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A Integração de uma região periférica 
no universo imperial: A Romanização da 
Península Ibérica
Fases da 
conquista da 
Penísula 
Ibérica 
212 d.c. 
Edicto de 
Caracala 
PAX 
Romana
 Diversos povos, com 
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desenvolvimento. 
 Havia ainda pequenas 
colónias-feitorias 
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Cartagineses, com 
pouca influência
 “Ao norte do Tejo é a Lusitânia ocupada 
pelo povo mais poderoso entre todos os 
iberos, aquele que manteve, por mais 
tempo, a guerra contra os romanos. É 
limitada, a sul pelo Tagus (Tejo). 
 A sua parte oriental (Serra da Estrela) é 
montanhosa a e rude. A sua continuação é 
uma planície que se estende até ao mar. 
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além do Tagus, o Mundas (Mondego) e o 
Vaccua (Vouga). O limite norte é o Durius 
(Douro). 
 A Lusitânia abrigava diferentes povos, 
que tinham nomes diferentes. Cada um 
formava uma pequena república, que 
tinha as suas leis, seus usos e costumes. É 
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diferentes.” (…) 
Estrabão ( c.64 a. C.- c.24 a. C.) - historiador 
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Octávio dividiu esta 
região do Império em 
três províncias: 
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era Emerita Augusta; 
- Tarraconense, a mais 
extensa, com capital em 
Tarraco; 
- Baetica, a mais rica e 
desenvolvida com capital 
em Corduba.
Os povos conquistados abandonam progressivamente a 
sua forma de viver adotando a cultura e os hábitos dos 
conquistadores. 
Doc. 33 – pag112 
Agentes da 
Romanização 
Legionários - que se fixam na P. Ibérica 
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Autoridades locais
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 Tolerância em relação 
aos povos conquistados 
 Clima de paz e 
confiança 
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 Educação romana e 
criação de elites locais
As cidades que 
os romanos 
tornaram centro da 
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As cidades com 
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indígenas que os 
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Planta de Emerita Augusta 
As cidades possuíam diferentes estatutos: 
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romanos oriundos da Península Itálica 
que escolhiam as novas regiões para 
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Feitas à imagem e semelhança de Roma, as colónias romanas foram 
importantes pólos de desenvolvimento, de romanização e de 
aculturação dos povos locais.
Municípios – Eram cidades já existentes antes da chegada dos Romanos 
a quem estes concediam privilégios e autonomia e que se regiam por 
instituições semelhantes às da cidade de Roma, nomeadamente a Cúria 
(que correspondia ao Senado e um corpo de magistrados no top dos 
quais se situavam os duúnviros (que correspondia aos cônsules de 
Roma). Eram municípios Ebora (Évora), Salacia (Alcácer do Sal), 
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O Latim 
 Inicialmente utilizado nos 
documentos e actos oficiais, 
depressa passou a ser falado 
amplamente, facilitando a 
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conquistadores e conquistados 
que passaram a ter o latim 
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 A língua latina foi a mais 
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às línguas locais. Inscrição em latim num marco miliário da Via 
Nova, que ligava Braga a Astorga
A religião 
 Os romanos estenderam os 
seus deuses a todas as 
regiões do império, 
tolerando contudo os deuses 
locais, coexistindo 
pacificamente uns e outros. 
 A arqueologia demonstrou a 
existência de monumentos 
dedicados a deuses locais 
escritas em latim, a par de 
templos sumptuosos 
dedicados a deuses romanos. 
Ara 
romana 
dedicada 
ao deus 
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séc. II d. 
C. 
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O Direito 
 O respeito pela lei, por 
parte de dominadores 
e dominados era a 
garantia da ordem, 
protecção, segurança e 
paz. 
 Por outro lado, a 
grande abrangência 
das leis romanas 
permitia a resolução 
de problemas diversos. 
Placa de bronze encontrada 
nas em Aljustrel contendo 
legislação sobre a exploração 
das minas (impostos, rendas, 
profissões, etc.) – séc. I a. C. Doc. C Pag. 117
Rede viária 
 Os romanos tiveram uma especial atenção para com 
as vias de comunicação. 
