O documento descreve fotografias tiradas durante a crise acadêmica de 1969 em Coimbra, Portugal. As fotografias documentam protestos estudantis contra o governo autoritário, incluindo a inauguração interrompida de um novo prédio da universidade em 17 de abril, assembleias gerais de estudantes, e a greve de exames decidida em 28 de maio. Muitas fotos são da coleção da Associação Acadêmica de Coimbra.
Crise Académica de 1969 - Universidade de Coimbra-Reportagem Fotográfica
1. Crise Académica – Coimbra 1969 As fotografias ordenadas e legendadas por: José Veloso e João Gonçalves (JOCA)
2. Crise Académica – Coimbra 1969 Estas fotografias são o reflexo do trabalho e dedicação dos Fotógrafos de Coimbra: - dos Fotógrafos-Amadores daSecção Fotográfica da Associação Académica de Coimbra. Dirigentes e colaboradores desta Secção, que acompanharam todos os momentos da Luta dos Estudantes, pondo o seu entusiasmo juvenil e o seu talento num fundamental trabalho de memória fotográfica futura:
3. Crise Académica – Coimbra 1969 Do lado dos estudantes estiveram: José Miguéns, José Veloso, Carlos Valente, Renato Leitão, Armando Cunha, António José Mendes, José Manuel Antunes, Hélio Fidalgo e tantos outros, como António Portugal, fundador da Secção Fotográfica da A.A.C., além de muitos colaboradores anónimos que fizeram “bonecos” que ficaram para a História!
4. Crise Académica – Coimbra 1969 Ainda uma palavra de gratidão para os FotógrafosProfissionais como: Fernando Marques (Formidável), Varela Pé Curto (Hilda), Carlos Ramos (Secção Fotográfica da A.A.C.), e tantos outros fotógrafos, que emprestaram o seu talento à justa e nobre luta dos estudantes.
5. Crise Académica – Coimbra 1969 A maioria das fotos que vão ver são o espólio da “Exposição 17 de Abril”, que circulava ao tempo pelo País em mais uma iniciativa da Secção Fotográfica, e que foi entregue por Carlos Valente, em 1969, à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, que a preservou até hoje.
6. Documento com que a Direcção da Secção Fotográfica anunciava a Exposição 17 de Abril
7. 17 de Abril – Chegada da comitiva com o Presidente Tomás à Praça D. Dinis, para a inauguração do novo edifício das “Matemáticas”
8. 17 de Abril – A comitiva a caminho dos Gerais (Fac. Direito)
9. 17 de Abril – Povo e estudantes, empunhando cartazes de protesto, aguardam o desfile militar que sempre acompanhava estas inaugurações
10. 17 de Abril – Povo e estudantes, empunhando cartazes de protesto, aguardam o desfile militar que sempre acompanhava estas inaugurações
11. 17 de Abril – Do lado oposto onde estavam os estudantes,as “meninas das Ciências” aguardam “S.Exªs” para estenderem as capas aos seus pés…
12. 17 de Abril – Aguardando a chegada da comitiva(foto tirada da varanda do Hospital)
13. 17 de Abril – Aguardando a chegada da comitiva(foto tirada da varanda do Hospital)
14. 17 de Abril – O desfile militar, povo, estudantes e cartazes!
15. 17 de Abril – O desfile militar, povo, estudantes e cartazes!
16. 17 de Abril – O desfile militar, povo, estudantes e cartazes!
