Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Terapia Comportamental e Cognitiva Infantil
1. Marcelo da Rocha Carvalho
Psicólogo Clínico
marcelodarocha@globo.com
Psicoterapia
Comportamental e
Cognitiva Infantil
2. Marcelo da Rocha Carvalho
Psicoterapeuta Comportamental e Cognitivo, Especialista
pela USP, Professor Convidado da Pós-Graduação em
Terapia Comportamental e Cognitiva pela
FMUSP/AMBAN/HC. Especialista em Terapia Racional
Emotiva Comportamental pelo Albert Ellis Institute.
marcelodarocha@globo.com
8. Bibliografia antiga...
• Bandura, Albert – Modificação do Comportamento.
Interamericana, Rio de Janeiro, 1979.
• Krumboltz, J. e Krumboltz, H. – Modificação do
Comportamento Infantil. EPU, São Paulo, 1977.
9. • “A Psicoterapia Comportamental Infantil é uma área de
aplicação relativamente recente e em desenvolvimento. Seu
campo de atuação é amplo, estendendo-se por variada
hierarquia de problemas comportamentais, desde os mais
simples, até incluir o desenvolvimento de comportamentos
sociais complexos”. (Lima, 1988)
• Das explicações psicanalíticas ao pequeno Albert: um grande
salto, por muito tempo aquém de nossas necessidades.
• Além da função terapêutica, propriamente dita, a TCC Infantil
tem papel educativo-profilático, o que faz com que seja ideal
para a realidade brasileira.
História da TCC.
12. • Freud e seus primeiros relatos: fases do desenvolvimento
psicossocial, a criança como “perverso polimorfo”.
• Ana Freud como herdeira da proposta da “análise
infantil”.
• Crise na terapia infanitl: Melanie Klein.
• A psicologia sem evidências: interpretação, a projeção
da vida vida adulta na criança.
• Piaget e o desenvolvimento cognitivo: crítica pertinente.
Anos de domínio da teoria psicanalítica
13. Busca por segurança
• As crianças movem-se psicologicamente em três direções para aliviar
sua ansiedade, para tornar a vida segura e previsível e para obter
satisfação. Elas buscam afeto e aprovação ou elas se tornam hostis ou
elas se retraem.
• As crianças por fim usam a estratégia de enfrentamento que melhor
satisfaz suas necessidades, mas se apenas uma estratégia básica é
usada, as crianças tornam-se limitadas em seu repertório de
enfrentamento em sua experiência de si mesmas e do seu mundo. Seu
senso de segurança é tênue porque elas têm perigo vindo de dentro de
sentimentos e impulsos suprimidos ou reprimidos. Se as condições
ambientais desfavoráveis continuam, seus sentimentos conflitantes são
dirigidos para o inconsciente e tais crianças são deixadas com um senso
de desconforto, ansiedade e apreensão e com um senso de self
inseguro.
• Nesta junção, seu ponto de referência é externalizado, padrões de
comportamento enrijecem e crescentes bloqueios ao crescimento se
desenvolvem. Horney designou estas atitudes complexas, relativamente
fixas em direção ao eu e aos outros como tendências neuróticas.
14. Tipos de caráter
• Os três principais tipos de caráter de Horney são embasados no modo
predominante de relacionar-se com outros.
• O tipo self-apagado, anuente resulta da operação defensiva de
agarrar-se a outros. Tais pessoas tentam obter o favor dos outros
através de lisonja, subordinam-se aos outros e são relutantes em
discordar por medo de perder favor.
• O tipo expansivo, agressivo resulta de manobrar contra outros e
colocar forte confiança em poder e domínio como um meio de obter
segurança.
• O tipo desapegado, resignado resulta de afastar-se de outros para
evitar tanto dependência como conflito. Eles são pessoas muito
privadas que, embora se recusando a competir abertamente, vêem-
se como se elevando acima dos outros.
15. • Informações sobre psicologia experimental e comportamentalismo.
• Controle ambiental.
• Medir o estágios de mudança dos pais – não perder o foco, que
estes são agentes essenciais.
• Treino de assertividade para os pais.
• Mudança cognitiva dos pais e estimulo a criança para forma mais
adequadas de perceber o mundo: capacitá-la de estratégias para
o enfrentamento.
• Avaliar o stress infantil.
• Estimular o comportamento verbal e emocional da criança.
• Passo inicial para o enfoques em TCC mais modernos,
sedimentando ganhos comportamentais e cognitivos.
Psicoterapia Focalizada na Criança em
seu Inter-relacionamento com o Meio.
16. • Reduzir a angústia dos pais ou mesmo conflito: vasão de
informações sobre o problema.
• Aumentar os “inputs” de informações: pais, parentes
próximos, cuidadores, escola.
• Buscar coerência e concordâncias quantos ao
comportamentos problemas, para decidir por onde
começar.
• Psicodiagnóstico e aproximação sucessiva para introduzir
a criança em terapia.
Por onde começar?
17. • “As crianças nunca foram muito boas em ouvir os mais
velhos, mas nunca falharam em imitá-los”.
James Baldwin
• O centro do foco da TCC infantil e promoção do
comportamento social.
