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Epistemologia da Comunicação
Perspectivas na América Latina




           Michael Kerr
          Rafael Foletto
Comunicación: campo y objeto de estudio.
Perspectivas reflexivas latinoamericanas
 Maria Immacolata Vassallo de Lopes y Raúl
            Fuentes Navarro
Introdução
-   13 artigos apresentados no GT 17 - Teorias y
    Metodologias     de   la    Investigación   en
    Comunicación no V Congresso da ALAIC,
    ocorrido em 2000, em Santigo no Chile.

-   Acrescido de um artigo de Martín-Barbero.
    Os aportes desses artigos transitam por
    diversos      temas:      a     origem      da
    institucionalização do campo das Ciências da
    Comunicação; a reconstrução teórica e
    metodológica do campo acadêmico; os
    fundamentos da sua interdisciplinaridade; o
    estatuto disciplinario das pesquisas em
    comunicação e a atualização epistemológica;
    relatos            de             experiências
    metodológicas        aplicadas;      principais
    problemáticas     nas     investigações     em
    comunicação;     perspectivas,    balanços    e
    correntes dos estudos da comunicação na
    América Latina em era digital, etc.
A ALAIC e o GT - 17
-   A Asociación Latinoamericana de
    Investigadores de la Comunicación
    (ALAIC) foi criada em 1978, reunindo
    os pesquisadores das Ciências da
    Comunicação na América Latina. A
    entidade realiza a cada dois anos, um
    congresso       e     um       seminário
    internacional     de     pesquisa    em

-   comunicação.
    A preocupação e o interesse do GT-17
    reside nas relações relativas a produção
    de conhecimento no campo de estudos
    das Ciências da Comunicação.
Deconstrucción de la crítica: nuevos itinerarios de la
                   investigación
              Jesús Martín-Barbero
-   Propõe um novo mapa dos processos
    comunicacionais. Descrevendo os objetos
    das Ciências Sociais como móveis,
    nômades,            de           contornos
    difusos,    impossíveis de encerrar nas
    malhas de um saber positivo e rigidamente

-   parcelado.
    O     desafio    da    investigação    em
    comunicação reside nas transformações da
    sensibilidade que emergem na experiência
    comunicacional no desordenamento da
    vida    urbana,    no    desajuste   entre
    comportamentos e crenças , na confusão

-   entre realidade e simulacro.
    Procura problematizar a sociabilidade, a
    identidade e as mediações da cultura.
Epistemología y estudios de comunicación: en busca de la
                constitución de un campo
                  Gastón Julián Gil
-   Apontamentos       para    descreve
    momento epistemológico dos estudos
                                        o

    em Ciências da Comunicação, buscando

-   a especificidade dessa área.
    Evidência os desvios conceituais e
    discursivos existentes nos estudos da

-   comunicação na Argentina.
    Observa a comunicação como uma
    disciplina nova que interage com
    outras    mais    legítimas,  como  a
    Antropologia e a Sociologia.
Reflexiones sobre el estatuto disciplinario del campo
                de la comunicación
       Maria Immacolata Vassallo de Lopes
-   Afirma que as questões centrais que
    concentram as preocupações no campo
    da comunicação estão relacionadas aos
    processos de institucionalização e de

-   disciplinarização.
    A institucionalização do campo da
    comunicação no Brasil avança sob
    signo da transdisciplinaridade.
El campo académico de la comunicación, revisitado
    Sérgio Capparelli e Ida Regina C. Stumpf
-   Procuram       demonstrar    que
    comunicação não é uma ciência, mas
                                         a

    sim     um      campo     de    estudo

-   multidisciplinar.
    A Comunicação na sua dimensão
    institucional, procura se organizar de
    forma autônoma mas não em teremos
    epistemológicos.
Elementos para una epistemología de la
           comunicación
           Luiz C. Martino
-   Sustenta que o status da comunicação
    social gira em torno da categoria de
    ciência constituída e de campo de

-   interseção de saberes diversos.
    Comunicação como polissemia.
Explorações teórico-metodológicas para a investigação
          sociocultural dos usos da internet

              Raúl Fuentes Navarro
Alguns teóricos tem feito prognósticos que a
  internet ou alguma rede que a supere,
  eventualmente absorverá as funções da
  televisão, do telefone e das publicações
  convencionais. (2001)
As publicações relevância a partir de 1995.
Essa refuncionalização acelerada da comunicação é
  um fator de evidente transcendência para o
  campo dos estudos sobre comunicação e cultura
  de massa.
Os objetos de estudo necessários reformular não
  são somente os produtos tecnológicos novos, ou
  as tecnologias como lógicas de uso de
  determinados recursos. Se trata de algo muito
  mais amplo e profundo: as trocas nas relações
  socioculturais entre sujeitos e sistemas, na
  organização da vida cotidiana e de suas
  representações cognitivas.
Eticidade e campo comunicacional sobre a
           construção do objeto
             Muniz Sodré
O impacto da economia digital sobre o mundo do
trabalho e sobre a cultura repercute sobre as
ciências sociais que enfrentam o fenômeno
midiático; com isso se busca um melhor
posicionamento epistemológico que tem a ver
com o objeto e com o surgimento de mudanças
sociais provocadas pelos meios e pela realidade
virtual.

O conceito de meio é tomado como canalização,
no lugar de canal ou veículo.
A sociedade contemporânea (pós-
  industrial) se rege pela mediatização
                           mediatização,
  por uma tendência à virtualização das
  relações humanas.

Toda cultura implica mediações
  simbólicas, como são as linguagens (em
  mediação está implícita a ideia da ação
  de fazer ponte para que se comuniquem
  duas partes).

