atrações culturais
organizadas por diversos sindicatos
rurais do Estado de São Paulo foram
apresentadas, com o objetivo de res-
gatar a cultura popular do homem
do campo. Destaque para as apresen-
tações de viola caipira, danças como
o fandango e a catira, folia de reis e
samba de roda, entre outras.
Os visitantes foram recebidos
por Fábio Meirelles, presidente da
Agrishow e também presidente do Sis-
tema FAESP-SENAR/SP, que foi ho-
menageado pelos produtores e tra-
balhadores rurais, com a entrega de
faixas de apoio e reconhecimento ao
seu trabalho e a sua gestão à frente do
Sistema FAESP-SENAR/SP.
Meirelles também foi homenage-
ado pela governadora do Rotary Dis-
trito 4540, Maria Augusta Carvalho,
e pelo vice-presidente do Rotary Ri-
beirão Preto Boulevard, Sandro Sou-
za. Na ocasião, estavam presentes
Oswaldo Carvalho, ex-governador do
Rotary Distrito 4540; o Secretário de
Turismo de Ribeirão Preto, Tanielson
Campos; e mais de 30 rotarianos.
Meirelles destaca a Agrishow
pelo seu dinamismo e contribuição no
aprimoramento constante do agro-
negócio brasileiro. “Esta feira gran-
diosa nos dá a certeza de que a nos-
sa agricultura tende a se manter em
crescimento, mesmo com altos e bai-
xos de alguns setores. Temos a maior
fronteira agrícola do mundo, clima
favorável e ainda um grande poten-
cial a ser explorado de formas pla-
nejada e sustentável. Diz ainda que :
“todos os indicadores econômicos sus-
tentam que, apesar da desaceleração
geral ocorrida na economia, o agrone-
gócio seguirá como o principal prota-
gonista de sustentação para o cresci-
mento do País. Ele tem colaborado de
duas formas: no fornecimento de ali-
mentos a preços competitivos, que co-
labora para atenuar os efeitos de uma
inflação em aceleração, e na garantia
de exportações consideráveis, que co-
labora para que o declínio na balan-
ça não seja tão profundo”, informou
Meirelles também ressaltou
a importância das ações do Siste-
ma FAESP-SENAR/SP durante a
Agrishow. Segundo ele, a difusão do
conhecimento e da cultura para o ho-
mem do campo é de essencial para o
desenvolvimento da atividade agrí-
cola. “A Agrishow representa bem a
evolução da agricultura brasileira, es-
pecialmente do estado de São Paulo.
Com todos os seus avanços e empre-
endimentos no campo agrícola, asse-
gurando o aprimoramento e a susten-
tabilidade do agronegócio brasileiro,
cria condições para que o setor garan-
ta o abastecimento para mais de 200
milhões de pessoas”, afirmou.
Fábio Meirelles, presidente da Agrishow, foi homenageado pela
governadora do Rotary Distrito 4540, Maria Augusta Carvalho, e pelo vice-
presidente do Rotary Ribeirão Preto Boulevard, Sandro Souza
AleCarolo/alecarolo.com
32. 32 Terra & Cia Maio 2015
Feiras e Eventos
Agrishow
GTS destaca versatilidade da plaina
canavieira Planner 710
Doca Pascoal
A
GTS do Brasil, indústria
de máquinas e implemen-
tos agrícolas, apresentou
uma gama de produtos na Agrishow
2015. De olho no mercado sucro-
energético, apresentou também a
versatilidade de sua plaina cana-
vieira Planner 710, a maior tecno-
logia existente em niveladores de
solo de arrasto, tendo a maior lâmi-
na de corte do mercado, sendo tam-
bém a que possui os maiores ângulos
de inclinação e altura. O implemen-
to pode ser deslocado para trabalhos
laterais em até 1,60 m, deixando o
trator em área segura.
A Planner 710 é ideal para a
construção de estradas, canais para
escoamento de águas das chuvas,
aterros e outros similares, principal-
mente na correção de ondulações na
lavoura. A GTS desenvolveu a plaina
canavieira pensando em utilizar a ca-
pacidade ociosa dos tratores nas la-
vouras de cana. Diferente das moto-
niveladoras, a Planner utiliza o trator
como parte motriz e pode encerrar os
trabalhos de nivelamento e manejo de
terra para fazer outras operações.
