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Catedral de Notre-aDme Paris
Catedral de Notre-Dame Paris
 A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico
A catedral de  Notre-Dame de Paris , considerada por Victor Hugo como o  paradigma das catedrais francesas , estabeleceu o modelo ideal do templo gótico, constituindo um dos exemplos mais equilibrados e coerentes deste período. Bastante maltratada após a Revolução Francesa, foi reabilitada durante o século  XIX  através de uma grande campanha de trabalhos de restauração orientados pelos arquitetos  Viollet-le-Duc  e  Jean Baptiste Lassus .
A igreja foi erguida no local da primeira igreja cristã de Paris, a  Basílica de Saint-Étienne , que por sua vez foi erguida sobre um antigo templo galo-romano dedicado a  Júpiter .  A catedral surge intimamente ligada à idéia do gótico no seu esplendor: uma abordagem nova da catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual. A arquitetura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. A cidade ressurge com uma extrema importância no campo político e econômico
 Situa-se na praça Parvis, numa pequena ilha, a “Île de la Cité” em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.
[object Object],Sem esta grande restauração, provavelmente não poderíamos hoje apreciar o magnífico resultado desta obra prima da Idade Média. Na prática, a obra alertaria os franceses para a necessidade de recuperar um monumento nacional que já estava bastante deteriorado.
A citada restauração, levada a cabo no  século XIX  e que deveu-se sobretudo ao romance de  Victor Hugo , que leva o nome da Catedral, permitiu restituir a sua imagem original gótica, dando-lhe o aspecto que atualmente apresenta.  Foram reconstruídas as  esculturas  destruídas pelos revolucionários e reintroduziram-se os quatro níveis do alçado.  A atual  agulha  que coroa exteriormente o cruzeiro deve-se também a esta restauração.
Sua construção foi iniciada no ano de  1.163 , e dedicada a Maria, Mãe de Jesus, daí o nome:  Notre-Dame  (Nossa Senhora).  Ela é uma das mais belas igrejas do mundo e, um  símbolo da arquitetura gótica .  Mas, ela é mais que isso.  Nos últimos nove séculos, a catedral tem sido cenário dos grandes acontecimentos da história da França
A Île de la Cité  e a Île Saint-Louis A  Île de la Cité  e a  Île Saint-Louis  são duas ilhas no rio Sena em Paris, consideradas o centro da capital francesa.  Pode-se dizer que a Île de la Cité, é a célula mãe da cidade medieval de Paris, que foi desenvolvendo-se em círculos concêntricos ao redor deste ponto.  Na Île de la Cité se encontram dois belos exemplos da arte gótica: a  Catedral de Notre-Dame  e a  Saint Chapelle .
A  Île de la Cité  e a  Île Saint-Louis NOTRE-DAME
A  Île de la Cité  e a  Île Saint-Louis
 
O local onde hoje se encontra a Catedral de Notre-Dame sempre foi o centro religioso de Paris. Primeiro os Celtas aí a tiveram como sua terra sagrada e, mais tarde, os romanos construíram um templo para adoração a Júpiter.  Entre os séculos  IV  e  VII  aí foi construída uma basílica dedicada a St. Etienne.  Em  1.163 ,  Maurice de Sully , Bispo de París, começou a construção da nova Catedral, sobre os restos de duas antigas igrejas, ecujos trabalhos só terminaram em  1.250 . Sully desejava que fosse construída com os recursos que o novo estilo arquitetônico permitia: naves mais altas, janelas maiores e, consequentemente, mais LUZ! Uma Igreja no estilo  GÓTICO .
MARCO ZERO  - Placa de bronze, no pavimento na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral. Representa o “ponto zero”, a partir do qual todas se calculam as distâncias das estradas nacionais francesas.

Sua  planta é de extrema simplicidade:  a longa nave central, rodeada de duplas  naves laterais, cruza-se com o transepto, cujos braços apenas afloram no exterior do edifício. Maquete mostrando a atual planta em cruz latina.
A forma final do templo resultou de um conjunto de modificações, ampliações e restaurações que abrangem uma larga diacronia. À planta, inicialmente retangular e extremamente compacta, foi acrescentado o transepto que a tornou cruciforme. Apresenta cinco naves que se prolongam pela charola da profunda cabeceira.
Plano da abside da Notre Dame de Paris, tal qual era antes do acréscimo das capelas do s. XIV.
Transepto Nave central Naves laterais
 
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[object Object],[object Object],[object Object],Notre Dame em números
As Fachadas A fachada principal, a ocidental, apresenta o mesmo modelo da igreja de Saint-Denis, precursora da arquitetura gótica, uma derivação da fachada do românico normando.
A Fachada Ocidental Esta é a fachada principal e não só a de maior impacto e monumentalidade como também a de maior popularidade.
Fachada Oeste
Fachada Ocidental Fachada Ocidental (oeste) A fachada principal apresenta  três níveis horizontais .  Contrafortes ligeiramente proeminentes a dividem também em  três zonas verticais  unindo os dois pisos inferiores e reforçando os cunhais das duas torres laterais de  70  metros de altura.
Fachada Ocidental 1 o  nível Intermediário Nível superior Rosácea Galeria dos Reis Portal do Julgamento Portal da Virgem Portal de Santa Ana Galeria das gárgulas Torre Sul
O primeiro nível  No primeiro nível são evidentes três portais.
[object Object],[object Object]
A magnífica entrada da Catedral faz-se por estes três elaborados portões, onde cenas bíblicas, pintadas na idade Média, representam a vida da Virgem, o Julgamento Final, e a vida de  Santa Ana.  Acima vê-se a  Galeria dos reis da Judéia   e de Israeal . Em cima de tudo, a  Grande Rosácea , rematada por uma galeria balaustrada de traçaria.
Galeria dos reis Rosácea Balaustrada
 
Galeria dos Reis   Na transição para o nível intermediário está esta fileira de estátuas de 3,5 metros de altura cada representando  28 reis de Judá e Israel .  Estas estátuas foram destruídas durante a revolução francesa, pois os revolucionários acreditavam que representassem reis da França.  Foram redesenhadas por  Violet-le-Duc  (1845).  As originais estão no Museu de Cluny.
 