• Não há diferença entre o que sustenta o comportamento
adequado e inadequado.
Comportamento vicário
18. Bobo Doll(João Bobo) – Social Learning
Theory/Teoria do apredizado social.
http://www.youtube.com/watch?v=zerCK0lRjp8
19. • Análise funcional
abrangente dos
comportamentos
problemas.
• Orientação aos pais sobre
controle comportamental:
observar como aderem as
orientações.
• Controle ambiental.
# Sessões Função
Anamnese 06 Linha de base
Psicodiagnóstico 04
Aproximação
sucessiva e
avalição sobre
a distância
dos pais
Terapia
propriamente
dita
20
Sessões
semanais com
a criança e
orientação
dos pais a
cada 15 dias
Fases da TCC infantil
20. Tipos de Atividades
1. Atividades que favorecem o levantamento de dados
sobre as contingências ambientais, as quais
apresentam maior probabilidade de exercer controle
sobre os comportamentos adequados e
inadequados da criança e colaborar com sua
manutenção;
2. Atividades que favorecem a aplicação de
procedimentos e intervenções pelo terapeuta, para
produzir mudanças de comportamentais na criança
e em alguns membros de sua comunidade;
3. Atividades que favorecem a avaliação.
21. Como iniciar o trabalho com a criança
• Entrevista com os pais.
• Levantamento de hipóteses iniciais.
• Operacionalização dos termos.
• Levantamento dos antecedentes e consequentes.
• Levantamento dos comportamentos adequados.
22.
23. Entrevista inicial com a criança
1. especificação do motivo que veio à consulta (o que os
pais lhe disseram) e qual a queixa da criança.
2. informações sobre o sigilo;
3. informações sobre o que é psicoterapia;
4. explicações sobre o atendimento quinzenal do grupo
familiar, ressaltando que cada um pode mudar um
pouco e não somente a criança eleita para o
atendimento.
24. O Processo terapêutico, como sugere Wolberg(1967) pode
ser dividido em três fases operacionais:
1. Fase inicial:
• estruturação da terapia, diagnostico funcional e planejamento
terapêutico.
2. Fase intermediaria:
• implementação do plano terapêutico.
3. Fase terminal:
• avaliação, termino da terapia e acompanhamento.
Sistematização do processo
26. Behaviorismo Radical
• “Uma análise behaviorista não discute a utilidade
prática dos relatos acerca do mundo interior, o qual é
sentido e observado introspectivamente. Eles são pistas
(1) para o comportamento passado e as condições
que o afetaram, (2) para o comportamento atual e as
condições que o afetam, e (3) para condições
relacionadas ao comportamento futuro.”
(In.: “Sobre o Behaviorismo” Skinner, B.F.; p.31)
27. • Uma análise funcional ou a
“contingência dos três termos”
inclui a medida dos
antecedentes,
comportamentos e
consequências para avaliar as
variáveis de controle.
• Há de se lembrar que as
entrevistas são imprecisas e o
comportamento está
constante mudança, bem
como a vida tem variáveis
infinitas.
28. • “Modificar hábitos que não são adaptativos” (Wolpe,
1976), através do fortalecimento e manutenção, ou da
eliciação de comportamentos incompatíveis com tais
hábitos.
• Ex.: Instalar na criança, respostas de contracontrole, face às
pressões inadequadas do seu meio familiar, ou de seu meio
social.
• Aumentar a probabilidade de ocorrência de
comportamento, que garantam à criança maior número
de reforçamento positivos, ou seja, maior satisfação.
• Ex.: Melhorar a qualidade de seu relacionamento social.
Objetivos ligados a um trabalho
focalizando diretamente a criança.
29. • Ajudar a criança a reconhecer as variáveis que controlam seu
comportamento, especialmente as variáveis internas, de seu
próprio sistema de respostas, como suas necessidades, prioridades;
• Ensiná-las a manipular, ou contra controlar, essas variáveis e, assim
sucessivamente, a cada nova habilidade e novo objetivo.
• A satisfação das necessidades é vista como motivador intrínseco e
extrínseco, (pré-condição ou consequência para determinada
mudança).
• Ex.; percepção e satisfação de suas necessidades e aumento da
probabilidade de comportamentos, que garantam a consequência positiva
desejada.
Objetivos ligados a um trabalho
focalizando diretamente a criança.
30. • Levar a criança à efetividade lidar com variáveis que
afetam seu comportamento, permitindo uma
generalização do aprendizado, para outras situações e
outras categorias de comportamento, além daquelas
abordadas na terapia. Isto garante o termino da terapia,
uma vez que a criança passa a conduzir o seu processo
de desenvolvimento que afeta, não só comportamento
“problema”, mas todo seu repertorio, havendo uma
maximização do seu potencial.
Objetivos ligados a um trabalho
focalizando diretamente a criança.
31. • Ser um “intermediário” do comportamento de mudança
para todos os envolvidos, mas principalmente a criança
envolvida.
• Numa equipe multidisciplinar, o papel do psicólogo
cognitivo-comportamental é geralmente o de
centralizador, dado seu maior conhecimento dos
comportamentos da criança.
