Este documento discute a história da leitura popular da Bíblia nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) no Brasil. Em três frases:
1) Na América Latina nos anos 1960 e 1970, o compromisso político de muitos cristãos repercutiu na maneira de ler e interpretar a Bíblia, em resposta às ditaduras militares que violavam os direitos humanos.
2) O trabalho pioneiro do frei João José Pedreira de Castro na década de 1950 captou a necessidade de aproximar a Bíbl
1. CEBs - Informação e Formação para animadores 1
Lá vem o Trem das CEBs...
Formação e Informação para animadores
Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VI - Julho de 2010 - Nº 58
Foto: Bernadete Mota
CEBs do Estado de São Paulo realizam encontro de
Assessores na Diocese de São José dos Campos
Vem aí a barraca das CEBs :: Índice ::
Página 02 - Palavra do Assessor
na 21ª Festa nas Colinas
Foto: Maria Matsutacke
Página 03 - Identidade das CEBs
A Diocese de São José dos Campos se prepara para Página 04 - A Bíblia nos Interpela
a 21ª FESTA NAS COLINAS, que será realizada no dia
15 de agosto, domingo, das 9 às 21 horas, no pátio da Página 06 - Formação Paróquia como
Rede de Comunidades
Paróquia Coração de Jesus, no Bosque dos Eucaliptos,
Zona Sul de São José dos Campos. Página 07 - Memória da Caminhada
Página 08 - Aconteceu/Irá Acontecer
2. 2 CEBs - Informação e Formação para animadores
Palavra do Assessor
Foto: Bernadete Mota
Brasil Verde e Amarelo: Pão e Circo?
Estimado(a) animador(a) das copa e estou torcendo para que o estamos em época de eleições,
Comunidades, olá! Brasil conquiste o hexa, mas não algo que devemos nos preocupar
Estamos vivendo uma época de podemos nos deixar enganar com para que nosso voto consciente e
festa e emoções: a Copa do Mun- a história política e social que nos responsável seja uma “arma” para
do. Em todo lugar vemos verde e rodeia, que faz parte de nós. Na vencer toda injustiça e uma política
amarelo, e com razão. Nós, como Roma Antiga tivemos a expressão que gera morte, não defende bem e
povo brasileiro, somos festivo, “Pão e circo”, que levava o povo não promove o povo sobretudo os
alegre, otimista, pra frente... Aqui a ficar sem pensar e agir, confor- menos favorecidos. Vejo que, em
mesmo, aonde moro, no Campo mados com aquilo que a política se tratando de política e eleições,
dos Alemães e bairros vizinhos (em oferecia: o que comer e beber e nosso povo, de modo geral, não se
São José dos Campos) temos uma alegria demasiada. Este “pão e cir- interessa. É por isso que não culti-
população que faz muita festa. co” era (e é) para enganar o povo, vamos muito bem o potencial que
Ruas lotadas a qualquer hora do como se tudo estivesse bem, sem nosso País possui. Poucos mandam
dia, muitas crianças brincando e problemas, fazendo esquecer as e nos deixamos ser mandados por
pessoas conversando e passeando dificuldades ou conformar-se com estes poucos. Felicidades!
pelas ruas... E isso é muito bom! É elas. Muito há que vivermos e fa- Meu convite? Alegrar-nos sem- Pe. Ronildo
claro que aqui temos muitos traba- zermos para construir um País mais pre com a vida e ficarmos atentos Assessor Diocesano das CEBs
lhadores... justo e solidário. às necessidades reais do ser huma-
Estive vidrado na abertura da Chamo ainda a atenção, porque no.
Religiosidade Popular
Fotos: Bernadete Mota
“Nossa Mãezinha Aparecida”
Como explicar a fidelidade de tantas devoção acontece e se torna con-
romarias todos os anos de todos os creta nos cânticos conhecidos por
lugares deste nosso Brasil à cidade de todos: Maria de Nazaré., Viva a Mãe
Aparecida conhecida ainda por muita de Deus, Daí-nos a Benção... O padre
gente “Aparecida do Norte ”? animador vai conduzindo e entre um
Participamos de romarias há mui- cântico e outro reza-se a Ave Maria e
to tempo, a última dia 27 de abril se dão vivas. É uma resposta só, e to-
pelas CEBs. Logo após a a celebração dos numa só voz respondem “Viva”,
eucarística, resolvemos ir à Basílica mas não é um viva qualquer é um
antiga, e lá fomos pela passarela com VIVA que vem do coração quando ex-
aquele mundaréu de devotos de Nos- travasa todo aquele sentimento que
sa Senhora, várias pessoas de joelhos muitas vezes está represado aguar-
na passarela pagando suas promes- dando o momento de ser liberado. E
sas, e o que nos chamou a atenção lá vamos todos agora por outra por-
“ Nossa Mãezinha Aparecida “ é que a maioria eram jovens, o que ta, a da saída para sermos aspergidos
nos leva a crer que a devoção con- lizado e tecnologicamente intenso por dois seminaristas, a água benta
A devoção popular ou religiosida- em que vivemos, ainda percebemos
de popular, tem uma forte presença tinua muito forte, sendo assumida molha o corpo e lava a alma, percebe-
também pelas novas gerações. gestos simples, nas mãos maquetes se isto na reação das pessoas como
na nossa Igreja, desde o Brasil Colô- de casas, fotos da família, a reverên-
nia entrando pelo século XX, sobre- O respeito pelo sagrado permane- algo esperado e que completa a ca-
ce e o que nos chama a atenção até cia ao sagrado, tirar o chapéu como minhada. Finalmente lá vamos nós ,
viveu ao Concilio Vaticano II e agora gesto de saudação, permanecer por
em pleno século XXI, mantém-se viva para as coisas que no mundo globa- para fazer a viagem de retorno certos
longo tempo em filas imensas para da missão cumprida.
nas romarias, rezas de terço, novenas passar em frente à imagem e poder
para os santos padroeiros, tridos, la- Este jeito de expressar a fé, de-
dizer “Mãe estou aqui, obrigado por monstra o quanto é preciso que a
dainhas etc... Esta fé informal mistu- tudo” e nos olhos um choro inconti-
rada ao formal continua arraigada no Igreja olhe com mais carinho por todo
do revelam o quanto Nossa Senhora este povo que mantém viva a sua de-
meio do povo. se faz presente no coração de todos.
