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Introdução à Linguística
Letras – IFSP - Avaré
Profª Maria Glalcy Fequetia Dalcim
mariaglalcy@gmail.com
maria.dalcim@ifsp.edu.br
https://lingualem.wordpress.com
BARROS, D.P. A comunicação humana. In:
FIORIN, J. L. (org). Introdução à linguística
– objetos teóricos. 6ª ed., São Paulo:
Contexto, 2015.
Língua como instrumento de comunicação
 Uma das funções da linguagem é a comunicação
 Saussure – Língua é fundamentalmente um instrumento de comunicação.
 Exame da comunicação: Roman Jakobson e Bertil Malmberg
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Representação mais detalhada – Ignácio Assis Silva
(1972)
 O termo Código é utilizado em lugar de língua – para que haja comunicação,
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usuário.
 O estudo da comunicação está relacionada com a questão da variedade de
funções da linguagem.
Representação mais detalhada – Ignácio Assis Silva
(1972)
Funções da Linguagem
Jakobson – retoma o esquema triádico de Bühler – função
expressiva, função apelativa e função representativa – e
acrescenta mais três: função fática, metalinguística e
função poética.
Emotiva
(centrada no
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Referencial
(centrada no contexto ou referente)
Conativa
(centrada no
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Poética
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Fática
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Metalinguística
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Funções da Linguagem – Função Referencial
 As mensagens não têm apenas uma função – mas várias ou mesmo
todas, hierarquizadas, ou seja, há em cada texto, uma função
dominante.
 Função Referencial
 3ª pessoa
 Qualidades objetivas e concretas
 Emprego de nomes próprios e de estratégias argumentativas lógicas
 Fenômenos extralinguísticos de Malmberg
 Experiências comunicadas de Assis Silva
Funções da Linguagem – Função Emotiva
Função Emotiva ou Expressiva
 1ª pessoa
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eu acho, eu considero...
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Funções da Linguagem – Função Conativa
Função Conativa ou Apelativa
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 Vocativo
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Funções da Linguagem – Função Fática
Função Fática
 Procedimentos prosódicos de pontuação da fala para
manter o contato físico e/ou psicológico entre os
interlocutores, para verificar se há contato ou não.
 “Sustentar” o diálogo
 Jakobson – 1ª função da linguagem que os homens usam
(conversas de bebê)
Funções da Linguagem – Função Metalinguística
Função Metalinguística
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 Verbos de existência da significação (significar, ter o
sentido de)
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 Plano de expressão – reiteração de sons – traços dos fonemas,
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 Duas rupturas:
a) Relação ao plano da expressão – em vez de expressar
“transparentemente”o conteúdo, chama a atenção enquanto
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b) Dois eixos de organização da linguagem – paradigmático
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 Os efeitos de sentido de ruptura da “normalidade” – novidade e
estesia.
Funções da Linguagem
 “Em síntese, as principais contribuições de Jakobson para o estudo da
comunicação foram: a introdução das questões de variação linguística
no modelo de comunicação, por meio de códigos e subcódigos e de
suas intersecções na relação entre remetente e destinatário; o
reconhecimento de que os homens se comunicam com diferentes fins,
tendo em vista a variedade de funções da linguagem que ocorrem no
processo de comunicação, e de que essas funções predominantes ou
não; o exame das funções metalinguísticas e, principalmente, poética,
que contribui fortemente para o estudo dos textos poéticos na
perspectiva dos estudos da linguagem.” (p.41)
 “(...) não examina adequadamente as relações sócio-históricas e
ideológicas da comunicação, e praticamente não trata da reciprocidade
característica da comunicação humana.
Modelo linear e modelo circular da comunicação:
interação verbal
 Reciprocidade e circularidade – característica da comunicação humana.
 B. Bateson, E. Hall e E. Goffman – modelo circular.
 Teoria da Nova Comunicação – feedback, retroação e realimentação –
sistema interacional.
 Bakhtin (1981)- estudo da interação ou do diálogo entre interlocutores
– interação verbal é a realidade fundamental da linguagem.
 Percursores do dialogismo
 Sociologia da Comunicação – Goffman (1967 e 1973) – procedimentos
de preservação da “face” na comunicação.