A mediatização é uma ordem de
  mediações socialmente realizadas (um
  tipo particular de interação).
A mediatização implica um novo modo de
  presença do sujeito no mundo ou um
  bios específico.
As três formas de existência humana
  (bios) de Aristóteles são: bios
  theoretikos (vida contemplativa), bios
  politikos (vida política) e bios
  apolaustikos (vida placentária).
A mediatização é um novo bios uma
                              bios,
  espécie de quarta esfera existencial -
  tecnocultura.
  tecnocultura
Ethos está ligada ao sentido de habitar;
  com ela se designa a morada, as
  condições, as normas, os atos que o
  homem executa repetidamente e por
  isso se acostuma a eles.
Costumes, hábitos, regras, valores, são
  materiais que explicitam a vigência do
  Ethos e regulam o sentido comum.
A ética social imediata ou eticidade é a
  forma de vida de um grupo social
  específico.
Caráter e personalidade se afirmam no
  ethos, no modo como o sujeito se
  conduz, atua ou produz.
A contemporaneidade como Idade-Mídia

   Antonio Albino Canelas Rubim
Um dos desafios para pensar a comunicação
 na atualidade é compreender que lugar
 ela ocupa no mundo contemporâneo.

Era da informação, sociedade em rede - Manuel Castells
Sociedade informática – Adam Schaff
Sociedade da informação – David Lyon, Krishan Kumar
Sociedade conquistada pela comunicação - Bernard Miège
Sociedade dos mass media – Gianni Vattimo
Sociedade da informação ou da comunicação – Ismar Soares
Sociedade mediocêntrica – Venicio Arthur de Lima
Capitalismo da informação – Frederick Jameson
Planeta mídia – Dênis de Moraes


O autor coloca que a contemporaneidade é
  uma verdadeira Idade-Mídia.
Os meios, ao conformar um espaço
 eletrônico em rede, constroem uma
 nova dimensão constitutiva da
 sociedade contemporânea, a qual se
 sugere chamar de “telerrealidade”
 (expressão desenvolvida por Muniz
 Sodré). “Tele” para ligar à noção de
 distância; “Realidade” para lembrar que
 esta dimensão da sociedade deve
 sempre afirmar seu estatuto de
 realidade.
A comunicação se ressignifica nesta ideia
 de comunicação e idade-mídia.
Os processos da comunicação
     à luz dos meios interativos
Revisões conceituais e de tipologias
   Migdalia Pineda de Alcázar
Aborda a crise dos paradigmas teóricos da
  comunicação e coloca revisões
  conceituais frente às diversas realidades
  comunicativas através dos meios
  interativos e informáticos.
Proposta de novas teorias e modelos de
  comunicação, que dêem conta da
  multiplicidade.
No campo tecnológico, a sociedade pós-
  moderna tem seu centro no uso das
  tecnologias da informação e da
  comunicação (a sociedade da
  informação).
No campo da comunicação há a
 necessidade de revisar o conceito de
 cultura de massa, entendido como a
 manifestação própria dos meios
 massivos, unilaterais, indiretos e
 analógicos.
Cartier vê a necessidade de começar a
 estudar a comunicação desde uma nova
 teoria, que ele denomina de Teoria da
 Comunicação Multiescalonada
 (dialógica e interativa).
O usuário – teóricos latinoamericanos se
  voltam para o sujeito como criador,
  produtor de sentido, de significações.
A mensagem – a possibilidade de articular
  a voz, a imagem, o som, o texto escrito e
  os dados em uma conformação
  multimídia possibilita o aparecimento
  de diversas formas expressivas ou
  linguagens (uma nova gramática da
  comunicação – Sfez).
O emissor – o conceito aberto a diversas
  alternativas e não se centra unicamente
  em quem possui o poder indiscutível da
  comunicação.
O meio
 Multiplicidade de canais e meios;
 Convergência de suportes;
 As redes possibilitam o acesso a
 produtos interativos;
 Conversão cada vez mais rápida das
 tecnologias;
 Processos híbridos.
- necessidade de entender paradigmas
   alternativos não como excludentes, mas como
   opostos aos clássicos.
Ciberespaço e metafísica da subjetividade:
Nietzsche e as origens da teoria do sujeito fractal

              Francisco Rüdiger
A máquina está se convertendo, como
  ambiente, em um novo princípio
  cultural universal, cujo valor em alguns
  casos pode ser comparado com o que
  teve Deus para o homem na idade
  média.
A salvação surgirá do abandono do corpo
  real e da absorção do ser humano pela
  máquina.

“Em pouco tempo os computadores em
  rede se transformarão em praças
  públicas digitais e enciclopédias
  cibernéticas.”
As tecnologias informacionais permitem
  que as pessoas se separem da realidade
  imediata na qual estão, viagem pelo
  ciberespaço e redefinam seu sentimento
  de identidade.
A cibercultura permite a refração da
  personalidade em múltiplos “eus” e
  radicaliza as possibilidades da
  existência de ficções no cotidiano.
  Assumem novos papéis e identidades.
Através da máquina está surgindo uma
  nova forma de identidade: o ser
  humano de múltiplas maneiras.
Entender o sujeito como multiplicidade
  significa fazê-lo em um grande número
  de fragmentos, cada um dos quais
  possuindo uma vontade de poder sobre
  os demais – abrindo a oportunidade de
  pensar na noção de eu e a ideia de
  individualidade.
Segundo Rüdiger, Nietzsche colaborou
  como poucos para consolidar o
  entendimento teórico de que o sujeito é
  uma ficção, criada no curso da interação
  social.
Interrogações sobre o público
    Maria Cristina Mata
Os estudos de recepção colocaram em
  questão explicações acerca dos
  comportamentos dos destinatários, pois
  os mesmos passaram a produtores – de
  passivos a ativos.
Há uma mudança na forma de
  abordagem: de massa dominada,
  espectadores... para consumidores,
  públicos, receptores, destinatários
  trazem consigo ações.
O receptor é uma inscrição produtiva.
Passamos a ter a indivíduos que atuam,
  não apenas consomem meios de
  comunicação.
Dominique Wolton – propõe no lugar de
 perguntar “quem é o público”, ou “como
 se comporta diante dos meios”,
 perguntar “o que é o público”? Isso
 revela seus mecanismos de constituição
 e como os indivíduos se reconhecem e
 atuam na sociedade.
O público -> de sujeitos empíricos para
 uma categoria.
O público: uma nova formação social;
 criação dos meios de massa; um tipo
 particular de consumidor; uma nova
 identidade.
A autora considera metodologicamente
  adequado assumir o estudo dos públicos
  de massa como estudos de caso, cuja
  delimitação poderá ser de vários tipos:
  temporal, temática, localizada ou
  individualizada. Uma sociologia da
  cultura adequada deve articular os
  conceitos específicos com os conceitos
  gerais.
Notas para uma antropologia dialética
            Alicia Entel
Um problema que a investigação das ciências
  sociais não vem encarando bem é a
  necessária e permanente tensão entre o
  uno e o múltiplo, o indivíduo e a história, o
  micro e o macro, o particular e as
  totalizações, os sujeitos e a realidade.
É muito útil para a investigação do campo
  das ciências sociais retomar e tratar de
  repensar uma perspectiva que denominam
  antropologia dialética.
Sobre o passado Walter Benjamin disse:
  articular historicamente o passado não
  significa apenas conhecê-lo como
  verdadeiramente foi.
As constelações:
O termo constelação condensa a
 provocação e a intenção de atravessar a
 porosidade disciplinar e instalar-se nas
 necessidades históricas de repensar o
 mundo desde outros lugares; de buscar
 novos horizontes de compreensão.
Reflexiones sobre la investigación teórica de la
       comunicación en América Latina
         Alberto Efendy Maldonado
-   Sistematiza o percurso epistemológico
    dos três principais autores que
    constituíram o campo teórico da
    comunicação na América Latina:
    -
    -   Verón;