O sistema de lâminas utilizadas
em todos os modelos de Planners é si-
milar ao utilizado nas motonivelado-
ras. Calandradas, com formato para-
bólico, proporcionam descolamento
de terra pelo efeito parafuso, sem
criar arrasto e condiciona a terra a
movimentar-se efetuando trabalhos
com acabamento profissional e alto
rendimento. O implemento possui a
maior lâmina do mercado, com 4,24
m de largura e 62 cm de altura, além
de bordas cortantes substituíveis.
Com a opção de montagem da
lâmina revestida em PAD (polieti-
Estande da GTS do Brasil na Agrishow
2015 mostrou todo o portfolio de
produtos da empresa catarinense
leno de alta densidade) deslocada
em até 30 cm, a Planner de estru-
tura modulada é capaz de abrir ca-
nais mais profundos e com menor re-
sistência à movimentação. Todos os
pontos de giro recebem graxeiras
e mancais especiais, portanto, não
há local sem proteção. Mesmo com
operações hidráulicas individuais,
para levante, deslocamento, giro da
lâmina e inclinação, a Planner 710
pode ser acionada por tratores com
comando hidráulico duplo, pois é
equipada com eletroválvulas capa-
zes de distribuir e ordenar o fluxo de
óleo conforme a necessidade de ope-
ração, mantendo todos os comandos
dentro da cabine do trator.
Sucesso - Localizada em La-
ges, Santa Catarina, a GTS do Bra-
sil foi pioneira no desenvolvimento
de plataformas colhedoras de milho
em estrutura de alumínio na Amé-
rica do Sul. De acordo com o dire-
tor presidente da empresa, Assis
Strasser, a GTS do Brasil é alicer-
çada sobre muito trabalho, estudo e
dedicação de todos os profissionais
que fazem parte dessa história de
sucesso.
AleCarolo/alecarolo.com
Divulgação/GTS
33. Terra & Cia Maio 2015 33
Feiras e Eventos
Agrishow
Empresário Assis Strasser
aposta em planejamento
De acordo com Assis Strasser, mesmo
em tempos de crise, a GTS do Brasil
nunca deixou de investir e inovar,
sempre tendo como base o planejamento
A
os 54 anos, o diretor presi-
dente da GTS do Brasil, As-
sis Strasser, conta que a tra-
jetória da companhia sempre teve
como base o trabalho, a pesquisa e o
comprometimento dos colaboradores
da empresa catarinense. A GTS nas-
ceu de um sonho de melhorar a pro-
dutividade no campo. Em 1994, a fa-
mília Strasser, pioneira no plantio de
milho em espaçamento reduzido no
Brasil, resolveu inovar o sistema tra-
dicional de plantio praticado na épo-
ca, unificando os espaçamentos das
culturas de verão que correspondem
ao plantio de milho, soja e feijão.
Como o grande problema da
época era o de não haver no país pla-
taforma que colhesse milho com es-
paçamento de 50 cm, os Strasser
transformaram a primeira platafor-
ma de milho, de 70 cm para 50 cm.
Animados com os excelentes resulta-
dos, resolveram criar uma empresa
para produção de plataformas, bus-
cando parcerias no exterior. A partir
de 2000, a GTS se associou a duas
indústrias já consolidadas para poder
dar sequência aos projetos.
Pouco tempo depois, entre 2001
e 2004, a família Strasser adquiriu a
parte societária dos investidores Tan-
zi e Garro, respectivamente, e desde
então a GTS do Brasil passou a ser
uma empresa com capital 100% bra-
sileiro. Empresa relativamente nova,
com 15 anos de mercado, mas que
conquistou o status de referência na
produção de máquinas e equipamen-
tos para o agronegócio brasileiro e
mundial.
De acordo com Strasser, mes-
mo em tempos de crise, a GTS nun-
ca deixou de investir e inovar, sempre
tendo como base o planejamento. Ad-
mite, no entanto, que o crescimento
das empresas nacionais está atrela-
do à forma como o governo brasileiro
“pilota” o País. Nesse sentido, o em-
presário lamenta que o Brasil esteja
sendo comandado de uma forma de-
sorganizada, sem credibilidade, sem
planejamento e com uma carga de
corrupção que impede o crescimento.