Modelo linear e modelo circular da comunicação:
interação verbal
 Cinco aspectos merecem destaque no exame da comunicação como
interação:
1. No processo de comunicação, os falantes se constroem e constroem
juntos o texto;
2. A questão das imagens e simulacros que os interlocutores constroem
na interação;
3. O caráter contratual ou polêmico da comunicação;
4. Ao considerar a relação entre comunicação e interação não é mais
possível colocar a mensagem apenas no plano dos significantes ou da
expressão.
5. A questão do alargamento da circulação do dizer na sociedade.
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
 Caráter demasiadamente mecanicista dos modelos de comunicação – não
levam em consideração a inserção sócio-histórica e ideológica dos sujeitos
envolvidos na comunicação.
 Dois aspectos de observação:
1. Competência modal dos sujeitos
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 Greimas (1979 e 1990 – comunicação – atividades humanas desenvollvem-
se em dois eixos :
1. Eixo da produção ou da ação do homem sobre as coisas
2. Eixo da comunicação ou da ação do homem sobre outros homens
 A comunicação entre os sujeitos ocorre mediante objetos de valor
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
 A comunicação entre os sujeitos ocorre mediante objetos de valor (os
discursos ou textos-mensagens) – “sujeitos competentes”;
 Emissor (Destinador)
 Receptor (Destinatário)
 Qualidades que permitam a comunicação:
1. Modal – o querer, dever, saber, poder
2. Semântica - valores, projetos
 Fazer-saber – fazer-crer – fazer-fazer – fazer emissivo – fazer persuasivo
(destinador)
 Adquirir-saber – interpretar – fazer-receptivo – fazer-interpretativo
(destinatário)
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
 Nenhuma comunicação é neutra ou ingênua – valores ideológicos.
Duas questões de destaque:
1. Relação entre língua (enquanto sistema linguístico) e ideologia
2. Níveis de determinação ideológica do discurso
 Bakhtin (1981) “ o discurso reflete as mais imperceptíveis alterações da
existência social” – na língua as modificações se processam lentamente.
 Fiorin (1988) – a língua é determinada pelas condições sociais / goza de
certa autonomia em relação às formações sociais – separa “discurso” de
“fala”.
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
 “Os discursos são as combinações de elementos linguísticos usados
pelos falantes com o propósito de exprimir seus pensamentos, de falar
ao mundo exterior ou de seu mundo interior, de agir sobre o mundo. A
fala é a exteriorização psicofísico-fisiológica do discurso.”
 Nível da Sintaxe do Discurso – processos de estruturação
 Nível da Semântica Discursiva – preenchimento da organização
sintática com conteúdos, organizando-os em dois tipos:
a) Discursos temáticos – tratam os conteúdos de forma mais abstrata.
b) Discursos figurativos – concretizam sensorialmente os conteúdos
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A comunicação humana - Introdução à Linguística

  • 1. Introdução à Linguística Letras – IFSP - Avaré Profª Maria Glalcy Fequetia Dalcim mariaglalcy@gmail.com maria.dalcim@ifsp.edu.br https://lingualem.wordpress.com
  • 2. BARROS, D.P. A comunicação humana. In: FIORIN, J. L. (org). Introdução à linguística – objetos teóricos. 6ª ed., São Paulo: Contexto, 2015.
  • 3. Língua como instrumento de comunicação  Uma das funções da linguagem é a comunicação  Saussure – Língua é fundamentalmente um instrumento de comunicação.  Exame da comunicação: Roman Jakobson e Bertil Malmberg
  • 4. O modelo de comunicação da teoria da informação  Teoria da Informação – anos 1950  Solucionar problemas também de outra ordem – telecomunicações  Esquema de comunicação de Claude. F. Shannon
  • 5. O modelo de comunicação da teoria da informação  Antes da transmissão – operações de codificação  Entre recepção e destino – operações de decodificação  Ruídos – psicológicos, culturais, código, falta de conhecimento, etc.  Três dificuldades: 1. Simplificação excessiva da comunicação. 2. Modelo linear de comunicação 3. Caráter mecanicista do modelo.