Queremos nos ater às romarias voção a Nossa Senhora e a seus San-
É emoção pura a visita à sala dos mi- tos padroeiros , nos grotões e perife-
em Aparecida, que vale uma reflexão lagres para constatar com os próprios
porque mexe com a cabeça da gente, rias deste nosso Brasil.
olhos quantos e quantas foram aten-
como se explica a visitação a este lu- didos em suas preces.
gar de milhares de pessoas de todas Luiz Marinho
Na Basílica Velha presenciamos Equipe de Comunicação
as camadas sociais, com forte predo- depois de entrarmos com muita di-
minância das pessoas mais pobres? das CEBs
ficuldade em seu interior, como esta
3. CEBs - Informação e Formação para animadores 3
Identidade das CEBs
Foto: Bernadete Mota
CEBs Justiça e Profecia na Cidade
construtora da Justiça e como voz pro- é pontual o protagonismo dos (as)
fética de denúncia a todo sistema que leigos (as), a formação dos discípulos
gera morte-exclusão e de anúncio do (as) missionários (as), a ministerialida-
Reino onde a ternura, a solidariedade, de, a vivência martirial, o ecumenis-
a inclusão, a defesa da vida e do meio mo, o compromisso do cuidado com a
ambiente são sinais do mundo que vida dos seres humanos e com todas
queremos e sonhamos. as formas de vida.
Fomos interpelados a planejar nos- As CEBs são redes de comunidades
sas ações com estratégias para que a que na escuta da Palavra de Deus, nas
nossa ação missionária seja eficaz. No relações mais fraternas, vão assumin-
caminhar do encontro aprofundamos do o compromisso de transformação
o Documento da CNBB sobre as CEBs da sociedade. Desafios não nos faltam
o qual reafirma que elas são dom para neste momento nos quais vivemos a
a Igreja no Brasil, sinal de esperança mudança de época, para tanto se faz
deste novo modo de ser Igreja. São mais do que necessário, que as CEBs
fermento de renovação em nossa so- inspiradas na vivência das primeiras
ciedade e sinal de vitalidade da Igreja. comunidades sejam ação evangeliza-
Nas CEBs, a fidelidade ao segui- dora no campo e na cidade.
Na ternura e na Profecia estivemos 19 e 20 de Junho de 2010, na Diocese mento a Jesus de Nazaré, a partilha da
reunidos e reunidas em 33 assessores de São José dos Campos. Eucaristia, a liturgia, a diaconia, a Pala- Pe. Felix Manoel dos Santos, fc
e assessoras de vários cantos do esta- Diante de tantos clamores e desa- vra de Deus são fundantes para o seu Liz Mari da Silva Marques
do de São Paulo, para o 2º. Encontro fios da cidade fomos convidados (as) a caminhar e seu compromisso na prá- Colegiada Estadual das CEBs
de Assessores (as) das CEBs nos dias refletir sobre a missão das CEBs como tica da Justiça e da profecia. Nas CEBs
Espaço do Animador
Fotos: Bernadete Mota
Festa do Jubileu de Prata da Paróquia Coração de Jesus - Bosque
Foi uma grande festa em que bingos e como sempre com grande evangelizando e construindo comu- rais e movimentos que se doaram a
toda a comunidade paroquial par- participação, sorteio de um auto- nidades”, muita gente compareceu, serviço da Igreja e na construção do
ticipou. Momento esperado por to- móvel Gol zero km e mais nove prê- ganhou de lembrança uma caneca Reino de Deus.
dos que se colocaram a serviço para mios, com a renda destinada para a registrando o Jubileu, bolo, refrige- A História continua a ser escrita
que tudo pudesse acontecer. Com o nossa Casa de Retiros. Shows, entre rante e por fim, assistiram a uma por estas e outras pessoas que ao
tema: “NO ANO SACERDOTAL, COM eles, Pe. Zezinho que nos visitou e linda queima de fogos. E, dia 19 de longo destes 25 anos transformaram
O CORAÇÃO DE JESUS, PROCLAMA- fez acontecer um belo momento de junho, aconteceu o baile de aniver- sonhos em gestos concretos e conti-
MOS O TEMPO DA GRAÇA EM NOS- evangelização, com seus cânticos sário no Luso Brasileiro aguardado nuarão sonhando e realizando. Que
SA PARÓQUIA”, aprofundado na tre- proféticos que nos levaram a fazer por todos e que sem dúvida coroou o Coração de Jesus continue aco-
zena tendo a participação de padres reflexão. Tivemos ainda a participa- este nosso Jubileu. lhendo a todos e abençoando nos-
que já serviram a esta comunidade ção de milhares de pessoas de várias Agradecemos aos Pe. Rogério sas famílias.