“Para que as empresas brasi-
leiras possam se consolidar é preciso
haver luz no fim do túnel. O que faz
o homem trabalhar é a confiança, são
as perspectivas. Sem isso você perde
o desejo de investir. Não é fácil pros-
perar em um país cuja carga tribu-
tária é uma das mais altas do mun-
do. Essa pressão fiscal não deixa o
empresário trabalhar. Nos meus 54
anos, nunca vi tanta empresa queren-
do fechar as portas. O pior é que essa
arrecadação de tributos não volta
como benefício”, lamenta Strasser.
Strasser é contrário ao voto ele-
trônico, o qual julga suscetível a ma-
nipulações. Também é contra o voto
obrigatório. “Nós somos obrigados a
votar em gente sem credibilidade”,
observa. “O povo brasileiro precisa
acordar e dizer não, não e não. Está
na hora de um basta neste país. Se
os próprios políticos não começarem
a colocar eles mesmo na cadeia, não
sei o que será. Não vamos mais mo-
ralizar esse país. Roubar R$ 1 ou R$
1 milhão é a mesma coisa. Não há
como ser meio certo. Ou é completo
ou não”, lamenta.
O empresário catarinense afir-
ma que a GTS sofre com todas essas
pressões, oriundas de uma gestão go-
vernamental ineficiente, mas destaca
que a empresa nunca deixou de in-
vestir, mesmo neste cenário de crise,
fomentada pela ingerência do gover-
no federal. A GTS é honesta, pé no
chão, nunca trabalhou com a chama-
da caixa dois ou qualquer esquema
errado. Nosso lema é o planejamen-
to. Me lembro que em 2012 e 2013
trabalhamos como diz a frase ‘não há
bem que dure para sempre nem mal
que nunca se acabe’ e estamos aqui”,
finalizou. (DP)
AleCarolo/alecarolo.com
36. 36 Terra & Cia Maio 2015
Manipulador telescópico é destaque da JCB
John Deere lança dois modelos de colhedoras de cana
A
JCB mostrou na Agrishow
2015 sua linha de manipula-
dores telescópicos, que con-
tam com uma série de acessórios como
garfos, garras, espetos ou caçambas,
para atuar em diferentes setores da
agropecuária, como na manipulação
de bags de grãos, fertilizantes, fardos
de algodão ou feno, carregamento de
fardos de palha de cana em usinas de
cana-de-açúcar. O equipamento tam-
bém atua na cadeia de produção de
biomassa, aumentando a produtivida-
de, pois substitui a aplicação de outras
máquinas como tratores adaptados e
pás carregadeiras, que não oferecem a
mesma capacidade de carga e de ele-
vação necessárias.
De acordo com Michael Steen-
meijer, gerente nacional de vendas
da divisão agrícola da JCB, a produ-
ção sustentável de biomassa está em
expansão e é um caminho sem volta.
“Usinas localizadas em regiões como
Centro-sul e Centro-Oeste vem inves-
tindo na produção de biomassa, onde
já conseguimos comprovar que nos-
sas máquinas atendem perfeitamente
às demandas do setor, oferecendo uma
solução eficiente e econômica na ma-
nipulação de materiais”. Steenmeijer
afirma que nesses casos, por exemplo,
os manipuladores trabalham na movi-
mentação dos fardos de palha de cana
que terão basicamente duas finalida-
des: a cogeração de energia e produ-
ção de etanol 2G.
Profissionalizar as operações é
justamente o que a Usina Ferrari bus-
cou ao adquirir dois manipuladores te-
lescópicos 541-70 – que começaram
a ser utilizados em abril deste ano. A
Usina Ferrari, localizada em Porto
Ferreira, SP, atua na produção de açú-
car, etanol e biomassa para cogeração
de energia, e tem uma produção de 3
milhões de toneladas de cana por ano.
Para Edimilson Gomes Leal, gerente
de manutenção da empresa, o mercado
costuma improvisar, utilizando outros
equipamentos que não são próprios
para a manipulação de materiais, o
que, segundo ele, pode gerar mais cus-
tos com consumo de combustível.
