SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  15
Sintaxe
Profª Maria Glalcy Fequetia Dalcim
mariaglalcy@gmail.com
maria.dalcim@ifsp.edu.br
https://lingualem.wordpress.com
BERLINCK, R. A.; AUGUSTO, M.R.A.; SCHER, A.P.
Sintaxe. In :MUSSALIN, F.; BENTES, A. N.
Introdução à linguística: domínios e fronteiras.
São Paulo: Cortez, 2012.
BAGNO, M. Gramática pedagógica do
português brasileiro. São Paulo: Parábola
Editorial, 2011.
Sintaxe
 Do grego syntaxis (ordem, disposição), o termo remete à parte da
Gramática dedicada à descrição do modo como as palavras são
combinadas para compor sentenças, sendo essa descrição organizada
sob a forma de regras.
 É preciso ressaltar que nossas gramáticas se mostram, por vezes,
distantes da realidade linguística, porque seu objetivo não é, em geral,
descrever a língua em toda a sua complexidade. Elas pretendem
apresentar as regras que caracterizam uma das modalidades da língua
– a norma culta, ou seja, aquela variedade utilizada em contextos de
maior formalidade, que é principalmente escrita e que, na visão
tradicional, corresponde à manifestação mais “correta” da língua
Sintaxe
 Estatuto dos Estudos Sintáticos – História da Disciplina - John Ries
(1894) Was is Syntax?; Ferdinand Saussure, início do século XX; A
sintaxe se distingue claramente tanto da fonologia como da
morfologia pela unidade linguística que constitui seu foco de análise –
a sentença. Destaque para as duas grandes tendências de estudos –
Formalismo e Funcionalismo.
 A visão Formalista
 O estudo das características internas à língua, tais como a natureza de
seus constituintes e da relação entre eles, o seja, do aspecto formal da
língua, caracteriza a abordagem formalista de análise linguística.
Dedica-se a questões relacionadas à estrutura linguística, sem se voltar
especialmente para as relações entre a língua e o contexto (situação
comunicativa).
Sintaxe
 A visão formalista II
 Chomsky – programa de investigação da gramática gerativa – a língua
é um sistema de conhecimentos interiorizados na mente humana –
quatro questões principais:
a) no que consiste o sistema de conhecimentos do falante de uma
determinada língua em particular?
b) como se dá o desenvolvimento de tal sistema de conhecimentos na
mente do falante?
c) de que forma o falante utiliza tal sistema em situações discursivas
concretas?
d) que mecanismos físicos do cérebro do falante servem de base a tal
sistema de conhecimento?
Sintaxe
 A análise da ordem sob a perspectiva gerativista
 A ordem linear dos itens lexicais em uma sentença obedece a uma
competência do falante em organizar estruturalmente os constituintes
básicos que se distribuem pela sentença.
 Gramática Universal (GU) – o “estado inicial da faculdade da
linguagem (S₀) e a gramática do indivíduo constitui seu estado final,
firme e estável”- a competência é a gramática interiorizada do falante,
enquanto o desempenho designa o uso concreto que o falante faz
desse seu conhecimento internalizado.
Sintaxe
 A análise da ordem sob a perspectiva gerativista – II
 Modelo de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1981) – “estudo da
natureza e das propriedades exatas da Gramática Universal”,
preocupando-se principalmente em explicar as propriedades
específicas do conhecimento dos falantes (a competência), que
restringem por outro lado , as possibilidades de variação
translinguística. Para descrever a organização dos constituintes básicos
da sentença – a estrutura de constituintes – classificam-se os
elementos que a compõem em categorias sintagmáticas (sintagmas
verbal, nominal, flexional, complementizador).
Sintaxe
 A visão Funcionalista
 Vê a linguagem como um sistema não autônomo que nasce da
necessidade de comunicação entre os membros de uma comunidade,
que está sujeito às limitações impostas pela capacidade humana de