    -   Mattelart;
        Martín-Barbero.
Problematizações
- O debate da localização da comunicação
  como campo e objeto de estudo, bem
  como dos marcos conceituais e das
  tipologias    está    ligado   a   um
  entendimento da contemporaneidade,
  da fase atual do modo de produção
  capitalista (em especial em sua versão
  mediática) e seus desdobramentos de
  caráter ético, cultural, tecnológico,
  econômico      e   histórico  que   se
  apresentam na sociedade atual.
-   Desde um enfoque conceitual e
    acadêmico, o sentido da comunicação
    como um campo de conhecimento não
    parece ter grandes discrepâncias na
    produção científica do GT 17 da ALAIC.
    Seu pólo de tensão varia entre a
    classe de uma ciência particular
    constituída, que propõe Martino e o de
    um      campo      de     conhecimento
    multidiciplinar que propõem Rüdiger e
    Capparelli e Stumpf, ou, inclusive,
    transdisciplinario    tal    e    como
    promovem           Lopes,       Funtes
    Navarro, Pineda de Alcázar.
Visualizações Epistemológicas
   Alberto Efendy Maldonado
Eliseo Verón
Autor-paradigma na América Latina.

Em uma ordem cronológica, de suas proposições
em comunicação e neurose (pesquisa de 1964-
1969)

Verón foi crucial, pois vinculou a produção de
  teorias com a pesquisa empírica.
Sem pesquisa não existe possibilidade de
  produzir conhecimento; se expressam opiniões
  sem fundamentação sistemática.
Outra característica: a capacidade de gerenciar
  apoio institucional.
comunicação e neurose
(1969) Verón reflete sobre o conceito de
  mensagem; para ele era necessário
  estabelecer alguns indicadores dos
  fenômenos do significado. O significado
  denotado das mensagens expressa uma
  realidade empírica. O significado
  conotado está ligado à maneira de como
  se fala algo.
As múltiplas formas de falar de uma
  mesma coisa estariam diferenciadas
  pela seleção dos signos e pela forma de
  combiná-los por um comunicador. Esse
  processo era nomeado de emissão
                            emissão.
comunicação e neurose
O discurso científico teria a capacidade de
  reformular o discurso apresentado pelos
  emissores, a partir da leitura das
  decisões que foram feitas para a sua
  emissão, ou seja, o discurso científico
  procura compreender a
  metacomunicação transmitida por uma
  mensagem.
Paralinguísticas: as formas não
  linguísticas são importantes para a
  comunicação e transmitem informações
  diferenciadas das formas linguísticas.
comunicação e neurose
A obra Comunicação e neurose gera a
  seguinte reflexão: uma obra deve ir
  além dos seus assuntos abordados; deve
  explicar a sua própria construção.
Verón define uma questão central de seu
  posicionamento como cientista:
  compartir e socializar os postulados, as
  hipóteses para que outras pessoas
  possam ter uma leitura aprofundada e
  uma crítica a respeito de suas pesquisas.
Pesquisar é estabelecer conexões entre
  conceitos e aproximá-los.
A pretensão de uma ciência da comunicação
Introducción: Hacia uma ciencia de La
  comunicación social (1967) – constitui
 um dos pontos de partida de Eliseo
 Verón como teórico da comunicação
 social.
Acredita que não podem existir mais
 teorias gerais; não há mais explicações
 únicas sobre o que são as sociedades
 atualmente.
Verón sempre foi aberto às alternativas
 de modelos e percursos. Acha perigoso
 explicar fenômenos de comunicação
 mediante instrumentais teórico-
 metodológicos restringidos a uma
 disciplina ou a uma corrente de
A pretensão de uma ciência da comunicação



