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  1. Ações da PDG ON (em R$) 1/730/629/626/624/6 0,36 0,38 0,37 0,36 0,39 Grécia no sufoco entre o sim e o não Pensionistas gregos tentam entrar em agência bancária, um dia após o país deixar de pagar uma parcela ao FMI. O primeiro-ministro Alexis Tsipras fez pronunciamento na TV pedindo que a população diga não aos termos do resgate proposto pela UE. P23 CÂMBIO Dólar sobe com saída de recursos A moeda americana fechou ontem cotada a R$ 3,145, uma alta de 1,16%, refletin- do o movimento de fuga de capitais. Apenas nos dois úl- timosmesessaíramUS$11,64 bilhõespelacontafinanceira da balança comercial. P20 VAREJO Perdigão volta às prateleiras Enquanto relança produtos dascategoriaspresunto,apre- suntado,linguiçadefumadae cortes suínos, a BRF planeja expandirapresençadamar- capernambucana emregiões doexteriorondeaempresajá tem distribuição. P14 Popularidade de Dilma cai para 1 dígito GOVERNO Apenas 9% dos eleitores acham que a presidenta Dil- marealizaumgovernoótimo ou bom. Outros 21% consi- deram seu governo regular, mostra pesquisa CNI/Ibope. Oresultadosinalizaquecerca de40%doseleitores deDilma estão insatisfeitos. P4 Conta mais cara faz consumidor cortar gasto com energia O consumo residencial de eletricidade caiu 2,5% em maio, como exo do aumento de tarifas.AquedafoipuxadapelasregiõesSuleSudeste,ondeoreajustemédioesteanochega a 40%. No Nordeste, com alta de preços de 7%, a demanda das famílias permanece em alta. No geral, a venda de energia caiu 1,5%, em relação a igual mês do ano passado. P11 Pagamos conta mais alta devido à ineficiência do estado de gerar energia. P15 NADJA SAMPAIO Boa parte da crise resulta de temas tratados de forma inadequada no passado. P7 CARLOS THADEU Executiva renuncia após ser presa por entrar no Japão com remédio controlado. P13 TOYOTA Louisa Gouliamaki/ AFP Economico Brasil INDICADORES brasileconomico.com.br PUBLISHER RAMIRO ALVES . CHEFE DE REDAÇÃO OCTÁVIO COSTA . EDITORA CHEFE SONIA SOARES . QUINTA-FEIRA, 2 DE JULHO DE 2015 . ANO 6 . Nº 1.462 . R$ 3,00
  2. No index Ser ou não ser Crise hídrica sai de cena, mas ainda afeta orçamentos Chegou a hora do Brasil focar no que é prioritário? Retração não afasta brasileiro de mercado de luxo Um senador aliado do governo não entendeu a conversa do presidente Lula com o PMDB na terça-feira. Há uma semana, ele reuniu o mesmo grupo para criticar o governo, alfinetar ministros e falar de dificuldades. Nesta, pediu compreensão, o esquecimento de mágoas e apoio à presidente Dilma para o bem do país. "Não entendi", resumiu o político. Como o ex-presidente é um mestre do cálculo político, há grande curiosidade a respeito daquilo que fez Lula mudar de opinião. É incompatível com a atual situação econômica do Brasil, é insustentável do ponto de vista fiscal e injusto do ponto de vista social Segundo a percepção das empresas estrangeiras de petróleo, a recepção ao projeto de José Serra que retira a exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal demonstra que a proposta tem apoio da maioria dos senadores e da própria estatal. O debate realizado no plenário do Senado na terça-feira teria deixado claro que, a exemplo do presidente Lula, os parlamentares precisam apenas de um bom motivo para aprovar o texto. Como grandes interessadas, as empresas monitoram de perto sua tramitação. O presidente da CNI, Robson Braga, entrou na blacklist do Palácio do Planalto na categoria adversário. A última pesquisa do Ibope para a confederação com a má notícia da popularidade de Dilma de um dígito foi a gota d'água. Confirmou diagnóstico de conselheiros da presidente de que a representação patronal é ruim. Não faz parte dos planos de Michel Temer deixar a coordenação política, ainda que, mesmo no PMDB, exista quem defenda sua saída como forma de se autopreservar. Sem o apoio da Casa Civil no cumprimento de compromissos políticos não valeria a pena continuar. Para ele, o papel de salvador da pátria é obviamente o mais conveniente. “ A derrotasofridapelogoverno,noSenado,comaaprovaçãodeaumentomédiode59,5%paraosservidoresdo judiciáriodesgastou aindamaisadifícilrelaçãoentreoPTeoPMDB noSenado.Nopartidodogoverno,reclamava-se queabancada ficou sozinhanadefesadanegociaçãodepropostaalternativacapazdeamorteceroimpactoantiajuste fiscal.Entreospemedebistas,aculpapelotropeçoeraatribuídaàCasaCivil,acusadadedeixartudo paraaúltimahora. Avelhafórmuladecederàaprovaçãode umprojetoou medidaprovisórianuma seguidadevetoacopladoanovapropostaé consideradaapiorpossível.Expõeapresidenteaumanegociaçãoemdesvantagemesobameaçadederrubadadoveto. O Ibovespa fechou em queda de 0,61%, a 52.757 pontos, terminando a sessão no menor patamar desde 1º de abril. O volume financeiro novamente ficou abaixo da média do ano, totalizando R$ 5,8 bilhões. Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, criticando ao aumento doJudiciário aprovado pelo Senado a ser vetado pela presidente É revoltante saber que este novo aumento da energia em São Paulo se deve à crise hídrica do começo do ano. Outra vez a população arca pela falta de planejamento dos setores responsáveis. Será que teremos que passar outra vez por esta situação em 2016? O assunto saiu de cena nos noticiários, mas continua impactando nas contas. O país deveria aproveitar a discussão sobre a maioridade penal e unir forças para melhorar o sistema que abriga os menores. Não podemos nem usar a palavra acolhe porque, em geral , as instituições são depósitos que só retiram os jovens das ruas. Acolher, reequilibrar e desenvolver são ações fundamentais para quem está excluído da sociedade. Brasileiro gasta como se não houvesse amanhã, independente de classe social. Enquanto fatias menos privilegiadas investem em alimentação e lazer, o mercado de luxo do país continua firme, apesar da crise generalizada. Marcas internacionais ainda são cobiçadas mesmo que os seus produtos sejam infinitamente mais caros do que no exterior. INDICADORES OENÍGMALULA FALE CONOSCO MEDÊMOTIVO AUMENTA DESGASTE ENTRE ALIADOS E-mail: redacao@brasileconomico.com.br Cartas para a redação: Rua dos Inválidos, 198, 1º andar, CEP 20231-048, Lapa, Rio de Janeiro (RJ). As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. Em razão de espaço ou clareza, Brasil Econômico reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em www.brasileconomico.com.br JOSÉ NEGREIROS jose.negreiros@brasileconomico.com.br OLHAR DO PLANALTO LulaMarques/AgênciaPT Fernanda Correia São Paulo, SP Rubens Sampaio São Paulo, SP Luis Bastos Rio de Janeiro, RJ TAXAS DECÂMBIO COMPRA VENDA ▲ Dólarcomercial(R$ /US$) 3,1443 3,1450 ▲ Euro (R$/E) 3,4751 3,4768 JUROS META EFETIVA ■ Selic (aoano) 13,75% 13,65% BOLSAS VAR. % ÍNDICES ▼ Bovespa- SãoPaulo -0,61% 52.757,54 ▲ Dow Jones-NovaYork 0,79% 17.757,91 ▲ FTSE100-Londres 1,34% 6.608,59 2 Brasil Econômico Quinta-feira, 2 de julho, 2015
  3. Aprovado relatório preliminar da LDO A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou ontem o relatório preliminar ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O texto considera que as projeções para o Orçamento de 2016 refletem “um quadro de desaceleração econômica, crescimento da inflação e aperto monetário, antevendo uma melhoria do cenário a partir de 2016”. ABr As recentes derrotas do governo em votaçõesno Congresso de me- didas que propõem aumento de gastos públicos acenderam um si- nal de alerta no Palácio do Planal- to. Em menos de uma semana, a base aliada do governo contabili- zou seguidas derrotas em vota- ções de “pautas-bomba” para as contaspúblicas.Entreelas,aapro- vação naterça-feira, pelo Senado, do reajuste de 59,5% a servidores do Judiciário, medida que custará aos cofres públicos, em quatro anos, cerca de R$ 25,7 bilhões. Não por acaso, ontem, o ministro do Planejamento, Nelson Barbo- sa, adiantou que a presidenta Dil- maRousseffdeverávetaroaumen- to e indicar uma alternativa que envolvatodosospoderes.Em via- gem aos EUA, onde acompanha a comitiva presidencial, Barbosa considerou a proposta como “in- defensável do ponto de vista so- cial e fiscal” e frisou que o reajuste aprovado pelo Congresso aumen- tará “ainda mais” a diferença en- treossaláriosdosservidoresdoJu- diciário e carreiras similares do Executivo. “Atualmente já há um ganho a maior de até 60% em fa- vordo Judiciário. Com aproposta, essa diferença subiria para 170%”,disseoministro,viaasses- soria de imprensa. Em São Francisco, a presidenta Dilma comentou que a aprovação pelo Congresso do reajuste seria “lamentável”emfunçãodaneces- sidade do governo em cortar gas- tos para conseguir cumprir a me- ta de superávit primário de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), mas evitou indicar, de forma cla- ra, se vetaria ou não a proposta aprovadanoSenado.“Éinsusten- tável para um país como o nosso, emqualquercircunstância,darní- veis de aumento tão elevados (de 59,5%)”,disseDilma.Apresiden- tamencionouqueamaiorpreocu- pação do governo, no momento, é assegurar o ajuste fiscal, e afir- mou que derrotas no Congresso são vistas com naturalidade. “Comoestamosna democracia é assim: tem dia que você ganha e tem dia que você perde. Mas nós ainda teremos oportunidades de avaliar como vai ser a questão do aumento (do Judiciário). Agora, defato,(essamedida)comprome- te o ajuste fiscal”, contou. Mas não é só a aprovação do reajustedoJudiciárioquetemtira- do o sono do governo. Na semana passada, o Planalto também foi derrotado na votação pela Câma- ra que estendeu a regra de corre- çãodosaláriomínimoacimadain- flação a todos os aposentados e pensionistas do INSS. Caso entre em vigor ainda este ano, a medida custaria aos cofres da Previdência Social cerca de R$ 4,6 bilhões. A partir de 2016, no entanto, o gasto aumentaria para cerca de R$ 9,2 bilhões por ano. O governo ainda esperaderrotar amedidano Sena- do,masjáadmiteque,senão hou- ver acordo, o desfecho deverá ser mesmo o veto presidencial. “Da formacomoapropostafoiaprova- dapelaCâmara,apresidentaveta- ria, porque não caberia nas contas públicas nesteano”, frisouum as- sessor presidencial. TambémentrounoradardoPa- lácio do Planalto a discussão, que deverá chegar ao Senado nas pró- ximas semanas, do reajuste pedi- do por servidores do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do MP. Eles querem os mesmos 59% de reajuste que fo- ram concedidos aos servidores do Judiciário da União, na votação do Senado de terça-feira. A ideia do governo é tentar atrasar ao máxi- moavotaçãonoCongressoeofere- cer à categoria um reajuste em li- nhaao quefoiapresentado aosde- mais servidores do Executivo ci- vil. Ou seja, um reajuste de 21,3% escalonado em três anos, a partir de 2016. O presidente do Senado, Re- nan Calheiros (PMDB-AL) já avi- sou que, se governo e sindicalistas nãochegarem aum acordo, poráo assunto em votação. Também tem sido motivo de preocupaçãodaarticulaçãopolíti- ca do governo a negociação com os senadores do projeto de lei que propõeareversãoparcialda deso- neraçãodafolhadesalários.Ame- dida que foi aprovada na Câmara ganhou substitutivos do relator do projeto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que redu- zem de R$ 12,5 bilhões para me- nos de R$ 9 bilhões a possibilida- de de arrecadação para o governo. Porém, aordemno Palácio do Pla- nalto é votar a medida da forma como ela foi proposta, para que possaentraremvigor“omaisrápi- do possível”. “Cada mês de atraso na aprovação da desoneração da folha, o governo perde cerca de R$ 1 bilhão em receitas”, disse uma fonte do Planalto. Caso não consiga vencer essas votações, a presidenta Dilma já avisou que vetará qualquer proje- to que ponha em risco o ajuste fis- cal. Nem a queda da popularidade será um problema, avisou um in- terlocutordapresidenta:“Épreci- so assegurar o ajuste fiscal”. Divulgação Deco Bancillon deco.bancillon@brasileconomico.com.br BRASIL Brasília PERDAS DO AJUSTE Editor: Paulo Henriquede Noronha paulo.noronha@brasileconomico.com.br ▲ EdilsonRodrigues/AgênciaSenado Pautas-bomba no Congresso põem em risco o ajuste fiscal R$25,7bi Gastoprevistocomreajuste aosservidoresdoJudiciário emquatroanos. R$4,6bi Gastoadicionalem2015com oreajustedosaláriomínimo atodososaposentados. R$3bi PrejuízoqueUniãopodetercaso umnovoindexadordadívidados estadosemunicípiosjápassea valerem2015. ORÇAMENTO SessãoplenáriadoSenado:reajusteaprovadoparaoJudiciáriojáestásendopleiteadopelosservidoresdoMinistérioPúblicodaUnião Nelson Barbosa, dos EUA, já adiantou que a presidenta Dilma deverá vetar reajuste de 59,5% aprovado pelo Senado para servidores do Judiciário. Medida custará aos cofres públicos mais de R$ 25 bilhões em quatro anos Quinta-feira, 2 de julho, 2015 Brasil Econômico 3