Os 3 Portais Apresenta três portais que surgem em épocas diferentes e que formam um conjunto que passa a ser utilizado na arquitetura a partir de meados do  século XII . 1.  Portal do Julgamento  - o Central e mais novo do conjunto.  2.  Portal da Virgem  - o da esquerda, pertence ao século XIII, com iconografia referente a María. 3.  Portal de Santa Ana  - o da direita, vem da época do início da construção da catedral.
1.  Portal do Julgamento   O Central e mais novo do conjunto
Fachada Oeste, a Portada principal
No  românico  a figura central do portal é sempre  Cristo Pantocrator , em ascensão aos céus, como parte dos acontecimentos de pentecostes ou no papel de Julgador.  Mas no  gótico  o  tema do Julgamento  passa a representar o papel principal no portal. Aqui, já não é o monge que inicia os fiéis no mundo iconográfico do sagrado. A fé e a experiência espiritual são, nesta fase, sobrepostos pela autoridade e lei representadas pelo bispo, o clero ligado à cidade.
 
TÍMPANO  Apresenta Cristo na pose de Julgador revelando as chagas nas palmas das suas mãos. ARQUITRAVE A banda inferior da arquitrave, por estar danificada, foi substituída no século XVIII por uma representação da ressurreição dos mortos. A banda superior representa os “escolhidos” e os “condenados” ARQUIVOLTAS Nas arquivoltas Abraão recebe as almas dos escolhidos e o Diabo as dos pecadores. Concêntricos a Cristo surgem anjos, patriarcas, profetas, dignitários, mártires e virgens santas.
Na  banda superior  vemos os “escolhidos” e os “condenados”. Estão separados pelo  Diabo  e pelo  arcanjo Miguel  com a balança das almas.  Os que entram no paraíso levam uma coroa, uma possível alusão à santidade da coroa francesa ou mesmo da nobreza.
Cristo  -  entre as duas portas do Portal Central
Detalhe da arquivolta do Portal de Julgamento -  Inferno   Detalhe da arquivolta (esquerda) do Portal de Julgamento –  Abraão recebendo as almas no Céu.  multidão rindo
2.  Portal da Virgem  O portal da esquerda Neste portal o volume corporal é mais acentuado e a representação mais realista, em oposição ao abstracionismo românico. O magnífico  tímpano de pedra  foi esculpido no século  XIII  e mostra a morte da virgem Maria e a gloriosa coroação no Céu. No entanto, a estátua da Virgem e o Menino entre os portais é uma obra moderna.
   Virgem e o Menino Tímpano :   trata da coroação de Maria: Cristo, sentado, recebe-a e benze-a, enquanto um anjo descende e a coroa.  Arquitrave : banda superior,  são representados a morte e a ascensão de Maria aos céus Cristo, no ponto central, toca o corpo de sua mãe, como que num sinal à futura ressurreição. Os apóstolos que rodeiam a cena.  banda inferior,  seis patriarcas do Antigo Testamento e reis sentados entre um pequeno baldaquino.   Arquivoltas :  anjos, profetas, reis e santos assistem ao acontecimento
Coroação de Maria : Cristo sentado, recebe-a e benze-a.  Dois anjos ajoelhados carregam candelabros nas mãos.
3.  Portal de Santa Ana O portal da direita Ele vem da época do início da construção da catedral e terá sido no início possivelmente pensado para um dos braços do transepto. No tímpano, que representa a Virgem com Cristo menino, transparece ainda uma forte ligação à escultura do românico tardio pela sua frontalidade, rigidez do vestuário e pouco índice volumétrico.
O  tímpano , representa a Virgem Maria com Jesus menino. Na proximidade da Virgem (esquerda) está um rei ajoelhado, que se crê ser  Luís VII  e a sua direita um bispo, que poderá ser  Sully , o impulsionador da construção da catedral.  A  arquitrave  possui dois níveis:  a)   superior , de cerca de  1.170 , com cenas da vida de Maria e  b) inferior , do início do  século XIII , altura em que o portal deverá ter sido colocado neste local, retrata cenas da vida de Sant’Ana e São Joaquim, pais de Maria, fato que terá dado o nome ao portal.
Tímpano:  Virgem Maria com Jesus menino   ARQUITRAVE ,[object Object],[object Object]
O Nível intermédio Dominando o nível intermédio encontra-se a rosácea de 13 metros de diâmetro.
ARCADA
Dominando o  nível intermédio  encontra-se a  rosácea  de  13 metros de diâmetro , bem ao centro e encaixada entre os contrafortes; ladeada por janelas gêmeas.  À sua frente surge a estátua da Virgem Maria com o Menino. Seguindo o traçado do piso inferior, e contribuindo para a unidade da fachada, corre uma  galeria de arcadas  rendilhadas rematando este nível em sua zona superior.
Estátua da Virgem Maria com o Menino
O Nível Superior Aqui erguem-se as duas torres, influência normanda do século XII que acabou por permanecer na arquitetura religiosa européia.
As duas torres de 69 metros de altura  NORTE SUL
No nível superior, erguem-se as duas torres de 69 metros de altura. dominando toda a fachada ocidental do templo. A  torre sul  acolhe o famoso sino de nome  “Emmanuel” . É possível visitar a  torre norte  onde, após uma subida de  386 degraus , pode-se vislumbrar  a cidade de Paris, os  pináculos  e as  gárgulas  da catedral que povoaram o romance de Victor Hugo.
O sino  Emmanuel  pesa  13 ton . Para acionar seu badalo de  500 quilos , que só toca em datas especiais, são necessários oito homens Torre Sul Gárgula
“ Galèrie des Chimères” Gárgulas ou Quimeras  Na antiguidade acreditava-se que as gárgulas eram os guardiões das catedrais e que durante a noite, ganhavam vida.
 