Espistemologicamente Verón concebia a
  possibilidade de construir uma ciência
  nova integradora dos fenômenos,
  processos e conjuntos de categorias e
  conceitos referentes aos processos de
  comunicação social.
Sociologia da comunicação
Toda mensagem contém uma
  multiplicidade de dimensões ou níveis
  de significação.
Novidade de Verón: estabelecer um
  vínculo entre estruturas de significação
  (múltiplas leituras) e conflito social.
Para ele o significado não depende só dos
  conteúdos, e sim das escolhas, das
  exclusões, do conjunto de enunciados
  nos quais se insere a mensagem e do
  contexto no qual se situa.
Sociologia da comunicação
Um dos postulados centrais de Verón,
  adotado do estruturalismo (que tem
  sido uma continuidade no seu
  pensamento):
“As estruturas da comunicação não
  podem ser determinadas senão por
  diferença: as características de uma
  mensagem se manifestam quando a
  comparamos com outras mensagens,
  reais ou possíveis, e esse é o único
  caminho para as operações mediante as
  quais as distintas mensagens foram
  construídas.”
Para Verón não existe teoria científica
  sem pesquisa. As proposições ou os
  conceitos baseados, simplesmente, na
  especulação racional não passariam de
  literatura. O único caminho para o
  conhecimento é a ciência.
Teoria da comunicação, ciência e ideologia
A ciência constrói sistemas de
  comunicação para seus projetos,
  hipóteses, teses, fundamentos,
  reformulações conceituais,
  problemáticas, tendências, polêmicas e
  críticas. As escolhas de estratégias
  determinam os percursos, os tipos de
  pesquisa, os campos priorizados. É uma
  concepção de ciência como produto
  social e cultural.
Teoria da comunicação, ciência e ideologia
Verón critica a tendência tecnicista dos
  funcionalistas que limitavam o debate a
  questões de aplicação do método
  científico, negando o caráter social e
  empírico da produção científica.
A ideologia é uma dimensão cultural de
  toda a comunicação, inclusive da
  ciência. A ideologia, em Verón, não é
  uma tendência de valores ou
  pensamentos e sim um sistema de
  relações encarregado de codificar, por
  meio de regras e categorias, o mundo
  empírico. O discurso científico está
  atravessado por ideologias.
Proposição: a ciência é uma forma de
  relação social específica, que constrói
  um tipo de produto humano essencial,
  definidor da espécie e das suas
  possibilidades de transformação da
  natureza e da sociedade. O sujeito
  cientista depende do contexto no qual
  se formou e está inserido, mas
  simultaneamente ele condiciona este
  contexto pela sua ação transformadora,
  mudando significativamente a
  realidade empírica.
Dependência na produção de pesquisas
Dependência científica ou heteronomia
  do conhecimento na América Latina foi
  caracterizada por Verón (entre 1950 e
  1960) da seguinte maneira:
a) dependência de pensamentos dos
  países centrais – domínio estruturo-
  funcionalista norte-americano;
b) técnicas prontas;
c) análise e interpretação dos dados
  realizada no exterior;
d) lógica do lucro determinaria as
  problemáticas;
Dependência na produção de pesquisas
e) formação de um mercado de trabalho
   dependente;
f) desvinculação dos sociólogos jovens do
   contexto local;
g) dependência econômica;
h) condições adversas para a elaboração
   teórica;
i) atividade docente condicionada à
   presença de mestres dos centros
   hegemônicos;
j) pesquisadores tornam-se isolados de
   seu país.
O esquema heteronômico – modelo de
  dependência, de neocolonialismo e de
formalismo
O formalismo (é onipresente em seu
 trabalho) = garantia de verdade.

Para Verón, formalizar as propostas em
  esquemas é uma questão-chave de seu
  estilo. Para ele era fundamental
  construir conceitos, o quadro teórico de
  apoio era secundário; servia de apoio
  para a elaboração de certos conceitos.
Fundações
Uma contribuição importante de Verón
 para a dimensão epistemológica é a
 realização de fundações (proposições de
 uma concepção de produção de
 conhecimentos).

Um texto deixa não é explicável por si só.
 O texto é produto de outros textos que
 formam as suas condições de produção
 (sociais, culturais, institucionais,
 políticas etc.). Existe uma história do
 texto.
Efeito de cientificidade
Efeito de cientificidade é a capacidade de
 um discurso auto-analisar-se.
Segundo Verón, nem todo discurso
 produzido pelos “sábios” é
 conhecimento científico. Pelo contrário,
 o efeito de cientificidade pode aparecer
 em discursos que não tenham sido
 produzidos pelo sistema produtivo das
 ciências.
O discurso científico, em sua capacidade
 de explicitar suas condições de
 produção, necessita da ideologia. Por
 outras palavras: num discurso científico,
 é o desvendamento de seu sistema
 ideológico que lhe produz a
Discurso científico
O discurso científico é aquele que, além
 de descobrir elementos sobre a
 realidade, efetua uma análise de seus
 próprios procedimentos e produz
 conhecimentos metódicos acerca de
 suas estratégias, dos caminhos, das
 alternativas, das misturas, dos
 percursos que devem ser seguidos para
 alcançar um conhecimento.
Textos de fundação
A fundação não tem tempo, nem lugar,
  nem sujeito fundador.
Fundação é compreendida no processo
  histórico de produção de
  conhecimentos; textos que formam
  parte das condições de produção de um
  texto, constituindo-se num conjunto de
  discursos de produção.
Existe um segundo conjunto de textos
  produzidos a posteriori, que são os
  discursos de reconhecimento a respeito
  do texto. Este texto transforma-se num
  texto-fundador se, segundo Verón,
  produz uma distância máxima entre
  produção e reconhecimento.
Textos de fundação
Verificação e refutação:
Ao pensar na produção de conhecimento
 é importante lembrar da capacidade de
 verificação e refutação de hipóteses
 organizadas como proposições
 gramaticais.

Uma fundação implica um processo social
 de reconhecimento – de consumo – de
 leitura e seleção do texto ou conjunto
 de textos considerados fundadores.
Crítica da teoria dos atos da linguagem
Verón questionou profundamente a ideia
 de que se pode estudar a linguagem
 como ato singelo, nem a significação
 discursiva nem a significação linguística
 pode ser reduzida a atos, na verdade
 temos processos complexos
 multidimensionais.
Não é possível observar a significação
 linguística na atividade da linguagem
 isoladamente. As misturas,
 circunstâncias, materializações, a
 heterogeneidade são profundas e
 condicionam a significação linguística.
A importância da escrita
A proposição de Verón a respeito da
  importância epistemológica da escrita:
  “somente na rede discursiva da escrita
  se pode constituir os objetos do
  conhecimento científico”. A construção
  dos objetos científicos necessita desse
  suporte de estabilidade: a escrita.
Jesús Martín Barbero
Martín Barbero
- Comunicólogo, filósofo, investigador da cultura.
- Nasceu em Ávila, Espanha, em 1937.
- Vive na Colômbia, desde 1963.
- Estudou Filosofía e Letras na Universidad Católica
de Lovaina, Bélgica, onde se tornou doutor em
Antropologia e Semiótica em 1971.
- Uma de suas principais obras é “Dos meios às
                                        Dos
mediações:
mediações: comunicação, cultura e hegemonia
                                          hegemonia”
(UFRJ, 1997).
Revista Anthropos – Huellas del Conocimiento
- Jesús Martín Barbero – Comunicación y culturas
en América Latina
- Compilação de textos de 18 pesquisadores,
trazendo como tema central a investigação e a
análise da obra do espanhol Jesús Martín
Barbero.
- A publicação está estruturada em:
      - Proceso de Investigación y Análisis: a
                                   Análisis:
autopercepción intelectual de un proceso
histórico; argumento; análisis temático.
      - Laberintos: transcurso por las señas del
        Laberintos:
sentido: la actual y futura función del libro y la
sentido:
lectura como creadores de una conciencia ética
en el contexto de la sociedad del conocimiento y
su estructuración en redes digitales.
Reflexões
- Em um sintético balanço da pesquisa em
   comunicação na América Latina, quatro
   grandes áreas de análise surgem como
   marcantes:
      1. influência da política econômica
   internacional    no    desenvolvimento
   cultural dependente;
      2. políticas e democratização da
   comunicação;
      3. comunicação popular/alternativa;
      4. papel dos meios massivos na
   transformação das culturas e das
   identidades nacionais.