Manipulador telescópico fabricado pela
JCB é utilizado, entre outras aplicações,
para trabalhar na movimentação dos
fardos de palha de cana-de-açúcar
Divulgação
U
m dos grandes destaques da
John Deere na 22ª Agrishow
foi o lançamento de dois no-
vos modelos de colhedoras de cana-de-
-açúcar: CH570 e CH670. São equi-
pamentos inovadores que aliam alta
tecnologia em máquinas que pensam
com o produtor com diferenciais ope-
racionais e possibilidades de soluções
que garantem ainda mais produtivida-
de ao agricultor.
As novas colhedoras contam com
o Econoflow, que traz melhorias nos
sistemas de alimentação, limpeza e hi-
dráulico, reduz o consumo de combus-
tível em até 8%, o que representa me-
nor emissão de carbono e redução dos
impactos ambientais, além de melho-
rar a limpeza da cana colhida.
Logo no início da Feira, a John
Deere comercializou colhedoras para
a usina Japungu Agroindustrial S.A,
que atua nas regiões de Ceres, GO,
e Santa Rita, PB. A unidade indus-
trial adquiriu um modelo CH570 e um
CH670, além das versões anteriores,
as consagradas 3520 e 3522. Segun-
do o diretor da Japungu, José Bolivar
a confiança na marca e na equipe da
John Deere foram determinantes para
a escolha.
De acordo com Paulo Herrmann,
presidente da John Deere Brasil e vi-
ce-presidente de marketing e vendas
da John Deere para América Latina,
a empresa continua investindo mesmo
tem tempos de crise, que, segundo ele,
é cíclica. Neste sentido, a grande li-
nha canavieira da John Deere também
conta com o trator 6205J, apresen-
tado pela primeira vez em Ribeirão
Preto, que exerce, entre outras fun-
ções, papel importante nas operações
de transbordo de cana, pois seu chassi
integral evita esforços na tração e tor-
ção no conjunto motor/transmissão.
De acordo com Paulo
Herrmann, presidente
da John Deere Brasil,
a empresa continua
investindo mesmo tem
tempos de crise, que,
segundo ele, é cíclica
Feiras e Eventos
Agrishow
AleCarolo/alecarolo.com
37. Terra & Cia Maio 2015 37
Feiras e Eventos
Agrishow
Landini destaca tratores montados no Brasil
LS Tractor se firma no mercado brasileiro
A
Landini marca novamente
presença na Agrishow com um
estande que apresentou toda
a gama de tratores, como os modelos:
Mistral com tomada de força frontal
55, Rex 85F, Technofarm 60 e 75, Lan-
dforce 115 e 125 e Landpower 145,
165 e 185. Além disso, foram lança-
dos os modelos Landforce e Landpower
montados na fábrica brasileira.
O trator Landpower apresenta
novos motores F.P.T. (TIER 3) e uma
transmissão de gestão eletrônica que
permitem aplicações em campo aber-
to e para o transporte veloz na estra-
da. Todos os tratores da gama estão
motorizados com motores 6 cilindros
F.P.T. NEF 2V conformes com as nor-
mas de emissões TIER 3. Equipados
com turbocompresor e intercooler ar-
-ar, os novos motores desenvolvem até
157 CV, assegurando níveis de potên-
cia e par excepcionais.
De acordo com o diretor de ope-
rações da Landini no Brasil, Ricar-
do dos Santos Vianna, o Landpower
conta com uma cabine que se carac-
teriza por uma elevada ergonomia dos
comandos que aumentam o conforto
da condução. Assim também, a ins-
talação de climatização, colocada no
teto, assegura um ambiente de traba-
lho saudável e seguro. O perfil rebai-
xado do capô, em linha com a Fami-
ly Style Landini, e os amplos vidros da
cabine permitem uma visibilidade to-
tal melhorando a manobrabilidade e o
conforto da condução.
O diretor de operações da Landini no Brasil, Ricardo Vianna, destaca a elevada ergonomia
dos comandos que aumentam o conforto da condução na cabine do Landpower
AleCarolo/alecarolo.com
A
sul-coreana LS Tractor, ins-
talada em Santa Catarina em
2013, apresentou uma linha
de produtos focados para a média e
pequena propriedades ou atividades
que necessitam tratores até 105 cv de
potência. Com um ano e meio de atu-
ação no mercado brasileiro, a LS já
comercializou mais de 3 mil unida-
des, sendo 10% para clientes que re-
petiram a compra. A marca também
alcançou o número de 30 concessio-
nários e 45 lojas em 14 estados bra-
sileiros, com previsão de chegar a 50
ainda em 2015.