  4. A nova Pesquisa CNI-Ibope de Avaliação do Governo Dilma Rousseff, divulgada ontem, sina- liza que cerca de 40% dos eleito- res que votaram na petista para a Presidência, no segundo turno das eleições de novembro, po- dem estar insatisfeitos ou muito insatifeitos com seu governo. A pesquisa do Ibope revela que, de maneira segmentada, a queda de popularidade da presidenta foi maior entre as pessoas com me- nor grau de instrução e na Região Nordeste — dois segmentos onde Dilma teve ampla votação em suas duas eleições. De acordo com o Ibope, a pes- quisa—realizadacom2.002entre- vistadosentre osdias18 e21 deju- nho, em 141 municípios — mostra a pior avaliação de um presidente desde julho de 1989, quando ape- nas 7% avaliaram o governo José Sarney como Ótimo ou Bom. Agora em junho, apenas 9% achamqueapresidentaDilmarea- lizaum governo Ótimo/Bom.Ou- tros 21% consideram seu governo Regular. A soma de Ótimo/Bom com Regular dá 30% da amostra. Como Dilma teve 51,65% dos vo- tos válidos no segundo turno, é possível supor que cerca de 21% do eleitorado (equivalente a 40% dosquevotaramemDilma)consi- deramseu governoRuimouPéssi- mo. Na pesquisa do Ibope, o total de entrevistados que avaliaram o governo Dilmacomo Ruim/Péssi- mo é de 68%. A pesquisa CNI-Ibope mostra que,entreosentrevistadosqueafi- raramtervotadoemDilmanaúlti- ma eleição, houve forte queda na avaliação da petista. Em dezem- bro de 2014, 63% disseram que seu governo, no final do primeiro mandato, era Ótimo ou Bom; em junho, esse percentual despencou para apenas 19%. Confirmando o que já foi mos- tradopelaúltimapesquisaDatafo- lha, a enquete CNI-Ibope aponta queapresidentavemperdendora- pidamentepopularidadeentretra- dicionais grupos de eleitores do PT. Na segmentação por nível de educação, a maior perda de Dilma sedáentreoseleitorescomescola- ridadeatéa4ªsériedoEnsinoFun- damental:o percentualdeÓtimo/ Bom caiu de 18%, em março, para apenas 13% em junho; e o total queconfiaemDilmarecuou9pon- tos percentuais (p.p.), para 24%. Na Região Nordeste, tradicio- nal basião eleitoral do PT desde a primeira eleição de Lula em 2002, o total de avaliação Ótimo/Bom do atual governo caiu 5 p.p., para 13%; e a confiança na presidenta Dilma recuou de 34% para 28%. A pior avaliação regional de Dilma se dá no Sudeste, onde o governo da presidenta petista tem apenas 8% de Ótimo/Bom e somente 14% confiam na mandatária. Um dado curioso da pesquisa mostraqueapopularidade de Dil- macresceàmedidaqueoentrevis- tado tem mais idade. Apenas 6% dosquetêmde16a24anos avalia- ram bem o governo. Esse percen- tual cresce para 9% na faixa de 25 a 44 anos; vai a 11% entre os de 45 a 54 anos; e atinge 14% entre os com mais de 54 anos. Deacordo como Ibope,aapro- vaçãodoeleitoradoàgestãodogo- verno Dilma na área econômica vem se deteriorando fortemente desde o fim de seu primeiro man- dato. Apesar de a geração de em- pregostersidoumdostrunfoselei- toraisdastrêsgestõesdoPTnoPla- nalto,o item“Combateao desem- prego” foi o que teve pior queda na avaliação. Na pesquisa de de- zembro,54%desaprovavamages- tãodogoverno;emjunho,essenú- mero saltou para 83%. Outros dois itens tiveram mais de 20 p.p. de aumento da avalia- çãonegativa:“Taxadejuros”(pas- sou de 68% em dezembro para 90% em junho) e “Combate à fo- me e à pobreza”, marca registrada dos governos petistas (de 43% a 68%, no mesmo período). Os de- mais itens econômicos da pesqui- satambémtiveram maisdesapro- vação: “Combate à inflação” (de 69% a 86%) e “Impostos” (de 72% a 90%). BRASIL Paulo Henrique de Noronha paulo.noronha@brasileconomico.com.br Eleitores de Dilma cada vez mais reprovam seu governo ▲ Nova pesquisa CNI-Ibope mostra perda de popularidade em redutos eleitorais petistas Piores momentos de cada presidente Período pós-ditadura militar Desaprovação do governo na gestão da economia Comparação do governo Dilma com o primeiro mandato José Sarney (jul/1989) Fernando Collor (ago/1992) Itamar Franco (jan/1994) FHC - 1º mandato (mai/1998) FHC - 2º mandato (jul/1999) Lula - 1º mandato (set/2005) Lula - 2º mandato (set/2007) Dilma - 1º mandato (jun/2014) Dilma - 2º mandato (jun/2015) PESQUISA CNI-IBOPE AVALIAÇÃO DO GOVERNO DILMA Avaliação de quem votou na presidenta em 2014 Consideravam o governo ótimo/bom Em DEZ/2014 Em JUN/2015 JUN2015MAR2015DEZ20-14SET2014JUN2014MAR2014NOV2013SET2013JUL2013JUN2013MAR2013 Ruim/Péssimo Ótimo/bom Impostos Combate à fome e à pobreza Combate à inflação Combate ao desemprego Taxa de juros DEZ/2014 MAR/2015 JUN/2015 MAR/2015 JUN/2015 Pior Igual Melhor 68% 4% 3% 18% 14% 76% 82% 89% 90% 54% 79% 83% 69% 43% 64% 72% 90% 90% 68% 84% 86% 64% 7% 12% 16% 29% 48% 31% 9% 12% 33% 68% 59% 40% 26% 52% 32% 18% 33% Confiança na presidenta JUNMAR2015DEZSETJUNMAR2014NOVSETJULJUNMAR2013 75% 63% 68% 63% 19% 21% 9% 29% 7% 78% 20%22% Não confia Confia Ótimo/bom Ruim/péssimo Regular 4 Brasil Econômico Quinta-feira, 2 de julho, 2015
  5. Produção aumenta 10,2% em maio A produção de petróleo aumentou 10,2% em maio, na comparação com igual mês de 2014. Em relação a abril, o acréscimo foi de 0,7%. A produção de gás natural cresceu também 10,2% sobre maio do ano passado, mas registrou queda de 1,3% comparado a abril. Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). ABr Divulgação Em seuquinto e último diade via- gempelosEstadosUnidos,apresi- denta Dilma Rousseff chegou on- tem à sede do Google, em São Francisco,abordodeumcarroau- tônomodesenvolvidopelaempre- sa e que não necessita de motoris- ta.Aodesembarcareserrecepcio- nada pelo presidente-executivo doGoogle,ErickSchmidt,apresi- denta brincou: “Eu acabei de des- cer do futuro”. Ela disse que ficou “enormemente impressionada” com o avanço tecnológico do veí- culo que a conduziu ao complexo da empresa do Vale do Silício. Em reunião com Schmidt e com altos executivos do Google, a presidenta expressou sua vontade de que a internet seja levada a áreasainda desconectadas no ter- ritórionacional.“Estamostentan- do equalizar oproblemadacomu- nicação na Amazônia”, disse Dil- ma, em pronunciamento em São Francisco, cidadeonde ela chegou na terça-feira à noite, depois de cumprir agenda oficial em Wa- shington,comopresidentedosEs- tadosUnidos,BarackObama.Sch- midt, por sua vez, expressou, em comunicado,sua intençãodeam- pliar o centro de engenharia do Google em Belo Horizonte. “É uma visita muito oportuna, duas semanas antes de comemorarmos nosso décimo aniversário no Bra- sil”, disse o executivo. Ontempelamanhã,antesdavi- sita ao Google, Dilma foi recebida pela presidente da Universidade da Califórnia, Janet Napolitano, e peloreitordaUniversidadedeBer- keley, Nicholas Dirks. A reunião teve como objetivo aampliação de parcerias na área da educação e o intercâmbio depesquisadoresen- tre instituições dos dois países. Os ministros da Educação, Re- nato Janine Ribeiro, e da Ciência, TecnologiaeInovação,AldoRebe- lo, além de representantes da Coordenação de Aperfeiçoamen- todePessoaldeNívelSuperior(Ca- pes)edoConselhoNacionaldeDe- senvolvimento CientíficoeTecno- lógico(CNPQ),tambémparticipa- ram da reunião. O ministro Rebe- lo afirmou que há um interesse do Brasil em promover a expansão do programa de pesquisa e formação de brasileiros nas universidades americanasnasáreasdeengenha- ria, biotecnologia, algoritmo e al- gumas outrascarreirasdeinteres- se do país. Segundo Aldo Rebelo, a reu- nião foi construtiva e houve a de- monstração da parte da comitiva de que professores, pesquisadores e estudantes dos Estados Unidos estejam presentes em centros e institutos de universidades brasi- leiras.EleafirmouqueJanetNapo- litano já tinha conhecimento da “presença brasileira nas universi- dades americanas e demonstrou toda boa vontade e todo interesse emcolaborarparaqueoBrasilam- plie a sua presença eque seja tam- bémampliadoointercâmbio”,ob- servou o ministro. Apósoscompromissos,apresi- denta participou de um almoço oferecidopelaex-secretáriadeEs- tado dos Estados Unidos Condo- leezza Rice. Dilma também con- versou e posou para fotos com Condoleezza na Universidade de Stanford, onde a ex-secretária da administração de George W. Bush é professora de Ciência Política. A agenda presidencial de on- tem incluía, ainda, uma reunião no SRIInternational,o antigo Ins- tituto de Pesquisa da Universida- de de Stanford, hoje um dos mais importantes centros de excelên- cia na área de inovação do mun- do, onde estava previsto que Dil- ma fosse recebida pelo presidente da entidade, o PhD em Astrono- mia, Bill Jeffrey. Em seguida, se- gundooPaláciodoPlanalto,apre- sidenta teria outra reunião, desta vez com empresários do setor ae- roespacial.AúltimaagendadeDil- ma pelos Estados Unidos, antes do retorno ao Brasil, foi uma visita ao Centro de Pesquisas da NASA. A visita da presidenta a Nova York (onde encontrou empresá- rios e investidores), Washington (para visita de Estado e reunião com o presidente Barack Obama) e São Francisco visam estreitar as relações entre os dois países, um ano e dez meses depois que Dilma cancelousuaviagem,apósdenún- cias de espionagem da agência de segurança dos EUA, a NSA. Eduardo Miranda eduardo.miranda@brasileconomico.com.br RobertoStuckertFilho/PR Dilma pede ao Google internet na Amazônia Em seu último dia nos Estados Unidos, presidenta visitou universidades e Centro de Pesquisa da Nasa na Califórnia, para buscar parcerias em educação e tecnologia PETRÓLEO DilmachegouàsededoGoogle,noValedoSilício,abordodocarroautônomodaempresa:“Euacabeidedescerdofuturo”,disseela Viagem presidencial, que incluiu visita de Estado à Casa Branca, acontece um ano e dez meses depois que o Planalto cancelou ida de Dilma aos Estados Unidos, após denúncias de espionagem da NSA Em reunião com executivos do Google, presidenta expressou sua vontade de que a internet seja levada a áreas ainda desconectadas do território nacional, como a Amazônia Quinta-feira, 2 de julho, 2015 Brasil Econômico 5
