Projeto elaborado e apresentado pela coordenadora Maria Cecília Silva de Amorim. Aprovado pelo CME para vigorar em 2017. O projeto não pode ser acompanhado, pois a coordenadora fora remanejada para uma unidade escolar. Porém, participando ativamente como formadora na Escola Municipal Dilma Roriz Medeiros.
2. Como professor, sou um ‘aventureiro’ responsável,
predisposto à mudança, à aceitação do diferente.
Nada do que experimentei em minha atividade
docente deve necessariamente repetir-se (...) me
experimento enquanto ser cultural, histórico,
inacabado e inconsciente do inacabamento.
Paulo Freire
3. A Secretaria Municipal de Educação de Luziânia
com vistas a garantir a formação continuada no
exercício da docência na Rede Municipal de
Educação, apresenta pelo quarto ano proposta
de formação continuada. Para 2017, vincula-se
às didáticas e práticas de ensino pautadas
numa visão de escola como espaço de
formação.
4. Assim, pretende “ alcançar níveis mais elevados na
educação formal ou aprofundar como continuidade
dos conhecimentos que os professores já possuem.”
(PRADA, 1997, p. 88 -9), favorecendo a abordagem
de subtemas sugeridos pelas Unidades Escolares a
partir de consulta pública realizada no site da
Secretaria Municipal de Educação, baseado num
modelo de formação contínua, colaborativa e
autônoma, trabalhando mais diretamente com os
supervisores, auxiliando-os a lidar e gerir situações
problema no “chão da escola”.
5. Coordenadores pedagógicos, supervisores
escolares, diretores escolares, professores do
1º ao 5º ano.
Coordenadores pedagógicos: Tutores
Supervisores Escolares: Formadores nas
Unidades Escolares.
6. Janeiro a novembro de 2017.
Duração de 30 encontros presenciais e
complementação em EAD.
Unidades Escolares.
7. Fomentar e garantir a formação continuada dos
profissionais da educação na Rede Municipal de
Ensino do 1º ao 5º ano , a partir da reflexão-ação
sobre o fazer docente subsidiado pela didática e a
prática de ensino, considerando novas tendências
no campo educacional.
8. Proporcionar momentos de formação continuada,
planejamento e registro na escola, junto aos
professores de 1º ao 5º ano do ensino fundamental,
sendo às quartas-feiras, no momento de
coordenação pedagógica;
Realizar planejamento, com apoio de coordenadores
pedagógicos, junto aos supervisores escolares de
acordo com calendário previamente definido;
Elaborar e utilizar “Plano de Formação” para
direcionar a abordagem teórico-metodológica dos
encontros, considerando temática, objetivos,
metodologia, cronograma e referencial teórico;
Discutir temas da didática e prática de ensino,
voltados à qualidade da educação sob a abordagem
ação-reflexão-ação;
9. Propor oficinas pedagógicas que atendam aos
anseios da equipe docente, fortalecendo as boas
práticas de ensino;
Fortalecer, por meio da discussão dos temas, o
papel do supervisor escolar como principal
responsável pela formação da equipe docente;
Fazer registros utilizando instrumentos de
controle de participação e aplicação do tema em
sala de aula, sendo planejamento, relato de
experiência e portfólio da escola;
Utilizar a plataforma moodle para realização de
atividades em EAD – Educação à Distância,
mensalmente, sob tutoria.
10. A aplicabilidade da Formação Continuada é de
fundamental importância na vida do educador devido à
necessidade de um aprimoramento diário em relação aos
conteúdos específicos e cotidianos que levam a
aprendizagem tanto do educador quanto do aluno. Essa
troca de informações entre os professores é de suma
importância para o enriquecimento da prática cultural e
pedagógica. Através da Plataforma o professor busca
aprimorar seus conhecimentos com a troca de ideias,
discussões e experiências, colocando em prática na vida
acadêmica, promovendo uma aprendizagem significativa
aos educandos. A Plataforma também fortalece a
perspectiva de uma constante formação continuada de
forma significativa para uma atuação profissional
inovadora e transformadora na vida dos educandos.
Escola Municipal Ramiro Aguiar.
11. A dinâmica das formações da escola, em
relação a teoria e prática, na nossa visão não
atendeu às necessidades de aprofundamento
dos docentes de hoje, pois os mesmos
necessitam de uma tempo maior para
aprofundamento teórico e de formações em
formato de oficina que facilitariam a
aplicabilidade.
Escola Municipal Laudimiro Roriz.
12.
13. Nas quartas-feiras, no momento de coordenação
pedagógica, a formação ocorrerá de acordo com as etapas
descritas abaixo:
Planejamento: Será realizado uma vez ao mês, com o tutor
designado e supervisores pedagógicos para que o tema
possa ser ministrado por eles ou seus parceiros na escola;
Apresentação do tema: Momento voltado aos cursistas,
realizado na escola, ministrado pelo supervisor ou parceiro
previamente destacado;
Planejamento e registro de relato de experiência:
Momentos utilizados pelos cursistas para preparar
aplicação prática na sala de aula e realizar seu registro;
EAD – Educação à distância: Registro em plataforma
moodle, mensalmente, de acordo com os temas do
arcabouço teórico da Didática.