e de nossa região pastoral, também paróquias demonstrando muita ale- Felix e Pe. Alexsandro, e a todos os
contamos com a presença na aber- gria, o que nos deixou imensamente padres que contribuíram para que Luiz Marinho
tura de Dom Euzébio e no encerra- felizes. nossa comunidade do Coração Jesus Coordenador Paroquial
mento com Dom Moacir. No dia 16, missa em Ação de pudesse chegar até aqui, e a todos Paróquia Coração de Jesus
Tivemos quermesses, almoço, Graças pelo aniversário “25 anos os animadores e animadoras, pasto-
4. 4 CEBs - Informação e Formação para animadores
A Bíblia nos Interpela
Carlos Mesters
Francisco Orofino Formação: Leitura Popular da Bíblia
2ª PARTE: Na América Latina, nos anos 60 e 70, novada, através do uso da Bíblia na língua no meio dos pobres e surgiram as Comu-
UM POUCO DE HISTÓRIA o compromisso político de muitos cristãos vernácula, trouxe uma aproximação maior nidades Eclesiais de Base. De fato, naque-
repercutiu e continua repercutindo pro- da Bíblia com o povo. la situação de perseguição e de controle
Tudo isso que hoje está acontecen- fundamente na maneira de se ler e de se 2 - O trabalho pioneiro do biblista frei ideológico, as igrejas surgiram como um
do nas Comunidades Eclesiais de Base interpretar a Bíblia. A desumanidade das João José Pedreira de Castro, OFM. Na- possível espaço de articulação da oposi-
tem uma história vinda de longe. Muitos ditaduras militares, algumas delas feitas queles anos 50, ele captou os Sinais dos ção, onde se podia ainda trabalhar com
fatores contribuíram para que se chegas- com apoio velado de autoridades ecle- Tempos e sentiu a necessidade de provo- certa liberdade. Por isso mesmo, elas so-
se a esse tipo de leitura da Bíblia. Desta- siásticas ou em nome da assim chamada car uma aproximação maior entre a Bíblia freram e foram vítimas da repressão po-
caremos três fatores que não podem ser tradição cristã, provocou e despertou as e o povo. Em vista disso traduziu a Bíblia lítica. Basta lembrar os nomes de Dom
ignorados para se entender a atual con- pessoas mais conscientes para uma nova de Maredsous para o português, hoje com Helder Câmara, Dom Pedro Casaldáliga,
juntura. Há um quarto fator que não pode leitura da Bíblia em defesa da vida. Uma mais de 150 edições sucessivas, conhecida padre Henrique, Santo Dias, Margarida
ser avaliado nem verificado. Em seguida, leitura mais libertadora e mais ecumênica, como Bíblia da Ave Maria. Alves e tantas outras lideranças, religiosas
veremos as três etapas que marcaram e impedindo que a Palavra de Deus fosse 3 - O trabalho da LEB, Liga dos Estudos e leigas, perseguidas, presas, torturadas e
continuam marcando este processo histó- manipulada para legitimar a opressão e a Bíblicos. Seus membros chegaram a fazer assassinadas.
rico da leitura popular da Bíblia. exploração do povo. uma tradução da Bíblia diretamente dos A partir dessa necessidade de um
textos originais, atualmente publicadas trabalho pastoral mais respeitoso e mais
TRÊS FATORES 2. A renovação das Igrejas leva a um pela Editora Loyola. Os membros da capilar, foram surgindo em toda parte os
1. Uma nova maneira de se ver a reve- interesse renovado pela Bíblia LEB têm, além disso, o mérito de terem in- assim chamados Círculos Bíblicos. O méto-
lação de Deus e a Bíblia centivado a realização de semanas bíblicas do usado nos Círculos Bíblicos, como que
A partir do terremoto das duas guerras em todo canto. naturalmente, levava em, de um lado, a
As grandes mudanças produzidas na mundiais, 1914 a 1918 e 1939 a 1945, a 4 - A entrada das igrejas evangélicas de experiência adquirida nos grupos de Ação
humanidade a partir dos séculos XIX e missão no Brasil na pri- Católica com o seu método Ver - Julgar -
XX levaram os cristãos das várias igrejas a meira metade do sécu- Agir e os ensinamentos de Paulo Freire so-
olhar a realidade e a Bíblia com um olhar lo XX, vindas, sobretu- bre a pedagogia do oprimido e, de outro
diferente. Por exemplo, na Alemanha, a do dos Estados Unidos, lado, a tradição dos próprios evangelhos.
experiência de R. Bultmann nas trincheiras divulgou e intensificou Ou seja, a maneira de se ler a Bíblia nas
como capelão militar, durante a primeira a leitura da Bíblia. Sua Comunidades Eclesiais de Base imitava de
Foto: Pedro Henrique Luvizotto
guerra mundial, 1914 a 1918, levou-o a ação evangelizadora perto o método sugerido pelo Evangelho
uma nova abordagem da Bíblia que in- contribuiu para que, de Lucas na descrição da caminhada dos
fluenciou a *exegese bíblica do século XX na igreja católica, mui- discípulos de Emaús, onde o próprio Jesus
em praticamente todas as Igrejas. ta gente despertasse aparece interpretando a Escritura para
Na Bélgica a crise entre as duas guerras para a importância os seus amigos (Lc 24,13-35). O processo
e a convivência com os operários levaram da Palavra de Deus. de interpretação seguido por Jesus tem
o padre J. Cardijn a criar o método Ver- Inicialmente, era um os mesmos três passos que caracterizam
Julgar- Agir que influenciou os vários se- despertar reacionário também o método adotado pelos pobres
tores da Ação Católica e trouxe uma nova de defesa contra o que nos Círculos Bíblicos das Comunidades
maneira de se considerar e experimentar alguns chamavam de Eclesiais de Base.
