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MARISE KOPPE
IVANETE BARBOSA
Número da minha matrícula-22062363106
UM NOVO PENSAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ALIADA À
NEUROPEDAGOGIA
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2013
MARISE KOPPE
IVANETE BARBOSA
UM NOVO PENSAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ALIADA À
NEUROPEDAGOGIA
Monografia apresentada ao curso de
NeuropedagogiA, do ESAP – Instituto de Estudos
Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE- Faculdades
Integradas do Vale do Ivaí, como requisito parcial
para obtenção do título d Especialista.
Orientadora: Ms. Rosilane Celi Karaziaki Merquides.
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2013
Marise Koppe
Ivanete Barbosa
UM NOVO PENSAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ALIADA À
NEUROPEDAGOGIA
Monografia apresentada ao Curso de Neuropedagogia, do
ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação e
UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí, como
requisito parcial para obtenção do título de Especialista.
COMISSÃO EXAMINADORA _______
Nota
__________________________________
Prof. Avaliador - Rosilane Celi K. Merquides
___________________________________
Secretaria
___________________________________
Secretaria
Marechal Cândido Rondon, 07 de dezembro de 2013
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus que na sua infinita
grandeza nos ilumina e nos orienta para
buscarmos a cada dia mais e mais
conhecimento, e aos nossos familiares por
nos apoiarem em todos os momentos.
Em especial obrigado aos nossos mestres pela
dedicação e paciência para conosco.
EPÍGRAFE
"Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das
diferenças"(Mantoan)
“é preciso mudar o jeito da escola, suas
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente a
Deus, que em todos os momentos nos deu
força, para prosseguirmos, aos nossos
familiares que nos compreenderam, a
professora Rosilene que nos orientou e
incentivou a dar continuidade em nosso
trabalho e aos nossos colegas de estudos
que estavam sempre nos apoiando e
incentivando-nos sempre.
BARBOSA, Ivanete e KOPPE, Marise.Um novo pensar na prática pedagógica aliada a
Neuropedagogis. ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE –
Faculdades Integradas do Vale do Ivaí. Monografia de curso de pós-graduação Lato Sensu em
Neuropedagogia. Marechal Cândido Rondon. 2013.
RESUMO
O pensar a relação entre a prática pedagógica e a neuropedagogia, eis o grande
desafio dos educadores. Os avanços da Neurociência trouxeram valiosas
contribuições à Educação, favorecendo o entendimento de como se aprende e a
descoberta das melhores formas de se ensinar.
Proporcionar o acesso às recentes pesquisas da área que mostram como as
mudanças físicas e químicas cerebrais interferem na aprendizagem e discutir as
diferentes estratégias de ensino que favoreçam as peculiaridades de cada aluno e
de cada situação em sala de aula.
Palavras chave: Prática; Escola; Ensino; Neuropedagogia.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................9
2. CONSTRUINDO O PPP................................................................. Error! Bookmarknot defined.
2.1 Participação da comunidade .......................................... Error! Bookmark not defined.
2.2 Avaliação durante a gestão............................................ Error! Bookmark not defined.
3. PRÁTICAPEDAGÓGICA........................................................ Error! Bookmarknot defined.
3.1. dia a dia da sala de aula............................................ Error! Bookmark not defined.
3.2. Capacitar para planejar melhor ................................. Error! Bookmark not defined.
3.3. A prática pedagógica levando em conta a realidade do aluno .Error! Bookmark not
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3.4. Quem é o professor................................................... Error! Bookmark not defined.
3.5. O projeto de intervenção pedagógica na escola....... Error! Bookmark not defined.
4. A SALA DE AULA................................................................... Error! Bookmarknot defined.
5. GESTÃO E AUTONOMIA........................................................ Error! Bookmarknot defined.
5.1 O papel da escola........................................................... Error! Bookmark not defined.
5.2 Produzindo o conhecimento na escola .......................... Error! Bookmark not defined.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................... Error! Bookmarknot defined.
REFERÊNCIAS............................................................................... Error! Bookmarknot defined.
APÊNDICE – PROJETO PITANGA ............................................... Error! Bookmarknot defined.
1. INTRODUÇÃO
A Neuropedagogia é uma área abrangente que norteia de forma completa as
melhores considerações da aprendizagem humana.
Suas intervenções são de grande valia não só para estímulos em criança em
desenvolvimento “normal”, mas principalmente para aquelas com transtornos
diversos que necessitam de um olhar apurado em seu tempo de aprendizagem,
tendo em vista que todo ser humano aprende, não importando suas limitações.
A Neuropedagogia confirma ainda mais a importância do papel do professor no
processo ensino/aprendizagem. O estudo da área sobre a memória e o sistema
límbico, apontam a motivação como um dos fatores essenciais no aprender,
uma vez que para isso é necessário armazenar os conhecimentos e as
experiências da memória.
Cabe ao professor estar verificando e avaliando o seu próprio desempenho no
decorrer das suas aulas, através do desenvolvimento dos seus alunos,
principalmente buscando uma prática que vem de encontro as necessidades
dos seus alunos. Então ele poderá estar apontando/buscando estratégias para
que a criança tenha oportunidade de se alfabetizar na idade certa
compreendendo como o conhecimento se processa.
Identificar a contribuição da neuropedagogia no processo da aquisição da
leitura e escrita.
-Verificar de que forma o “problema de aprendizagem” é caracterizado,
analisando como o cérebro aprende através da neurociência.
-Realizar um levantamento acerca do que seja um "problema de
aprendizagem" naconcepção do professor.
Atualmente, é grande o número de queixas que chegam a Clínica
Psicopedagógica em relação à dificuldade de atenção, mas como mencionado,
diversos são os fatores que determinam e interferem nesse processo, não é
possível relaciona-la sempre a um fator fisiológico, embora há a importância de
um diagnóstico diferencial, com outros especialistas envolvidos. Porém a
sociedade atual encontra-se deficiente de atenção e memória por
circunstâncias advindas da modernidade, da correria do cotidiano, da pressa e
ansiedade gerada pelos adultos e perpassada para as crianças seja em casa
e/ou na escola, e, por vezes, pela falta de tempo ou paciência em falar ou agir
com a criança dentro de seu ritmo de maturidade, ensinando-a dentro de seu
perfil. Esse tipo de situação cotidiana gera ansiedade e por vezes interfere na
atenção.
Conforme Fernandez (2001), a palavra atenção vem do verbo atender e atender é cuidar. Assim, a
atenção está vinculada a um aspecto sócio-afetivo de vínculo com o outro, sendo construída a partir
do modelo do adulto.
Portanto, é imprescindível e cuidadoso o diagnóstico para saber se a falta de atenção é um sintoma
fisiológico, ou apenas, um sintoma que a criança ou adolescente apresenta de um quadro
circunstancial, advindos de fatores emocionais inconscientes. Uma vez que, a distração não é
oriunda apenas de estímulos externos, mas envolvem também os distratores internos do sujeito
1. Como funciona o cérebro.
O cérebro humano é uma maravilhosa máquina que transforma uma simples
sensação em pensamento, é um órgão complexo, desvendado parcialmente
pela ciência, composto por células nervosas e glândulas.
Dentro desta complexidade é importante ressaltar as funções do encéfalo e dos
neurotransmissores, o encéfalo diferente do cérebro, é um conjunto de
estruturas que estão anatomicamente e fisiologicamente ligadas, são estruturas
especializadas que funcionam de forma integradas, para assegurar a unidade
ao comportamento humano. Possui uma constituição elaborada ao receber
mensagens que informam ao homem a respeito do mundo que o cerca além de
receber um permanente fluxo
de sinais de outros órgãos que o capacita a controlar os procedimentos vitais
do individuo, batimento cardíaco, a fome e a sede, as emoções, o medo, a ira,
o ódio e o amor tudo iniciando no encéfalo tendo o cérebro, a parte maior e
mais importante. Na aprendizagem a criança tem na concentração e atenção
aspectos importantes e fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e
motor, o aprendizado depende de alguns outros fatores, estimulo, interesse e
da funcionalidade adequada das estruturas que irão receber tais estímulos e
principalmente da atenção desta criança. Se a atenção é fundamental para a
aprendizagem é através do desempenho de uma estrutura complexa localizada
na parte central do tronco encefálico denominada de formação reticular (age
como se fosse um filtro), que mantém o córtex em condições para que possa
receber novos estímulos, decodificá-los e interpretá-los principalmente os
sensitivos que devem ser selecionados onde somente os estímulos importantes
passam por este "filtro", chegando ao córtex o que os torna conscientes
impedindo que os constantes bombardeios não venham atingir o córtex de
forma indiscriminada. Quanto aos neurotransmissores, são substancias
químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas, por meio delas
podem enviar informações a outras células, podem também estimular a
continuidade de um impulso ou efetivar a reação final no órgão ou músculo
alvo, elas agem nas sinapses que são o ponto de junção do neurônio com
outra célula. Os Neurotransmissores possibilitam que os impulsos nervosos de
uma célula influenciem os impulsos nervosos de outra permitindo assim que as
células do cérebro por assim dizer, "conversem entre si". O corpo humano
desenvolve um grande número dessas mensagens químicas para facilitar a
comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do cérebro, são
substancias que funcionam como combustível cerebral, nos deixam mais
felizes e são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. O
interesse dos pesquisadores, suas descobertas, tem crescido em resposta á
necessidade de, não somente entender os processos neuropsicobiológicos
normais mais principalmente para respaldar a ciência da educação.
Modernas técnicas estão começando a revelar como o cérebro tem conseguido
a notável proeza da aprendizagem, as ciências cognitivas modernas, estão
sendo capazes de estudar objetivamente muitos componentes do processo
mental tais como atenção, cognição visual, linguagem, imaginação mental etc.
(Cardoso, Sabbatinni, 2000, "Cérebro e Mente". Novos desafios terão pela
frente, certamente novas conquistas, possivelmente os obstáculos existentes
entre neurocientistas e educadores serão ultrapassados, novos paradigmas
irão impulsionar a ciência principalmente a
aqueles que se preocupam com a educação sob novos olhares.
1.1 Como se estrutura o aparelho cognitivo?
O encéfalo, nosso aparelho cognitivo, forma um todo complexo pouco
compreendido, entretanto, o pouco sabido é suficiente para incrementar nossas
práticas escolares. Pode-se didaticamente dividi-lo em três partes: o cerebelo
(1), o sistema límbico (2) e o córtex (3). O cerebelo (1) é a parte do encéfalo
responsável por estruturar os comandos mecânicos de nosso corpo. Quando
aprendemos a falar, a escovar os dentes ou andar de bicicleta é este sistema
que recebe as instruções que programam sua rede de neurônios, instruções
estas difíceis de serem implantadas mas que depois jamais são esquecidas. O
sistema límbico (2) se compõe do hipotálamo, tálamo, amígdalas e hipocampo.
Pode ser entendido como um cérebro réptico completo em si mesmo.
A evolução fez com que fosse somado a este cérebro réptil um córtex capaz de
dar suporte as capacidades humanas superiores e manteve este cérebro
primitivo atribuindo-lhe vários papéis instintivos além da
função essencial de reter as informações colhidas durante o dia. Instintos
básicos como o medo e a decisão de lutar ou correr diante de uma ameaça são
gerenciados pelas amígdalas e hipotálamo, já o hipocampo perfaz a memória
que registra os dados colhidos diurnamente. É no córtex (3) onde se registram
definitivamente o que se aprendeu durante o dia. Diversos casos clínicos como
o do sujeito acidentado que esquece o que aprendeu minutos atrás forneceram
as pistas de como funciona a aprendizagem.
1.2 Como funciona na prática o aparelho cognitivo?
O córtex, embora possa reter informação equivalente a de milhares de PCs de
último tipo não consegue gravar dados durante o dia. Ou ele se deixa ler ou ele
se deixa gravar. Aqui se faz analogia com os computadores mas tal analogia é
só aproximação porque nos PCs separam dados e processamentos no córtex
todo o processo é integralizado, dados e processamentos ocupam a mesma
rede neuronal. Mas como não se pode gravar no córtex durante o dia, para
onde vão os dados? É no hipocampo que guardamos as informações durante
o dia. Este se assemelha neuronalmente ao córtex, ocorre com tudo que seus
dados são copiados para o córtex todas as noites durante os sonhos e o
hipocampo é depois apagado. Uma vez no córtex, os dados ficam retidos para
sempre... Freud já defendia que não existe esquecimento o que existe é não
lembrança... Esquecer é na verdade não lembrar. Prova-se esta asserção pelo
simples fato de se conseguir lembrar de coisas em situações especiais ou
ainda sob hipnose (então o dado não foi apagado...). Mas como fazer com que
uma informação seja transferida para o córtex?