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Perspectivas da Comunicação na América Latina

  • 1. Epistemologia da Comunicação Perspectivas na América Latina Michael Kerr Rafael Foletto
  • 2. Comunicación: campo y objeto de estudio. Perspectivas reflexivas latinoamericanas Maria Immacolata Vassallo de Lopes y Raúl Fuentes Navarro
  • 3. Introdução - 13 artigos apresentados no GT 17 - Teorias y Metodologias de la Investigación en Comunicación no V Congresso da ALAIC, ocorrido em 2000, em Santigo no Chile. - Acrescido de um artigo de Martín-Barbero. Os aportes desses artigos transitam por diversos temas: a origem da institucionalização do campo das Ciências da Comunicação; a reconstrução teórica e metodológica do campo acadêmico; os fundamentos da sua interdisciplinaridade; o estatuto disciplinario das pesquisas em comunicação e a atualização epistemológica; relatos de experiências metodológicas aplicadas; principais problemáticas nas investigações em comunicação; perspectivas, balanços e correntes dos estudos da comunicação na América Latina em era digital, etc.
  • 4. A ALAIC e o GT - 17 - A Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC) foi criada em 1978, reunindo os pesquisadores das Ciências da Comunicação na América Latina. A entidade realiza a cada dois anos, um congresso e um seminário internacional de pesquisa em - comunicação. A preocupação e o interesse do GT-17 reside nas relações relativas a produção de conhecimento no campo de estudos das Ciências da Comunicação.
  • 5. Deconstrucción de la crítica: nuevos itinerarios de la investigación Jesús Martín-Barbero
  • 6. - Propõe um novo mapa dos processos comunicacionais. Descrevendo os objetos das Ciências Sociais como móveis, nômades, de contornos difusos, impossíveis de encerrar nas malhas de um saber positivo e rigidamente - parcelado. O desafio da investigação em comunicação reside nas transformações da sensibilidade que emergem na experiência comunicacional no desordenamento da vida urbana, no desajuste entre comportamentos e crenças , na confusão - entre realidade e simulacro. Procura problematizar a sociabilidade, a identidade e as mediações da cultura.
  • 7. Epistemología y estudios de comunicación: en busca de la constitución de un campo Gastón Julián Gil
  • 8. - Apontamentos para descreve momento epistemológico dos estudos o em Ciências da Comunicação, buscando - a especificidade dessa área. Evidência os desvios conceituais e discursivos existentes nos estudos da - comunicação na Argentina. Observa a comunicação como uma disciplina nova que interage com outras mais legítimas, como a Antropologia e a Sociologia.
  • 9. Reflexiones sobre el estatuto disciplinario del campo de la comunicación Maria Immacolata Vassallo de Lopes
  • 10. - Afirma que as questões centrais que concentram as preocupações no campo da comunicação estão relacionadas aos processos de institucionalização e de - disciplinarização. A institucionalização do campo da comunicação no Brasil avança sob signo da transdisciplinaridade.
  • 11. El campo académico de la comunicación, revisitado Sérgio Capparelli e Ida Regina C. Stumpf
  • 12. - Procuram demonstrar que comunicação não é uma ciência, mas a sim um campo de estudo - multidisciplinar. A Comunicação na sua dimensão institucional, procura se organizar de forma autônoma mas não em teremos epistemológicos.
  • 13. Elementos para una epistemología de la comunicación Luiz C. Martino
  • 14. - Sustenta que o status da comunicação social gira em torno da categoria de ciência constituída e de campo de - interseção de saberes diversos. Comunicação como polissemia.
  • 15. Explorações teórico-metodológicas para a investigação sociocultural dos usos da internet Raúl Fuentes Navarro
  • 16. Alguns teóricos tem feito prognósticos que a internet ou alguma rede que a supere, eventualmente absorverá as funções da televisão, do telefone e das publicações convencionais. (2001) As publicações relevância a partir de 1995. Essa refuncionalização acelerada da comunicação é um fator de evidente transcendência para o campo dos estudos sobre comunicação e cultura de massa. Os objetos de estudo necessários reformular não são somente os produtos tecnológicos novos, ou as tecnologias como lógicas de uso de determinados recursos. Se trata de algo muito mais amplo e profundo: as trocas nas relações socioculturais entre sujeitos e sistemas, na organização da vida cotidiana e de suas representações cognitivas.
  • 17. Eticidade e campo comunicacional sobre a construção do objeto Muniz Sodré
  • 18. O impacto da economia digital sobre o mundo do trabalho e sobre a cultura repercute sobre as ciências sociais que enfrentam o fenômeno midiático; com isso se busca um melhor posicionamento epistemológico que tem a ver com o objeto e com o surgimento de mudanças sociais provocadas pelos meios e pela realidade virtual. O conceito de meio é tomado como canalização, no lugar de canal ou veículo.
  • 19. A sociedade contemporânea (pós- industrial) se rege pela mediatização mediatização, por uma tendência à virtualização das relações humanas. Toda cultura implica mediações simbólicas, como são as linguagens (em mediação está implícita a ideia da ação de fazer ponte para que se comuniquem duas partes). A mediatização é uma ordem de mediações socialmente realizadas (um tipo particular de interação).
  • 20. A mediatização implica um novo modo de presença do sujeito no mundo ou um bios específico. As três formas de existência humana (bios) de Aristóteles são: bios theoretikos (vida contemplativa), bios politikos (vida política) e bios apolaustikos (vida placentária). A mediatização é um novo bios uma bios, espécie de quarta esfera existencial - tecnocultura. tecnocultura
  • 21. Ethos está ligada ao sentido de habitar; com ela se designa a morada, as condições, as normas, os atos que o homem executa repetidamente e por isso se acostuma a eles. Costumes, hábitos, regras, valores, são materiais que explicitam a vigência do Ethos e regulam o sentido comum. A ética social imediata ou eticidade é a forma de vida de um grupo social específico. Caráter e personalidade se afirmam no ethos, no modo como o sujeito se conduz, atua ou produz.