Muitas das conhecidas figuras de Notre-Dame não são, na verdade, medievais, tendo sido desenhadas por  Viollet-le-Duc , já no século  XIX , durante os trabalhos de restauração da Catedral.
Gárgulas : na arquitetura, são desaguadouros, ou seja, a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede e que, especialmente na  Idade Média , eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas, típicas na arquitetura gótica. O termo se origina do francês  gargouille  (de gargalo ou garganta), pelo Latim  gurgulio , gula. Palavras similares derivam da raiz  gar , engolir, onomatopéia representando o gorgulhante som da água. Em italiano:  doccione ; alemão:  Ausguss ,  Wasserspeier . Quimera, ou grotesca : é um tipo de escultura similar que não funciona como desaguadouro, servindo apenas para funções artísticas e ornamentais. Mas também são popularmente conhecidas como gárgulas.
Gárgulas  na arquitetura, como desaguadouros
 
Gárgulas : na arquitetura, como ornamentos
As assustadoras  gárgulas ornamentais   de Notre-Dame foram feitas na restauração do  século XIX  e têm apenas função decorativa.  Elas se espalham por todo o exterior da igreja, porém as mais famosas ficam nas torres.
 
Escondiadas entre as torres, as  gárgulas  (chimères ou quimeras) foram colocadas por  Viollet-le-Duc , com meras funções decorativas e talvez como homenagem ao romance de  Victor Hugo ....
Pensativas, elas contemplam Paris e sua história...
As demais Fachadas A fachada  Oriental  (da Cabeceira), e as fachadas do transepto: a  Norte  e a  Sul .
A Fachada Oriental A Cabeceira Esta é a fachada da abside.  Na primeira metade do século XIV foram concluídos os arcobotantes erguidos na cabeceira do templo.  A melhor vista é da  Place Jean XXIII .
 
ARCOBOTANTES :  A estrutura de suporte de peso é visível do exterior ladeando todo o edifício, mas na zona da cabeceira a elegância destes elementos resulta numa fluidez visual que só se tornou possível depois de  1.225 , quando as capelas foram acrescentadas ao exterior. Na altura todo o esplendor técnico do gótico está ao alcance e os arcobotantes, que fluem da zona superior da parede do coro, onde a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongam-se até aos contrafortes, não de forma pesada, mas transmitindo leveza e harmonia.
Vista da cabeceira na zona este
Notre-Dame de Paris  foi um dos primeiros edifícios a usar a técnica de contenção estrutural através de  arcobotantes . Originalmente estes não constavam no projeto, mas à medida que as paredes iam sendo erguidas, sendo muito finas como de hábito no gótico, começaram a aparecer rachaduras, e as paredes ameaçavam se inclinar para fora, assim os arcobotantes, como contrafortes, foram acrescentados para evitar desabamento. Foram ironizados na época, pois para eles a aparência era de andaimes não removidos e que davam à catedral um aspecto inacabado.
A cabeceira ... os arcobotantes, fluem da zona superior da parede do coro, onde a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongando-se até aos contrafortes, não de forma pesada, mas transmitindo leveza e harmonia. Vista da “Place Jean XXIII”
É justamente na zona da cabeceira que a elegância dos arcobotantes resulta numa fluidez visual. Estes, que suportam a fachada oriental da catedral são de  Jean Ravy  e têm um vão de  15 m .
As Fachadas do transepto As fachadas  Norte  e  Sul .  Após a construção das capelas exteriores tornou-se necessário prolongar os braços do transepto.  N S
A Fachada Norte Obra de Jean de Chelles, de um modo geral sua decoração em filigrana e o traçado aqui utilizados irão ser adotados pela arquitetura européia.
Jean de Chelles  inicia ao norte demonstrando já um traçado típico do gótico alto. O frontão trabalhado coroando o portal, denominado  gablete , cresce no segundo nível e sobrepõe-se à fileira de janelas que surgem num plano recolhido.  Do mesmo modo também é a  rosácea  colocada num nível mais recolhido e ligeiramente sobreposta por uma balaustrada fina.  Rematando a fachada surge um  frontão  com janela circular ladeado de tabernáculos abertos. O  tímpano  apresenta um registro em três bandas, típico do gótico, onde se torna possível representar diversos episódios alimentando o gosto pela festividade do relato.
O TÍMPANO Na banda inferior vêem-se cenas de Jesus menino.  Nas duas bandas superiores um bispo conta a história do presbiteriano Teófilo, desenvolvendo-se a lenda do mesmo personagem numa sequência de quatro cenas na banda imediatamente inferior. Também no portal toma lugar a estátua de uma Madona que sobreviveu à revolução francesa e que denota o nível avançado da escultura gótica, apresentando uma naturalidade na atitude e rotação corporal. O portal norte foi construído entre 1.210 e 1.220.
Sua rosácea, a maior das três, tem 13 metros de diâmetro.
A Fachada Sul O projeto da fachada do transepto Sul segue um traçado mais ou menos fiel ao do seu antecessor na fachada Norte.
- Miki Pitish  .  O Portal sul do transepto, consagrado a Santa Ana, data do século XII
Após a morte de  Chelles ,  Montreuil  assume o projeto da fachada do transepto sul seguindo um traçado mais ou menos fiel ao do seu antecessor. A plasticidade dos elementos e o trabalho de filigrana da pedra revelam uma virtuosidade com o material atingindo o mais alto nível, assim como uma clara individualização do trabalho do artista que começa a se destacar do conjunto do movimento artístico geral. O  Portal sul do transepto , consagrado a Santa Ana, data do século XII.
 