  • 6. Simplificação e “complementação”: as propostas de B. Malmberg e R. Jakobson  Completar ou ampliar – comunicação verbal – “caixas” acrescentadas ou excluídas.  Malmberg (1969)  Representação do código como um conjunto de elementos discretos – os signos – guardados no cérebro  Relação de atualização das unidades linguísticas – entre o código e o emissor  Relação de estimulação – universo dos fenômenos extralinguísticos, contínuos – e o emissor  Diferentes fases na codificação e decodificação.
  • 7. Esquema de B. Malmberg
  • 8. Esquema de Jakobson Há um remetente que envia uma mensagem a um destinatário; Requer um contexto (ou “referente”) a que se refere; Requer um código, total ou parcialmente comum a ambos;  Um contato – canal físico e um conexão psicológica ente o remetente e o destinatário.
  • 9. Representação mais detalhada – Ignácio Assis Silva (1972)  O termo Código é utilizado em lugar de língua – para que haja comunicação, dever ser parcialmente ou totalmente comum ao remetente e ao destinatário.  Os Subcódigos introduzem no esquema da comunicação a questão da variação linguística – códigos diferentes impedem a comunicação.  Valoração dos diferentes códigos e subcódigos e da visão que o usuário tem da sua língua e das variantes que usa – mais ou menos prestigiosas pelo usuário.  O estudo da comunicação está relacionada com a questão da variedade de funções da linguagem.
  • 10. Representação mais detalhada – Ignácio Assis Silva (1972)
  • 11. Funções da Linguagem Jakobson – retoma o esquema triádico de Bühler – função expressiva, função apelativa e função representativa – e acrescenta mais três: função fática, metalinguística e função poética. Emotiva (centrada no remetente) Referencial (centrada no contexto ou referente) Conativa (centrada no destinatário) Poética (centrada na mensagem) Fática (centrada no contato) Metalinguística (centrada no código)
  • 12. Funções da Linguagem – Função Referencial  As mensagens não têm apenas uma função – mas várias ou mesmo todas, hierarquizadas, ou seja, há em cada texto, uma função dominante.  Função Referencial  3ª pessoa  Qualidades objetivas e concretas  Emprego de nomes próprios e de estratégias argumentativas lógicas  Fenômenos extralinguísticos de Malmberg  Experiências comunicadas de Assis Silva
  • 13. Funções da Linguagem – Função Emotiva Função Emotiva ou Expressiva  1ª pessoa  Qualidades subjetivas  Emprego de modalizadores relacionados com o saber – eu acho, eu considero...  Verbos de “sentimento”
  • 14. Funções da Linguagem – Função Conativa Função Conativa ou Apelativa  2ª pessoa  Imperativo  Vocativo  Modalização deôntica (dever)  Estruturas de perguntas e respostas
  • 15. Funções da Linguagem – Função Fática Função Fática  Procedimentos prosódicos de pontuação da fala para manter o contato físico e/ou psicológico entre os interlocutores, para verificar se há contato ou não.  “Sustentar” o diálogo  Jakobson – 1ª função da linguagem que os homens usam (conversas de bebê)
  • 16. Funções da Linguagem – Função Metalinguística Função Metalinguística  Verbos de existência (ser, parecer)  Verbos de existência da significação (significar, ter o sentido de)  Presente do indicativo  Linguagem que fala de linguagem – efeito de circularidade – linguagem que define outra linguagem.
  • 17. Funções da Linguagem – Função Poética  Função Poética  Plano de expressão – reiteração de sons – traços dos fonemas, sílabas, ritmos, entoações, etc.)  Duas rupturas: a) Relação ao plano da expressão – em vez de expressar “transparentemente”o conteúdo, chama a atenção enquanto expressão “opaca” – sonoridade, ritmo, entoação. b) Dois eixos de organização da linguagem – paradigmático (similaridades) e sintagmático (contiguidades)  Os efeitos de sentido de ruptura da “normalidade” – novidade e estesia.