adquirir e processar o conhecimento e que está continuamente se
modificando para cumprir novas necessidades comunicativas.
 Halliday - “tenta-se explicar a natureza da linguagem, a usa
organização interna, em termos das funções que ela desenvolveu para
servir na vida do homem social”.
Sintaxe
 A análise da ordem sob a perspectiva funcionalista
 Assume a existência de alternativas de ordenação, sem atribuir-lhes
nenhum tipo de hierarquia. Concebe-se que os elementos
constitutivos da sentença podem ser ordenados segundo diversos
padrões, gramaticalmente equivalentes. Não há uma ordem primeira,
básica, mas sim a coexistência de várias construções.
 Hetzron (1975) – Construções Apresentativas – introdução de um novo
tópico no discurso com o termo referente a essa entidade no fim da
sentença. Henri Weil (1844) – dois componentes principais para a frase
– ponto de partida (ou noção inicial) e enunciação – estando na base
de várias dicotomias propostas posteriormente para explicar a
organização da sentença, tais como tema/rema, tópico/comentário,
dado/novo
Sintaxe
 A análise da ordem sob a perspectiva funcionalista – II
 Simon Dik (1981, 1989) – a oração possui uma estrutura abstrata
especificada em uma predicação – uma estrutura de predicado e os
termos previstos pela sua significação.
 As sequências de constituintes que se realizam nos enunciados são
determinadas pela interação de uma série de Princípios de Ordenação.
 No Domínio, esses princípios dizem respeito à organização da
informação.
Sintaxe
 A análise da ordem sob a perspectiva funcionalista – III
 O universo da análise é a língua em uso.
 Assume-se que são as condições e exigências do uso que moldam a
estrutura.
 Esta existe para cumprir funções, essencialmente comunicativas.
 Isso não nos impede de perceber como essa estrutura se compõe e
como seus elementos estão organizados, hierarquicamente.
 Mas o objetivo do pesquisador não será tanto descrever essa
organização interna, mas identificar de que modo a forma realiza suas
funções.
Sintaxe
 O filósofo americano Charles W. Morris – propôs num livro publicado
em 1938, três níveis de análise dos signos / símbolos:
1. A relação dos símbolos com outros símbolos
2. A relação dos símbolos com os objetos do mundo
3. A relação dos símbolos com as pessoas.
A cada uma dessas relações, ele atribui um nome:
1. Sintaxe
2. Semântica
3. Pragmática
Sintaxe
 “A tradição gramatical clássica, herdada dos gregos, se concentrou
basicamente na sintaxe, pincelando seus postulados com toques de
semântica (até porque é praticamente impossível desvincular as
palavras e as sentenças de seu significado). Essa composição, no
entanto, nunca foi coerente nem regular, e uma das críticas mais
frequentes à gramatica tradicional é precisamente sua instabilidade de
conceitos: ora do ponto de vista semântico, ora mesclando as duas
coisas. Por causa de sua origem nas investigações dos antigos
filósofos, a gramática tradicional se vale com grande frequência de
definições “metafísicas” que são, no fundo, semânticas, uma vez que
tentam demonstrar a relação das palavras com o mundo.” (BAGNO,
p.482, 2011)
Sintaxe
 “Numa linguística que se interessa pela língua como um fenômeno
especificamente humano e – inevitavelmente – social, cognitivo,
interacional, cultural, etc., o estudo da atividade verbal sob a ótica
tripla da sintaxe, da semântica e da pragmática é muito produtivo.”
 “Os funcionalistas, no entanto, levaram adiante a proposta pioneira de
Morrris e introduziram na análise o conceito importantíssimo de
discurso. O discurso é a língua em uso, a língua como atividade
sociocognitiva, intrinsecamente dialógica. Assim, a sintaxe, a semântica
e a pragmática se combinam precisamente para a produção do
discurso, que implica sempre, pelo menos, dois interlocutores, mesmo
que um deles seja virtual (...)” (BAGNO, p. 483, 2011)
Sintaxe