Fachada Sudeste Fachada do transepto sul Desse ângulo, pode-se observar a magnífica  rosácea sul , ladeada por duas pequenas torres,  e a delicadeza dos arcobotantes.
Fachada sul do transepto
Vista de Sudeste
A Flecha ou Pináculo “ La Flèche”  A flecha atual foi acrescentada por Viollet-le-Duc.
[object Object],[object Object],[object Object]
 
 
OS VITRAIS DE NOTRE-DAME Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um capítulo à parte, dada sua magnificência.
Vitrais
VITRAIS   A introdução dos pilares na arquitetura gótica permitiu a substituição das sólidas paredes com janelas estreitas, do estilo românico, pela combinação de pequenas áreas de parede com grandes áreas preenchidas por vidros coloridos e trabalhados, chamados VITRAIS.
Na catedral de  Notre-Dame existem quase duzentos vitrais, alguns entre os maiores construídos na História.
- Miki Pitish 
 
 
 
 
“
 
Rosáceas As grandiosas rosáceas adornam as fachadas norte, sul, e oeste, mas só a rosácea  norte  conserva o vitral original do século XIII, que representa a Virgem rodeada por figuras do Antigo Testamento.
A  rosácea do braço norte  do transepto tem  13   m  de diâmetro e um azul forte como cor dominante.  A composição baseia-se no  número 8  e seus múltiplos e simboliza o  Universo : a Terra e os sete planetas.
No centro surge a Mãe de Deus rodeada de medalhões com representação de personagens do Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos.
 
A  rosácea do braço sul do transepto  baseia-se do mesmo modo no  número 12  e apresenta central a imagem de  Cristo  como o julgador do mundo, rodeado pelos Apóstolos e anjos, em medalhões. Indiscutíveis Mandalas, as rosáceas góticas têm sido apontadas também como símbolos de chacras.
O termo  traceria , ou arrendado,  refere-se ao trabalho decorativo em pedra (também por vezes madeira) composto por elementos geométricos e utilizado na arquitetura, especialmente de grande desenvolvimento na arquitetura gótica. Este ornamento pode subdividir aberturas (como em rosáceas) em forma de renda perfurada ou revestir áreas com formas em relevo podendo-se encontrar aplicado a coroar janelas, arcos, a ornamentar abóbadas,  gabletes  e pináculos ou a cobrir superfícies planas como painéis (de coro por exemplo) ou paredes.
 
O INTERIOR DE NOTRE-DAME Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um capítulo à parte, dada sua magnificência.
No  interior , um vasto espaço com  130 metros   de comprimento  e  48 de largura , são ainda evidentes as ascendências românicas normandas do edifício, denunciadas por grossas colunas das arcadas da nave e do coro.  Os  pilares  mais recentes, localizados junto da fachada poente e estruturados por colunelas assim como as grandes janelas e a verticalidade do espaço interior acentuam o efeito gótico. Com  35 metros   de altura , a relação entre a largura e altura da nave central é de  1 para 2,75 .
 
 
 
[object Object]
Esta verticalidade é demonstrada pela monumentalidade das paredes e nos pináculos. O gótico almejava desta forma,  a ligação da terra ao céu.
Altíssimos pilares (feixes de colunas) recebem as pressões descarregadas pelas nervuras das abóbadas de arestas.
A junção das nervuras e torais que reforçam as abóbadas e os seus prolongamentos pelos pilares, ligada à grande dimensão das naves assim como a difusão espacial da luz através das grandes rosáceas dos topos das naves, garantem esta amplitude e nobreza do espaço interior do templo gótico.

 
OS ÓRGÃOS DE NOTRE-DAME Há três órgãos em Notre-Dame. O principal está situado em frente da rosácea da fachada ocidental.
O Grande Órgão Datando originalmente do século XIV, só doze dos seus 32 tubos são originais e já foi alvo de várias restaurações.
O Grande Órgão  e a Rosácea da fachada ocidental   Situado em frente da rosácea da fachada ocidental, com seus  113 registros  e  7.800 tubos ,  o principal é um dos maiores órgãos do mundo.
[object Object]
Este órgão é usado em eventos especiais enquanto o órgão do coro tem mais serventia para os eventos de rotina.
 
 
Esculturas .
Estátua da Virgem Maria e do Menino
Estátua da Virgem Maria e do Menino Também conhecida por Notre-Dame de Paris esta belíssima estátua foi trazida para a catedral da capela de st. Aignan.  Fica junto ao pilar sudeste do transepto, na entrada  para o coro.
 
 
Os frisos de Notre-Dame  Representam as aparições de Cristo  ressuscitado (parede direita da nave – lado sul) e  cenas dos evangelhos (parede esquerda, norte). Esta forma de narrar fatos bíblicos tinha o propósito de catequizar.
Os Frisos

A dúvida de Tomé
As bodas de Caná  e  A entrada de Cristo em Jerusalém
Os Bancos do Coro  Mais de metade dos bancos originais encomendados por Luís XIV ainda existe.  Entre o esplêndido trabalho de talha nos 78 bancos há cenas da Vida da Virgem.
Bancos do Coro
Parabéns por ter conseguido ler esta mensagem até ao fim.   Muitos certamente só terão lido pela metade, para "não perder tempo“!  Tão valioso neste mundo globalizado.
 