  • 22. A contemporaneidade como Idade-Mídia Antonio Albino Canelas Rubim
  • 23. Um dos desafios para pensar a comunicação na atualidade é compreender que lugar ela ocupa no mundo contemporâneo. Era da informação, sociedade em rede - Manuel Castells Sociedade informática – Adam Schaff Sociedade da informação – David Lyon, Krishan Kumar Sociedade conquistada pela comunicação - Bernard Miège Sociedade dos mass media – Gianni Vattimo Sociedade da informação ou da comunicação – Ismar Soares Sociedade mediocêntrica – Venicio Arthur de Lima Capitalismo da informação – Frederick Jameson Planeta mídia – Dênis de Moraes O autor coloca que a contemporaneidade é uma verdadeira Idade-Mídia.
  • 24. Os meios, ao conformar um espaço eletrônico em rede, constroem uma nova dimensão constitutiva da sociedade contemporânea, a qual se sugere chamar de “telerrealidade” (expressão desenvolvida por Muniz Sodré). “Tele” para ligar à noção de distância; “Realidade” para lembrar que esta dimensão da sociedade deve sempre afirmar seu estatuto de realidade. A comunicação se ressignifica nesta ideia de comunicação e idade-mídia.
  • 25. Os processos da comunicação à luz dos meios interativos Revisões conceituais e de tipologias Migdalia Pineda de Alcázar
  • 26. Aborda a crise dos paradigmas teóricos da comunicação e coloca revisões conceituais frente às diversas realidades comunicativas através dos meios interativos e informáticos. Proposta de novas teorias e modelos de comunicação, que dêem conta da multiplicidade. No campo tecnológico, a sociedade pós- moderna tem seu centro no uso das tecnologias da informação e da comunicação (a sociedade da informação).
  • 27. No campo da comunicação há a necessidade de revisar o conceito de cultura de massa, entendido como a manifestação própria dos meios massivos, unilaterais, indiretos e analógicos. Cartier vê a necessidade de começar a estudar a comunicação desde uma nova teoria, que ele denomina de Teoria da Comunicação Multiescalonada (dialógica e interativa).
  • 28. O usuário – teóricos latinoamericanos se voltam para o sujeito como criador, produtor de sentido, de significações. A mensagem – a possibilidade de articular a voz, a imagem, o som, o texto escrito e os dados em uma conformação multimídia possibilita o aparecimento de diversas formas expressivas ou linguagens (uma nova gramática da comunicação – Sfez). O emissor – o conceito aberto a diversas alternativas e não se centra unicamente em quem possui o poder indiscutível da comunicação.
  • 29. O meio Multiplicidade de canais e meios; Convergência de suportes; As redes possibilitam o acesso a produtos interativos; Conversão cada vez mais rápida das tecnologias; Processos híbridos. - necessidade de entender paradigmas alternativos não como excludentes, mas como opostos aos clássicos.
  • 30. Ciberespaço e metafísica da subjetividade: Nietzsche e as origens da teoria do sujeito fractal Francisco Rüdiger
  • 31. A máquina está se convertendo, como ambiente, em um novo princípio cultural universal, cujo valor em alguns casos pode ser comparado com o que teve Deus para o homem na idade média. A salvação surgirá do abandono do corpo real e da absorção do ser humano pela máquina. “Em pouco tempo os computadores em rede se transformarão em praças públicas digitais e enciclopédias cibernéticas.”
  • 32. As tecnologias informacionais permitem que as pessoas se separem da realidade imediata na qual estão, viagem pelo ciberespaço e redefinam seu sentimento de identidade. A cibercultura permite a refração da personalidade em múltiplos “eus” e radicaliza as possibilidades da existência de ficções no cotidiano. Assumem novos papéis e identidades. Através da máquina está surgindo uma nova forma de identidade: o ser humano de múltiplas maneiras.
  • 33. Entender o sujeito como multiplicidade significa fazê-lo em um grande número de fragmentos, cada um dos quais possuindo uma vontade de poder sobre os demais – abrindo a oportunidade de pensar na noção de eu e a ideia de individualidade. Segundo Rüdiger, Nietzsche colaborou como poucos para consolidar o entendimento teórico de que o sujeito é uma ficção, criada no curso da interação social.
  • 34. Interrogações sobre o público Maria Cristina Mata
  • 35. Os estudos de recepção colocaram em questão explicações acerca dos comportamentos dos destinatários, pois os mesmos passaram a produtores – de passivos a ativos. Há uma mudança na forma de abordagem: de massa dominada, espectadores... para consumidores, públicos, receptores, destinatários trazem consigo ações. O receptor é uma inscrição produtiva. Passamos a ter a indivíduos que atuam, não apenas consomem meios de comunicação.
  • 36. Dominique Wolton – propõe no lugar de perguntar “quem é o público”, ou “como se comporta diante dos meios”, perguntar “o que é o público”? Isso revela seus mecanismos de constituição e como os indivíduos se reconhecem e atuam na sociedade. O público -> de sujeitos empíricos para uma categoria. O público: uma nova formação social; criação dos meios de massa; um tipo particular de consumidor; uma nova identidade.
  • 37. A autora considera metodologicamente adequado assumir o estudo dos públicos de massa como estudos de caso, cuja delimitação poderá ser de vários tipos: temporal, temática, localizada ou individualizada. Uma sociologia da cultura adequada deve articular os conceitos específicos com os conceitos gerais.
  • 38. Notas para uma antropologia dialética Alicia Entel
  • 39. Um problema que a investigação das ciências sociais não vem encarando bem é a necessária e permanente tensão entre o uno e o múltiplo, o indivíduo e a história, o micro e o macro, o particular e as totalizações, os sujeitos e a realidade. É muito útil para a investigação do campo das ciências sociais retomar e tratar de repensar uma perspectiva que denominam antropologia dialética. Sobre o passado Walter Benjamin disse: articular historicamente o passado não significa apenas conhecê-lo como verdadeiramente foi.
