O documento resume o manejo de ostras e vieiras no Laboratório de Moluscos Marinhos da UFSC, incluindo: (1) fornecimento e manejo de sementes de ostras, (2) manejo de juvenis e adultos de ostras, e (3) manejo de pré-sementes e sementes de vieiras.
1. "Produção e manejo de formas jovens
de ostras e vieiras
no Laboratório de Moluscos Marinhos - UFSC “
X Seminário Estadual de Maricultura
Biol. MARISA BERCHT, Msc
SETEMBRO 2012
3. FORNECIMENTO DE SEMENTES DE C. GIGAS
TAMANHO DE SEMENTE
PEQUENA
Retidas na peneira de malha de 1,5
Entregues pelo LMM - Barra da Lagoa
GRANDE
Retidas nas peneiras com malha acima de 2
Entregues pelo LMM - Sambaqui
Sementes que foram para o mar
setembro 2012
4. MANEJO DE SEMENTES DE C. GIGAS
Distribuição das sementes por estrutura de cultivo
Caixas flutuantes
Densidade (quantidade de sementes)=
100mL de sementes por quadrado (40 x 40 cm)
No caso da caixa ser de 4 quadrados (0,80 X 0,80 m)
400mL de sementes ~120.000 sementes
Lanternas berçários
Densidade : 100mL /piso
setembro 2012
5. MANEJO DE SEMENTES DE C. GIGAS
PENEIRAMENTO DAS SEMENTES
Empilhar de 2 a 3 peneiras de malhas acima do último
tamanho em que foi peneirado
PORQUE PENEIRAR
Separar as maiores das menores
Quantificar as mortas e retirá-las da estrutura de cultivo
Retirar as espécies invasoras (Lithophaga,
polidira,hidrozoários,Cliona ...
Reduzir a densidade criando mais espaço para o setembro 2012
crescimento
6. MANEJO DE SEMENTES DE C. GIGAS
Quantificação das sementes
Transferir as sementes de cada tamanho em separado Tamanho da
semente
Tamanho da
amostra
para provetas ou béqueres graduados (mm) (mL)
1 1
1,5 1
Para realizar amostragens e contagens de sementes 2 2
3 5
em proceder a: 4 5
5 10
6 10
1- Retirar 3 amostras da semente em volumes 7 15
segundo a 8 15
9 20
2- contar individualmente cada amostra ;
3- Transformar os resultados para sementes / mL e
calcular a média ;
4- Se os tres valores apresentarem muita variação –
nos níveis de desvio maiores que 20 %, ampliar as
amostras para 5
setembro 2012
7. MANEJO DE SEMENTES DE C. GIGAS
Quantificação das
sementes
PORQUE QUANTIFICAR?
1.Acompanhar o andamento da sua produção verificando o
crescimento
2. Para dividir as quantidades produzidas nas
lanternas ou berçários.
setembro 2012
8. MANEJO DE SEMENTES DE C. GIGAS
***PENEIRAMENTO DAS SEMENTES***
FREQUENCIA A CADA 10 DIAS
LAVAÇÃO DAS CAIXAS
FREQUENCIA SEMANAL
(com pressão de água)
AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS
SEMENTES NOS QUADRADOS
Se ocuparem toda a superfície da malha do quadrado -
proceder ao peneiramento
Se estiverem com crescimento homogêneo –
apenas repicar 50% para outro quadrado vazio.
Caso o crescimento seja heterogêneo –
separar por tamanho. setembro 2012
9. MANEJO DE JUVENIS E ADULTOS DE C. GIGAS
Tamanho da semente Volume por andar
Tipo de lanterna Lavação e Manutenção
(cm) (mL)
repicagem(dias) (dias)
Berçário inicial ( 30 dias) 1a3 200 15 30
Berçário final 1a3 400 15 45
(40 dias)
Intermediárias 3a6 2000 30 60 a 90
(malha 1,5 cm)
Definitiva 1 6 a 12 1000 60 60 a 120
(malha 2,5 cm)
Definitiva 2 > 12 cm 20 ostras 60 60 a 120
(malha 5 cm)
REPICAGEM
Quando a densidade em uma etapa estiver com sobreposição de indivíduos →
então, reduzir à metade ( colocando em outra estrutura nova idêntica)
setembro 2012
10. MANEJO DE JUVENIS E ADULTOS DE C. GIGAS
Seleção manual por tamanho
Limpeza das incrustações
**Não retornar estruturas sujas para o mar
Se retirou as ostras, trocar para uma estrutura limpa
**Lavar as estruturas que saíram da água a cada dia e
colocar para secar
O que se quer ?
Crescimento - reduzir a densidade
Breve comercialização – a densidade pode ser mais alta
setembro 2012
11. MANEJO DE ADULTOS DE C. GIGAS
MORTALIDADE DE VERÃO - MMV
Uma combinação complexa entre:
parâmetros ambientais,
uma base genética
e a relação com o estresse energético durante períodos de desova
RECOMENDAÇÕES
- manejo sempre cuidadoso desde a fase de semente;
- manutenção precisa das densidades;
-comercialização antes do período crítico de máxima
temperatura (SC final de janeiro e março) para animais já
em tamanho comercial (de 90 a 100 mm de altura).;
setembro 2012
12. MANEJO DE ADULTOS DE C. GIGAS
MORTALIDADE DE VERÃO MMV
- comercialização com tamanho inferior a 90 mm ;
- adoção de técnicas de processamento industrial;
- planejamento dos períodos de colocação de sementes no
mar;
- buscar acompanhamento da pluviosidade e formas de
colocar as estruturas de cultivo fora da camada de água
superficial.