Psicólogos e Psiquiatras como maestros.
32. • Desenvolvimento e a maior
característica humana:
dependência.
• “Parenting”: um momento
delicado para sermos pais e
filhos.
• Modernidade e expulsão do
tempo de ser criança.
• Stress infantil só aumentando.
TCC infantil é terapia
indireta dos pais?
33. Aplicabilidade da TCC com crianças
• Através da TCC as crianças aprendem que as emoções que
sentem são causadas pelos pensamentos que estão criando. Assim,
quando elas se engajam em pensamentos e sentimentos
automáticos negativos, elas podem sentirem-se tristes, com raiva
ou desapontadas consigo mesmas ou com as pessoas a sua volta.
• A principal tarefa do psicólogo(a) é auxiliar a criança a modificar
seus pensamentos e conseqüentes, utilizando-se de respostas mais
racionais.
34. Adaptação
• Para Radall(1981) saúde mental e doença mental são
termos descritivos da adaptação positiva e negativa a
vida.
• Conflitos e ansiedade dependem de estratégias de
enfrentamento, cuja escolha leva ou não, ao
desenvolvimento dos transtornos psiquiátricos.
• Tratar inicialmente é capacitar o indivíduo com
estratégias funcionais.
36. Adaptação as Metáforas frente a
clínica
Sharp(1999)
Metáfora do
Reforço
Metáfora do
Déficits das
Habilidades
Sociais
Metáfora do
Desamparo
Aprendido
Metáfora
da
Distorção
Cognitiva
Metáfora do
Auto-
Manejo
Metáfora
da
Modelagem
Social
Avaliação Comportamental e Cognitiva
41. Aprendendo a reforçar
• Explicações sobre os princípios da aprendizagem sobre o reforço.
• Comportamento inadequado é reforçado.
• Punição pura e simplesmente: o atestado de incompetência!
• Punição e a lei do mais forte: como será o futuro da relação?
• Esquemas de reforçamento.
42. Como modificar um comportamento?
• Críticas ou argumentações vazias.
• Os pais: reféns dos outros.
• Competição em inadequações: pais versus filhos, pais entre
pais.
45. Princípios básicos
• Não reforçar o inadequado.
• Procurar comportamentos adequados para serem reforçados:
competição de estruturas de comportamentos, a mudança de
paradigma.
• A criança como a responsável por sua punição.
• Criar o encadeamento das respostas.
48. Quanto antes melhor!
• É cedo que se torce o pepino!
• Processo de extinção e suas especificidades.(gráfico
explicativo)
• Programação ambiental.
• Reforço aos pais: o mesmo se aplica do terapeuta para os pais.
49. Treino da assertividade
• Dizer não sem culpa.
• Apoio incondicional aos direitos pessoais.
• Assertividade: falar de forma apropriada a resolver um
problema ou impasse, respeitando a si e ao outro, sem se
comportar de forma passiva, nem tão pouco agressiva.
50. Os pais enquanto cientistas do
comportamento
• Não há resposta imediata para tudo.
• Não sabendo o que fazer apenas não reforce.
• Observar é tudo!
• “As palavras são de prata e o silêncio é de ouro.”
• Seu objetivo é melhorar seu filho e as trocas com o ambiente.
53. Zen budismo, um pouco de filosofia...
•Os três jarros de saquê.
54. Seja o modelo!
• Lembrando do nosso amigo o“ratinho”...
• Modelagem.
• Auto observação e mudança.
• Modelação: aprendizagem social.
55. Bandura finalmente!
• Aprendizagem social.
• Treino do controle social.
• A atenção: a chave do controle.
• Treinando para que o ambiente não se torne coercitivo:
direitos iguais.
• Acima de tudo: aprenda a amar!
58. Modificação do Comportamento
• “Problemas abstratos como infelicidade e falta de
objetivo não podem ser modificados com sucesso por
nenhuma forma de tratamento, enquanto permanecem
desvinculadas de seus determinantes experienciais
concretos.”
Albert Bandura
59. Modificação do Comportamento
• “O ponto de vista da relação na modificação do
comportamento implica também em que nenhuma modificação
significativa permanente no comportamento social pode ser
obtida, a não ser que uma relação social seja firmemente
estabelecida.”
Albert Bandura
62. Treino da assertividade
• Dizer não sem culpa.
• Apoio incondicional aos direitos pessoais.
• Assertividade: falar de forma apropriada a resolver um
problema ou impasse, respeitando a si e ao outro, sem se
comportar de forma passiva, nem tão pouco agressiva.
63. Treino de Habilidades Sociais
1. Fazer elogios.
2. Aceitar elogios.
3. Fazer pedidos.
4. Expressar amor, agrado e afeto.
5. Iniciar e manter conversações.
6. Defender os próprios direitos.
7. Recusar pedidos.
8. Expressar opiniões pessoais,
inclusive desacordo.
9. Expressar incômodo, desagrado
ou enfado justificados.
10. Pedir mudança de conduta do
outro.
11. Desculpar-se ou admitir
ignorância.
12. Enfrentar críticas.