C R É D I T O S FORMATAÇÃO: MENSAGEIRO DA PAZ MÚSICA: “Ave Maria” de Gounoud, canta: Nana Mouskouri  DATA:  FIM © favor manter os créditos, sem alterar

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Catedral de notre dame paris

  • 3.  A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico
  • 4. A catedral de Notre-Dame de Paris , considerada por Victor Hugo como o paradigma das catedrais francesas , estabeleceu o modelo ideal do templo gótico, constituindo um dos exemplos mais equilibrados e coerentes deste período. Bastante maltratada após a Revolução Francesa, foi reabilitada durante o século XIX através de uma grande campanha de trabalhos de restauração orientados pelos arquitetos Viollet-le-Duc e Jean Baptiste Lassus .
  • 5. A igreja foi erguida no local da primeira igreja cristã de Paris, a Basílica de Saint-Étienne , que por sua vez foi erguida sobre um antigo templo galo-romano dedicado a Júpiter . A catedral surge intimamente ligada à idéia do gótico no seu esplendor: uma abordagem nova da catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual. A arquitetura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. A cidade ressurge com uma extrema importância no campo político e econômico
  • 6.  Situa-se na praça Parvis, numa pequena ilha, a “Île de la Cité” em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.
  • 7.
  • 8. A citada restauração, levada a cabo no século XIX e que deveu-se sobretudo ao romance de Victor Hugo , que leva o nome da Catedral, permitiu restituir a sua imagem original gótica, dando-lhe o aspecto que atualmente apresenta. Foram reconstruídas as esculturas destruídas pelos revolucionários e reintroduziram-se os quatro níveis do alçado. A atual agulha que coroa exteriormente o cruzeiro deve-se também a esta restauração.
  • 9. Sua construção foi iniciada no ano de 1.163 , e dedicada a Maria, Mãe de Jesus, daí o nome: Notre-Dame (Nossa Senhora). Ela é uma das mais belas igrejas do mundo e, um símbolo da arquitetura gótica . Mas, ela é mais que isso. Nos últimos nove séculos, a catedral tem sido cenário dos grandes acontecimentos da história da França
  • 10. A Île de la Cité e a Île Saint-Louis A Île de la Cité e a Île Saint-Louis são duas ilhas no rio Sena em Paris, consideradas o centro da capital francesa. Pode-se dizer que a Île de la Cité, é a célula mãe da cidade medieval de Paris, que foi desenvolvendo-se em círculos concêntricos ao redor deste ponto. Na Île de la Cité se encontram dois belos exemplos da arte gótica: a Catedral de Notre-Dame e a Saint Chapelle .
  • 11. A Île de la Cité e a Île Saint-Louis NOTRE-DAME
  • 12. A Île de la Cité e a Île Saint-Louis
  • 13.  
  • 14. O local onde hoje se encontra a Catedral de Notre-Dame sempre foi o centro religioso de Paris. Primeiro os Celtas aí a tiveram como sua terra sagrada e, mais tarde, os romanos construíram um templo para adoração a Júpiter. Entre os séculos IV e VII aí foi construída uma basílica dedicada a St. Etienne. Em 1.163 , Maurice de Sully , Bispo de París, começou a construção da nova Catedral, sobre os restos de duas antigas igrejas, ecujos trabalhos só terminaram em 1.250 . Sully desejava que fosse construída com os recursos que o novo estilo arquitetônico permitia: naves mais altas, janelas maiores e, consequentemente, mais LUZ! Uma Igreja no estilo GÓTICO .
  • 15. MARCO ZERO - Placa de bronze, no pavimento na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral. Representa o “ponto zero”, a partir do qual todas se calculam as distâncias das estradas nacionais francesas.
  • 16.
  • 17. Sua planta é de extrema simplicidade: a longa nave central, rodeada de duplas naves laterais, cruza-se com o transepto, cujos braços apenas afloram no exterior do edifício. Maquete mostrando a atual planta em cruz latina.
  • 18. A forma final do templo resultou de um conjunto de modificações, ampliações e restaurações que abrangem uma larga diacronia. À planta, inicialmente retangular e extremamente compacta, foi acrescentado o transepto que a tornou cruciforme. Apresenta cinco naves que se prolongam pela charola da profunda cabeceira.
  • 19. Plano da abside da Notre Dame de Paris, tal qual era antes do acréscimo das capelas do s. XIV.
  • 20. Transepto Nave central Naves laterais
  • 21.  
  • 22.
  • 23.
  • 24. As Fachadas A fachada principal, a ocidental, apresenta o mesmo modelo da igreja de Saint-Denis, precursora da arquitetura gótica, uma derivação da fachada do românico normando.
  • 25. A Fachada Ocidental Esta é a fachada principal e não só a de maior impacto e monumentalidade como também a de maior popularidade.
  • 27. Fachada Ocidental Fachada Ocidental (oeste) A fachada principal apresenta três níveis horizontais . Contrafortes ligeiramente proeminentes a dividem também em três zonas verticais unindo os dois pisos inferiores e reforçando os cunhais das duas torres laterais de 70 metros de altura.
  • 28. Fachada Ocidental 1 o nível Intermediário Nível superior Rosácea Galeria dos Reis Portal do Julgamento Portal da Virgem Portal de Santa Ana Galeria das gárgulas Torre Sul
  • 29. O primeiro nível No primeiro nível são evidentes três portais.
  • 30.
  • 31. A magnífica entrada da Catedral faz-se por estes três elaborados portões, onde cenas bíblicas, pintadas na idade Média, representam a vida da Virgem, o Julgamento Final, e a vida de Santa Ana. Acima vê-se a Galeria dos reis da Judéia e de Israeal . Em cima de tudo, a Grande Rosácea , rematada por uma galeria balaustrada de traçaria.
  • 32. Galeria dos reis Rosácea Balaustrada
  • 33.  