17. 17 de Abril – Tomás e Saraiva aproximam-se do edifício das “matemáticas”, rodeados de conhecidos pides
18. 17 de Abril – Os pides atentos enquanto Tomás e Saraiva se aproximam das “matemáticas”
19. 17 de Abril – A comitiva, já com o Reitor e o Ministro das Obras Públicas, aproxima-se do edifício(foto tirada da varanda do Hospital)
20. 17 de Abril – Toda a comitiva repara na manifestação e nos cartazes de protesto
21. 17 de Abril – A comitiva aproxima-se da entrada do edifício(foto tirada da varanda do Hospital)
22. 17 de Abril – A comitiva a entrar no edifício das “matemáticas”
23. 17 de Abril – A comitiva a entrar no edifício(foto tirada da varanda do Hospital)
24. 17 de Abril – Os estudantes deixam o passeio e avançam para o edifício das “matemáticas”
25. 17 de Abril – Celso Cruzeiro convida os estudantes a entrar no edifício
26. 17 de Abril – Celso Cruzeiro convida os estudantes a entrar no edifício(foto tirada da varanda do Hospital)
27. 17 de Abril – No átrio do edifício das “matemáticas”
28. 17 de Abril – No átrio do edifício das “matemáticas”
29. 17 de Abril – Estudantes com os cartazes no átrio
30. 17 de Abril – Estudantes com os cartazes no átrio
31. 17 de Abril – A comitiva oficial à entrada da sala 17 de Abril
32. 17 de Abril – Américo Tomás toma lugar na mesa
33. Sala 17 de Abril – Sala cheia. Alberto Martins sentado ao centro.
34. Sala 17 de Abril – Não entra mais ninguém – prof. Manuel dos Reis prepara a intervenção
35. Sala 17 de Abril – Toma a palavra prof. Manuel dos Reis
37. Sala 17 de Abril – Toma a palavra o ministro Saraiva(o bigode e as orelhas feitas na fotografia original em papel são fruto da itinerância que as fotografias tiveram – em Coimbra e ao longo do País)
38. Sala 17 de Abril – No uso da palavra, o ministro Saraiva(o bigode e as orelhas feitas na fotografia original em papel são fruto da itinerância que as fotografias tiveram – em Coimbra e ao longo do País)
39. Alberto Martins levanta-se e diz:“Em nome dos Estudantes de Coimbra, PEÇO A PALAVRA!” (Foto cedida pelo blog IÉ-IÉ)
40. Tomás conferencia com Hermano Saraiva, enquanto o Presidente da Associação Académica de Coimbra, de pé, aguarda
41. A sala continua a aguardar resposta ao pedido do Presidente da A.A.C.
42. A resposta de Tomás: “Bem, mas agora vai falar o sr. Ministro das Obras Públicas!”
43. Afinal não foi dada a palavra aos estudantes, e as autoridades abandonam intempestivamente a sala
44. 17 de Abril - Já no exterior, as autoridades retomam as suas viaturas
53. 17 de Abril - Os estudantes abandonam o edifício das “matemáticas”
54. 17 de Abril - Os estudantes na Praça D. Dinis, após inauguração!(reconhecem-se Alberto Martins, Rui Silva, Fernanda Bernarda, José Salvador e António Jorge)
55. 17 de Abril - Celso Cruzeiro, Osvaldo Castro e José Roupiço Simões
57. 17 de Abril - Professores solidários com os estudantes
58. 17 de Abril - Professores solidários com os estudantes(reconhecem-se os profs. Orlando de Carvalho, Avelãs Nunes e Correia Pinto)
59. 17 Abril - Convívio espontâneo nos Jardins da A.A.C.
60. 17 Abril - Convívio espontâneo nos Jardins da A.A.C.
61. 17 Abril - Convívio espontâneo nos Jardins da A.A.C.
62. 17 Abril - Convívio espontâneo nos Jardins da A.A.C.(Francisco Sardo no uso da palavra)
63. 17 Abril - Convívio espontâneo nos Jardins da A.A.C.