Contenu connexe

Tendances

Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Teorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - PragmáticaTeorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - PragmáticaFabricio Rocha
 
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
Parte 2   linguística geral saussure - apresentaçãoParte 2   linguística geral saussure - apresentação
Parte 2 linguística geral saussure - apresentaçãoMariana Correia
 
VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaElza Silveira
 
Língua port. ii sociolinguística
Língua port. ii   sociolinguísticaLíngua port. ii   sociolinguística
Língua port. ii sociolinguísticaAnyellen Mendanha
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eThiago Soares
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoPré Master
 
Fichamento analise do discurso, orlandi
Fichamento analise do discurso, orlandiFichamento analise do discurso, orlandi
Fichamento analise do discurso, orlandiNome Sobrenome
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012Mariana Correia
 

Tendances (20)

Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
 
Estruturalismo - Introdução à Linguística
Estruturalismo - Introdução à LinguísticaEstruturalismo - Introdução à Linguística
Estruturalismo - Introdução à Linguística
 
Slides sociolinguistica
Slides sociolinguisticaSlides sociolinguistica
Slides sociolinguistica
 
Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2
 
Teorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - PragmáticaTeorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - Pragmática
 
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
Parte 2   linguística geral saussure - apresentaçãoParte 2   linguística geral saussure - apresentação
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
 
VariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíSticaVariaçãO LinguíStica
VariaçãO LinguíStica
 
Língua port. ii sociolinguística
Língua port. ii   sociolinguísticaLíngua port. ii   sociolinguística
Língua port. ii sociolinguística
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática e
 
Lingua e fala
Lingua e falaLingua e fala
Lingua e fala
 
Gerativismo
GerativismoGerativismo
Gerativismo
 
Semântica pragmática
Semântica pragmáticaSemântica pragmática
Semântica pragmática
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E Texto
 
Fichamento analise do discurso, orlandi
Fichamento analise do discurso, orlandiFichamento analise do discurso, orlandi
Fichamento analise do discurso, orlandi
 
Língua e fala
Língua e falaLíngua e fala
Língua e fala
 
Fonética
FonéticaFonética
Fonética
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
 
Slide elaborado a construção do texto
Slide elaborado   a construção do textoSlide elaborado   a construção do texto
Slide elaborado a construção do texto
 
O que é texto
O que é textoO que é texto
O que é texto
 
Morfologia
MorfologiaMorfologia
Morfologia
 

Similaire à Sintaxe

Seminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobsonSeminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobsonFrancione Brito
 
3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdf
3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdf3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdf
3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdfPedroRocha944191
 
AULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptx
AULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptxAULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptx
AULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptxPAULOMOREIRA613632
 
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário HouaissDefinições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaissvinivs
 
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...Raquel Salcedo Gomes
 
Linguística como ciência
Linguística como ciênciaLinguística como ciência
Linguística como ciênciaAdventus Net
 
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti cslEsquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti cslEveline Sol
 
1 Funcionalismo linguístico explicação.pdf
1 Funcionalismo linguístico explicação.pdf1 Funcionalismo linguístico explicação.pdf
1 Funcionalismo linguístico explicação.pdfLuciane Lucyk
 
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAnálise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAmábile Piacentine
 
generos_textuais.ppt
generos_textuais.pptgeneros_textuais.ppt
generos_textuais.pptcaetano31
 
A ordem do expor em géneros académicos...
A ordem do expor em géneros académicos...A ordem do expor em géneros académicos...
A ordem do expor em géneros académicos...Marisa Paço
 

Similaire à Sintaxe (20)

Seminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobsonSeminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobson
 
3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdf
3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdf3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdf
3.2 Funcionalismo (Martelotta).pdf
 
AULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptx
AULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptxAULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptx
AULA2LinguagemLinguaLinguistica.pptx
 
morfologia
morfologiamorfologia
morfologia
 
Funcionalismo
FuncionalismoFuncionalismo
Funcionalismo
 
Analise do discurso
Analise do discursoAnalise do discurso
Analise do discurso
 
Introdução à Linguística
Introdução à LinguísticaIntrodução à Linguística
Introdução à Linguística
 
Conceitos de Gramática.pptx
Conceitos de Gramática.pptxConceitos de Gramática.pptx
Conceitos de Gramática.pptx
 
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário HouaissDefinições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
Definições de linguística e semiótica pelo Dicionário Houaiss
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
 