  • 34. Galeria dos Reis Na transição para o nível intermediário está esta fileira de estátuas de 3,5 metros de altura cada representando 28 reis de Judá e Israel . Estas estátuas foram destruídas durante a revolução francesa, pois os revolucionários acreditavam que representassem reis da França. Foram redesenhadas por Violet-le-Duc (1845). As originais estão no Museu de Cluny.
  • 35.  
  • 36. Os 3 Portais Apresenta três portais que surgem em épocas diferentes e que formam um conjunto que passa a ser utilizado na arquitetura a partir de meados do século XII . 1. Portal do Julgamento - o Central e mais novo do conjunto. 2. Portal da Virgem - o da esquerda, pertence ao século XIII, com iconografia referente a María. 3. Portal de Santa Ana - o da direita, vem da época do início da construção da catedral.
  • 37. 1. Portal do Julgamento O Central e mais novo do conjunto
  • 38. Fachada Oeste, a Portada principal
  • 39. No românico a figura central do portal é sempre Cristo Pantocrator , em ascensão aos céus, como parte dos acontecimentos de pentecostes ou no papel de Julgador. Mas no gótico o tema do Julgamento passa a representar o papel principal no portal. Aqui, já não é o monge que inicia os fiéis no mundo iconográfico do sagrado. A fé e a experiência espiritual são, nesta fase, sobrepostos pela autoridade e lei representadas pelo bispo, o clero ligado à cidade.
  • 40.  
  • 41. TÍMPANO Apresenta Cristo na pose de Julgador revelando as chagas nas palmas das suas mãos. ARQUITRAVE A banda inferior da arquitrave, por estar danificada, foi substituída no século XVIII por uma representação da ressurreição dos mortos. A banda superior representa os “escolhidos” e os “condenados” ARQUIVOLTAS Nas arquivoltas Abraão recebe as almas dos escolhidos e o Diabo as dos pecadores. Concêntricos a Cristo surgem anjos, patriarcas, profetas, dignitários, mártires e virgens santas.
  • 42. Na banda superior vemos os “escolhidos” e os “condenados”. Estão separados pelo Diabo e pelo arcanjo Miguel com a balança das almas. Os que entram no paraíso levam uma coroa, uma possível alusão à santidade da coroa francesa ou mesmo da nobreza.
  • 43. Cristo - entre as duas portas do Portal Central
  • 44. Detalhe da arquivolta do Portal de Julgamento - Inferno Detalhe da arquivolta (esquerda) do Portal de Julgamento – Abraão recebendo as almas no Céu. multidão rindo
  • 45. 2. Portal da Virgem O portal da esquerda Neste portal o volume corporal é mais acentuado e a representação mais realista, em oposição ao abstracionismo românico. O magnífico tímpano de pedra foi esculpido no século XIII e mostra a morte da virgem Maria e a gloriosa coroação no Céu. No entanto, a estátua da Virgem e o Menino entre os portais é uma obra moderna.
  • 46. Virgem e o Menino Tímpano : trata da coroação de Maria: Cristo, sentado, recebe-a e benze-a, enquanto um anjo descende e a coroa. Arquitrave : banda superior, são representados a morte e a ascensão de Maria aos céus Cristo, no ponto central, toca o corpo de sua mãe, como que num sinal à futura ressurreição. Os apóstolos que rodeiam a cena. banda inferior, seis patriarcas do Antigo Testamento e reis sentados entre um pequeno baldaquino. Arquivoltas : anjos, profetas, reis e santos assistem ao acontecimento
  • 47. Coroação de Maria : Cristo sentado, recebe-a e benze-a. Dois anjos ajoelhados carregam candelabros nas mãos.
  • 48. 3. Portal de Santa Ana O portal da direita Ele vem da época do início da construção da catedral e terá sido no início possivelmente pensado para um dos braços do transepto. No tímpano, que representa a Virgem com Cristo menino, transparece ainda uma forte ligação à escultura do românico tardio pela sua frontalidade, rigidez do vestuário e pouco índice volumétrico.
  • 49. O tímpano , representa a Virgem Maria com Jesus menino. Na proximidade da Virgem (esquerda) está um rei ajoelhado, que se crê ser Luís VII e a sua direita um bispo, que poderá ser Sully , o impulsionador da construção da catedral. A arquitrave possui dois níveis: a) superior , de cerca de 1.170 , com cenas da vida de Maria e b) inferior , do início do século XIII , altura em que o portal deverá ter sido colocado neste local, retrata cenas da vida de Sant’Ana e São Joaquim, pais de Maria, fato que terá dado o nome ao portal.
  • 50.
  • 51. O Nível intermédio Dominando o nível intermédio encontra-se a rosácea de 13 metros de diâmetro.
  • 53. Dominando o nível intermédio encontra-se a rosácea de 13 metros de diâmetro , bem ao centro e encaixada entre os contrafortes; ladeada por janelas gêmeas. À sua frente surge a estátua da Virgem Maria com o Menino. Seguindo o traçado do piso inferior, e contribuindo para a unidade da fachada, corre uma galeria de arcadas rendilhadas rematando este nível em sua zona superior.
  • 54. Estátua da Virgem Maria com o Menino
  • 55. O Nível Superior Aqui erguem-se as duas torres, influência normanda do século XII que acabou por permanecer na arquitetura religiosa européia.
  • 56. As duas torres de 69 metros de altura NORTE SUL
  • 57. No nível superior, erguem-se as duas torres de 69 metros de altura. dominando toda a fachada ocidental do templo. A torre sul acolhe o famoso sino de nome “Emmanuel” . É possível visitar a torre norte onde, após uma subida de 386 degraus , pode-se vislumbrar a cidade de Paris, os pináculos e as gárgulas da catedral que povoaram o romance de Victor Hugo.
  • 58. O sino Emmanuel pesa 13 ton . Para acionar seu badalo de 500 quilos , que só toca em datas especiais, são necessários oito homens Torre Sul Gárgula