a ação reveladora de Deus na história. An- “ameaça protestante”. 1º Passo: partir da realidade (Lc 24,13-
tes de se procurar saber o que Deus falou Pouco a pouco, porém, 24) Jesus encontra os dois amigos numa si-
no passado, procura-se Ver a situação do acabou sendo vista tuação de medo e dispersão, de descrença
povo hoje, os seus problemas. Em segui- como uma das maiores e desespero. Eles estavam fugindo. As for-
da, com a ajuda de textos da Bíblia e da maioria das igrejas entrou num processo graças de Deus. ças de morte, a cruz, tinham matado neles
tradição das igrejas, procura-se Julgar esta de conversão e de mudança. As circuns- a esperança. Jesus se aproxima e caminha
situação. Isto faz com que, aos poucos, a tâncias novas em que se encontrava a 3. A situação do povo, o golpe militar com eles, escuta a conversa e pergunta:
fala de Deus já não vem só da Bíblia, mas humanidade deixaram claro que era ne- e o surgimento dos círculos bíblicos “De que estão falando?” A ideologia do-
também e, sobretudo dos próprios fatos cessária uma releitura das coisas da fé em minante impedia-os de enxergar e de ter
iluminados pela Bíblia e pela tradição. E vista da nova experiência de Deus e da A situação do povo era (e continua consciência crítica. “Nós esperávamos que
são eles, os fatos, que assim se tornam vida que estava surgindo. Esta mudança sendo) de abandono, de opressão e de ele fosse o libertador, mas...” (Lc 24,21).
os transmissores da Palavra e do apelo de ou diferente nas várias igrejas e nos vários exploração. Por isso, havia todo um traba- O primeiro passo é este: aproximar-se
Deus e que levam a Agir de maneira nova. países. lho político de conscientização para poder das pessoas, escutar a realidade, os pro-
Este método ver – julgar - agir teve uma in- Na igreja católica do Brasil, por exem- provocar uma mudança. Membros dos blemas; ser capaz de fazer perguntas que
fluência muito grande nos movimentos de plo, o Documento Dei Verbum do Concílio vários setores da Ação Católica participa- ajudem a olhar a realidade com um olhar
renovação da igreja católica no Brasil dos Vaticano II e a sua releitura para América vam ativamente neste trabalho de cons- mais crítico.
anos 50 e 60, particularmente nos vários Latina através das Assembléias Episcopais cientização. Chegaram a formar um gru- 2º Passo: usar o texto da Bíblia (Lc
setores da Ação Católica, JOC, JEC, JUC e de Medellin e Puebla consagraram essa po, Ação Popular, que teve uma atuação 24,25-27) Jesus usa a Bíblia não para dar
JAC. Foi provocando uma mudança na ma- nova maneira de se ver a ação reveladora política muito importante. Porém, o golpe uma aula sobre a Bíblia, mas para iluminar
neira de se buscar conhecer a vontade de de Deus de que falamos anteriormente. A militar de 1964 mostrou, indiretamente, o problema que fazia sofrer seus dois ami-
Deus e abriu para uma atitude mais ecu- saber, Deus continua falando hoje, dirigin- que o trabalho de conscientização política gos e, assim, esclarecer a situação que eles
mênica e menos confessional. do-nos a sua Palavra através dos fatos e junto do povo não tinha sido aquilo que a estavam vivendo. Com a ajuda da Bíblia,
Nos Estados Unidos, o engajamento das pessoas, e nós conseguimos descobrir vanguarda da oposição política imaginava ele os situa dentro do projeto de Deus e
político de N.K. Gottwald na luta contra esta fala divina com a ajuda da Palavra es- e esperava. Não houve a reação esperada mostra que a história não tinha escapado
a guerra no Vietnam teve uma influência crita de Deus na Bíblia. do levante popular contra os militares. da mão de Deus.
profunda na sua maneira de reler e inter- A partir do Concílio Vaticano II, foi cres- Pelo contrário. Percebeu-se a necessidade O segundo passo é este: com a ajuda
pretar a origem e a formação do Povo de cendo o interesse do povo católico pela de um trabalho muito mais capilar e mais da Bíblia, iluminar a situação e transfor-
Deus. Seus escritos, sobretudo o livro The Bíblia e, através de vários canais, a Bíblia paciente junto do povo, respeitando me- mar a cruz, sinal de morte, em sinal de
Tribes of Jahweh, tiveram muita influência foi chegando cada vez mais nas mãos do lhor a sua religião, a sua cultura e a sua vida e de esperança. Assim, aquilo que
nos estudiosos da Bíblia no Brasil, princi- povo. Entre muitos outros, convém desta- caminhada. impedia de enxergar, torna-se agora luz e
palmente na maneira de abordar e inter- car os seguintes canais: Assim, a partir da metade dos anos 60, força na caminhada.