 Construídas com fins militares e administrativos, as 
estradas Romanas e as pontes que as 
complementaram, ajudaram ao desenvolvimento do 
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um só espaço económico. 
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Desenvolvimento 
económico 
 A economia dos povos 
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alterações profundas 
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 Agricultura – Nas villae 
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de cereais, vinho e 
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Desenvolvimento 
económico 
 Indústria – Os romanos 
desenvolveram as 
indústrias mineira, da 
tecelagem e conserveiras 
(de peixe). 
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desenvolveram-se feiras 
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pouco conhecida de 
alguns povos, circula em 
abundância, sendo 
muitas vezes cunhada 
localmente. 
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de montanha, com culturas 
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 Uma indústria rudimentar e 
local. 
 Povoados fortificados 
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rudimentar. 
 Inúmeros dialectos falados 
 A uma economia agrícola baseada na 
propriedade individual, com 
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solos, emprego regular do arado e 
exploração simultânea do trigo, da 
vinha, do olival e da vinha. 
 Uma indústria desenvolvida ligada à 
exploração mineira, à tecelagem, à 
olaria, à salga de peixe. 
 Povoações e cidades aberta, 
instaladas nas planícies ou vales, 
com casas de tijolo ou adobe, chão 
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monetária altamente desenvolvida. 
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2. 3 a romanização da península ibérica

  • 1. A Integração de uma região periférica no universo imperial: A Romanização da Península Ibérica
  • 2. Fases da conquista da Penísula Ibérica 212 d.c. Edicto de Caracala PAX Romana
  • 3.  Diversos povos, com diferentes graus de desenvolvimento.  Havia ainda pequenas colónias-feitorias comerciais costeiras, Gregos, Fenícios e Cartagineses, com pouca influência
  • 4.  “Ao norte do Tejo é a Lusitânia ocupada pelo povo mais poderoso entre todos os iberos, aquele que manteve, por mais tempo, a guerra contra os romanos. É limitada, a sul pelo Tagus (Tejo).  A sua parte oriental (Serra da Estrela) é montanhosa a e rude. A sua continuação é uma planície que se estende até ao mar.  A Lusitânia é um país muito fértil, cortada por grandes e pequenos rios, a maior parte navegáveis. Os mais conhecidos, além do Tagus, o Mundas (Mondego) e o Vaccua (Vouga). O limite norte é o Durius (Douro).  A Lusitânia abrigava diferentes povos, que tinham nomes diferentes. Cada um formava uma pequena república, que tinha as suas leis, seus usos e costumes. É ocupada por cerca de 50 povos diferentes.” (…) Estrabão ( c.64 a. C.- c.24 a. C.) - historiador e geógrafo grego.
  • 5. Organização Administrativa Octávio dividiu esta região do Império em três províncias: - Lusitânia, cuja capital era Emerita Augusta; - Tarraconense, a mais extensa, com capital em Tarraco; - Baetica, a mais rica e desenvolvida com capital em Corduba.
  • 6. Os povos conquistados abandonam progressivamente a sua forma de viver adotando a cultura e os hábitos dos conquistadores. Doc. 33 – pag112 Agentes da Romanização Legionários - que se fixam na P. Ibérica - hispânicos que integram o exército romano Imigrantes vindos de itália Mercadores – desenvolvem laços comerciais com a população indígena, a quem compram e vendem produtos diversos. Autoridades locais
  • 7. Acção das autoridades provinciais  Tolerância em relação aos povos conquistados  Clima de paz e confiança  Construção de obras públicas  Educação romana e criação de elites locais
  • 8. As cidades que os romanos tornaram centro da sua vida e onde tudo o que era importante acontecia. As cidades com importantes funções administrativas atraíam a pouco e pouco os habitantes dos povoados indígenas que os abandonam.
  • 9. Planta de Emerita Augusta As cidades possuíam diferentes estatutos: - Colónias – cidades criadas de raiz por romanos oriundos da Península Itálica que escolhiam as novas regiões para viver. Assim nasceu Emerita Augusta (por vontade de Augusto que aí instalou os soldados reformados) Scalabis e Pax Julia Feitas à imagem e semelhança de Roma, as colónias romanas foram importantes pólos de desenvolvimento, de romanização e de aculturação dos povos locais.