  6. A Comissão Especial da Câmara dosDeputadosqueanalisamudan- ças no Supersimples aprovou on- tem a possibilidade de inclusão dosfabricantesdecervejas,cacha- ças, vinhos e licores artesanais nesseregime.O texto aindapreci- sapassarpeloplenáriodaCasaan- tesdeseguirparaoSenadoeoExe- cutivo. A inclusão veio depois de um movimento organizado pela Abracerva (Associação Brasileira de Cervejas Artesanais), cujos di- retoresestiveramontememBrasí- lia para acompanhar a apreciação da proposta. O texto aprovado é um relató- rio final elaborado pelo deputado João Arruda (PMDB-PR), aprova- donaformadesubstitutivoaopro- jeto original. O relatório também inclui a possibilidade de trabalha- doresruraisautônomos(comotra- toreiros e semeadores) serem in- cluídos na categoria de microem- preendedores individuais (MEI). Segundo o relator, a proposta faz com que 90% das empresas do país possam aderir ao programa. O ministro da Secretaria da Micro ePequenadaPresidênciadaRepú- blica, Guilherme Afif Domingos, esteve presente à reunião e disse que a proposta aprovada tem apoio do governo. O substitutivo também eleva os valores para enquadramento das empresas no regime tributá- rio do Supersimples. No caso das microempresas, o limite de recei- ta bruta anual passa de R$ 360 mil para R$ 900 mil. Para as pequenas empresas, o teto é elevado de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões. Orelatortambémpropôsmecanis- mos para o acesso dessas empre- sas ao mercado internacional, o aumentodoprazodeparcelamen- to dedébitosde60 para120parce- las e a simplificação das tabelas de enquadramento das pequenas e microempresas. Hoje, existe uma tabela para o setor industrial, ou- tra para o comércio e quatro para a área de serviços. Arruda pretende que passem a existir apenas duas paraserviços.“Comisso,elimina- se circunstância que, na prática, inibe o crescimento dos partici- pantes do Simples Nacional ou, pior, enseja ‘crescimento lateral’, isto é, uma mesma micro ou pe- quena empresa; em vez de cres- cer, segrega-se em outras de mo- do a não avançar nas atuais faixas cumulativas do Simples Nacio- nal”, justificou. Asituação dosprodutoresarte- sanais, principalmente de cerve- ja,ganhoudestaquedepoisqueen- trou em vigor a Lei 13.097/2015, em maio, que alterou a tributação do produto. Microcervejeiros ale- gamqueaalteraçãoaumentavaex- cessivamente a tributação em seu mercado específico, ao se pautar pela situação apenas das grandes empresas do setor. A balança comercial do país fe- chou o primeiro semestrecomsu- perávit acumulado de US$ 2,222 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento,Indústriae Co- mércio Exterior(Mdic).Oresulta- do é o melhor para o período des- de2012, aúltimavezqueo indica- dor tinha registrado superávit nos seis primeiros meses do ano. Noacumuladodoano,amelho- ria do resultado da balança decor- reu do fato de que as importações estão caindo mais que as exporta- ções. De janeiro a junho, o Brasil exportouUS$94,329bilhões,que- da de 14,7% pela média diária. As importações somaram US$ 92,107 bilhões, com recuo de 18,5% também pela média diária. Em junho, a balança registrou superávitdeUS$4,527bilhões,re- vertendo o resultado negativo de cercadeUS$2,305bilhõesacumu- lados até maio. No mês passado, o país exportou US$ 19,628 bilhões eimportouUS$15,101bilhões.Se- gundos os dados, o superávit em junho foi o segundo melhor resul- tado para o mês, perdendo apenas parajunho de2009(US$4,603 bi- lhões). Contribuíram para o superávit da balança os embarques da safra de grãos, principalmente de soja, e a exportação de uma plataforma de petróleo de US$ 690 milhões. VendidopelaPetrobrasaumasub- sidiária da estatal no exterior, o equipamento foi alugado pela pe- troleira e não chegou a sair do país. Tanto o Ministério quanto a Petrobras asseguraram que a ope- raçãoseguiuasnormasdecontabi- lidade internacional. Em relação às exportações, to- das ascategoriasdeprodutosacu- mulam queda no ano. A venda de produtos básicos caiu 21,6% no primeiro semestre, sobre mesmo períodode2014,impactadasprin- cipalmente pela queda no preço internacional das commodities (bensagrícolasemineraiscomco- tação internacional). Asexportaçõesdemanufatura- dos caíram 8% de janeiro a junho, comdestaqueparaóleoscombus- tíveis (-63,4%) e motores e gera- dores (-25,8%). As vendas de se- mimanufaturados recuaram 3,9%, puxadas por couros e peles (-15%), açúcar em bruto (-13,9%) e óleo de soja em bruto (-12,4%). Nas importações, as maiores quedas registradas foramnacom- pra de combustíveis e lubrifican- tes (-36%) e de bens de capital (-15,8%). A importação de maté- rias-primas caiu 15,1% e a com- pradebensdeconsumoteveretra- ção de 13,7%. Há poucos dias, o ministro do Mdic, Armando Monteiro, esti- mou que a balança comercial fe- chará 2015 com superávit entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões. Aumento na quantidade não compensou queda nos preços O aumento nas quantidades ex- portadas no primeiro semestre foi insuficiente para compensar a queda nos preços internacionais. Apesar de alguns produtos — co- mo soja,carne de frango, petróleo e minério de ferro — terem batido recorde no volume vendido, a re- dução dos preços das commodi- ties (bens agrícolas e minerais comcotação internacional)re- sultouemquedanosvaloresex- portados. De acordo com o Mdic, a quantidade exportada cresceu 8,1%dejaneiroajunhoemrela- ção ao mesmo período do ano passado. O preço internacio- nal, no entanto, caiu 20,6%. Nas importações, tanto o volu- me (-8,8%) quanto os preços médios (-10,7%) caíram no acumulado do ano. SegundoodiretordeEstatís- ticas e de Apoio às Exportações do Ministério, Herlon Bran- dão, a safra recorde de grãos, o aumento no investimento em extração de minério de ferro, a recuperação da economia dos EUA e a reabertura de platafor- mas de petróleo que estavam em manutenção nos últimos anos contribuíram para o au- mento das exportações. ABr Leonardo Fuhrmann lfuhrmann@brasileconomico.com.br BRASIL São Paulo SALDO POSITIVO Balança fecha o 1º semestre com superávit ▲ Divulgação Proposta aprovada em comissão tem apoio do governo e ainda precisa passar pelo plenário R$94,3bi Totaldeexportaçõesnos primeirosseismesesde2015. R$92,1bi Importaçõesacumuladasno primeirosemestredoano. US$4,5bi Superávitdabalançaemjunho. Exportaçãodeplataformada Petrobrascontribuiucom US$690milhões. Microcervejeirosfizerampressãopelainclusãonosubstitutivo Saldo positivo de US$ 2,222 bilhões é o melhor para os primeiros seis meses do ano desde 2012. Importações, em queda, ajudaram Relatório inclui bebidas artesanais no Supersimples A quantidade de mercadorais exportadas aumentou no primeiro semestre, mas não foi suficiente para compensar a queda nos preços internacionais 6 Brasil Econômico Quinta-feira, 2 de julho, 2015
  7. É consenso geral que a economia brasileira vive um momento complexo, em que a maioria dos indicadores mais significativos mostram resultados desanimadores. O saldo do PIB do primeiro trimestre e os números mais recentes de diversos setores direcionam as expectativas para uma conseguinte queda da atividade no segundo semestre. Esses resultados dão continuidade ao enfraquecimento da atividade que já era observado desde o ano anterior e que foi aprofundado pelas medidas de política monetária e fiscal aplicadas mais intensamente neste ano, como a continuidade da política monetária contracionista, com aumento de juros e consequente aperto ao crédito, o reajuste dos administrados e o ajuste fiscal. Essas medidas, em conjunto com a taxa de câmbio — que está um pouco mais livre, em razão da diminuição das intervenções no mercado futuro —, objetivam um ambiente de negócios que suporte o crescimento sustentável por meio da solução das problemáticas atuais de inflação elevada, déficit em transações correntes e contas públicas enfraquecidas. *Carlos Thadeu de Freitas é chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e ex-diretor do Banco Central ALÍVIO À VISTA? O processo de ajuste já está em curso, e é possível que esse seja umdosmomentosmaiscomplica- dos, já que só é possível sentir os efeitos negativos, que deverão, no futuro, conduziràsmelhoriaspre- tendidas. O esforço governamental no sentidodeprogressosfiscaiséper- ceptível. Há medidas emergen- ciais que já estão sendo aplicadas, comoareduçãodedespesasdiscri- cionárias. E também há medidas com caráter de longo prazo, que objetivam aperfeiçoar as bases de incidência de impostos e alíquotas aplicadas e revisar desonerações concedidas anteriormente. Além disso, há planos para rever os pro- gramas de transferência, como abono salarial,seguro-desempre- go, entre outros. Os números do primeiro semestre mostram uma melhoranatendênciadedeteriora- ção dos superávits primários, ain- da que estejam mais fracos do que os previstos inicialmente. Há diversas discussões entre os analistas sobre em que medida o desequilíbrio atual é conjuntural ou estrutural. No entanto, é bas- tanteclaroqueboapartedasques- tões atuais advêm de temas que não foram encaminhados de for- ma adequada no passado. A inflação, por exemplo, é uma questãoestrutural,poisjáestálon- ge da meta há diversos períodos e ainda se mostra elevada mesmo comodesaquecimentodademan- da. O principal entrave à sua que- daéoreajustedospreçosadminis- trados. No último relatório de in- flaçãooBancoCentraldeclaroues- perar que ela atinja 9% ao final de 2015. A última previsão para o IP- CA, de março deste ano, estava em 7,9%. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) o Copom tam- bém atribui a alta dos preços ao processoderealinhamentodosad- ministrados e dos preços livres. Adicionalmente, o RTI ressaltou queo realsedepreciousignificati- vamente nos últimos três anos em relação a outras moedas relevan- tes, e por isso já ocorre realinha- mento entre preços domésticos e internacionais. Essa desvaloriza- ção em relação ao dólar, que nos últimos 12 meses foi de 30% em termos nominais, já mostra efei- tosnastransaçõescorrentes.Odé- ficit registrou queda pelo segundo mês consecutivo — um sinal de que o câmbio pode estar cami- nhando para seu valor de equilí- brio, que seria aquele que levaria à redução do déficit em conta cor- rente e à estabilização da relação entre o passivo externo e o PIB. Em termos reais, a taxa de câmbio brasileira teve queda próxima de 16% no mesmo período — a maior desvalorização em uma lista de 61 nações, de acordo com o BIS. Há aexpectativa de que o orça- mento das famílias esteja menos apertado na segunda metade do ano, por conta de um possível alí- vionainflação.Oprimeiro semes- tre foi marcado por intensos rea- justes de tarifas públicas, princi- palmente as de energia, reduzin- do a renda disponível para consu- mo. Para o segundo semestre, não são esperados novos reajustes, ou estes acontecerão com menor in- tensidade. O comportamento da inflação nos próximos meses será decisivo para os rumos das vendas no varejo no segundo semestre. Em duas das pesquisas apura- daspelaCNC, épossível veralguns sinais, embora leves, de um olhar menos pessimista para os próxi- mos meses. Na pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Co- mércio (Icec) houve retração de 0,2% em maio ante abril, porém foi a menor queda nessa base de comparaçãodesdesetembro.Ode- sempenho melhor do índice foi conduzido pelo subíndice do Icec denominado Índice de Expectati- vas do Empresário do Comércio (IEEC), que registrou alta de 1,0% em maio ante abril — a primeira em oito meses na comparação com o mês imediatamente ante- rior. Ainda assim, o IEEC recuou 16,2% em relação a maio de 2014. A pesquisa Intenção de Consu- mo das Famílias (ICF), tambémda CNC,registrouumareduçãonorit- modequeda.Apesardeoscompo- nentesestaremnos menorespata- mares históricos, o indicador de- monstrou redução no ritmo de queda mensal. Em abril e maio a quedafoiemtornode7%,eemju- nho, de 4,8%. O índice de Confiança do Con- sumidor da FecomércioSP de ju- nho, em relação a maio, caiu 1,3%, enquanto o mesmo indica- dor correspondente de maio em relação a abril caíra 9,5%. Napesquisadeconfiançadoco- mérciodaFGVtambémhouveme- lhora. Em maio o indicador caiu 0,3% ante abril, após alta de 0,5%. Os dois resultados foram considerados como uma estabili- dade, após uma queda de 15,3% acumulada entre dezembro de 2014 e março de 2015. Nasexpectativastambémhou- ve evolução positiva. O índice su- biu 2,1% em abril e progrediu 4,1% em maio, atingindo a maio- ria dos setores. Entre os que mos- traram melhora estão tecidos e vestuário, equipamentos e mate- rial de escritório e informática e artigos farmacêuticos. Esses resultados, porém, devem servistoscomcautela,poisamelho- ra ainda é limitada. A continuidade doajustefiscaleabuscadarealida- demonetáriasemexcessossãocon- dições fundamentais, que devem continuarsendoperseguidas. Coluna publicada às quintas-feiras PONTO DE VISTA CARLOS THADEUDE FREITAS carlos.thadeu@brasileconomico.com.br EditoriadeArte Há a expectativa de que o orçamento das famílias esteja menos apertado na segunda metade do ano, por conta de um possível alívio na inflação Quinta-feira, 2 de julho, 2015 Brasil Econômico 7