Ao contrário do cerebelo, onde escolhemos exatamente o que queremos
gravar, no córtex o sistema que copia do hipocampo para ele é inconsciente. O
critério de escolha do que se copia é dado pela “profundidade” das marcas
deixadas no hipocampo. Estas podem ser mais “marcantes” se tiverem uma
emoção qualquer associada ou então se fizermos deliberadamente marcas
mais fortes! Quando se estuda, quando se lê e se busca compreender um dado
conceito, o esforço empregado atribui um certo valor que o sistema
inconsciente de cópia reconhece como importante e o copia. O truque então é
simples: Basta que o aluno estude no mesmo dia da aula o que lhe foi
ensinado! Tem que ser no mesmo dia para que o conteúdo da aula dada esteja
no hipocampo. O problema aqui é fazer com que o alune estude.
2. A escola que temos.
A verdadeira escravidão existe quando o escravo nem desconfia de sua
condição de escravo. Ela é sutil e discreta. Na sociedade moderna,
pretensamente democrática, a escravidão apresenta-se de outras formas.
Aquele que é disléxico, hiperativo que apresenta qualquer disfunção
neurológica passam sem ser notados. Isso muito contribui para o aluno de
educação de jovens e adultos, ter uma auto estima baixa. Como diz Relvas
“Temos duas memórias, uma que se emociona, sente ,comove outra que
compreende, analisa, pondera, reflete...” Trata-se de emoção e razão. Esta
escola é um local, dentre outros (trabalho, família,) aonde professores e alunos
exercem a sua cidadania, ou seja, comportam-se em relação a seus direitos e
deveres de alguma maneira. Acontece muitas das vezes por falta de
informação, o docente e alguns funcionários cometeram algum equivoco por
não conhecerem o lado emocional dos alunos. No entanto, segundo o autor
Henri Wallon tudo se passa como se a educação fosse algo estático, algo
eterno, imutável, pronto e acabado, necessitando de uma reflexão de nossas
atitudes em educação de jovens e adultos. Queixam-se professores de um
lado, aborrecem-se alunos de outro e todos juntos perpetuam uma situação
escolar praticamente insustentável, como se fosse uma fatalidade cuja a
resolução não lhes dissesse respeito. Esquecem-se ambos de que existem os
direitos e deveres do profissional Professor, descritos no seu estatuto; existem
os direitos e deveres da criança e do adolescente, recém garantidos pela nossa
constituição. Para além deles existem os interesses dos professores que
podem querer formar em seus alunos este ou aquele tipo de consciência, deste
ou daquele modo, seja apenas informando os alunos, seja orientando
experiências participativas para este aprendizado. Existem os interesses dos
alunos, próprios de suas idades e do momento de seu processo de maturação,
e que os faz vibrar, se envolverem, se empolgarem e aprenderem muito mais,
quando são sujeitos ativos e participativos do que quando são apenas leitores
ou ouvintes. Portanto o desenvolvimento da cidadania, a formação da
consciência do eu tem na escola um local adequado para sua realização
através de um ensino ativo e participativo, capaz de superar os impasses e
insatisfações vividas de modo geral pela escola na atualidade, calcado em
modos tradicionais. È preciso usar o conhecimento que o professor já dispõe
sobre o trabalho escolar com a informação baseada no livro que atesta a
importância que as informações da neurociência trás a educação. Vivemos em
uma sociedade em que o conteúdo está em baixa, temos muitas informações,
mas pouco conteúdo, sutilmente estamos sempre defasados ao que acontece
no mundo, as informações são muitas, pouco se apreende. É a neurociência
que seria este norteador para nos mostrar as possíveis falhas do sistema
Educacional.
Destacar que um relacionamento sem afetividade entre quem ensina e aprende
é fato gerador de desmotivação para o aluno e perda de significação do
processo educativo e ainda, o reconhecimento das facilidades e dificuldades de
quem aprende é ponto de partida para a busca de estratégias educacionais
diferenciadas a serem aplicadas, facilitando o processo ensino-aprendizagem.
3. Dificuldades na aprendizagem: uma visão geral.
A aprendizagem constitui-se de um processo que vai além da escola, tanto a
inteligência quanto a afetividade são mecanismos que permite ao individuo a
construção de noções, situações e desenvolvimento de habilidades. Ao longo
do desenvolvimento cognitivo e afetivo, a formação do sujeito se faz pela
resolução de conflitos, de aquisições, sendo aprendizagem o produto da
interação das necessidades que vão se modificando e, assim, configurando
novos conflitos, que influenciam a maneira como as etapas do desenvolvimento
serão experimentadas. Nesse contexto, a aprendizagem é um processo tão
importante de sobrevivência do homem que, cada vez mais, as escolas e as
tecnologias estão sempre se aperfeiçoando para tornarem a aprendizagem
mais eficiente.
3.1 Conceituando dificuldades de aprendizagem.
O desenvolvimento intelectual ou a aquisição de funções psíquicas superiores
na constituição do pensamento decorre de mudanças psicológicas. Educar é
uma preparação para a vida e tem como objetivo determinar quais as funções
mentais necessárias à execução de uma tarefa. O problema surge nas
alterações destas funções, que influenciarão diretamente sobre o processo de
aprendizagem.
Dificuldade de aprendizagem é um tipo de desordem pelo qual um indivíduo
não consegue se apropriar de determinado conhecimento por fatores
intrínsecos ou extrínsecos. A presença de uma dificuldade de aprendizagem
não significa necessariamente que a criança possua um transtorno mental, a
dificuldade pode ser causada por problemas passageiros como por exemplo
condições inadequadas: separação dos pais, perda de alguém, baixa auto
estima ou problemas psicológicos. Ela pode levar o aluno ao fracasso,
causando grandes angústias nos professores. O importante é entender o que
se passa no processo educativo e os motivos que levam essas dificuldades a
fracassos escolares, tornando muitas vezes fracassos de vida. Não menos
importante e desafiante é repensar as práticas educativas, envolvendo não só
os alunos mas também professores, coordenadores, diretores e todos que
fazem parte do processo, um recorte para uma intervenção psicopedagógica.
As dificuldades de aprendizagem implicam o estudo da rede de relações
cotidianas na quais o sujeito está inserido sendo geralmente apresentadas na
escola, já que a maioria dos pais não tem informação sobre o desenvolvimento
normal das habilidades, tendo assim o professor, papel fundamental,
sinalizando para a família qualquer comportamento que interfira nesse
desenvolvimento. Entretanto o sistema educacional bem como a sociedade
rotula e exclui todo aquele que não apresenta desenvolvimento no nível normal
de aprendizagem. Cada sujeito possui um conjunto de características
individuais que os diferenciam dos demais, seja na forma física ou no ritmo de
seu desenvolvimento. Essas diferenças levam a sociedade a considerá-lo
incapaz de desenvolver determinadas habilidades. Atualmente, a importância
dada aos problemas de aprendizagem tem aumentado significativamente. Isso
se deve ao fato que o sucesso do individuo está diretamente ligado ao
desempenho escolar, por isso, cada vez mais um número de crianças são
atendidas por psicopedagogos, psicólogo, fonoaudiólogos, neuropediatras e
psiquiatras. As dificuldades específicas de aprendizagem se referem àquela
situação que ocorre com criança que não consegue acompanhar um grau de
acompanhamento escolar compatível com sua capacidade cognitiva. Muitas
crianças em fase escolar apresentam dificuldades em realizar certas tarefas
que podem surgir por diversos motivos, como proposta pedagógica,
capacitação do professor, problemas familiares, déficit cognitivo entre outros
motivos. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não quer dizer
necessariamente que o sujeito possui um transtorno já que este depende de
um conjunto de sintomas de ordem neurológica ou motora. A descrição dos
transtornos pode ser encontrada em manuais internacionais de diagnóstico de
doenças: CID-10 e DSM-IV.
3.2 Afetividade e dificuldades de aprendizagem.
Depois da família, a escola é a principal comunidade em que a criança
ingressa. Pelo interesse na formação ou pela necessidade dos pais
trabalharem, as crianças ingressam cada vez mais cedo nas escolas. Apesar
das crianças de hoje apresentarem mais experiência e conhecimentos do que
nós em nossa época do Jardim de Infância, dada tamanha influência da mídia,
alguns aspectos são os mesmos. A entrar na escola, a criança não se identifica
como parte, já que tudo é estranho e desconhecido, inclusive o professor. Essa
relação entre professor e aluno depende da formação do primeiro e do contexto
de vida do segundo, como cada sujeito é diferente na sua maneira de ser e de
agir, ele o será também em sua maneira de aprender. Uma aprendizagem
significativa surge do trabalho onde o aluno constrói seu próprio conhecimento
a partir de informações que recebe na medida em que consegue estabelecer
relações com suas concepções prévias. Ocorre que professor não considera o
que o aluno já sabe, muitas vezes as classes são vistas como um grupo de
indivíduos. Deve-se entender o individuo como um ser com sua história, sua
singularidade. Segundo Nádia Bossa (2000, p.56) dentro das questões da
afetividade destaca-se as seguintes possibilidades que impedem a
aprendizagem: “ A criança pode estar numa escola onde a forma de ensinar,
não está de acordo com sua forma de aprender, ela pode não compreender a
importância do que está sendo ensinado, porque o professor não lhe mostra
como utilizar aquele conhecimento na vida, ela pode não aprender porque seu
professor não sabe ensinar ou não gosta da sua profissão, ou ainda não se
encontrou nos métodos.” E ainda, ela pode não aprender porque precisa de
uma ajuda especial e seu professor e sua família não sabem disso.”
Considerando os aspectos citados o papel do professor, então, como
mediador, é de grande importância pois ele é quem demonstrará através de
suas atitudes e projetos o quanto é importante e prazeroso o ato de aprender e
que errar faz parte deste processo, inclusive foram através de erros que
pesquisadores e cientistas descobriram coisas importantes. A importância de
uma relação clara e próxima entre professor e aluno dar-se-á na medida em
que o aluno passa a arriscar-se mais independentemente de sua capacidade.
O professor por sua vez deve preocupar-se com o respeito às histórias
limitações de cada aluno. Dentro do ambiente escolar todos os sujeitos
envolvidos devem ter as mesmas oportunidades de participação, colaboração,
sucesso e fracasso, mesmo que o professor proporcione atividades especiais
para os alunos com mais dificuldades, pois provar do sucesso é fundamental
para auto-estima, que é fator imprescindível para busca de resultados e
dedicação do aluno. “A resposta do meio ao sujeito que não aprende é uma
imagem sumamente desvalorizada de si mesmo. A sociedade e a instituição
não se encarregam desse problema, e o paciente fica marginalizado. Embora,
algumas vezes, esse seja efeito buscado, inconscientemente, a imagem que
provoca redunda de modo dialético na deterioração do sujeito.” Sara Pain
(1982, p.89). Planejar, neste contexto, assume papel importante para o
professor, pois um dos primeiros cuidados em seu planejamento é verificar a
relevância do que está sendo proposto para a aprendizagem diante do contexto
de seus alunos. Não menos importante é a postura adotada em sala de aula no
relacionamento com o aluno, quanto mais tranquila, mais equilibrada, for essa
relação entre professor e aluno, maior será o desejo da criança aprender. A
criança pode apresentar dificuldades na aprendizagem pelo fato de perceber
seu professor como um ser tão importante, tão inacessível ao ponto de não
criar espaço para a criança. Há caso em que o professor banaliza tanto o
saber, colocam-no pouco criativo e interessante, que a criança fica
desmotivada, colocando sua atenção em algo mais prazeroso.
4. A Neuropedagogia presente na Educação.
A Neuropedagogia atua no campo da educação desenvolvendo ferramentas
holográficas capazes de corrigir as dificuldades de aprendizagem escolar
oferecendo instrumentos de inclusão social capaz de extrair o máximo do
potencial funcional de cada individuo ao transformá-lo em todas as
capacidades independentemente de sua origem social, qualidade de ensino
escolar ao qual está submetido ou grau de desenvolvimento pessoal.
Portanto, mais que eliminar dificuldades de aprendizagem, a
Neuropedagogia auxilia também jovens e adultos a modificar suas estruturas
funcionais limitantes, aperfeiçoando suas operações das matrizes de
inteligência, possibilitando a expressão máxima da sua potencialidade: a
genialidade pessoal. Segundo a Neuropedagoga Adriana Peruzo, "apostar nos
estudos da neurociência pedagógica é apostar numa evolução crescente e
segura, é vincular o educador a ideias, a comportamentos e a pensamentos
complexos, é levar ao educando a noção do sujeito do processo da aquisição e
da produção do conhecimento". A neurociência pedagógica é um ramo da
ciência que compatibiliza o cognitivo (técnica de ensino) e o cérebro humano,
adequando o funcionamento do cérebro para melhor entender a forma como
este recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora
todos as sensações captadas pelos diversos elementos sensoriais para a partir
deste entendimento poder adaptar as metodologias e técnicas educacionais a
todas as crianças e principalmente aquelas com as características cognitivas
emocionais diferenciadas. A Neuropedagogia entre várias funções torna o ato
de estudar, frequentar a escola, ler, enfim aprender, interessante, prazeroso e
fácil, as pessoas vêm sendo trabalhadas com esta ciência tanto para eliminar
incapacidades de aprendizagem como para expandir conhecimentos
específicos, é uma ferramenta moderna e eficiente na construção e
transformação de quem aprende. A união entre a neurociência e a pedagogia,
está dando origem a estratégias educacionais inovadoras, a plasticidade
cerebral, a aquisição da linguagem e a formação da mente simbólica, são
analisadas em profundidade, é um extenso e fascinante universo de
potencialidades que cada um de nós tem o nosso cérebro.