pretar o Êxodo. 1 - A renovação litúrgica. A liturgia re- começou um trabalho renovado de base
5. CEBs - Informação e Formação para animadores 5
3º Passo: celebrar e partilhar na co- três aspectos da mesma atitude interpre- cas populares, difusão da Bíblia em língua para ler os livros sobre a Bíblia, os pobres
munidade (Lc 24,28-32) tativa do povo frente à Bíblia. Eles indicam vernácula, cursos, encontros, treinamen- nas suas comunidades e nos círculos bí-
A Bíblia, ela por si, não abre os olhos. os três objetivos distintos, que estão pre- tos, inúmeros grupos e círculos bíblicos, blicos começaram a ler a Bíblia a partir do
Mas faz arder o coração! (Lc 24,32). O que sentes e misturados, às vezes conflitantes, mês da Bíblia, movimento da Boa Nova: único critério de que dispunham, a saber,
abre os olhos e faz os dois amigos perce- no uso popular da Bíblia. tudo isto produziu um fervilhar comunitá- a sua vida de fé, vivida em comunidade, e
berem a presença de Jesus, é o partir do rio muito grande em torno da Palavra de a sua vida sofrida de povo oprimido. Len-
pão, o gesto comunitário da partilha, a ce- 1. Conhecer a Bíblia - Instruir Deus. do assim a Bíblia, descobriam o óbvio que
lebração. No momento em que é reconhe- O processo de conhecer melhor a Bí- O movimento da renovação litúrgica não conheciam: uma história de opressão
cido, Jesus desaparece. Pois eles mesmos blia começou já no século XIX com o tra- fez com que se multiplicassem e se inten- igual à que eles mesmos sofriam, uma his-
experimentam a ressurreição, renascem e balho renovador dos exegetas da Europa, sificassem as celebrações da Palavra. tória de luta pelos mesmos valores que
caminham por si. tanto evangélico como católicos. As novas Foram surgindo e crescendo as Comu- eles perseguem até hoje: terra, justiça,
O terceiro passo é este: saber criar um descobertas trouxeram novos conheci- nidades Eclesiais de Base que por sua vez partilha, fraternidade, vida de gente. O re-
ambiente orante de fé e de fraternidade, mentos, abriam uma nova janela sobre suscitavam, em todo canto, os círculos bí- sultado desta prática libertadora foi expli-
onde possa atuar o Espírito que nos faz o texto bíblico e sobre o contexto da sua blicos, grupos de reflexão, grupos de evan- citado na Teologia da Libertação que tenta
entender o sentido das coisas que Jesus origem. gelho, grupos de oração. No começo dos sistematizar a vivência nova que está ocor-
falou. É sobretudo neste ponto da cele- A vontade de conhecer a Bíblia esti- anos 70, temos a iniciativa dos Encontros rendo nas comunidades.
bração, que a prática das comunidades mulou muita gente a uma leitura mais fre- Intereclesiais das Comunidades de Base, É o período em que começa a ser acen-
tuada a dimensão política da fé. Na Igreja
ajudou a reencontrar o antigo poço da Tra- qüente. que foram acontecendo periodicamente Católica, desde o Concílio Vaticano II e so-
dição para beber da sua água. Na igreja católica, a renovação da exe- e que no ano 2000 celebraram o 10º In- bretudo desde a conferência episcopal de
gese, as encíclicas de Leão XIII, Bento XV tereclesial em Porto Seguro, Bahia, por Medellin (1968), ocorreu uma evolução
O resultado: ressuscitar e voltar para e Pio XII, as novas traduções da Bíblia e o ocasião da comemoração dos 500 anos importante. Diante da situação dramática
Jerusalém (Lc 24,33-35) trabalho de divulgação dos exegetas leva- da vinda dos europeus para o Continente dos índios, criou-se o CIMI (Conselho In-
Tudo mudou nos dois discípulos. Eles ram a Bíblia para mais perto do povo. Além Latino Americano. A dimensão comuni- digenista Missionário). Diante da situação
mesmos ressuscitam, criam coragem e disso, no Brasil, como já mencionamos, o tária chegou a renovar várias paróquias cada vez pior dos agricultores, criou-se a
voltam para Jerusalém, onde continuam que passaram a se CPT (Comissão Pastoral da Terra). Diante
ativas as forças de morte que mataram Je- organizar como uma da situação dos operários, criou-se a CPO
sus, mas onde agora se manifestam as for- comunidade de comu- (Comissão Pastoral dos Operários).
ças de vida na partilha da experiência de nidades. Diante da situação dos pescadores,
ressurreição. Coragem, em vez de medo. Aqui convém cha- criou-se a CPP (Comissão Pastoral dos Pes-
Retorno, em vez de fuga. Fé, em vez de mar mencionar o fe- cadores). São instrumentos novos de pas-
descrença. Esperança, em vez de desespe- nômeno intrigante da toral que ajudam estas classes e grupos de
ro. Consciência crítica, em vez de fatalis- evasão em massa dos pessoas a defenderem melhor sua vida,
Foto: Maria Matustacke
mo frente ao poder. Liberdade, em vez de fiéis das igrejas tradi- sua terra, seus direitos, sua identidade.
opressão. Numa palavra: vida, em vez de cionais para as igrejas Eles têm em comum o seguinte: surgi-
morte! Em vez da má noticia da morte de pentecostais, que tem ram por causa da fé renovada em Jesus e,
Jesus, a Boa Notícia da sua Ressurreição! a ver com a mudança como Jesus defendem a vida, são ecumê-
O resultado da leitura da Bíblia deve socioeconômica ha- nicos, incomodam a sociedade estabeleci-
ser este: experimentar a presença viva de vida nos últimos 50 da, provocam polêmica. Tudo isto revela
Jesus e do seu Espírito, presente no meio anos. Na metade do a evolução que está ocorrendo na consci-
de nós. É ele que abre os olhos sobre a Bí- século XX, em torno de ência que as igrejas têm de si mesmas e
blia e sobre a Realidade e leva a partilhar 75% da população bra- da sua missão: lutar pela defesa da vida
a experiência de Ressurreição, como até sileira vivia no campo, ameaçada do povo. É neste mesmo perí-
hoje acontece nos encontros comunitá- área rural. A industria- odo dos anos 70 que surge o CEBI, o Cen-
rios. lização e o êxodo rural tro Ecumênico de Estudos Bíblicos para a
produziu um mudança Pastoral Popular que tem como objetivo
4. A ação do Espírito Santo radical. No censo de articular, explicitar, aprofundar, divulgar e
que ajudou a provocar nos católicos um 2001, 82% da população vive na cidade legitimar a leitura da Bíblia que o povo vi-
São estes os três fatores que ajudam interesse maior pela Bíblia foi o vigor mis- e somente 18% no campo. Ora, o que an- nha fazendo nas suas comunidades.