  8. Apenas 22% dos brasileiros ado- tampráticasdeconsumoconscien- te. É o que aponta o levantamento realizado pelo Serviço de Proteção aoCrédito(SPC),realizadoempar- ceriacomo portalMeuBolsoFeliz. E, ao contrário do que levar crer o senso comum, são os mais velhos, e não os mais jovens, que se preo- cupam mais com o impacto de seus hábitos de consumo no meio ambiente e na sociedade. “Opercentualdeatitudescorre- tas é maior entre os consumidores com idade acima de 56 anos, de 74,2%. Entre os jovens, com idade entre 18 e 29anos, o percentual é de 64,5%, índice inferior à media geral do país, de 69,3%”, afirma Marcela Kawauti, economista do SPC.Segundoela,odadosurpreen- deuospesquisadores,jáqueagera- çãomaisjovemébombardeadape- lodiscursoambientalnasescolase no meio social desde cedo. “Acreditamos que essa pouca consciência percebida entre os jo- venssedeveaumaposturamaisin- dividualista, mas também a falta de experiência que a nova geração com as diversas crises enfrentadas no país. Os mais velhos, entre ou- tras situações como planos econô- micos, vivenciaram a ameaça de apagãoelétricode2001,quecontri- buiuparadisseminaraideiadouso racional de energia”, argumenta. Outro aspecto revelado pelo le- vantamentoéqueaprincipalmoti- vação dos brasileiros ao adotar boas práticas de consumo é a pre- servação do próprio bolso. Cerca de 35% dos entrevistados afir- mam que a principal vantagem do consumo consciente é economi- zar e fazer o dinheiro render mais. A sensação de dever cumprido e deestarfazendooqueécorretopa- ra a sociedade é a segunda maior motivação,citadapor30,1%doto- tal. A satisfação por saber que está fazendo algo positivo para o futuro daspróximasgerações foi a vanta- gem apontada por 18,6% e a pre- servação do meio ambiente foi mencionada por 5,8%. “Ou seja, o bem coletivo está no segundo pla- no dos brasileiros”. Para construir o indicador de consumo consciente o SPC elabo- rouquestõesqueenvolviamaava- liação de práticas ambientais, co- mo uso racional de água, energia e descarte de lixo doméstico; além de práticas financeiras, co- mo a compra por impulso e o uso irracional dos serviços de teleco- municações; e o engajamento so- cial, como a compra de produtos piratas e reutilização de roupas e bens adquiridos. O que se perce- beu é que, na média, os brasilei- ros adotam 69,3% das ações lista- das pela entidade, sendo classifi- cado como um consumidor em transição para a classe dos consu- midores conscientes, que adotam pelo menos 80% das práticas. Abaixo de 60%, o consumidor é considerado pouco consciente. A falta de tempo é apontada por 26,5% dos consumidores com o principal impeditivo na adoção de práticas de consumo consciente. Distração e esqueci- mento são a justificativa encon- trada por 25,4%, a falta de infor- mação foi citada por 17% e a per- cepção de que essas ações indivi- duais não fazem diferença foi apontada por 16,2%. “O que fica claro éque osimpeditivos aponta- dos indicam que há uma falta de prioridade no dia a dia com as ações de consumo consciente, apesar deessas ações serematitu- des bem simples”, diz Marcela. Asboas práticas ambientais são asmaisdisseminadasentreoscon- sumidoresbrasileiros,compercen- tualmédiode71,7%.Entreasatitu- des mais praticadas estão a doação e troca de produtos que não se quer mais,antes de jogar fora; a de restringiro usodo carro emdeslo- camentos de curta distância; e a não impressão de papéis para pre- servar o meio ambiente. Estudo realizado pela empresa de pesquisa web-mobile MeSeems identificou que a maioria dos brasileiros alterou hábitos de consumo em função do cenário econômico mais adverso. Dos 1.650 entrevistados, das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, 43% afirmaram que passaram a procurar alternativas mais baratas para seus hábitos de consumo, ou deixaram de consumir a maioria dos produtos ou serviços que costumavam adquirir. Os demais 40% continuaram a consumir os mesmos produtos e serviços e apenas 17% não sentiram os efeitos da crise em seus cotidianos. A pesquisa revelou ainda que, no últimos dois anos, as atividades que mais sofreram com a desaceleração da economia foram o comércio de imóveis e automóveis novos e seminovos. Cerca de 60% dos entrevistados diminuíram a frequência com que efetuavam tal tipo de compra e só 30% a mantiveram. Entre as prioridades de consumo, os entrevistados apontaram a compra de mantimentos no supermercado (86%), seguida de medicamentos na farmácia (75%) e consumo de roupas e calçados (62%). O levantamento revelou também a mudança nos hábitos de lazer. Do total de entrevistados, 45% reduziram as idas ao cinema e ao teatro. Patrycia Monteiro Rizzotto pmonteiro@brasileconomico.com.br BRASIL São Paulo ▲ Divulgação Consumo pouco consciente Crise muda hábitos de consumo Experiênciacomasdiversascrisestrouxemaisconsciênciaaosconsumidoresdaterceiraidade Pesquisa do SPC aponta que apenas 22% dos consumidores brasileiros adotam práticas como o uso racional de energia e água. Entre os que têm mais de 55 anos, entretanto, há maior consciência na hora de consumir Cerca de 35% dos entrevistados afirmam que a principal vantagem do consumo consciente é economizar e fazer o dinheiro render mais. O bem estar coletivo fica no segundo plano 8 Brasil Econômico Quinta-feira, 2 de julho, 2015
  9. Propinas na Receita e na Casa da Moeda Se por um lado os agricultores brasileiros se beneficiam do câmbio desvalorizado, por outro ele torna os custos de produção mais pesados, comprometendo ainda mais o orçamento” A Polícia Federal cumpriu ontem 23 mandados de busca e apreensão em dependências da Receita Federal e da Casa Moeda, além da sede da empresa Sicpa Brasil Indústria de Tintas e Sistemas. A Operação Vícios investiga suspeita de pagamento de R$ 100 milhões em propinas a servidores públicos, para facilitar fraudes no Sistema de Controle da Produção de Bebidas (Sicobe). Reuters Felipe Prince Economista da Agro Security “ Divulgação Após seis safras consecutivas de colheitas recordes, a produção brasileira de soja não deve crescer em 2016. Com 75% dos insumos importados, a alta do dólar — em R$ 3,10 — se tornou um desafio a mais aos produtores, que também contam com crédito mais caro e restrito neste ano. Para analistas, embora ainda haja chances de atingir os mesmos 96 milhões de toneladas previstos para este ano, a soja brasileira não deve seguir o mesmo ritmo de expansão de área plantada do passado. “Em regiões do Mato Grosso, onde o preço da soja é mais baixo e a rentabilidade menor, pode ha- ver, sim, redução de área planta- da,especialmente,entreosprodu- tores que não contam com área própria e têm custo mais elevado com o arrendamento”, afirma o economista da consultoria Agro Security, Felipe Prince. Só neste ano, a soja passou a ocupar mais 1,7 milhão de hectares, atingindo 31,902 milhões de hectares. A grande dúvida em torno do grão está na combinação do baixo preço cotado na Bolsa de Chicago e o aumento dos custos dos insu- mos, em dólar. A perspectiva de produção recorde mundial de soja tem rebaixado o preço do produ- to.Comquase100%daáreacolhi- da,assimcomooBrasil,aArgenti- nadeveproduzir57milhõesdeto- neladas. Já os Estados Unidos, maior produtor mundial, deve atingir os 104,780 milhões de to- neladas,segundodados do relató- rio do USDA,o MinistériodaAgri- cultura dos Estados Unidos. “A perspectiva de que as chu- vas nos Estados Unidos tenham comprometido a produção já me- xeucomospreços,elevando o va- lordasacaparaR$71,50,emPara- naguá (PR). Patamar bom, mas que não deve se sustentar, pois guarda o efeito especulativo do anúncio do USDA”, diz Prince. “O fato de o real estar desvalo- rizado torna vantajoso o preço da soja, que há 15 dias era de R$ 66,80. Mas se olharmos o preço em Chicago, a soja está custando bem menos. Se por um lado os agricultores brasileiros se benefi- ciam do câmbio desvalorizado, poroutrotornaoscustosdeprodu- ção mais pesados, comprometen- do o orçamento”, acrescenta. Outro elemento tem tornado o caixa dos produtores ainda mais apertado, elevando os riscos de inadimplência: o pagamento da compra de maquinário. Incenti- vados pelas linhas de crédito com taxas de juros subsidiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvi- mento Econômico e Social (BN- DES), tais como PSI-BK (Progra- ma de Sustentação do Investi- mento para Aquisição de Bens de Capital) e o PCA (Programa para Construção e Ampliação de Ar- mazéns), os produtores adquiri- ram equipamentos que começa- rão a ser pagos neste ano. “Os anos de 2012 e 2013 foram de vendas elevadas de tratores e colheitadeiras,efetivadas pelasli- nhas de crédito disponibilizadas pelo BNDES a taxas de 2,5% a 3% ao ano e carência de dois anos pa- raopagamento.Logo, quemcom- prou em 2013, o maior volume, vai começar a pagar as parcelas neste ano, num período em que plantar soja não garante uma lu- cratividadetãoaltaquantonopas- sado”, explica Prince. Em 2013, a sojaemParanaguá(PR)eracomer- cializada a R$ 69,70, e em Sorriso (MT) R$ 57,10. No entanto, Prince calcula que o custo com insumos era 40% menor. Para combinar o cenário pouco otimista, há o crédito mais caro e restrito. Embora o Plano Safra, cujosrecursoscomeçaramaserli- beradosontem, tenha tidoum au- mentode20%nomontantedispo- nibilizado para a agricultura em- presarial, saindo dos R$ 156 bi- lhões para R$ 187,7 bilhões, os ju- ros estão mais altos. Deste montante, R$ 147,5 bi- lhões estão reservadospara o cus- teio de lavouras e comercialização daprodução,sendoqueR$94,5bi- lhões serão liberados a juros con- trolados—7,75% ao ano parapro- dutoresmédios;8,75%paragran- des produtores. Já os outros R$ 53 bilhõesestãodisponíveisajurosli- vres, a ser decidido pelo banco. “Num cenário contínuo deele- vação da Selic, a tomada de em- préstimo por parte dos agriculto- res fica ainda mais complicada”, avalia a consultora da MB AGRO, Ana Menegatti. “Embora o crédito mais caro ainda não esteja restringindo o plantio da safra 15/16, é preciso considerarque,commargensme- nores ao produtor, não teremos o mesmo dinamismo na produção, acompanhado em expansão de área”, salienta Menegatti. Aline Salgado aline.salgado@brasileconomico.com.br Soja deve quebrar série de produção recorde em 2016 Alta do custo com insumos e crédito mais caro reduzem margens dos produtores, que já descartam ampliar a área de produção CORRUPÇÃO *Estimativa em junho/2015 Fonte: Conab RENTABILIDADE OPERACIONAL VENDA DE EQUIPAMENTOS PRODUÇÃO BRASILEIRA DE SOJA Em toneladas Lucro/custo do produtor (%) OS NÚMEROS DA SOJA NA SAFRA 2015/2016 Londrina (PR) Ijuí (RS) Dourado (MS) Rio Verde (GO) Barreiras (BA) Sorriso (MT) 10,3 25,0 26,5 27,9 39,6 54,5 Fonte: Agrometrika Fonte: Anfavea e Cepea/ESALQ 2011 2012 2013 2014 2015* Preço da soja Tratores Colheitadeiras 2014/ 2015* 2013/ 2014 2012/ 2013 2011/ 2012 2010/ 2011 2009/ 2010 2008/ 2009 2007/ 2008 2006/ 2007 2005/ 2006 2004/ 2005 2003/ 2004 2002/ 2003 2001/ 2002 2000/ 2001 ÃODUÇÃOPRO ASILEIRABRA SOJADE neladasEm to 38,4 mil 96,0 mil Quinta-feira, 2 de julho, 2015 Brasil Econômico 9