O cérebro se modifica aos poucos fisiológica e estruturalmente como resultado
da experiência, a aprendizagem, a memória e emoções ficam interligadas
quando ativadas pelo processo de aprendizagem.
Entre os modos e oportunidades em que o cérebro se modifica e desenvolve a
sua estrutura para atender as novas exigências de desempenho, uma delas
está em aprender. Estas modificações também são extensivamente estudadas
pela neurociência sob vários aspectos tidos como plasticidade cerebral.
A característica plástica de uma estrutura pode ser definida utilizando-se como
ponto de partida a possibilidade de alteração estrutural, adaptabilidade a nova
morfologia ou funcionabilidade ou ainda capacidade de transformação.
Antigamente admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade
regenerativa e que o cérebro era definido geneticamente, no entanto, como
explicar o fato de pacientes com graves lesões, obterem com auxilio de
terapias e estímulos, a recuperação da função cerebral, a ciência tem
comprovado através de pesquisas que com o aumento do conhecimento sobre
o sistema cerebral e que sendo ele mais maleável e flexível do que se
imaginava ao se modificar sob efeito da experiência das percepções, das
ações e do comportamento. O avanço dos neurocientistas na descoberta no
que diz respeito à plasticidade cerebral oferece uma nova visão de como
acontece o processo de aprendizagem e de aquisição de novas habilidades
cerebrais, a plasticidade cerebral pode ser aplicada á educação, deve-se
considerar facilidade do sistema nervoso em se ajustar diante das diferenças e
influências do ambiente por ocasião do desenvolvimento infantil e também na
fase adulta. Segundo Marta Relvas, " A plasticidade em um organismo normal
é o processo de aprendizado que se desdobra em duplo aspecto: o motor, que
se dá num nível inconsciente e se faz de forma automática e o segundo nível, o
consciente que depende da memória, seja emocional, seja cultural.
O termo aprendizagem não é falar somente o que acontece entre paredes de
sala de aula, sob o ponto de vista da neurociência, é entender que cada um de
nós é único em seu conjunto e ao mesmo tempo peculiar no quadro de suas
capacidades e de atributos que suas múltiplas inteligências podem lhes trazer.
É principalmente, mudança de comportamento e de vista, sob olhares da
neurociência, é o movimento dos neurônios que se interligam criando ligações
(sinapses), trajetórias e redes de circuitos que se reforçam e se sustentam pela
repetição e pela necessidade do "uso" e, sobretudo, da busca incessante pela
exploração de si mesmo, do meio ambiente e do outro.
De maneira geral, existe um certo desconhecimento da anatomia e da fisiologia
do SNC e periférico, são alguns questionamentos para saber por onde passam
todos os processos da aprendizagem do ser humano e como ocorre a
alfabetização no cérebro das crianças.
O aluno não pode ser tratado de maneira igual, o tratamento das diferenças
direciona melhor o ensino, e oferece qualidade na aplicação do método, não se
trata de preferência nem tampouco privilégio, é preciso enviar esforços ao
qualificar o trabalho pedagógico e consequentemente a melhoria do padrão de
ensino, saber que todos possuem diferenças essenciais e conduzi-la de forma
eficiente, demonstra competência e habilidade consolidando o trabalho escolar.
Assim, conhecer a anatomia e a fisiologia da aprendizagem, expurga os
conceitos errôneos e os pré-julgamentos de que a criança está sempre errada,
é incompetente ou até mesmo relapsa, é preciso associar o processo de
aprendizado e desenvolvimento humano ao funcionamento do cérebro e sua
plasticidade.
5. Processos Neurológicos: Neuropedagogia e a Complexidade
Cerebral na Sala de Aula.
Para garantir que as informações sejam transformadas em aprendizagem, as
aulas devem ser emolduradas pela emoção o conhecimento e a aplicação da
Neuropedagogia na educação perpassa por uma visão neurocientífica do
processo de ensinar e aprender. Contribui na identificação de uma análise
biopsicológica e comportamental do educando por meio dos estudos da
anatomia e da tisiologia no sistema nervoso central. Explica, modela e
descreve os mecanismos neuronais que sustentam os atos perceptivos,
cognitivos, motores, afetivos e emocionais da aprendizagem.
Sob este ponto de vista educacional, conhecer o processo da aprendizagem se
tornou um novo desafio para os professores, e o ambiente desta especificidade
é a sala de aula. É preciso reconfigurar este lugar de forma que se possa
promover maior convergência entre Ciência, aprendizagem, ensino e
Educação.
O professor, ao estabelecer as estratégias de ensino em relação ao seu
conteúdo em seus planejamentos, deve estar ciente de que as suas turmas
constituem uma biologia cerebral, tal qual uma verdadeira ecologia cognitiva.
Afinal, funcionam em movimentos ininterruptos de transformações intrínsecas e
extrínsecas. É preciso que o professor perceba que, neurofisiologicamente, os
alunos estão com os sistemas dos sentidos biológicos muito estimulados e, por
conseguinte, existe um movimento de conexões nervosas que nunca estanca.
O aprendiz atual é o Sujeito Cerebral. Este novo conceito vem surgindo com as
descobertas da Neurociência nas últimas décadas. O cérebro vem se tornando,
mais que um órgão, um ator social que responde cada vez mais por tudo aquilo
que outrora costumava se atribuir à pessoa, ao indivíduo, em partes. Surgiu
como único e verdadeiramente indispensável para a existência do "eu" e para
definir a individualidade na pluralidade O humano se tornou "sujeito cerebral". É
o estudante que argumenta, questiona e que tem autonomia em aprender: O
papel do professor é provocar desafios, promover ações reflexivas e permitir o
diálogo entre emoções e afetos num corpo orgânico e mental que é o "palco"
destas reações.
Para garantir que as informações sejam transformadas em aprendizagem, as
aulas devem ser emolduradas pela emoção, pois quando estas têm significado
para a vida e vêm pelo caminho da emoção, jamais serão esquecidas. Quando
o estímulo já é conhecido do sistema nervoso central, desencadeia uma
lembrança, quando o estímulo é novo, desencadeia uma mudança. Assim,
torna-se mais fácil compreender a aprendizagem do ponto de vista neu-
rocientífico. Por isso é que, hoje, toda a questão de aprender torna-se
inesgotável, pois se existem várias maneiras de aprender pelos circuitos
neurais, têm-se diferentes maneiras de se ensinar.
Diante da criação e da elaboração do pensar, faz-se necessária a conjugação
de saberes cognitivos, emocionais. Para isso, o cérebro tem de estar pronto a
realizar novas conexões e, principalmente, desejar que isso ocorra, pois
aprender é um ato "desejante".
5.1 Novos rumos.
O novo caminho que o professor poderá percorrer a fim de despertar o
interesse do estudante para as novas aprendizagens é pelas conexões afetivas
e emocionais do sistema límbico, sendo estas atividades no cérebro de
recompensa. Por isso, precisam ser preservadas e respeitadas, pois são
centenas energéticas que provocam a liberação de substâncias naturais, os
mensageiros químicos conhecidos como serotonina e dopamina, pois estão
relacionados à satisfação, ao prazer e ao humor. Já o estresse na sala de aula
provoca a liberação de adrenalina e cortísol, substâncias que agem como
bloqueadoras da aprendizagem e que alteram a fisiologia do neurônio,
interrompendo as transmissões das informações das sinapses nervosas.
Para uma aprendizagem significativa, a aula tem de ser prazerosa, bem-
humorada, elaborada e organizada estrategicamente a fim de atender aos
movimentos neuroquímicos e neuroelétricos do estudante. O cérebro é ávido
por novas informações. O professor que não instiga seus estudantes à dúvida e
à curiosidade, inibe o potencial de inteligência e afetividade no processo de
aprender.
O cérebro humano, no início de uma aula, solicita, por meio de suas conexôes
neurais, fatos novos, pois a concentração inicial é fundamental para receber
novas informações, devido à produção de aceticolina, que mantém os
movimentos das sinapses da célula neural. E muitas das vezes, o que o
professor acaba fazendo? Usa esses momentos iniciais e preciosos para o
cérebro fazendo 'tomada' ou "dando" informações que este cérebro muitas das
vezes já conhece, por exemplo, revisão do que já foi dito. Esta estratégia
deveria ser reservada para o final da aula. O professor precisa provocar
inicialmente no educando aquilo que ele ainda não sabe ou não conhece, e
propor desafios. O cérebro agora, diante de fatos novos ! Ao final de uma aula,
solicite ao estudante que relate oralmente, ou por escrito, ou por outra
estratégia, o que ele aprendeu. Na verdade, ele não diz o que aprendeu, e sim
o que fez na aula. Por isso, é momento de se pensar uma nova maneira de
ensinar, pois o aprender é se transformar intrinsecamente por reflexões de
atitudes e de comportamentos. O estudante tem de encontrar significado no
que estuda, do contrário, o cérebro, como fiel escudeiro da aprendizagem
significativa, deve encontrar coerência na informação que recebe, senão a
apaga.
5.2 Currículo Escolar
Quando se entende o funcionamento da aprendizagem, compreende-se que
esta é individual e personalizada por isso não combina com currículo escolar,
porque o da escola institucional não é o ritmo da sinapse neural. O estudante
tem de aprender ou pseudo aprender os conteúdos das necessidades
estatísticas, e muitas vezes aprende numa determinada dificuldade e esta não
é resolvida. Como que nunca se pára para solucionar o problema do estudante,
sua vida escolar com atos em diferentes aspectos, percebe num processo de
insucesso escolar ao longo de sua vida acadêmica e, muitas vezes, desistindo
de estudar. Quando fala que aprendizagem é o ritmo de cada um, isto tem a ver
com as sinapses neurais que perpassam pelo interesse do cérebro de
recompensa e o desejo do sistema límbico e cognitivo.
Os objetivos educacionais e as práticas pedagógicas precisam ser repensados,
a fim de valorizar a aprendizagem biológica ou sináptica, mas também a
subjetiva, a afetiva, a emocional, a social e a cultural. Os agentes destas
mudanças são os representantes e integrantes envolvidos na escola,
alicerçados pela família. É necessário construir vínculo afetivo para que se
possam compreender as necessidades e o comportamento dos estudantes,
bem como suas limitações, ideias divergentes e soluções criativas para
diversos problemas
Hoje, o diálogo entre Educação e Neurociência é possível, porém implica na
demanda de pesquisas e conhecimentos inerentes dos processos
neurofisiológicos na relação da aprendizagem e do comportamento humano.
As atividades pedagógicas apresentadas em sala de aula e na escola devem
promover especificamente o aprofundamento dos conceitos e o de-
senvolvimento de pensamentos mais abrangentes e complexos do cérebro,
a fim de saber aplicar e provocar diferentes estímulos, no momento certo, no
processo do acompanhamento nos métodos pedagógicos. É necessário
provocar desafios, como utilizar o espaço fora da sala de aula, criar projetos de
leitura e escrita, ajudar os estudantes a preparar discursos, despertar para os
debates, elaborar palavras cruzadas. Reescrever letras de músicas para
trabalhar conceitos, jogos de estratégias, usar informações em gráficos,
estabelecer linhas do tempo, proporcionar atividades de
movimentos. Desenhar mapas e labirintos, conduzir atividades de
visualização, jogo de memória. Permitir a criação, valorizando o ritmo de cada
um, designar projetos individuais e direcionados, estabelecer metas, oferecer
oportunidades de receberem informações uns dos outros e envolver em
projetos de reflexão, utilizando-se de aprendizagem cooperativa.
6. O que é a Neuropedagogia?
A neuropedagogia se a têm a um principio básico: Como o cérebro humano
aprende e como guarda este aprendizado. Com esta concepção,
extremamente ligada a neurociência, a neuropedagogia irá estudar e
compreender o cérebro como propulsor do aprendizado e levar isto para a
escola considerando acima de tudo os métodos e metodologias que irão
interferir de forma significativa para o verdadeiro aprender.
Ensinar requer compreensão de como fazê-lo e vai muito além do incansável
bla-bla-bla de sala de aula. Poderíamos acrescentar que a capacidade de
aprender, de ser inteligente está ligada ao prazer que a conquista do
conhecimento pode proporcionar, principalmente quando este conhecimento é
produzido pelo próprio educando. Isto nos leva a supor que o nível de emoção
no momento do aprender interferiria no resultado final do processo. O cérebro é
o órgão por excelência da inteligência. Neste caso se queremos compreender
como ocorrem os processos intelectivos, precisamos compreender os
mecanismos cerebrais responsáveis pela aprendizagem. O cérebro esta
dividido em três partes fundamentais: o hipotálamo, o sistema límbico e o
córtex.
O Hipotálamo é um pequeno órgão, localizado na base do Crânio que controla
as funções de sobrevivência. Ali reside o centro da fome, da saciedade, da
sede, do impulso sexual.