  • 18. Funções da Linguagem  “Em síntese, as principais contribuições de Jakobson para o estudo da comunicação foram: a introdução das questões de variação linguística no modelo de comunicação, por meio de códigos e subcódigos e de suas intersecções na relação entre remetente e destinatário; o reconhecimento de que os homens se comunicam com diferentes fins, tendo em vista a variedade de funções da linguagem que ocorrem no processo de comunicação, e de que essas funções predominantes ou não; o exame das funções metalinguísticas e, principalmente, poética, que contribui fortemente para o estudo dos textos poéticos na perspectiva dos estudos da linguagem.” (p.41)  “(...) não examina adequadamente as relações sócio-históricas e ideológicas da comunicação, e praticamente não trata da reciprocidade característica da comunicação humana.
  • 19. Modelo linear e modelo circular da comunicação: interação verbal  Reciprocidade e circularidade – característica da comunicação humana.  B. Bateson, E. Hall e E. Goffman – modelo circular.  Teoria da Nova Comunicação – feedback, retroação e realimentação – sistema interacional.  Bakhtin (1981)- estudo da interação ou do diálogo entre interlocutores – interação verbal é a realidade fundamental da linguagem.  Percursores do dialogismo  Sociologia da Comunicação – Goffman (1967 e 1973) – procedimentos de preservação da “face” na comunicação.
  • 20. Modelo linear e modelo circular da comunicação: interação verbal  Cinco aspectos merecem destaque no exame da comunicação como interação: 1. No processo de comunicação, os falantes se constroem e constroem juntos o texto; 2. A questão das imagens e simulacros que os interlocutores constroem na interação; 3. O caráter contratual ou polêmico da comunicação; 4. Ao considerar a relação entre comunicação e interação não é mais possível colocar a mensagem apenas no plano dos significantes ou da expressão. 5. A questão do alargamento da circulação do dizer na sociedade.
  • 21. Caráter mecanicista e caráter “humanizante das concepções de comunicação  Caráter demasiadamente mecanicista dos modelos de comunicação – não levam em consideração a inserção sócio-histórica e ideológica dos sujeitos envolvidos na comunicação.  Dois aspectos de observação: 1. Competência modal dos sujeitos 2. Formações ideológicas – competência semântica  Greimas (1979 e 1990 – comunicação – atividades humanas desenvollvem- se em dois eixos : 1. Eixo da produção ou da ação do homem sobre as coisas 2. Eixo da comunicação ou da ação do homem sobre outros homens  A comunicação entre os sujeitos ocorre mediante objetos de valor
  • 22. Caráter mecanicista e caráter “humanizante das concepções de comunicação  A comunicação entre os sujeitos ocorre mediante objetos de valor (os discursos ou textos-mensagens) – “sujeitos competentes”;  Emissor (Destinador)  Receptor (Destinatário)  Qualidades que permitam a comunicação: 1. Modal – o querer, dever, saber, poder 2. Semântica - valores, projetos  Fazer-saber – fazer-crer – fazer-fazer – fazer emissivo – fazer persuasivo (destinador)  Adquirir-saber – interpretar – fazer-receptivo – fazer-interpretativo (destinatário)
  • 23. Caráter mecanicista e caráter “humanizante das concepções de comunicação  Nenhuma comunicação é neutra ou ingênua – valores ideológicos. Duas questões de destaque: 1. Relação entre língua (enquanto sistema linguístico) e ideologia 2. Níveis de determinação ideológica do discurso  Bakhtin (1981) “ o discurso reflete as mais imperceptíveis alterações da existência social” – na língua as modificações se processam lentamente.  Fiorin (1988) – a língua é determinada pelas condições sociais / goza de certa autonomia em relação às formações sociais – separa “discurso” de “fala”.
  • 24. Caráter mecanicista e caráter “humanizante das concepções de comunicação  “Os discursos são as combinações de elementos linguísticos usados pelos falantes com o propósito de exprimir seus pensamentos, de falar ao mundo exterior ou de seu mundo interior, de agir sobre o mundo. A fala é a exteriorização psicofísico-fisiológica do discurso.”  Nível da Sintaxe do Discurso – processos de estruturação  Nível da Semântica Discursiva – preenchimento da organização sintática com conteúdos, organizando-os em dois tipos: a) Discursos temáticos – tratam os conteúdos de forma mais abstrata. b) Discursos figurativos – concretizam sensorialmente os conteúdos (formas, cores, sons, gestos, cheiros)