14. Diário de formação/ Portfólio
Instrumentos de controle de participação dos cursistas organizados pelos supervisores, sob orientação dos tutores. O
portfólio deverá constar o plano de formação , planejamentos individuais e relatos de experiência dos cursistas por tema
trabalhado utilizando formulário próprio.
Registro do relato de experiência/cursistas
Descrição da aplicação da aula ou atividade proposta a partir do tema da formação.
Planejamento individual/ supervisor-cursistas
Aplicação a partir do tema apresentado na formação, direcionado ao aluno.
Plano de formação/ tutor- supervisores
Elaborado de acordo com os temas escolhidos pela escola.
15. Os subtemas abaixo serão trabalhados em
janeiro e fevereiro de forma coletiva com os
supervisores, em seguida ministrados na escola.
Planejamento coletivo (tutor-supervisor),
apresentação na escola (supervisor-cursistas),
planejamento individual(cursistas- alunos),
registro do relato de experiência(cursistas), EAD
(cursistas).
O papel da didática na formação do educador.
Planejamento e organização do trabalho
Pedagógico.
16. Oficina de estrutura e elaboração de Sequências Didáticas.
Oficina de incentivo à leitura e ao letramento.
Oficina de produção e revisão textual com a utilização da
gramática aplicada ao texto.
Prática de ensino com base na realidade e o ideal de escola.
Oficina de Projetos Didáticos com foco na resolução de
problemas.
Indisciplina na sala de aula.
Educação especial e escola inclusiva.
Competências socioemocionais.
Oficina de teatro, elaboração de recursos para contação de
histórias.
Oficina de jogos didáticos pedagógicos.
Oficina de leitura e escrita.
17. Coordenadores pedagógicos: 120 horas
referentes a pesquisa e acompanhamento dos
supervisores.
Cursistas: 113 horas referentes a parte
presencial e EAD.
Supervisores: 150 horas referentes a
planejamento, apresentação de temas,
organização de registros e EAD.
Certificação a partir de 75% de
aproveitamento anual.
18. DATA SUGERIDA
MÊS Descrição das atividades Formação na escola junto ao
corpo docente
JAN O planejamento em janeiro e
fevereiro deverá ser coletivo.
Sendo os demais, agendados
com o tutor. As atividades
serão divididas em :
Planejamento coletivo,
apresentação do tema,
planejamento individual,
relato de experiência. Para
EAD não há data específica,
devendo ocorrer durante o
curso de acordo com
agendamento.
18 e 25
FEV 01,08,15,22
MAR 15, 22, 29
ABRIL 12, 19, 26
MAIO 10,17, 24
JUN 07,14,21
AGO 09, 16, 23
SET 06, 13, 20
OUT 04, 18,25
NOV 01, 08, 29
19. A formação continuada, direito dos professores garantido pela LDBN
9394/96, traz à tona a importância de aprofundamento em didáticas e
práticas de ensino em 2017, procurando atender às diversas realidades
contidas na Rede de Ensino fortalecendo a autonomia escolar e o papel do
Supervisor Escolar como principal formador da equipe docente.
A carga horária deverá ser um ponto de fortalecimento do planejamento dos
professores, sendo esta voltada para a realização de práticas na sala de aula,
visando garantir a aplicação dos temas estudados coletivamente junto aos
alunos.
O tema central irá dar abertura para a elaboração de planos de formação,
contextualizados com as características da escola, fomentando a melhoria da
prática docente a partir da escolha de subtemas, oriundos da consulta
pública anteriormente realizada na Rede de Ensino.
O monitoramento dos resultados dar-se-á pelo registro do plano de
formação, registro da aplicabilidade dos temas na sala de aula e também via
plataforma EAD.
Esse modelo de formação pretende oportunizar o desenvolvimento da
autonomia escolar com suporte e acompanhamento voltados à realidade
sócio cultural e a preservação da identidade da comunidade escolar. Espera-
se que seja um trabalho que possa atender principalmente aos alunos, que
poderão se beneficiar com a melhoria da qualidade da educação e a
complementação dos procedimentos de ensino propostos pelos professores.
20. ALMEIDA, Isabel. Formação contínua de professores. Boletim 13. Salto para o
Futuro, 2015. Disponível em
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:LdUGQV7n7_4J:cdnbi.tv
escola.org.br/resources/VMSResources/contents/document/publicationsSeries/15
0934FormacaoCProf.pdf+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em
07/11/2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996. 21ª ed.
IMBERNÓN. Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a
mudança e a incerteza. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2004.
_________________. Formação permanente do professorado: novas tendências. São
Paulo : Cortez, 2015.
NÓVOA, António. (org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote,
1992.
ROCHA, Issana Nascimento. “O Plano Nacional de Educação e a formação de
professores.” In GOMES, Ana Valeska, BRITTO,Tatiana Feitosa de (Orgs). Plano
Nacional de Educação: construção e perspectivas. Brasília: Câmara dos Deputados,
2015.
VEIGA, Ilma Passos de Alencastro (Coor.). Repensando a Didática. Campinas, SP:
Papirus, 2014 .21.ed rev. e atual.