O Sistema Límbico tem a função de prover o individuo de emoções, é
denominado como a casa dos sentimentos. É responsável pelo equilíbrio ou
desequilíbrio emocional do ser humano, responsável pela produção das
sensações ligadas aos processos emotivos.
O Córtex é responsável por três tarefas: o controle dos movimentos do corpo, a
percepção dos sentidos e o pensamento.
A maior parte das transformações no cérebro ocorre nos primeiros 6 anos de
vida. Como a criança nasce com mais neurônios do que vai precisar na vida
adulta, nesse período ocorre o que é chamado de "poda" cerebral, pelos neuro
cientistas, nesta fase as sinapses mais integradas ao sistema sobrevivem
enquanto as menos utilizadas são eliminadas. Do primeiro ao quinto ano de
vida, são eliminadas cerca de 100 mil conexões por segundo.
Esta não é a única revolução que se passa no cérebro, nessa época. Abrem-
se também as "janelas" de oportunidades, que é um período fértil de
aprendizado de certas habilidades, levando em consideração a faixa etária de
cada individuo é claro. Tudo tem uma idade e uma medida certa para ocorrer.
A criança de 2 anos por exemplo, está na fase sensório motora que é a melhor
fase para se desenvolver os sentidos e os movimentos e não a lógica da
abstração de símbolos gráficos.
Vale salientar que o aluno, sujeito da aprendizagem, é um ser social, afetivo,
cognitivo e com um desenvolvimento motor, psicomotor e perceptivo a ser
considerado. O ser humano é muito mas amplo, com fatores a serem
conhecidos não só apenas na realidade do dia-a-dia escolar, mas no seu meio
sócio cultural de uma aprendizagem que acontece na " hora da concepção
deste ser". Sendo assim, deve-se levar em conta os 4 pilares definidores de
estratégias para promover a verdadeira educação de qualidade visando
sempre o desenvolvimento humano, são eles:
 Aprender a Ser
 Aprender a Conviver
 Aprender a Fazer
 Aprender a Conhecer
A noção de educação como desenvolvimento humano define o objetivo maior
da educação como a construção, pelas pessoas de competências e
habilidades que lhes permitam alcançar seu desenvolvimento pleno e integral.
Os Quatro Pilares servem, em seu conjunto, como princípio organizador nesse
processo de construção de competências e habilidades.
A neuropedagogia é uma ciência abrangente que norteia de forma completa as
melhores considerações da aprendizagem humana. Suas intervenções são de
grande valia não só para estímulos em crianças em desenvolvimento "normal",
mas principalmente para aquelas com transtornos diversos que necessitam de
um olhar mais apurado em seu tempo de aprendizagem, tendo em vista que
todo ser humano aprende, não importando suas limitações.
7. E qual o reflexo da Neuropedagogia na Educação?
A Neuropedagogia, confirma a importância do papel do professor e sua prática
pedagógica no processo de ensino/aprendizagem. Os estudos da área, sobre a
memória e o sistema límbico (hipófise, amígdala e hipotálamo), apontam à
motivação como um dos fatores essenciais no aprender, uma vez que para isso
é necessário armazenar os conhecimentos e as experiências na memória. E
essas são formadas inicialmente no hipocampo por meio de experiências com
carga emocional.
Naturalmente que não é suficiente o professor apresentar uma aula motivadora
a seu aluno para que ele aprenda, existem outros processos e estratégias de
ensino que aliadas favorecem o contexto, como a apresentação de conteúdos
significativos, a relevância dos conhecimentos prévios desse aprendiz, a
participação da vivência nas atividades e a oportunidade de rever os conceitos
ensinados de maneiras diferenciadas.
Ainda temos muito a caminhar no processo educacional. A Educação Formal
precisa ser revista e sair do mecanicismo, conforme Fonseca (2007) “é preciso
ensinar o indivíduo a aprender a aprender, a aprender a pensar, a aprender a
estudar, a aprender a se comunicar, e não apenas reproduzir e memorizar
informações, mas sim, desenvolver competências de resolução de problemas”.
Seguindo no mesmo pensamento, Taricano (2009) ressalta a importância do
ensino da lógica e do conhecimento de técnicas apropriadas de acordo com o
funcionamento cerebral para tornar a aprendizagem mais eficaz."
Os modos de ensinar e aprender mudaram substancialmente nos últimos
tempos, especialmente pelo advento de um novo paradigma em educação.
Uma nova perspectiva progressivamente vem-se instalando no contexto
educacional transformando concepções e práticas, repensando principalmente
o papel da escola na formação integral desse sujeito. Nesse contexto,
questionamos alguns procedimentos largamente aceitos na sociedade
moderna, e que são, no entanto, altamente prejudiciais para a construção de
uma aprendizagem significativa.
A enxurrada de informações e estímulos é uma dessas práticas deturpadas,
pois esquecemos a qualidade da informação que está sendo transmitida e,
principalmente, não são realizadas práticas que permitem a construção e
apropriação do conhecimento pelo sujeito.
O afeto atravessa e transversaliza a inteligência o tempo todo. Sendo assim, na
maioria dos casos não há problema do aluno em aprender, mas sim na nossa
mediação enquanto professor. Como eu ensino precisa ser substituído para
como o aluno aprende. Ou seja, levantar os tipos de estratégias para que o
sujeito incorpore a aprendizagem e traga isso para ele, proporcionando a
construção de esquemas e elaboração de estratégias por meio da mediação.
Explorar as formas de esquema ajuda na aprendizagem significativa. Esse
processo parte da teoria da meta cognição que estabelece alguns passos
essenciais na construção de uma aprendizagem autônoma e realmente
significativa, sendo eles: verbalizar implica refletir, realização de auto
perguntas, levantamento de estratégias, controle do processo de soluções e
por fim, tomada de consciência da própria aprendizagem.
Os professores também precisam conhecer como os conhecimentos evoluem e
como a inteligência se manifesta na organização de estratégias, ou seja, como
os alunos aplicam conhecimentos, informações que já possuem para se
adaptarem a situações novas e desequilibradas do pensamento e da ação.
Sem a preocupação e a obrigação de encontrar a resposta exigida, mas aquela
que corresponde a suas (do aluno) condições de compreensão. (FONSECA,
1995).
Com frequência, ouve-se de profissionais da área da educação que o empenho
em se fazer um diagnóstico médico não se traduz, em geral, em vantagens
práticas significativas. Nem para o educando nem para o educador. Ouve-se,
também que rotular crianças não tem nenhuma outra função além de
estigmatizar aquela criança e de fazer dela uma "síndrome" e não mais um
aluno. Essa ideia tem tanta aceitação entre alguns profissionais que
determinados procedimentos, como por exemplo, testes psicométricos, são
evitados para que tais rótulos não possam ser aplicados. Outros profissionais
evitam diagnósticos claros, como deficiência mental, autismo infantil ou
epilepsia, por julgarem que esses termos somente trarão mais problemas aos
pacientes e seus familiares.
De certo modo, seria como se o diagnóstico médico de alguém com qualquer
tipo de prejuízo tivesse apenas uma importância - a relação com o aprendizado
- mas sem trazer benefícios ao paciente, objeto do estudo, nem aos
profissionais da área da educação envolvidos com o paciente.
Uma primeira questão seria saber se o neurologista tem instrumentos que lhe
permitem definir melhor o prejuízo presente e apontar, eventualmente,
caminhos a serem seguidos no processo de habilitação.
A resposta a esta questão é, evidentemente, sim. O neurologista, na verdade
hoje um neurocientista, tem a possibilidade, através do exame clínico e dos
recursos propedêuticos existentes e disponíveis entre nós, de identificar
inúmeras condições que podem cursar com prejuízos na área da educação.
Não somente estas condições podem e devem ser identificadas como, em boa
parte dos casos estudados, consegue-se definir a etiologia do quadro e o perfil
das dificuldades presente. A identificação dos prejuízos presentes e do perfil de
funcionamento neuropsicológico possibilitarão à equipe encarregada do caso
traçar um programa de intervenção que represente a forma mais rápida, barata
e eficaz de atualizar o potencial presente no paciente.
A determinação de um perfil neuropsicológico permite que possamos conhecer
não apenas os canais mais incompetentes, mas, e mais importante, quais os
canais mais competentes, através dos quais deveremos enfatizar os esforços
terapêuticos. Atualmente, há um consenso no sentido de que muito mais útil do
que insistir na tentativa de normalizar ou atualizar a incompetência dos
indivíduos é tentar investir nas suas habilidades.
A identificação do diagnóstico funcional e síndrome podem auxiliar, também, a
reconhecer condições neurológicas progressivas que podem manifestar-se,
inicialmente, de modo muito sutil, por vezes através de um distúrbio do
comportamento e/ou da aprendizagem escolar. A identificação de uma
patologia progressiva, frequentemente letal e geneticamente determinada, é
evidentemente desejável e o mais precocemente possível.
O aluno portador de necessidades especiais é um indivíduo que, por força de
sinais e sintomas variados, recebe com frequência algum tipo de medicação
psicoativa. A participação do neurologista na equipe possibilitará que efeitos
colaterais destes medicamentos possam ser identificados e que suas ações
sobre o sistema nervoso possam ser discutidas, uma vez que poderão
determinar ou maximizar alguns problemas de aprendizagem. Uma
determinada criança pode vir a ter prejuízos mais ou menos sérios no que se
refere à aprendizagem escolar não em função de uma determinada patologia
que apresente (epilepsia, por exemplo), mas sim em razão dos efeitos
colaterais que os medicamentos utilizados (como os anticonvulsivantes) podem
determinar. Evidentemente que neste aspecto, mais uma vez, a colaboração
entre o neurologista e o educador será de extrema utilidade para que uma ação
terapêutica possa ser traçada.
Por outro lado, compete ao neurologista a prescrição de psicofármacos que
poderão, em certas circunstâncias, ser extremamente benéficos aos alunos,
melhorando, inclusive, a aprendizagem e/ou minimizando problemas
comportamentais presentes e que podem interferir muito com a atividade
escolar de alguns deles. A parceria com o educador permitirá que eventuais
melhoras, bem como possíveis pioras, possam ser identificadas nas salas de
aula e discutidas com o médico.
A compreensão, na maior profundidade possível, do quadro clínico do nosso
aluno especial será de extrema valia na discussão de que tipo de escolaridade
deverá se indicada. Nesta época, em que se discute com muita ênfase a
inclusão do aluno especial nas escolas normais, uma compreensão exata do
grau de comprometimento do aluno, bem como uma ideia realista a respeito de
seu potencial educacional, poderá nortear os técnicos no sentido de optarem
por um ambiente escolar normal ou um especial/protegido.
Muito embora estejamos de acordo, em tese, no sentido de que seria desejável
que todos os alunos estivessem incluídos e adaptados à escola normal,
sabemos perfeitamente que certos tipos de prejuízos impedirão que esta
inclusão se faça com vantagens para o aluno. A inclusão dependerá não
apenas dos limites impostos pela condição de base, mas também das
facilidades existentes na comunidade à qual o aluno pertence.
O objetivo do estudo das neurociências é, em última análise, o conhecimento
da função do sistema nervoso tanto no indivíduo sadio quanto naquele que
apresenta algum desvio. Este conhecimento pode e deve reverter em benefício
dos portadores de necessidades especiais na forma de procedimentos e
métodos educacionais e terapêuticos idealizados a partir do conhecimento da
função neural na saúde e na patologia.
Jose Salomao
*Médico neuropediatra, Doutor em Neurologia Clínica pela Escola Paulista de Medicina,
Professor do Curso de Pós-Graduação da Universidade Mackenzie.
Bibliografia
¹ Fonseca, V. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem.2 ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2008.
² Taricano, I. Neuropedagogia e Fundamentos da Aprendizagem. São Paulo:
Instituto Saber, 2009 – Anotações da aula do Curso de Especialização em
Neuropedagogia e Psicanálise.
Para saber mais:
Fiori, N. As Neurociências Cognitivas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
Moraes, A. P O livro do Cérebro, 1, 2 e 3. São Paulo: Duetto, 2009 – ISBN 978-
85-7902-041-4
Rotta, Newra Tllecha. Transtornos da Aprendizagem. Artmed, 2006.
Na Internet:
www.abpp.com.br/revista
fonte de pesquisa:http://www.faetec.rj.gov.br/eeefvm/images/neuropedagogia_professores.2.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/14002/discutindo-a-triade-
sustentadora-da-pratica-neuropedagogica#ixzz2lT2m3hny
ATIVIDADES QUE ESTIMULAM O CÉREBRO PARA A APRENDIZAGEM
(JOGOS- ATIVIDADES MOTORAS-ATIVIDADES DE NOÇÃO DE ESPAÇO
HETEROGENEIDADE NA SALA DE AULA- PNAIC –UNID 2 PAG 17
LIVRETO DO MEC
REFERENCIAS
RELVAS ,Marta Pires (2009). Neurociência e Transtornos de Aprendizagem. 3ª edição.
Rio de Janeiro: Walk ed.
