1. E.B.1 Outubro de 2009 ANO LECTIVO 2009/10 PROFESSORAS: Célia Santos Maria Ester Maria do Céu
2. Era uma vez um velho que tinha um neto e um burro. Um dia teve que ir com o seu neto à aldeia. Mas como ficava ainda um pouco distante da sua velha casinha, decidiu levar o rapaz montado no seu burro.
3. E quando iam a caminho, cruzaram-se com uns homens que disseram: - Parece impossível que o rapaz que é novo vá montado no burro e o velho, coitado, meio trôpego, vai a pé! O velho ficou incomodado com este comentário e decidiu trocar com o seu neto. Assim sentia-se muito mais tranquilo e melhor com a sua consciência.
5. Hoje é dia de ir à aldeia Sinto uma grande alegria. Vou passear com o meu neto Que é a melhor companhia! O meu fiel ajudante É um burro dedicado. Tenho já muitos projectos Para um dia bem passado. Refrão O mais velho aqui sou eu, Já tenho uma bela idade… E tenho boas ideias, Essa é uma grande verdade! Passaram depois uns homens Que vinham a comentar, E quando ouvi a conversa, Comecei logo a pensar… Acho que esta é uma boa ideia Simplesmente genial! Já não vão comentar mais, Já não podem dizer mal! Refrão Refrão Pensei neste problema E encontrei a solução: Vou eu montado no burro E vem o rapaz para o chão! Este caminho é comprido, Mas já estou habituado. Sentei o rapaz no burro Para ele ir mais descansado.
6. Continuaram o seu caminho e, ao chegarem a uma fonte decidiram ir matar a sua sede, encontraram duas mulheres que aí enchiam os seus cântaros e que, mal viram o velho em cima do burro, apressaram-se a comentar:
7. - Devia ter vergonha, seu velho mandrião! Então o seu neto é que vai a pé, um rapazinho ainda de tenra idade? O velho ficou outra vez surpreendido, mas agora sem saber o que fazer. Pensou um pouco e achou que o melhor era os dois irem em cima do burro.
8. Assim fez e prosseguiram em direcção à aldeia. Passaram por um campo onde um homem que juntava o feno para os animais, ao vê-los, disse: - Ó compadre, coitado do animal! A carregar com duas pessoas! Por amor de Deus, dê-lhe algum descanso, alivie-lhe os costados! E, desesperado, o velho disse ao rapaz: - Ó meu rapaz, agora é que eu não sei o que fazer! Dá-me uma ideia, ajuda-me a calar esta gente.
10. Passear com o meu avô É o que eu prefiro fazer Conversamos todo o dia, Nunca paro de aprender. Falamos dos animais, Esquilos, corujas, escaravelhos… E quando eu lhe peço ajuda Dá-me sempre bons conselhos. Refrão Eu sou um rapaz normal, Gosto de ser como sou; Tenho uma sorte na vida: Cresci com o meu avô! E aproveito para dizer O que todos já sabemos: É preciso aproveitar As coisas boas que temos! Falamos também dos homens, Do que é ser justo e sincero, De tudo o que é importante, Do que fiz e do que espero. É por causa das conversas Que nós costumamos ter, Que eu sei que o mundo é enorme Para quem quiser crescer! Refrão Hoje vamos à aldeia Mas estamos num dilema… Sempre que vemos alguém, Aparece um problema! Uns querem que eu vá de burro, Outros que seja o avô… Já experimentámos ir juntos, Mas nem isso resultou! Refrão Agora é a minha vez De ajudar o meu avô. Acho que há uma resposta Em que ainda não pensou: Porque não irmos os dois Calmamente, a caminhar? O burro vai descansado; Ninguém mais vai criticar! Refrão
11. Ficou contente o avô. Agora tinham encontrado a solução. Era impossível que alguém comentasse também esta atitude do velho e do rapaz. Estavam já a chegar à aldeia, quando dois homens que seguiam numa carroça se atreveram a dizer:
12. - Estes dois endoideceram! Em vez de irem descansados em cima do burro, vão a pé e assim o burro não se cansa! Depois de ouvir isto, disse o avô ao neto: - Sabes uma coisa, meu rapaz, o melhor que temos que fazer é não darmos ouvidos ao que dizem os outros, pois vai haver sempre alguém a criticar as nossas opções, por melhor que nós as achemos.
13. Para todos agradar Foi fazendo o que ouvia. E só no fim percebeu Que a sua razão é que valia.
15. MORAL DA HISTÓRIA Há quem muito tenha como desporto preferido a maledicência e vá lançando, a torto e a direito, setas envenenadas que vão ferir a susceptibilidade dos inseguros. O que nos parece bem, parece mal aos outros. O que temos como belo, parece horrendo aos olhos dos vizinhos. São tantas e tão variadas as opiniões que, quem não quiser ser mal visto e andar nas bocas do mundo, como o velho e o rapaz da fábula, melhor fará em proceder como o burro, que trotava, indiferente aos sarcasmos. Caso contrário, não terá mais sossego nem parança. Será forçado a mudar de posição, de roupa, de penteado, de hábitos, de ideias, ao sabor das modas e das línguas afiadas.
16. Alguns fartam-se, um dia, de serem paus mandados e resolvem, de uma vez por todas, guiar-se pelas suas ideias, seguir o que consideram justo. O que ouvem passa a entrar-lhes por um ouvido e a sair por outro. Os colegas da escola nem sempre são anjos e muitos se divertem a troçar dos amigos, que têm, desde tenra idade, de aprender a reagir, não se deixando amachucar. FIM Os colegas da escola nem sempre são anjos e muitos se divertem a troçar dos amigos, que têm, desde tenra idade, de aprender a reagir, não se deixando amachucar. Convém que conheçam diversas opiniões, até para reflectirem sobre elas e fazerem opções indispensáveis ao crescimento. Mas igualmente ou mais importante é terem autoconfiança e consciência de que as suas cabeças não servem apenas para ter orelhas e usar chapéu. Servem para PENSAR.
17.
18. FIM 2- Assinala V (verdadeiro) ou F (falso): - a zebra é uma das personagens da história - o rapaz era sobrinho do velho - o velho estava cansado - o velho pediu ajuda ao rapaz
19. FIM 3- Procura, na história: - dois nomes comuns - um nome próprio - dois adjectivos - três verbos
20.
21. FIM 5 - Faz a conjugação do verbo sentir . 6 – Escreve palavras da: família de casa área vocabular de aldeia 7 - Separa as palavras em sílabas e classifica-as quanto ao número. velho incomodado cântaros barulho
22. FIM 8 – Faz um pequeno resumo da história e ilustra-o. Bom trabalho