  10. Qualaimportânciadanão aprovaçãodareduçãoda maioridadepenalpelaCâmara nanoitedeterça? Significativa, embora não se di- ga que a discussão está sepulta- da(ontem,umamanobradopre- sidente da Câmara, Eduardo Cunha, recolocou a emenda em votação, punindo apenas cri- mes com morte e estupro). Mas acredito que esta resposta se deu a partir de uma reflexão so- bre as consequências maléficas que a redução traz. Além de ser uma questão jurídica polêmica, que acabará nos tribunais, por- que viola cláusula pétrea da Constituição e não poderia ser feita por emenda. Há estudos no mundo mostrando que sempre quesereduzamaioridade,háau- mento da violência. Ou seja, quando trato jovem como adul- to e aplico a lei penal, faço com que estes jovens sejam postos em unidades prisionais junto a adultos,cortandoachancedere- cuperação. Os presídios, em sua maioria, têm a presença do cri- me organizado. Este jovem que praticou um delito vai entrarlá e sair com um potencial de delin- quênciamuitomaior.Etemtam- bémaquestãodosistemaprisio- nal brasileiro, com mais de 220 mil vagas de déficit, superlota- dos, com taxa de ocupação de 160%.Temosmaisde400milor- dens de prisão que têm de ser cumpridas! Se somar, preciso de mais 600 mil vagas hoje, um outro sistema prisional. Mesmo que eu tivesse dinheiro para construir presídios alucinada- mente, e preciso de quatro anos para entregar uma unidade no- va,as cidades nãoquerempresí- dios por perto. Seriaahoradeumaagenda propositivasobrecomooEstado easociedadetratammenores? Sim, e ela passa por um melho- ria do sistema de unidades que aplicam medidas sóciocorreti- vas.Muitasdelassãoiguaisapre- sídios, fazem violações e impe- dem a recuperação de jovens. Qual o caminho? Melhorar as unidades. Temos exemplos co- mo o do Acre, onde visitei uma casa em que o índice de recupe- ração é de 80%. Situações deste tipoéquedevemserobjetodein- vestimento do Estado. Diantedoaumentodecrimes violentoscometidostambém pormenores,háquemdefenda arevisãodoEstatutodaCriança eAdolescente... Sou a favor, sim. O governo tem defendido uma melhoria do ECA sob dois aspectos: o prazo de internação previsto é muito baixo quando se praticam cri- mes hediondos com violência, e esta retenção tem que ser feita não só para que a sociedade não tenha agravamento da situa- ção, mas também porque tenho que melhorar o atendimento deste jovem para que ele possa se recuperar: se eu casar inter- nação com medidas sóciocorre- tivas bem aplicadas, tenho bons resultados. Então, é me- lhorar o ECA e investir mais nas unidades para que não tenha um sistema tão desvirtuado e perverso como o atual. Háquemdigaqueomesmo governoquedefendeanão redução,deixadeinvestirem políticaspreventivasde inclusãosocial... Temos que olhar a realidade co- moelaé.Éevidentequetodomi- nistro gostaria de ter mais ver- bas para suas políticas, eu tam- bém gostaria, mas temos que sersolidárioscomoqueéneces- sário para a economia brasileira. A equipe econômica tem feito as medidas necessárias para que possamos ter equilíbrio fiscal e estabilidade. Se o dinheiro não existe,temosquerespeitararea- lidade, tenho que ser solidário com aqueles que dirigem a eco- nomia do país. RecentementeoSecretáriode SegurançadoRio,JoséMariano Beltrame,dissequeaguerraàs drogasestáperdida.Éverdade? Primeiro,nãomeagradaestaex- pressão,euprefiroenfrentamen- to às drogas, porque eu tenho que diferenciar duas questões: o traficante, efetivamente, tem que estarsubmetido à organiza- ção penal. Então quando eu falo emguerraàsorganizaçõescrimi- nosas, acho que existe algum sentido em usar esta expressão. Agora,emrelaçãoaousuário,de- pendente químico, não se trata de guerra, trata-se de buscar um tratamento de saúde, a rein- serçãosocialdestapessoa.Ouse- ja: para o traficante o rigor da lei penal; para o usuário, a aplica- ção de políticas de saúde e so- ciais. Eutenhoquedistinguir is- to. Acho a fala do Beltrame mui- to desesperançosa. A desespe- rança não serve a nada. Chegouahoradeumpactona sociedadecontraaviolência, reduzindooshomicídios? Estamosdesenvolvendoumpro- jeto.O Brasil tem índices de vio- lência inaceitáveis. Eu diria que nenhum estado brasileiro, ho- je, possui um padrão ajustado de violência, e isso se mede pe- lo número de homicídios, altís- simo. Nós temos lições de boas práticas que podem ser replica- das por todo o Brasil, como o ‘Brasil mais Seguro’, em Ala- goas, que era o estado mais vio- lento do país, e por força deste programa, há três anos, já não é o estado mais violento do país. Pretendemos discutir todas es- tas questões com os governado- res. Temos que lembrar que a se- gurança pública é um questão atribuída aos estados, e não ao governo federal, para fazermos um grande pacto nacional de re- dução de violência. “ BRASIL Todo ministro gostaria de ter mais verbas para suas políticas. Se o dinheiro não existe, temos que respeitar a realidade, tenho que ser solidário com aqueles que dirigem a economia do país” ENTREVISTA André Balocco andre.balocco@odia.com.br ▲ ‘É PRECISO REFORMAR AS UNIDADES DE MENORES’ ABr Um pacto contra a violência, que passe o protagonis- mo da segurança pública à União através de uma mu- dança na Constituição e ajude o país a reduzir sua po- pulação carcerária —a quarta maior domundo.Este é um dos legados que a negativa da Câmara à redução da maioridade penal, na versão votada terça-feira à noite, deixará. Em entrevista por e-mail, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a admitir que os presídios estaduais são masmorras medievais, defendeu a ampliação para oito anos do tempo de de- tençãodeadolescentesereconheceuqueodependen- te de drogas deve ser tratado sob a ótica da saúde, não mais a de segurança. JOSÉ EDUARDO CARDOZOMinistro da Justiça 10 Brasil Econômico Quinta-feira, 2 de julho, 2015
  11. Atraso em novas usinas custou R$ 1,9 bi O brasileiro pagou R$ 1,9 bilhão nas contas de luz entre janeiro e abril, somente para compensar o atraso na entrada em operação de novas usinas, segundo cálculos da consultoria PSR. O montante foi composto por quase a metade da arrecadação com as bandeiras tarifárias, que representaram um faturamento extra de R$ 3,9 bilhões no mesmo período, segundo dados da Aneel. Reuters Divulgação O consumo residencial de energia no país apresentou queda de 2,5% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior,indi- cando que o brasileiro começa a economizarnogastodeeletricida- de.Segundo aEmpresadePesqui- sa Energética (EPE), foi a primeira quedanoano,puxadapelodesem- penho das regiões Sul e Sudeste, onde o reajuste médio das tarifas chega a 40%. Em geral, o consumo de ener- gia no país caiu 2,2% em maio, mês em que o único segmento que apresentou alta foi o comercial — ainda assim, em ritmo bem infe- rior a meses anteriores. “Uma parcela dos consumido- res já teve a tarifa reajustada duas vezes neste ano: o reajuste extraordinário de março e o rea- juste anual ordinário. O conjun- to desses consumidores equiva- le a quase 40% do consumo na baixa tensão e agrega distribui- doras do Sul e do Sudeste em sua maior parte. Para esse grupo, a tarifa foi reajustada, em média, em cerca de 40%”, analisam os técnicos da EPE, na Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgado ontem. No Nordeste, onde o reajuste médio é de 7%, o consumo residencial cresceu 2,5% em maio. A EPE ressalta que o consumo de eletricidade pelas residências vinha apresentando taxas meno- res de crescimento nos últimos meses, mas a estatística está con- taminada pelos grandes volumes registrados no verão de 2014, quando asaltastemperaturaspro- vocaram uma sucessão de recor- des de demanda no país. “Já o re- sultado de maio, livre dessas in- fluências, parece refletiros efeitos combinados da queda do poder aquisitivo das famílias com o au- mento das tarifas de eletricidade, aplicado em todas as distribuido- ras”, conclui o documento. Oexpressivo aumento dastari- fas de energia reflete a política de “realismo tarifário” implementa- da no início do segundo mandato de Dilma Rousseff, que repassou aos consumidores custos que vi- nham sendo represados nos últi- mosanos. Alémdisso,criouo me- canismo de bandeiras tarifárias, segundoo qualosgatoscomener- gia gerada por térmicas são ratea- dos na conta mensal de luz — an- tes, o repasse era feito apenas uma vez por ano, no reajuste anual das distribuidoras. Na Região Sudeste, o consumo industrial também tem sentido os impactos da retração econômica e dos aumentos da conta de luz. Em maio, a demanda total da região caiu 3,9%, na comparação com o mesmomêsdoanoanterior.Asin- dústrias do Sudeste utilizaram um volume de energia 4,5% inferior, puxadas pelo desempenho de São Paulo, com queda de 7,4%. Neste segmento, Minas Gerais e Espírito Santo destoam, com crescimento nademandaprovocadopelosseto- res de papel e celulose e extração de minerais metálicos. O consumo residencial no Su- deste caiu 4,2% e o comercial, 1,5%. “Além do desaquecimento da atividade econômica,o consu- mo na região já reflete os reajus- testarifários e,nocasodeSãoPau- lo em particular, efeitos da severa crise hídrica, conforme reporta- do pelasdistribuidoras que atuam noestado”,comentaramostécni- cos da EPE. A redução no consu- mo de energia é citada por espe- cialistas no setor como um dos fa- tores determinantes para que os reservatórios das hidrelétricas cheguem ao final do período seco ainda em condições de abastecer o mercado. Depois de prever umaquedade 0,5% no consumo em julho, o Operado Nacional do SistemaElé- trico(ONS)—queaindanãodivul- gou as estatísticas do mês passado — diz acreditar em estabilidade em julho, com relação ao mês an- terior. Porém, no subsistema Su- deste/Centro-Oeste, onde há maioresrestriçõeshídricas, apro- jeção é de queda de 2,3%. O Nor- deste deve continuar apresentan- do crescimento, de 9,3% de acor- do com projeções do operador. Mesmo com a redução na de- manda, no entanto, o ONS pre- vê queda no nível dos reservató- rios do Sudeste/Centro-Oeste este mês. De acordo com as pro- jeções divulgadas anteontem, as hidrelétricas do subsistema chegarão ao fim do mês com 34,7% de sua capacidade de ar- mazenamento de energia. Nicola Pamplona nicola.pamplona@brasileconomico.com.br ECONOMIA Divulgação Conta de luz salgada leva consumidores a economizar 28,5TWh Consumonacionaldeenergia emmaio,segundoaEPE, querepresentaumaqueda de1,5%comrelaçãoaomesmo períododoanoanterior. 9% Quedanoconsumoresidencialde energiaemMinasGeraisnomêsde maio.Aotodo,oconsumo residencialcaiu4,2% naRegiãoSudeste. ENERGIA ELÉTRICA Alémdaeconomianasresidências,oEstadodeSãoPauloregistrouquedade7,4%noconsumoindustrialdeeletricidadeemmaio Segundo EPE, consumo residencial de eletricidade caiu 2,5% em maio, refletindo aumento médio de 40% nas tarifas das regiões Sul e Sudeste e queda do poder aquisitivo. Consumo industrial apresenta queda de 4,2% No Sudeste, o consumo industrial tem sentido os impactos da retração econômica e dos aumentos da conta de luz. Em maio, a demanda total da região caiu 3,9%, sobre o mesmo mês em 2014 Quinta-feira, 2 de julho, 2015 Brasil Econômico 11