A empresa lançou na Agrishow
2015 dois novos modelos: o R60 e o
G40 com versão de eixo dianteiro es-
treito, ideal para a cafeicultura e cul-
tivo de lavouras adensadas. “O mer-
cado nas culturas onde o espaçamento
de plantio é reduzido é significativo no
Brasil. Fizemos um investimento con-
siderável neste processo e, felizmen-
te, chegamos com um produto de alta
qualidade para atender aos produtores
de café e hortifrúti, por exemplo”, de-
clara o diretor comercial e de marke-
ting da LS Tractor, André Rorato.
O modelo R60 é ideal para a cafeicultura e cultivo de lavouras adensadas
Divulgação
38. 38 Terra & Cia Maio 2015
Feiras e Eventos
Agrishow
MF 6711R Dyna-4 é eleito Trator do Ano 2015
New Holland renova time de colheitadeiras
A
Massey Ferguson venceu o
prêmio Trator do Ano na
Agrishow 2015, categoria de
80 a 130 cv, com o modelo MF 6711R
Dyna-4. A decisão foi do público - que
reuniu 25 mil votos - e do júri técnico
da premiação. Dos 31 modelos inscri-
tos na competição, 11 foram selecio-
nados para a final - dois em cada ca-
tegoria de potência – 80 cv; 80 a 130
cv; 130 a 200 cv; mais de 200 cv; a
exceção dos Tratores Especiais (fru-
teiros e florestais), categoria que con-
templou três finalistas.
Lançado recentemente no Bra-
sil o novo trator MF 6711R Dyna-4
possui transmissão 16x16 com velo-
cidades robotizadas que eliminam a
possibilidade de erro na troca de mar-
chas e prolongam a vida útil dos com-
ponentes. Também dispensa o uso da
embreagem para realizar as trocas, o
que torna o conforto operacional ain-
da maior. A cabine do MF 6711R é a
maior e mais confortável da catego-
ria, com ergonomia no assento e nos
comandos dispostos de forma clara e
organizada.
A visibilidade a frente também é
um grande ponto a destacar O opera-
dor tem a melhor visão a frente da ca-
tegoria, graças ao design do seu capô.
O sistema de levante de três pontos é
de alta capacidade, o que mostra a ro-
bustez de todo o seu conjunto. A va-
zão do controle remoto é de 98 l/min,
O modelo MF 6711R Dyna-4 possui
transmissão 16x16 com velocidades
robotizadas que eliminam a possibilidade
de erro na troca de marchas e prolongam
a vida útil dos componentes
podendo chegar a 105 l/min quando
equipado com piloto automático. Ou-
tro ponto forte é a tecnologia do mo-
delo, que pode ser equipado com tele-
metria e piloto automático.
Divulgação
A
New Holland apresentou na
22ª Agrishow máquinas para
a colheita com recursos que
aumentam o desempenho no campo e
atendem as demandas do mercado. “To-
dos os comandos de operação dos nos-
sos lançamentos, as colheitadeiras CR
8090 e CR5.85, e a plataforma Draper
SuperFlex 880CF são projetados para
serem descomplicados, ao alcance de
um dedo”, explica Luiz Miotto, geren-
te de Marketing do grupo.
O destaque fica para a maior
colheitadeira fabricada no Brasil, a
CR8090, produto que marca a naciona-
lização da CR classe 8, já disponível nas
linhas de crédito do BNDES. É a única
colheitadeira do mercado que não exi-
ge a interrupção da colheita para a des-
carga, pois o seu exclusivo tubo mede
até 8,9 metros, e garante total seguran-
ça ao trabalho de descarga em movi-
mento. Destaca-se ainda o tanque com
capacidade para 14.500 litros, o maior
do mercado. Todo esse volume pode ser
descarregado em menos de dois minu-
tos, a uma taxa de 142 lts/s, em uma
operação facilmente realizada com o
acionamento de poucas teclas na ala-
vanca multifunção dentro da cabine.