Fonética maira
Fonética   mairaFonética   maira
Fonética maira
 
Fonética maira
Fonética   mairaFonética   maira
Fonética maira
 
Linguística como ciência
Linguística como ciênciaLinguística como ciência
Linguística como ciência
 
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti cslEsquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
 
1 Funcionalismo linguístico explicação.pdf
1 Funcionalismo linguístico explicação.pdf1 Funcionalismo linguístico explicação.pdf
1 Funcionalismo linguístico explicação.pdf
 
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAnálise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
 
generos_textuais.ppt
generos_textuais.pptgeneros_textuais.ppt
generos_textuais.ppt
 
generos_textuais.ppt
generos_textuais.pptgeneros_textuais.ppt
generos_textuais.ppt
 
A ordem do expor em géneros académicos...
A ordem do expor em géneros académicos...A ordem do expor em géneros académicos...
A ordem do expor em géneros académicos...
 

Plus de Maria Glalcy Fequetia Dalcim

A comunicação humana - Introdução à Linguística
A comunicação humana - Introdução à LinguísticaA comunicação humana - Introdução à Linguística
A comunicação humana - Introdução à LinguísticaMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 
"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de Experiência
"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de Experiência"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de Experiência
"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de ExperiênciaMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas
Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas
Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas Maria Glalcy Fequetia Dalcim
 
II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ Assis
 II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ Assis II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ Assis
II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ AssisMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...
Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...
Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...Maria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Objetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - Repositórios
Objetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - RepositóriosObjetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - Repositórios
Objetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - RepositóriosMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Ambientes e ferramentas da internet incorporados às praticas
Ambientes e ferramentas da internet incorporados às praticasAmbientes e ferramentas da internet incorporados às praticas
Ambientes e ferramentas da internet incorporados às praticasMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 

Plus de Maria Glalcy Fequetia Dalcim (20)

Revisão - ENEM 2020 - PPT
Revisão - ENEM 2020 - PPTRevisão - ENEM 2020 - PPT
Revisão - ENEM 2020 - PPT
 
Revisão ENEM 2020 - PDF
Revisão ENEM 2020 - PDFRevisão ENEM 2020 - PDF
Revisão ENEM 2020 - PDF
 
Fonética fonologia
Fonética fonologiaFonética fonologia
Fonética fonologia
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
Simple Past - Review
Simple Past - ReviewSimple Past - Review
Simple Past - Review
 
Gerativismo
GerativismoGerativismo
Gerativismo
 
A comunicação humana - Introdução à Linguística
A comunicação humana - Introdução à LinguísticaA comunicação humana - Introdução à Linguística
A comunicação humana - Introdução à Linguística
 
Prepositions - IN / AT / ON
Prepositions - IN / AT / ONPrepositions - IN / AT / ON
Prepositions - IN / AT / ON
 
Review - Simple Present and Personal Pronouns
Review - Simple Present and Personal PronounsReview - Simple Present and Personal Pronouns
Review - Simple Present and Personal Pronouns
 
Aula 2 - Poetry in Exams
Aula 2 - Poetry in ExamsAula 2 - Poetry in Exams
Aula 2 - Poetry in Exams
 
Poetry in Exams - 1st Class - 3rd year
Poetry in Exams - 1st Class - 3rd yearPoetry in Exams - 1st Class - 3rd year
Poetry in Exams - 1st Class - 3rd year
 
Back to school 2017
Back to school 2017Back to school 2017
Back to school 2017
 
Apresentação JEALAV 2016_dalcim_hoyos_vieira
Apresentação JEALAV 2016_dalcim_hoyos_vieiraApresentação JEALAV 2016_dalcim_hoyos_vieira
Apresentação JEALAV 2016_dalcim_hoyos_vieira
 
Revisão- Inglês - Enem 2016
Revisão- Inglês - Enem 2016Revisão- Inglês - Enem 2016
Revisão- Inglês - Enem 2016
 
"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de Experiência
"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de Experiência"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de Experiência
"Oficina de Argumentação e Redação" - Relato de Experiência
 
Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas
Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas
Blended Learning: potencialidades no ensino e aprendizagem de línguas
 
II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ Assis
 II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ Assis II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ Assis
II Encontro de centros de linguas 2015 - Unesp/ Assis
 
Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...
Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...
Um estudo sobre o fenômeno da desistência em um curso de formação online para...
 
Objetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - Repositórios
Objetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - RepositóriosObjetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - Repositórios
Objetos de Aprendizagem - Objetos Educacionais - Repositórios
 
Ambientes e ferramentas da internet incorporados às praticas
Ambientes e ferramentas da internet incorporados às praticasAmbientes e ferramentas da internet incorporados às praticas
Ambientes e ferramentas da internet incorporados às praticas
 

Dernier

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 

Dernier (20)

PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 

Sintaxe

  • 1. Sintaxe Profª Maria Glalcy Fequetia Dalcim mariaglalcy@gmail.com maria.dalcim@ifsp.edu.br https://lingualem.wordpress.com
  • 2. BERLINCK, R. A.; AUGUSTO, M.R.A.; SCHER, A.P. Sintaxe. In :MUSSALIN, F.; BENTES, A. N. Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2012. BAGNO, M. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 2011.
  • 3. Sintaxe  Do grego syntaxis (ordem, disposição), o termo remete à parte da Gramática dedicada à descrição do modo como as palavras são combinadas para compor sentenças, sendo essa descrição organizada sob a forma de regras.  É preciso ressaltar que nossas gramáticas se mostram, por vezes, distantes da realidade linguística, porque seu objetivo não é, em geral, descrever a língua em toda a sua complexidade. Elas pretendem apresentar as regras que caracterizam uma das modalidades da língua – a norma culta, ou seja, aquela variedade utilizada em contextos de maior formalidade, que é principalmente escrita e que, na visão tradicional, corresponde à manifestação mais “correta” da língua
  • 4. Sintaxe  Estatuto dos Estudos Sintáticos – História da Disciplina - John Ries (1894) Was is Syntax?; Ferdinand Saussure, início do século XX; A sintaxe se distingue claramente tanto da fonologia como da morfologia pela unidade linguística que constitui seu foco de análise – a sentença. Destaque para as duas grandes tendências de estudos – Formalismo e Funcionalismo.  A visão Formalista  O estudo das características internas à língua, tais como a natureza de seus constituintes e da relação entre eles, o seja, do aspecto formal da língua, caracteriza a abordagem formalista de análise linguística. Dedica-se a questões relacionadas à estrutura linguística, sem se voltar especialmente para as relações entre a língua e o contexto (situação comunicativa).
  • 5. Sintaxe  A visão formalista II  Chomsky – programa de investigação da gramática gerativa – a língua é um sistema de conhecimentos interiorizados na mente humana – quatro questões principais: a) no que consiste o sistema de conhecimentos do falante de uma determinada língua em particular? b) como se dá o desenvolvimento de tal sistema de conhecimentos na mente do falante? c) de que forma o falante utiliza tal sistema em situações discursivas concretas? d) que mecanismos físicos do cérebro do falante servem de base a tal sistema de conhecimento?
  • 6. Sintaxe  A análise da ordem sob a perspectiva gerativista  A ordem linear dos itens lexicais em uma sentença obedece a uma competência do falante em organizar estruturalmente os constituintes básicos que se distribuem pela sentença.  Gramática Universal (GU) – o “estado inicial da faculdade da linguagem (S₀) e a gramática do indivíduo constitui seu estado final, firme e estável”- a competência é a gramática interiorizada do falante, enquanto o desempenho designa o uso concreto que o falante faz desse seu conhecimento internalizado.
  • 7. Sintaxe  A análise da ordem sob a perspectiva gerativista – II  Modelo de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1981) – “estudo da natureza e das propriedades exatas da Gramática Universal”, preocupando-se principalmente em explicar as propriedades específicas do conhecimento dos falantes (a competência), que restringem por outro lado , as possibilidades de variação translinguística. Para descrever a organização dos constituintes básicos da sentença – a estrutura de constituintes – classificam-se os elementos que a compõem em categorias sintagmáticas (sintagmas verbal, nominal, flexional, complementizador).