BOSSA, Nádia A. Dificuldades de aprendizagem: O questão? Como tratá-las?
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000
RELVAS, Marta Pires. Neurociências e transtornos de aprendizagem as múltiplas
eficiências para uma educação inclusiva.
Rio de Janeiro: WAK Ed 2009
Encaminhamentos pedagógicos professor Renilson
ATIVIDADES QUE ESTIMULAM O CÉREBRO PARA A APRENDIZAGEM
(JOGOS- ATIVIDADES MOTORAS-ATIVIDADES DE NOÇÃO DE ESPAÇO
HETEROGENEIDADE NA SALA DE AULA- PNAIC –UNID 2 PAG 17
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Monografia neuropedagogia of.doc

  • 1. MARISE KOPPE IVANETE BARBOSA Número da minha matrícula-22062363106 UM NOVO PENSAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ALIADA À NEUROPEDAGOGIA MARECHAL CÂNDIDO RONDON 2013
  • 2. MARISE KOPPE IVANETE BARBOSA UM NOVO PENSAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ALIADA À NEUROPEDAGOGIA Monografia apresentada ao curso de NeuropedagogiA, do ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE- Faculdades Integradas do Vale do Ivaí, como requisito parcial para obtenção do título d Especialista. Orientadora: Ms. Rosilane Celi Karaziaki Merquides. MARECHAL CÂNDIDO RONDON 2013 Marise Koppe
  • 3. Ivanete Barbosa UM NOVO PENSAR DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ALIADA À NEUROPEDAGOGIA Monografia apresentada ao Curso de Neuropedagogia, do ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista. COMISSÃO EXAMINADORA _______ Nota __________________________________ Prof. Avaliador - Rosilane Celi K. Merquides ___________________________________ Secretaria ___________________________________ Secretaria Marechal Cândido Rondon, 07 de dezembro de 2013
  • 4. AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus que na sua infinita grandeza nos ilumina e nos orienta para buscarmos a cada dia mais e mais conhecimento, e aos nossos familiares por nos apoiarem em todos os momentos. Em especial obrigado aos nossos mestres pela dedicação e paciência para conosco.
  • 5. EPÍGRAFE "Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças"(Mantoan) “é preciso mudar o jeito da escola, suas
  • 6. DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, que em todos os momentos nos deu força, para prosseguirmos, aos nossos familiares que nos compreenderam, a professora Rosilene que nos orientou e incentivou a dar continuidade em nosso trabalho e aos nossos colegas de estudos que estavam sempre nos apoiando e incentivando-nos sempre.
  • 7. BARBOSA, Ivanete e KOPPE, Marise.Um novo pensar na prática pedagógica aliada a Neuropedagogis. ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação e UNIVALE – Faculdades Integradas do Vale do Ivaí. Monografia de curso de pós-graduação Lato Sensu em Neuropedagogia. Marechal Cândido Rondon. 2013. RESUMO O pensar a relação entre a prática pedagógica e a neuropedagogia, eis o grande desafio dos educadores. Os avanços da Neurociência trouxeram valiosas contribuições à Educação, favorecendo o entendimento de como se aprende e a descoberta das melhores formas de se ensinar. Proporcionar o acesso às recentes pesquisas da área que mostram como as mudanças físicas e químicas cerebrais interferem na aprendizagem e discutir as diferentes estratégias de ensino que favoreçam as peculiaridades de cada aluno e de cada situação em sala de aula. Palavras chave: Prática; Escola; Ensino; Neuropedagogia.
  • 8. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................9 2. CONSTRUINDO O PPP................................................................. Error! Bookmarknot defined. 2.1 Participação da comunidade .......................................... Error! Bookmark not defined. 2.2 Avaliação durante a gestão............................................ Error! Bookmark not defined. 3. PRÁTICAPEDAGÓGICA........................................................ Error! Bookmarknot defined. 3.1. dia a dia da sala de aula............................................ Error! Bookmark not defined. 3.2. Capacitar para planejar melhor ................................. Error! Bookmark not defined. 3.3. A prática pedagógica levando em conta a realidade do aluno .Error! Bookmark not defined. 3.4. Quem é o professor................................................... Error! Bookmark not defined. 3.5. O projeto de intervenção pedagógica na escola....... Error! Bookmark not defined. 4. A SALA DE AULA................................................................... Error! Bookmarknot defined. 5. GESTÃO E AUTONOMIA........................................................ Error! Bookmarknot defined. 5.1 O papel da escola........................................................... Error! Bookmark not defined. 5.2 Produzindo o conhecimento na escola .......................... Error! Bookmark not defined. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................... Error! Bookmarknot defined. REFERÊNCIAS............................................................................... Error! Bookmarknot defined. APÊNDICE – PROJETO PITANGA ............................................... Error! Bookmarknot defined.
  • 9. 1. INTRODUÇÃO A Neuropedagogia é uma área abrangente que norteia de forma completa as melhores considerações da aprendizagem humana. Suas intervenções são de grande valia não só para estímulos em criança em desenvolvimento “normal”, mas principalmente para aquelas com transtornos diversos que necessitam de um olhar apurado em seu tempo de aprendizagem, tendo em vista que todo ser humano aprende, não importando suas limitações. A Neuropedagogia confirma ainda mais a importância do papel do professor no processo ensino/aprendizagem. O estudo da área sobre a memória e o sistema límbico, apontam a motivação como um dos fatores essenciais no aprender, uma vez que para isso é necessário armazenar os conhecimentos e as experiências da memória. Cabe ao professor estar verificando e avaliando o seu próprio desempenho no decorrer das suas aulas, através do desenvolvimento dos seus alunos, principalmente buscando uma prática que vem de encontro as necessidades dos seus alunos. Então ele poderá estar apontando/buscando estratégias para que a criança tenha oportunidade de se alfabetizar na idade certa compreendendo como o conhecimento se processa. Identificar a contribuição da neuropedagogia no processo da aquisição da leitura e escrita. -Verificar de que forma o “problema de aprendizagem” é caracterizado, analisando como o cérebro aprende através da neurociência. -Realizar um levantamento acerca do que seja um "problema de aprendizagem" naconcepção do professor. Atualmente, é grande o número de queixas que chegam a Clínica Psicopedagógica em relação à dificuldade de atenção, mas como mencionado, diversos são os fatores que determinam e interferem nesse processo, não é possível relaciona-la sempre a um fator fisiológico, embora há a importância de um diagnóstico diferencial, com outros especialistas envolvidos. Porém a sociedade atual encontra-se deficiente de atenção e memória por circunstâncias advindas da modernidade, da correria do cotidiano, da pressa e ansiedade gerada pelos adultos e perpassada para as crianças seja em casa e/ou na escola, e, por vezes, pela falta de tempo ou paciência em falar ou agir com a criança dentro de seu ritmo de maturidade, ensinando-a dentro de seu
  • 10. perfil. Esse tipo de situação cotidiana gera ansiedade e por vezes interfere na atenção. Conforme Fernandez (2001), a palavra atenção vem do verbo atender e atender é cuidar. Assim, a atenção está vinculada a um aspecto sócio-afetivo de vínculo com o outro, sendo construída a partir do modelo do adulto. Portanto, é imprescindível e cuidadoso o diagnóstico para saber se a falta de atenção é um sintoma fisiológico, ou apenas, um sintoma que a criança ou adolescente apresenta de um quadro circunstancial, advindos de fatores emocionais inconscientes. Uma vez que, a distração não é oriunda apenas de estímulos externos, mas envolvem também os distratores internos do sujeito
  • 11. 1. Como funciona o cérebro. O cérebro humano é uma maravilhosa máquina que transforma uma simples sensação em pensamento, é um órgão complexo, desvendado parcialmente pela ciência, composto por células nervosas e glândulas. Dentro desta complexidade é importante ressaltar as funções do encéfalo e dos neurotransmissores, o encéfalo diferente do cérebro, é um conjunto de estruturas que estão anatomicamente e fisiologicamente ligadas, são estruturas especializadas que funcionam de forma integradas, para assegurar a unidade ao comportamento humano. Possui uma constituição elaborada ao receber mensagens que informam ao homem a respeito do mundo que o cerca além de receber um permanente fluxo de sinais de outros órgãos que o capacita a controlar os procedimentos vitais do individuo, batimento cardíaco, a fome e a sede, as emoções, o medo, a ira, o ódio e o amor tudo iniciando no encéfalo tendo o cérebro, a parte maior e mais importante. Na aprendizagem a criança tem na concentração e atenção aspectos importantes e fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e motor, o aprendizado depende de alguns outros fatores, estimulo, interesse e da funcionalidade adequada das estruturas que irão receber tais estímulos e principalmente da atenção desta criança. Se a atenção é fundamental para a aprendizagem é através do desempenho de uma estrutura complexa localizada na parte central do tronco encefálico denominada de formação reticular (age como se fosse um filtro), que mantém o córtex em condições para que possa receber novos estímulos, decodificá-los e interpretá-los principalmente os sensitivos que devem ser selecionados onde somente os estímulos importantes passam por este "filtro", chegando ao córtex o que os torna conscientes impedindo que os constantes bombardeios não venham atingir o córtex de forma indiscriminada. Quanto aos neurotransmissores, são substancias químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas, por meio delas podem enviar informações a outras células, podem também estimular a continuidade de um impulso ou efetivar a reação final no órgão ou músculo alvo, elas agem nas sinapses que são o ponto de junção do neurônio com outra célula. Os Neurotransmissores possibilitam que os impulsos nervosos de
  • 12. uma célula influenciem os impulsos nervosos de outra permitindo assim que as células do cérebro por assim dizer, "conversem entre si". O corpo humano desenvolve um grande número dessas mensagens químicas para facilitar a comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do cérebro, são substancias que funcionam como combustível cerebral, nos deixam mais felizes e são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. O interesse dos pesquisadores, suas descobertas, tem crescido em resposta á necessidade de, não somente entender os processos neuropsicobiológicos normais mais principalmente para respaldar a ciência da educação. Modernas técnicas estão começando a revelar como o cérebro tem conseguido a notável proeza da aprendizagem, as ciências cognitivas modernas, estão sendo capazes de estudar objetivamente muitos componentes do processo mental tais como atenção, cognição visual, linguagem, imaginação mental etc. (Cardoso, Sabbatinni, 2000, "Cérebro e Mente". Novos desafios terão pela frente, certamente novas conquistas, possivelmente os obstáculos existentes entre neurocientistas e educadores serão ultrapassados, novos paradigmas irão impulsionar a ciência principalmente a aqueles que se preocupam com a educação sob novos olhares. 1.1 Como se estrutura o aparelho cognitivo? O encéfalo, nosso aparelho cognitivo, forma um todo complexo pouco compreendido, entretanto, o pouco sabido é suficiente para incrementar nossas práticas escolares. Pode-se didaticamente dividi-lo em três partes: o cerebelo (1), o sistema límbico (2) e o córtex (3). O cerebelo (1) é a parte do encéfalo responsável por estruturar os comandos mecânicos de nosso corpo. Quando aprendemos a falar, a escovar os dentes ou andar de bicicleta é este sistema que recebe as instruções que programam sua rede de neurônios, instruções estas difíceis de serem implantadas mas que depois jamais são esquecidas. O sistema límbico (2) se compõe do hipotálamo, tálamo, amígdalas e hipocampo. Pode ser entendido como um cérebro réptico completo em si mesmo. A evolução fez com que fosse somado a este cérebro réptil um córtex capaz de
  • 13. dar suporte as capacidades humanas superiores e manteve este cérebro primitivo atribuindo-lhe vários papéis instintivos além da função essencial de reter as informações colhidas durante o dia. Instintos básicos como o medo e a decisão de lutar ou correr diante de uma ameaça são gerenciados pelas amígdalas e hipotálamo, já o hipocampo perfaz a memória que registra os dados colhidos diurnamente. É no córtex (3) onde se registram definitivamente o que se aprendeu durante o dia. Diversos casos clínicos como o do sujeito acidentado que esquece o que aprendeu minutos atrás forneceram as pistas de como funciona a aprendizagem. 1.2 Como funciona na prática o aparelho cognitivo? O córtex, embora possa reter informação equivalente a de milhares de PCs de último tipo não consegue gravar dados durante o dia. Ou ele se deixa ler ou ele se deixa gravar. Aqui se faz analogia com os computadores mas tal analogia é só aproximação porque nos PCs separam dados e processamentos no córtex todo o processo é integralizado, dados e processamentos ocupam a mesma rede neuronal. Mas como não se pode gravar no córtex durante o dia, para onde vão os dados? É no hipocampo que guardamos as informações durante o dia. Este se assemelha neuronalmente ao córtex, ocorre com tudo que seus dados são copiados para o córtex todas as noites durante os sonhos e o hipocampo é depois apagado. Uma vez no córtex, os dados ficam retidos para sempre... Freud já defendia que não existe esquecimento o que existe é não lembrança... Esquecer é na verdade não lembrar. Prova-se esta asserção pelo simples fato de se conseguir lembrar de coisas em situações especiais ou ainda sob hipnose (então o dado não foi apagado...). Mas como fazer com que uma informação seja transferida para o córtex? Ao contrário do cerebelo, onde escolhemos exatamente o que queremos gravar, no córtex o sistema que copia do hipocampo para ele é inconsciente. O critério de escolha do que se copia é dado pela “profundidade” das marcas deixadas no hipocampo. Estas podem ser mais “marcantes” se tiverem uma emoção qualquer associada ou então se fizermos deliberadamente marcas