  • 59. “ Galèrie des Chimères” Gárgulas ou Quimeras Na antiguidade acreditava-se que as gárgulas eram os guardiões das catedrais e que durante a noite, ganhavam vida.
  • 60.  
  • 61. Muitas das conhecidas figuras de Notre-Dame não são, na verdade, medievais, tendo sido desenhadas por Viollet-le-Duc , já no século XIX , durante os trabalhos de restauração da Catedral.
  • 62. Gárgulas : na arquitetura, são desaguadouros, ou seja, a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede e que, especialmente na Idade Média , eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas, típicas na arquitetura gótica. O termo se origina do francês gargouille (de gargalo ou garganta), pelo Latim gurgulio , gula. Palavras similares derivam da raiz gar , engolir, onomatopéia representando o gorgulhante som da água. Em italiano: doccione ; alemão: Ausguss , Wasserspeier . Quimera, ou grotesca : é um tipo de escultura similar que não funciona como desaguadouro, servindo apenas para funções artísticas e ornamentais. Mas também são popularmente conhecidas como gárgulas.
  • 63. Gárgulas na arquitetura, como desaguadouros
  • 64.  
  • 65. Gárgulas : na arquitetura, como ornamentos
  • 66. As assustadoras gárgulas ornamentais de Notre-Dame foram feitas na restauração do século XIX e têm apenas função decorativa. Elas se espalham por todo o exterior da igreja, porém as mais famosas ficam nas torres.
  • 67.  
  • 68. Escondiadas entre as torres, as gárgulas (chimères ou quimeras) foram colocadas por Viollet-le-Duc , com meras funções decorativas e talvez como homenagem ao romance de Victor Hugo ....
  • 69. Pensativas, elas contemplam Paris e sua história...
  • 70. As demais Fachadas A fachada Oriental (da Cabeceira), e as fachadas do transepto: a Norte e a Sul .
  • 71. A Fachada Oriental A Cabeceira Esta é a fachada da abside. Na primeira metade do século XIV foram concluídos os arcobotantes erguidos na cabeceira do templo. A melhor vista é da Place Jean XXIII .
  • 72.  
  • 73. ARCOBOTANTES : A estrutura de suporte de peso é visível do exterior ladeando todo o edifício, mas na zona da cabeceira a elegância destes elementos resulta numa fluidez visual que só se tornou possível depois de 1.225 , quando as capelas foram acrescentadas ao exterior. Na altura todo o esplendor técnico do gótico está ao alcance e os arcobotantes, que fluem da zona superior da parede do coro, onde a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongam-se até aos contrafortes, não de forma pesada, mas transmitindo leveza e harmonia.
  • 74. Vista da cabeceira na zona este
  • 75. Notre-Dame de Paris foi um dos primeiros edifícios a usar a técnica de contenção estrutural através de arcobotantes . Originalmente estes não constavam no projeto, mas à medida que as paredes iam sendo erguidas, sendo muito finas como de hábito no gótico, começaram a aparecer rachaduras, e as paredes ameaçavam se inclinar para fora, assim os arcobotantes, como contrafortes, foram acrescentados para evitar desabamento. Foram ironizados na época, pois para eles a aparência era de andaimes não removidos e que davam à catedral um aspecto inacabado.
  • 76. A cabeceira ... os arcobotantes, fluem da zona superior da parede do coro, onde a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongando-se até aos contrafortes, não de forma pesada, mas transmitindo leveza e harmonia. Vista da “Place Jean XXIII”
  • 77. É justamente na zona da cabeceira que a elegância dos arcobotantes resulta numa fluidez visual. Estes, que suportam a fachada oriental da catedral são de Jean Ravy e têm um vão de 15 m .
  • 78. As Fachadas do transepto As fachadas Norte e Sul . Após a construção das capelas exteriores tornou-se necessário prolongar os braços do transepto. N S
  • 79. A Fachada Norte Obra de Jean de Chelles, de um modo geral sua decoração em filigrana e o traçado aqui utilizados irão ser adotados pela arquitetura européia.
  • 80. Jean de Chelles inicia ao norte demonstrando já um traçado típico do gótico alto. O frontão trabalhado coroando o portal, denominado gablete , cresce no segundo nível e sobrepõe-se à fileira de janelas que surgem num plano recolhido. Do mesmo modo também é a rosácea colocada num nível mais recolhido e ligeiramente sobreposta por uma balaustrada fina. Rematando a fachada surge um frontão com janela circular ladeado de tabernáculos abertos. O tímpano apresenta um registro em três bandas, típico do gótico, onde se torna possível representar diversos episódios alimentando o gosto pela festividade do relato.
  • 81. O TÍMPANO Na banda inferior vêem-se cenas de Jesus menino. Nas duas bandas superiores um bispo conta a história do presbiteriano Teófilo, desenvolvendo-se a lenda do mesmo personagem numa sequência de quatro cenas na banda imediatamente inferior. Também no portal toma lugar a estátua de uma Madona que sobreviveu à revolução francesa e que denota o nível avançado da escultura gótica, apresentando uma naturalidade na atitude e rotação corporal. O portal norte foi construído entre 1.210 e 1.220.
  • 82. Sua rosácea, a maior das três, tem 13 metros de diâmetro.
  • 83. A Fachada Sul O projeto da fachada do transepto Sul segue um traçado mais ou menos fiel ao do seu antecessor na fachada Norte.
  • 84. - Miki Pitish  . O Portal sul do transepto, consagrado a Santa Ana, data do século XII
  • 85. Após a morte de Chelles , Montreuil assume o projeto da fachada do transepto sul seguindo um traçado mais ou menos fiel ao do seu antecessor. A plasticidade dos elementos e o trabalho de filigrana da pedra revelam uma virtuosidade com o material atingindo o mais alto nível, assim como uma clara individualização do trabalho do artista que começa a se destacar do conjunto do movimento artístico geral. O Portal sul do transepto , consagrado a Santa Ana, data do século XII.