  • 8. Sintaxe  A visão Funcionalista  Vê a linguagem como um sistema não autônomo que nasce da necessidade de comunicação entre os membros de uma comunidade, que está sujeito às limitações impostas pela capacidade humana de adquirir e processar o conhecimento e que está continuamente se modificando para cumprir novas necessidades comunicativas.  Halliday - “tenta-se explicar a natureza da linguagem, a usa organização interna, em termos das funções que ela desenvolveu para servir na vida do homem social”.
  • 9. Sintaxe  A análise da ordem sob a perspectiva funcionalista  Assume a existência de alternativas de ordenação, sem atribuir-lhes nenhum tipo de hierarquia. Concebe-se que os elementos constitutivos da sentença podem ser ordenados segundo diversos padrões, gramaticalmente equivalentes. Não há uma ordem primeira, básica, mas sim a coexistência de várias construções.  Hetzron (1975) – Construções Apresentativas – introdução de um novo tópico no discurso com o termo referente a essa entidade no fim da sentença. Henri Weil (1844) – dois componentes principais para a frase – ponto de partida (ou noção inicial) e enunciação – estando na base de várias dicotomias propostas posteriormente para explicar a organização da sentença, tais como tema/rema, tópico/comentário, dado/novo
  • 10. Sintaxe  A análise da ordem sob a perspectiva funcionalista – II  Simon Dik (1981, 1989) – a oração possui uma estrutura abstrata especificada em uma predicação – uma estrutura de predicado e os termos previstos pela sua significação.  As sequências de constituintes que se realizam nos enunciados são determinadas pela interação de uma série de Princípios de Ordenação.  No Domínio, esses princípios dizem respeito à organização da informação.
  • 11. Sintaxe  A análise da ordem sob a perspectiva funcionalista – III  O universo da análise é a língua em uso.  Assume-se que são as condições e exigências do uso que moldam a estrutura.  Esta existe para cumprir funções, essencialmente comunicativas.  Isso não nos impede de perceber como essa estrutura se compõe e como seus elementos estão organizados, hierarquicamente.  Mas o objetivo do pesquisador não será tanto descrever essa organização interna, mas identificar de que modo a forma realiza suas funções.
  • 12. Sintaxe  O filósofo americano Charles W. Morris – propôs num livro publicado em 1938, três níveis de análise dos signos / símbolos: 1. A relação dos símbolos com outros símbolos 2. A relação dos símbolos com os objetos do mundo 3. A relação dos símbolos com as pessoas. A cada uma dessas relações, ele atribui um nome: 1. Sintaxe 2. Semântica 3. Pragmática
  • 13. Sintaxe  “A tradição gramatical clássica, herdada dos gregos, se concentrou basicamente na sintaxe, pincelando seus postulados com toques de semântica (até porque é praticamente impossível desvincular as palavras e as sentenças de seu significado). Essa composição, no entanto, nunca foi coerente nem regular, e uma das críticas mais frequentes à gramatica tradicional é precisamente sua instabilidade de conceitos: ora do ponto de vista semântico, ora mesclando as duas coisas. Por causa de sua origem nas investigações dos antigos filósofos, a gramática tradicional se vale com grande frequência de definições “metafísicas” que são, no fundo, semânticas, uma vez que tentam demonstrar a relação das palavras com o mundo.” (BAGNO, p.482, 2011)
  • 14. Sintaxe  “Numa linguística que se interessa pela língua como um fenômeno especificamente humano e – inevitavelmente – social, cognitivo, interacional, cultural, etc., o estudo da atividade verbal sob a ótica tripla da sintaxe, da semântica e da pragmática é muito produtivo.”  “Os funcionalistas, no entanto, levaram adiante a proposta pioneira de Morrris e introduziram na análise o conceito importantíssimo de discurso. O discurso é a língua em uso, a língua como atividade sociocognitiva, intrinsecamente dialógica. Assim, a sintaxe, a semântica e a pragmática se combinam precisamente para a produção do discurso, que implica sempre, pelo menos, dois interlocutores, mesmo que um deles seja virtual (...)” (BAGNO, p. 483, 2011)