  • 14. mais fortes! Quando se estuda, quando se lê e se busca compreender um dado conceito, o esforço empregado atribui um certo valor que o sistema inconsciente de cópia reconhece como importante e o copia. O truque então é simples: Basta que o aluno estude no mesmo dia da aula o que lhe foi ensinado! Tem que ser no mesmo dia para que o conteúdo da aula dada esteja no hipocampo. O problema aqui é fazer com que o alune estude. 2. A escola que temos. A verdadeira escravidão existe quando o escravo nem desconfia de sua condição de escravo. Ela é sutil e discreta. Na sociedade moderna, pretensamente democrática, a escravidão apresenta-se de outras formas. Aquele que é disléxico, hiperativo que apresenta qualquer disfunção neurológica passam sem ser notados. Isso muito contribui para o aluno de educação de jovens e adultos, ter uma auto estima baixa. Como diz Relvas “Temos duas memórias, uma que se emociona, sente ,comove outra que compreende, analisa, pondera, reflete...” Trata-se de emoção e razão. Esta escola é um local, dentre outros (trabalho, família,) aonde professores e alunos exercem a sua cidadania, ou seja, comportam-se em relação a seus direitos e deveres de alguma maneira. Acontece muitas das vezes por falta de informação, o docente e alguns funcionários cometeram algum equivoco por não conhecerem o lado emocional dos alunos. No entanto, segundo o autor Henri Wallon tudo se passa como se a educação fosse algo estático, algo eterno, imutável, pronto e acabado, necessitando de uma reflexão de nossas atitudes em educação de jovens e adultos. Queixam-se professores de um lado, aborrecem-se alunos de outro e todos juntos perpetuam uma situação escolar praticamente insustentável, como se fosse uma fatalidade cuja a resolução não lhes dissesse respeito. Esquecem-se ambos de que existem os direitos e deveres do profissional Professor, descritos no seu estatuto; existem os direitos e deveres da criança e do adolescente, recém garantidos pela nossa constituição. Para além deles existem os interesses dos professores que podem querer formar em seus alunos este ou aquele tipo de consciência, deste ou daquele modo, seja apenas informando os alunos, seja orientando experiências participativas para este aprendizado. Existem os interesses dos alunos, próprios de suas idades e do momento de seu processo de maturação,
  • 15. e que os faz vibrar, se envolverem, se empolgarem e aprenderem muito mais, quando são sujeitos ativos e participativos do que quando são apenas leitores ou ouvintes. Portanto o desenvolvimento da cidadania, a formação da consciência do eu tem na escola um local adequado para sua realização através de um ensino ativo e participativo, capaz de superar os impasses e insatisfações vividas de modo geral pela escola na atualidade, calcado em modos tradicionais. È preciso usar o conhecimento que o professor já dispõe sobre o trabalho escolar com a informação baseada no livro que atesta a importância que as informações da neurociência trás a educação. Vivemos em uma sociedade em que o conteúdo está em baixa, temos muitas informações, mas pouco conteúdo, sutilmente estamos sempre defasados ao que acontece no mundo, as informações são muitas, pouco se apreende. É a neurociência que seria este norteador para nos mostrar as possíveis falhas do sistema Educacional. Destacar que um relacionamento sem afetividade entre quem ensina e aprende é fato gerador de desmotivação para o aluno e perda de significação do processo educativo e ainda, o reconhecimento das facilidades e dificuldades de quem aprende é ponto de partida para a busca de estratégias educacionais diferenciadas a serem aplicadas, facilitando o processo ensino-aprendizagem. 3. Dificuldades na aprendizagem: uma visão geral. A aprendizagem constitui-se de um processo que vai além da escola, tanto a inteligência quanto a afetividade são mecanismos que permite ao individuo a construção de noções, situações e desenvolvimento de habilidades. Ao longo do desenvolvimento cognitivo e afetivo, a formação do sujeito se faz pela resolução de conflitos, de aquisições, sendo aprendizagem o produto da interação das necessidades que vão se modificando e, assim, configurando novos conflitos, que influenciam a maneira como as etapas do desenvolvimento serão experimentadas. Nesse contexto, a aprendizagem é um processo tão importante de sobrevivência do homem que, cada vez mais, as escolas e as
  • 16. tecnologias estão sempre se aperfeiçoando para tornarem a aprendizagem mais eficiente. 3.1 Conceituando dificuldades de aprendizagem. O desenvolvimento intelectual ou a aquisição de funções psíquicas superiores na constituição do pensamento decorre de mudanças psicológicas. Educar é uma preparação para a vida e tem como objetivo determinar quais as funções mentais necessárias à execução de uma tarefa. O problema surge nas alterações destas funções, que influenciarão diretamente sobre o processo de aprendizagem. Dificuldade de aprendizagem é um tipo de desordem pelo qual um indivíduo não consegue se apropriar de determinado conhecimento por fatores intrínsecos ou extrínsecos. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não significa necessariamente que a criança possua um transtorno mental, a dificuldade pode ser causada por problemas passageiros como por exemplo condições inadequadas: separação dos pais, perda de alguém, baixa auto estima ou problemas psicológicos. Ela pode levar o aluno ao fracasso, causando grandes angústias nos professores. O importante é entender o que se passa no processo educativo e os motivos que levam essas dificuldades a fracassos escolares, tornando muitas vezes fracassos de vida. Não menos importante e desafiante é repensar as práticas educativas, envolvendo não só os alunos mas também professores, coordenadores, diretores e todos que fazem parte do processo, um recorte para uma intervenção psicopedagógica. As dificuldades de aprendizagem implicam o estudo da rede de relações cotidianas na quais o sujeito está inserido sendo geralmente apresentadas na escola, já que a maioria dos pais não tem informação sobre o desenvolvimento normal das habilidades, tendo assim o professor, papel fundamental, sinalizando para a família qualquer comportamento que interfira nesse desenvolvimento. Entretanto o sistema educacional bem como a sociedade rotula e exclui todo aquele que não apresenta desenvolvimento no nível normal
  • 17. de aprendizagem. Cada sujeito possui um conjunto de características individuais que os diferenciam dos demais, seja na forma física ou no ritmo de seu desenvolvimento. Essas diferenças levam a sociedade a considerá-lo incapaz de desenvolver determinadas habilidades. Atualmente, a importância dada aos problemas de aprendizagem tem aumentado significativamente. Isso se deve ao fato que o sucesso do individuo está diretamente ligado ao desempenho escolar, por isso, cada vez mais um número de crianças são atendidas por psicopedagogos, psicólogo, fonoaudiólogos, neuropediatras e psiquiatras. As dificuldades específicas de aprendizagem se referem àquela situação que ocorre com criança que não consegue acompanhar um grau de acompanhamento escolar compatível com sua capacidade cognitiva. Muitas crianças em fase escolar apresentam dificuldades em realizar certas tarefas que podem surgir por diversos motivos, como proposta pedagógica, capacitação do professor, problemas familiares, déficit cognitivo entre outros motivos. A presença de uma dificuldade de aprendizagem não quer dizer necessariamente que o sujeito possui um transtorno já que este depende de um conjunto de sintomas de ordem neurológica ou motora. A descrição dos transtornos pode ser encontrada em manuais internacionais de diagnóstico de doenças: CID-10 e DSM-IV. 3.2 Afetividade e dificuldades de aprendizagem. Depois da família, a escola é a principal comunidade em que a criança ingressa. Pelo interesse na formação ou pela necessidade dos pais trabalharem, as crianças ingressam cada vez mais cedo nas escolas. Apesar das crianças de hoje apresentarem mais experiência e conhecimentos do que nós em nossa época do Jardim de Infância, dada tamanha influência da mídia, alguns aspectos são os mesmos. A entrar na escola, a criança não se identifica como parte, já que tudo é estranho e desconhecido, inclusive o professor. Essa relação entre professor e aluno depende da formação do primeiro e do contexto de vida do segundo, como cada sujeito é diferente na sua maneira de ser e de agir, ele o será também em sua maneira de aprender. Uma aprendizagem significativa surge do trabalho onde o aluno constrói seu próprio conhecimento a partir de informações que recebe na medida em que consegue estabelecer
  • 18. relações com suas concepções prévias. Ocorre que professor não considera o que o aluno já sabe, muitas vezes as classes são vistas como um grupo de indivíduos. Deve-se entender o individuo como um ser com sua história, sua singularidade. Segundo Nádia Bossa (2000, p.56) dentro das questões da afetividade destaca-se as seguintes possibilidades que impedem a aprendizagem: “ A criança pode estar numa escola onde a forma de ensinar, não está de acordo com sua forma de aprender, ela pode não compreender a importância do que está sendo ensinado, porque o professor não lhe mostra como utilizar aquele conhecimento na vida, ela pode não aprender porque seu professor não sabe ensinar ou não gosta da sua profissão, ou ainda não se encontrou nos métodos.” E ainda, ela pode não aprender porque precisa de uma ajuda especial e seu professor e sua família não sabem disso.” Considerando os aspectos citados o papel do professor, então, como mediador, é de grande importância pois ele é quem demonstrará através de suas atitudes e projetos o quanto é importante e prazeroso o ato de aprender e que errar faz parte deste processo, inclusive foram através de erros que pesquisadores e cientistas descobriram coisas importantes. A importância de uma relação clara e próxima entre professor e aluno dar-se-á na medida em que o aluno passa a arriscar-se mais independentemente de sua capacidade. O professor por sua vez deve preocupar-se com o respeito às histórias limitações de cada aluno. Dentro do ambiente escolar todos os sujeitos envolvidos devem ter as mesmas oportunidades de participação, colaboração, sucesso e fracasso, mesmo que o professor proporcione atividades especiais para os alunos com mais dificuldades, pois provar do sucesso é fundamental para auto-estima, que é fator imprescindível para busca de resultados e dedicação do aluno. “A resposta do meio ao sujeito que não aprende é uma imagem sumamente desvalorizada de si mesmo. A sociedade e a instituição não se encarregam desse problema, e o paciente fica marginalizado. Embora, algumas vezes, esse seja efeito buscado, inconscientemente, a imagem que provoca redunda de modo dialético na deterioração do sujeito.” Sara Pain (1982, p.89). Planejar, neste contexto, assume papel importante para o professor, pois um dos primeiros cuidados em seu planejamento é verificar a relevância do que está sendo proposto para a aprendizagem diante do contexto de seus alunos. Não menos importante é a postura adotada em sala de aula no
  • 19. relacionamento com o aluno, quanto mais tranquila, mais equilibrada, for essa relação entre professor e aluno, maior será o desejo da criança aprender. A criança pode apresentar dificuldades na aprendizagem pelo fato de perceber seu professor como um ser tão importante, tão inacessível ao ponto de não criar espaço para a criança. Há caso em que o professor banaliza tanto o saber, colocam-no pouco criativo e interessante, que a criança fica desmotivada, colocando sua atenção em algo mais prazeroso. 4. A Neuropedagogia presente na Educação. A Neuropedagogia atua no campo da educação desenvolvendo ferramentas holográficas capazes de corrigir as dificuldades de aprendizagem escolar oferecendo instrumentos de inclusão social capaz de extrair o máximo do potencial funcional de cada individuo ao transformá-lo em todas as capacidades independentemente de sua origem social, qualidade de ensino escolar ao qual está submetido ou grau de desenvolvimento pessoal. Portanto, mais que eliminar dificuldades de aprendizagem, a Neuropedagogia auxilia também jovens e adultos a modificar suas estruturas funcionais limitantes, aperfeiçoando suas operações das matrizes de inteligência, possibilitando a expressão máxima da sua potencialidade: a genialidade pessoal. Segundo a Neuropedagoga Adriana Peruzo, "apostar nos estudos da neurociência pedagógica é apostar numa evolução crescente e segura, é vincular o educador a ideias, a comportamentos e a pensamentos complexos, é levar ao educando a noção do sujeito do processo da aquisição e da produção do conhecimento". A neurociência pedagógica é um ramo da ciência que compatibiliza o cognitivo (técnica de ensino) e o cérebro humano, adequando o funcionamento do cérebro para melhor entender a forma como este recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todos as sensações captadas pelos diversos elementos sensoriais para a partir deste entendimento poder adaptar as metodologias e técnicas educacionais a todas as crianças e principalmente aquelas com as características cognitivas emocionais diferenciadas. A Neuropedagogia entre várias funções torna o ato de estudar, frequentar a escola, ler, enfim aprender, interessante, prazeroso e fácil, as pessoas vêm sendo trabalhadas com esta ciência tanto para eliminar
  • 20. incapacidades de aprendizagem como para expandir conhecimentos específicos, é uma ferramenta moderna e eficiente na construção e transformação de quem aprende. A união entre a neurociência e a pedagogia, está dando origem a estratégias educacionais inovadoras, a plasticidade cerebral, a aquisição da linguagem e a formação da mente simbólica, são analisadas em profundidade, é um extenso e fascinante universo de potencialidades que cada um de nós tem o nosso cérebro. O cérebro se modifica aos poucos fisiológica e estruturalmente como resultado da experiência, a aprendizagem, a memória e emoções ficam interligadas quando ativadas pelo processo de aprendizagem. Entre os modos e oportunidades em que o cérebro se modifica e desenvolve a sua estrutura para atender as novas exigências de desempenho, uma delas está em aprender. Estas modificações também são extensivamente estudadas pela neurociência sob vários aspectos tidos como plasticidade cerebral. A característica plástica de uma estrutura pode ser definida utilizando-se como ponto de partida a possibilidade de alteração estrutural, adaptabilidade a nova morfologia ou funcionabilidade ou ainda capacidade de transformação. Antigamente admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade regenerativa e que o cérebro era definido geneticamente, no entanto, como explicar o fato de pacientes com graves lesões, obterem com auxilio de terapias e estímulos, a recuperação da função cerebral, a ciência tem comprovado através de pesquisas que com o aumento do conhecimento sobre o sistema cerebral e que sendo ele mais maleável e flexível do que se imaginava ao se modificar sob efeito da experiência das percepções, das ações e do comportamento. O avanço dos neurocientistas na descoberta no que diz respeito à plasticidade cerebral oferece uma nova visão de como acontece o processo de aprendizagem e de aquisição de novas habilidades cerebrais, a plasticidade cerebral pode ser aplicada á educação, deve-se considerar facilidade do sistema nervoso em se ajustar diante das diferenças e influências do ambiente por ocasião do desenvolvimento infantil e também na fase adulta. Segundo Marta Relvas, " A plasticidade em um organismo normal é o processo de aprendizado que se desdobra em duplo aspecto: o motor, que se dá num nível inconsciente e se faz de forma automática e o segundo nível, o consciente que depende da memória, seja emocional, seja cultural.