  12. Até junho do próximo ano, a CPFL Energia vai concluir a mi- gração de todos os seus clientes de alta e média tensão — respon- sáveis por cerca de 40% da recei- ta do negócio de distribuição da companhia — para um sistema eletrônico de medição à distân- cia, num investimento total de R$ 67 milhões. Até dezembro, a empresa terá 23,5 mil consumido- res do chamado Grupo A conecta- dos à plataforma de leitura e fatu- ramento automáticos. Outros três mil serão adicionados até meados de 2016. A telemedição é apenas parte de uma estratégia mais ampla de modernização das redes e das operações das oito dis- tribuidoras da CPFL, orçada em cerca de R$ 250 milhões. Com uma base de 7,5 milhões de clientes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, a empresa nego- cia a compra de dois milhões de medidores digitais de consumo de energia. A previsão inicial era de que os aparelhos começas- sem a ser instalados ainda este ano, mas a negociação com for- necedores se estendeu e o contra- to de compra deverá ser fechado apenas em outubro ou novem- bro. Depois, os medidores inteli- gentes terão de ser homologados pelo Instituto Nacional de Metro- logia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Se o cronograma atual for mantido, a instalação começará no segundo semestre do próximo ano. Além da leitura e faturamento automáticos, a companhia traba- lha também na montagem de um portal em que os clientes de alta e média tensão poderão acompanhar praticamente em tempo real o seu consumo de ele- tricidade. A página está prevista para entrar no ar até o fim deste ano. O envio das contas de con- sumo por e-mail já é oferecido à toda a base de consumidores da CPFL — a meta é chegar a um mi- lhão de clientes cadastrados ain- da em 2015, contra um total atual de 700 mil. No caso dos clientes de média e alta tensão (Grupo A), a teleme- dição é feita via rede de radiofre- quência do tipo Mesh, tecnologia amplamente utilizada nos Esta- dos Unidos. A principal diferen- ça é que no mercado americano os medidores normalmente es- tão instalados a curta distância uns dos outros, enquanto no caso da CPFL os clientes estão mais dispersos, numa área de conces- são de aproximadamente 180 mil quilômetros quadrados. “Nos Es- tados Unidos, os dados ‘pulam’ de um medidor para outro até o ponto concentrador, de onde são transmitidos”, explica Paulo Bombassaro, diretor de Engenha- ria da CPFL. “Aqui, 90% dos clientes são atendidos com tecno- logia Mesh e 10% com GPRS (transmissão de dados usando re- de celular)”. O GPRS provê a co- nexão em clientes mais distan- tes. Dos 26,5 mil consumidores do Grupo A, cerca de três mil não podem ser atendidos com nenhu- ma das duas tecnologias, seja por questões técnicas ou de custos. “Os projetos serão feitos caso a caso”, diz o diretor de Engenha- ria da CPFL. Ainda dentro dos investimen- tos de modernização da rede, a companhia inaugurou em maio um centro de despacho para aten- dimento de todas as solicitações de clientes. As ordens de serviço são enviadas eletronicamente, via sinal de celular ou satélite, às equipes de campo, dotadas de ta- blets. Em julho do ano passado, a CPFL já havia inaugurado um centro de operações, voltado pa- ra o controle do sistema elétrico. Desde 2010, a companhia ins- talou cerca de 4,8 mil equipamen- tos (chaves) telecomandados, via GPRS, que possibilitam mano- bras remotas na rede, tais como o isolamento de trechos com defei- to e o restabelecimento automáti- co do fornecimento de energia. Até o fim do ano, aCPFLadiciona- rá à rede 640 novos religadores, com tecnologia Mesh, que vão se somar a outros 45 instalados no ano passado. A modernização permitirá à companhia disputar novos mercados. “Com a rede Mesh, vamos poder oferecer ou- tros serviços, como por exemplo a telegestão de iluminação públi- ca”, justifica Bombassaro. O esforço da CPFL para au- mentar a eficiência das opera- ções inclui ainda a “primariza- ção” — desde 1º de maio — de 139 equipes de serviços técnicos e co- merciais, num total de quase 300 colaboradores. As equipes de atendimento emergenciais já eram próprias, assim como as dos call centers da companhia energética. Medição automatizada para grandes clientes Editora: Flavia Galembeck flaviag@brasileconomico.com.br EMPRESAS Rodrigo Carro rodrigo.carro@brasileconomico.com.br NÚMEROS ▲ Divulgação CPFL investe R$ 67 milhões em sistema de leitura e faturamento para consumidores de alta e média tensão, responsáveis por 40% da receita do seu negócio de distribuição R$250mi Éototalaproximadoorçadopela CPFLparaoseuprojetode modernizaçãodaredeedas operaçõesdacompanhia. 139 Foiototaldeequipesdeserviços técnicosecomerciais “primarizadas”pelaempresaem maio.Essasequipessomamum totalaproximadode300 colaboradores. Aempresaabsorveurecentementecolaboradoresterceirizadosquefaziampartedasequipesdecamponasáreastécnicaecomercial Ainda dentro dos investimentos de modernização da rede, a companhia inaugurou em maio um centro de despacho para atendimento de todas as solicitações de clientes 12 Brasil Econômico Quinta-feira, 2 de julho, 2015
  13. Negócio com a GE nos EUA é bloqueado Ogoverno dos EUAdecidiubloquearoprocessode compra,pela Electrolux,da divisão de eletrodomésticos da GeneralElectric (GE), anunciadaem setembrode 2014,novalor de US$ 3,3 bilhões.Segundo LeslieOverton, vice-procurador geral assistente nos EUA, a operação podeprejudicar osconsumidores “deixandomilhões de americanos vulneráveisa aumentode preçosem produtos importantes”. Bloomberg BartekSadowski/Bloomberg A Toyota informou ontem que Ju- lie Hamp, diretora de Comunica- ção e primeira mulher a ocupar um alto cargo executivo na em- presa, renunciou depois de ter si- do presa no mês passado por sus- peita de importação ilegal do analgésico oxicodona no Japão. Cidadã americana, Julie deixa a Toyota cerca de um mês após ter se mudado para Tóquio para assu- miro posto deexecutivadecomu- nicação da montadora japonesa. A nomeação dela foi parte de um esforço da companhia para diver- sificar sua equipe de executivos, majoritariamente masculina. Em comunicado curto, a Toyo- ta disse que aceitou a renúncia de Julie após considerar as preo- cupações e os inconvenientes que os acontecimentos causa- ram. Julie foi presa em 18 de ju- nho, após autoridades aduanei- ras encontrarem comprimidos de oxicodona em um pacote en- viado a ela dos Estados Unidos. De acordo com a polícia, Julie ale- gou que não achava ter importa- do uma substância ilegal. Ela segue sob custódia da polí- cia. Como ainda terá de ser pro- cessada, pode seguir detida por até 20 dias após a prisão, de acor- do com a lei japonesa. Esse prazo termina em 8 de julho. Aoxicodo- na é um analgésico potente e com grande potencial de causar de- pendência. O medicamento é vendido somente com prescrição médica nos Estados Unidos e no Japão. Para que um cidadão possa entrar no Japão com o produto é necessária aprovação prévia do governo local. Julie trabalhava desde 2012 na subsidiária americana da Toyota eem abril passoua comandar adi- visão de comunicação da monta- dora. Reuters Executiva deixa a Toyota após ser presa ELECTROLUX TECNOLOGIA APLICADA AO RISCO E A GESTÃO DO TRANSPORTE DO BRASIL S.A. CNPJ/MF: 13.877.690/0001-03 Ativo 2014 2013 Circulante 6.638.991 4.951.645 Caixa e equivalentes de caixa 1.090.155 2.784.015 Clientes 1.043.994 77.508 Adiantamentos a fornecedores 460.409 132.450 Créditos de funcionários 187.931 145.341 Créditos com pessoas ligadas 1.630.202 – Impostos e contribuições a recuperar 2.226.300 1.773.894 Despesa antecipada – 38.437 Não Circulante 1.692.882 2.247.712 Depósitos e cauções 36.625 36.625 IR e CS diferidos 1.506.257 2.061.087 Títulos de capitalização 150.000 150.000 884.524 1.518.703 Imobilizado 684.256 1.224.405 Intangível 200.268 294.298 Total do Ativo 9.216.397 8.718.060 Passivo 2014 2013 Circulante 5.417.170 5.645.104 Impostos, taxas e CS a recolher 1.192.463 734.474 Salários e encargos sociais a pagar 419.376 450.447 Fornecedores 265.431 115.307 Financiamentos e empréstimos financeiros 2.287.863 3.354.161 Provisão para férias 1.252.037 990.714 Não Circulante – 1.809.897 Financiamentos e empréstimos financeiros – 1.809.897 Patrimônio Líquido: 3.799.227 1.263.059 Capital social 3.741.748 3.741.748 Reserva legal 57.479 – Prejuízos acumulados – (2.478.689) Total do Passivo 9.216.397 8.718.060 2014 2013 Receita Bruta de Vendas 41.313.032 36.152.079 DeduçõesdaReceitaBruta: Impostosincidentessobrevendas (5.890.198) (5.156.447) Receita Líquida de Vendas 35.422.834 30.995.632 Custo dos Produtos Vendidos (22.661.517) (20.587.345) Lucro Bruto 12.761.317 10.408.287 Receitas (Despesas) Operacionais: Administrativas e gerais (6.632.123) (5.132.070) Tributárias (12.436) (7.847) Depreciação/Amortização (229.187) (185.516) Receitas financeiras 40.522 52.196 Despesas financeiras (524.519) (1.256.504) Outras Receitas/Despesas 35.932 79.017 Lucro (Prejuízo) antes do IR e da CS 5.439.506 3.957.563 Imposto de renda e contribuição social (1.811.244) (1.317.287) Lucro Líquido do Exercício 3.628.262 2.640.276 Lucro por ação integralizada 0,97 0,71 Fluxo de caixa das atividades operacionais 2014 2013 Lucro líquido (prejuízo) do exercício 3.628.262 2.640.276 Depreciação e amortização 693.954 725.508 Imposto de renda e contribuição social diferidos – 402.386 4.322.216 3.768.170 Variações nos ativos e passivos operacionais Aumento/redução no contas a receber de clientes (966.486) 253.633 Aumento/redução nos impostos e contribuições a recuperar (452.406) 655.336 Aumento de depósitos e cauções – (1.000) Aumento de impostos, contribuições e taxas a recolher 457.989 108.768 Aumento/redução de fornecedores 150.124 (319.348) Redução de outras contas a pagar – (1.926.728) Aumento/redução de adiantamento de fornecedores (327.959) 462.725 Aumento/redução de outros ativos circulantes 550.677 30.654 Aumento de outros passivos circulantes 230.252 11.033 (357.809) (724.928) Disponibilidades líquidas aplicadas nas atividades operacionais (357.809) (724.928) Fluxo de caixa das atividades de investimento Investimento no imobilizado/intangível (59.775) (49.051) (59.775) (49.051) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Aumento de capital – 10.000 Pagamento de empréstimos, financiamentos e mútuos (4.506.398) (2.653.963) Distribuição de dividendos (1.092.094) – (5.598.492) (2.643.963) Redução (aumento) de caixa e equivalentes de caixa (1.693.860) 350.228 Caixa e equivalentes de caixa no início do período 2.784.015 2.433.787 Caixa e equivalentes de caixa no final do período 1.090.155 2.784.015 (1.693.860) 350.228 Capital social Capital sociala integralizar Reserva legal Prejuízos acumu- lados Total Saldoem31/12/2012 733.449 (10.000) – (5.118.965) (4.395.515) Aumentodecapital noperíodo 3.008.298 10.000 – – 3.018.298 Lucrolíquidodoexercício – – – 2.640.276 2.640.276 Saldoem31/12/2013 3.741.748 – – (2.478.689) 1.263.059 Distribuiçãodedividendos conformeAGO – – – (1.092.094) (1.092.094) Lucrolíquidodoexercício – – – 3.628.262 3.628.262 Constituiçãode reservalegal – – 57.479 (57.479) – Saldoem31/12/2014 3.741.748 – 57.479 – 3.799.227 1.Contextooperacional:ATecnologiaAplicadaaoRiscoeaGestãodoTransporte doBrasilS.A.-TARGETBRASILfoiconstituídaem06/05/2008comsedenaCidade eEstadodoRiodeJaneiro,etemporobjetoaprestaçãodeserviçosrelacionadosà análiseegestãoderiscoesistemaassociadosaotrânsito,aotransporte,àgestãode frota e segurança viária, consultoria de projeto, prospecção, operação, documentação, capacitação, educação e gerenciamento de equipamentos e infraestrutura. 2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras: A divulgação das demonstrações financeiras foi autorizada pela diretoria em 30/04/15. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo comaspráticascontábeisadotadasnoBrasil,consubstanciadasnaResoluçãoCFC nº 1.329/11 - NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, incluindoospronunciamentos,orientaçõeseinterpretaçõesemitidaspeloComitêde Pronunciamentos Contábeis (CPC) e Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O processo de elaboração das demonstrações financeiras envolveautilizaçãodeestimativascontábeis.Essasestimativasforambaseadasem fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Estimativas e premissas são utilizadas na seleção de vida útil do ativo imobilizado e naanálisedesuarecuperabilidade,naanálisedoriscodecréditoparadeterminação da provisão para créditos de liquidação duvidosa sobre as contas a receber, assim como na análise de risco para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. Os ativos e passivos são classificados como circulante quando sua provável realização ou liquidação ocorra nos próximos doze meses.Caso contrário, são demonstrados como não circulantes. 3. Resumo das principais práticas contábeis: a) Instrumentos financeiros: A Sociedade reconhece os ativos financeiros não derivativos na data de negociação na qual se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. No final do exercício, a Sociedade apresentava os seguintes ativos financeiros não derivativos: contas a receber, impostosecontribuiçõesarecuperareativosfinanceirosregistradospelovalorjusto por meio de resultado. Da mesma forma, também apresentava os seguintes passivos financeiros não derivativos: fornecedores, financiamentos, impostos e contribuições a pagar e contas a pagar.Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. A Sociedade não apresentava em 31/12/14 e de 2013 saldos com instrumentos finaceirosderivativos.b)Apuraçãodoresultado:Oresultadoéapuradodeacordo com o regime de competência, além de considerar os rendimentos, os encargos e os efeitos de acordo com os índices e taxas oficiais sobre os ativos e passivos ao valor de realização, quando aplicável. c) Caixa e equivalentes de caixa: Compreende o saldo dos numerários em caixa, conta-corrente e as aplicações financeiras de liquidez imediata, com baixo risco de variação no valor de mercado, registrados ao custo, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. 8.Imobilizado: Custo Máquinase equipamentos Móveise utensílios Equipamentos decomunicação Veículos Equipamentos deinformática Benfeitorias Adianta- mentos Total Em01/01/2013 143.350 369.080 5.810 1.360.499 1.086.085 269.283 – 3.234.108 Adições – 40.989 – 9.246 11.579 – – 61.814 Em31/12/2013 143.350 410.069 5.810 1.369.745 1.097.664 269.283 – 3.295.921 Depreciaçãoacumulada:Em01/01/2013 (32.529) (69.164) (2.614) (648.255) (468.819) (220.392) – (1.441.773) Depreciaçãoanual (14.903) (74.774) (1.162) (272.410) (217.603) (48.892) – (629.744) Em31/12/2013 (47.432) (143.938) (3.776) (920.664) (686.422) (269.283) – (2.071.516) Custo:Em01/01/2014 143.350 410.069 5.810 1.369.745 1.097.664 269.283 – 3.295.921 Adições – 59.775 – – – – – 59.775 Em31/12/2014 143.350 469.844 5.810 1.369.745 1.097.664 269.283 – 3.355.696 Depreciaçãoacumulada:Em01/01/2014 (47.432) (143.938) (3.776) (920.664) (686.422) (269.283) – (2.071.516) Depreciaçãoanual (14.335) (90.946) (1.162) (273.949) (219.533) – – (599.924) Em31/12/2014 (61.767) (234.884) (4.938) (1.194.613) (905.955) (269.283) – (2.671.441) Valorcontábil:Em01/01/2014 95.918 266.131 2.034 449.080 411.242 – – 1.224.405 Em31/12/2014 81.583 234.960 872 175.132 191.709 – – 684.256 9. Intangível: Custo Software Marcas e Patentes Total Em 01/01/2013 482.910 4.200 487.110 Adições 7.782 – 7.782 Baixas (20.545) – (20.545) Em 31/12/2013 470.147 4.200 474.347 Amortização acumulada Em 01/01/2013 (84.285) – (84.285) Amortização anual (95.764) – (95.764) Em 31/12/2013 (180.049) – (180.049) Valor contábil Em 01/01/2013 398.625 – 402.825 Em 31/12/2013 290.098 – 294.298 Custo Em 01/01/2014 470.147 4.200 474.347 Em 31/12/2014 470.147 4.200 474.347 Amortização acumulada Em 01/01/2014 (180.049) – (180.049) Amortização anual (94.029) – (94.029) Em 31/12/2014 (274.078) – (274.078) Valor contábil Em 01/01/2014 290.098 4.200 294.298 Em 31/12/2014 196.069 4.200 200.269 10. Empréstimos financeiros: Vencimento 2014 2013 Banco Bradesco S.A. (a) 2015 2.287. 863 5.045.576 Bradesco Administradora de Consórcios S.A. 2014 – 118.482 Bradesco Leasing S.A. 2013 – – 2.287.863 5.164.058 Circulante (2.287.863) (3.354.161) Não circulante – 1.809.897 Vencimento 2014 – 3.354.161 Vencimento 2015 2.287.863 1.809.897 Total 2.287.863 5.164.058 (a)Osempréstimosforamcontratadoscomafinalidadedeaumentarocapitaldegiro, aplicação no desenvolvimento de novos projetos, visando a criação de novos produtosparaentradadenovosnegóciosnaempresaecomgastosembenfeitorias doescritório.Osaldoatualizadoporjurostemvencimentosaté04/2015. 11.Provisõesecontingênciastrabalhistas:ACia.configuracomoreclamadaem ações trabalhistas onde, respeitando o rito processual, contesta ou contestará as demandas através dos recursos pertinentes, os quais, quando aplicáveis, são amparadas por depósitos judiciais. Referidos processos são oriundos, substancialmente,dereclamatóriaspromovidasporex-funcionários.Amparadapela opiniãodeseusconsultoreslegaisexternose,também,porcontadafaseprocessual das ações, a Administração da Cia. decidiu por não registrar provisão AosAdministradoresdaTecnologiaAplicadaaoRiscoeaGestãodoTransporte do Brasil S.A. - TARGET BRASIL - Rio de Janeiro/RJ - Examinamos as demonstrações financeiras da Tecnologia Aplicada ao Risco e a Gestão do Transporte do Brasil S.A. - TARGET BRASIL, que compreendem o balanço patrimonialem31/12/14easrespectivasdemonstraçõesdoresultado,dasmutações dopatrimôniolíquidoedosfluxosdecaixa,paraoexercíciofindoem31/12/14,assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras: A administração da Sociedade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeisadotadasnoBrasilparapequenasemédiasempresas-Pronunciamento TécnicoCPCPME-ContabilidadeparaPequenaseMédiasEmpresas,assimcomo pelos controles internos que ela determinou como necessário para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobreessasdemonstraçõesfinanceirascombaseemnossaauditoria,conduzidade acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requeremocumprimentodeexigênciaséticaspelosauditoresequeaauditoriaseja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstraçõesfinanceirasestãolivresdedistorçãorelevante.Umaauditoriaenvolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Sociedade para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Sociedade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeirastomadasemconjunto.Acreditamosqueaevidênciadeauditoriaobtidaé suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Base para Opinião sem Ressalva:Emnossaopinião,asdemonstraçõesfinanceirasanteriormentereferidas apresentamadequadamente,emtodososaspectosrelevantes,aposiçãopatrimonial efinanceiradaTecnologiaAplicadaaoRiscoeaGestãodoTransportedoBrasilS.A. -TARGETBRASIL,em31/12/14,odesempenhodesuasoperaçõeseosseusfluxos de caixa, para o exercício findo em 31/12/14, de acordo com as práticas contábeis adotadasnoBrasilaplicáveisparapequenasemédiasempresas.OutrosAssuntos: Asdemonstraçõesfinanceirasdoexercíciofindoem31/12/2013,apresentadaspara fins de comparabilidade, foram por nós examinadas, e nosso relatório datado de 06/05/14 não conteve ressalva.11/05/2015. KBRG Auditores e Consultores - CRCRJ005333/O-0.PauloBuzziFilho-Contador-CRC-RJ-nº071138/O-5. Javier E. Maciel Diretor-Presidente Andres Hernan Navarro Diretor Operacional Raimundo Marcos Silva Roldan CRC/RJ 082.456/O-8 d)Contasareceber:Estãoapresentadospeloseuvalorefetivo,nãosendoaplicável oajusteavalorpresente,poisorecebimentocomoregrageraldá-seemcurtoprazo, e deduzido da provisão para crédito de liquidação duvidosa que é calculada com base nas perdas estimadas e seu montante é considerado suficiente pela Administração para fazer face a eventuais perdas na realização desses créditos. e) Imobilizado: O imobilizado está demonstrado ao custo de aquisição, deduzido dasdepreciações.Adepreciaçãoécalculadapelométodolinear,utilizando-setaxas que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens. f) Intangível: Ativos intangíveis são reconhecidos pelo custo de aquisição e deduzidos da amortização acumulada.g)Avaliaçãoderecuperaçãodeativos-imobilizadoeintangível:Os bens do imobilizado e do intangível são avaliados anualmente para identificar evidências de perdas não recuperáveis utilizando o contexto de indícios internos e externos que interfiram na recuperação desses ativos.Nos exercícios de 2013 e de 2012 não foram necessários ajustes a esses ativos. h) IR e CS: O IR e a CS são apurados com base no lucro real, de acordo com a legislação vigente, às alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$240.000,00milparaIRe9%sobreolucrotributávelparaCSsobreolucrolíquido. i)Outrosativosepassivos:Umativoéreconhecidonobalançoquandoforprovável queseusbenefícioseconômicosfuturosserãogeradosemfavordaSociedadeeseu custo ou valor puder ser mensurado com segurança.Um passivo é reconhecido no balanço quando a Sociedade possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requeridoparaliquidá-lo.Asprovisõessãoregistradastendocomobaseasmelhores estimativasdoriscoenvolvido. 4. Caixa e equivalentes de caixa: Descrição 31/12/2014 31/12/2013 Caixa 1.571 1.890 Contas-correntes bancárias (1.831) 163.728 Aplicações financeiras 1.090.415 2.618.397 1.090.155 2.784.015 O saldo bancário está livre e desembaraçado não havendo acordos para manutenção de saldos médios. 5. Contas a receber: O montante a receber em 31/12/2014 e 2013 é de R$ 1.043.994 e R$ 77.508, respectivamente, corresponde aosserviçosprestadosaosclientesnomercadointerno.Alémdisso,aadministração da Companhia não constituiu provisão para devedores duvidosos em função das expectativasderecebimentosnasuatotalidade. 6. Impostos e contribuições a compensar e a recuperar: Descrição 31/12/2014 31/12/2013 Saldo negativo de imposto de renda 468.495 680.407 Saldo negativo de contribuição social 132.737 132.737 INSS 5.902 5.902 Imposto de renda sobre aplicações financeiras 2.891 2.891 PIS 44.699 31.474 COFINS 206.037 145.123 Impostos retidos na fonte 1.256.884 775.360 2.117.645 1.773.894 7. IR e CS diferida: Foram revisados e reconhecidos em 31/12/2014 e 2013 diferimentosdoIRsobreprejuízosfiscaisedaCSsobreabasedecálculonegativa: Prejuízofiscalebasedecálculonegativa IRPJ diferido CSLL diferida Ano calendário 2010 3.102.384 775.596 279.215 Ano calendário 2011 443.398 110.849 39.906 Ano calendário 2012 2.516.239 629.060 226.462 Total 6.062.022 1.515.505 545.582 A constituição dos saldos foi com base na expectativa dos administradores da Sociedade gerar lucros tributáveis futuros, para os quais foram elaborados fluxos de caixadescontados,conformeabaixo:FluxodeCaixaDescontado:Lucrotributável futuro: 2015: 3.000.862; 2016: 4.010.228; 2017: 5.780.874; 2018: 7.749.646; 2019: 8.524.611. para as contingências trabalhistas, apenas registrando em nota o quadro resumo destas, por interpretação do Pronunciamento Técnico 25 do CPC, como segue: Demandastrabalhistasem31dedezembrode2014 Processo Valor Causa Resultado Provisão % 1 de 11 30.000,00 Possível desfavorável 15.000,00 50 2 de 11 50.000,00 Possível desfavorável 25.000,00 50 5 de 11 35.000,00 Possível desfavorável 17.500,00 50 7 de 11 29.000,00 Possível desfavorável 14.500,00 50 8 de 11 30.000,00 Possível desfavorável 15.000,00 50 10 de 11 29.000,00 Possível desfavorável 14.500,00 50 11 de 11 30.000,00 Possível desfavorável 15.000,00 50 Total a ser possível 116.500,00 12. Capital social: Em 31/12/2014, o capital social da companhia é de R$ 3.741.747,77, representado por 3.741.747 ações, das quais 1.870.873 ordinárias e 1.870.874sãopreferenciais,todasnominativas,comvalornominaldeR$1,00cada uma,todasemitidaseintegralizadas. Segue abaixo o quadro acionário: Acionista Nº de Ações Subscritas Espécie Valor Nominal (R$) % do Capital Kilness 1.870.874 Preferencial 1,00 50% Target Américas 785.766 Ordinária 1,00 21% Compass Consultoria 785.767 Ordinária 1,00 21% AHN Consultoria 299.340 Ordinária 1,00 8% Total 3.741.747 – – 100% 13.Outras informações:Os registros contábeis e as operações estão sujeitos aos exames das autoridades fiscais e a eventuais notificações para recolhimentos adicionaisdeimpostos,taxasecontribuiçõesduranteprazosprescricionaisvariáveis, consoanteàlegislaçãoaplicável. Quinta-feira, 2 de julho, 2015 Brasil Econômico 13
