5. escrever em jornal
impresso era como
ARREMESSAR AO MAR
UMA GARRAFA com
um dia de apuração:
NUNCA SABIA ONDE E
COMO IRIA CHEGAR.
6. o leitor ganhou forma
quando comecei a
trabalhar no site de uma
revista. Estava começado
a identificar um PÚBLICO
QUE NÃO ESTAVA
APENAS NAS TIRAGENS
DA VERSÃO IMPRESSA.
7. tive de APRENDER A ME
COMUNICAR COM UM
NOVO PÚBLICO. Estranhei
a velocidade com que um
artigo ganhava vida ou
IRRELEVÂNCIA NO MEIO
DE TANTA INFORMAÇÃO.
8. hoje são mais de 90
milhões de
internautas
no Facebook, quase
METADE da
população brasileira.
9. NÃO ESCREVEMOS
MAIS PARA UM PERFIL
DE LEITOR assinante
de jornal (geralmente
adulto, de classe média
e classe média alta,
com alta escolaridade).
10. escrevemos para um
PÚBLICO VARIADO que
divide a mesma rede com
o nosso chefe, antigo
professor, vizinho e amigos
de infância. TODOS ESTÃO
CONECTADOS E SÃO
CONSUMIDORES DE
INFORMAÇÃO EM
POTENCIAL.
11. existe um público
cada vez mais crítico
e sedento por NOVAS
ABORDAGENS e
informações, e muitos
dos LEITORES NÃO
SE SENTEM
CONTEMPLADOS…
22. era o desconforto
de um PAÍS
ASSIMÉTRICO E
DESIGUAL que
falava cada vez
mais alto GRAÇAS
À INTERNET.
23. quando uma mulher
reclama da expressão
“salto alto”, não cabia
a mim dizer se ela tinha
razão ou não. CABIA A
MIM OUVIR. E refletir
sobre os motivos desse
incômodo.
26. é preciso PRESTAR
ATENÇÃO NAS
NOSSAS ASSIMETRIAS.
Entender que a
distância de
oportunidades começa
em casa, na escola, nas
ruas.
27. nosso REPERTÓRIO DE
METÁFORAS DEIXA
CLARA A IMPOSIÇÃO DE
UMA NORMATIVIDADE.
Estamos cravando uma
linha imaginário onde se
lê: aqui, mulheres, gays e
negros não são bem-
vindos.
28. nossos jornais, como
nossas ruas, NÃO
parecem ADAPTADOS A
ACOLHER ESTAS
PESSOAS. Estamos
afastando mais da
metade da população
por pura insensibilidade
ou ignorância.
29. antes de pensar a
comunicação como
um negócio, é preciso
compreendê-la como
uma FERRAMENTA
DE REFLEXÃO DA
REALIDADE e de sua
TRANSFORMAÇÃO.
30. falar com os próprios
pares, a partir das
nossas únicas e
imutáveis
perspectivas e
vivências, é
praticamente PREGAR
PARA CONVERTIDOS.
31. é preciso saber ouvir.
Saber acolher. SABER
CONVIVER. E abrir
cada vez mais
espaços para a fala,
não apenas nas
caixas dedicadas aos
leitores.
32. vivemos uma crise no
país que não é
apenas política ou
econômica. É uma
CRISE DE
CRIATIVIDADE
resultante de uma
CRISE DE EMPATIA.
33. temos dificuldade em
nos colocar em outros
papeis e entender a
posição do outro. Temos
dificuldade de ouvir
contrapontos. TEMOS
DIFICULDADE DE
COMPREENDER NOSSA
PRÓPRIA FALA.