  • 40. As constelações: O termo constelação condensa a provocação e a intenção de atravessar a porosidade disciplinar e instalar-se nas necessidades históricas de repensar o mundo desde outros lugares; de buscar novos horizontes de compreensão.
  • 41. Reflexiones sobre la investigación teórica de la comunicación en América Latina Alberto Efendy Maldonado
  • 42. - Sistematiza o percurso epistemológico dos três principais autores que constituíram o campo teórico da comunicação na América Latina: - - Verón; - Mattelart; Martín-Barbero.
  • 44. - O debate da localização da comunicação como campo e objeto de estudo, bem como dos marcos conceituais e das tipologias está ligado a um entendimento da contemporaneidade, da fase atual do modo de produção capitalista (em especial em sua versão mediática) e seus desdobramentos de caráter ético, cultural, tecnológico, econômico e histórico que se apresentam na sociedade atual.
  • 45. - Desde um enfoque conceitual e acadêmico, o sentido da comunicação como um campo de conhecimento não parece ter grandes discrepâncias na produção científica do GT 17 da ALAIC. Seu pólo de tensão varia entre a classe de uma ciência particular constituída, que propõe Martino e o de um campo de conhecimento multidiciplinar que propõem Rüdiger e Capparelli e Stumpf, ou, inclusive, transdisciplinario tal e como promovem Lopes, Funtes Navarro, Pineda de Alcázar.
  • 46. Visualizações Epistemológicas Alberto Efendy Maldonado
  • 47. Eliseo Verón Autor-paradigma na América Latina. Em uma ordem cronológica, de suas proposições em comunicação e neurose (pesquisa de 1964- 1969) Verón foi crucial, pois vinculou a produção de teorias com a pesquisa empírica. Sem pesquisa não existe possibilidade de produzir conhecimento; se expressam opiniões sem fundamentação sistemática. Outra característica: a capacidade de gerenciar apoio institucional.
  • 48. comunicação e neurose (1969) Verón reflete sobre o conceito de mensagem; para ele era necessário estabelecer alguns indicadores dos fenômenos do significado. O significado denotado das mensagens expressa uma realidade empírica. O significado conotado está ligado à maneira de como se fala algo. As múltiplas formas de falar de uma mesma coisa estariam diferenciadas pela seleção dos signos e pela forma de combiná-los por um comunicador. Esse processo era nomeado de emissão emissão.
  • 49. comunicação e neurose O discurso científico teria a capacidade de reformular o discurso apresentado pelos emissores, a partir da leitura das decisões que foram feitas para a sua emissão, ou seja, o discurso científico procura compreender a metacomunicação transmitida por uma mensagem. Paralinguísticas: as formas não linguísticas são importantes para a comunicação e transmitem informações diferenciadas das formas linguísticas.
  • 50. comunicação e neurose A obra Comunicação e neurose gera a seguinte reflexão: uma obra deve ir além dos seus assuntos abordados; deve explicar a sua própria construção. Verón define uma questão central de seu posicionamento como cientista: compartir e socializar os postulados, as hipóteses para que outras pessoas possam ter uma leitura aprofundada e uma crítica a respeito de suas pesquisas. Pesquisar é estabelecer conexões entre conceitos e aproximá-los.
  • 51. A pretensão de uma ciência da comunicação Introducción: Hacia uma ciencia de La comunicación social (1967) – constitui um dos pontos de partida de Eliseo Verón como teórico da comunicação social. Acredita que não podem existir mais teorias gerais; não há mais explicações únicas sobre o que são as sociedades atualmente. Verón sempre foi aberto às alternativas de modelos e percursos. Acha perigoso explicar fenômenos de comunicação mediante instrumentais teórico- metodológicos restringidos a uma disciplina ou a uma corrente de
  • 52. A pretensão de uma ciência da comunicação Espistemologicamente Verón concebia a possibilidade de construir uma ciência nova integradora dos fenômenos, processos e conjuntos de categorias e conceitos referentes aos processos de comunicação social.
  • 53. Sociologia da comunicação Toda mensagem contém uma multiplicidade de dimensões ou níveis de significação. Novidade de Verón: estabelecer um vínculo entre estruturas de significação (múltiplas leituras) e conflito social. Para ele o significado não depende só dos conteúdos, e sim das escolhas, das exclusões, do conjunto de enunciados nos quais se insere a mensagem e do contexto no qual se situa.
  • 54. Sociologia da comunicação Um dos postulados centrais de Verón, adotado do estruturalismo (que tem sido uma continuidade no seu pensamento): “As estruturas da comunicação não podem ser determinadas senão por diferença: as características de uma mensagem se manifestam quando a comparamos com outras mensagens, reais ou possíveis, e esse é o único caminho para as operações mediante as quais as distintas mensagens foram construídas.”
  • 55. Para Verón não existe teoria científica sem pesquisa. As proposições ou os conceitos baseados, simplesmente, na especulação racional não passariam de literatura. O único caminho para o conhecimento é a ciência.
  • 56. Teoria da comunicação, ciência e ideologia A ciência constrói sistemas de comunicação para seus projetos, hipóteses, teses, fundamentos, reformulações conceituais, problemáticas, tendências, polêmicas e críticas. As escolhas de estratégias determinam os percursos, os tipos de pesquisa, os campos priorizados. É uma concepção de ciência como produto social e cultural.
  • 57. Teoria da comunicação, ciência e ideologia Verón critica a tendência tecnicista dos funcionalistas que limitavam o debate a questões de aplicação do método científico, negando o caráter social e empírico da produção científica. A ideologia é uma dimensão cultural de toda a comunicação, inclusive da ciência. A ideologia, em Verón, não é uma tendência de valores ou pensamentos e sim um sistema de relações encarregado de codificar, por meio de regras e categorias, o mundo empírico. O discurso científico está atravessado por ideologias.