a entender a conjuntura atual. Como dis- sionário das igrejas evangélicas de missão. tes parecia impossível, hoje tornou-se um Aqui devem ser lembrados os márti-
res, os testemunhos da fé, essa “nuvem de
semos, há um quarto fator, o mais impor- Foram surgindo, em todo canto, as se- fato normal: antes, a autoridade moral testemunhas ao nosso redor” (Hb 12,1),
tante de todos, que não pode ser avaliado manas bíblicas, cursos bíblicos, escolas e maior que, no Brasil, norteava as consci- que deram a sua vida pela causa da liber-
nem verificado, mas que atua através de escolinhas bíblicas, gincanas e maratonas ências era a Igreja Católica. Nas pequenas dade, da justiça e da fraternidade. Assim
todos os outros fatores. É a ação do Espíri- bíblicas, e tantos outros movimentos e ini- cidades do interior, o vigário exercia um como o autor da carta aos hebreus faz a
to Santo, que nunca foi pego em flagrante, ciativas para divulgar a Bíblia e estimular poder sagrado muito forte. Dificilmente, memória dos testemunhos da fé (Hb 11,1-
mas que, invisivelmente, atua nesta cami- a sua leitura como, por exemplo, o assim o povo tinha coragem de enfrentar ou de 40), a Agenda Latino Americana, cada ano
nhada e a conduz. “Quem tem ouvidos, chamado Mês da Bíblia, que foi celebrado romper com este sistema secular. Hoje, de novo, faz a memória dos milhares e
ouça o que o Espírito diz às igrejas!” (Ap durante mais de 25 anos e continua até em nome de uma experiência comunitá- milhares de mártires latino-americanos,
2,7.11,17.29; 3,6.13.22) hoje em muitos lugares, ou o Movimento ria nos grupos pentecostais das periferias homens e mulheres, leigos e religiosos,
Assim, a partir dos anos 60 e 70, o povo da Boa Nova (MOBON). Este surgiu, inicial- das grandes cidades, milhões de brasilei- conhecidos e anônimos, que imitaram a
começou a ler a Bíblia. Os Círculos Bíblicos mente, como um movimento mais apolo- ros rompem com aquela que antes era a Jesus que disse: “Eu vim para que todos te-
tiveram uma expansão muito rápida. Em gético de defesa do catolicismo contra a maior autoridade moral. Por mais contra- nham vida e a tenham em abundância”(Jo
poucos anos se divulgaram em todo o Bra- influência crescente das igrejas evangéli- ditório e ambivalente que possa parecer 10,10).
sil. Sinal de que estavam respondendo a cas. Atualmente, é um dos movimentos de este fato, ele não deixa de ter um aspecto
uma exigência real. Ninguém sabe quan- evangelização libertadores mais difundi- positivo: em nome da Palavra de Deus e Fonte: Centro de Estudos Bíblicos
tos são atualmente os Círculos Bíblicos. dos que anima mais de 15.000 grupos em de um encontro com Jesus, o povo tem
Só mesmo o Espírito Santo. Eles foram e vários Estados do Brasil. Difícil de lembrar coragem de romper e de entrar por cami-
continuam sendo a raiz de um novo modo e enumerar todas as iniciativas que a cria- nhos novos que talvez não sejam novos, Continua no próximo Informativo
de ser igreja. tividade popular inventou para divulgar a mas que são diferentes e têm uma dimen- com a 3ª Parte.
leitura e o conhecimento da Bíblia. são comunitária muito profunda.
2. TRÊS ETAPAS, TRÊS ASPECTOS Vocabulário:
No decorrer desses anos todos, foram 2. Criar Comunidade - Celebrar 3. Servir ao povo – Transformar
aparecendo três aspectos da interpreta- Na medida em que a Palavra começava Sobretudo a partir de 1968, foi dado *Exegese é a interpretação profunda de
ção popular, aspectos simultâneos, mistu- a ser conhecida, ela produzia os seus fru- um passo a mais. O conhecimento da Bí- um texto bíblico, jurídico ou literário.
rados entre si. Ao longo dos anos, cada um tos. blia e a preocupação comunitária encon-
deles foi tendo o seu momento privilegia- O primeiro fruto foi aglutinar as pes- traram o seu objetivo que é o serviço ao **Vernáculo é o nome que se dá à língua
do. São como que três etapas. Trata-se dos soas e criar comunidade. Semanas bíbli- povo. Não tendo dinheiro nem tempo nativa de um país ou de uma localidade.
6. 6 CEBs - Informação e Formação para animadores
Formação Paróquia como Rede de Comunidades
Região Pastoral III e IV
Na busca do conhecimento, 150 explorou o tema: “Rede de Comuni- vídeos que enriqueceram a sua expla- forma branda e alimentadas com in-
animadores da CEBs, participaram da dades”, em um primeiro momento e nação e expressaram mensagens cap- centivo; o entusiasmo deve estar pre-
formação regional das regiões III e IV num segundo momento aplicou uma tadas por todos: em nossa caminhada sente em nossa vida de animadores,
no dia 30 de maio, na sede da SSVP dinâmica em grupo à qual todos par- devemos ser surdos para com os in- só assim será contagiante. A animação
no Jardim Paulista. O encontro foi as- ticiparam com muito entusiasmo. Em centivadores negativos: as mudanças ficou por conta de Serginho e Elcio
sessorado por Pe. Ronildo Rosa que sua didática, Pe. Ronildo fez uso de devem acontecer paulatinamente, de que com muita alegria contagiaram a
todos. A cozinha, Edmar e sua equipe
do bairro Galo Branco nos serviram
um delicioso café, visto que a forma-
ção foi meio período.