  14. Estávamos em 60% do mercado total defrios e embutidos. No momento em que retornam essas quatro categorias, voltamos aatuaremmais 23%, chegando, portanto, a83%” Fabio Miranda Diretor de Marketing da Perdigão ■ AntesdafusãocomaSadia, formandoaBRF,aPerdigãoatuava em22categorias; ■ Apósafusão,oCadesuspendeu osprodutosdaPerdigãoemnove categorias; ■ Hoje,aPerdigãopossui23%de marketshareemtodasasáreasdo mercadodefrioseembutidosem queatua; ■ Depoisdavoltadascategoriasde presunto,apresuntado,linguiça defumadaecortessuínos,neste ano,seráavezdoretornoàs categoriassalame(em2016),e lasanha,carnessaudáveiscomo peitodeperu,pizzacongelada, quibeealmôndegas(em2017); ■ ABRFplanejainvestirR$1,8 bilhãoatéofinaldoano; ■ OsetordealimentosfaturouR$ 9,7bilhõesem2013.Noano passado,areceitadosetorfoide R$11,8bilhões. “ Ao mesmo tempo em que traz de voltaao mercado produtos dasca- tegorias presunto, apresuntado, linguiça defumada e cortes suí- nos da Perdigão, aBRF planejaex- pandir a presença da marca per- nambucana em regiões no exte- rior em que já atua. Atualmente, a Perdigão está no Oriente Médio e na África com o nome de Per- dix. “Estamos analisando expan- di-la para todas as regiões em que a BRF está presente”, disse o dire- tor-nacional de Vendas do grupo, Rafael Ivanisk. A empresa anunciou ontem a volta de quatro das nove catego- rias de produtos da Perdigão que estavam suspensas há três anos, apósaprovaçãopeloConselhoAd- ministrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão da companhia com a Sadia, como medida toma- da pelo regulador para equilibrar o mercado. Antes da fusão, a Perdi- gão atuava em 22 categorias. Voltam às gôndolas presunto, apresuntado e linguiça defuma- da. No final do ano será a vez dos produtos-símbolo do Natal —ten- der, pernil, paleta e lombo — re- tornarem. SegundoosexecutivosdaPerdi- gão, o posicionamento de marca será semelhante ao utilizado antes da interrupção das vendas, com produtos com preços mais baixos do que os encontrados na marca Sadia. “Pretendemos tornar nosso portfólio mais acessível ao consu- midor”,disse Ivanisk.As noveca- tegoriassuspensaspeloCaderepre- sentamjuntas40% do mercado de frios e embutidos. “Estávamos em 60%domercado.Comesseslança- mentos, voltamos a atuar em 83% do mercado”, ressaltou o diretor de Marketing da marca Perdigão, Fabio Miranda. A Perdigão possui, atualmente, 23% de market share em todas as áreasdomercadodefrioseembuti- dos em que atua — atrás apenas da Sadia.Em2016,retornaráàcatego- ria de salame e, em 2017, será a vez de lasanha, peito de peru, pizza congelada, quibe e almôndega. Desdeoiníciodoano,aBRFtra- balha no relançamento da marca Perdigão. Para isso, parte dos R$ 1,8bilhãoeminvestimentosprevis- tosparaesteanovaijustamentepa- ra as campanhas dos produtos da marca e para a readequação das li- nhas de produção, já que os itens possuem diferenças de formula- ção e processo, na comparação com a irmã Sadia. “A Perdigão faz parte do dia a dia do brasileiro. Continuamos a ser ‘Top of Mind’ nas categorias em que estávamos alienados, co- mo presunto e linguiça (...)A volta das categorias representa um re- lançamentodamarcacomoumto- do, já que estávamos menos pre- sentesnamídia”,destacouageren- te de Marketing da Perdigão, An- drea Dietrich. Segundo ela, a contratação do casal Angélica e Luciano Huck co- mogarotos-propagandaeopatro- cínio ao “Big Brother” reforçam a importância da marca para a BRF. “Temosumplano decomunicação completo. Posso dizer que é o maiorinvestimentoemcomunica- çãodamarcanosúltimosanos.Va- mostertambémembalagensrefor- muladas”, completou. A empresa não divulga qual é o crescimentodevendasprevistopa- ra a BRF com a volta dos produtos da Perdigão. Os executivos dizem apenas que a retomada será peça fundamental para uma expansão “robusta” da companhia em 2015, mesmocomumcenárioeconômi- comais difícil.“Osetordealimen- tos tem grande potencial. Subiu de R$ 9,7 bilhões de faturamento, em 2013, para R$ 11,8 bilhões no ano passado.Éummercadoestimulan- te,masconcorrido, porissopreci- samossemprederenovação”,des- tacou Ivanisk. JBScompraunidade de suínosda CargillnosEUA A empresa de alimentos JBS in- formou ontem a compra da uni- dade de suínos da Cargill nos Es- tados Unidos por US$ 1,45 bi- lhão, livre de dívidas. Em fato re- levante, a companhia brasileira informou que o valor será pago à vista e em dinheiro. EMPRESAS Gabriela Murno gmurno@brasileconomico.com.br A volta às gôndolas de mais produtos da Perdigão ▲ Divulgação PONTO-A-PONTO AndreaDietrich:“Avoltarepresentaumrelançamentodamarca” Enquanto isso, a BRF — dona também da Sadia — planeja expansão da marca pernambucana no mercado externo A BRF não divulga qual é o crescimento de vendas previsto. Os executivos dizem apenas que a retomada será peça fundamental para uma expansão “robusta” da companhia em 2015 14 Brasil Econômico Quinta-feira, 2 de julho, 2015
  15. F ico muito irritada quando o governo coloca nas costas do consumidor a culpa pelo preço da energia e diz que é preciso economizar mais. É óbvio que as pessoas já estão economizando, até porque, o aumento da conta foi uma facada nas costas. Agora, não venham dizer que estamos pagando mais pela bandeira tarifária porque o consumo está alto e é preciso utilizar as termelétricas. Estamos pagando mais por causa da ineficiência do Estado de gerar energia. E quem cuida da energia, há pelo menos 12 anos, é a própria presidenta Dilma. Nem pode terceirizar esta responsabilidade. QUEM CUIDA DA ENERGIA DO BRASIL? Algo que me irritou muito foi um anúncio feito pela Agência Nacio- nal de Energia Elétrica (Aneel) e pela Associação Brasileira de Dis- tribuidores de Energia Elétrica (Abradee), que, felizmente, já saiu do ar. Na propaganda, o texto interpretado pela atriz Taís Araú- jo,diziaqueasbandastarifáriasfo- ram criadas para avisar ao consu- midor quando era preciso econo- mizar. Como assim? As bandeiras tarifárias indicam que a produção de energia está baixa e, por causa disso, será necessário comprar energia das termelétricas, não tem nada a ver com o uso. E por que a produção de ener- gia está baixa? O governo vai res- ponder que é porque não choveu nas cabeceiras dos rios e, portan- to, as hidrelétricas estão com ní- veis muito abaixo do necessário. E como o consumidor poderia fazer para chover mais e melhorar o ní- vel dos reservatórios? Mesmo se não usássemos nenhuma energia, os reservatórios continuarão bai- xos. Portanto, o consumidor não tem culpa de a bandeira tarifária estar sempre vermelha e nada po- de fazerparaela voltara serverde. Aliás, se o consumidor pudes- se fazer alguma coisa, faria, por- que a invenção das bandeiras foi uma forma de o governo repassar um custo que ele deveria absor- ver.Ogoverno estáseaproveitan- do deste fator para aumentar a ta- rifa das bandeiras. Somente nos três primeiros meses deste ano, a cobrança adicional por conta das bandeiras tarifárias chegou a R$ 600 milhões. E como o consumi- dornão pode fazer nada para seli- vrar deste novo imposto que aca- bou incorporado à tarifa, a conta poderá ser aumentada a qualquer momento, basta o governo au- mentar o valor. Como já o fez. Ao anunciar as bandeiras, o valor pa- ra a vermelha era de R$ 3 para ca- da 100kW/h. O Governo, então, aumentouparaR$5amaisporca- da 100kW/h para a bandeira ver- melha, e R$ 2,50 por 100kW/h, se for amarela. E,aindaporcima,levamos ou- tro tranco financeiro, desta vez do governo estadual, porque os 27% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e os 9% de PIS/Cofins são calculados em ci- madovalortotaldacontadeener- gia, incluindo a nova cobrança das bandeiras. Quer dizer, o con- sumidor está pagando a mais e os governos, federal e estadual, es- tão se aproveitando da falta de chuva no lugar certo, para engor- darem seus cofres. Até porque a demanda de energia caiu. E não só porque o consumidor está econo- mizando, mas porque o país está em recessão, produzindo menos, inclusive produtos de alto gasto energético, como aço. O gasto é menor, mas o governo ganha mais com a conta de luz. O governo culpa a seca, e só se esqueceu de combinar com São Pedro onde ia chover. Era melhor contratar um pajé para Ministro deMinaseEnergia,pelomenosse- riaalguémcommaisconhecimen- todanatureza.Masnemeraneces- sário contratar um adivinho. É só olhar para os estudos que confir- mamoaquecimentoglobaleodes- matamento da Amazônia para sa- ber que não dá para contar com os rios para sempre, principalmente porque estamosassoreando e ma- tando as nascentes. Ao invés de passar anos discu- tindo o impacto ambiental e im- pondo ahidrelétrica de Belo Mon- teàspopulaçõesribeirinhas, ogo- verno federal poderia ter investi- do mais em energia eólica no Nor- deste, por exemplo, e feito linhas de transmissão suficientes para que as energias alternativas não utilizadas se somassem à rede elé- trica. Este é o caso do parque de Osório, no Rio Grande do Sul, que não utiliza todaaenergiaproduzi- da e poderia transferir à rede. E já que a própria presidenta era a mãe do PAC, poderia ter jun- tado à construção das casas o uso de placas solares, o que traria di- versosresultados.Omoradoreco- nomizarianacontadeenergiaelé- tricaeteriaáguaquente;oquenão fosse utilizado de energia poderia serdevolvidoparaaredeeissoesti- mularia os empresários na área de energia solar a investirem, já que teriam uma demanda garantida. No longo prazo, diminuiria o valor inicial de implantação da energia solar, o que seria um benefício pa- ra toda a população que optasse por utilizar esta forma de energia alternativa. Agora, a presidenta diz, em um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que vai erradicar o desmatamen- to ilegal até 2030. Não está fazen- do mais do que a obrigação, se é ilegal.O duro deouvir éque vaile- var 15 anos para cumprir a lei. Aliás, a gente tem tudo para fazer o melhor, mas vive na lanterni- nha. Fomos os primeiros a ter um biocombustível como o etanol, primazia elogiada no mundo to- do. O que fizemos? Acabamos com o projeto do etanol e os car- ros flex só estão rodando a gasoli- na. Por outro lado, a presidenta manteve o valor dos combustí- veis mais baixos do que no merca- do internacional, o que ajudou a quebrar a Petrobras. Temos a maior mata atlântica do mundo, e o que estamos fazendo? Esta- mosdesmatandoparaoagronegó- cio e para a criação extensiva de bois, o que foi aplaudido pela pre- sidenta. No outro lado do mundo, a China, que nunca teve sol e chu- va como nós, dos trópicos, está ganhando, de lavada, no uso da energia solar. O país quer produ- zir dois gigawatts a cada dois me- sescom energia solar.Esta é ame- ta brasileira, para um ano, mas em 2023. Quem é mesmo que cui- da da energia no Brasil? EditoriadeArte Coluna publicada às quintas-feiras CLIENTE & CIA. NADJA SAMPAIO nadja.sampaio@brasileconomico.com.br Somente nos três primeiros meses deste ano, a cobrança adicional por conta das bandeiras tarifárias chegou a R$ 600 milhões. A conta poderá ser aumentada a qualquer momento Quinta-feira, 2 de julho, 2015 Brasil Econômico 15
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