64. 17 Abril - Convívio espontâneo nos Jardins da A.A.C.(Luciano conversando com os presentes)
65. 17 Abril - Convívio espontâneo nos Jardins da A.A.C.(reconhecem-se José Campino, Carlos Guimarães e Barbosa)
66. 18 Abril – Alberto Martins e Celso Cruzeiro visitam o “Mário do café Oásis”, barbaramente espancado pela polícia de choque e mordido pelos cães, na noite de 17 de Abril, em frente à PIDE
67. 18 Abril – Alberto Martins, Celso Cruzeiro e Fernando Soromenho dirigem-se para a Assembleia Magna nos Gerais
83. 22 Abril – 8 estudantes são suspensos da frequência das aulasNesse dia, a Assembleia Magna no ginásio da A.A.C. decreta oLuto Académico com greve às aulas(Décio de Sousa no uso da palavra)
84. 22 Abril - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decreta o Luto Académico
85. 22 Abril - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decreta o Luto Académico
86. 22 Abril - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decreta o Luto Académico
87. 1 de Maio - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decide a continuidade do Luto Académico (reconhecem-se José Barata, Silva Pinto, Barbosa, Osvaldo, Fernanda Bernarda, Barros Moura e Celso Cruzeiro)
88. 1 de Maio - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decide a continuidade do Luto Académico
89. 1 de Maio - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decide a continuidade do Luto Académico
90. 1 de Maio - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decide a continuidade do Luto Académico
91. 1 de Maio - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decide a continuidade do Luto Académico (Barros Moura no uso da palavra)
92. 1 de Maio - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decide a continuidade do Luto Académico
93. 1 de Maio - Assembleia Magna no ginásio da A.A.C., que decide a continuidade do Luto Académico
94. Maio - Reuniões permanentes, em vez das aulas, dando cumprimento aoLuto Académico
95. Maio - Reuniões permanentes, em vez das aulas, dando cumprimento aoLuto Académico
96. Maio - Reuniões permanentes, em vez das aulas, dando cumprimento aoLuto Académico(reconhecem-se Carlos Batista, Trigo, César Cordeiro, Nilton Vieira…)
97. Maio - Manifestações culturais de apoio ao luto académico: Actuação do Coro Misto
98. Maio - Manifestações culturais de apoio ao luto académico: Actuação do Coro Misto
99. Maio - Manifestações culturais de apoio ao luto académico: Actuação do Coro Misto
149. 2 de Junho 1969 – 1º dia da Greve a Exames Jipes da GNR com grades de arame farpado
150. 2 de Junho 1969 – 1º dia da Greve a Exames Jipes da GNR com grades de arame farpado
151. 2 de Junho 1969 – 1º dia da Greve a Exames Jipes da GNR com grades de arame farpado
152. 3 de Junho 1969 – Operação FlorOs estudantes descem à baixa da cidade, distribuindo flores à população(aqui o momento da compra)
153. 3 de Junho 1969 – Operação FlorOs estudantes descem à baixa da cidade, distribuindo flores à população(outro momento da compra das flores)
154. 3 de Junho 1969 – Operação FlorApós a compra das flores
155. 3 de Junho 1969 – Operação FlorCada estudante com uma flor, lá fomos a caminho da baixa
156. 3 de Junho 1969 – Operação FlorA caminho da baixa, com as flores para distribuir à população
157. 3 de Junho 1969 – Operação FlorA caminho da baixa, com as flores para distribuir à população
158. 3 de Junho 1969 – Operação FlorCaras bonitas e jovens aceitam as flores oferecidas pelos estudantes
159. 3 de Junho 1969 – Operação FlorCaras bonitas e jovens aceitam as flores oferecidas pelos estudantes
160. Depois do sucesso da Operação Flor, veio a Operação Balão Dia 14 de Junho, os estudantes desceram de novo à baixa, levando balões onde estavam inscritas “frases revolucionárias” que expressavam os motivos da luta dos estudantes e a sua ligação à população. E no largo da Portagem, quando a polícia se preparava para carregar sobre os estudantes, estes largaram os balões que subiram aos céus aos milhares, e, enquanto estudantes e população se misturavam felizes, a polícia ficou sem saber sobre quem carregar…
161. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoConcentração nos jardins da Associação
162. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoConcentração nos jardins da Associação
163. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoConcentração nos jardins da Associação
164. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoConcentração nos jardins da Associação
165. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoConcentração nos jardins da Associação
166. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoJunto ao Teatro Gil Vicente
167. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoRua Ferreira Borges, a caminho do largo da Portagem
168. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoRua Ferreira Borges, a caminho do largo da Portagem
169. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoNo largo da Portagem
170. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoNo largo da Portagem
171. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoNo largo da Portagem
172. 14 de Junho 1969 – Operação BalãoOs balões sobem aos céus…
173. A censura amordaçava a imprensa! Só eram publicadas as “notas oficiosas”. O DIÁRIO de COIMBRA, enganando a censura, publica esta maravilhosa prosa referente à operação balão…(recorte original do jornal da época)
174. Junho - Greve a ExamesAcompanhamento pelos estudantes do evoluir da Greve
175. Junho - Greve a ExamesAcompanhamento pelos estudantes do evoluir da Greve
176. Junho - Greve a ExamesCaricaturas retiradas de livros da Queima das Fitas de anos anteriores, e afixadas pela cidade para divulgação dos traidores (fura greves)
177. Caminhada para a Final da Taça de Portugal em futebol Em Coimbra, a Académica elimina o Sporting nas meias finais da Taça. Aparecem nos campos de futebol os cartazes e faixas de apoio à luta dos estudantes
178. 15 de Junho 1969 –Estádio do Calhabé em CoimbraMeia final da Taça de PortugalAcadémica 1 Sporting 0
179. 15 de Junho 1969 –Estádio do Calhabé em CoimbraMeia final da Taça de PortugalAcadémica 1 Sporting 0
180. 15 de Junho 1969 –Estádio do Calhabé em CoimbraMeia final da Taça de PortugalAcadémica 1 Sporting 0
181. 15 de Junho 1969 –Estádio do Calhabé em CoimbraMeia final da Taça de PortugalAcadémica 1 Sporting 0
182. 15 de Junho 1969 –Estádio do Calhabé em CoimbraMeia final da Taça de PortugalAcadémica 1 Sporting 0
183. 22 de Junho - Final da Taça de Portugal(Académica – Benfica) Pela 1ª vez o Presidente da República não está presente na final da Taça! Nenhum membro do governo está presente! Pela 1ª vez a RTP não transmite a final da Taça! São distribuídos mais de 35000 comunicados dando conta da luta dos estudantes!
184. 22 de Junho 1969 – Chegada de comboio a Sta Apolónia com estudantes para a Final da Taça
185. 22 de Junho 1969 – Entrada para o Estádio Nacional em LisboaFinal da Taça de Portugal
186. 22 de Junho 1969 – Estádio Nacional completamente cheioFinal da Taça de Portugal
187. 22 de Junho 1969 – Os cadeirões governamentais vazios, com o estádio completamente cheioFinal da Taça de Portugal
188. 22 de Junho 1969 – Comunicados à população “voam” no estádioFinal da Taça de Portugal
189. 22 de Junho 1969 – Comunicados caem sobre os espectadores!Final da Taça de Portugal
190. 22 de Junho 1969 – Depois de lidos, os comunicados protegemFinal da Taça de Portugal
191. 22 de Junho 1969 – Policias aos molhosFinal da Taça de Portugal
192. Novamente o DIÁRIO de COIMBRA usa a metáfora para enganar a censura e apoiar e divulgar a luta dos estudantes.Esta a prosa do editorial do dia 23 de Junho, onde os turistas eram…os polícias(recorte original do jornal da época)
193. 22 de Junho 1969 – Faixas denunciam a luta dos estudantesFinal da Taça de Portugal
194. 22 de Junho 1969 – Faixas denunciam a luta dos estudantesFinal da Taça de Portugal
195. 22 de Junho 1969 – Faixas denunciam a luta dos estudantesFinal da Taça de Portugal
196. 22 de Junho 1969 – Os jogadores da Académica com as capas caídas, em sinal de Luto!Final da Taça de Portugal(Gervásio, Vítor Campos, Mário Campos, Manuel António, Belo, Peres, Rui Rodrigues, Viegas, Vieira Nunes, Marques e Néné)