  • 21. O termo aprendizagem não é falar somente o que acontece entre paredes de sala de aula, sob o ponto de vista da neurociência, é entender que cada um de nós é único em seu conjunto e ao mesmo tempo peculiar no quadro de suas capacidades e de atributos que suas múltiplas inteligências podem lhes trazer. É principalmente, mudança de comportamento e de vista, sob olhares da neurociência, é o movimento dos neurônios que se interligam criando ligações (sinapses), trajetórias e redes de circuitos que se reforçam e se sustentam pela repetição e pela necessidade do "uso" e, sobretudo, da busca incessante pela exploração de si mesmo, do meio ambiente e do outro. De maneira geral, existe um certo desconhecimento da anatomia e da fisiologia do SNC e periférico, são alguns questionamentos para saber por onde passam todos os processos da aprendizagem do ser humano e como ocorre a alfabetização no cérebro das crianças. O aluno não pode ser tratado de maneira igual, o tratamento das diferenças direciona melhor o ensino, e oferece qualidade na aplicação do método, não se trata de preferência nem tampouco privilégio, é preciso enviar esforços ao qualificar o trabalho pedagógico e consequentemente a melhoria do padrão de ensino, saber que todos possuem diferenças essenciais e conduzi-la de forma eficiente, demonstra competência e habilidade consolidando o trabalho escolar. Assim, conhecer a anatomia e a fisiologia da aprendizagem, expurga os conceitos errôneos e os pré-julgamentos de que a criança está sempre errada, é incompetente ou até mesmo relapsa, é preciso associar o processo de aprendizado e desenvolvimento humano ao funcionamento do cérebro e sua plasticidade. 5. Processos Neurológicos: Neuropedagogia e a Complexidade Cerebral na Sala de Aula. Para garantir que as informações sejam transformadas em aprendizagem, as aulas devem ser emolduradas pela emoção o conhecimento e a aplicação da Neuropedagogia na educação perpassa por uma visão neurocientífica do processo de ensinar e aprender. Contribui na identificação de uma análise biopsicológica e comportamental do educando por meio dos estudos da anatomia e da tisiologia no sistema nervoso central. Explica, modela e
  • 22. descreve os mecanismos neuronais que sustentam os atos perceptivos, cognitivos, motores, afetivos e emocionais da aprendizagem. Sob este ponto de vista educacional, conhecer o processo da aprendizagem se tornou um novo desafio para os professores, e o ambiente desta especificidade é a sala de aula. É preciso reconfigurar este lugar de forma que se possa promover maior convergência entre Ciência, aprendizagem, ensino e Educação. O professor, ao estabelecer as estratégias de ensino em relação ao seu conteúdo em seus planejamentos, deve estar ciente de que as suas turmas constituem uma biologia cerebral, tal qual uma verdadeira ecologia cognitiva. Afinal, funcionam em movimentos ininterruptos de transformações intrínsecas e extrínsecas. É preciso que o professor perceba que, neurofisiologicamente, os alunos estão com os sistemas dos sentidos biológicos muito estimulados e, por conseguinte, existe um movimento de conexões nervosas que nunca estanca. O aprendiz atual é o Sujeito Cerebral. Este novo conceito vem surgindo com as descobertas da Neurociência nas últimas décadas. O cérebro vem se tornando, mais que um órgão, um ator social que responde cada vez mais por tudo aquilo que outrora costumava se atribuir à pessoa, ao indivíduo, em partes. Surgiu como único e verdadeiramente indispensável para a existência do "eu" e para definir a individualidade na pluralidade O humano se tornou "sujeito cerebral". É o estudante que argumenta, questiona e que tem autonomia em aprender: O papel do professor é provocar desafios, promover ações reflexivas e permitir o diálogo entre emoções e afetos num corpo orgânico e mental que é o "palco" destas reações. Para garantir que as informações sejam transformadas em aprendizagem, as aulas devem ser emolduradas pela emoção, pois quando estas têm significado para a vida e vêm pelo caminho da emoção, jamais serão esquecidas. Quando o estímulo já é conhecido do sistema nervoso central, desencadeia uma lembrança, quando o estímulo é novo, desencadeia uma mudança. Assim, torna-se mais fácil compreender a aprendizagem do ponto de vista neu- rocientífico. Por isso é que, hoje, toda a questão de aprender torna-se inesgotável, pois se existem várias maneiras de aprender pelos circuitos neurais, têm-se diferentes maneiras de se ensinar.
  • 23. Diante da criação e da elaboração do pensar, faz-se necessária a conjugação de saberes cognitivos, emocionais. Para isso, o cérebro tem de estar pronto a realizar novas conexões e, principalmente, desejar que isso ocorra, pois aprender é um ato "desejante". 5.1 Novos rumos. O novo caminho que o professor poderá percorrer a fim de despertar o interesse do estudante para as novas aprendizagens é pelas conexões afetivas e emocionais do sistema límbico, sendo estas atividades no cérebro de recompensa. Por isso, precisam ser preservadas e respeitadas, pois são centenas energéticas que provocam a liberação de substâncias naturais, os mensageiros químicos conhecidos como serotonina e dopamina, pois estão relacionados à satisfação, ao prazer e ao humor. Já o estresse na sala de aula provoca a liberação de adrenalina e cortísol, substâncias que agem como bloqueadoras da aprendizagem e que alteram a fisiologia do neurônio, interrompendo as transmissões das informações das sinapses nervosas. Para uma aprendizagem significativa, a aula tem de ser prazerosa, bem- humorada, elaborada e organizada estrategicamente a fim de atender aos movimentos neuroquímicos e neuroelétricos do estudante. O cérebro é ávido por novas informações. O professor que não instiga seus estudantes à dúvida e à curiosidade, inibe o potencial de inteligência e afetividade no processo de aprender. O cérebro humano, no início de uma aula, solicita, por meio de suas conexôes neurais, fatos novos, pois a concentração inicial é fundamental para receber novas informações, devido à produção de aceticolina, que mantém os movimentos das sinapses da célula neural. E muitas das vezes, o que o professor acaba fazendo? Usa esses momentos iniciais e preciosos para o cérebro fazendo 'tomada' ou "dando" informações que este cérebro muitas das vezes já conhece, por exemplo, revisão do que já foi dito. Esta estratégia deveria ser reservada para o final da aula. O professor precisa provocar
  • 24. inicialmente no educando aquilo que ele ainda não sabe ou não conhece, e propor desafios. O cérebro agora, diante de fatos novos ! Ao final de uma aula, solicite ao estudante que relate oralmente, ou por escrito, ou por outra estratégia, o que ele aprendeu. Na verdade, ele não diz o que aprendeu, e sim o que fez na aula. Por isso, é momento de se pensar uma nova maneira de ensinar, pois o aprender é se transformar intrinsecamente por reflexões de atitudes e de comportamentos. O estudante tem de encontrar significado no que estuda, do contrário, o cérebro, como fiel escudeiro da aprendizagem significativa, deve encontrar coerência na informação que recebe, senão a apaga. 5.2 Currículo Escolar Quando se entende o funcionamento da aprendizagem, compreende-se que esta é individual e personalizada por isso não combina com currículo escolar, porque o da escola institucional não é o ritmo da sinapse neural. O estudante tem de aprender ou pseudo aprender os conteúdos das necessidades estatísticas, e muitas vezes aprende numa determinada dificuldade e esta não é resolvida. Como que nunca se pára para solucionar o problema do estudante, sua vida escolar com atos em diferentes aspectos, percebe num processo de insucesso escolar ao longo de sua vida acadêmica e, muitas vezes, desistindo de estudar. Quando fala que aprendizagem é o ritmo de cada um, isto tem a ver com as sinapses neurais que perpassam pelo interesse do cérebro de recompensa e o desejo do sistema límbico e cognitivo. Os objetivos educacionais e as práticas pedagógicas precisam ser repensados, a fim de valorizar a aprendizagem biológica ou sináptica, mas também a subjetiva, a afetiva, a emocional, a social e a cultural. Os agentes destas mudanças são os representantes e integrantes envolvidos na escola, alicerçados pela família. É necessário construir vínculo afetivo para que se possam compreender as necessidades e o comportamento dos estudantes, bem como suas limitações, ideias divergentes e soluções criativas para diversos problemas
  • 25. Hoje, o diálogo entre Educação e Neurociência é possível, porém implica na demanda de pesquisas e conhecimentos inerentes dos processos neurofisiológicos na relação da aprendizagem e do comportamento humano. As atividades pedagógicas apresentadas em sala de aula e na escola devem promover especificamente o aprofundamento dos conceitos e o de- senvolvimento de pensamentos mais abrangentes e complexos do cérebro, a fim de saber aplicar e provocar diferentes estímulos, no momento certo, no processo do acompanhamento nos métodos pedagógicos. É necessário provocar desafios, como utilizar o espaço fora da sala de aula, criar projetos de leitura e escrita, ajudar os estudantes a preparar discursos, despertar para os debates, elaborar palavras cruzadas. Reescrever letras de músicas para trabalhar conceitos, jogos de estratégias, usar informações em gráficos, estabelecer linhas do tempo, proporcionar atividades de movimentos. Desenhar mapas e labirintos, conduzir atividades de visualização, jogo de memória. Permitir a criação, valorizando o ritmo de cada um, designar projetos individuais e direcionados, estabelecer metas, oferecer oportunidades de receberem informações uns dos outros e envolver em projetos de reflexão, utilizando-se de aprendizagem cooperativa. 6. O que é a Neuropedagogia? A neuropedagogia se a têm a um principio básico: Como o cérebro humano aprende e como guarda este aprendizado. Com esta concepção, extremamente ligada a neurociência, a neuropedagogia irá estudar e compreender o cérebro como propulsor do aprendizado e levar isto para a escola considerando acima de tudo os métodos e metodologias que irão interferir de forma significativa para o verdadeiro aprender. Ensinar requer compreensão de como fazê-lo e vai muito além do incansável bla-bla-bla de sala de aula. Poderíamos acrescentar que a capacidade de aprender, de ser inteligente está ligada ao prazer que a conquista do conhecimento pode proporcionar, principalmente quando este conhecimento é
  • 26. produzido pelo próprio educando. Isto nos leva a supor que o nível de emoção no momento do aprender interferiria no resultado final do processo. O cérebro é o órgão por excelência da inteligência. Neste caso se queremos compreender como ocorrem os processos intelectivos, precisamos compreender os mecanismos cerebrais responsáveis pela aprendizagem. O cérebro esta dividido em três partes fundamentais: o hipotálamo, o sistema límbico e o córtex. O Hipotálamo é um pequeno órgão, localizado na base do Crânio que controla as funções de sobrevivência. Ali reside o centro da fome, da saciedade, da sede, do impulso sexual. O Sistema Límbico tem a função de prover o individuo de emoções, é denominado como a casa dos sentimentos. É responsável pelo equilíbrio ou desequilíbrio emocional do ser humano, responsável pela produção das sensações ligadas aos processos emotivos. O Córtex é responsável por três tarefas: o controle dos movimentos do corpo, a percepção dos sentidos e o pensamento. A maior parte das transformações no cérebro ocorre nos primeiros 6 anos de vida. Como a criança nasce com mais neurônios do que vai precisar na vida adulta, nesse período ocorre o que é chamado de "poda" cerebral, pelos neuro cientistas, nesta fase as sinapses mais integradas ao sistema sobrevivem enquanto as menos utilizadas são eliminadas. Do primeiro ao quinto ano de vida, são eliminadas cerca de 100 mil conexões por segundo. Esta não é a única revolução que se passa no cérebro, nessa época. Abrem- se também as "janelas" de oportunidades, que é um período fértil de aprendizado de certas habilidades, levando em consideração a faixa etária de cada individuo é claro. Tudo tem uma idade e uma medida certa para ocorrer. A criança de 2 anos por exemplo, está na fase sensório motora que é a melhor fase para se desenvolver os sentidos e os movimentos e não a lógica da abstração de símbolos gráficos. Vale salientar que o aluno, sujeito da aprendizagem, é um ser social, afetivo, cognitivo e com um desenvolvimento motor, psicomotor e perceptivo a ser considerado. O ser humano é muito mas amplo, com fatores a serem conhecidos não só apenas na realidade do dia-a-dia escolar, mas no seu meio sócio cultural de uma aprendizagem que acontece na " hora da concepção