  • 58. Proposição: a ciência é uma forma de relação social específica, que constrói um tipo de produto humano essencial, definidor da espécie e das suas possibilidades de transformação da natureza e da sociedade. O sujeito cientista depende do contexto no qual se formou e está inserido, mas simultaneamente ele condiciona este contexto pela sua ação transformadora, mudando significativamente a realidade empírica.
  • 59. Dependência na produção de pesquisas Dependência científica ou heteronomia do conhecimento na América Latina foi caracterizada por Verón (entre 1950 e 1960) da seguinte maneira: a) dependência de pensamentos dos países centrais – domínio estruturo- funcionalista norte-americano; b) técnicas prontas; c) análise e interpretação dos dados realizada no exterior; d) lógica do lucro determinaria as problemáticas;
  • 60. Dependência na produção de pesquisas e) formação de um mercado de trabalho dependente; f) desvinculação dos sociólogos jovens do contexto local; g) dependência econômica; h) condições adversas para a elaboração teórica; i) atividade docente condicionada à presença de mestres dos centros hegemônicos; j) pesquisadores tornam-se isolados de seu país. O esquema heteronômico – modelo de dependência, de neocolonialismo e de
  • 61. formalismo O formalismo (é onipresente em seu trabalho) = garantia de verdade. Para Verón, formalizar as propostas em esquemas é uma questão-chave de seu estilo. Para ele era fundamental construir conceitos, o quadro teórico de apoio era secundário; servia de apoio para a elaboração de certos conceitos.
  • 62. Fundações Uma contribuição importante de Verón para a dimensão epistemológica é a realização de fundações (proposições de uma concepção de produção de conhecimentos). Um texto deixa não é explicável por si só. O texto é produto de outros textos que formam as suas condições de produção (sociais, culturais, institucionais, políticas etc.). Existe uma história do texto.
  • 63. Efeito de cientificidade Efeito de cientificidade é a capacidade de um discurso auto-analisar-se. Segundo Verón, nem todo discurso produzido pelos “sábios” é conhecimento científico. Pelo contrário, o efeito de cientificidade pode aparecer em discursos que não tenham sido produzidos pelo sistema produtivo das ciências. O discurso científico, em sua capacidade de explicitar suas condições de produção, necessita da ideologia. Por outras palavras: num discurso científico, é o desvendamento de seu sistema ideológico que lhe produz a
  • 64. Discurso científico O discurso científico é aquele que, além de descobrir elementos sobre a realidade, efetua uma análise de seus próprios procedimentos e produz conhecimentos metódicos acerca de suas estratégias, dos caminhos, das alternativas, das misturas, dos percursos que devem ser seguidos para alcançar um conhecimento.
  • 65. Textos de fundação A fundação não tem tempo, nem lugar, nem sujeito fundador. Fundação é compreendida no processo histórico de produção de conhecimentos; textos que formam parte das condições de produção de um texto, constituindo-se num conjunto de discursos de produção. Existe um segundo conjunto de textos produzidos a posteriori, que são os discursos de reconhecimento a respeito do texto. Este texto transforma-se num texto-fundador se, segundo Verón, produz uma distância máxima entre produção e reconhecimento.
  • 66. Textos de fundação Verificação e refutação: Ao pensar na produção de conhecimento é importante lembrar da capacidade de verificação e refutação de hipóteses organizadas como proposições gramaticais. Uma fundação implica um processo social de reconhecimento – de consumo – de leitura e seleção do texto ou conjunto de textos considerados fundadores.
  • 67. Crítica da teoria dos atos da linguagem Verón questionou profundamente a ideia de que se pode estudar a linguagem como ato singelo, nem a significação discursiva nem a significação linguística pode ser reduzida a atos, na verdade temos processos complexos multidimensionais. Não é possível observar a significação linguística na atividade da linguagem isoladamente. As misturas, circunstâncias, materializações, a heterogeneidade são profundas e condicionam a significação linguística.
  • 68. A importância da escrita A proposição de Verón a respeito da importância epistemológica da escrita: “somente na rede discursiva da escrita se pode constituir os objetos do conhecimento científico”. A construção dos objetos científicos necessita desse suporte de estabilidade: a escrita.
  • 70. Martín Barbero - Comunicólogo, filósofo, investigador da cultura. - Nasceu em Ávila, Espanha, em 1937. - Vive na Colômbia, desde 1963. - Estudou Filosofía e Letras na Universidad Católica de Lovaina, Bélgica, onde se tornou doutor em Antropologia e Semiótica em 1971. - Uma de suas principais obras é “Dos meios às Dos mediações: mediações: comunicação, cultura e hegemonia hegemonia” (UFRJ, 1997).
  • 71. Revista Anthropos – Huellas del Conocimiento - Jesús Martín Barbero – Comunicación y culturas en América Latina - Compilação de textos de 18 pesquisadores, trazendo como tema central a investigação e a análise da obra do espanhol Jesús Martín Barbero. - A publicação está estruturada em: - Proceso de Investigación y Análisis: a Análisis: autopercepción intelectual de un proceso histórico; argumento; análisis temático. - Laberintos: transcurso por las señas del Laberintos: sentido: la actual y futura función del libro y la sentido: lectura como creadores de una conciencia ética en el contexto de la sociedad del conocimiento y su estructuración en redes digitales.
  • 72. Reflexões - Em um sintético balanço da pesquisa em comunicação na América Latina, quatro grandes áreas de análise surgem como marcantes: 1. influência da política econômica internacional no desenvolvimento cultural dependente; 2. políticas e democratização da comunicação; 3. comunicação popular/alternativa; 4. papel dos meios massivos na transformação das culturas e das identidades nacionais.