  • 10. Municípios – Eram cidades já existentes antes da chegada dos Romanos a quem estes concediam privilégios e autonomia e que se regiam por instituições semelhantes às da cidade de Roma, nomeadamente a Cúria (que correspondia ao Senado e um corpo de magistrados no top dos quais se situavam os duúnviros (que correspondia aos cônsules de Roma). Eram municípios Ebora (Évora), Salacia (Alcácer do Sal), Myrtilis (Mértola)e Olisipo (Lisboa). Myrtilis Ebora Salacia
  • 11. Video: Conimbriga, Cidade Romana Séc. IIIdc
  • 12. O Latim  Inicialmente utilizado nos documentos e actos oficiais, depressa passou a ser falado amplamente, facilitando a comunicação e aproximando conquistadores e conquistados que passaram a ter o latim como a sua língua.  A língua latina foi a mais duradoura herança deixada pelos romanos  Torna-se a base das línguas peninsulares, sobrepondo-se às línguas locais. Inscrição em latim num marco miliário da Via Nova, que ligava Braga a Astorga
  • 13. A religião  Os romanos estenderam os seus deuses a todas as regiões do império, tolerando contudo os deuses locais, coexistindo pacificamente uns e outros.  A arqueologia demonstrou a existência de monumentos dedicados a deuses locais escritas em latim, a par de templos sumptuosos dedicados a deuses romanos. Ara romana dedicada ao deus indígena Nabia - séc. II d. C. Templo romano de Évora, provavelmente dedicado ao culto imperial - sec. I d. C.
  • 14. O Direito  O respeito pela lei, por parte de dominadores e dominados era a garantia da ordem, protecção, segurança e paz.  Por outro lado, a grande abrangência das leis romanas permitia a resolução de problemas diversos. Placa de bronze encontrada nas em Aljustrel contendo legislação sobre a exploração das minas (impostos, rendas, profissões, etc.) – séc. I a. C. Doc. C Pag. 117
  • 15. Rede viária  Os romanos tiveram uma especial atenção para com as vias de comunicação.  Construídas com fins militares e administrativos, as estradas Romanas e as pontes que as complementaram, ajudaram ao desenvolvimento do comércio, à circulação das pessoas e à formação de um só espaço económico. Marco miliário Doc. F - pag119
  • 16. Desenvolvimento económico  A economia dos povos peninsulares sofreu alterações profundas com a romanização:  Agricultura – Nas villae desenvolveu-se uma agricultura intensiva com aproveitamento dos solos e produção de cereais, vinho e azeite, ao mesmo tempo que se desenvolvia a criação de gado bovino, suíno e ovino.
  • 17. Desenvolvimento económico  Indústria – Os romanos desenvolveram as indústrias mineira, da tecelagem e conserveiras (de peixe).  Comércio – desenvolveram-se feiras e mercados e a moeda pouco conhecida de alguns povos, circula em abundância, sendo muitas vezes cunhada localmente. Industria de Salga de Peixe em Tróia Minas de Tresminas – Vila Pouca de Aguiar
  • 18. Antes Depois  Uma agricultura colectiva de montanha, com culturas episódicas de cereais nas encostas e aproveitamento dos produtos dos bosques (bolotas, castanhas).  Uma indústria rudimentar e local.  Povoados fortificados (castros) de montanha, com casas de pedra solta, chão de terra batida e cobertura de colmo ou lousa.  Uma economia de trocas rudimentar.  Inúmeros dialectos falados  A uma economia agrícola baseada na propriedade individual, com intensivo dos aproveitamento dos solos, emprego regular do arado e exploração simultânea do trigo, da vinha, do olival e da vinha.  Uma indústria desenvolvida ligada à exploração mineira, à tecelagem, à olaria, à salga de peixe.  Povoações e cidades aberta, instaladas nas planícies ou vales, com casas de tijolo ou adobe, chão de ladrilho e telhas de cobertura.  Uma economia comercial e monetária altamente desenvolvida.  Uso do latim, elemento de comunicação e unificação dos povos ibéricos.