  • 27. deste ser". Sendo assim, deve-se levar em conta os 4 pilares definidores de estratégias para promover a verdadeira educação de qualidade visando sempre o desenvolvimento humano, são eles:  Aprender a Ser  Aprender a Conviver  Aprender a Fazer  Aprender a Conhecer A noção de educação como desenvolvimento humano define o objetivo maior da educação como a construção, pelas pessoas de competências e habilidades que lhes permitam alcançar seu desenvolvimento pleno e integral. Os Quatro Pilares servem, em seu conjunto, como princípio organizador nesse processo de construção de competências e habilidades. A neuropedagogia é uma ciência abrangente que norteia de forma completa as melhores considerações da aprendizagem humana. Suas intervenções são de grande valia não só para estímulos em crianças em desenvolvimento "normal", mas principalmente para aquelas com transtornos diversos que necessitam de um olhar mais apurado em seu tempo de aprendizagem, tendo em vista que todo ser humano aprende, não importando suas limitações. 7. E qual o reflexo da Neuropedagogia na Educação? A Neuropedagogia, confirma a importância do papel do professor e sua prática pedagógica no processo de ensino/aprendizagem. Os estudos da área, sobre a memória e o sistema límbico (hipófise, amígdala e hipotálamo), apontam à motivação como um dos fatores essenciais no aprender, uma vez que para isso é necessário armazenar os conhecimentos e as experiências na memória. E essas são formadas inicialmente no hipocampo por meio de experiências com carga emocional. Naturalmente que não é suficiente o professor apresentar uma aula motivadora a seu aluno para que ele aprenda, existem outros processos e estratégias de ensino que aliadas favorecem o contexto, como a apresentação de conteúdos significativos, a relevância dos conhecimentos prévios desse aprendiz, a
  • 28. participação da vivência nas atividades e a oportunidade de rever os conceitos ensinados de maneiras diferenciadas. Ainda temos muito a caminhar no processo educacional. A Educação Formal precisa ser revista e sair do mecanicismo, conforme Fonseca (2007) “é preciso ensinar o indivíduo a aprender a aprender, a aprender a pensar, a aprender a estudar, a aprender a se comunicar, e não apenas reproduzir e memorizar informações, mas sim, desenvolver competências de resolução de problemas”. Seguindo no mesmo pensamento, Taricano (2009) ressalta a importância do ensino da lógica e do conhecimento de técnicas apropriadas de acordo com o funcionamento cerebral para tornar a aprendizagem mais eficaz." Os modos de ensinar e aprender mudaram substancialmente nos últimos tempos, especialmente pelo advento de um novo paradigma em educação. Uma nova perspectiva progressivamente vem-se instalando no contexto educacional transformando concepções e práticas, repensando principalmente o papel da escola na formação integral desse sujeito. Nesse contexto, questionamos alguns procedimentos largamente aceitos na sociedade moderna, e que são, no entanto, altamente prejudiciais para a construção de uma aprendizagem significativa. A enxurrada de informações e estímulos é uma dessas práticas deturpadas, pois esquecemos a qualidade da informação que está sendo transmitida e, principalmente, não são realizadas práticas que permitem a construção e apropriação do conhecimento pelo sujeito. O afeto atravessa e transversaliza a inteligência o tempo todo. Sendo assim, na maioria dos casos não há problema do aluno em aprender, mas sim na nossa mediação enquanto professor. Como eu ensino precisa ser substituído para como o aluno aprende. Ou seja, levantar os tipos de estratégias para que o sujeito incorpore a aprendizagem e traga isso para ele, proporcionando a construção de esquemas e elaboração de estratégias por meio da mediação. Explorar as formas de esquema ajuda na aprendizagem significativa. Esse processo parte da teoria da meta cognição que estabelece alguns passos essenciais na construção de uma aprendizagem autônoma e realmente significativa, sendo eles: verbalizar implica refletir, realização de auto perguntas, levantamento de estratégias, controle do processo de soluções e
  • 29. por fim, tomada de consciência da própria aprendizagem. Os professores também precisam conhecer como os conhecimentos evoluem e como a inteligência se manifesta na organização de estratégias, ou seja, como os alunos aplicam conhecimentos, informações que já possuem para se adaptarem a situações novas e desequilibradas do pensamento e da ação. Sem a preocupação e a obrigação de encontrar a resposta exigida, mas aquela que corresponde a suas (do aluno) condições de compreensão. (FONSECA, 1995). Com frequência, ouve-se de profissionais da área da educação que o empenho em se fazer um diagnóstico médico não se traduz, em geral, em vantagens práticas significativas. Nem para o educando nem para o educador. Ouve-se, também que rotular crianças não tem nenhuma outra função além de estigmatizar aquela criança e de fazer dela uma "síndrome" e não mais um aluno. Essa ideia tem tanta aceitação entre alguns profissionais que determinados procedimentos, como por exemplo, testes psicométricos, são evitados para que tais rótulos não possam ser aplicados. Outros profissionais evitam diagnósticos claros, como deficiência mental, autismo infantil ou epilepsia, por julgarem que esses termos somente trarão mais problemas aos pacientes e seus familiares. De certo modo, seria como se o diagnóstico médico de alguém com qualquer tipo de prejuízo tivesse apenas uma importância - a relação com o aprendizado - mas sem trazer benefícios ao paciente, objeto do estudo, nem aos profissionais da área da educação envolvidos com o paciente. Uma primeira questão seria saber se o neurologista tem instrumentos que lhe permitem definir melhor o prejuízo presente e apontar, eventualmente, caminhos a serem seguidos no processo de habilitação. A resposta a esta questão é, evidentemente, sim. O neurologista, na verdade hoje um neurocientista, tem a possibilidade, através do exame clínico e dos recursos propedêuticos existentes e disponíveis entre nós, de identificar inúmeras condições que podem cursar com prejuízos na área da educação. Não somente estas condições podem e devem ser identificadas como, em boa parte dos casos estudados, consegue-se definir a etiologia do quadro e o perfil
  • 30. das dificuldades presente. A identificação dos prejuízos presentes e do perfil de funcionamento neuropsicológico possibilitarão à equipe encarregada do caso traçar um programa de intervenção que represente a forma mais rápida, barata e eficaz de atualizar o potencial presente no paciente. A determinação de um perfil neuropsicológico permite que possamos conhecer não apenas os canais mais incompetentes, mas, e mais importante, quais os canais mais competentes, através dos quais deveremos enfatizar os esforços terapêuticos. Atualmente, há um consenso no sentido de que muito mais útil do que insistir na tentativa de normalizar ou atualizar a incompetência dos indivíduos é tentar investir nas suas habilidades. A identificação do diagnóstico funcional e síndrome podem auxiliar, também, a reconhecer condições neurológicas progressivas que podem manifestar-se, inicialmente, de modo muito sutil, por vezes através de um distúrbio do comportamento e/ou da aprendizagem escolar. A identificação de uma patologia progressiva, frequentemente letal e geneticamente determinada, é evidentemente desejável e o mais precocemente possível. O aluno portador de necessidades especiais é um indivíduo que, por força de sinais e sintomas variados, recebe com frequência algum tipo de medicação psicoativa. A participação do neurologista na equipe possibilitará que efeitos colaterais destes medicamentos possam ser identificados e que suas ações sobre o sistema nervoso possam ser discutidas, uma vez que poderão determinar ou maximizar alguns problemas de aprendizagem. Uma determinada criança pode vir a ter prejuízos mais ou menos sérios no que se refere à aprendizagem escolar não em função de uma determinada patologia que apresente (epilepsia, por exemplo), mas sim em razão dos efeitos colaterais que os medicamentos utilizados (como os anticonvulsivantes) podem determinar. Evidentemente que neste aspecto, mais uma vez, a colaboração entre o neurologista e o educador será de extrema utilidade para que uma ação terapêutica possa ser traçada. Por outro lado, compete ao neurologista a prescrição de psicofármacos que poderão, em certas circunstâncias, ser extremamente benéficos aos alunos, melhorando, inclusive, a aprendizagem e/ou minimizando problemas comportamentais presentes e que podem interferir muito com a atividade escolar de alguns deles. A parceria com o educador permitirá que eventuais
  • 31. melhoras, bem como possíveis pioras, possam ser identificadas nas salas de aula e discutidas com o médico. A compreensão, na maior profundidade possível, do quadro clínico do nosso aluno especial será de extrema valia na discussão de que tipo de escolaridade deverá se indicada. Nesta época, em que se discute com muita ênfase a inclusão do aluno especial nas escolas normais, uma compreensão exata do grau de comprometimento do aluno, bem como uma ideia realista a respeito de seu potencial educacional, poderá nortear os técnicos no sentido de optarem por um ambiente escolar normal ou um especial/protegido. Muito embora estejamos de acordo, em tese, no sentido de que seria desejável que todos os alunos estivessem incluídos e adaptados à escola normal, sabemos perfeitamente que certos tipos de prejuízos impedirão que esta inclusão se faça com vantagens para o aluno. A inclusão dependerá não apenas dos limites impostos pela condição de base, mas também das facilidades existentes na comunidade à qual o aluno pertence. O objetivo do estudo das neurociências é, em última análise, o conhecimento da função do sistema nervoso tanto no indivíduo sadio quanto naquele que apresenta algum desvio. Este conhecimento pode e deve reverter em benefício dos portadores de necessidades especiais na forma de procedimentos e métodos educacionais e terapêuticos idealizados a partir do conhecimento da função neural na saúde e na patologia.
  • 32. Jose Salomao *Médico neuropediatra, Doutor em Neurologia Clínica pela Escola Paulista de Medicina, Professor do Curso de Pós-Graduação da Universidade Mackenzie.
  • 33. Bibliografia ¹ Fonseca, V. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem.2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. ² Taricano, I. Neuropedagogia e Fundamentos da Aprendizagem. São Paulo: Instituto Saber, 2009 – Anotações da aula do Curso de Especialização em Neuropedagogia e Psicanálise. Para saber mais: Fiori, N. As Neurociências Cognitivas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. Moraes, A. P O livro do Cérebro, 1, 2 e 3. São Paulo: Duetto, 2009 – ISBN 978- 85-7902-041-4 Rotta, Newra Tllecha. Transtornos da Aprendizagem. Artmed, 2006. Na Internet: www.abpp.com.br/revista fonte de pesquisa:http://www.faetec.rj.gov.br/eeefvm/images/neuropedagogia_professores.2.pdf http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/14002/discutindo-a-triade- sustentadora-da-pratica-neuropedagogica#ixzz2lT2m3hny ATIVIDADES QUE ESTIMULAM O CÉREBRO PARA A APRENDIZAGEM (JOGOS- ATIVIDADES MOTORAS-ATIVIDADES DE NOÇÃO DE ESPAÇO
  • 34. HETEROGENEIDADE NA SALA DE AULA- PNAIC –UNID 2 PAG 17 LIVRETO DO MEC REFERENCIAS RELVAS ,Marta Pires (2009). Neurociência e Transtornos de Aprendizagem. 3ª edição. Rio de Janeiro: Walk ed. BOSSA, Nádia A. Dificuldades de aprendizagem: O questão? Como tratá-las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000 RELVAS, Marta Pires. Neurociências e transtornos de aprendizagem as múltiplas eficiências para uma educação inclusiva. Rio de Janeiro: WAK Ed 2009 Encaminhamentos pedagógicos professor Renilson ATIVIDADES QUE ESTIMULAM O CÉREBRO PARA A APRENDIZAGEM (JOGOS- ATIVIDADES MOTORAS-ATIVIDADES DE NOÇÃO DE ESPAÇO HETEROGENEIDADE NA SALA DE AULA- PNAIC –UNID 2 PAG 17 LIVRETO DO MEC