16. Transferência das PRÉ SEMENTES para o
mar
LMM (embalagem)
TRANSPORTE EM VEÍCULO
TRANSFERÊNCIA PARA O BARCO
COLOCAÇÃO NO SISTEMA DE CULTIVO
17. MANEJO DE PRÉ-SEMENTES DE N. NODOSUS
TRANSPORTE SEMPRE EM MEIO LÍQUIDO OU UMEDECIDO
agosto 2012
18. MANEJO DE PRÉ-SEMENTES DE N. NODOSUS
TRANSFERÊNCIA DAS PRÉ-SEMENTES PARA O MAR
agosto 2012
19. MANEJO DE PRÉ-SEMENTES DE N. NODOSUS
DESTACAMENTO DAS SEMENTES DOS COLETORES
BERÇÁRIO 1
30 a 50 dias de cultivo
no mar
agosto 2012
20. MANEJO DE PRÉ-SEMENTES DE N. NODOSUS
PENEIRAMNETO DAS SEMENTES DESTACADAS DOS
COLETORES
0,4mm 0,6mm 0,8mm
BERÇÁRIO 1
30 a 50 dias de cultivo no mar
agosto 2012
21. MANEJO DE N. NODOSUS
CRESCIMENTO
BERÇÁRIO 1
de 30 a 50 dias de cultivo no mar
agosto 2012
22. TEMPERATURA ÓTIMA
19 - 27 C
ENGORDA TEMPERATURA LETAL 29,8ºC
ETAPA SALINIDADE ÓTIMA
ACIMA DE 29 PSU
BERÇARIO 2 ALTA MORTALIDADE ABAIXO DE 25
PSU
LANTERNAS OU CAIXAS
DISPOSTAS EM SISTEMA DE LONG LINE
FREQUÊNCIA DE
MANEJO TIPO DE MANEJO
MENSAL PENEIRAMENTO
DENSIDADE
50% DE OCUPAÇÃO DO
PISO DA LANTERNA OU
CAIXA
24. TEMPERATURA ÓTIMA
ENGORDA 23 - 27 C
TEMPERATURA LETAL 29,8ºC
SALINIDADE ÓTIMA
ACIMA DE 29 PSU
LANTERNAS DEFINITIVAS
DISPOSTAS EM SISTEMA DE ALTA MORTALIDADE ABAIXO DE 25 PSU
LONG LINE
DENSIDADE
FREQUÊNCIA DE MANEJO
50% DE OCUPAÇÃO DO PISO DA
3 A 4 MESES LANTERNA
26. COLHEITA
SANTA CATARINA
FOTO : VIEIRAS DE PORTO BELO
Tamanho mínimo comercial (músculo de 6g) (6,4 cm)
a 3 m de profundidade - a partir de 8 meses de cultivo
a 10 m de profundidade - a partir de 12 meses de cultivo
Tamanho comercial ótimo (músculo de 10g) (7 cm)
a 3 m de profundidade - a partir de 12 meses de cultivo
28. QUANTIDADE MÉDIA DE PRÉ-SEMENTES POR COLETOR POR SAFRA
MD PS/COL
4500
PS/COL 4137,4
4000
3500
3000
2571,6
2500
2170
2050,5
1948
2000
1438
1500
1000
500
0
2005 06 2006 07 2007 08 2008 09 2009 10 2010 11
SAFRA
média
2011 2012 ps/col 1584,0 1240,0
29. QTDE DE PRÉ-SEMENTES/COLETOR E RECUPERADAS (%) EM
SAMBAQUI, POR LARVICULTURA E ÉPOCA DO ANO
3500 SAFRA 2011 2012
3000 2883,67
2763,6
2520,3
QTDE PS / COL
2500
2167,3
1930,2 média ps/col
2000 QTDE MÉDIA DE PS/COL
1584
1500
DP = 1240
1000
500 317
41 48,2
0
LN 107 LN 108 LN 109 LN 110 LN 111 LN 112 LN 113 LN 114 LARVICULTURA
160
% DE RECUPERAÇÃO NO MAR
% 138
140
117,3
120
97,3
100
85,1
80
58,1
60 50,7
40
20
0
0 MES
nov dez março março abril maio só exp junho
30. QUANTIDADE ANUAL DE PRODUTORES
DE VIEIRA
60
54
50 NUMERO DE
50 PRODUTORES
40
30 25
20
20 17
12
8 9
10
0
2004 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
31. PERSPECTIVAS FUTURAS DO LMM
- ASSENTAMENTO REMOTO
- SISTEMA CONTÍNUO DE PRODUÇÃO
MICROALGAS
OSTRAS
MARISCOS
VIEIRAS
- EM SISTEMA FECHADO