Fotos: Pe. Ronildo
Nossos agradecimentos a todos!
Maria das Graças Bustamante
Secretária diocesana das CEBs
Santuário São Judas Tadeu
Região Pastoral V Região Pastoral VI e VII
A formação da RPV aconteceu no dade. 2º momento: a sabedoria da co- Foi reaprender a experiência das Fomos chamados a viver nosso
dia 30/05/2010, assessorada por Ni- munidade para buscar novos lugares, CEBs, reencontrar a prática de Jesus e protagonismo “no Projeto - processo
valdo, com o tema: PARÓQUIA EM quando encontrar dificuldade nos tra- seu sonho: reconstruir uma Igreja da mais amplo de uma Igreja dos Pobres”
REDE DE COMUNIDADES, na paróquia balhos de evangelização, não desistir, misericórdia, que faz descer da cruz os e contribuir para a construção de no-
São José Operário em Jacareí. Estive- não acomodar ou perder tempo em
ram presentes 115 animadores (as) conflitos, mas ir em frente na busca crucificados e que se torna co-respon- vas relações sociais entre as pessoas
Coord. da RPV, coord. paroquiais e de dos campos livres abrindo novos po- sável na construção de uma solidarie- e os diferentes grupos humanos, para
setores. Tudo começou com a Comuni- ços. (Gn 26,12-26). dade universal sobretudo com os po- a construção de uma sociedade mais
dade São Lucas da paróquia N. Sra. de O que pudemos sentir que é preci- bres e excluídos. A procurar descobrir equilibrada, fraterna e solidária, onde
Lourdes, abrindo espaço para que as so aprofundar o nosso conhecimento, quem está sendo excluído das comuni- acontecem as antecipações do Reino.
comunidades de nossa região pastoral continuar sonhando e acreditar que dades em nossas realidades. Fomos chamados a profetizar e
pudessem aprofundar este tema. é em comunidade que encontramos Fomos chamados a redescoberta não a “pastoralizar” as comunidades.
O encontro teve inicio com a ora- e levamos o outro também a fazer a
ção inicial e o acolhimento de todas experiência com o nosso Deus que li- da solidariedade, da compaixão, da
as paróquias ali reunidas pedindo ao berta e salva. misericórdia em nosso agir como co- Maria Matsutacke
Senhor da Vida que nos ajudassem na- Agradecemos ao Nivaldo que nos munidade e como rede de comunida- Coordenadora RP VI
quela manhã a compreender melhor motivou com o seu jeito simples, pro- des!
o que nós animadores e animadoras fético e sereno facilitando a nossa
comprometidos com o Reino de Deus reflexão, e também ao Pe. Antonio
precisamos para nos motivarmos a le- - vigário da paróquia Nossa Sra. de
var a Boa Nova, descobrir novos luga- Lourdes que acolheu e participou na
res aonde possamos abrir novos poços partilha do lanche.
e mais pessoas tenham oportunidade Por fim, obrigado a todos que nos
de beber de sua água. proporcionaram este momento de re-
Este é o desafio proposto pelo nos- flexão. Valeu, foi um grande encontro
so assessor, que dividiu o encontro em que nos deixou cada vez mais com a
dois momentos o 1º: Rede de Comuni- certeza que estamos no caminho cer-
dades, solução para a Igreja se inserir to.
na sociedade levando a mensagem de
Jesus. Atentar para que a rede não se Luiz Marinho
desgaste rompendo seus nós por cau- Equipe deComunicação
sa dos contra valores dentro da socie- Diocesana das CEBs
Fotos: Maria Matustacke
Fotos: Luiz Marinho
7. CEBs - Informação e Formação para animadores 7
Memória da Caminhada
A Barraca das CEBs na Festa das Colinas
trabalhos das comunidades. http://www.youtube.com/watch?v=ZYFeYaOGpeE)
Acreditamos que através dos encon- Este ano, mais uma vez na Barraca
tros das CEBs, onde se partilha a vida, das CEBs contamos com a presença dos
Foto: Bernadete Mota
a Eucaristia, é possível concentrar diver- coordenadores (as), dos animadores
Foto: Bernadete Mota
sas ações evangelizadoras e pastorais da (as) das CEBs, das Cebinhas, das pasto-
Igreja, como a leitura refletida e Orante rais, dos movimentos , da Juventude e
da Bíblia, a catequese com adultos, o todas as espiritualidades, nesta grande
aprofundamento da fé, o despertar de festa da diocese, que será na paróquia
vocações e ministérios, a formação de Coração de Jesus, no Bosque dos Euca-
lideranças, a prática concreta do amor, a liptos, no dia 15 de agosto.
solução de conflitos pessoais e grupais.
A barraca das CEBs na Festa das sinal da vitalidade da Igreja e de sua irra- Mª Bernadete de P. Mota Oliveira
É um modo de catequese permanente
Colinas foi uma iniciativa da Equipe de diação missionária. Equipe de Comunicação das CEBs
com adultos, crianças e jovens, um es- Paróquia Coração de Jesus
Comunicação, no ano de 2006, com a fi- No ano passado, padre Rogério Au-
paço onde todos aprendem e ensinam,
nalidade de divulgar o trabalho de Evan- gusto passou pela barraca e comentou
gelização nas Comunidades Eclesiais de que era a barraca mais colorida da fes-
Base em nossa Diocese. Foi uma alegria ta e disse que era muito bom encontrar
muito grande quando padre Rogério Au- a representação das CEBs, pois ela é a
Foto: Bernadete Mota
gusto das Neves, reitor do seminário na igreja viva nas comunidades e é o nosso
época, aceitou a nossa proposta. povo. A festa é uma promoção vocacio-
No dia da festa, a equipe de comuni- nal, ele agradeceu a presença da coor-
cação junto com os coordenadores (as) denação das CEBs e todos os participan-
e animadores (as) das Regiões Pastorais tes das Comunidades que acompanham
passam o dia divulgando o material das as CEBs. (Assista o vídeo da mensagem
CEBs, trocando idéias e experiência dos do Pe. Rogério no YouTube:
Foto: Maria Matustacke
SOS Nordeste Fique Ligado!