O exclusivo OptiSpread™,um sis-
tema de discos com motor hidráulico lo-
calizado logo após a saída do picador,
distribui a palha uniformemente por até
45 pés, auxiliando as atividades de plan-
tio direto e garantindo a cobertura total
do solo. O sistema IntelliCruise analisa
a carga com que o motor está operando
e regula automaticamente a velocidade
para o melhor rendimento da máquina.
Ele funciona também com base no índi-
ce de perda de grão, não ultrapassan-
do a velocidade ideal de trabalho. Bas-
ta um toque para o sistema entrar em
funcionamento.
Segundo Miotto, o produtor está
cada vez mais interessado em máquinas
maiores e com mais tecnologia embar-
cada. Em janeiro e fevereiro deste ano a
classe 8 foi responsável por 23,9% das
vendas das colheitadeiras com rotor no
mercado brasileiro. Há dois anos, essa
fatia representava 9,5%. O lançamen-
to já vem equipado com o sistema com-
pleto de agricultura de precisão, que in-
clui GPS e piloto automático, além de
um monitor que indica o rendimento
e a umidade do grão colhido em tem-
po real. A CR 8090 apresenta potência
nominal de 489 hp, podendo atingir até
550 hp de potência máxima, e pode tra-
balhar com plataformas de 40 e 45 pés.
A CR8090, maior colheitadeira fabricada no
Brasil, marca a nacionalização da CR classe 8,
já disponível nas linhas de crédito do BNDES
Divulgação
39. Terra & Cia Maio 2015 39
Feiras e Eventos
Agrishow
Scania destaca opções customizadas
da linha 2015
Sollus destaca plantadora de cana picada
A
Scania apresentou cinco ca-
minhões da linha 2015 duran-
te a 22ª Agrishow: os off-road
G 440 6x4 e G 480 6x4, os rodoviá-
rios P 360 e R 620 e o semipesado P
310 8x2. Além de soluções de servi-
ços para a cadeia da cana e grãos. O
estande da Scania, com 600 m², con-
tou com um chassi de ônibus F 250
4x2 e um motor industrial estacioná-
rio DC13 74A, para diversos tipos de
aplicações severas, especialmente nos
setores agrícola, industrial e de cons-
trução, em equipamentos originais ou
repotenciamento.
De acordo com o gerente de Ma-
rketing e Comunicação da Scania no
Brasil, Márcio Furlan, “os portfólios
off-road e rodoviário 2015 proporcio-
nam aos clientes os melhores torques,
reduzido consumo de combustível e
baixo custo operacional com foco to-
tal na produtividade”. Ele afirma quer
os caminhões pesados G 440 e G 480,
com configuração de rodas 6x4 e ver-
sões plataforma ou cavalo mecânico,
oferecem a alternativa mais eficaz en-
tre os concorrentes para as usinas que
utilizam veículos nesses modelos.
Já os rodoviários P 360 e R 620,
destaca Furlan, podem ser utilizados
no escoamento do produto final (açú-
car e etanol) e também de grãos do
campo até as rodovias. O primeiro de-
senvolve 360cv de potência, e o R 620
conta com um motor V8 de 620cv,
para quem precisa transferir grande
quantidade de carga com implementos
maiores. Ele afirma ainda que a Sca-
nia propicia programas de manuten-
ção, formados por um conjunto de ser-
viços adequados a cada tipo de veículo
e operação.
Modelo Scania G 440
6x4 conta com o motor
DC13 112 de 440 cv e
237,4 mkgf de torque
Plant Flex 8080 é a plantadora
de cana picada da Sollus
DivulgaçãoDivulgação
A
Sollus levou à Agrishow
2015, entre outros produtos,
a plantadora de cana picada
Plant Flex 8080, usada para terrenos
com solo mais leve (arenoso e médio
arenoso) e plano (de 0% a 7% de de-
clividade). O implemento é prepara-
do para várias regulagens de espaça-
mento para plantio de 2 linhas. Bitola
com regulagem para 2.40m (espaça-
mento combinado de 0,90 m por 1.50
m), 2.50 m (espaçamentos combina-
dos de 1.00 m por 1.50 m ou de 0.90
m por 1.60 m), 2.80 m (espaçamento
convencional de 1.40 m por 1.40 m)
ou 3.00 m (espaçamento convencional
de 1.50 m por 1.50 m).