  • 86.  
  • 87. Fachada Sudeste Fachada do transepto sul Desse ângulo, pode-se observar a magnífica rosácea sul , ladeada por duas pequenas torres, e a delicadeza dos arcobotantes.
  • 88. Fachada sul do transepto
  • 90. A Flecha ou Pináculo “ La Flèche” A flecha atual foi acrescentada por Viollet-le-Duc.
  • 91.
  • 92.  
  • 93.  
  • 94. OS VITRAIS DE NOTRE-DAME Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um capítulo à parte, dada sua magnificência.
  • 96. VITRAIS A introdução dos pilares na arquitetura gótica permitiu a substituição das sólidas paredes com janelas estreitas, do estilo românico, pela combinação de pequenas áreas de parede com grandes áreas preenchidas por vidros coloridos e trabalhados, chamados VITRAIS.
  • 97. Na catedral de Notre-Dame existem quase duzentos vitrais, alguns entre os maiores construídos na História.
  • 98. - Miki Pitish 
  • 99.  
  • 100.  
  • 101.  
  • 102.  
  • 103.
  • 104.  
  • 105. Rosáceas As grandiosas rosáceas adornam as fachadas norte, sul, e oeste, mas só a rosácea norte conserva o vitral original do século XIII, que representa a Virgem rodeada por figuras do Antigo Testamento.
  • 106. A rosácea do braço norte do transepto tem 13 m de diâmetro e um azul forte como cor dominante. A composição baseia-se no número 8 e seus múltiplos e simboliza o Universo : a Terra e os sete planetas.
  • 107. No centro surge a Mãe de Deus rodeada de medalhões com representação de personagens do Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos.
  • 108.  
  • 109. A rosácea do braço sul do transepto baseia-se do mesmo modo no número 12 e apresenta central a imagem de Cristo como o julgador do mundo, rodeado pelos Apóstolos e anjos, em medalhões. Indiscutíveis Mandalas, as rosáceas góticas têm sido apontadas também como símbolos de chacras.
  • 110. O termo traceria , ou arrendado, refere-se ao trabalho decorativo em pedra (também por vezes madeira) composto por elementos geométricos e utilizado na arquitetura, especialmente de grande desenvolvimento na arquitetura gótica. Este ornamento pode subdividir aberturas (como em rosáceas) em forma de renda perfurada ou revestir áreas com formas em relevo podendo-se encontrar aplicado a coroar janelas, arcos, a ornamentar abóbadas, gabletes e pináculos ou a cobrir superfícies planas como painéis (de coro por exemplo) ou paredes.
  • 111.  
  • 112. O INTERIOR DE NOTRE-DAME Os Vitrais de Notre-Dame constituem todo um capítulo à parte, dada sua magnificência.
  • 113. No interior , um vasto espaço com 130 metros de comprimento e 48 de largura , são ainda evidentes as ascendências românicas normandas do edifício, denunciadas por grossas colunas das arcadas da nave e do coro. Os pilares mais recentes, localizados junto da fachada poente e estruturados por colunelas assim como as grandes janelas e a verticalidade do espaço interior acentuam o efeito gótico. Com 35 metros de altura , a relação entre a largura e altura da nave central é de 1 para 2,75 .
  • 114.  
  • 115.  
  • 116.  
  • 117.
  • 118. Esta verticalidade é demonstrada pela monumentalidade das paredes e nos pináculos. O gótico almejava desta forma, a ligação da terra ao céu.
  • 119. Altíssimos pilares (feixes de colunas) recebem as pressões descarregadas pelas nervuras das abóbadas de arestas.
  • 120. A junção das nervuras e torais que reforçam as abóbadas e os seus prolongamentos pelos pilares, ligada à grande dimensão das naves assim como a difusão espacial da luz através das grandes rosáceas dos topos das naves, garantem esta amplitude e nobreza do espaço interior do templo gótico.
  • 121.
  • 122.  
  • 123. OS ÓRGÃOS DE NOTRE-DAME Há três órgãos em Notre-Dame. O principal está situado em frente da rosácea da fachada ocidental.
  • 124. O Grande Órgão Datando originalmente do século XIV, só doze dos seus 32 tubos são originais e já foi alvo de várias restaurações.
  • 125. O Grande Órgão e a Rosácea da fachada ocidental Situado em frente da rosácea da fachada ocidental, com seus 113 registros e 7.800 tubos , o principal é um dos maiores órgãos do mundo.
  • 126.
  • 127. Este órgão é usado em eventos especiais enquanto o órgão do coro tem mais serventia para os eventos de rotina.
  • 128.  
  • 129.  
  • 131. Estátua da Virgem Maria e do Menino
  • 132. Estátua da Virgem Maria e do Menino Também conhecida por Notre-Dame de Paris esta belíssima estátua foi trazida para a catedral da capela de st. Aignan. Fica junto ao pilar sudeste do transepto, na entrada para o coro.
  • 133.  
  • 134.  
  • 135. Os frisos de Notre-Dame Representam as aparições de Cristo ressuscitado (parede direita da nave – lado sul) e cenas dos evangelhos (parede esquerda, norte). Esta forma de narrar fatos bíblicos tinha o propósito de catequizar.
  • 137.
  • 138. A dúvida de Tomé
  • 139. As bodas de Caná e A entrada de Cristo em Jerusalém
  • 140. Os Bancos do Coro Mais de metade dos bancos originais encomendados por Luís XIV ainda existe. Entre o esplêndido trabalho de talha nos 78 bancos há cenas da Vida da Virgem.
  • 142. Parabéns por ter conseguido ler esta mensagem até ao fim. Muitos certamente só terão lido pela metade, para "não perder tempo“! Tão valioso neste mundo globalizado.
  • 143.  
  • 144. C R É D I T O S FORMATAÇÃO: MENSAGEIRO DA PAZ MÚSICA: “Ave Maria” de Gounoud, canta: Nana Mouskouri DATA: FIM © favor manter os créditos, sem alterar