Nota às Paróquias da Diocese de São José dos Campos Ficha Limpa Vem Ai!
Reverendíssimos Senhores
Essa é
a primeira Próximo Livreto
Párocos e Vigários Paroquiais: vez na his-
Foi lançada no dia 23 de
junho a “Campanha SOS Per-
tória bra-
sileira que
das CEBs
nambuco e Alagoas” pela Cári- uma lei é
tas Brasileira Regional Nordes- sanciona-
te 2 e pelo Regional Nordeste 2 da, sem
vetos, por um presidente, e que foi en-
da CNBB em favor das vítimas cabeçada pela população. Isso porque
das chuvas nos estados de Per- mais de 1,6 milhões de pessoas assina-
nambuco e Alagoas. ram tal solicitação, que foi protocolada
Como todos sabem, as na Câmara dos Deputados Federais
chuvas da última semana co- Banco do Brasil em novembro passado e só em maio,
locaram várias cidades destes Estados Agência 3505-X recente, votada. “Estou otimista com
em situação de extrema emergência. essa sanção, pois é histórica. Trata-se
Conta Corrente 5821-1 de um avanço, resultado de opinião
Há dezenas de mortos e centenas de
pessoas desaparecidas e desalojadas. pública. As pessoas querem essa or-
Para efetuar um DOC ou TED, o CNPJ dem na democracia”.
Além das nossas orações, é importan- da Cáritas é 33.654.419/0001-16. (mais As CEBs participaram ativamente
te, neste momento, um gesto concreto informações no site: www.cnbb.org.br) do Ficha Limpa em nossa diocese, co-
de solidariedade em favor dos nossos Na certeza de poder contar com a letando assinaturas e também envian-
irmãos nordestinos. colaboração e a solidariedade dos Se- do cartas pressionando a Câmara dos
Assim, solicito aos senhores párocos nhores e de suas comunidades, perma- Deputados para a votação; depois de
e vigários paroquiais que incentivem os neçamos unidos em preces pelo povo aprovada pelos parlamentares envia-
fiéis de suas comunidades a manifes- nordestino. mos também carta ao presidente Lula
tarem sua solidariedade, colaborando solicitando o sancionamento da Lei.
através de doações financeiras que Dom Moacir Silva - Bispo Diocesano
podem ser feitas por meio de depósito São José dos Campos, 25 de junho de 2010 Maria Matsutacke
bancário na seguinte conta: Fonte:SitedaDiocesedeSãoJosédosCampos Equipe de Comunicação das CEBs
8. 8 CEBs - Informação e Formação para animadores
Aconteceu! Irá Acontecer!
APOIO AO PLEBISCITO Baile das CEBs
POPULAR PELO LIMITE DA
PROPRIEDADE DA TERRA E AO
16º GRITO DOS EXCLUÍDOS
Reunidas em Brasília, nos dias
14, 15 e 16 de Junho, as coorde-
nações regionais e nacionais das 1ª Semana Social Paróquia
Pastorais Sociais e Organismos da
Comissão Episcopal Pastoral para São José Operário
o Serviço da Caridade, da Justi-
ça e da Paz da CNBB, assumem o JACAREÍ - Tel: 3953-8080
compromisso de participar do 16⁰ Tema: “Direito à Memória e à Verdade”
Grito dos Excluídos e da organiza- Data: De 8 a 11 de julho – 2010
ção do Plebiscito Popular por um Local: Centro de Formação D. Pedro
Limite da Propriedade da Terra no 30 de Julho de 2010
Casaldáliga Horário: a partir das 21h
Brasil. Local: Nova Era
Av. 23 de Maio, 95 - Vila Maria
No dia 25 de Junho aconteceu a ordenação Diaconal dos Seminaristas Sínodo Diocesano São José dos Campos - SP
Fabiano Kleber e Luciano na Paróquia São José Operário - Vila Paiva
Celebração
Eucarística de XX Seminário
Estadual das CEBs
Encerramento
Data: 24 e 25 de julho de 2010
Data: 16 de julho de 2010 Tema: CEBs: Justiça e Profecia na Cidade
Local: Paróquia São José
Horário: 19h30 Rua João Jacinto de Mendonça, 134
Local: Catedral São Dimas Perus - São Paulo - SP
Fotos: Bernadete Mota
Expediente: Publicação Mensal das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos – Diretor: Dom Moacir Silva – Diretor Técnico:
Pe.Ronildo Aparecido da Rosa - Jornalista Responsável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28496 – Equipe de Comunicação: Coordenador: Luis Mario Marinho - Integrantes:
Celso Corrêa e Maria Aparecida Matsutacke - Colaboradora: Madalena das Graças Mota - Diagramação: Maria Bernadete de Paula Mota Oliveira - Correção: Sandra
Memari Trava - Revisão: Pe. Ronildo - Arte Final, Editoração e Impressão: Katú Editora Gráfica - Tiragem: 6.200 Exemplares
Sugestões, críticas, artigos, envie para Bernadete.
Fale com a Redação... Av. Ouro Fino, 1.840 - Bosque dos Eucalíptos CEP 12.233-401 - S. J. Campos - SP
Esperamos seu contato! E-mail do informativo: tremdascebs@diocesesjc.org.br