Plant Flex 8080 é a plantadora
de cana picada da Sollus
Divulgação
40. 40 Terra & Cia Maio 2015
Feiras e Eventos
Agrishow
Titan mostra protótipo do pneu de alta flutuação
AleCarolo/alecarolo.com
Divulgação
A
Titan Pneus, detentora da mar-
ca Goodyear Farm Tires, des-
tacou na 22ª Agrishow o pro-
tótipo da nova versão radial do pneu de
alta flutuação 600/50R22.5, de produ-
ção totalmente nacional, voltada para
o setor sucroenergético. O novo mode-
lo recomendado para aplicação em ei-
xos livres de transbordo e implementos
agrícolas tem seu lançamento previsto
para acontecer já no início da próxima
safra da cana-de-açúcar, em 2016, en-
quanto é aguardado o término da fase
de obtenção das certificações em condi-
ção de campo.
A maior preocupação está em
deixar o pneu adaptado ao regime de
trabalho intenso da agroindústria da
cana-de-açúcar no Brasil, onde uma
máquina pode facilmente atingir qua-
tro mil horas de trabalho ao longo de
um ano. Leandro Pavarin, gerente de
vendas Brasil da Titan Pneus, destaca
que a opção de apresentar a tecnologia
do pneu de alta flutuação na Agrishow
tem a função estratégica de mostrar ao
cliente final que a Titan acompanha de
perto as demandas que surgem no cam-
po, além do fato da feira estar na re-
gião que é a maior produtora mundial
de açúcar e etanol, e onde se concen-
tra grande parte da indústria de suco
de laranja, beneficiadoras de café, soja,
amendoim, etc, além de indústrias ali-
mentícias, indústrias de ração, fertili-
zantes, entre outras.
A participação da Titan Pneus na
Agrishow 2015 contou com apoio das
equipes de vendas da DPaschoal e Caia-
do Pneus. Para Leandro Richter, geren-
te de operações da Linha Pesada, a par-
ticipação da DPaschoal em feiras como
a Agrishow é muito relevante. “O agro-
negócio é o setor que mais impulsiona
a economia brasileira e a Agrishow é
uma feira de suma importância para
nós na busca de oportunidades para no-
vos negócios e investimentos. É um di-
ferencial ser uma das 800 marcas pre-
sentes neste evento”, observou.
O segmento de pneus OTR (Off
the Road) é fundamental para os negó-
cios da Titan no Brasil e América Lati-
na e para a DPaschoal, por isso a pre-
ocupação em estar sempre trazendo
novidades ao mercado. O portfolio de
pneus oferecidos pela DPaschoal e Ti-
tan conta com duas medidas que aten-
dem necessidades específicas, porém
indispensáveis nas fazendas de grãos.
Os pneus 23.5R25 MXL e 14.00-24
ROAD GRADER são também de fabri-
cação nacional e indicados para uso em
pás carregadeiras e motoniveladoras.
Sustentabilidade - A DPascho-
al, que venceu o 6º prêmio de Respon-
sabilidade Social e Sustentabilidade
no Varejo de 2014, está alicerçada no
Programa Economia Verde, que fun-
ciona em todas as lojas da rede, com
a proposta de: “antes de trocar qual-
quer pneu ou peça, é preciso avaliar
se realmente é necessário”. Durante a
Agrishow 2015, a empresa orientou os
clientes com dicas para se economizar
até 25% na vida útil de pneus, amorte-
cedores, entre outros itens dos veículos.
A DPaschoal possui 11 recapa-
doras nas regiões Sudeste e Sul. Anu-
almente, são recolhidas 600 toneladas
de materiais recicláveis, totalizan-
do 36 itens, entre pneus, sucatas fer-
rosas e não ferrosas, lâmpadas, bate-
rias, raspa de pneus, papel, papelão,
plástico, contra peso, filtro de óleo,
entre outros. A DPaschoal é uma em-
presa nacional, com 65 anos, que atua
na prestação de serviços automotivos
especializados. São mais de 500 lo-
jas distribuídas pelos Estados de São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande
do Sul e Goiás.
Protótipo da nova versão radial do pneu de
alta flutuação 600/50R22.5, de produção
nacional, voltada para o setor sucroenergéticoEstande da Titan em parceria com a DPaschoal na Agrishow 2015
41. Terra & Cia Maio 2015 41
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